APOSTILA DE
CANTO E
TÉCNICA VOCAL
Aula
de Técnica Vocal
O
canto é composto por partes: Respiração, articulação, percepção, técnica e
interpretação. Antes de entrarmos detalhadamente em cada uma delas, vamos a
algumas considerações gerais que são importantes e também fazem parte do ato de
cantar:
POSTURA
CORPORAL - Temos que sempre ter em mente que quando cantamos estamos utilizando
um instrumento musical um pouco mais complexo que os demais: nosso corpo. Você
nunca obterá grandes resultados se desconsiderar este fato, pois o mecanismo do
ato de cantar está intimamente ligado a diversas partes do corpo, e uma
desarmonia em alguma dessas partes prejudica consideravelmente sue rendimento
como um todo. Preste atenção no dia-a-dia e veja que nossa voz não mantém uma
constância, ela se altera de acordo com situações e circunstâncias que vivemos,
principalmente relacionadas as emoções. Portanto as considerações feitas a respeito
da parte física do nosso corpo são também reflexo de uma tentativa de
harmonizar as emoções e ansiedades que sentimos, fruto de uma rotina
estressante, carregada de responsabilidades, compromissos e obrigações. A
postura corporal é muito importante neste ponto, pois quando cantamos
precisamos sentir segurança, apoio, que não vêm, desta vez, de fontes externas,
como um diploma ou uma conta bancária farta, e sim do nosso próprio corpo.
Distribuindo o peso do nosso corpo entre os dois pés, observando em seguida um
encaixe perfeito da cintura pélvica (quadril), em equilíbrio com os ombros e
mantendo um ângulo de 90 graus para o queixo, podemos aproximar-nos de uma
figura em
equilíbrio. Mantenha ainda os joelhos levemente flexionados,
e tenha certeza que a velha postura militar de peito para frente, barriga para
dentro, joelhos para trás e calcanhares afundados no chão é extremamente
desconfortável, falsa e prejudicial à saúde, pelas altas tensões musculares
proporcionadas.
O
PESCOÇO - A postura do pescoço está determinada pelos pés, joelhos, eixo
corporal e pelo equilíbrio da cintura com os ombros. O pescoço necessita estar
alinhado com a coluna, sem estar caído para a frente e muito menos para trás,
mas sim perfeitamente equilibrado dentro do eixo corporal. Se o pescoço estiver
alongado para cima, o trato laríngeo também estará alongado, passando a
trabalhar em condições precárias; se estiver enterrado no peito, igualmente o
trato vocal se vê aprisionado e sem possibilidade de realizar seus movimentos
específicos.
ARTICULAÇÕES
- Se as articulações estiverem muito tensas, no máximo de seu estiramento, é
bem provável que o cantor tenha problemas na emissão das palavras e na produção
da voz, portanto o relaxamento das articulações e músculos é fundamental estar
presente na rotina de nossa vida.
RELAXAMENTO
- A produção sonora do ser humano está ligada orgânicamente como um todo; desde
a postura corporal ao funcionamento íntimo de órgãos e sistemas biológicos, ao
desempenho do padrão de pensamento de cada um, ao tipo de cultura que envolve o
indivíduo, bem como o seu potencial econômico, enfim, todos esses fatores estão
envolvidos no ato da fala. Um indivíduo tenso está sempre muito próximo dos
problemas da voz. As tensões musculares são responsáveis por dificuldades
respiratórias, articulatórias e demais envolvimentos da produção da voz e da
fala. Existem vários tipos de relaxamento, dependendo do nível de tensão que
podemos estar sofrendo, e em se tratando de corpo e emoções é recomendável que
se cuide de cada caso individualmente.
Um
tipo de exercício que pode ser feito independente de análise é a soltura das
articulações com movimentos giratórios lentos, indo do pescoço, ombros, braços
até a cintura, joelhos e tornozelos. A energia psíquica flui melhor por um
corpo relaxado, facilitando o contato com as emoções e a comunicação do cantor
com o público.
RESPIRAÇÃO
- A respiração é a base de toda a técnica de canto. A ela estão diretamente
ligadas a afinação, colocação e volume da voz e resistência do cantor. Vejamos
como funciona:
AQUECIMENTO
- O ar, ao entrar no nariz, sofre um processo de aquecimento em virtude de uma
grande concentração de vasos sangüíneos ali localizados e que se modificam
segundo a alteração climática externa. Os vasos sangüíneos que irrigam a região
contraem-se, segurando a circulação sangüínea por mais tempo quando a
temperatura ambiente está baixa, dando a sensação que o nariz ficou gordo por
dentro. Com este procedimento, a cavidade nasal fica muito mais aquecida, como
uma estufa que vai favorecendo assim o ar que, na sua passagem pelo nariz, vai
recebendo o aquecimento necessário ao bom funcionamento orgânico. No entanto,
se o dia estiver quente, os vasos sangüíneos permitem uma circulação mais
ativa, como se o nariz estivesse muito amplo. Essa regulagem calórica trabalha
muito a favor do cantor, que só deve permitira entrada buco-nasal do ar em
ambientes cobertos. Quando estiver ao ar livre, a entrada de ar deve ser feita
pelo nariz, principalmente se estiver frio, evitando sempre que possível, que o
ar gelado perturbe a mucosa da faringe ou mesmo da laringe, de onde poderia
advir uma rouquidão indesejada.
FARINGE
- É um tubo musculo membranoso que se inicia na base do crânio e segue até a
Sexta vértebra cervical, onde tem continuidade com o esôfago e com a laringe,
ocorrendo neste ponto o cruzamento dos sistemas digestivo e respiratório.
LARINGE
E CORDAS VOCAIS - A laringe abre-se na base da língua. Situa-se na parte
mediana do pescoço, comunicando-se com a traquéia na parte inferior e com a
faringe na parte superior. Na laringe encontramos as cordas vocais,
responsáveis pela produção do som. O treino da técnica vocal (vocalizes) irá
atuar nas cordas vocais como exercícios de alongamento, fazendo elas irem de
sua posição dilatada (sons graves) para a alongada (sons agudos) várias vezes,
buscando aos poucos uma maior elasticidade que se refletirá em aumento da
tessitura vocal e maior precisão na afinação das notas.
DIAFRAGMA
E PULMÕES - O diafragma é um grande músculo em forma de cúpula, de concavidade
inferior, que separa a cavidade torácica da abdominal. Ele fica abaixo dos
pulmões, que são a principal área de ressonância das notas médio-graves.
Quando
inspiramos, o diafragma desloca-se para baixo, deslocando a cavidade abdominal
e ampliando a cavidade torácica, enquanto os músculos inter-costais dilatam as
costelas, promovendo uma pressão negativa em relação ao meio ambiente,
induzindo-se o ar para dentro dos pulmões, como se fosse uma máquina de sugar
instalada na base pulmonar. Teremos então a região abdominal e inter-costal
dilatadas, o que não deve acontecer com a parte alta do peito, que permanecerá
relaxada para facilitar a liberação do ar na expiração. Nesta etapa, os
músculos dilatados agora se contraem, empurrando a parte baixa dos pulmões,
expulsando o ar para cima. Durante o ato de cantar, estes músculos devem ficar
rígidos, mantendo a pressão nos pulmões para que tenhamos o apoio necessário
para manter a voz corretamente colocada, sem ter que buscar força adicional na
região da garganta. Enquanto cantamos, mantemos sempre uma reserva de ar na
parte baixa dos pulmões, repondo apenas o ar gasto para a emissão das notas, o
que nos dá condições de fazer inspirações curtas entre as frases cantadas.
Óbvio que em frases ou notas longas podemos utilizar todo o ar armazenado.
ÁREAS
DE RESSONÂNCIA - São as regiões ocas do nosso corpo onde o som se amplifica. As
principais são: pulmões (ressoa notas graves e médias) e cabeça (ressoa notas
agudas). Na cabeça temos a região nasal, que pode ser usada para realçar os
timbres médios e metálicos da nossa voz. É importante lembrar que todo o
aparelho respiratório serve como ressonância para os sons, e para manter uma
voz sempre brilhante e jovem deve-se buscar as ressonâncias da face.
ARTICULAÇÃO
- Para aproveitar da melhor maneira possível as áreas de ressonância
(principalmente da face), devemos trabalhar a articulação dos sons. A
musculatura da face combinada com o movimento dos lábios e maxilar ajudará a
projetar o som para fora, dando mais volume e precisão na dicção das palavras.
Além dos exercícios musculares para a face, que vão melhorar a dicção, devemos
dar atenção especial ao trato da articulação das vogais, pois este ponto é de
vital importância para a boa colocação da voz, explorando as áreas de
ressonância e não deixando o som destimbrado e opaco.
A
- É - Ó - Sons claros e abertos. Na posição da fala não se pode cantar. Para
vencer a extensão das escalas com a emissão perfeita destas vogais, temos que
ovalar a boca. Com esta posição o som recua para o fundo da garganta e vibra no
palato mole, entrando para a ressonância alta, e projetando-se timbrado.
Ô
- Ê - I - U - Sons escuros e fechados. O movimento labial faz com que eles se
projetem para frente. Nas notas agudas o maxilar cai deixando a boca ovalada.
Ê
- I - Estas duas vogais merecem atenção pois são horizontais, e para se
projetarem usamos o sorriso, que os mantém vibrando no mordente até o centro da
voz. Para atingir notas agudas, o sorriso permanece, porém a boca vai se
ovalando em busca de um som arredondado e bem timbrado.
EXERCÍCIOS
1)
Mastigar o m... com som nasal
2)
Fazer TRRR... e BRRRR.... até acabar o ar.
3)
TRRR... com modulação de som e movimento de lábio
4)
Mastigar o m... e soltar as vogais abertas e fechadas - Ex. m... muá , m....muô
5)
ECO : muámuámuámuá , muémuémuémué, etc.; com todas as vogais
6)
Morder uma caneta ou rolha e contar até 100 articulando bem
7)
Fazer com e sem rolha:
a) BDG b) PTK c) FSCH d) GDB e) KTP f) CHSF
PERCEPÇÃO
- Esta é a área mais intimamente ligada com a afinação, pois diz respeito ao
desenvolvimento do ouvido musical. Qualquer som emitido na natureza é uma
vibração, portanto uma freqüência. Notas musicais nada mais são do que
freqüências, emitidas de maneira ordenada dentro da faixa de percepção do
ouvido humano. Se o ouvido musical não for treinado, o ato de cantar estará
seriamente comprometido. Neste caso, vale ressaltar que percepção é basicamente
sinônimo de concentração. Nós trabalhamos com dois tipos de memória: memória
fotográfica e memória motor. A memória fotográfica registra os fatos, enquanto
a motor simplesmente repete aquilo que registramos. Quanto mais concentrados
estivermos no fato, mais facilmente este será incorporado, e mais rapidamente a
memória motor estará atuando. Por isso é importantíssimo que na hora de se
trabalhar a memória fotográfica o objeto de estudo seja registrado sem erros.
Isto vale não só na percepção, mas também na incorporação da respiração,
articulações e técnicas de canto, que devem ser estudadas em períodos curtos e
várias vezes ao dia, sempre com regularidade e disciplina, para que surtam
efeito. No caso da percepção, os exercícios serão elaborados em cima dos
intervalos musicais, dentro da tessitura vocal do aluno. Os vocalizes também
ajudam muito nesse processo.
Este mini curso tem como intuito
auxiliar todas as pessoas que utilizam a voz profissionalmente, sejam cantores
(profissionais ou amadores), professores, jornalistas, locutores, advogados,
atores, vendedores, operadores de telemarketing, telefonistas ou você que gosta
de cantar no banheiro, em festinhas, em videokê, enfim, todos aqueles que se
interessarem em utilizar as técnicas apresentadas aqui em prol da melhoria da
sua qualidade vocal. Informamos que este curso não dispensa as aulas de canto
ou sessões de fonaudiologia, ao contrário, é o primeiro passo para que você se
conscientize do quão importante é a presença de um profissional para acompanhar
seu progresso. Vamos lá!
Dicas Iniciais
Noções Básicas sobre a Produção do Som
Para que consigamos produzir o som
através da nossa voz, recorremos a vários órgãos do nosso corpo que trabalham
conjuntamente para viabilizar este processo. São eles: o Aparelho Respiratório,
a laringe, as pregas vocais, os ressonadores, (como a cavidade nasal, a
cavidade craniana, a cavidade toráxica, a cavidade bucal e a faringe), os
articuladores (língua, lábios, palato duro (céu da boca), palato mole, dentes e
mandíbula.
A produção do som acontece quando o ar ao ser expirado, passa pelas pregas vocais fazendo-as vibrar. Neste momento entram em ação os articuladores cuja função, neste contexto, é levar o som para as cavidades de ressonância.
Como vemos, não cantamos ou falamos "pela garganta" como muitos pensam, e sim com todo o conjunto de órgãos que se interligam são os responsáveis diretos pela transformação do ar inspiradoem som. A esse conjunto de
órgãos poderemos chamar de "Aparelho Fonador".
VOCÊ SABIA QUE...
* Pregas vocais é o nome correto e não "cordas vocais", pois tratam-se de pregas de tecido fibro-elástico e muscular revestidas por uma mucosa.
A produção do som acontece quando o ar ao ser expirado, passa pelas pregas vocais fazendo-as vibrar. Neste momento entram em ação os articuladores cuja função, neste contexto, é levar o som para as cavidades de ressonância.
Como vemos, não cantamos ou falamos "pela garganta" como muitos pensam, e sim com todo o conjunto de órgãos que se interligam são os responsáveis diretos pela transformação do ar inspirado
VOCÊ SABIA QUE...
* Pregas vocais é o nome correto e não "cordas vocais", pois tratam-se de pregas de tecido fibro-elástico e muscular revestidas por uma mucosa.
* A pessoas que necessitam do uso mais
intenso da voz, devem conscientizar-se que há um considerável gasto de energia
neste evento, sendo de grande importância a ingestão de alimentos de fácil digestão
antes das atividades vocais.
Saúde Vocal
Neste capítulo iremos apresentar
hábitos e alimentações saudáveis ou não para uma boa higiene vocal. Prestem
bastante atenção e vamos, desde já, procurar cuidar bastante do nosso
instrumento de trabalho que é precioso e único, nosso Aparelho Vocal.
JPermitido KEvitar L Proibido
J Beba bastante água em temperatura
natural! (no mínimo 2
litros por dia) para manter as pregas vocais hidratadas
e em boa condição de vibração.
J Coma maçã! A maçã possui propriedades
adstringentes que auxiliam na limpeza da boca e da faringe, favorecendo uma voz
com melhor ressonância.
J Beba suco de frutas! (Principalmente de
frutas cítricas)
K Evite usar roupas apertadas,
principalmente nas regiões do abdômen, cintura, peito e pescoço, pois isso
poderá dificultar a respiração
L Não use pastilhas, sprays, anestésicos
sem orientação médica, pois para cada caso existe uma medicação específica,
portanto não se automedique nunca!
K Evite alimentos gordurosos e
"pesados" antes das apresentações, pois dificultam a digestão.
J Dê preferência aos alimentos leves e de
fácil digestão (verduras, frutas, peixe, frango)
J Durma bem! Procure dormir, no mínimo, 8
horas por dia.
L Não durma de estômago cheio pois pode
provocar refluxo gastresofágico que é altamente prejudicial às pregas vocais.
K Não cante se estiver doente! Quando
cantamos envolvemos todo o nosso corpo e gastamos muita energia, então
recupere-se antes de voltar a cantar.
K Evite ficar exposto por muitas horas em
ambiente que utiliza ar-condicionado pois provoca o ressecamento das pregas
vocais. Em casos onde isso não for possível, procure estar sempre lubrificando
as pregas vocais com água ou suco sem gelo.
L Evite ambiente com mofo, poeira ou
cheiros muito fortes, principalmente se você for alérgico.
L Evite a competição sonora, ou seja,
falar ou cantar em lugares muito barulhentos.
K Evite choques bruscos de temperatura
K Evite bebidas geladas
K Evite cochichar pois, ao contrário do
que pensamos, no ato de cochichar submentemos nossas pregas vocais a um grande
esforço provocando um desgaste muitas vezes maior do que se conversarmos
normalmente.
L É proibido gritar, pigarrear, falar
durante muito tempo sem lubrificar as pregas vocais, fumar, ingerir bebidas
alcoólicas antes de cantar para "melhorar" a voz.
IMPORTANTE!!!
Se você utiliza sua voz
profissionalmente, é indispensável a consulta com um médico especialista para
que ele possa fazer uma avaliação do seu aparelho vocal.
Não se esqueça de que o nosso
"instrumento de trabalho" é único e merece toda a nossa dedicação e
atenção.
Nossas pregas vocais são a nossa
identidade, são nosso registro pessoal, portanto não se esforce para cantar
músicas em tons que não lhes são confortáveis pois assim você estará
prejudicando-as.
introdução
para o aperfeiçoamento da voz
Devemos estar atentos a alguns aspectos
relacionados à postura no canto:
- Os pés devem estar afastados na
direção dos ombros
- Coluna reta Ombros e braços relaxados
a fim de não tencionar o pescoço
- Queixo reto, olhando sempre para
frente
- Não fixar o olhar em nenhum ponto
para não perder a concentração
Podemos também cantar sentados
observando:
- Sentar na ponta da cadeira sobre os
ossos das nádegas (faça o movimento para os lados, como uma canoa e verifique
se está na posição correta)
- Manter a coluna e o queixo retos
- Braços e ombros relaxados
A
respiração "Respirando bem, cantamos bem"
Para uma boa projeção da voz no canto,
é necessário obter o controle da respiração. Para realizarmos uma respiração
correta, devemos estar numa postura adequada, pois a postura e a respiração
andam juntas.
A inspiração deverá ser sempre nasal, pois o nariz funciona como um filtro de ar. Se inspirarmos pela boca, estaremos inspirando todas as impurezas podendo ocasionar doenças inflamatórias do aparelho respiratório.
Caso você não consiga respirar pelo nariz, sugiro que procure imediatamente um médico especialista.
Utilizaremos para o canto a respiração chamada diafragmática, costo-diafragmática, ou abdominal-intercostal.
A inspiração deverá ser sempre nasal, pois o nariz funciona como um filtro de ar. Se inspirarmos pela boca, estaremos inspirando todas as impurezas podendo ocasionar doenças inflamatórias do aparelho respiratório.
Caso você não consiga respirar pelo nariz, sugiro que procure imediatamente um médico especialista.
Utilizaremos para o canto a respiração chamada diafragmática, costo-diafragmática, ou abdominal-intercostal.
1- Devemos inspirar pelo nariz e
canalizarmos esse ar em direção à região abdominal (enchendo a barriga de ar).
É importante que os ombros e o peito não se movam.
2- Expire pela boca observando que enquanto o ar é expelido a barriga vai esvaziando lentamente até chegar ao normal.
2- Expire pela boca observando que enquanto o ar é expelido a barriga vai esvaziando lentamente até chegar ao normal.
ATENÇÃO!!!
Cuidado para não utilizar o ar de reserva, ou seja, não pressione a barriga forçando-a a se esvaziar mais depressa que o normal pois este feito poderá causar mal-estar.
Cuidado para não utilizar o ar de reserva, ou seja, não pressione a barriga forçando-a a se esvaziar mais depressa que o normal pois este feito poderá causar mal-estar.
EXERCÍCIO
PARA CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
1- Inspire lentamente (pelo nariz) até encher bastante as paredes abdominais.
2- Coloque o dorso da mão em frete à boca e expire lentamente .
3- Observe que o ar expirado estará quente
4- Repita este exercício por 15 vezes (3 seqüências de 5) em frente a um espelho (de preferência vertical) para que você possa corrigir a postura e observar os ombros e peito (que não deverão se movimentar)
5- Lembre-se de que ao término de cada sequência, você deverá relaxar, respirar fundo, encher os pulmões e soltar o ar pela boca por 3 vezes para evitar mal-estar.
1- Inspire lentamente (pelo nariz) até encher bastante as paredes abdominais.
2- Coloque o dorso da mão em frete à boca e expire lentamente .
3- Observe que o ar expirado estará quente
4- Repita este exercício por 15 vezes (3 seqüências de 5) em frente a um espelho (de preferência vertical) para que você possa corrigir a postura e observar os ombros e peito (que não deverão se movimentar)
5- Lembre-se de que ao término de cada sequência, você deverá relaxar, respirar fundo, encher os pulmões e soltar o ar pela boca por 3 vezes para evitar mal-estar.
LEMBRE-SE:
Este tipo de respiração é uma novidade
para muitos de vocês, sendo assim, não deverá ser usada no dia-a-dia sem que
haja necessidade.
Em caso de dúvidas, entre em contato comigo.
Estarei sempre pronta a ouvi-los.
Em caso de dúvidas, entre em contato comigo.
Estarei sempre pronta a ouvi-los.
Guia de
introdução para o aperfeiçoamento da voz
Parte I
O Pré-Aquecimento Vocal
O que é pré-aquecimento vocal?
É, como o nome já diz, um aquecimento
prévio da voz ou simplesmente a preparação da voz para o seu uso por um tempo
prolongado e intenso.
Podemos aquecer nossa voz através de
sons que irão "massagear" nossas pregas vocais (que são músculos) que
como todo músculo precisam ser preparadas e aquecidas antes de serem utilizadas
na sua plenitude.
Lembrem-se que este pré aquecimento
pode (e deve) ser feito não só pelos cantores mas também por todos os
profissionais da voz, ou seja, todas as pessoas que trabalham falando.
EXERCÍCIO 1:
1) Inspire (armazenando o ar na região abdominal, como vocês já
aprenderam) até que a barriga esteja repleta de ar.
2) Agora solte o ar aos pouco
utilizando o som:
Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr......
Observe que neste exercício a língua
deve vibrar bastante!!!! Caso a sua língua não vibre e você esteja forçando
para emitir este som, PARE! Pois estará fazendo da forma errada. Entre em
contato comigo se surgir alguma dúvida, certo?
Mas se você conseguiu emitir o som com
a vibração constante da língua, repita este exercício todos os dias pelo menos
durante 10 minutos.
Se for cantar em uma apresentação ou
videokê ou ensaiar com sua banda por muito tempo, pré-aqueça sua voz durante 20
minutos (no mínimo) antes de começar a cantar.
Pode-se também utilizar outras
consoantes que possibilitarão o mesmo efeito como, por exemplo, o som:
Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...
Como se você fosse imitar o som do
telefone (' TRRRRRIM!!!), mas lembrando de prolongar bastante os erres
(RRRR...) até acabar o ar.
EXERCÍCIOS
Depois de já haver treinado bastante e
já estar emitindo os sons PRRRR... e TRRRR... Sem falhas ou interrupções, vamos
repetir o exercício anterior com uma diferença:
No final de cada som iremos acrescentar
as vogais A,E,I,O,U.
Exemplo1:
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!
Exemplo2:
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!
IMPORTANTE!!!
C Assim como nos exemplos acima, o som que você estiver
produzindo para pré-aquecer, deverá estar no mesmo volume, intensidade e tom.
= ***NÃO BRINQUE COM ESTE EXERCÍCIO
FAZENDO SONS MUITO AGUDOS, MUITO GRAVES OU MISTURANDO OS DOIS TONS.***
C Repita os exercício SEMPRE no seu tom
natural.
Como fazer para identificar o seu tom
natural?
É simples, o seu tom natural é aquele
que você emite sem
"forçar a garganta", é um som natural que sai sem esforço
nenhum, como se você estivesse falando.
C Se você não conseguiu fazer estes exercícios até acabar o
ar armazenado (sem utilizar o ar de reserva, certo???), ou seja, você começou
bem mas no meio do exercício o som falhou,
Pare! Respire fundo por 3 vezes, relaxe
um pouco e só então recomece.
É muito comum,
no início, não conseguirmos emitir estes sons até o final, pois trata-se de
sons que nós não estamos habituados a produzir, mas com o treino diário, fica
cada vez mais fácil, acreditem!!!
Dicas e Dúvidas iniciais para a função
vocal
Postura
de Cantor
A postura é muito importante para o
cantor, pois apesar de termos que ficar bem à vontade e descontraídos, temos
também de observar alguns pontos importantes tais como:
·
Pés
paralelos na direção dos ombros
·
Braços
e ombros relaxados
·
Coluna
reta
Observando também que como utilizamos a
respiração diafragmática, devemos deixar a região abdominal livre para que o
diafragma funcione tranqüilamente.
Procurar seguir estes passos não
significa que devamos ficar parados nesta posição para que tenhamos um bom
resultado, mas ficarmos soltos, relaxados e principalmente nos sentirmos bem e
à vontade quando estamos cantando, pois cantar tem que ser sempre prazeroso.
Podemos também cantar sentados
observando a postura reta deixando o diafragma livre para funcionar bem.
Movimento
das Pregas Vocais
As pregas vocais fazem o movimento
abre-fecha, ou seja, quando estamos calados elas estão abertas (momento da
respiração) e quando falamos ou cantamos elas se fecham (momento da fonação)
infelizmente elas não fazem somente estes movimentos mas também se chocam
quando são submetidas a abusos vocais como: gritos, pigarreios e tosses
excessivos, utilizar tons graves ou agudos demais, praticar esportes falando,
competição sonora, etc... Estes choques pode prejudicar demasiadamente as
pregas vocais.
Eu
cuido bem da minha voz???
Responda as questões a seguir como uma
forma de auto-avaliação sobre o cuidado que você tem com sua voz.
1.
Você
percebe se ao final de um dia de trabalho (ou apresentação) sua voz está mais
fraca?
2.
Você
canta em diversos tons?
3.
Quando
você canta, leciona ou fala em público, suas veias ou músculos do pescoço
saltam?
4.
Você
sente dores na região do pescoço?
5.
Após
cantar você sente dor de cabeça?
6.
Quando
você canta acompanhando um cd, por exemplo, você segue sempre o tom do cantor?
7.
Você
canta freqüentemente?
8.
Você
canta ou ensaia durante horas seguidas?
9.
Você
tem resfriados freqüentes?
10.
Você
fuma?
11.
Você
pigarreia muito?
12.
Você
tem alergia das vias respiratórias?
13.
Você
tem faringite, amigdalite ou laringite freqüentes?
14.
Você
se auto-medica quando tem problemas na voz?
15.
Você
tem dificuldades digestivas? (azia, úlcera, refluxo gastresofágico)
OBS:
·
SE
VOCÊ MARCOU MAIS QUE 4 ITENS FIQUE ATENTO E PROCURE TOMAR ALGUMA PROVIDENCIA NO
SENTIDO DE MODIFICAR SEUS HÁBITOS.
·
SE
VOCÊ MARCOU MAIS DE 6 ITENS PROCURE UM ESPECIALISTA PARA QUE ELE AVALIE O
ESTADO DE SUAS PREGAS VOCAIS POIS COM ESTES SINTOMAS VOCÊ JÁ TEM QUE FICAR ATENTO
PARA QUE NÃO OCORRA PROBLEMAS MAIORES FUTURAMENTE.
Quais
as conseqüências que os abusos vocais podem me causar?
Estes abusos podem provocar alterações
como:
o Calos vocais
o Nódulos
o Pólipos
o Edemas
o Fendas
Dentre outras alterações ocasionadas
pelas constantes formas de abuso vocal.
Qual
o primeiro passo a ser tomado para cuidar da minha voz?
A primeira providência a ser tomada é a
consulta a um especialista, o OTORRINOLARINGOLOGISTA, que é o médico que poderá
detectar se há ou não alguma alteração no seu aparelho fonador. À partir do
diagnóstico feito pelo Otorrinolaringologista, se necessário o médico indicará
o tratamento para a correção de tais alterações com outro especialista, o
FONAUDIÓLOGO, que fará a correção destes problemas através de exercícios.
Que
tipo de exame é feito para detectar alterações no meu aparelho fonador?
Um primeiro e importantíssimo exame a
ser feito e que é rápido e indolor, é a LARINGOSCOPIA, que é o exame médico das
cordas vocais. À partir deste exame se o médico julgar necessário, solicitará
outros exames mais específicos.
Estes
cuidados servem para todos ou apenas para os cantores?
" As normas de cuidados com a voz
devem ser seguidas por todos, particularmente por aqueles que utilizam mais a
voz ou que apresentam tendências a alterações vocais. Esses são chamados de
Profissionais da Voz, ou seja, professores, atores, cantores, locutores,
apresentadores, advogados, telefonistas, telemarketing, vendedores,
palestristas, dentre outros. Entretanto muitos destes profissionais muitas
vezes por falta de tempo para se dedicar ao cuidado de sua voz, podem estar
cultivando um distúrbio vocal decorrente do abuso ou mal uso da voz".
voz
CLASSIFICAÇÃO
VOCAL
Este assunto é muito importante pois
muitas vezes acontece de não conseguirmos alcançar tons muito agudos (finos) ou
muito graves (grossos) sem saber que isso se dá porque temos um naipe vocal
característico.
Existem 3 classificações básicas para a
voz masculina e para a voz feminina como indicado abaixo:
HOMENS
|
MULHERES
|
BAIXO (Voz Grave)
|
CONTRALTO
(Voz Grave)
|
BARÍTONO
(Voz Média)
|
MEIO-SOPRANO
ou MEZZO-SOPRANO (Voz Média)
|
TENOR (Voz
Aguda)
|
SOPRANO (Voz
Aguda)
|
Para saber a sua classificação vocal,
você tem de ser avaliado por um professor de Canto/Técnica Vocal que irá,
através de exercícios vocais (vocalises) classificar sua voz dentro das três
opções acima.
Quase sempre nos espelhamos em algum
canto/cantora/banda da qual somos fãs e tentamos imita-los sem saber que
podemos agredir nossas pregas vocais tentando cantar numa extensão vocal que
não é a nossa.
Podemos cantar qualquer música que
quisermos desde que ela esteja no nosso tom.
O que significa a música estar no meu
tom?
·
Quer
dizer que eu consigo cantá-la sem me esforçar demais até minha garganta doer ou
minha voz falhar ou até mesmo eu engasgar. Isso acontece com muita freqüência
por falta de informação e orientação.
Muitas vezes é difícil, principalmente
para quem não toca nenhum instrumento, identificar em que tom está a música que
queremos cantar e mais ainda qual é o tom confortável para mim.
Pois bem, vai aí uma dica:
Escolha uma música de sua preferência e
cante junto com o cantor observando alguns pontos:
o
Não
deixe que as veias do seu pescoço saltem
o
Não
se esforce até ficar vermelho
o
Não
se preocupe em imitar a voz do cantor, cante do seu jeito, com sua voz natural.
o
Não
se preocupe se está desafinando, pense apenas em seguir a música de uma forma
bem confortável para você.
Se ao final da música você verificou
que:
·
Suas
veias do pescoço não saltaram
·
Você
não ficou vermelho
·
Não
engasgou e sua voz não falhou em momento algum...
PARABÉNS!!!!!!
VOCÊ ACABA DE DESCOBRIR E CANTAR NO SEU
TOM!!!!
AGORA É MOSTRAR PARA UM PROFESSOR DE
MÚSICA OU ALGUM AMIGO SEU QUE CONHEÇA A MÚSICA PARA TE DIZER EM QUE TOM VOCÊ CANTOU.
Agora é só criar o seu estilo para
cantar pois devemos sim ter ídolos e nos espelharmos neles mas à partir daí,
devemos descobrir o nosso próprio modo de cantar.
SEJA CRIATIVO SEMPRE!!!!
Exercícios de Relaxamento
Faça esses exercícios com roupas
confortáveis e ambiente tranqüilo.
DEITADO
·
Deite-se
de costas, certifique-se de que sua coluna esteja em contato com o chão.
·
Observe
a oscilação natural de sua respiração, que se expande e contrai, por meio de
seu tórax e abdomem, e pelo ouvir atento dos sons que emanam do interior.
·
Apenas
observe e ouça as ações de seu corpo. Não as manipule, não as controle. Apenas
respire e conscientize-se de sua respiração.
EM PÉ
·
Fique
ereto, com as pernas afastadas e na direção dos ombros.
·
Distribua
o peso igualmente.
·
Imagine-se
agora segurando uma bola de praia debaixo de cada axila e sinta os espaços
respiratórios que se abrem. (Isso o encorajará a alongar os seus ombros e a
abrir as suas axilas e, conseqüentemente, expandir o volume de seu tórax para
uma respiração mais profunda)
·
Seu
pescoço e cabeça devem estar alongados e livres.
·
Matenha
essa posição por um minuto ou mais.
·
Desfrute
a extensão de sua coluna dorsal, o espaço respiratório extra e a sensação de
equilíbrio adequado entre o estado de calmaria e o de atenção.
EXERCÍCIOS
DINÂMICOS
Os exercícios dinâmicos combinam o
movimento com o controle da respiração.
RISO
Sorria para o mundo! Em círculos,
movimente, vigorosamente, as suas mãos, braços, pernas e pés. Permita-se alguns
segundos de relaxamento entre cada rotação. Mas continue sorrindo. Você pode
fazer este exercício em pé, sentado ou deitado.
EQUILÍBRIO
O equilíbrio é importante. Tente
estipular um horário para o exercício de "comportamento modal" – o
andar, o virar-se e o inclinar-se com livros sobre a cabeça. Respire suave e
conscientemente, em harmonia com os movimentos de seu corpo. Isto encoraja a
coordenação suave graciosa dos músculos.
EXERCÍCIOS
DE RESPIRAÇÃO COMPLETA
1.
Permaneça
com seus pés confortavelmente dissociados dos seus ombros, que apontam para cima;
os braços e as mãos soltas ao lado do corpo. Concentre-se em sim mesmo, confira
a sua postura.Inspire pelo nariz o mais demoradamente possível e expire todo o
ar também devagar e silenciosamente. Quando sentir-se vazio de ar, tussa e
mostre para você mesmo que ainda possui reservas de ar escondidas. Tente tocar
o solo com a ponta dos dedos, curve os joelhos se necessário. Segure sua
respiração por alguns segundos.
2.
Conforme
você respira, silenciosamente, pelo nariz, você, gradativamente, torna-se ereto.
Estenda os braços como asas, erguendo-as calma e suavemente, até equilibra-los
horizontalmente.
3.
Assim
que você completar o movimento e a inspiração, coloque as mãos juntas acima da
cabeça (como se estivesse em oração). Lembre-se que as mãos postas devem estar
acima do topo de sua cabeça. Segure a inspiração.
4.
Quando
você estiver preparado, silenciosamente, expire pela boca, e abaixe os seus
braços, reta e vagarosamente, até que estejam abaixo da horizontal. Rapidamente
solte o ar que sobrou em um suspiro forte e permita que a parte superior do seu
corpo caia pesadamente , curve o quadril para a frente, deixando a cabeça
pendente. Conscientemente libere todo o ar "usado", de que você não
mais precisa. Relaxe por algum tempo e repita o exercício desde o início.
EXERCÍCIO
DE LIBERAÇÃO DA VOZ
Algumas pessoas sentem-se incapazes de
facilitar e de liberar as suas vocalizações. Elas podem sentir sua voz natural,
de alguma forma, bloqueada, amarrada ou suprimida. Tente este exercício de
liberação da voz como parte de seu programa vocal.
Sente-se de cócoras, dobre e recurve o
seu corpo em um nó, teso e compacto, de braços e pernas; tente condensar-se em
uma menor massa possível. Segure a sua respiração e os órgãos vocalizadores no
centro desta massa.
Como último esforço, respire e estique-se, rápida e vigorosamente. Solte a sua voz num profundo "UGH", por meio do som mais profundo que você possa encontrar. Maximize e aproveite o espreguiçamento.
Descanse por um minuto. Repita o exercício por até dez vezes. A cada vez, interiorize mais, e projete sua voz relaxada mais forte e prolongue cada vez mais o som. Observe que você envolve todo os seu corpo na vocalização, particularmente a pélvis e o diafragma.
Como último esforço, respire e estique-se, rápida e vigorosamente. Solte a sua voz num profundo "UGH", por meio do som mais profundo que você possa encontrar. Maximize e aproveite o espreguiçamento.
Descanse por um minuto. Repita o exercício por até dez vezes. A cada vez, interiorize mais, e projete sua voz relaxada mais forte e prolongue cada vez mais o som. Observe que você envolve todo os seu corpo na vocalização, particularmente a pélvis e o diafragma.
|
Como você estava planejando ler apenas este
primeiro parágrafo de introdução e pular imediatamente para o próximo capitulo
– ninguém lê as introduções dos livros --, vou começar alertando que a atenção
que você deverá dar ao treinamento é o fator principal e determinante para o
seu êxito. Caso continue com essa preguiça toda não chegará a lugar nenhum.
Você tem em mãos um trabalho extraído de muito
suor. Portanto, faça jus a ele e repasse-o para outros com dedicação de quem
quer expandir a música e a cultura para substituir toda essa ignorância e
violência que prospera em nossos dias.
Este curso é dirigido àqueles que desejam deixar
de incomodar os ouvidos dos outros. Quer aprender ou aperfeiçoar a voz e o
canto para enfeitar o mundo lá fora. Esta é a sai chance de evoluir e até, quem
sabe, impulsionar sua carreira musical ou mesmo aumentar o número do coral da
sua igreja. Se for um daqueles que só canta dentro do banheiro – talvez temendo
uma chuva de tomates --, há dois caminhos; levar a banheira para o palco ou ler
e seguir todo o conteúdo deste material.
Talvez esteja se perguntando sobre sua condição
atual. “Eu tenho voz? Eu posso melhorar? Eu conseguirei chegar perto de um
Pavarotti?”. A menos que seja mudo, tenha fumado tanto que o cigarro tenha
comido suas entranhas ou esteja muito bêbado, é provável que a resposta seja
“SIM” para as duas primeiras indagações. E quanto à terceira, eu creio que não
dê a mínima para ópera. Ah, você é gago? Dependendo do grau, não tem problema.
Inclusive Nelson Gonçalves (uma das vozes mais bonitas que já ouvi) era gago ao
falar.
Será de extrema serventia se
você tiver algum conhecimento em algum instrumento musical. Caso contrário,
sugiro que considere a possibilidade desde já. E para sua sorte, destro desde
curso você encontrará auxilio para sua iniciação. Tomaremos por base três
deles. A saber, teclado, violão e flauta doce. Não terá de aprender a tocar
como um Sivuca ou Hermetto Paschoal (dois excelentes instrumentistas). Bastará
apenas extrair algumas notas para medir com seu gogó. Coisa muito simples. Mas
eu não impediria que quisesse ser tão bom quantos os meus colegas que citei.
Se você ainda estiver aí – e
acordado -- leve em conta estas dicas para melhor aproveitar este caderno:
Ø Leia tudo com calma e atenção.
Ø Se não tiver captado uma instrução, releia tantas
vezes for preciso até que fique claro.
Ø Reserve duas horas diárias para o treinamento.
Ø Procure um lugar adequado (com conforto, silencio e
privacidade).
Ø Mantenha acessível um instrumento musical (sugerimos
violão ou piano).
Ø Caso esteja estudando em grupo -- o que é uma boa
idéia -- estabeleça um comando e programação homogênea a todos.
Ø Tenha em mente que cigarro, bebida alcoólica e água
gelada são seus inimigos.
Ø Seja obediente ao programa deste curso. Disciplina é
uma grande virtude. Se não ler tudo ou se abdicar dos exercícios propostos nada
conseguirá.
Estou confiante que terá bom
proveito deste curso. Será muito satisfatório pra mim se receber seu e-mail
dizendo do seu sucesso ou receber seu CD autografado.
Que Deus te ilumine e conceda
todo o que for favorável.
II-1 O templo humano
Se alguém lhe perguntar com
que você canta, certamente você dirá que é com a boca – e talvez nem responda a
uma questão tão idiota. De fato a indagação é pertinente, pois, não cantamos
apenas com a boca, mas com o corpo e a mente.
Isso quer dizer que
precisamos de uma boa condição física (não me refiro aos músculos de Silvester
Stallone ou a cintura de Giselle Büchen) e muita concentração (quem sabe até
igual ao um monge).
O bom estado do corpo é
imprescindível para uma performance satisfatória. Não apenas da garganta, mas
todo o templo humano. A começar pela postura. A coluna reta é uma exigência
elementar. Um grande número de
músculos interage quando falamos ou cantamos. É preciso que eles tenham sido
preparados para um funcionamento extenso. Por esta razão nós adotaremos alguns
exercícios físicos para aquecimento muscular. Não desconsidere essa prática sob
pena de provocar tensão muscular e limitar seu rendimento.
Não é à toa que se ouve dizer
que “o homem canta com a alma”. A concentração é uma espécie de veneração, uma
expressão sentimental. Difícil imaginar alguém cantar sem emoção ou prazer. Com
efeito, devemos estar envolvidos com o canto assim como o ator está para o
personagem que representa. A nossa afinação depende muito dessa concentração.
II-2 O canal vocal
Você detesta aula de
biologia? Eu também, mas...
Vamos viajar um pouco na
teoria cientifica e saber sobre o canal vocal. O som produzido é exteriorizado
pela boca e ainda pelo nariz – sim, pelo nariz. O som é produzido
e qualificado por uma série de elementos em nosso corpo.
O ar
da nossa respiração é uma espécie de matéria prima. É ele que ecoa
nossa voz através do esforço de alguns de nossos órgãos (diafragma, pulmões,
cordas vocais...). Para que tudo isso saia perfeito, necessário se faz que os
órgãos estejam com saúde.
É recomendável que se cante em pé e
com a cabeça levemente erguida. A explicação é que assim o diafragma trabalha
melhor, ou seja, acomoda mais e melhor, o oxigênio além do som sai reto pelo
canal da garganta. Você já reparou isso nos corais?
II-3 Respiração correta
Quem não ouviu aquela citação
clássica de marcha “Barriga pra dentro e peito pra fora” na hora respirar? Aí
está o mal-entendido. Na hora de inspirar (receber) o ar o sujeito
estufa o peito e espreme as tripas fazendo com que o diafragma se retraia
impedindo que o oxigênio entre tranqüilamente. E depois para expirar
(soltar) o ar que mal entrou, ele incha a barriga de nada – sem contar a
careta que faz.
A forma correta de trabalhar
a respiração é receber o ar (de preferência pelo nariz) em boa quantidade. Na
hora de soltar o ar, use o nariz (e a boca quando for cantar).
O diafragma
é um grande auxiliar para a respiração. Trata-se de um músculo localizado
próximo ao abdome que se estica e encolhe conforme nossos impulsos. Ao relaxar,
ele abre a caixa torácica para guardar o ar e a fecha ao se encolher. O
diafragma também movimenta os pulmões, que por sua vez elimina o gás carbono
do corpo junto com o ar. Na verdade, quando inchamos ou retraímos a barriga por
própria vontade, é com ele quem trabalhamos.
Portanto,
na hora de inspirar, relaxe o diafragma para receber bem o oxigênio e o encolha
para expirar o ar velho.
II-4 Cadê o gogó?
E tem gente que acha que não
tem gogó. O que ocorre é que a garganta é um dos mais sensíveis lugares do
corpo humano. Isso porque é por onde respiramos e ingerimos comida e bebida –
nem sempre com a qualidade desejada. Desta feita, a qualidade do som dependerá
bastante da condição física do seu gogó.
Cordas vocais são
membranas (tecidos que envolvem os órgãos) sustentadas pela laringe, que vibram
e produzem e qualificam os sons no ato da expiração. São elas que determinam o
seu timbre vocal e a variação dos tons entre grave (grosso) e agudo (fino).
Também os movimentos da
faringe, língua e da boca dão características aos sons. É preciso, portanto,
ter um certo domínio sobre elas.
Cuide bem do seu gogó:
·
Evite álcool
para não ressecar os órgãos.
·
Fuja de comidas
ou bebidas muito quentes ou estupidamente geladas. Há um limite de temperatura
aceitável.
·
Cigarro é
inadmissível.
·
Acidez dos
alimentos pode prejudicar a parte bucal.
·
Não grite
jamais. A vibração desordenada das cordas vocais danifica seu potencial.
·
Mantenha sua
boca sempre hidratada. A sede faz estragos.
·
A ingestão de
bons alimentos (especialmente frutas) ajuda a conservação bucal.
·
Um gargarejo de
água e sal (uma pitadinha de nada) regularmente funciona como soro. Atenção;
nada de sal em excesso, conhaque ou vinagre. Caninha 51 também nem pensar.
II-5 Se liga nessa
O grande maestro do nosso
corpo é o cérebro e dele parte todos os impulsos (ordens) a serem
obedecidos pelos órgãos. Conclusão, o estado de espírito é fator
determinante na hora de soltar a voz. Então, você terá dificuldades em entrar
no palco sabendo que seu cunhado bateu com seu carro. Do mesmo modo, não faria
melhor se soubesse que acertou o grande prêmio da mega-sena (e quem iria ao
palco depois de um prêmio desses?).
Como já dissemos, a concentração
define a afinação. Isso porque a distração faz o cérebro perder o
controle da vibração das cordas vocais – que é coisa muito sensível. Além do
mais, se as cordas não forem bem adestradas não produzem o som esperado. Por
isso que tem gente que não tem afinação; não tem controle sobre os órgãos.
Se você é um deles e quando
quer cantar um “A” sai um “Ô”, esqueça seu passado e se prepare para sua nova
carreira.
Aquecimento físico
Você já conhece o valor do
seu corpo para a voz. Por esta razão, iniciemos a aula prática com exercícios
de alongamento e relaxamento. Use roupas leves e folgadas para não
dificultar os movimentos.
1.
Alongamento: de pé, levante os dois braços e vá se esticando
suavemente para cima como se quisesse alcançar uma corda que está um pouco
acima de sua cabeça. Mantenha os pés bem fixos no chão. De 1 a 3 minutos.
2.
Relaxamento: movimente os braços e as pernas livre e suavemente
para ativar melhor a circulação sangüínea e aquecer a musculação (dê chutes curtos
no vento e simule natação, por exemplo). De 3 a 5 minutos.
3.
Respiração: conforme os padrões teóricos aplicados
anteriormente, trabalhe sua respiração e aproveite para entrar em estado de
concentração máxima. Procure sentir o ar entrando e se espalhando em seu corpo
através do sangue. Trabalhe os impulsos cerebrais para as partes do seu corpo
(como leves movimentos dos dedos das mãos e pés). De 2 a 3 minutos.
4.
Acorde o
diafragma: se você leu todo o
capitulo anterior (duvido) sabe da relevância deste músculo. Portanto, vamos
desenvolver ainda mais suas atividades; inspire e expire rapidamente dando
sopapos no diafragma como se estivéssemos bombardeando o abdome. De 1 a 2 minutos.
5.
Aquecimento
muscular do pescoço: abaixe completamente a cabeça (coluna
reta, por gentileza) e comece a ergue-la vagarosamente até onde puder enquanto
inspira. Segure o ar por algum tempo e desça a cabeça e vá soltando o ar
devagar. Sincroniza o tempo do movimento com a respiração. Ou seja, o tempo do
movimento deve ser igual ao da respiração. Vá retardando o tempo do movimento e
da respiração aos poucos até alcançar a média de 30 segundos para levantar a
cabeça (e inspirar), 10 para prender o ar e 30 para abaixar a cabeça (e expirar
o ar). ATENÇÃO: observe sua capacidade. Se der para prolongar mais ainda o
tempo, faça-lo. Do contrário, diminua o limite. Execute de 5 a 10 vezes nesse sentido e
depois inverta a ordem do movimento e a respiração.
6.
Aquecimento
muscular do pescoço II: semelhante
ao exercício acima, sincronize a respiração de acordo com os movimentos do
pescoço. Entretanto, troque o movimento vertical pelo horizontal; ponha a
cabeça no limite que ela se move para um lado e vá virando para o outro
trabalhando a respiração.
7.
Acionamento
bucal: faça movimentos com a boca
(caretas mesmo) para acionar a musculatura da boca; abrindo e fechando,
esticando para os lados, etc.
Esses exercícios devem ser executados a cada aula
prática ou de 2 a
3 vezes por semana.
Cadê as aulas práticas de canto? Prometa na próxima.
III-1 Som e tonalidade
Som é tudo quanto
podemos escutar – inclusive o estralo do cabo de vassoura da mulher quando o
cara chega tarde em casa. A
voz humana quando falada, o barulho de um motor ou um trovão são sons simples e
puros. Mas existem alguns sons com uma particularidade especial; tonalidade.
Sons com uma variação de tom tornam possível a existência da música. Sem
a diferença de tons não há melodia.
Quando falamos não emitimos
tonalidade e, no entanto, cantamos ao produzir sons com a variação de tons.
III-2 Timbre
É a identidade sonora.
Ninguém é capaz de confundir o piano de um placa de zinco sendo arrastada.
Portanto, cada som teu seu timbre e ele é quem caracteriza cada som.
O timbre é quem difere
o som de uma guitarra de um violino, mesmo que eles toquem o mesmo tom. Também
serve para distinguir a voz de uma pessoa. Considere ainda que, por parecidas
que sejam duas vozes, há discriminação técnicas entre elas. Não é à toa que
existem muitos equipamentos de segurança por reconhecimento da voz.
III-3 Clareza
Enquanto tem tanta gente
querendo aprender a cantar há outras que, se quer, sabem falar. Uma propriedade
fundamental da voz é a clarividência. Se você fala e por três vezes a outra
pessoa não entende e pede para repetir não quer dizer necessariamente que ela
seja surda. Você pode não estar pronunciando bem o que fala. Veja essa:
Dois sujeitos que não se
entendiam se cruzaram:
--
Oi Fulano, tu vais pescar?
--
Não Cicrano, eu vou pescar.
--
Ah bom. Eu pensei que fosse pescar.
Se bem que nesse caso, os
dois eram surdos mesmo.
III-4 Aprenda a falar
Dizem que carioca é tão
preguiçoso que nem falam a palavra toda. Discordo disso porque não são apenas
os cariocas.
O fato é que devemos ter mais
qualidade ao pronunciar os verbetes. Dê atenção especial a todas as silabas
para que fique claro o quer dizer. Enrolar a fala é prática de quem esqueceu a
letra da música na hora do show. No entanto, a clareza é um dos quesitos
avaliados os calouros.
Cuidado para não fazer a
junção de duas ou mais palavras na hora de falar. Isso pode deturpar o
significado da mensagem. Espie essa clássica cantada (e funciona):
“Ô, meu bem; meu coração por ti gela!”.
Pronuncie as ultimas palavras
juntas e confira o resultado (um belo fora).
Atenção especial com palavras
iniciadas vogal. No caso de “América”, pó exemplo, separe bem o “A” de “me”. Já
em “Ambrósio” é diferente; separe “Am” de “bró”.
Palavras terminadas em “te”
não são iguais que com “t”. No primeiro caso o “e” deve soar bem, enquanto que
no outro o som é rápido e quase imperceptível. Exemplos; “carinhosamente” e
“pierrot”. Aliás, letras
consoantes como d, f, p, t, e v isoladas no fim da sílaba não devem ser
pronunciadas como são faladas no alfabeto. No ABC lemos v como “vê”. Porém, na
palavra Tchaikovsky seu som é um “v” rápido. A onomatopéia (representação
escrita dos sons) “zzzzzz” não deve ser lida como “zêzêzê...”. Apenas como o
som seco de z prolongadamente.
Em geral, respeitando a
divisão silábica, procure falar mais ou menos articuladamente. Ou melhor,
ar-ti-cu-la-da-men-te. Isso vale para quando for cantar também.
Palavrões (palavras enormes)
devem ser ligeiramente divididos em duas ou três silabas na hora de serem
pronunciadas. Ex. “Tessalonicenses” pode lido com uma divisão bem rápida
em “Tessalonicenses”.
III-5 Volume
Quando dizemos “Fale mais
alto” (não esqueça do “por favor”), estamos pedindo para que o outra aumente o volume
do som. Contudo, na música (com sons variáveis de tonalidade) alto e baixo diz
respeito a grave e agudo (veremos isso mais tarde). Nesse caso
devemos especificar “mais volume” ou “menos volume”.
O volume da voz esta atrelada
diretamente à força com que jorramos o ar boca a fora. Daí a necessidade de uma
boa respiração e conservação dos órgãos internos.
Cada um tem seu limite para o
volume. Não force jamais o volume da sua voz. Nem ao cantar, nem ao falar. Mas é possível dar
mais consistência a ela com o decorrer do treinamento adequado, buscando o que
você tem e não desenvolveu.
III-6 Variação do tom
Em torno do som grave
(grosso) e agudo (fino) construímos a melodia, ou seja, a música em si. Existe , portanto,
uma escala de tonalidades representadas por notas musicais com padrão
internacional a serem executadas por instrumentos ou pela voz humana. Cantar
consiste em representar fielmente (não esqueça disso) as notas musicais
estabelecidas na melodia. Para tanto, é
mister dominar a voz.
Para saber a importância
dessa variação, pegue uma música (pode ser “Parabéns pra você”) e cante numa
nota só e veja se agrada – verifique se não tem ninguém estranho por perto.
Aquecimento físico
Favor realizar os exercícios
de aquecimento físico passados na aula prática passada. Só após prossiga. Não
seja teimoso!
Aquecimento vocal
Esse exercício serve para desenvolver o controle
vocal dos sons. É importantíssimo para o desenrolar da voz. Não ignore a boa
postura e também esteja bem hidratado (com água natural).
1.
Moído: feche
a boca e comece soando som “hummmmm” igual a uma vaca preguiçosa. Note que o som
(grave) fica armazenado na faringe (cavidade no começo da garganta). Inicie com
um tempo de 10 segundos para o som, pare, respire fundi e recomece aumentando o
tempo de execução do som. 10 vezes.
2.
Fonfom: o mesmo exercício acima, desta vez, trazendo o som
para o nariz.
3.
Staccato: vamos repetir o exercício 1 e 2 em staccato
(você não sabe o que é staccato?). Quer dizer, som cortado em seqüências
rápidas e fortes. “Hum... hum... hum... hum”. Use o diafragma para impulsionar
o som.
4.
Pianinho: é
semelhante ao staccato, mas com uma diferença; soe baixinho.
5.
Exercício:
agora de boca aberta, trabalhe nos moldes acima um “psiu” com o som de
“ssssssss”. 10 vezes normal e 10 staccato.
6.
Exercício: ainda seguindo o modelo anterior, execute
“Zzzzzzzzzzz”. 10 vezes normal e 10 em staccato.
7.
Exercício: vamos trabalhar o volume calculando o tempo de
execução e dividindo em dois; do zero para o mais alto possível e daí para o
zero novamente. Ou seja, vá aumentando o som e depois diminuindo. Faça duas
vezes com cada som já treinado.
8.
Exercício: agora para relaxar, produza o som “Ffffffff”
semelhante a um pneu vazando ar. Em seguida, uma chuva; “Xxxxxxxxx” e
finalmente, uma metralhadora; “Rrrrrrrr”. Para este último, coloque e tremule a
língua no céu da boca. 5 vezes cada.
Exercício de fonologia
Procure pronunciar bem os textos a seguir:
“O sapo sabia que a sapa soube que se
sabiá soubesse saber que ser seria sabido será sábio”.
“Apapiru jadad irab ramát. E coso mular terbiá,
ycalabjiady rifar teerã. Mojerikitu raja caluberê ati jivá, e pot unire qal
deliatibá”.
OBS:
se algum vocábulo do ultimo texto for algum palavrão em algum idioma que você
conheça, leve em conta minha ignorância. Trará-se apenas de um jogo de silabas
criadas para trinar a articulação.
IV-1 Escala das notas
Notas musicais
representam a tonalidade (variação grave-agudo) dos sons. Para um vocalista
profissional – ainda que tenha medo de instrumentos – conhece-las é questão de
fisiologismo. Ou aprende ou não é cantor que se preze.
O padrão internacional estabelece
7 notas chamadas de tom inteiro e mais 5 semitons chamados de sustenidos
e bemóis.
Para sua compreensão, comecemos com o que toda
criança (exceto no Afeganistão) sabe: as notas inteiras. Observe ainda a ordem
da variação grave-agudo:
Dó
|
Ré
|
Mi
|
Fá
|
Sol
|
Lá
|
Si
|

Comparando as tonalidades, vemos que Ré é mais agudo
que Dó e mais grave que Mi. Ou seja, na medida em que escala cresce cada nota
seguida se torna mais fina.
Só que ao invés de escrever o
nome das notas, convencionou-se usar letras para representação gráfica.
Escrevemos as letras e lemos o nome original delas. Veja abaixo, a tabela das
letras, agora começando por Lá:
Lá
|
Si
|
Dó
|
Ré
|
Mi
|
Fá
|
Sol
|
A
|
B
|
C
|
D
|
E
|
F
|
G
|
Acontece que entre esses tons (notas) existem outros
semitons. Eles poderiam receber outros nomes (por exemplo, “Tá”, “Nó” ou quem
sabe, meu nome). Porém, os doutores da música preferiram associa-los às notas
inteiras. Resultado; surgiu o sustenido (#) (semitom relativo meio-tom à
frente da nota inteira); e o bemol (b) (semitom relativo meio-tom
atrás da nota inteira).
Portanto, encontrando
semitons entre as notas C e D, vamos chamá-los de:
C
|
C#
|
Db
|
D
|
Quer dizer que depois da nota C (Dó) vem o
semitom C# (Dó sustenido). Em seguida, Db (Ré bemol) que é o
semitom antecessor de D (Ré).
Mesmo entre uma nota inteira e um semitom existe
outra variação sonora, mas foram ignoradas. Na verdade, os dois semitons
(sustenido e bemol) foram agrupados numa só nota. Existente entre dois tons
inteiros. Elas recebem os dois nomes relativos aos seus vizinhos. No caso
anterior, C# e Db formam uma mesma nota (entre C e D).
Já não são mais dois semitons, mas uma nota tanto sustenida (em relação à nota
anterior) e ao mesmo tempo bemol (em relação à nota seguinte).
Esqueça os outros semitons. Você só terá que
aprender a escala completa das notas. Observe abaixo:
1
|
2
|
3
|
4
|
5
|
6
|
7
|
8
|
9
|
10
|
11
|
12
|
A
|
A#
|
B
|
C
|
C#
|
D
|
D#
|
E
|
F
|
F#
|
G
|
G#
|
Bb
|
Db
|
Eb
|
Gb
|
Ab
|
Note que a seqüência que termina em G (Sol) recomeça em A
(Lá). Isso porque a escala é contínua.
Existe uma tonalidade padrão
para as notas. Desta forma, a altura de C em um piano é a mesma em um
violão ou na voz humana. Essa medida som padrão de recebe o nome de diapasão.
Também é chamado de diapasão um instrumento que emite uma ou mais notas da
altura padrão que serve como base para afinar um outro instrumento (violão, por
exemplo).
Diz-se que uma pessoa é
dotada de diapasão quando ela tem em mente e canta a tonalidade original da
nota. Explicando melhor; ela canta F no som padrão de F.
Aprenderemos a guardar o diapasão de cabeça breve. No entanto, é necessário ter
de onde extrair o som que servirá como base. Para isso nós estudaremos a
estrutura das notas em alguns instrumentos.
IV-2 Teclado (ou piano)
![]() |
Instrumentos de teclas emitem sons correspondentes a uma nota para cada tecla. O teclado é composto por várias oitavas. Oitava é um conjunto de oito notas inteiras (de 7um Dó a outro Dó) representas pelas teclas inferiores (brancas). Repare:
As teclas superiores
(pretas) são os sustenidos e bemóis. Assim, entre as teclas de D e E tem
a tecla do semitom D# e Eb. Observe a gravura:
![]() |
Espie na figura abaixo a representação de um teclado
de 4 oitavas:
![]() |
Cada tecla tem então a sua identidade quanto a sua
nota e quanto à oitava. Então, o D depois do C2 é o Ré da 2a
oitava, ou seja, o segundo D2. Agora você já sabe extrair as notas de um
teclado.
Tocando nas teclas é possível
identificar a diferença entre o som de cada uma. Pela variação de tonalidade, o
som vai ficando cada vez mais fino na ordem crescente das notas. Então, cada
tecla à direita é mais aguda que a anterior. O mesmo acontece com as notas
iguais; o C1 é mais grave que o C2.
IV-3 Violão

Olhando a figura ao lado, vemos a
distribuição das cordas e das casas do braço do violão.
As cordas são enumeradas de 1 a 6 começando de baixo pra
cima – das cordas mais finas para as mais grossas.
As casas são separadas pelos trastes e enumeradas na ordem
da do cabeçalho à boca do violão. As cordas tocadas soltas correspondem a casa
zero. Apertando-as depois do primeiro traste passam a ser da primeira casa e
assim sucessivamente. A tonalidade também segue essa ordem. Quanto mais alta
for a casa mais fino será o som.
ATENÇÃO: aperte as cordas com a cabeça
do dedo e dentro casa e não sobre o traste.
A distribuição das notas no
violão começa das cordas soltas (casa zero) e cresce com a numeração das casas.
Exemplo; a primeira corda solta é E. Na casa 1 será F, na outra
casa F#/Gb, depois G, G#/Ab, A e etc.
Veja a escala até a oitava casa
ilustrada abaixo:

Repare que a ordem das notas é inversa. Ela cresce
no agudo voltando para a boca do violão. Note também que ficaram algumas
casas sem notas. Pois fique sabendo que elas têm notas sim e são os sustenidos
e bemóis. Por exemplo, a nota da corda 1 na casa 2 é F# e Gb.
Para simplificar a descrição
de cada nota, vamos usar a letra da nota e mais um número; o primeiro para a
corda e o seguinte para a casa. Combinado assim, a nota C35 será C na corda 3 e
casa 5. A
nota D da quarta corda solta (casa zero) será D40.
Se você ainda não dormiu com
a leitura, deve ter notado a grande quantidade de notas que o violão tem. Só
até a oitava casa – conforme a figura acima --, encontramos 5 notas E.
Mas isso não quer dizer que são tantas oitavas quanto é o número de notas,
pois, há notas iguais de uma mesma oitava em diferentes cordas.
Pra ser exato, começando
da nota mais grave E60, seguimos até a quinta casa e descemos para a
corda abaixo. As notas, a partir desta casa, serão semelhantes às casas da
corda abaixo. Exemplo, A65 e A50, A#66 e A#51. Seguindo
nesta corda, alcançamos a nota D55 e descemos para D40 e assim
por diante.
Agora você também já sabe onde estão as notas no
violão.
|
IV-4 Flauta Doce
Nem teclado nem violão? Tudo
bem. Vamos de flauta doce. Fácil de tocar, transportar e é encontrada até nas
lojinhas de R$ 1,99. Veja como é a estrutura das notas em flauta doce:


Veja o modelo da flauta na gravura
acima e, ao lado, a simbologia de como se comportam os buracos na representação
das notas.

À esquerda, olhe como usar as mãos para
apertar os orifícios do canudo musical. Perceba também que o furo traseiro da
flauta é apertado (quando ordenado) pelo polegar direito.
Agora conheça algumas notas
na flauta.

IV-5 Melodia e
acompanhamento
A melodia é a parte
expressa da música. A parte cantada (voz principal) é a expressão da própria
musica, portanto, a melodia. Por sua vez, o acompanhamento é o som de
fundo feito com acordes. Acorde é uma união de várias notas
predeterminadas que formam uma posição. O acompanhamento pode ser recheado de introdução,
solo e arranjos.
Podemos citar um exemplo
dessa separação na canção “COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ” de Roberto
Carlos. Ela tem um acompanhamento completo (bateria, contra-baixo, guitarra,
etc.) e se inicia com uma introdução em flauta. Em seguida entra a melodia com a letra
cantada sobre a seqüência de acordes do acompanhamento. Durante a melodia, a
flauta volta a aparecer com pequenos arranjos. No fim da letra, vem o solo,
também em flauta, isolado com o acompanhamento. Depois do solo, a melodia é
repetida no verso “Nem mesmo o céu...”.
Pois essa melodia é uma
seqüência de notas que deve ser executada junto com as palavras. Melhor
dizendo, cantada.
Normalmente, cada silaba
recebe uma nota. Veja:
“EU
TE – NHO TAN – TO PRA
LHE FA - LAR...”
B B D
D C A
C A C (Notas musicais)
Mas pode acontecer de duas ou mais silabas serem
anexadas numa só nota. Repare:
“CO – MO É GRAN - DE
O MEU A - MOR...”
G
E G E
E G E
D#
Ou ainda, que uma única silaba seja flexionada em
duas ou mais notas. Tire a prova cantando esse verso do clássico “ASA BRANCA”
de Luiz Gonzaga:
“EU
PER – GUN – TE - EI
A DEUS DO
CÉU UAI...”
G G A
B D D
B A G
C
IV-6 Potencia vocal
Entre o
homem e a mulher há mais diferenças do que o peito cabeludo e o bigode. A voz
natural do masculino é um ou duas oitavas mais baixa (grave) que a delas.
Podemos dizer que o eles cantam na faixa da primeira para a quarta oitava e
elas dentro da segunda para a quinta oitava, conforme a potencia de cada um.
Quando o
homem tem a voz super grave, ele fatalmente se enquadra dentro da categoria baixo.
Para cantar, ele alcança em torno da primeira até a segunda oitava. A categoria
média é chamada de barítono. Os sopranos alcançam entre a segunda à
quarta oitava. A terceira classificação é o tenor. Neste caso, os
dotados dessa classe são mais agudos e cantam no tom semelhante aos das damas,
além de alcançarem também as oitavas dos barítonos.
A
classificação das vozes femininas começa com contralto para aquelas que
tem voz de macho e fala grosso. Na hora de cantar, elas utilizam-se da segunda
para a terceira oitava. A categoria intermediária é conhecida como semi-soprano.
Nestas condições, as medianas cantam na faixa da terceira para quarta oitava.
As poderosas da terceira classe seguem a ordem do grau soprano. As
cantoras desse nível cantam da terceira para além da quinta oitava.
Cada categoria canta em torno
de dezoito notas inteiras, o que é quase três oitavas. Como uma melodia
normalmente é escrita com notas que variam entre duas oitavas, isso quer dizer
que, adequadamente, uma pessoa pode cantar qualquer música. Quando digo
“adequadamente” me refiro a usar as notas apropriadas para cada voz. Assim, se
numa música, a mulher usar as notas C, D, E, F e G da quinta oitava, a voz
masculina fatalmente não conseguirá cantar essa melodia com este tom tão agudo.
Mas se ele pegar essas mesmas notas e transportar para uma oitava menor ele
certamente cantará a mesma música certinho.
Vamos tentar fazer isso; veja
alguns versos da música “ASA BRANCA” com as notas adequadas para cada sexo.
Toque no instrumento e depois cante na oitava apropriada:
“QUAN-DO O-LHEI A TER-RA AR-DEN-DO / QUÃO FO-GUEI-RA
DE SÃO JOÃO”
C D
E G G E
F F C
D E G
G F E
Portanto, na prática, não
importa ser barítono, tenor ou soprano. Em qualquer situação você pode cantar
corretamente as suas canções preferidas.
Também é verdade que existe
tenha uma potencia extraordinária capaz de se enquadrar em duas categorias ao
mesmo tempo, trocando em miúdos, que canta notas superiores a três oitavas. Com
isso, ele tem condições de imitar vozes masculinas e femininas perfeitamente.
Mas não fique com inveja não porque isso não é muita vantagem, se o quer é
apenas cantar.
Aquecimento físico
Comece com o exercício de
aquecimento físico descrito anteriormente.
Aquecimento vocal
Faça o aquecimento vocal que
já aprendeu.
Qual é a sua potencia?
Qual é a capacidade da sua
voz? Será que você é um Pavarotti ou um Louis Armstrong? Sua voz é fina ou
grossa? Que notas e que oitavas você alcança? Façamos o teste com o auxílio de
um instrumento (teclado ou violão).
PARA HOMEM
Toque e ouça bem a nota E (E3
teclado e E42 violão) e tente cantá-la. Soa confortável? Ótimo. Agora
vamos medir a sua capacidade até o limite mais grave. Toque e cante diminuindo
uma nota inteira, ou seja, engrossando uma nota. Meça e anote até que nota
grave você alcança -- sem forçar.
Teclado
= E3 D3 C3
B2 A2 G2 F2 E2
D2 C2 B1
Violão
= E42 D55 C53
B52 A65 G63
F61 E60
Agora vamos medir seu limite
agudo aumentando uma nota inteira.
Teclado
= E3 F3 G3
A3 B3 C4 D4 E4
F4 G4 A4
B4 C5 D6
Violão
= E42 F43 G45
A32 B34 C21
D23 E25 F11
G13 A15 B17
C18 D20
|
PARA MULHER
Toque e ouça bem a nota B (B3
teclado e B34 violão) e tente cantá-la. Soa confortável? Ótimo. Agora
vamos medir a sua capacidade até o limite mais grave. Toque e cante diminuindo
uma nota inteira, ou seja, engrossando uma nota. Meça e anote até que nota
grave você alcança -- sem forçar.
Teclado
= B3 A3 G3
F3 E3 D3 C3 B2
Violão
= B34 A32 G45
F43 E42 D55
C53 B52
Agora vamos medir seu limite
agudo aumentando uma nota inteira.
Teclado
= B3 C4 D4 E4
F4 G4 A4
B4 C5 D5
E5 F5 G5
Violão
= B34 C21 D23
E25 F11 G13
A15 B17 C18
D20 E22 F23
|
Soando notas
Vamos soar uma seqüência de
notas para começar a treinar a voz. Use a oitava adequada para sua voz,
começando pela mais grave. Por exemplo, o barítono começa por C3 –
C53 e a soprano por C4 – C21. Toque as notas, escute-as bem e cante.
1a
Seqüência:
a)
Toque as notas;
C D
E F E
D C (aproximadamente 2
segundos para cada nota).
b)
Pegue o som “ê”
e cante a seqüência de notas acima (com o mesmo tempo).
c)
Agora repita a
seqüência uma vez para cada estilo; normal, moído, fonfom, staccato e
pianinho.
Gostou? Então repita o exercício trocando o som de “ê”
por “a”, “ô”, “ó”, “i” e “u”.
2a
Seqüência:
Repita o exercício anterior, dessa vez
trocando a seqüência descrita acima por esta nova; D E
F# G F#
E D.
3a
Seqüência:
Do mesmo jeito, agora com a seqüência; E F#
G# A G#
F# E.
4a
Seqüência:
Idem com essa seqüência; F G
A Bb A
G F.
5a
Seqüência:
Novamente uma outra seqüência; G A
B C B
A G.
6a
Seqüência:
Está acabando; A B
C# D C#
B A.
7a
Seqüência:
E a saidera; A B
C# D C#
B A.
V-1 Você é esperto?
Se você é uma pessoa
atenciosa – e cumpre a recomendação de fazer direitinho os exercícios --, deve
ter percebido uma coisa interessante no último exercício; as notas foram
alteradas de uma seqüência a outra, mas o som conjunto da seqüência (a melodia
da seqüência) era muito parecido – ou melhor, igual. Apenas havia uma pequena
variação de tonalidade.
Por acaso se trocássemos o
som das letras por um verso, teríamos uma melodia de palavras cantadas. Vamos
supor que a composição fosse:
“EU
VOU PRA LÁ E PRA CÁ”
C D E
F E D C
Se substituirmos a seqüência
acima por todas as outras dadas na derradeira aula prática, nós cantaríamos
essa original letra com seqüências diferentes – quer dizer, em várias
tonalidades – e a melodia não seria alterada. Por quê?
Conclusão em breve.
V-2 Valor das notas
Para tocar uma nota num
violão basta seguir a tabela das cordas e casas, apertar e bater. No teclado, é
só localizar a tecla e empurrar o dedo nela.
Mas tem mais. Cada nota,
inclusive os semitons (sustenidos e bemóis), tem um segredo a contar; elas são
soadas a partir de um som de ondas repartidas em pequenos pedaços que ninguém
percebe de ouvido, como se fossem seminotas inferiores. De fato, são três
pedaços de ondas sonoras que formam uma nota. Como não dá pra diferenciar
essas ondas a ouvido nu – e nem nos interessa --, os musicólogos resolverem
elevar a potencia dessas seminotas inferiores a uma nota e a união das notas
correspondentes a um acorde.
Entendeu? Não? Mais uma vez;
um fanático por música com olhar e cabelos de cientista louco não tinha o que
fazer e foi fuçar, fuçar e fuçar até que, descobriu que a nota C era
formada por três ondas sonora inferiores, respectivamente semelhantes às notas C,
E e G. Então, se a junção dessas ondas formava uma nota,
conseqüentemente a união de notas iguais formaria alguma coisa – que ele deu o
nome de acorde. Portanto, as notas C, E e G formam o
acorde de C. Por isso, existem as posições (cifras) para violão e
teclado que tocam várias notas ao mesmo tempo.
Se estiver estudando em
grupo, selecione três pessoas e determine para cada uma voz as notas que formam
o acorde de C para conferir a teoria.
V-3 Acorde para os acordes
Depois de descobrir as notas
de C, não houve obstáculo para achar as demais. Na verdade, essa tabela
de valores das notas foi tão levado a sério que dela, surgiram novas
propriedades da música. As descobertas mais relevantes foram uma grande safra
de acordes para cada nota; maiores, menores, com sétima, com sétima menor, etc.
A seguir, a tabela de valores
das notas para cada acorde, sendo que, cada nota tem uma versão de acorde
maior e acorde menor.
TABELA DE NOTAS PARA ACORDES
Acorde
|
Nota
|
1
|
2
|
3
|
4
|
5
|
6
|
7
|
8
|
A
|
A
|
B
|
C#
|
D
|
E
|
F#
|
G#
|
A
|
|
F#m
|
F#
|
G#
|
A
|
B
|
C#
|
D
|
E
|
F#
|
|
B
|
B
|
C#
|
D#
|
E
|
F#
|
G#
|
A#
|
N
|
|
G#m
|
G#
|
A#
|
B
|
C#
|
D#
|
E
|
F#
|
G#
|
|
C
|
C
|
D
|
E
|
F
|
G
|
A
|
B
|
C
|
|
Am
|
A
|
B
|
C
|
D
|
E
|
F
|
G
|
C
|
|
D
|
D
|
E
|
F#
|
G
|
A
|
B
|
C#
|
D
|
|
Bm
|
B
|
C#
|
D
|
E
|
F#
|
G
|
A
|
B
|
|
E
|
E
|
F#
|
G#
|
A
|
B
|
C#
|
D#
|
E
|
|
C#m
|
C#
|
D#
|
E
|
F#
|
G#
|
A
|
B
|
C#
|
|
F
|
F
|
G
|
A
|
Bb
|
C
|
D
|
E
|
F
|
|
Dm
|
D
|
E
|
F
|
G
|
A
|
Bb
|
C
|
D
|
|
G
|
G
|
A
|
B
|
C
|
D
|
E
|
F#
|
G
|
|
Em
|
E
|
F#
|
G
|
A
|
B
|
C
|
D
|
E
|
|
A#
|
A#
|
C
|
D
|
D#
|
F
|
G
|
A
|
A#
|
|
Gm
|
G$
|
A
|
A#
|
C
|
D
|
D#
|
F
|
G#
|
|
C#
|
C#
|
D#
|
F
|
F#
|
G#
|
A#
|
C
|
C#
|
|
A#m
|
A#
|
C
|
C#
|
D#
|
F
|
F#
|
G#
|
A
|
|
D#
|
D#
|
F
|
G
|
G#
|
A#
|
C
|
D
|
D#
|
|
Cm
|
C
|
D
|
D#
|
F
|
G
|
G#
|
A#
|
C
|
|
F#
|
F#
|
G#
|
A#
|
B
|
C#
|
D#
|
F
|
F#
|
|
D#m
|
D#
|
F
|
F#
|
G#
|
A$
|
B
|
C#
|
D#
|
|
G#
|
G#
|
A#
|
C
|
C#
|
D#
|
F
|
G
|
G#
|
|
Fm
|
F
|
G
|
G#
|
A#
|
C
|
C#
|
D#
|
F
|
Vamos estudar algumas
propriedades usando a tabela acima.
a)
Cada seqüência
de notas é diferente entre os acordes.
b)
O primeiro
valor (nota 1) é sempre igual ao oitavo.
c)
Usamos apenas a
descrição dos sustenidos para os semitons. Entretanto, subtende-se também que
são bemóis. Por exemplo, é G# igual a Ab.
d)
A tabela não
acaba no oitavo valor, ela continua do nono a partir do segundo. Assim, a nona
nota é igual à nota 2 e o décimo valor é o mesmo que o terceiro, etc.
e)
As notas da
tabela criam uma equivalência de valor das notas para cada acorde. Isso
significa que a nota F está para C assim como D# está para
A#, pois representam o quarto valor na tabela para os respectivos
acordes.
f)
Se as notas C,
E e G formam o acorde de C (Dó maior), podemos concluir
que esse acorde maior é formado pelos valores 1, 3 e 5. Com isso, podemos
determinar que, valendo-se da relação de valores, eu posso formar todos os
demais acordes apenas selecionando as notas equivalentes. Por exemplo, o acorde
D será formado pela 1a, 3a e 5a nota de
sua seqüência. Consultando a tabela, verificamos então que esse acorde será
composto pelas notas D, F# e A.
g)
Não precisamos
aprofundar muito, mas vale adiantar que os acordes menores também são formados
pelas notas 1, 3 e 5 de suas escalas menores. Logo, o acorde de Cm
existirá com a soma das notas C, D# e G.
V-4 Acompanhando a melodia
Lembra-se quando falamos
sobre melodia e acompanhamento? (ver IV-5) pois não estávamos
brincando. Por trás da melodia (cantada ou em forma de arranjo instrumental)
existe uma seqüência de acordes.
Como o que você quer é cantar
e não aprender acompanhamento instrumental, vale dizer que os acordes devem
estar de acordo com a melodia. A regra é clara; a nota da melodia deve
coincidir com uma das notas do acorde e não necessariamente com o próprio
acorde. Com isso, o instrumento faz um único acorde e dentro dele, poderão ser
executadas várias notas para a melodia. Quando precisar de notas diferentes
para compor a melodia, altera-se o acorde.
V-5 Valor prático das notas
O interessante nisso tudo
para quem quer cantar é ter em mente o valor das notas de uma seqüência. Você
toca a primeira nota e sabe soar as demais na ordem e fora dela. Por exemplo,
você canta as notas 1, 2, 3 e 4 e
reconhece o valor de cada uma delas nessa ordem e, com um pouco de prática,
pode pular da nota 1 para a 4 sem ter que fazer a escadinha (tocar as notas
entre elas). Aí você saberá o valor que é a 1a e a 4a
nota.
Quando tiver esses valores
infiltrados na sua cuca, automaticamente você saberá distinguir as notas de uma
melodia assim que escutar pela primeira vez. Também saberá transportar as notas
de uma tonalidade para outra. Confira a seguir.
V-6 Transporte de
tonalidades
Recorde o verso da música
“ASA BRANCA” que cantamos em
IV-5. Sua seqüência de notas pertence à escala de G.
“CO – MO É GRAN - DE
O MEU A – MOR
POR VO - CÊ”
G
E G E
E G E
F# D B
G
Podemos dizer que as notas
usadas G, E, F#
e B na seqüência de G corresponde respectivamente, aos valores 1, 6, 7 e
3.
Sabendo disso, podemos usar esses
valores para transportar essa melodia da escala de para qualquer outra. Vamos
mostrar isso mudando a tonalidade G de para B:
“CO – MO É GRAN - DE
O MEU A – MOR
POR VO - CÊ”
B G#
B G# G#
B G# A# F#
A# B
De maneira similar, podemos fazer transposição de tonalidades
facilmente para um objetivo convincente; adequar a melodia à sua voz. Cante o
verso acima nas duas tonalidades (G e B) e repare em qual delas
sua voz se adapta melhor. Se nenhuma servir, procure outra.
Exercícios Básicos
Sabe aqueles exercícios
chatos da aula prática passada? Trate de gostar deles e comece esta – e todas
as outras – por aí.
Reconhecimento de valores das notas
Esta aula visa treinar sua
habilidade de reconhecimento de notas. Mais precisamente, dos valores das notas
em uma seqüência.
Vamos tomar por base a escala
de C (Dó maior). Para tanto, procure a nota C da oitava mais
adequada à sua voz e cante a seguinte seqüência, procurando compreender o valor
de cada nota em relação a esta tonalidade.
1a
seqüência = escala completa com
todos os valores:
C D
E F G
A B C
2a
seqüência = valores originais do
acorde maior (1, 3 e 5):
C E G
3a
seqüência = 1 (a nota original) e
4:
C F C
4a
seqüência = escala completa com
todos os valores:
C D
E F G
A B C
5a
seqüência = 1 (nota original) e 2:
C D C
6a
seqüência = 1 (nota original) e 7:
C B C
7a
seqüência = escala completa com
todos os valores:
C D
E F G
A B C
8a
seqüência = 1 (nota original) e 5:
C G C
9a
seqüência = 1 (nota original) e 6:
C A C
10a
seqüência = escala completa com
todos os valores:
C D
E F G
A B C
Cadê o ouvido? I
Deu pra pegar? Teste seu
ouvido tocando notas sortidas sem olhar para o instrumento, e procure descobrir
que nota é.
Cadê o ouvido? II
Vamos pegar a música mais
tocada no mundo como exemplo; “PARABÉNS PRA VOCÊ” e cantá-la no acorde de C
(procure a oitava de acordo com sua voz). Para começar, vamos tocar no
instrumento o primeiro verso e depois cantar.
“PA – RA - BÉNS
PRA VO – CÊ / NES – AS
DA – TA QUE – RI - DA”
G3 G3
A3 G3 C4
B3 G3 G3
A3 G3 D4
C4 C4
Moleza,
não? Agora escreva o restante da letra da música com as respectivas notas se
valendo da sua voz e seu ouvido. Cante o verso e procure as notas através da
técnica dos valores das tonalidades.
Cadê o ouvido? III
Agora vai um truque infalível
para você aprender a guardar na sua cabeça, de uma vez por todas, o som
original e padrão de cada nota. É como se você instalasse um diapasão no seu
ouvido.
Pegue uma música que você
conhece e canta com freqüência. Cante-a na tonalidade mais fiel à gravação
original e procure descobrir no instrumento qual a nota da primeira silaba cantada.
Agora confira se você cantou a nota na mesma tonalidade da gravação comparando
as notas (a que escreveu depois que cantou e à nota original no disco).
Se
você cantou a nota corretamente é porque tem a tonalidade desta música de
cabeça. Logo, sabendo que nota é essa, você poderá chegar a toda a escala
comparando os valores das notas.
Eu, por exemplo, quando quero
cantar as notas no tom original, procuro me lembrar da música “UNCHAINED
MELODY” (tema do Filme “Ghost – Do Outro lado da Vida”) que é da
tonalidade de C maior e começa também com uma nota C. A partir
dela eu calculo a altura das demais.
VI-1 Cadê a segunda voz?
A segunda voz se popularizou
na música sertaneja e invadiu os espaços de outros ritmos. Mas, existe mesmo
segunda voz? Se é que sim, como isso funciona?
Existem sim, e não só a
segunda como outras vozes que você poderá enumerar de terceira, quarta, quinta,
sábado ou raios que o partam.
Acontece que quando você tem
um acompanhamento sobre a melodia, você conta com uma série de notas que formam
o acorde tocado. A melodia original – a primeira voz -- terá que
escolher uma das notas para cada tempo. Ficará então uma brecha das outras
notas que poderão ser cantadas por outras vozes.
Pegue este abaixo verso com
sua melodia original e depois troque as notas:
“PA – RA
- BÉNS PRA VO – CÊ /
NES – AS DA – TA QUE – RI - DA”
Original
= G3 G3 A3
G3 C4 B3
G3 G3 A3
G3 D4 C4
C4
2a
Voz = E4 E4
E4 C4 E4
D4 D4 D4 D4 B3
B3 D4 E4
3a
Voz = C4 D4
E4 E4 D4
G4 G4 G4
B4 B4 A4
G4 G4
Com essa modificação radical,
criou-se duas novas melodias para uma mesma letra e acompanhamento.
A maneira mais prática de
procurar uma nova voz para um acompanhamento é observar as demais notas de um
acorde. Se estiver cantando sobre o acorde de C, então você tem três
notas originais que formam o acorde (C, E e G) e mais as
mesmas notas em oitavas diferentes.
Pegue três vozes (caso esteja
em grupo) e sobre o acompanhamento de C, cantem as três notas do acorde
a letra abaixo, cada um na mesma nota:
“EU A –
MO VO – CÊ”
1a
Voz = C
2a
Voz = E
3a
Voz = G
Sendo assim, você pode
alterar qualquer melodia ou criar outras a partir da original colocando outras
notas correspondentes ao acompanhamento.
Reescrevendo vozes
Reescreva novas vozes para
musicas de apenas uma melodia, que você conhece e também procure as notas das
vozes de músicas como “YOLANDA” de Chico Buarque e Simone, “POBRE MENINA” de
Leno e Lilia, “NÃO APRENDI DIZER ADEUS”
de Leandro e Leonardo que tem duas vozes bem definidas.
VII-1 Agrado musical
“Queria amanhã fosse, contudo amável. Aproximadamente
vento vale conjunto”.
A harmonia implica em
agradar aos ouvidos com uma melodia bem composta, sons congruentes e num
compasso alinhado. Noutras palavras; a música deve ter um sentido, suas notas
devem ser harmônicas e combinar uma com as outras.
Lendo a primeira linha deste
tópico, diga-me; o que ele quer dizer? Nada, nadinha mesmo! Em matéria
literária diz-se de textos sem nexo, sem harmonia, sem sentido. Embora junte
palavras corretas, no geral, elas não dão um sentido a nenhuma idéia.
É preciso, portanto, dar
sentido à melodia executando-a fielmente de acordo com os critérios técnicos
que estudaremos a seguir.
VII-2 Afinação
Como já vimos, a escala
padronizada apresenta sete notas inteiras e mais cinco semitons que representam
os sons em uma melodia. Porém, existe ainda uma variação de tom entre uma nota e
outra que produz uma dissonância, quer dizer, um som desafinado.
O vocalista deve reproduzir o
mais fiel possível, as notas dentro de uma afinação que obedeça ao padrão
internacional da música – o som original das notas.
A
dica é imitar o instrumento. Toque uma nota ou uma seqüência delas e procure
reproduzir com a voz.
VII-3 Suavidade
Não há nada mais irritante
aos ouvidos que choro de bebê e voz estridente. Isso é típico de quem está
forçando a garganta tentando dar o que não tem, o que prejudica sensivelmente
os órgãos fonológicos.
O
som, ao contrário, deve sair suave, ainda que seja alto (agudo), sem forçar o
gogó. Além disso, a voz deve soar, de preferência, a partir de uma ligeira
elevação do volume. Também no final, deve-se tomar cuidado para não cortar a
voz. Na maioria das vezes, o som é encerrado com um declive no volume, como se
fosse sendo fechando o botão do volume. Entretanto, há casos em que o som é
finalizado com um corte brusco, semelhante ao staccato. Não se pode é deixar a
impressão que parou por falta de voz.
Para
isso, é fundamental uma boa respiração. Encha bem os pulmões e vá soltando o ar
de acordo com o canto e sincronizando a resistência. Antes de puxar o novo
oxigênio, expulse o anterior para caber mais.
VII-4 Entre no compasso
Aposto que já viu essa cena
antes; alguém vai cantar acompanhando o instrumento tocado por outro e fica
naquele jogo de olho como que perguntando “É agora que eu entro?” Depois, ele
começa a cantar tão apressado que enquanto o músico toca a estrofe ele já está
cantando o refrão. Após uma bronca – e quem sabe, vaias – o vocalista dá uma
maneirada exagerada e acaba demorando tanto que o cara do instrumento sai pra
tomar uma água até ele sair do primeiro verso.
É
que esse elemento simplesmente não sabe o que é compasso. Não tem noção
do tempo certo de cantar.
De fato, isto não é raro e
talvez você aí seja protagonista de episódios idênticos – ou melhor, era. Com
um bom treinamento é possível liquidar esse problema. A chave do sucesso é
atenção e um truque; usar sua bateria virtual.
Para aprender a acompanhar o
ritmo certinho, inicialmente o melhor é bater o pé, bater palmas ou estralar os
dedos simulando a bateria. A batida do pedal da bateria é geralmente o som mais
forte, seguida de toques nas caixas e tambores. De maneira igual se segue aqui.
É muito difícil sair do ritmo assim, só que nem sempre é possível – e
apresentável – fazer esses movimentos. Com o tempo, eles podem ser substituídos
apenas por batidas imaginárias dentro da sua cabeça. Também conheço quem imite
a bateria com a boca.
VII-5 Interprete cantando
Você quer ser um cantor
(cantora) ou um ator (atriz)? Que tal os dois?
Pois saiba que uma das coisas mais vistosas num espetáculo ao vivo é a expressão,
a forma de o cantor interpretar a letra fisicamente.
Combina cantar “MEU BEM
QUERER” de Djavan dando saltos no palco? Ou talvez dar risadas enquanto
canta “GARÇOM” de Reginaldo Rossi? Dá pra imaginar uma cara triste do
cantor durante a execução de um enredo de escola de samba? Claro que não. A
feição deve combinar com o momento, a música em questão.
Cuidado com o excesso nos
gestos para não pegar mania. Por exemplo, Julio Iglesias canta apertando o
estomago com a mão esquerda, José Rico, que faz dupla com Milionário, só emite
agudos se imprensar o ouvido.
VII-5 Volume uniforme
Independente da variação de
tonalidade (grave ou agudo) o som deve, em geral, se submeter a uma
regularidade no volume.
Pegue a canção “CANTEIROS”
de Fagner e mande qualquer pé-rapado cantar o primeiro verso e ele vai cantar
“Quando penso em você, fecho os olhos de...” num certo volume e em “...
saudaaaaaaades” ele vai se rasgar todo.
É um erro alterar o volume em
proporções acentuadas. Isto acontece justamente no momento mais desnecessário;
nas notas mais altas. Se a tonalidade é aguda, menos força será requisitada. Em
contrapartida, no tom mais grave, onde o som é naturalmente mais baixo,
requer-se mais esforço da voz para equilibrar o volume.
VII-5 Microfone – o terror
Ainda tem gente nesse mundo
que odeia microfones. Que estupidez! Realmente há diferença entre cantar ao ar
livre e cantar ao microfone. No primeiro caso, você se livra de acidentalmente
engolir o objeto e no segundo, você pode cantar ou falar suavemente e ser
escutado por milhares de pessoas.
Ao cantar ao microfone,
mantenha a voz nos mesmos moldes como se estivesse sem ele. Não precisa alterar
o volume. Quem tem o trabalho de amplificar sua voz é ele. Também, não ponha o
microfone dentro da sua boca. Mantenha
uma distancia razoável (meio palmo aproximadamente) e regular. Esteja certo
ainda que a qualidade da sua voz ao microfone dependerá tanto do equipamento e
seus ajustes quanto de você. Daí, a necessidade de um agente externo. É
indispensável ter som de retorno para que também escute sua voz.
Cuidado também com ruídos e
sons indesejáveis. O som da respiração ou um mastigado da boca podem ser
captados pelo microfone. Também podem ser flagrantes alguns sopapos provocados
no ato de falar ou cantar silabas com “p” ou “t”. Ou ainda, chiados prolongados
com o uso de “s” ou “ce”.
Conclusão
Agora é hora de soltar a voz
pondo em prática toda a técnica estudada aqui. Não esqueça as recomendações
principais:
·
Postura
·
Aquecimento
corporal
·
Aquecimento
vocal
·
Respiração
adequada
·
Afinação
·
Suavidade na
voz
·
Compasso
·
Volume uniforme
·
Expressão
Se
tiver aprendido tudo isso e conseguir por em prática, certamente estará pronto
para encarar o palco. Do contrário, volte para o seu banheiro e fique por lá.
# = Símbolo de
sustenido.
A = Letra que representa a nota de Lá e o acorde de
Lá Maior.
Acompanhamento = Fundo musical que preenche a melodia. Ver;
Efeitos de acompanhamento.
Acorde = União de notas musicais para acompanhar a
melodia. Cada tonalidade tem uma série de acordes que podem ser maiores,
menores ou relativos.
Afinação = Harmonia entre os sons.
Agudo = Variável da tonalidade do som para fino e alto.
Oposto de grave.
Arranjo = Efeito que se aplica sobre o acompanhamento da
música.
B = Letra que representa a nota de Si e o acorde de
Si Maior.
b = Símbolo de bemol.
Baixo
= Voz masculina mais grave. Cantor
dotado dessa voz.
Barítono
= Voz masculina intermediária entre
Baixo e Tenor. Cantor dotado dessa voz.
C = Letra que representa a nota de Dó e o acorde de
Dó Maior.
Cifra = Representação gráfica de nota e acorde.
Compasso = Organização do ritmo. Tempo de execução da
melodia.
Contralto
= A voz feminina mais grave.
Cantora dotada dessa voz.
D = Letra que representa a nota de Ré e o acorde de
Ré Maior.
Desafinado = Sem harmonia entre os sons. Dissonante.
Dissonância
= Falta de harmonia e afinação
entre os sons. Desafinação.
Dó = Primeira nota musical. É representada pela letra
C.
E = Letra que representa a nota de Mi e o acorde de
Mi Maior.
Efeitos
de acompanhamento = Ver; Arranjo,
Introdução, Solo.
Escala = Relação de notas ou acordes com determinada ordem
e valores.
Expressão = Interpretação física.
F = Letra que representa a nota de Fá e o acorde de
Fá Maior.
Fá = Quarta nota musical. É representada pela letra F.
G = Letra que representa a nota de Sol e o acorde de
Sol Maior.
Grave = Variável da tonalidade do som para grosso e
baixo. Oposto de agudo.
Harmonia = Afinação entre os sons.
Introdução
= Efeito de acompanhamento que
precede a melodia.
Lá = Sexta nota musical. É representada pela letra A.
Melodia = Seqüência de notas que define a música e é
cantada ou tocada em destaque nas músicas instrumentais.
Mi = Terceira nota musical. É representada pela letra
E.
Nota
musical = Representação dos sons
preestabelecidos num escala com ordem e valores. As notas inteiras são sete;
dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Completam a escala das notas os semitons
sustenidos e bemóis.
Oitava = Conjunto de notas inteiras entre o intervalo de
duas notas iguais. Por exemplo, de um C1 a C2.
Pianinho = Estilo de cantar soando as notas baixinho.
Ré= Segunda nota musical. É representada pela letra D.
Seminotas = Originalmente, eram sons intermediários entre as
notas musicais. Posteriormente, tornaram-se notas representadas pelos
sustenidos e bemóis.
Si = Sétima nota musical. É representada pela letra B.
Sol = Quinta nota musical. É representada pela letra G.
Solo = Efeito instrumental executado no decorrer do
acompanhamento.
Soprano = A mais aguda voz humana. Cantor ou cantora dotados
dessa voz.
Staccato = Estilo de cantar soando as notas rapidamente e
forte.
Tenor = Voz masculina mais aguda. Cantor dotado dessa
voz.
Timbre = Identidade natural de cada som que permite sua
distinção.
Tom = Ver; Tonalidade.
Tonalidade = Variação do som entre grave e agudo que
estabelece as notas e acordes.
Volume = Intensidade do som.
Voz = Seqüência de notas que compõem uma melodia.
3.
Articulação e Clareza do Som
Cantar é um elemento da
articulação. As palavras da música devem ser muito claras e objetivas, para
causar um processo de ação e reação imediata. Para que isto aconteça, deve-se
levar em conta dois processos:
- Articulação: processo pelo qual os órgãos da fala moldam o som vocal em sons
reconhecíveis da fala.
- Interpretação: processo pelo qual se carrega o espírito ou significado da música
através do modo como se executa.
O primeiro passo para uma boa
interpretação é o domínio de uma boa articulação. Tanto no canto, quanto na
fala (a muitas pessoas), os movimentos articulares devem ser mais acentuados do
que na conversação usual.

Os elementos na figura acima
estão intimamente envolvidos no que se refere à articulação e clareza do som.
Qualquer alteração no funcionamento deles irá interferir no som emitido.
Lábios
Há pessoas que possuem um
problema de excessiva tensão labial, o que impede a boa mobilidade e
flexibilidade. Por outro lado, existem pessoas que possuem um tônus labial baixo,
ou seja, flácido.
A posição ideal para os
lábios, é aquela que ajuda o rosto a Ter uma expressão agradável, feliz.
Deve-se evitar puxá-los exageradamente para os cantos ou para frente quando se
estiver cantando ou falando, pois isto pode modificar a qualidade sonora.
Para aqueles com problema de
tensão ou flacidez labial, existe um procedimento muito simples e bastante
eficaz, sugerido pelo fisioterapeuta e fonoaudiólogo Noélio Duarte.
Primeiramente, deve-se visualizar a boca e seus pontos-chave: 

Quem tem excessiva tensão,
deve relaxar os lábios, apertando com o indicador e o polegar nos pontos
indicados acima, seguindo a ordem numérica referida. Deve apertar cada ponto
com firmeza, no entanto, sem exageros, durante 5 a 10 segundos. Pode ser
incômodo, mas, ao final, os resultados vão valer à pena.
Já quem tem lábios flácidos,
precisa de tonificação. O procedimento é o mesmo, só que ao invés de apertar
demoradamente, dá-se ligeiros apertões (apertando e soltando imediatamente) no
mesmo sentido numérico do esquema. Estas pessoas também podem fazer exercícios
do "i" ou do "u", torcendo a boca para um lado e para o
outro.

De um modo em geral, neste
exercício das vogais, pode-se utilizar o "p" e o "b" para
treino labial, pois estas consoantes são totalmente dependentes dos lábios.
Língua
A língua é o principal órgão
da articulação, pois interfere na formação das vogais e consoantes. Em média, a
língua trabalha numa velocidade de 370 movimentos por minuto.
Cerca de 90% dos problemas
que envolvem a língua são de tensão. Isso causa o ressecamento da boca pela
retração constante da língua. Este posicionamento não estimula muito a produção
de saliva em termos fisiológicos, e também interfere consideravelmente na
emissão do som, por razões explicadas mais adiante quando falarmos da faringe.
Existem, também, aqueles que
precisam tonificar a língua, sendo caracterizados pelo acúmulo excessivo de
saliva.
A língua deve permanecer numa
determinada posição, chamada de "posição de repouso", ao longo do
"assoalho" da boca tocando os dentes inferiores. Veja os seguintes
exercícios de relaxamento.
![]() |
- colocar a língua um pouco
para fora da boca e morder levemente a pontinha da língua
|
![]() |
- pressionar a língua
fortemente contra os dentes fechados por 5 segundos;
|
Em seguida, deve-se associar
os dois exercícios lentamente. Alguns problemas da pronúncia do "S"
podem ser resolvidos com a colocação da língua na posição de repouso.
Maxilar
A tensão é um grande fator
limitante da boa atuação dos maxilares. Pode-se perceber a tensão existente ao
se fechar os dentes e engolir a saliva. Quando se canta de boca fechada ocorre
isto. Por isso, aparecem dores após o ensaio ou apresentação, ou mesmo após a
fala.
O maxilar interfere nos
músculos da face, modificando o poder de contração. Portanto, deve-se relaxar
esses músculos, facilitando a abertura e a flexibilidade da boca e liberando os
músculos da garganta.
Nunca se deve usar posições
forçadas, tais como empurrar o maxilar para frente, puxá-lo para trás ou
trancá-lo numa posição. A sonoridade vai depender, em parte, da abertura que
for dada ao maxilar. Em relação à tensão ao maxilar inferior, pode-se realizar
alguns exercícios, lembrando que devem ter maior cuidado ao realizá-los aqueles
com tendência à luxação do maxilar.
![]() |
1. Lateralização
Abrindo a boca e movimentando o maxilar para a direita e para a esquerda. |
![]() |
2. Abertura total
Abrindo bem a boca por alguns segundos. |
![]() |
3. Projeção anterior
Com a língua na posição de repouso, projetando-se o maxilar para a frente, permanecendo assim por alguns segundos.
4. Projeção posterior
Com a ajuda de um dedo, fazendo-se um recuo do maxilar por alguns segundos. |
Faringe
A faringe tem a função de
ampliar o som, e embora não seja essencial para a articulação, está intimamente
ligada à posição assumida pela língua. Seu melhor desempenho dependerá do
comportamento da língua.
A ampliação do som será tanto
melhor quanto melhor for o espaço que o som puder ocupar dentro da boca.

Como se pode ver neste
esquema, a voz terá uma melhor ampliação na posição 1, a qual tem o dobro do
tamanho da posição 2. Deve-se notar como o hábito tão comum da posição 3
diminui consideravelmente o espaço para a ampliação da voz.
Existem exercícios que
facilitam a aquisição do hábito da posição 1:
- sabe-se que ao se fazer o
movimento de engolir, a língua inicialmente sobe e em seguida, sua parte
posterior desce. Então, com o dedo indicador e o polegar em cada extremo do
maxilar inferior, faz-se o movimento de engolir. Quando a parte posterior da
língua estiver descendo, mantém-se uma pressão para baixo, forçando os dedos,
sem esquecer que a ponta da língua deve estar no padrão de repouso.
- pode-se escolher um tom
médio, e com as vogais "a", "o", e "u" as pessoas
podem cantar variando 0 padrão de língua na posição 2 (representado pela vogal
em minúsculo) e posição 1 (representada pela vogal em maiúsculo).

Palato
O palato se divide em 2
partes: o palato duro (céu da boca) e o palato mole (úvula, conhecida como
campainha).
O palato duro está envolvido
com a projeção da voz, e o palato mole com a formação de sons orais e nasais.
O som, na verdade, é formado
por ondas. As ondas só se propagam em linha reta, daí a importância do palato
duro aliado a uma boa postura da cabeça:

Sabe-se que as narinas são
responsáveis pela ressonância nasal. Porém, o som nasal só será emitido com a
"permissão" do palato mole (a úvula).

Sons nasais

Sons orais
Para emitir esses sons
nasais, a úvula desce. Caso suba, os sons emitidos serão orais.
O excesso ou a falta de
nasalidade podem representar sérios problemas de voz, afastando-se da
normalidade e modificando o som original que deveria ser produzido.
A origem dos problemas pode
estar no hábito de colocação errada da voz, até problemas mais sérios, como
tumores, sinusite, adenóide e excesso de muco.
. O
Mau Uso da Voz
Deve-se ter em mente que o
mau uso da voz não começa ao se cantar de forma errada, mas sim ao se falar de
forma errada. Os cantores estão duplamente expostos a ter problemas nas cordas
vocais. Por isso, é necessário saber como preservar a voz tanto ao se falar
quanto ao se cantar.
O início dos problemas nas
cordas vocais pode ser sutil, uma rouquidão aqui, uma dorzinha ali. No entanto,
este é um assunto extremamente imporfante para ser ignorado, pois, às vezes, o
descaso pode levar à perda completa da voz.
Ao menor sinal de que algo
não vai bem com as cordas vocais, ou em qualquer outro órgão envolvido com a
fonação, deve-se procurar um especialista, o fonoaudiólogo.
Um dos problemas comuns é
sentir gosto de sangue na boca após uma apresentação musìcal, ou se falar
muito. Apesar de o ferimento ser minúsculo, gotículas de sangue são jogadas
pelo ar na boca, causando essa sensação. Outra sensação comum é o de areia. As
dores, geralmente, são em
pontadas. Com o tempo, uma simples lesão podese tornar em uma
espécie de cicatriz chamada fibrose, apresentar vários cistos, calos e até
mesmo se tornar em um tumor.
Timbre
Um erro comum, porém muito
grave, é em relação ao timbre. O timbre é o fato determinante do tipo de voz:
soprano, mezzo soprano, contralto, tenor, barítono e baixo. O timbre de
uma pessoa não é escolhido aleatoriamente, ele existe por razões anatômicas: o
tamanho da laringe. Por exemplo, os homens que têm o "gogó"
pronunciado ou pontiagudo têm maior facilidade de ressonância, e
consequentemente voz mais grave.
O desconhecimento disto é
muito sério e pode destruir a voz de uma pessoa. Muitas pessoas com
características de voz grave têm cantado por aí com uma voz aguda e vice-versa.
Alguns deles até com uma voz "linda". Porém, esta voz
"linda" foi apenas fabricada, e não vai durar muito.
Em quase 100% das pessoas
existe um padrão anatômico determinante do timbre. Diz-se que as pessoas com
pescoço comprido e "gogó" proeminente possuem timbre grave (baixo e
contralto); pessoas com pescoço de tamanho médio com pouca proeminêncìa possuem
timbre médio (barítono e mezzo); e pessoas com pescoço mais curfo,
praticamente sem saliência possuem um timbre agudo (tenor e soprano).
Cantar e falar fora do
próprio timbre natural pode provocar um destimbramento vocal, ou seja, uma
descaracterização da voz com perda da qualidade.
Tensão
da Corda Vocal
Em relação à tensão da corda
vocal, podem ocorrer 3 tipos de problemas:
- Frouxidão completa
- Excesso de compressão
- Desequilíbrio no funcionamento
Na Frouxidão completa, as
cordas não se fecham totalmente, resultando em um som soprado, pois uma dose
excessiva de ar está fluindo, e devido a esta interferência na voz, a pessoa
fará mais esforço para produzir sons.
Quando há excesso de
compressão, as cordas vocais ficam muito apertadas. Isto pode ser devido a
tensões, falta de orientação técnica, e resulta em um som difícil, tenso,
irritante, estrangulado ("taquara rachada"), forçado, provocando
tensão nos outros músculos associados na produção vocal.
Havendo Desequilíbrio no
funcionamento das cordas vocais (ora tensas, ora relaxadas), ocorrerão mudanças
sensíveis na produção do som vocal.
O ideal é que a corda fique
num meio termo, suficientemente contraída para não deixar o ar escapar
rapidamente.
Sustentação
e Força
Os problemas de sustentação
de nota e também a falta de força sonora (voz de pouco alcance, volume), tem
sua origem nos produtores (elemento do aparelho fonador), ou mesmo em razões
pessoais, como o medo de soltar a voz, talvez não por falta de capacidade, mas
por não ter aprendido a usá-la. Então, é necessário um trabalho de
conscientização de voz orientada por um professor de canto.
Por outro lado, a pessoa que
tem o hábito de falar alto demais, não pronunciando bem as palavras, correm um
alto risco de apresentar calos de corda vocal, além de outros problemas como
dor de cabeça, sinusite, faringite, e até mesmo cáries pelo desgaste do esmalte.
Perda
de Tons
A perda de tons, não é,
necessariamente, um problema vocal. Esta é uma questão mais ligada a um fator
hormonal. As crianças possuem timbres muito semelhantes, não sendo distintos os
timbres de meninos ou meninas. Porém, por volta dos 10 -12 anos, o corpo começa
a receber uma descarga de hormônios, e os rapazes passam por um processo de
transição de voz mais significativo que as moças, pois podem chegar a perder
até 7 tons, enquanto que as moças apenas cerca de 3 tons.
Outra situação que isto
acontece é nas mulheres após os 45 anos, devido a perda de hormônios, com uma
perda de cerca de 3 tons. Isto pode ser remediado com a reposição hormonal, sob
prescrição médica, evidentemente. Nos homens, após 50-55 anos, ocorre o oposto,
pois têm sua voz agudizada, também por questões hormonais. Quando se cuida bem
da voz, as mudanças são mais sutis, não provocando nenhum distúrbio vocal.
5.
Mitologia Vocal
A maioria das pessoas
acredita em certas formas de terapia para tratar a voz. Essas crendices são
infundadas, portanto incorretas.
Voz
Cansada
Alguns dizem que a voz
cansada é uma coisa natural ou normal depois de uma fala prolongada, ou mesmo
fala leve. Falando assim, fica parecendo que os músculos da laringe e faringe
(músculos que produzem voz) se cansassem e aceitassem a rouquidão, a ardência
ou mesmo a perda parcial da voz, faringite e até laringite como algo plenamente
normal.
Outros acreditam que algumas
pessoas nascem com garganta débil, ou com voz insuficiente, e que sempre
tenderão a transtornos vocais.
Isto tudo não é verdade, e
sim coisa de gente mal informada, pois a voz bem empregada não se cansa, não
produz sintomas negativos e nem esforços extras para falar. O uso constante em
si não leva a problemas de voz; o que causa esses problemas é o uso indevido,
mal administrado, abusivo e vocalização incorreta.
A voz bem definida (tom
apropriado, entonação e ritmo corretos) pode ser usada durante jornadas de
trabalho de até 8 horas diárias. No entanto, deve-se lembrar que o cansaço
físico acarreta cansaço vocal, assim como a saúde geral do indivíduo deve ser
levada em conta.
O que deve acontecer é
identificar o problema e procurar o especialista, seja médico, fonoaudiólogo,
professor de canto, e não sair por aí fazendo as receitinhas caseiras
aleatoriamente, pois além de não trazer benefícios, podem, algumas vezes,
constituir riscos em potencial.
É comum se confundir faringe
e laringe ao se pensar nesses preparados e receitas. É importante se ter em
mente que nenhum desses xaropes, chás e gargarejos chegam até as cordas vocais.
Basta conhecer a anatomia para verificar este fato:

À menor gota ou farelo tocar
as cordas vocais, desencadeia-se um processo muito desagradável de tosse,
desespero, falta de ar.
Alguns especialistas
acreditam que não se deve fazer o gargarejo com o objetivo de medicar as cordas
vocais, uma vez que o líquido não chega efetivamente até elas.
Alguns métodos caseiros podem
ser até úteis, porém durante períodos limitados, apenas mascarando os sintomas
verdadeiros sem eliminar a causa do problema, que pode ser uma vocalização
incorreta ou uso abusivo da voz, ou até problemas como faringite.
Problema
Central
Um erro freqüente é a não
focalização no problema central causador da doença. Assim, muitas pessoas
chegam a trocar de profissão para usar menos a voz, ou fazer um repouso vocal
exagerado (que não é significativo nas terapias da voz), e até mesmo, alguns se
utilizam de tranqüilizantes por tempo indefinido. Os relaxamentos (ioga,
meditação transcendental, regressões psíquicas...) não devem ser tentados como
resolução do problema vocal. A pessoa deve procurar um especialista.
Educação
Vocal
Um grande mito é que só se
educa a voz para o canto. A voz falada merece tanta atenção quanto a voz
cantada, pois uma pode acabar interferindo na outra.
Há casos de pessoas que
perdem completamente sua voz devido ao modo de falar errado, sendo às vezes
necessário uma cirurgia para a retirada das cordas vocais.
Existem "dicas"
para "melhorar" a voz que são tão fora da realidade que chegam a
agredir a inteligência. Algumas destas são o uso de lápis ou
bolinhas na boca durante a
fala; fazer massagem com álcool canforado na garganta; fazer vocalizes com
grande intensidade, de madrugada, para aumentar a extensão vocal...
Diante de tais afirmações, é
preciso usar o bom senso e perceber que se deve trabalhar os órgãos envolvidos
na produção do som com sensibilidade, conscientização, percepção. Algumas
"receitas" podem ser perigosas, podendo causar até queimaduras. E
alguns vocalises feitos com grande intensidade levam à Parafonia Hipercinética
(distensão das cordas vocais).
Aquecimento
Vocal
A laringe é muito sensível, e
é um dos primeiros órgãos a ser afetado diante do estresse, emoções, cansaço e
outros. Isso faz com que haja modificação na voz, e muitas vezes, a situação
obriga às pessoas a forçarem seu "instrumento ". E, algumas vezes, a
situação se torna pior, pois "soltam" a voz de qualquer jeito , sem
um aquecimento prévio.
O aquecimento vocal é tão
importante para o cantor quanto o aquecimento físico é para um jogador de
futebol, por exemplo; pois pode evitar lesões importantes. Por outro lado, não
é correto gastar tempo demais "esquentando" a voz. Há pessoas que
passam 30 minutos neste processo, e ao final, em vez de terem
"aquecido", terão é mesmo "fervido" a voz. Isto resulta em
pouca produtividade durante o período que se segue.
O ideal é que o vocalise não
exceda 5 minutos. Existe uma técnica elaborada por um pesquisador fonoaudiólogo
chamada "Manipulação da Laringe". Ainda há controvérsias quanto ao
uso deste método, mas aparentemente não há nenhum efeito colateral maléfico.
Ele consiste em o que seria uma "massagem" na laringe, em pontos
específicos pré-determinados, diferenciados para voz grave e aguda. A
necessidade e a forma de utilização deste método devem ser definidas por um
profissional capacitado. Não tente fazê-lo por conta própria.
6.
Características Vocais
Voz
Rouca
A rouquidão pode ser causada
por vários fatores, tais como o uso abusivo, processos patológicos (calos,
tumores...), e também pela mb colocação da voz devido a algum processo
emocional (traumático ou não).
Não é raro encontrar crianças
que se expressam através de berros. Isso acontece por vários motivos: moram em
lugares com alta poluição sonora, ou mesmo porque seus familiares falam muito
alto. Neste caso, o referencial que acompanha a criança desde pequena é que o
normal é falar com um volume de voz elevado. Outras vezes é comum que numa
mesma família todos falem com voz rouca, sem necessariamente existir algum
impedimento físico por tanto, sendo apenas uma questão de referencial adquirido
com a convivência familiar.
Assim, as pessoas vão
assimilando este comportamento, e, ao emitir a voz, forçam as cordas vocais sem
saber, e o que antes era apenas um costume familiar, torna-se um problema
orgânico sério: calor, inchaço, pólipos, etc.
O que deve acontecer é
identificar o problema e procurar o especialista, seja médico, fonoaudiólogo,
professor de canto, e não sair por aí fazendo as receitinhas caseiras
aleatoriamente, pois além de não trazer benefícios, podem, algumas vezes,
constituir riscos em potencial.
Outro fator causador de
sérios problemas nas cordas vocais é o cigarro. Não só o fumante ativo está
sujeito aos problemas vocais, mas também, os fumantes passivos, que absorvem a
fumaça emitida pelo ativo. Portanto, é um crime familiares fumarem perto de
crianças, principalmente em ambientes fechados, pois a poluição envenena o
sistema respiratório e afeta as cordas vocais, causando rouquidão e outros
problemas mais graves, como tumores malignos. Vale lembrar que de acordo com
uma pesquisa de 1997, 73% dos tumores de corda vocal são malignos.
Não se deve ignorar o
problema da voz rouca. É de extrema importância realizar o trabalho de correção
dos problemas orgânicos com um otorrinolaringologista (medicações/cirurgias) e
também dos problemas "mecânicos" com um fonoaudiólogo (timbre,
colocação, exercícios, volume, etc.).
Voz
Fina
Em 99% dos casos, segundo
pesquisas, a voz fina é de origem emocional. O mais comum é, ao entrar na
puberdade, o rapaz assustar-se com a mudança e procurar manter a voz da
infância, apesar de sua laringe já estar pronta para a transformação.
Um ponto perigoso é o excesso
de mimo na infância em ambos os sexos, podendo alterar o ritmo da fala, além de
manter a voz infantil. Isso é muito perigoso para os meninos, que podem ser
taxados de homossexuais logo cedo, podendo gerar traumas muito profundos na
criança.
Outro desencadeador da voz
fina são os traumas, como os cirúrgicos. A retirada das amídalas é um bom
exemplo, pois a criança pode ficar com medo de falar firme, mantendo a voz
infantil.
As causas orgânicas são mais
raras, e ocorrem, normalmente, diante de uma atrofia física de origem hormonal.
Existem alguns métodos de tratamento, e a pessoa deve procurar um especialista.
Voz
Trêmula
Embora seja um problema de
difícil resolução, existem métodos, que bem aplicados e praticados podem surtir
excelentes resultados.
Este é um problema difícil,
pois advém de um trauma muito forte, onde a pessoa insiste em falar apesar de
tudo. A voz falha, fica trêmula, o que causa uma forte tensão nas cordas
vocais. Então, a pessoa sente dificuldade de se adaptar ao enfrentar situações
semelhantes ao trauma. É interessante notar que durante o relaxamento da
musculatura das cordas vocais, como no sorriso, a pessoa consegue emitir a voz
corretamente.
7.
Postura Corporal Correta
É impossível imaginar um
piano que tenha um som perfeito se estiver com alguma parte faltando, ou
quebrado, ou mesmo mal posicionado. Uma flauta amassada não terá o mesmo som de
uma que está perfeita.
Desta forma, acontece com o
corpo humano. O som produzido será sempre influenciado pela postura que se
adota, por diversas razões. Uma boa postura:
- É bem menos cansativa do que uma postura má ou
relaxada, pois assim, os ossos e músculos fìcam posicionados de modo que
haja o mínimo de esforço e tensão.
- Causa um melhor aproveitamento respiratório.
- Dá um melhor aspecto à visualização, além de
transmitir maior segurança.
- Coloca o mecanismo vocal na melhor posição para
o seu posicionamento, tornando mais fácil a produção de uma sonoridade com
qualidade.
- Traz confiança, bem-estar psicológico e físico o
todo o organismo.
- Faz o corpo funcionar melhor, conseqüentemente
beneficia a saúde vocal.
A boa postura para cantar
deve ser aprendida e praticada até que se torne um bom hábito.
- Pés:
uma boa base dá maior segurança e firmeza. Inicialmente, deverão estar um
pouco afastados. Em apresentações mais demoradas, o ideal é variar a
sustentação do peso entre os pés, porém não de forma demorada, para evitar
fadiga e tensão. Não se deve colocar o peso apenas sobre os calcanhares.
- Pernas:
como ajudam a fixar e sustentar o corpo, elas nunca ficam totalmente
relaxadas. No entanto, elas devem ficar flexíveis, nunca rígidas, prontas
para o movimento. Não se deve apoiar todo 0 peso do corpo somente em uma
perna, pois haverá uma forte tendência a tremer. Para ajudar a resolver a
tensão nas pernas e pés, pode-se fazer algum alongamento nesta região.
- Quadris:
devem estar equilibrados, evitando um lado estar mais elevado que o outro.
Porém, uma leve alternância, ou movimentação ajuda a relaxar esta região,
pois não é bom que esteja muito rígida durante a apresentação.
- Abdome:
não deve estar exageradamente projetado para dentro ou para fora. Deve-se
evitar tensões demasiadas neste local, pois a musculatura desta região é
de extrema importância para a respiração controlada, como é a de um cantor
ou orador.
- Costas:
manter a coluna ereta de forma não rígida favorece o bem estar do som, por
melhorar as condições da expansão do tórax, melhorando a respiração. Deve
permanecer de forma equilibrada, sem inclinações exageradas.
- Tórax:
deve estar numa posição relaxada, evitando-se qualquer contração muscular
exagerada, para facilitar o mecanismo do ar. Deve-se sentir todo o tórax
agindo em conjunto.
- Ombros:
devem estar descontraídos, sem nenhuma tensão nestas articulações. Qualquer
rigidez nesta região pode comprometer a ação dos músculos do tórax e do
pescoço. Eles não devem se mover muito para frente, nem para trás, nem
para baixo, muito menos para cima. A rigidez local pode complicar a toda a
postura.
- Braços e mãos: devem estar caídos livremente ao longo do corpo, de forma
natural, o mais livre de tensão possível. Os maneirismos devem ser
evitados, como ficar apertando as mãos à frente ou atrás, ou torcendo-as,
pois isso causa uma tremenda tensão nos braços e no tórax, além de
interferir na ação dos outros músculos do corpo. Esse tipo de atitude
também é bastante deselegante. E ao segurar o microfone, deve-se ter o
cuidado de manter os ombros e braços relaxados, para evitar tensão no
pescoço.
- Cabeça:
deve estar centralizada. O olhar deve estar na direção das pessoas, e o
queixo não deve estar nem muito baixo nem muito alto.
- Posição sentada: quando se está sentado, o principal apoio do
corpo é o assento. O tronco e a cabeça devem estar alinhados, com a coluna
ereta, e os quadris devem estar bem apoiados no encosto, sem, no entanto,
fazer com que o abdome fique projetado para frente, ou o oposto, ficando
com a coluna inclinada para frente. Em ambas as situações haverá
comprometimento da respiração, e cansaço em pouco tempo. Se se está
sentado em uma cadeira com braços, não se deve apoiar os próprios braços
sobre os da cadeira, pois haverá maior sobrecarga nos ombros, prejudicando
a coluna.
10.
Exercícios
Treino
da Utilização Muscular
1. Respiração
Diafragmática
Pessoa deitada com um livro no abdome. A intenção é elevar o livro.
Pessoa deitada com um livro no abdome. A intenção é elevar o livro.

2. Diafragma e
Intercostais
Em pé, fazendo a respiração diafragmática, e expandindo as laterais do tórax.
Em pé, fazendo a respiração diafragmática, e expandindo as laterais do tórax.

Treino
do Aumento da Capacidade Pulmonar
1. Soluço Inspiratório
Inspirar aos poucos pelo nariz até encher o pulmão: inspirar - pausa - inspirar pausa - inspirar o máximo - soltar o ar de vez pela boca.
Inspirar aos poucos pelo nariz até encher o pulmão: inspirar - pausa - inspirar pausa - inspirar o máximo - soltar o ar de vez pela boca.
2. Expiração Abreviada
Inspirar fundo normalmente (nariz) e soltar um pouquinho; inspirar fundo outra vez e soltar um pouquinho; inspirar mais uma vez, até sentir o pulmão o mais cheio possível, e soltar de vez pela boca.
Inspirar fundo normalmente (nariz) e soltar um pouquinho; inspirar fundo outra vez e soltar um pouquinho; inspirar mais uma vez, até sentir o pulmão o mais cheio possível, e soltar de vez pela boca.
Treino
do Controle Diafragmático
1. Inspiração Profunda
Inspirar profundamente pelo nariz, e soltar pela boca, em "SSS", demorando o maior tempo possível.
Inspirar profundamente pelo nariz, e soltar pela boca, em "SSS", demorando o maior tempo possível.
2. Exercício da vela
Soprar a vela a uma pequena distância (cerca de 1 palmo) sem apagar a chama, e mantendo-a em equilíbrio na posição oblíqua.
Soprar a vela a uma pequena distância (cerca de 1 palmo) sem apagar a chama, e mantendo-a em equilíbrio na posição oblíqua.
Introdução
ao Canto
Entendendo
o Canto: Para o canto, como no estudo de um instrumento, estudaremos
musicalização e técnica.
Musicalização - trabalhamos a percepção, ouvindo, reconhecendo e
repetindo o som na sua exatidão, através das escalas, tríades e tétrades
maiores e menores, notas isoladas;para isso você vai precisar da ajuda de um
instrumento, de preferência um piano, teclado ou violão. Nesse processo você
vai descobrir a sua tessitura vocal, que é desde a nota mais grave até a mais
aguda que sua voz alcança, e dentro dela, o registro médio, que é aquela região
onde sua voz fica mais firme e bonita. Descoberto e firmado esse registro
através de exercícios, vai ficar mais fácil você colocar as canções que e gosta
nos tons mais adequados à sua voz.
Técnica - o som da nossa voz é resultado da vibração do ar
nas pregas vocais, no ato da expiração. Esse trabalho conta com o apoio do
músculo diafragma, fundamental para o canto. Quando não usamos esse músculo da
maneira adequada, colocamos muita força na garganta, produzindo um som
"seco", sem brilho, gritado, o que pode causar rouquidão, cansaço e
machucar as pregas vocais. A respiração deve ser mista, isto é, pelo nariz na
introdução e intervalos maiores das canções, e pela boca entre as frases com
intervalos curtos. O nariz filtra e aquece o ar, mas só quando há tempo
suficiente respiramos por ele para cantar, pois precisamos de uma boa
quantidade de ar e no tempo curto entre as frases é melhor respirarmos pela
boca. Também precisamos trabalhar a articulação das palavras, a abertura de
boca para evitar o som muito anasalado, e a ressonância do som na nossa
"caixa acústica", a boca, faringe, fossas nasais e cavidades da
cabeça.
O
terceiro fator - esse independe do
professor, pois é o fator emocional. A laringe, que contém as pregas
vocais, é um filtro para as nossas emoções. Se você tem bloqueios,
inseguranças, nervosismo (o que pode acontecer com qualquer um, profissional ou
não), já deve ter sentido uma espécie de "garra" na garganta,
principalmente nos sons agudos, algo que nos impede de cantar como queremos. Os
exercícios ajudam bastante a dar segurança, mas as emoções precisam ser
trabalhadas para o som fluir tranqüilo e afinado.
Então,
para cantar bem, precisamos:
·
Entoar o som na
sua exatidão
·
Respirar bem e
sempre entre as frase
·
Apoiar a saída
do ar com o diafragma
·
Articular bem as
palavras
·
Manter o som
ressoando na nossa "caixa de som"
Vamos ver
isso aos poucos, mas para começar você pode verificar como está trabalhando com
o músculo diafragma, fazendo o seguinte exercício:
O
diafragma fica sob o pulmão, é um músculo elástico, que quando você inspira ele
abaixa, projetando o abdômen à frente. Quando você expira ele vai subindo,
contraindo a base do pulmão, expulsando o ar. Como aprendemos a respirar
errado, estufando o peito e encolhendo a barriga, ele fica sem firmeza. Vamos
então fazer um exercício para reativá-lo e reforçá-lo.
Expansão - Sentado(a), coluna reta, inspire bruscamente pelo
nariz, deixando expandir o abdômen, SEM ESTUFAR O PEITO; expire logo em seguida
pela boca suavemente, retraindo o abdômen. Faça-o 15 vezes seguidas, todos os
dias. Se sentir tontura, pare uns segundos e recomece, é normal. Não exagere,
15 vezes está bem, o que importa é a qualidade e a constância. Esse exercício é
para dar agilidade e firmeza ao músculo, mas para cantar o uso é diferente, o
que veremos na próxima aula, além dos outros assuntos acima.
Conhecendo
a sua Voz
Bem, então
já vimos que para cantar precisamos de AR. A quantidade necessária varia de
pessoa para pessoa, pelo tamanho físico e da vontade de cada um, e de canção
para canção. A vontade é a maneira como você quer cantar, se está mais para
Elis Regina, precisa de mais ar e emoção, se mais para João Gilberto, menos ar
e emoção mais contida, se nenhum dos dois, procure o meio termo. Se quer cantar
"gritado" e rouco como alguns roqueiros, é melhor redobrar o cuidado,
pois a longo prazo isso pode criar calos vocais difíceis de tratar. É uma
escolha sua, faça o possível para respirar bem e apoiar a voz com o diafragma,
forçando a garganta o menos possível.
Também
precisamos do uso do diafragma, que, ao inspirarmos, deve abaixar-se
expandindo o abdômen, e ao começarmos a cantar, ele vai subindo, empurrando a
base do pulmão e ajudando o ar a sair e vibrar nas cordas vocais; você também
ajuda retraindo o abdômen devagar até o ar acabar. É necessário também abrir a
boca, deixar o ar ressoar dentro dela, nas fossas nasais e demais cavidades e,
para isso, você precisa concentrar-se, não afobar-se e jogar o ar fora de uma
só vez. É bom exercitar-se frente ao espelho, gravar-se e ouvir-se para você
mesmo(a) corrigir-se e escolher como quer cantar. O canto é a expressão de sua
alma, só você pode saber como deseja expressá-la, por isso conscientize-se de
si mesmo (a), ouça-se, perceba-se.
Os
exercícios respiratórios são para fortalecer a musculatura, mas você também
pode fazê-lo cantando, desde que o faça com consciência e constância, pois como
qualquer músculo, o diafragma e as pregas vocais ficam sem força pelo uso
inadequado.
Vamos
então descobrir a sua tessitura vocal e procurar o seu registro médio:
Você vai precisar de um piano, teclado ou violão; localize a princípio a nota mais grave de sua voz, sem forçar, cante e a procure no instrumento. Siga as instruções abaixo.
Você vai precisar de um piano, teclado ou violão; localize a princípio a nota mais grave de sua voz, sem forçar, cante e a procure no instrumento. Siga as instruções abaixo.
CLASSIFICAÇÃO
VOCAL:
No piano
ou teclado, procure o primeiro MI, o mais grave. No violão, a 6ª corda, a
primeira de cima para baixo. Essa é a primeira nota da voz masculina denominada
BAIXO, a mais grave. Partindo dela, suba duas oitavas até o 3º MI. Em
seguida, procure o 1º SOL mais grave nos três instrumentos, e conte duas
oitavas até o 3º SOL. Essa é a extensão vocal para a voz média masculina, o BARÍTONO.
Procure no
teclado ou piano o 2º DÓ e vá com ele até o quarto DÓ. No violão, é o 1º dó,
melhor o da corda LA, 3ª casa e vá seguindo até o 3º dó, subindo duas oitavas.
Teremos nessa extensão a voz mais aguda masculina, o TENOR.
Para o
violão, pode-se usar as mesmas medidas para as vozes femininas: a do BAIXO
para a CONTRALTO, a do BARÍTONO para a MEIO SOPRANO e a do
TENOR para a SOPRANO. O Violão é um instrumento mais limitado, no
piano fica mais fácil, conta-se a CONTRALTO partindo do 2º até o 4º MI,
a MEIO SOPRANO do 2º ao 4º SOL e a SOPRANO do 3º ao 5º DÓ.
A
classificação vocal serve para se atuar em grupos vocais e para o canto lírico.
Para o canto popular não importa muito se você é soprano ou tenor, o importante
é você conhecer sua extensão vocal e trabalhar para fortalecer o registro
médio, que é aquela região onde sua voz soa mais brilhante, mais firme e
bonita. Você pode fazer isso tocando e repetindo nota por nota, de meio em
meio tom, usando as vogais. Pode também usar a escala maior no sentido
ascendente e descendente. É simples: partindo da sua nota mais grave, não
importa se é um dó, um sol ou mi, partindo dessa nota vá subindo dos graves
para os agudos em intervalos de TOM, TOM, SEMITOM, TOM, TOM, TOM, SEMITOM.
Volte dos agudos para os graves com os intervalos no sentido contrário. Passe
para a segunda nota e vá subindo novamente. Fica difícil demonstrar via
Internet, se você não conhece música peça a alguém que o ajude, ok? Você pode
exercitar-se com acordes maiores e menores, com três, quatro, cinco notas, o
importante é descobrir seu limite e não ultrapassá-lo para não machucar suas
cordas vocais. A região aguda é mais difícil, vá com calma e AR,
apoiando com o diafragma.
Existem
muitos modos musicais para exercitar a voz e muitos exercícios para o diafragma
e respiração, o importante é exercitar. A "malhação vocal" fortalece
a musculatura da laringe e sua voz sai mais fácil, mais segura e bonita.
Sim, você
pode fazer isso somente cantando, mas é preciso escolher um repertório com
canções que explorem bem os graves e os agudos. A maioria das pessoas tem duas
oitavas de extensão, algumas chegam a três, mas não é preciso se preocupar com
a quantidade e sim com a qualidade vocal, já que a maioria das canções cabem
dentro de duas oitavas, ok? Aí é só ir descobrindo os tons de cada canção para
sua voz. Isso você percebe ao sentir conforto ou desconforto quando canta. Se
sua voz está sumindo nos graves, experimente subir um tom ou dois, às vezes
meio tom resolve. Se é o agudo que está difícil, experimente abaixar um tom, ou
o quanto precisa até verificar que a canção está bonita em toda a sua extensão
vocal. Não force sua voz para cantar num tom inadequado, o instrumento
conserta-se ou troca-se a corda, a voz não, né?
Relaxar
e Aquecer
Hoje vamos
falar um pouco sobre Relaxamento, Alongamento e Aquecimento: para cantarmos
bem, necessitamos estar com a musculatura do corpo, principalmente a região dos
ombros, costas e pescoço, relaxada, alongada e com as pregas vocais devidam ente
aquecidas. Para esse fim, existem inúmeros exercícios; abaixo, alguns dos mais
usados:
Relaxamento:
- Do corpo: de pé, pernas afastadas dois palmos, braços ao
longo do corpo; girar o tronco para esquerda e direita, lentamente, os
braços acompanhando o movimento, a cabeça e o olhar também; o calcanhar
direito levanta-se levemente e o joelho direito dobra um pouco quando o
tronco gira para a esquerda, e vice-versa. Duração: dois minutos ou até
sentir o corpo relaxado.
- Ombros: de pé, pernas unidas, girar os ombros para
trás algumas vezes e depois para a frente, com os braços pendentes e
articulando bem, lentamente. Duração: dois minutos ou até relaxar.
- Massagem: com as pontas dos dedos, massagear suavemente
a região do pescoço, rosto e couro cabeludo.
Alongamento:
- Do corpo: de pé, pernas unidas, braços ao longo, iniciar
uma inspiração pelo nariz, lentamente, ao mesmo tempo em que eleva os
calcanhares e os braços ( lateralmente ) . Ao findar a inspiração, as mãos
devem estar unidas e os braços esticados para cima, os calcanhares
elevados ao máximo. Feito isto, prende-se a respiração por 3 segundos e
solta-se o ar suavemente pela boca, em sopro, ao mesmo tempo em que descem
os braços e calcanhares. 3 vezes seguidas.
- Pescoço: de pé ou sentado, braços levantados
lateralmente na altura dos ombros, e mãos no peito; iniciar uma inspiração
pelo nariz lentamente, ao mesmo tempo em que estica-se o pescoço à frente,
até encostar o queixo no peito; prender o ar 3 segundos e voltar à posição
inicial, soltando o ar suavemente em sopro e esticando o pescoço. 3 vezes
seguidas.
- Giro da Cabeça: suavemente, girar a cabeça para direita e
esquerda, depois tombando-a para ambos os lados, para frente e para trás,
e produzir o giro completo, executando cada posição quatro ou cinco vezes,
sentindo o alongamento da musculatura do pescoço.
- Rosto: inspirar e, com a boca fechada, produzindo um
som em "m", movimentar lenta e largamente os músculos da face,
como se estivesse mastigando. 3 vezes até acabar, depois 3 vezes com a
boca aberta.
Aquecimento:
- Motorzinho: inspirar e soltar o ar produzindo um som
gutural, como um motor, retraindo o abdômen, abrindo bem a boca, até o ar
acabar. 3 vezes.
- Baforada: inspirar e soltar o ar como uma baforada,
lentamente, como um "A" susurrado, até o ar acabar. Retrair o
abdômen devagar e relaxar a garganta. 3 vezes.
- Língua: inspirar e produzir uma vibração com os
lábios, em "TR", soltando o ar e sentindo a vibração da língua
no céu da boca, sempre retraindo o abdômen devagar, controlando o ar. 3
vezes.
- Lábios: inspirar e produzir uma vibração com os
lábios, em "BR", até o ar acabar, trabalhando abdômen.3 vezes.
- Ressonância: inspirar e produzir som de "DZ", com
a ponta da língua encostada nos dentes frontais da arcada superior, até o
ar acabar, trabalhando o abdômen. 3 vezes.
- Glissando: inspirar e produzir som com "TR" ou
"BR", começando do som mais grave e subindo gradativamente até o
mais agudo da voz, voltando ao grave da mesma forma, como uma escala.3
vezes.
Obs: Todos os exercícios devem ser executados com muita
atenção à respiração e o uso do diafragma, controlando o ar expirado, sem
forçar a garganta. Além desses exercícios, o aquecimento com vocalizes,
trabalhando vogais e consoantes com boa articulação, em escalas, tríades ou
tétrades, também devem ser feitos ao menos uma hora antes de cantar, por vinte
minutos no mínimo.
Ressonância
Vocal
Colocação
do ar nas cavidades de ressonância: O ar vibra e se coloca de forma
diversificada nas cavidades de ressonância, conforme os tons sejam graves,
médios e agudos.
Nos
graves, o ar sai dos pulmões e vibra
na parte anterior do céu da boca, e um pequeno filete vibra nas fossas nasais.
O movimento é maior pra fora.
Nos
médios, o ar divide-se igualmente
para as fossas nasais e o céu da boca, vibrando com mais intensidade na parte
posterior deste. O movimento é para dentro e para fora.
Nos
agudos, o ar vibra nas cavidades da
cabeça, seios paranasais, nariz e seio frontal. O movimento é mais para dentro.
É a chamada "voz de cabeça" ou falsete.
Segue
figura que ilustra essas ressonâncias:

A - As linhas indicam a divisão do ar na ressonância
palatal, na tessitura mais grave das vozes masculinas e femininas.
B - As linhas indicam a divisão do ar na tessitura média.
C - As linhas indicam a divisão do ar na ressonância da cavidade da cabeça, na tessitura aguda.
1 - Ressonância no seio frontal.
B - As linhas indicam a divisão do ar na tessitura média.
C - As linhas indicam a divisão do ar na ressonância da cavidade da cabeça, na tessitura aguda.
1 - Ressonância no seio frontal.
Timbre,
Intensidade e Altura:
Timbre é a qualidade vocal, aquilo que caracteriza uma voz
conferindo-lhe personalidade, diferenciando-a das demais. Não há timbres
iguais, apenas semelhantes; é a identidade vocal.
Intensidade é a qualidade que diferencia a voz forte da voz
fraca e depende da amplitude de vibração das cordas vocais, da emoção e vontade
de quem canta.
Altura é a qualidade que diferencia a voz grave da aguda. A
altura da voz depende da extensão e espessura, ou massa das cordas vocais.
Para
exercitar as cordas vocais e perceber sua ressonância, faça vocalizações, cante
pequenas frases com vogais ou Larará, como você quiser, explorando os graves, médios
e agudos de sua voz, respirando bem e apoiando como o diafragma, com o abdômen
retraindo devagarinho.
Faça-o
concentradamente para perceber a ressonância do som nas cavidades como na
figura dada. Se voce conhece música, pode trabalhar com as escalas, cantar as
notas dos acordes maiores e menores indo e voltando, acordes com 7M, 7, 6, 5#,
4 , 4#, é um ótimo exercício para afinação, toque as notas seguidas dos acordes
e as repita.

A
Higiene Vocal
Alguns
cuidados são necessários para manter a voz em bom estado, principalmente para
quem a usa profissionalmente:
- O que
evitar:
- A fumaça quente do cigarro agride todo o sistema respiratório e,
principalmente, as pregas vocais causando irritação, pigarro, tosse,
edema, aumento de secreção e infecções; a fumaça agride diretamente a
mucosa que protege as pregas, aumentando o muco e provocando pigarro,
favorecendo irritação e alteração na voz.
- O álcool causa irritação
semelhante à produzida pelo cigarro; embora a pessoa que ingere álcool
sinta-se mais solta, há uma leve anestesia na faringe, e pode-se abusar da
voz sem que se perceba. Quando passa o efeito, pode-se sentir ardor,
queimação e voz rouca e fraca.
- As drogas inalatórias
ou injetáveis tem ação direta sobre a laringe e a voz, podem alterar a
mucosa e causar lesões no septo nasal.
- Se você sofre de problemas
nas vias respiratórias, evite
umidade, mofo, poeira, agasalhos de lã, perfumes, inseticidas, desinfetantes,
tintas frescas e tudo que possa desencadear suas crises.
- Bebidas geladas ou quentes agridem o muco, se não dá para evitá-las deixe
uns segundos na boca antes de engolir; café altera o sistema nervoso e
agride o muco pelo calor; leite e chocolate aderem ao muco; balas,
pastilhas e sprays podem mascarar a dor do esforço vocal, prejudicando as
mucosas.
- Roupas apertadas na
cintura e no pescoço impedem a
livre movimentação do diafragma e da laringe.
- Pigarrear e tossir com freqüência contribui para alterações nas
pregas vocais, pelo atrito. Melhor inspirar e engolir a saliva, tomar água
e fazer gargarejos para limpar a garganta.
- Mudanças bruscas de
temperatura e o ar condicionado,
favorecem alterações na mucosa.
- O que
podemos fazer:
- Tomar água na temperatura
ambiente antes, durante e depois da apresentação, para repormos os
sais perdidos pelo esforço e hidratarmos as pregas vocais.
- A maçã é excelente
para a voz, auxilia a limpeza da boca e da faringe; suco de laranja
auxilia a absorção do excesso de secreção. No caso de garganta irritada,
gargarejos de água morna com sal, meio copo para uma colher de café ou de
água morna com tintura de própolis, meio copo para dez gotas ajudam
bastante. Cristais de gengibre auxiliam, mas em excesso agridem.
- Fazer relaxamento,
alongamento e aquecimento do corpo e pregas vocais antes de cada
apresentação, por quinze, vinte minutos ou meia hora, o mais próximo
possível da hora de cantar.
- Ingerir comidas protéicas
e leves, como massas, que digerem rápido, ao menos uma hora e meia
antes de cantar, temos alto gasto energético no palco, e precisamos dessa
energia. Cantar de barriga vazia cansa e de barriga cheia atrapalha a
movimentação do diafragma.
- Dormir bem, pois a voz necessita de energia e do corpo
descansado.
- Caminhar e nadar são os melhores exercícios para quem canta,
pois trabalham de forma geral a musculatura e respiração. OBS: sentindo
alterações na voz por período prolongado ou muita freqüência, procure um
fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista.
Dicção
e Exercícios para o Controle do Ar
Alguns
exercícios ajudam a termos a percepção de como podemos controlar o ar na hora
do canto, pois muitas vezes jogamos muito ar fora logo na primeira palavra, aí
não conseguimos acabar a frase ou desafinamos. Confira alguns abaixo:
Bexiga
de ar: Inspirar enchendo todo o
pulmão, sem estufar o peito, encher de uma vez só uma bexiga de ar e vedar a
saída com o indicador e o polegar. Inspirar de mesma maneira e soltar o ar
devagar, em sopro, controlando a saída, ao mesmo tempo em que solta o da bexiga
com os dedos. Devem acabar juntos, o seu ar e o da bexiga. No começo é difícil,
mas é um ótimo exercício de percepção. Depois tente controlar o ar com as
frases longas das canções.
Vela: Acender uma vela, posicioná-la a um palmo da boca;
inspirar como acima e soltar o ar, como em sopro, controlando a saída retraindo
o abdômen devagar, sobre a chama da vela, sem apagá-la. Procurar manter a chama
sempre dançando da mesma maneira, se ela diminuir muito ou apagar, você soprou
muito forte, se ela ficou ereta, seu ar falhou.
Freqüência
dos exercícios: três vezes cada,
três vezes na semana.
Dicção: A boa dicção é muito importante para o canto, pois
se você não articula bem as palavras, fica difícil de se entender o que você
está dizendo, e se não abre a boca o suficiente, a voz sai anasalada. Um
exercício fácil é cantar exagerando na articulação, ou ler textos exagerando,
abrindo mais a boca do que necessário, pra que ganhe mais abertura.
Você pode
também cantar os vocalizes articulando bem as vogais e consoantes, usando
sílabas como:
- TRA, TRE, TRI, TRO, TRU
- BLA, BLE, BLI...
- LARA, LERA...
- VINE...VIVIU
- AU...AI...AÊ...ÓI
- NAU...NOIM...
- BLA, BLE, BLI...
- LARA, LERA...
- VINE...VIVIU
- AU...AI...AÊ...ÓI
- NAU...NOIM...
enfim, invente e articule!
Um bom
exercício para "amaciar" e relaxar a boca é fazer uma mastigação de boca
fechada e depois aberta, fazendo muita careta, com som de "humm".
2a. voz: A
segunda voz é uma mesma frase da canção cantada com notas diferentes da
primeira. A mais comum é quando você canta as mesmas notas da primeira frase
uma terça acima ou abaixo, ou uma quinta. Muita gente tem essa percepção
natural e faz isso sem nunca ter estudado música, mas isso não deve se
constituir uma regra. A 2a. voz é qualquer frase cantada com notas diferentes
da primeira, mas que soe bonito, harmônico, que combine.
Você pode
treinar isso escolhendo canções de algum cantor ou cantora cuja voz se aproxime
da sua na extensão vocal, ou seja, que você consiga cantar junto sem fazer
muito esforço, então você ao invés de cantar na mesma altura, com as mesmas
notas, vá tentando fazer diferente, cantando mais grave ou mais agudo um pouco,
procure gravar e ouça com atenção prá ver se soa harmônico, se está combinando.
Trêmulo: O trêmulo, aquela tremidinha no final das frases
que alguns cantores fazem, na minha concepção é um recurso natural, da
personalidade de cada um, eu desconheço técnica para isso. Se você der uns
soquinhos na barriga a voz treme, mas não é natural.
Tipos
de Canto
Existem
dois tipos básicos de canto, com técnicas diferenciadas: o Lírico e o Popular.
O lírico,
também chamado de Bel Canto, tem a voz como instrumento - o que emociona é o
som, não tanto o texto. É o caminho da virtuose, como a ópera. Exige um esforço
físico e emocional muito maior, são horas de treino para ter a voz em boas
condições de cantar, há muito trabalho por trás de um cantor lírico, a
impostação da voz é bem diferente do canto popular.
O popular,
ao qual nos dirigimos neste curso, além do timbre e emoção, importa também o
assunto, o sentido da mensagem e o modo como ela é passada (forma, melodia, o
sentimento aliado à palavra). Por isso, ao escolher canções para seu
repertório, procure ver se o que a letra está dizendo tem a ver com o que você
pensa, ou se só está repetindo mecanicamente o que ouve. Isso é importante para
você aliar emoção à palavra, para cantar de maneira mais integral, corpo e
alma.
Procure a
sua forma de cantar, que deve ser única, você pode ter cantores e cantoras como
parâmetros mas nunca cantará igual a ninguém, pois para isso precisaria ter a
mesma estrutura física e emocional que aquela pessoa. Impossível, certo?
Procure
também os estilos que mais gosta. Estes estilos são muitos e variados, dentro
da MPB mesmo há diversos estilos. Romântico, pop, rock, samba, blues, heavy,
bossa, enfim, você pode cantar em português ou qualquer outra língua qualquer
estilo. Invente, crie, pesquise. Procure ouvir muito, ver bons shows, não se
atenha só ao que a mídia, como TV e rádio, lhe impõe, há muita música de
qualidade excelente que não aparece na mídia.
Procure
rádios alternativas e TVs educativas se quiser aprimorar seu conhecimento
musical. Busque nos jornais de sua cidade os cadernos culturais, onde com
certeza há indicações semanais de ótimos shows, e por fim procure em lojas de
CD onde possa ouvir e escolher o quer levar.
Lembre-se
que nenhum professor tem o poder de lhe transformar num cantor assim ou assado,
ele é só um instrumento para lhe mostrar o caminho, mas o esforço maior para
encontrá-lo é seu, pois só você pode saber o que realmente sua alma, mente e
corpo necessitam. Se você prefere ser autodidata, recomendo que procure vídeos
e livros sobre o assunto, além de ouvir muita música. A dica que posso dar é o
livro da Clara Sandroni, "260 dicas para o cantor popular". O curso
pela Internet é limitado pois impede a demonstração, por isso você deve
procurar um professor em sua cidade, para depois que aprender o básico, tentar
sozinho.
Vamos
falar um porquinho sobre os elementos básicos da canção, que é o casamento da
música com a letra.
Os
elementos que estruturam uma composição musical são a Melodia, a Harmonia e
o Ritmo. Pode ser só instrumental ou com letra, habituamos a chamar esta
última de canção.
Melodia é a sucessão ascendente e descendente de notas, a
intervalos e alturas variáveis, formando um fraseado, de forma consecutiva. É o
que faz a voz do cantor ou o solista do instrumento.
Harmonia é a sucessão de acordes combinados a partir da
tonalidade da canção, que formam a base e a sustentação para a melodia. Acordes
são conjuntos de notas combinadas tocadas simultaneamente. É aquilo que faz o
violão, o piano, o acordeão, quando acompanham o melodista.
Ritmo é a sucessão regular de tempos fortes e fracos, cuja
função é estruturar uma canção. A lei do ritmo baseia-se na divisão ordenada do
tempo. As mais comuns são: compasso binário (2/4), ternário (3/4) e o
quaternário 4/4.
Existem
diversas outras combinações e só um estudo mais aprofundado de música nos dá
esse conhecimento. Dadas as nossas limitações, falarei um pouquinho de cada um
desses três, mais usados na nossa MPB.
O dois por
quatro (2/4) tem o acento forte no primeiro tempo e fraco no segundo, e é muito
usado nos sambas e algumas bossas.
O três por
quatro(3/4) tem o primeiro tempo forte e os dois seguintes fracos, são as
valsas, como por ex: Rosa, de Pixinguina, João e Maria, do Chico Buarque,
Romaria, do Renato Teixeira, Coleção do Cassiano, etc.
O quatro
por quatro (4/4) é o mais comum, se encontra na maioria das canções. Tem o
primeiro acento forte, o segundo fraco, o terceiro meio forte e o quarto fraco.
O andamento indica se o ritmo é rápido, lento ou médio. A intensidade, se é
tocado ou cantado de maneira suave, mediana ou forte.
A letra
tem muita importância na canção popular brasileira, e é bom se pensar na
mensagem que está passando quando canta uma canção. A mensagem está na letra e
na música, faça as suas escolhas conscientemente, o cantor também é um
educador, certo? Já pensou nisso? O que você quer dizer para as pessoas a quem
dirige o seu canto? Que emoção quer passar?
Uso
do Microfone
Muita
gente fica inibida com o microfone, mas para nós, cantores populares, ele é
nosso grande aliado. Com ele utilizamos menos força física, podemos lapidar a
emissão vocal tirando ou colocando graves, médios e agudos, se a mesa de som
for boa. É bom que você se acostume a ser seu próprio técnico, ou ao menos ter
uma noção, pois há lugares em que você vai se apresentar que não dispõem de um
técnico para o som.
Para isso,
plugue o microfone e vá treinando, falando ou cantando, e mexendo nos botões de
graves, médios, agudos e no "reverb", o eco. Quando estiver cantando,
afaste um pouquinho o microfone quando for emitir agudos ou quiser colocar mais
força física e emocional, não afaste demais a menos que tenha uma baita
potência vocal e quiser mostrá-lo. Nos graves, aproxime-se mais do microfone.
Deixe sempre a boca próxima, mas não grudada.
Cuidado
com as palavras com a letra "P", que produz aquele "puff"
incômodo, e o "S". Não exagere nas terminações porque ele sibila. No
mais, é treinar e se ouvir.
O
repertório
Bom, isso
vai do gosto de cada um e depende do que você pretende com a música. A maioria
das pessoas começa cantando na noite, em bares, ou numa banda que monta
com os amigos. Agora, com o videokê, muita gente se descobre também. No
princípio a maioria canta ou toca por hobbye, mas existem aqueles que já
nascem sabendo que serão músicos profissionais, que estudam desde cedo e já
sabem o que querem como músicos, outros descobrem-se mais tarde e outros tem
sempre a música como lazer.
Onde você
se encaixa? O trabalho com banda é muito legal, pois você aprende a trabalhar
em grupo e a conhecer os outros instrumentos. Aí é ensaiar e conseguir lugar
para tocar. O trabalho de voz e violão ou teclado é mais intimista, sozinho ou
em duplas, ou ainda acrescentando a percussão, ou flauta, fica bom e mais fácil
de arrumar trabalho, pois com o videokê diminuiram os espaços para música ao
vivo.
Em bares,
geralmente faz-se duas ou três entradas de cinquenta minutos, ou quarenta.
Descansa-se quinze minutos nos intervalos.
Isso é
muito cansativo para o cantor principalmente, a produção da voz é um trabalho
físico e emocional que libera muita energia, você deve tomar bastante água
natural na temperatura ambiente, antes, durante e depois de cada entrada, para
repor os sais perdidos, siga os passos de "aquecimento, etc e higiene
vocal". Nos intervalos coma algo leve,uma maçã, uma barra de cereal,que é
calórica e não pesa no estômago. Em cada entrada você canta mais ou menos 10,
12 músicas, depende de como as canta, se repete a canção, se o músico sola. A
média para 50min são doze músicas.
Se você
faz apenas um show, em teatro ou outro espaço, a média da apresentação é de uma
hora ou pouco mais, uma hora e vinte. Aí você escolhe umas quinze músicas,
pensa nos arranjos, nos solos.
Em videokê
você fica limitado ao repertório do local, e deve tentar colocar a música num
tom adequado para sua voz, tem lá os comandos que abaixam e levantam os tons,
vá tentando, até chegar no mais confortável pra você, testando graves e agudos.
Comece tendo um repertório de no mínimo trinta músicas, isso vale pra todos,
pra você poder variar, e já as tenha nos tons adequados para sua voz, trabalhe
com o músico que o acompanha, o violonista ou tecladista para descobrir esses
tons. Já o trabalho próprio é diferente.
Sozinho ou
em banda, você tem que acreditar muito em sua música e batalhar para conseguir
ser ouvido, pois a maioria das pessoas, como diz um amigo meu, "aplaude a
própria memória", ou seja, aplaude aquilo que já conhece, é claro que isso
não é uma regra, mas a maioria quer ouvir o que é conhecido. Mas se você pensar
que, para aquela canção ter se tornado conhecida, precisou que alguém se
dispusesse a ouvi-la primeiro, isso também pode acontecer com a sua. Uma boa
dica é mesclar, colocar um pouco de músicas conhecidas e ir intercalando com as
suas, até que as suas fiquem conhecidas. Ou se você tem um bando grande de
amigos, levá-los sempre que pode para seus shows de canções próprias. O
importante é saber que o meio musical é difícil, mas não impossível, é preciso
acreditar, estudar e trabalhar muito, ter objetivos bem claros e direcionar-se
para eles. Também procure a sua turma, há bares e espaços para todo tipo de
música, aproxime-se do que combina com você, com suas idéias e sua música.
Voz
e Instrumento
Para quem
toca e canta, o trabalho é dobrado e a atenção dividida, mas é muito
compensador, pela independência e autonomia que nos dá.
No caso do
piano ou teclado e voz é mais fácil, não só pela posição, pois ficamos mais
eretos e podemos prestar mais atenção ao diafragma e respiração, mas pelo piano
ser um instrumento mais completo e não precisar adequar os tons, pela
facilidade de qualquer acorde soar bem.
No caso do
violão ou guitarra, é um namoro mais difícil, mas muito prazeroso quando se
entra num acordo entre o que quer a voz e o que pode o instrumento. Também
precisamos prestar mais atenção à postura, para não comprimir o diafragma.
Há quem
cante e toque bateria, percussão, acordeon, baixo, etc, mas o trabalho é sempre
o mesmo: dividir a atenção entre a voz e o instrumento, da maneira mais
harmoniosa possível. Para isso, são necessários estudo e treino, se possível
diários.
Você pode
escolher entre se aprimorar no instrumento, fazendo solos inclusive, ou só se
acompanhar com a parte harmônica e rítmica, deixando a melodia para a voz. Tudo
questão de escolha.
INTRODUÇÂO
Cantar é um ato sensível e natural em si, de nada adianta complicá-lo se bem que é necessário estabelecer suas bases que são a respiração, a ressonância, a emissão e a articulação.
Os exercícios de técnica vocal são úteis também àqueles que usam as palavras como instrumento de trabalho: advogados, oradores, atores, etc. Elas evitarão a fadiga e a rouquidão originadas pelo uso indevido da voz.
O instrumento vocal não pode ser reformado. Deve-se aprender a manejá-lo corretamente desde o princípio.
Simplificando, o instrumento vocal se divide em 3 partes:
1. O aparelho respiratório
2. O aparelho fonador
3. O aparelho ressonador
Cantar é um ato sensível e natural em si, de nada adianta complicá-lo se bem que é necessário estabelecer suas bases que são a respiração, a ressonância, a emissão e a articulação.
Os exercícios de técnica vocal são úteis também àqueles que usam as palavras como instrumento de trabalho: advogados, oradores, atores, etc. Elas evitarão a fadiga e a rouquidão originadas pelo uso indevido da voz.
O instrumento vocal não pode ser reformado. Deve-se aprender a manejá-lo corretamente desde o princípio.
Simplificando, o instrumento vocal se divide em 3 partes:
1. O aparelho respiratório
2. O aparelho fonador
3. O aparelho ressonador
O APARELHO RESPIRATÓRIO
O aparelho respiratório é composto pelo nariz, traquéia, pulmões e diafragma.
Fig. 1: As costelas superiores não estão desenhadas para deixar ver os pulmões. A linha pontilhada ao lado das costelas, indica a dilatação das mesma na inspiração. As flechas indicam a descida do diafragma durante a respiração.
1) Laringe
2) Traquéia
3) Pulmão
4) Pulmão esquerdo
5) Diafragma
6) Fígado
7) Estômago
8) Falsas costelas
9) Costelas flutuantes
10) Esterno
O diafragma, amplo músculo transversal que separa os órgãos respiratórios dos órgãos digestivos, desce durante a inspiração para dar lugar aos pulmões.
O aparelho fonador é formado pela laringe e as cordas vocais.
A laringe é também chamada de "voice-box", que quer dizer caixa de voz, uma vez que é a fonte da voz.
As cordas vocais, que de cordas só têm o nome, são ligamentos fixados à laringe ao longo de sua borda interna.
O APARELHO RESSONADOR
O som produzido pela vibração das cordas vocais é muito fraco.
Assim como o som de uma corda de violão deve ressonar na caixa de madeira, o som das cordas vocais deve passar pelos ressonadores para adquirir brilho, amplitude e redondeza.
Os ressonadores mais importantes são os ossos do peito (para os sons graves) e da cabeça (para os sons médios e agudos). A beleza, o timbre e a amplitude da voz, dependem mais de qualidade dos ressonadores que das cordas vocais.
A RESPIRAÇÃO
É impossível ser um bom cantor se não se possui um perfeito controle da respiração.
A respiração natural é a que se realiza durante o sono. Para compreendê-la, basta colocar uma mão sobre o estômago e a outra sobre as costelas, estando deitado. Nota-se que toda a caixa torácica se dilata.
Todo o ar inspirado deve transformar-se em som para que ele seja cheio e puro. Ao emitir demasiado ar para um som, a voz se torna velada e parece estar se ouvindo um escape de gás.
A respiração se realiza em três tempos:
1º tempo: Inspiração pelo nariz ampla e profunda, silenciosa e rápida.
2º tempo: Um instante de suspenso para o bloqueio do ar. As costelas estão separadas.
3º tempo: Expiração - a caixa torácica e o abdômen permanecem dilatados o maior tempo possível
Para facilitar o controle do ar, os músculos devem pressionar suavemente para baixo, tendo a mesma sensação da expiração quando bocejamos.
Uma boa respiração proporcionará nitidez no ataque e no final dos sons, assim como em sua continuidade.
CONSELHOS
Para cantar não é necessário aspirar muito o ar, sem saber como emiti-lo com economia.
O excesso de ar oprime e incomoda o cantor.
As inspirações muito profundas não deverão ser praticadas a não ser nos exercícios respiratórios. Estes têm por objetivo chegar a dominar o mecanismo da respiração e submetê-la ao controle da vontade.
Todo ar deve transformar-se em som. É uma questão de dosagem; e é também o segredo de vozes puras cristalinas.
Quando o ar sai dos pulmões em excesso, forma-se um véu sobre a voz, semelhante ao ruído da agulha sobre o disco.
Cuide sempre para que a expiração termine com o som.
É inútil "esvaziar-se" depois de uma frase cantada. O ar retido nos pulmões permitirá efetuar uma pequena inspiração antes de prosseguir.
Se tiver pouco tempo entre duas frases cantadas para efetuar uma boa inspiração, sempre bem as costelas ao inspirar e bloqueie-as. Deste modo, dominará o fôlego, que resultará numa emissão dócil e regulada de acordo com a extensão da frase.
Deve-se conseguir respirar sem que se ouça ou se veja.
Na fala ou no canto, o costume de pensar no ar, ajudará a não encontrar nunca a falta dele.
OS ÓRGÃOS DA BOCA
A boca tem um papel importante na articulação das palavras e também na transformação do som.
O queixo deve estar livre de toda concentração, podendo subir e descer sem alterar o som.
A língua deve voltar ao seu lugar rapidamente, que é o fundo da mandíbula inferior. A rigidez da língua dificulta as subidas estrangulando o som. Isto acontece, principalmente, com os sons agudos. Fazendo exercícios com a língua fora da boca, se libera a passagem do ar e os sons podem chegar até os ressonadores.
O véu do paladar deve elevar-se para que o som se torne redondo, fechando as fossas nasais e liberando o fundo da garganta.
Os lábios devem obedecer à pronúncia. O som não dependerá de caretas ou contrações dos músculos faciais.
OS RESSONADORES
Os mais importantes ressonadores são os faciais.
A região das cavidades ósseas, entre a mandíbula superior e a testa, é chamada de "máscara". É a região mais importante da ressonância vocal.
"Cantar na máscara" ou "cantar para frente", significa cantar usando os ressonadores faciais. Esses ressonadores, porém, são os mais difíceis de alcançar.
Os ressonadores do peito e da boca, nós usamos corretamente.
A passagem do grave para o agudo depende da adaptação da boca.
Chegada do som aos ressonadores faciais
1) Crânio
2) Cérebro
3) Seios frontais
4) Seio esfenoidal
5) Fossas nasais
6) Paladar
7) Véu paladar
8) Língua
9) Cordas vocais (laringe)
10) A - Ponto ao qual se deve ter a impressão de enviar o som
O aparelho respiratório é composto pelo nariz, traquéia, pulmões e diafragma.
Fig. 1: As costelas superiores não estão desenhadas para deixar ver os pulmões. A linha pontilhada ao lado das costelas, indica a dilatação das mesma na inspiração. As flechas indicam a descida do diafragma durante a respiração.
1) Laringe
2) Traquéia
3) Pulmão
4) Pulmão esquerdo
5) Diafragma
6) Fígado
7) Estômago
8) Falsas costelas
9) Costelas flutuantes
10) Esterno
O diafragma, amplo músculo transversal que separa os órgãos respiratórios dos órgãos digestivos, desce durante a inspiração para dar lugar aos pulmões.
O aparelho fonador é formado pela laringe e as cordas vocais.
A laringe é também chamada de "voice-box", que quer dizer caixa de voz, uma vez que é a fonte da voz.
As cordas vocais, que de cordas só têm o nome, são ligamentos fixados à laringe ao longo de sua borda interna.
O APARELHO RESSONADOR
O som produzido pela vibração das cordas vocais é muito fraco.
Assim como o som de uma corda de violão deve ressonar na caixa de madeira, o som das cordas vocais deve passar pelos ressonadores para adquirir brilho, amplitude e redondeza.
Os ressonadores mais importantes são os ossos do peito (para os sons graves) e da cabeça (para os sons médios e agudos). A beleza, o timbre e a amplitude da voz, dependem mais de qualidade dos ressonadores que das cordas vocais.
A RESPIRAÇÃO
É impossível ser um bom cantor se não se possui um perfeito controle da respiração.
A respiração natural é a que se realiza durante o sono. Para compreendê-la, basta colocar uma mão sobre o estômago e a outra sobre as costelas, estando deitado. Nota-se que toda a caixa torácica se dilata.
Todo o ar inspirado deve transformar-se em som para que ele seja cheio e puro. Ao emitir demasiado ar para um som, a voz se torna velada e parece estar se ouvindo um escape de gás.
A respiração se realiza em três tempos:
1º tempo: Inspiração pelo nariz ampla e profunda, silenciosa e rápida.
2º tempo: Um instante de suspenso para o bloqueio do ar. As costelas estão separadas.
3º tempo: Expiração - a caixa torácica e o abdômen permanecem dilatados o maior tempo possível
Para facilitar o controle do ar, os músculos devem pressionar suavemente para baixo, tendo a mesma sensação da expiração quando bocejamos.
Uma boa respiração proporcionará nitidez no ataque e no final dos sons, assim como em sua continuidade.
CONSELHOS
Para cantar não é necessário aspirar muito o ar, sem saber como emiti-lo com economia.
O excesso de ar oprime e incomoda o cantor.
As inspirações muito profundas não deverão ser praticadas a não ser nos exercícios respiratórios. Estes têm por objetivo chegar a dominar o mecanismo da respiração e submetê-la ao controle da vontade.
Todo ar deve transformar-se em som. É uma questão de dosagem; e é também o segredo de vozes puras cristalinas.
Quando o ar sai dos pulmões em excesso, forma-se um véu sobre a voz, semelhante ao ruído da agulha sobre o disco.
Cuide sempre para que a expiração termine com o som.
É inútil "esvaziar-se" depois de uma frase cantada. O ar retido nos pulmões permitirá efetuar uma pequena inspiração antes de prosseguir.
Se tiver pouco tempo entre duas frases cantadas para efetuar uma boa inspiração, sempre bem as costelas ao inspirar e bloqueie-as. Deste modo, dominará o fôlego, que resultará numa emissão dócil e regulada de acordo com a extensão da frase.
Deve-se conseguir respirar sem que se ouça ou se veja.
Na fala ou no canto, o costume de pensar no ar, ajudará a não encontrar nunca a falta dele.
OS ÓRGÃOS DA BOCA
A boca tem um papel importante na articulação das palavras e também na transformação do som.
O queixo deve estar livre de toda concentração, podendo subir e descer sem alterar o som.
A língua deve voltar ao seu lugar rapidamente, que é o fundo da mandíbula inferior. A rigidez da língua dificulta as subidas estrangulando o som. Isto acontece, principalmente, com os sons agudos. Fazendo exercícios com a língua fora da boca, se libera a passagem do ar e os sons podem chegar até os ressonadores.
O véu do paladar deve elevar-se para que o som se torne redondo, fechando as fossas nasais e liberando o fundo da garganta.
Os lábios devem obedecer à pronúncia. O som não dependerá de caretas ou contrações dos músculos faciais.
OS RESSONADORES
Os mais importantes ressonadores são os faciais.
A região das cavidades ósseas, entre a mandíbula superior e a testa, é chamada de "máscara". É a região mais importante da ressonância vocal.
"Cantar na máscara" ou "cantar para frente", significa cantar usando os ressonadores faciais. Esses ressonadores, porém, são os mais difíceis de alcançar.
Os ressonadores do peito e da boca, nós usamos corretamente.
A passagem do grave para o agudo depende da adaptação da boca.
Chegada do som aos ressonadores faciais
1) Crânio
2) Cérebro
3) Seios frontais
4) Seio esfenoidal
5) Fossas nasais
6) Paladar
7) Véu paladar
8) Língua
9) Cordas vocais (laringe)
10) A - Ponto ao qual se deve ter a impressão de enviar o som
EMISSÃO
Existem várias maneiras de se emitir a voz. para verificar cante a nota A (lá) no médio da voz:
1) Com a boca aberta, sorrindo, sem levantar o véu do paladar
2) Com a boca aberta em redondo, elevando o véu do paladar
3) Com a boca aberta em redondo, contraindo o fundo da garganta
Foram empregadas desse modo, três emissões diferentes e bem características.
1) A emissão branca ou chata
2) A emissão redonda ou coberta
3) A emissão sombria ou opaca
O ATAQUE DO SOM
O som deve começar no preciso momento em que começa a expiração. Nenhum ar deve sair transformado em som, que será mais forte conforme seja alimentado pelo ar.
Para se obter um som redondo e agradável, é necessário elevar o véu do paladar. Esta é a posição de um bocejo.
Quando reprimimos um bocejo, os lábios se fecham e o fundo da garganta fica bem aberto; o véu do paladar se eleva e a boca se abre ao máximo interiormente. Nesta posição se emite o zumbido MMM..., que chega infalivelmente aos ressonadores faciais, provocando uma leve viração por trás do nariz.
Uma vez conseguido isto, basta abrir a boca para qualquer vogal, que resultará num som emitido corretamente.
Os defensores dos "passos e registros" reconhecem três registros que são: registro do peito, médio e da voz de cabeça. isto dificulta o estudo do canto pela dificuldade de passar de um registro a outro.
Outros são absolutamente contra essa idéia.
Temos duas experiências que justificam, homogeneizando a voz em toda a sua extensão.
1º) Escolha uma nota aguda e comece uma escala descendente em semitons com a boca e a laringe distendidas e uma posição de ligeiro bocejo. Execute cada nota tendo a sensação de ser mais alta que a anterior. Dessa maneira não se poderá acusar nenhuma mudança de registro.
2º) Os exercícios efetuados com a língua fora da boca e cantando um E leviana, também mostram a ausência de registro.
Isto prova que os registros são resultados de uma contração inconsciente do fundo da garganta ou da língua.
É importante abrir progressivamente a boca no sentido vertical nas escalas ascendentes, para que o som possa chegar ao "gong" (espécie de gongo metálico, imaginário atrás do nariz).
Para finalizar um som, não deixar faltar o ar. Não há nada mais desagradável. A expiração deve acabar junto com o canto. A voz deve ser nítida, limpa e pura (sem excesso de ar).
ARTICULAÇÃO
As consoantes devem ser pronunciadas com energia, por isto os exercícios deverão ser feitos sobre todas as consoantes e todas as vogais.
Um leve trêmulo que existe em certas vozes, quase sempre é devido a uma expiração mal controlada que causa uma certa pressão sobre as cordas vocais. É um defeito que necessita paciência para ser corrigido.
Eliminando o excesso de ar, as obtém muito bom resultado. O trabalho deverá ser feito sempre em completo relaxamento. Também ajuda muito a colocar dois dedos sobre os lábios levianamente.
A verdadeira força, no canto, se consegue sempre na base de flexibilidade. Por isso o trabalho de relaxamento é tão importante embora ingrato a princípio. O trabalho a "meia-voz", com os órgãos vocais relaxados com a respiração firme, consegue desenvolver, sem esforço nem contração, uma maior amplitude.
DICÇÃO - INTERPRETAÇÃO
Não se pode esquecer que o ouvinte quer entender o que diz o cantor, não bastando uma linda voz, cantando como se fosse um instrumento.
"A", É", "U"- Não podem ser cantadas como na fala. Elas necessitam serem arredondadas. Elas devem ser emitidas no funda da garganta, e o maxilar inferior deve descer para ovalar a boca.
"E", "I" - A boca fica sorridente e a ponta da língua se prende aos dentes inferiores. Conforme o som se torna mais agudo, elas necessitam de um ovalamento da boca.
"O", "U"- Os maxilares se afastam ao mesmo tempo que os lábios se projetam para frente, Conforme os sons se tornem mais agudos, os maxilares se afastam e a boca se ovala. Nos agudos, o "U" deve ser cantado como "O".
Nas partes muito agudas, é quase impossível cantar outra vogal que não seja o "A", por isso, deve-se pensar na vogal que se vai cantar e emiti-la como para um "A". O som sofrerá um mínimo de deformação dessa maneira.
As consoantes devem sempre ser duplicadas sem medo do exagero, nos exercícios.
Não estamos mais no tempo em que acrobacias vocais satisfaziam o público. A interpretação tem um papel primordial no canto. Ela é a meta de todo o trabalho vocal.
Só depois de ter conseguido o controle da respiração, a impostação da voz, a articulação e a dicção perfeitas, o cantor poderá interpretar com liberdade sem se preocupar com a técnica.
A CLASSIFICAÇÃO DAS VOZES
As divisões mais gerais na classificação das vozes são:
· aguda - soprano (mulher); tenor (homem)
· média - meio soprano (mulher); barítono (homem)
· grave - contralto (mulher); baixo (homem)
A classificação de uma só voz pode ser feita depois de vários meses de trabalho, porque ela sofre muitas modificações conforme o estudo.
A voz deve ser classificada por sua tessitura e seu timbre.
Tessitura: é o conjunto de notas com as quais se canta com comodidade.
Timbre: é a cor, a personalidade de cada voz, que pode ser claro, redondo, cálido, áspero, profundo, cristalino, etc.
Em geral a tessitura abrange 10 notas.
O TRABALHO VOCAL
Sempre há no canto, algo que pode aprender, que aperfeiçoar. Quem quiser cantar bem por muito tempo, deve exercitar-se bem e durante muito tempo.
Se o trabalho vocal acarreta um cansaço ou ronqueira anormais, isto significa que foi realizado de maneira errada.
O estudo diário deve ser feito sempre a "meia-voz" e suave, durante 15 minutos, sem se preocupar com a força do som. Pela manha o aproveitamento é maior.
Jamais force a voz ao exercitar. Busque a qualidade do som.
Após as vocalizações, o aluno pode cantar melodias imitando um instrumento, como por exemplo: violino, flauta, etc., buscando a beleza do som. O cantor sempre deve ser muito exigente consigo mesmo.
As gravações ajudam a corrigir os erros.
A saúde não pode ser esquecida. A voz reflete quase sempre a mínimas alterações do corpo: mal-estar, fadiga, etc.
Reprima a tosse sempre que seja possível porque ela fatiga a voz.
Se tiver que cantar à noite, descanse à tarde. O canto origina um desgaste nervoso.
Evite gritos e não fale em lugares barulhentos.
A VOZ FALADA
A diferença entre o canto e a palavra é que a fala emprega menos notas, mas que são emitidas pelos mesmos órgãos.
O cantor tem maior facilidade em expressar o assombro, a tristeza, a alegria, e sua fala é menos monótona.
Em um discurso ou conferência, comece sempre com muita calma e em voz bem baixa. O público será obrigado a guardar maior silêncio para escutar.
CONSELHOS
Falar muito ao telefone, desgasta a voz.
Cultive a calma e a serenidade.
Ao cantar, não escute mais a sua voz: escute seu coração.
Viva um pouco acima da realidade cotidiana. Um artista tem o direito de sonhar.
Cultive a "mentalidade profissional" que busca sempre a perfeição, num esforço contínuo para melhorar.
Reserve em cada dia, um tempo para meditação e silêncio. Sem espírito meditativo não há grande artista.
Nunca desanime diante de um fracasso, de críticas ou de críticas venenosas.
Existem várias maneiras de se emitir a voz. para verificar cante a nota A (lá) no médio da voz:
1) Com a boca aberta, sorrindo, sem levantar o véu do paladar
2) Com a boca aberta em redondo, elevando o véu do paladar
3) Com a boca aberta em redondo, contraindo o fundo da garganta
Foram empregadas desse modo, três emissões diferentes e bem características.
1) A emissão branca ou chata
2) A emissão redonda ou coberta
3) A emissão sombria ou opaca
O ATAQUE DO SOM
O som deve começar no preciso momento em que começa a expiração. Nenhum ar deve sair transformado em som, que será mais forte conforme seja alimentado pelo ar.
Para se obter um som redondo e agradável, é necessário elevar o véu do paladar. Esta é a posição de um bocejo.
Quando reprimimos um bocejo, os lábios se fecham e o fundo da garganta fica bem aberto; o véu do paladar se eleva e a boca se abre ao máximo interiormente. Nesta posição se emite o zumbido MMM..., que chega infalivelmente aos ressonadores faciais, provocando uma leve viração por trás do nariz.
Uma vez conseguido isto, basta abrir a boca para qualquer vogal, que resultará num som emitido corretamente.
Os defensores dos "passos e registros" reconhecem três registros que são: registro do peito, médio e da voz de cabeça. isto dificulta o estudo do canto pela dificuldade de passar de um registro a outro.
Outros são absolutamente contra essa idéia.
Temos duas experiências que justificam, homogeneizando a voz em toda a sua extensão.
1º) Escolha uma nota aguda e comece uma escala descendente em semitons com a boca e a laringe distendidas e uma posição de ligeiro bocejo. Execute cada nota tendo a sensação de ser mais alta que a anterior. Dessa maneira não se poderá acusar nenhuma mudança de registro.
2º) Os exercícios efetuados com a língua fora da boca e cantando um E leviana, também mostram a ausência de registro.
Isto prova que os registros são resultados de uma contração inconsciente do fundo da garganta ou da língua.
É importante abrir progressivamente a boca no sentido vertical nas escalas ascendentes, para que o som possa chegar ao "gong" (espécie de gongo metálico, imaginário atrás do nariz).
Para finalizar um som, não deixar faltar o ar. Não há nada mais desagradável. A expiração deve acabar junto com o canto. A voz deve ser nítida, limpa e pura (sem excesso de ar).
ARTICULAÇÃO
As consoantes devem ser pronunciadas com energia, por isto os exercícios deverão ser feitos sobre todas as consoantes e todas as vogais.
Um leve trêmulo que existe em certas vozes, quase sempre é devido a uma expiração mal controlada que causa uma certa pressão sobre as cordas vocais. É um defeito que necessita paciência para ser corrigido.
Eliminando o excesso de ar, as obtém muito bom resultado. O trabalho deverá ser feito sempre em completo relaxamento. Também ajuda muito a colocar dois dedos sobre os lábios levianamente.
A verdadeira força, no canto, se consegue sempre na base de flexibilidade. Por isso o trabalho de relaxamento é tão importante embora ingrato a princípio. O trabalho a "meia-voz", com os órgãos vocais relaxados com a respiração firme, consegue desenvolver, sem esforço nem contração, uma maior amplitude.
DICÇÃO - INTERPRETAÇÃO
Não se pode esquecer que o ouvinte quer entender o que diz o cantor, não bastando uma linda voz, cantando como se fosse um instrumento.
"A", É", "U"- Não podem ser cantadas como na fala. Elas necessitam serem arredondadas. Elas devem ser emitidas no funda da garganta, e o maxilar inferior deve descer para ovalar a boca.
"E", "I" - A boca fica sorridente e a ponta da língua se prende aos dentes inferiores. Conforme o som se torna mais agudo, elas necessitam de um ovalamento da boca.
"O", "U"- Os maxilares se afastam ao mesmo tempo que os lábios se projetam para frente, Conforme os sons se tornem mais agudos, os maxilares se afastam e a boca se ovala. Nos agudos, o "U" deve ser cantado como "O".
Nas partes muito agudas, é quase impossível cantar outra vogal que não seja o "A", por isso, deve-se pensar na vogal que se vai cantar e emiti-la como para um "A". O som sofrerá um mínimo de deformação dessa maneira.
As consoantes devem sempre ser duplicadas sem medo do exagero, nos exercícios.
Não estamos mais no tempo em que acrobacias vocais satisfaziam o público. A interpretação tem um papel primordial no canto. Ela é a meta de todo o trabalho vocal.
Só depois de ter conseguido o controle da respiração, a impostação da voz, a articulação e a dicção perfeitas, o cantor poderá interpretar com liberdade sem se preocupar com a técnica.
A CLASSIFICAÇÃO DAS VOZES
As divisões mais gerais na classificação das vozes são:
· aguda - soprano (mulher); tenor (homem)
· média - meio soprano (mulher); barítono (homem)
· grave - contralto (mulher); baixo (homem)
A classificação de uma só voz pode ser feita depois de vários meses de trabalho, porque ela sofre muitas modificações conforme o estudo.
A voz deve ser classificada por sua tessitura e seu timbre.
Tessitura: é o conjunto de notas com as quais se canta com comodidade.
Timbre: é a cor, a personalidade de cada voz, que pode ser claro, redondo, cálido, áspero, profundo, cristalino, etc.
Em geral a tessitura abrange 10 notas.
O TRABALHO VOCAL
Sempre há no canto, algo que pode aprender, que aperfeiçoar. Quem quiser cantar bem por muito tempo, deve exercitar-se bem e durante muito tempo.
Se o trabalho vocal acarreta um cansaço ou ronqueira anormais, isto significa que foi realizado de maneira errada.
O estudo diário deve ser feito sempre a "meia-voz" e suave, durante 15 minutos, sem se preocupar com a força do som. Pela manha o aproveitamento é maior.
Jamais force a voz ao exercitar. Busque a qualidade do som.
Após as vocalizações, o aluno pode cantar melodias imitando um instrumento, como por exemplo: violino, flauta, etc., buscando a beleza do som. O cantor sempre deve ser muito exigente consigo mesmo.
As gravações ajudam a corrigir os erros.
A saúde não pode ser esquecida. A voz reflete quase sempre a mínimas alterações do corpo: mal-estar, fadiga, etc.
Reprima a tosse sempre que seja possível porque ela fatiga a voz.
Se tiver que cantar à noite, descanse à tarde. O canto origina um desgaste nervoso.
Evite gritos e não fale em lugares barulhentos.
A VOZ FALADA
A diferença entre o canto e a palavra é que a fala emprega menos notas, mas que são emitidas pelos mesmos órgãos.
O cantor tem maior facilidade em expressar o assombro, a tristeza, a alegria, e sua fala é menos monótona.
Em um discurso ou conferência, comece sempre com muita calma e em voz bem baixa. O público será obrigado a guardar maior silêncio para escutar.
CONSELHOS
Falar muito ao telefone, desgasta a voz.
Cultive a calma e a serenidade.
Ao cantar, não escute mais a sua voz: escute seu coração.
Viva um pouco acima da realidade cotidiana. Um artista tem o direito de sonhar.
Cultive a "mentalidade profissional" que busca sempre a perfeição, num esforço contínuo para melhorar.
Reserve em cada dia, um tempo para meditação e silêncio. Sem espírito meditativo não há grande artista.
Nunca desanime diante de um fracasso, de críticas ou de críticas venenosas.
Vocal e Ministério
A
voz é um instrumento muito especial. Primeiro, porque o timbre que um ser
humano possui é individual, uma dádiva divina única e intrasferível. Segundo,
porque temos que nos acostumar com NOSSO próprio instrumento: limites, domínio,
atenções. A voz é tão espetacular que numa orquestra, todo cantor nunca é bem
visto, pois os músicos sabem que só a voz consegue tirar harmonia própria que
nenhum instrumento da orquestra pode tirar.
Nossa
voz, quase sempre, transmite o estado em que se encontra o organismo. Sono mal
dormido, alergias, stress, excesso de exercícios ou fadiga são refletidos
diretamente em nossa voz. Assim, se o corpo está bem, a voz transparecerá este
estado. O profissional da voz deve estar ciente que a voz depende do seu
ofício, mas não custa nada o amador utilizar este conhecimento em seu
dia-a-dia. Não dá pra ir assistir um clássico de futebol, ficar gritando com a
torcida 90 minutos e depois ir para o Culto à Noite na Igreja cantar, sua voz
já era. Longas conversas também diminuem sua capacidade de cantar,
principalmente, em lugares com som alto, shows, shoppings, entre outros. Por
isso, quem canta deve aprender a poupar sua voz para uma ocasião mais
necessária. Quer ir ao Show de Kleber Lucas? Tudo bem, mas evite gritar alto e
em exagero.
Hoje
em dia, é mito falar que somente os "bem-dotados" podem exercer
profissões vocais. Os avanços da fonoaudiologia podem provar que qualquer
pessoa bem treinada pode ser um bom cantor, dependendo somente do bom cuidado
com o seu aparelho fonador e com treinamento específico. Infelizmente, é muito
mais comum encontrarmos vocalistas que se preocupam muito mais em decorar
letras e ensaiar com a banda do que aperfeiçoar sua voz e cuidar bem dela.
Claro, que uma dose de oração irá cair perfeitamente bem. O nosso Deus é o
autor da criação. A voz, a música, o som foi criado por Ele. Deus com certeza é
rico em capacitar e se ele te chamou para Ministrar os louvores e com certeza o
chamou para adorar, não custa nada perder umas horas treinando e aperfeiçoando
sua técnica vocal.
É
necessário seguir algumas regras para executar bem os exercícios:
1.Concentração:
Em um local tranquilo, livre de ruídos ou o mais silencioso possível, inicie os exercícios e administre seu tempo para concluí-los com exatidão. Considere que a rotina de exercícios aqui encontrados leva por volta de 45 minutos para ser executada, estudar canto exige muita atenção (percepção, sentimento, paciência...), esta atenção você não terá caso sua mente esteja voltada para outras coisas (horário por exemplo), ou seja, é necessário esquecer-se do relógio e que existe um mundo lá fora. Volte sua atenção exclusivamente para você e para o estudo da técnica vocal.
Em um local tranquilo, livre de ruídos ou o mais silencioso possível, inicie os exercícios e administre seu tempo para concluí-los com exatidão. Considere que a rotina de exercícios aqui encontrados leva por volta de 45 minutos para ser executada, estudar canto exige muita atenção (percepção, sentimento, paciência...), esta atenção você não terá caso sua mente esteja voltada para outras coisas (horário por exemplo), ou seja, é necessário esquecer-se do relógio e que existe um mundo lá fora. Volte sua atenção exclusivamente para você e para o estudo da técnica vocal.
2. Avise para não ser interropido:
Ocorre
de você não conseguir mais se concentrar ou demorar para atingir novamente o
estado de concentração anterior quando você é interrompido durante seus
estudos? Se você respondeu sim, você é um ser humano normal (tanto quanto eu),
e eu só conheço uma forma de evitar que isto aconteça: é necessário pedir a
todos que não lhe interrompam durante seus estudos.
3. Estude Diariamente:
Não
acumule conteúdo. Sempre que puder dê uma olhadinha diariamente em seu
material. Invista, compre revistas, procure um professor ou um preparador
vocal, fono, otorrino, e a partir dos exercícios que lhe for entregue, treine
todos os dias. Não existe limite para se estudar canto, tudo é novo, sempre tem
alguma coisa que ainda você não conseguiu aprender. Aproveite para descansar
também. Exercícios no seu limite, até onde você pode aguentar. O mínimo é de 30
minutos, no máximo 01 hora de exercícios e ai sim pode estudar seu repertório.
Dentro do
ministério de música, a área vocal costuma ser uma das mais problemáticas.
Sentindo tal carência queremos lançar alguma luz sobre este assunto.
Vamos pensar juntos ,sugerir caminhos e incentivar você a buscar um padrão de excelência nesta área maravilhosa da música e do ministério .
Enfim, qual a função e importância do grupo vocal dentro da ministração? Vamos no termo americano "backing vocal". "On the back", significa estar atrás, o que está atrás serve de apoio.
A função do vocal consiste em apoiar o dirigente de louvor em três áreas específicas. Vejamos:
1- MUSICAL :
- Cantando a melodia: muitos ignoram, mas é muito difícil cantar bemem uníssono.
E no uníssono que ficam claros os dois maiores problemas do
vocal: afinação e timbragem. Se o grupo vocal não conhece bem a letra, a
melodia, ou canta a melodia de maneira errada, não irá apoiar o dirigente, irá
derrubá-lo! Certifique-se de que todo o grupo tenha aprendido a mesma melodia,
métrica, e letra. O grupo pode cantar a melodia lentamente, prolongando a
duração das notas ou sílabas em que existem dúvidas.
Se o problema for métrico, tente fazer com que todo o grupo bata palmas em cada ataque silábico e confira se há alguém batendo sílabas erradas.
É fundamental que o ensaio vocal tenha sempre o apoio de um instrumento harmônico bem afinado, assim, enquanto o vocalista canta, poderá perceber sua voz e comparar sua afinação com a do instrumento; progressivamente os problemas de afinação serão resolvidos.
Quanto a timbrarem, agrupe primeiro as pessoas de timbres semelhantes. Durante alguns ensaios, mantenha esta formação, respeitando os semelhantes naipes. Depois, alterne-os progressivamente. Faça brincadeiras de imitação e percepção, até conseguir um som equilibrado.
No timbre se manifestam problemas como rouquidão , som anasalado, ar na voz, vibrato excessivo, que só pode ser resolvido com as correções da técnica vocal.
- Cantando arranjo: um grupo só pode começar a cantar arranjos quando é capaz de fazer um bom uníssono. Comece com arranjos a duas vozes. Firme bem as vozes separadamente e sempre ofereça um registro visual. Se o grupo não lê partitura, invista 30 minutos do ensaio para este aprendizado. A longo prazo isto facilitará muito o trabalho.
Você também pode usar cifras ou simples apontamentos alturas.
Todo arranjo vocal deve estar baseado na harmonia. E impossível abrir vozes sem pensarem acordes.
Aqui você também deve parar e verificar cada acorde pelo
prolongamento de notas. Existe sempre alguém que diz saber tirar o contralto ou
o tenor. Dificilmente esta pessoa desenvolve uma Segunda melodia correta
comparada com a melodia. Estas vozes são sempre paralelas e se tornam cansativas.
Não é interessante que a música tenha arranjo vocal desde o primeiríssimo
acorde. De preferência ao refrão e as repetições pôr uma questão de dinâmica.
- Solistas e desenhos: dentro do grupo vocal, alguns desenvolvem um estilo de cantar mais particular. Eles são os solistas, os que fazem pequenas variações na melodia ( desenhos ), e responsivas. Isto normalmente vem enriquecer a dinâmica, mas tem sua hora e lugar. Cuidado com os exageros.
Se você quer desenvolver este lado da improvisação, comece cantando escalas maiores, menores, arpejos, inversões. Desta forma seus desenhos ficarão mais interessantes.
2- EXPRESSIVA :
- Expressão facial : tenho a impressão de que, se algum deficiente auditivo nos observasse cantando, acharia que algo muito terrível nos aconteceu para estarmos com aquele "semblante fúnebre". Os momentos de louvor e adoração são momentos de reverência sim, mas de profunda alegria e prazer.
Em contrapartida, existem aqueles que fazem tantas caretas e gestos, que nos sentimos de volta a infância , na escolinha dominical.
Sugestão : Cante em frente ao espelho ! Note se você esta sendo convincente.
- Expressão corporal : o grupo vocal tem que estar em harmonia consigo mesmo e com o dirigente do louvor.
Muita informação atrapalha. Temos que concordar e reforçar a informação que o dirigente tem a transmitir. No momento do ensaio você pode exercitar através de brincadeiras descontraídas.
Faça uma lista de músicas, sorteando-as entre os vocalistas e peça para que eles deixem claro ao grupo qual é a música, somente através da expressão facial e corporal. Coloque seu grupo para dançar (com equilíbrio). Daremos dicas de exercícios de desinibição e desenvolvimento da visão periférica.
Dicas Gerais
Vamos pensar juntos ,sugerir caminhos e incentivar você a buscar um padrão de excelência nesta área maravilhosa da música e do ministério .
Enfim, qual a função e importância do grupo vocal dentro da ministração? Vamos no termo americano "backing vocal". "On the back", significa estar atrás, o que está atrás serve de apoio.
A função do vocal consiste em apoiar o dirigente de louvor em três áreas específicas. Vejamos:
1- MUSICAL :
- Cantando a melodia: muitos ignoram, mas é muito difícil cantar bem
E
Se o problema for métrico, tente fazer com que todo o grupo bata palmas em cada ataque silábico e confira se há alguém batendo sílabas erradas.
É fundamental que o ensaio vocal tenha sempre o apoio de um instrumento harmônico bem afinado, assim, enquanto o vocalista canta, poderá perceber sua voz e comparar sua afinação com a do instrumento; progressivamente os problemas de afinação serão resolvidos.
Quanto a timbrarem, agrupe primeiro as pessoas de timbres semelhantes. Durante alguns ensaios, mantenha esta formação, respeitando os semelhantes naipes. Depois, alterne-os progressivamente. Faça brincadeiras de imitação e percepção, até conseguir um som equilibrado.
No timbre se manifestam problemas como rouquidão , som anasalado, ar na voz, vibrato excessivo, que só pode ser resolvido com as correções da técnica vocal.
- Cantando arranjo: um grupo só pode começar a cantar arranjos quando é capaz de fazer um bom uníssono. Comece com arranjos a duas vozes. Firme bem as vozes separadamente e sempre ofereça um registro visual. Se o grupo não lê partitura, invista 30 minutos do ensaio para este aprendizado. A longo prazo isto facilitará muito o trabalho.
Você também pode usar cifras ou simples apontamentos alturas.
Todo arranjo vocal deve estar baseado na harmonia. E impossível abrir vozes sem pensar
Aqui
- Solistas e desenhos: dentro do grupo vocal, alguns desenvolvem um estilo de cantar mais particular. Eles são os solistas, os que fazem pequenas variações na melodia ( desenhos ), e responsivas. Isto normalmente vem enriquecer a dinâmica, mas tem sua hora e lugar. Cuidado com os exageros.
Se você quer desenvolver este lado da improvisação, comece cantando escalas maiores, menores, arpejos, inversões. Desta forma seus desenhos ficarão mais interessantes.
2- EXPRESSIVA :
- Expressão facial : tenho a impressão de que, se algum deficiente auditivo nos observasse cantando, acharia que algo muito terrível nos aconteceu para estarmos com aquele "semblante fúnebre". Os momentos de louvor e adoração são momentos de reverência sim, mas de profunda alegria e prazer.
Em contrapartida, existem aqueles que fazem tantas caretas e gestos, que nos sentimos de volta a infância , na escolinha dominical.
Sugestão : Cante em frente ao espelho ! Note se você esta sendo convincente.
- Expressão corporal : o grupo vocal tem que estar em harmonia consigo mesmo e com o dirigente do louvor.
Muita informação atrapalha. Temos que concordar e reforçar a informação que o dirigente tem a transmitir. No momento do ensaio você pode exercitar através de brincadeiras descontraídas.
Faça uma lista de músicas, sorteando-as entre os vocalistas e peça para que eles deixem claro ao grupo qual é a música, somente através da expressão facial e corporal. Coloque seu grupo para dançar (com equilíbrio). Daremos dicas de exercícios de desinibição e desenvolvimento da visão periférica.
Dicas Gerais
Cuidado Com a Voz
Como todo órgão do corpo,
os que constituem o aparelho fonador necessitam de um uso adequado para não se
sentir forçados e lesados. Algumas das medidas preventivas de possíveis
disfunções vocais são:
* não
pigarrear nem tossir; em vez disso: bocejar para relaxar a garganta, engolir
lentamente, beber um pouco de água;
* não gritar;
em vez disso: para chamar a atenção bater palmas, assobiar, utilizar apitos,
etc.;
* evitar falar
de maneira prolongada à distância; em vez disso: aproximar-se para que possam
ouvi-lo;
* evitar falar
de maneira prolongada nos ambientes com muito barulho; em lugar disso: falar
cara a cara, perto da pessoa que o escuta ou esperar que o entorno esteja
silencioso;
* não falar em
salões amplos sem uma amplificação apropriada; nesse caso se aconselha utilizar
o microfone;
* não cantar
fora do registro normal; nesses casos, é necessário conhecer os limites físicos
de cada um no referente ao tom e à intensidade, procurar ajuda profissional
para a formação da voz e não cantar uma nota elevada se você não pode cantá-la
em voz baixa;
* evitar
costumes nervosos ao falar ou cantar em público como podem ser: pigarrear,
conter a respiração falando rapidamente, falar com a respiração insuficiente,
falar num tom baixo e monótono, etc. No seu lugar, poderão se adotar atitudes
ou estratégias eficazes para diminuir esses costumes ruins;
* depois de
várias horas de uso vocal, é aconselhável esperar até que o sistema
respiratório se recupere; para isso acontecer, poderá se fazer relaxamento e
repouso vocal.
* não falar com
voz monótona de tom baixo; deve-se permitir que o fluxo respiratório alimente a
voz de maneira que o tom se mantenha, varie e soe bem;
* evitar
ataques glóticos ou inícios de voz tensos e bruscos; em vez disso, pode manter
a garganta relaxada quando começa a falar;
* não falar
com frases mais compridas do que o ciclo respiratório natural; em vez disso,
poderá se falar lentamente e fazer intervalos com mais freqüência;
* não esticar
as diferentes partes do corpo quando se utiliza a voz, em vez disso deverá:
tratar de manter o corpo alinhado e relaxado para que a respiração seja
natural, permitir que o abdômen e a caixa costal se movimentem livremente;
* não apertar
os dentes, nem a mandíbula ou a língua; para isso, será necessário aprender a
relaxar essas estruturas;
* quando
cantar, não esforçar a voz para manter um registro que está além dos limites de
tom no que fica confortável (voz de peito: elevada demais; voz de cabeça:
elevada na gama de falsete); em vez disso, deve-se permitir mudar de registro
vocal com o tom e aprender técnicas de transição suave de registro.
Estas são algumas
das dicas mais úteis que se lhe pode oferecer a toda pessoa que reconheça a voz
como uma ferramenta importante não apenas de trabalho, mas também de
comunicação que, como tal, deve ser cuidada.
A utilização da voz humana como forma
principal ou exclusiva de trabalho categoriza as profissões em dois grandes
grupos: vocais e não-vocais.
As áreas da
comunicação e artes, em especial os locutores, cantores e atores fazem parte do
grupo dos profissionais vocais. Para estes a voz é seu principal instrumento de
trabalho, embora nem sempre eles tenham consciência disso. É importante
ressaltar que para ser um bom profissional desta área é fundamental cuidar bem
da voz, mantendo saúde e estética vocal. Para tanto deve-se buscar a orientação
e acompanhamento vocal com profissionais habilitados, pois a manutenção
saudável e estética da voz garantem a estes permanência no mercado de trabalho.
Hoje, na era da comunicação, já é mito afirmarmos que somente os vocalmente "bem-dotados" podem exercer profissões vocais. As práticas fonoaudiológicas, legalmente reconhecidas na área da saúde, auxiliam no desenvolvimento do potencial vocal saudável sem recursos medicamentosos ou cirúrgicos. Apesar disso, o desconhecimento da higiene vocal tem levado muitos a manifestarem doenças laríngeas leves, e as freqüentes repetições destas afecções chegam até mesmo à agravamentos que culminam em tratamentos cirúrgicos.
Hoje, na era da comunicação, já é mito afirmarmos que somente os vocalmente "bem-dotados" podem exercer profissões vocais. As práticas fonoaudiológicas, legalmente reconhecidas na área da saúde, auxiliam no desenvolvimento do potencial vocal saudável sem recursos medicamentosos ou cirúrgicos. Apesar disso, o desconhecimento da higiene vocal tem levado muitos a manifestarem doenças laríngeas leves, e as freqüentes repetições destas afecções chegam até mesmo à agravamentos que culminam em tratamentos cirúrgicos.
O alto índice de
alterações vocais nos profissionais da voz tem merecido especial atenção dos
fonoaudiólogos, pois a utilização da voz inadequada, resulta em uso abusivo do
aparelho fonador. A exposição aos fatores nocivos como falar/cantar
prolongadamente em ambientes ruidosos, sem tratamento acústico apropriado, ou
mesmo o inocente hábito de pigarrear bruscamente, sempre antes do ato da fala,
deixam o falante mais vulnerável. Alguns profissionais utilizam erradamente
como prevenção aos problemas vocais pastilhas, conhaques, gengibre, sprays,
entre outros. É ainda muito comum encontrarmos locutores, atores e cantores
dedicando grande parte do seu tempo em ensaios e preparos de leituras, sem
contudo investir igual atenção na forma saudável de apresentá-las.
É preciso conhecer
e desenvolver medidas preventivas, mudando pequenos hábitos e comportamentos no
nosso cotidiano, não apenas quando a rouquidão aparece. Alguns cuidados básicos
devem ser observados, como:
1- disciplinar os
horários de trabalho para que haja repouso vocal após cada apresentação;
2- hidratar-se com
7 à 8 copos de água por dia;
3- evitar a
ingestão de drogas inalatórias ou injetáveis que têm ação direta sobre o
laringe e a voz, além de alterações cardiovasculares e neurológicas.
4- evitar o uso do
fumo, inclusive da maconha, pois a aspiração provoca um super aquecimento no
trato vocal deixando a voz mais grave (grossa);
5- utilizar roupas
leves que permitam a livre movimentação do corpo, principalmente na região do
pescoço e cintura, onde estão situados o laringe e o músculo diafragma;
6- evitar a
ingestão de refrigerantes, comidas gordurosas ou condimentadas, pois estes
produzem gases e refluxo gastroesofágico prejudicando os movimentos
respiratórios, além de lesar a mucosa;
7- evitar as
mudanças bruscas de temperatura no ar ou líquido;
8- realizar
exercícios de relaxamento regularmente, liberando a tensão corporal evitando a
produção vocal com esforço e tensão; 9- realizar avaliações auditivas e
fonoaudiológicas periódicas.
10- manter a
melhor postura da cabeça e do corpo durante a fala ou canto.
O melhor seguro
que os profissionais vocais podem fazer para preservar seu instrumento de
trabalho é manter a saúde vocal.
- É importante
fazer exercícios de relaxamento e aquecimento antes de cantar e desaquecimento
após o período de atividade vocal.
- Faz mal: Raspar a garganta, balas que gelam a mucosa, alimentar-se demais ou de menos, anestésicos como o gengibre.
- Faz bem : Beber água, repousar oito horas por noite, exercícios físicos, comer maçã.
- Os ensaios devem ser feitos pelo menos uma vez por semana, com no mínimo duas horas de duração. Mantenha pontualidade e objetividade nos ensaios (lembre-se: o objetivo do ensaio é ENSAIAR ).
- Procure equilibrar os volumes dos microfones. Ele deve sempre ser colocado em frente a boca, a 90º do rosto e manter a distância mínima de 3 dedos e máxima de 5.
- Ao procurar um professor de canto, confira se, em seu vocabulário existem as palavras: relaxamento, diafragma, colocação, desaquecimento, leitura e estilo. Nem sempre um bom cantor é um bom professor de canto.
- Faz mal: Raspar a garganta, balas que gelam a mucosa, alimentar-se demais ou de menos, anestésicos como o gengibre.
- Faz bem : Beber água, repousar oito horas por noite, exercícios físicos, comer maçã.
- Os ensaios devem ser feitos pelo menos uma vez por semana, com no mínimo duas horas de duração. Mantenha pontualidade e objetividade nos ensaios (lembre-se: o objetivo do ensaio é ENSAIAR ).
- Procure equilibrar os volumes dos microfones. Ele deve sempre ser colocado em frente a boca, a 90º do rosto e manter a distância mínima de 3 dedos e máxima de 5.
- Ao procurar um professor de canto, confira se, em seu vocabulário existem as palavras: relaxamento, diafragma, colocação, desaquecimento, leitura e estilo. Nem sempre um bom cantor é um bom professor de canto.
Relaxamento
O relaxamento é outro fator importante
para a respiração. A tensão é muito desgastante e consome quantidades enormes
de ar. Não esqueça o porquê de estar cantando em primeiro lugar - cantar é
divertimento! Curta o processo de aprender a cantar, e não exija demais de você
mesmo.
O aprendizado do canto é um processo
quase atlético: necessita de muito treinamento para que cheguemos perto da
perfeição. Por incrível que pareça, como utiliza grupos musculares e condicionamento
do aparelho respiratório como um todo, além do auto-conhecimento do poderio
vocal, a prática de exercícios de respiração, postura e relaxamento melhora - e
muito - o resultado final. Mas a cobrança própria (ou de outras pessoas) só
acumula tensão e não leva a grandes conquistas.
Tente adquirir o hábito de
"monitorar" sua tensão muscular. Faça isto no seu dia-a-dia: observe
sua postura ao digitar ou segurar o mouse. Será que não está dispensando mais
energia do que o necessário?
Muitos acreditam que o ato de cantar é um
esforço vindo da "garganta", corrigindo, da laringe. Mas, na verdade,
o esforço natural não vem só da laringe, e sim, do corpo inteiro. Se o seu
corpo vai bem, não precisará muito esforço pra cantar, fluirá naturalmente a
voz, mas se você tá gripado, com o dedão do pé dolorido, infelizmente sua
apresentação poderá estar sendo prejudicada. Uma certa vez, eu tive que cantar
por 03 dias seguidos uma música minha para o culto de mocidade, aniversário da
mocidade. Me atacou uma enchequeca, daqui pra li, que não consegui cantar
direito. A dor era tão forte que eu chorava. E todos que me viam achando que eu
estava chorando de emoção. Cuidado, pra que não aconteça o mesmo com você.
Cuide de sua saúde mental, corporal e procure relaxar o suficiente para guentar
o tranco diante da público.
Postura
Uma boa postura é fundamental para uma
boa produção vocal. O que consiste ter boa postura? Bem, cuidar da postura é
fazer com que a sustentação e o equilíbrio do nosso corpo esteja de acordo com
as leis da gravidade.
É importante
observarmos que os desequilíbrios posturais variam de pessoa para pessoa.
Algumas possuem um exagero postural, mantendo-se com os ombros extremamente
abertos, o peito empinado para frente e a cabeça muito erguida, tencionando o
pescoço. Se olharmos essas pessoas de lado possuem uma lordose nas costas como
se fossem envergar para trás. Essas pessoas tendem a respirar mais na parte
alta do pulmão.
Já outras pessoas
possuem desequilíbrio inverso. Ombros muito caídos, peito fechado, como se
fossem envergar para frente. Ambas as posturas são incorretas. Devemos procurar
manter um equilíbrio de forma a sentir "o peso do nosso corpo entre os
dois pés, observando em seguida um encaixe perfeito da cintura pélvica
(quadril), em equilíbrio com a cintura escapular (ombro) e mantendo um ângulo
de 90% para o queixo, podemos aproximar-nos de uma figura em equilíbrio.
Segundo Perellò,
os ombros devem estar relaxados, a cabeça reta, a fisionomia natural sem
rigidez nem contração, a boca moderadamente aberta, os lábios apoiados diante
dos dentes. A mandíbula não deve extra rígida. Todo o instrumento vocal deve
dar a sensação de flexibilidade muscular. Não deve haver nenhuma contração dos
músculos vocais no tórax, colo, laringe, garganta e boca. A ressonância correta
e plena da voz se produzirá com a diminuição e equilíbrio dos esforços
musculares. O corpo deve estar ereto mas sem rigidez, com a sensação de calma.
Deve-se evitar o movimento do corpo, buscando apoio em ambas as pernas
alternadamente. Evitar o movimento nervoso das mãos e dos dedos, assim como os
gestos exagerados ou muito forçados.
A atitude normal
do rosto deve ser sorridente. O sorriso, por um efeito reflexo, permite uma
ampliação das cavidades de ressonância. Para isso pode ser útil fazer os
vocalizes diante de um espelho para observar e controlar as tensões
desnecessárias.
Atitude
Básica para o Equilíbrio do Corpo
A atitude básica
para o equilíbrio do corpo e, consequentemente, para a emissão da voz, é a
seguinte:
PÉS
- Confortáveis, onde o peso do corpo deverá estar igualmente distribuído pela borda externa dos pés pelo metatarso.
- Confortáveis, onde o peso do corpo deverá estar igualmente distribuído pela borda externa dos pés pelo metatarso.
MÚSCULOS
- Relaxados.
- Relaxados.
CINTURA PÉLVICA
- Suspensa sobre o diafragma para manter a energia do som.
- Suspensa sobre o diafragma para manter a energia do som.
CABEÇA
- Ereta e bem equilibrada na cintura escapular.
- Ereta e bem equilibrada na cintura escapular.
CINTURA ESCAPULAR
- Deve permanecer descontraída.
- Deve permanecer descontraída.
LINHA DA CABEÇA
- A cabeça deve manter uma linha de como se estivesse suspensa por um "fio de cabelo" na parte do redemoinho, isto é, no centro, como se fosse a continuação das vértebras cervicais
- A cabeça deve manter uma linha de como se estivesse suspensa por um "fio de cabelo" na parte do redemoinho, isto é, no centro, como se fosse a continuação das vértebras cervicais
Segundo estudos,
após a adoção dessa atitude básica, quando sentir que está equilibrado,
experimente mudar o alinhamento para fazer com que o corpo mude a linha de
gravidade, para frente, para trás, para o lado e circularmente.
POSTURAS Q PREJUDICAM A EMISSÃO VOCAL
— Cabeça inclinada para trás
Esta posição vai-se refletir num aperto da laringe, numa má relação entre este órgão e o ar inspirado e expirado, numa falta de controlo sobre o palato mole. A voz emitida nestas condições terá uma ressonância mais fraca e mais nasal, havendo tendência para se produzir uma maior rigidez da língua o que arrastará dificuldades articulatórias.
— Cabeça caída para baixo e tórax descaído
Esta postura condiciona movimentos pequenos da caixa torácica, os músculos do tórax estão pouco ativos, a respiração é reduzida e há uma falta de suporte da voz que se torna monótona e fraca (como fracos ou deprimidos estão os indivíduos que a produzem).
— Levantar os ombros, forçando a inspiração na zona superior do peito
Neste caso, a má relação que se estabelece entre as vértebras, geralmente associada a uma certa tensão na junção do pescoço com os ombros e com a cabeça, vai provocar um desperdício de ar na zona onde os pulmões estão mais largos e um descontrolo do sopro; este gasta-se rapidamente não permitindo uma duração razoável da emissão.
A voz é geralmente pobre em ressonâncias, produzindo-se facilmente o seu desgaste.
— Juntar (apertando) os joelhos
Esta posição condiciona uma má distribuição do peso do corpo, um certo desequilíbrio, associando-se a grandes tensões abdominais e geralmente a uma rigidez de todo o tronco. Os músculos da laringe estão também sob tensão e a voz é gutural e forçada.
— Cabeça puxada para a frente da coluna vertebral e as costas, compensatoriomente, para trás
Esta posição arrastará necessariamente uma rigidez das costas, pescoço e cabeça que se refletirá numa voz forçada e sem flexibilidade.
O maxilar inferior não deve estar puxado para a frente nem para trás devendo mover-se com flexibilidade (ao descair ou levantar na vertical) quando o indivíduo fala ou projeta a voz. Algumas das posições incorretas que referimos vão ser responsáveis por um mau posicionamento do maxilar.
Um observador pode sentir (escutando) que a voz é produzida com esforço; neste caso um descontrolo do sopro fonatório associar-se-á a posturas incorretas.
O exercício (l) que propusemos deve ser realizado com observadores. Exercícios semelhantes poderão ser executados por um indivíduo que esteja sozinho, observando-se a um espelho.
As indicações que foram dadas a propósito do exercício l serão úteis em muitos outros. A posição vertical vai facilitar a execução de exercícios respiratórios e vocais. Do mesmo modo há exercícios respiratórios e vocais que propiciam a prática da verticalidade.
Exercício 2 — Levantar a caixa torácica em bloco ao mesmo tempo que realiza um movimento inspiratório. A bacia e as pernas constituem uma estrutura sólida que sustenta o resto do corpo; os ombros não se elevam separados do tórax, a face e o tronco mantêm-se verticais, as costelas não devem alargar.
A caixa torácica baixará até ao ponto inicial, quando se realiza a expiração.
(Ex. o «suspiro do Samourai» - Le Huche).
Exercício 3 — Olhar(-se) em frente de um espelho, mantendo a posição vertical. O pescoço e a face rolam ora para a direita ora para a esquerda lentamente, mas a direção do olhar mantém-se constante (para a frente); o resto do corpo não mexe.
(Ex. «Esfinge» - Le Huche).
Exercício 4 — Olhar(-se) em frente de um espelho, mantendo a posição vertical. O pescoço e a face mantêm-se parados e todo o resto do corpo, como um bloco, roda ora para a esquerda ora para a direita.
(Ex. «A Ânfora» - Le Huche).
Nestes exercícios (2, 3, 4) nenhuma parte do corpo se deve inclinar. A verticalidade é mantida qualquer que seja a zona que executa a rotação.
Exercício 5 — Em posição vertical, pés ligeiramente afastados, sem perder o equilíbrio, passar a exercer o peso do corpo só sobre uma das pernas, estirando o lado livre do corpo desde a ponta do pé até ao braço que se eleva na vertical, e aos dedos da mão. Este movimento de estiramento (e contração muscular) será acompanhado de uma inspiração costal e ao voltar (relaxando) à posição inicial por uma expiração. Neste exercício o eixo do corpo inclina ligeiramente.
Exercício 6 — Em posição vertical, pés juntos e braços ao longo do corpo, sem perder o equilíbrio, o indivíduo ora se apóia nas pontas dos pés ora nos calcanhares.
(Ex. «O soldado de madeira» - Le Huche).
Exercício 7 — O indivíduo começa por estar bem vertical e a olhar em frente, depois flectirá, sucessivamente: a cabeça (e só a cabeça) — «atitude de reflexão»; o pescoço — «atitude de reflexão profunda»; as costas — «atitude de abatimento»; a cintura — «atitude de esgotamento»; finalmente flectirá a zona da bacia deixando cair todo o corpo, aproximando as mãos dos pés (os joelhos não dobrarão). Seguidamente realizar-se-á o retorno à posição inicial (nos mesmos 5 tempos).
Conseguir estar cerca de 1 minuto em cada uma das posições sem se sentir cansado nem contraído será a situação ideal.
A verticalidade do corpo
Objetivos deste conjunto de exercícios:
Ficar «sensível» à sua própria expressão corporal.
Adquirir hábitos de posições corporais favoráveis a uma boa produção vocal.
Conhecer limitações provocadas por tensões musculares prejudiciais.
«Sentir-se bem» na posição vertical.
Adquirir hábitos de auto-observação.
Tomar consciência de diferentes modos de inspiração e expiração.
— Cabeça inclinada para trás
Esta posição vai-se refletir num aperto da laringe, numa má relação entre este órgão e o ar inspirado e expirado, numa falta de controlo sobre o palato mole. A voz emitida nestas condições terá uma ressonância mais fraca e mais nasal, havendo tendência para se produzir uma maior rigidez da língua o que arrastará dificuldades articulatórias.
— Cabeça caída para baixo e tórax descaído
Esta postura condiciona movimentos pequenos da caixa torácica, os músculos do tórax estão pouco ativos, a respiração é reduzida e há uma falta de suporte da voz que se torna monótona e fraca (como fracos ou deprimidos estão os indivíduos que a produzem).
— Levantar os ombros, forçando a inspiração na zona superior do peito
Neste caso, a má relação que se estabelece entre as vértebras, geralmente associada a uma certa tensão na junção do pescoço com os ombros e com a cabeça, vai provocar um desperdício de ar na zona onde os pulmões estão mais largos e um descontrolo do sopro; este gasta-se rapidamente não permitindo uma duração razoável da emissão.
A voz é geralmente pobre em ressonâncias, produzindo-se facilmente o seu desgaste.
— Juntar (apertando) os joelhos
Esta posição condiciona uma má distribuição do peso do corpo, um certo desequilíbrio, associando-se a grandes tensões abdominais e geralmente a uma rigidez de todo o tronco. Os músculos da laringe estão também sob tensão e a voz é gutural e forçada.
— Cabeça puxada para a frente da coluna vertebral e as costas, compensatoriomente, para trás
Esta posição arrastará necessariamente uma rigidez das costas, pescoço e cabeça que se refletirá numa voz forçada e sem flexibilidade.
O maxilar inferior não deve estar puxado para a frente nem para trás devendo mover-se com flexibilidade (ao descair ou levantar na vertical) quando o indivíduo fala ou projeta a voz. Algumas das posições incorretas que referimos vão ser responsáveis por um mau posicionamento do maxilar.
Um observador pode sentir (escutando) que a voz é produzida com esforço; neste caso um descontrolo do sopro fonatório associar-se-á a posturas incorretas.
O exercício (l) que propusemos deve ser realizado com observadores. Exercícios semelhantes poderão ser executados por um indivíduo que esteja sozinho, observando-se a um espelho.
As indicações que foram dadas a propósito do exercício l serão úteis em muitos outros. A posição vertical vai facilitar a execução de exercícios respiratórios e vocais. Do mesmo modo há exercícios respiratórios e vocais que propiciam a prática da verticalidade.
Exercício 2 — Levantar a caixa torácica em bloco ao mesmo tempo que realiza um movimento inspiratório. A bacia e as pernas constituem uma estrutura sólida que sustenta o resto do corpo; os ombros não se elevam separados do tórax, a face e o tronco mantêm-se verticais, as costelas não devem alargar.
A caixa torácica baixará até ao ponto inicial, quando se realiza a expiração.
(Ex. o «suspiro do Samourai» - Le Huche).
Exercício 3 — Olhar(-se) em frente de um espelho, mantendo a posição vertical. O pescoço e a face rolam ora para a direita ora para a esquerda lentamente, mas a direção do olhar mantém-se constante (para a frente); o resto do corpo não mexe.
(Ex. «Esfinge» - Le Huche).
Exercício 4 — Olhar(-se) em frente de um espelho, mantendo a posição vertical. O pescoço e a face mantêm-se parados e todo o resto do corpo, como um bloco, roda ora para a esquerda ora para a direita.
(Ex. «A Ânfora» - Le Huche).
Nestes exercícios (2, 3, 4) nenhuma parte do corpo se deve inclinar. A verticalidade é mantida qualquer que seja a zona que executa a rotação.
Exercício 5 — Em posição vertical, pés ligeiramente afastados, sem perder o equilíbrio, passar a exercer o peso do corpo só sobre uma das pernas, estirando o lado livre do corpo desde a ponta do pé até ao braço que se eleva na vertical, e aos dedos da mão. Este movimento de estiramento (e contração muscular) será acompanhado de uma inspiração costal e ao voltar (relaxando) à posição inicial por uma expiração. Neste exercício o eixo do corpo inclina ligeiramente.
Exercício 6 — Em posição vertical, pés juntos e braços ao longo do corpo, sem perder o equilíbrio, o indivíduo ora se apóia nas pontas dos pés ora nos calcanhares.
(Ex. «O soldado de madeira» - Le Huche).
Exercício 7 — O indivíduo começa por estar bem vertical e a olhar em frente, depois flectirá, sucessivamente: a cabeça (e só a cabeça) — «atitude de reflexão»; o pescoço — «atitude de reflexão profunda»; as costas — «atitude de abatimento»; a cintura — «atitude de esgotamento»; finalmente flectirá a zona da bacia deixando cair todo o corpo, aproximando as mãos dos pés (os joelhos não dobrarão). Seguidamente realizar-se-á o retorno à posição inicial (nos mesmos 5 tempos).
Conseguir estar cerca de 1 minuto em cada uma das posições sem se sentir cansado nem contraído será a situação ideal.
A verticalidade do corpo
Objetivos deste conjunto de exercícios:
Ficar «sensível» à sua própria expressão corporal.
Adquirir hábitos de posições corporais favoráveis a uma boa produção vocal.
Conhecer limitações provocadas por tensões musculares prejudiciais.
«Sentir-se bem» na posição vertical.
Adquirir hábitos de auto-observação.
Tomar consciência de diferentes modos de inspiração e expiração.
A Dra. Rosane Paiva da Silva,
fonoaudióloga e professora de impostação de voz, em ótimo artigo feito para a
Unicamp, ensina os 10 Mandamentos da boa voz:
1.) disciplinar horários de
trabalho, para que haja repouso vocal;
2.) tomar de 7 a 8 copos de água por
dia;
3.) evitar a inalação/ingestão
de drogas que ajam sobre a laringe e a voz, assim como as que causem alterações
cardiovasculares e respiratórias;
4.) evitar o uso do fumo
(qqer. tipo!) pois a aspiração da fumaça provoca o super-aquecimento do trato
vocal, tornando a voz mais grave;
5.) utilizar roupas leves,
que permitam a livre movimentação, principalmente próximo à laringe e o
diafragma;
6.) evitar a ingestão de bebidas com gás (refrigerantes, cerveja) comidas gordurosas e condimentadas, pois provocam gás e refluxo gastroesofágico, prejudicando os movimentos respiratórios normais;
6.) evitar a ingestão de bebidas com gás (refrigerantes, cerveja) comidas gordurosas e condimentadas, pois provocam gás e refluxo gastroesofágico, prejudicando os movimentos respiratórios normais;
7.) evitar as mudanças
bruscas de temperaturas no ar ou líquido;
8.) realizar exercícios de
relaxamento regularmente;
9.) realizar avaliações
auditivas e fonoaudiológicas periódicas;
l0.)manter a melhor postura
da cabeça e do corpo durante a fala ou canto.
Hoje em dia, é mito falar que somente os "bem-dotados" podem exercer profissões vocais. Os avanços da fonoaudiologia podem provar que qualquer pessoa bem treinada pode ser um bom cantor, dependendo somente do bom cuidado com o seu aparelho fonador e com treinamento específico. Infelizmente, é muito mais comum encontrarmos vocalistas que se preocupam muito mais em decorar letras e ensaiar com a banda do que aperfeiçoar sua voz e cuidar bem dela.
Alguns termos Vocais
1. Timbre: É a identidade de cada
instrumento (ou voz), e depende da séria harmônica de cada som emitido.
2. Potência: É a quantidade de volume que cada voz tem.
3. Extensão vocal: É a "distância" entre a nota mais grave do registro de cada um da nota mais aguda desse mesmo registro.
4. Drive: É a vibração caótica das pregas vocais FALSAS, que provoca uma ressonância a mais na emissão de uma nota, que "briga" com a ressonância principal da nota emitida.
5. Gutural: São registros graves adicionados de muito Drive.
6. Falsete: É uma conformidade diferentes das pregas vocais VERDADEIRAS, na qual a captação das mesmas é feita de forma diferente d emissão natural.
7. Voz de cabeça: É a colocação da voz em que a ressonância principal está na base do crânio; é uma colocação diferente do falsete e da fala.
8. Classificação vocal: É uma classificação simples, baseada na tessitura (que é baseada na extensão vocal) de cada um
2. Potência: É a quantidade de volume que cada voz tem.
3. Extensão vocal: É a "distância" entre a nota mais grave do registro de cada um da nota mais aguda desse mesmo registro.
4. Drive: É a vibração caótica das pregas vocais FALSAS, que provoca uma ressonância a mais na emissão de uma nota, que "briga" com a ressonância principal da nota emitida.
5. Gutural: São registros graves adicionados de muito Drive.
6. Falsete: É uma conformidade diferentes das pregas vocais VERDADEIRAS, na qual a captação das mesmas é feita de forma diferente d emissão natural.
7. Voz de cabeça: É a colocação da voz em que a ressonância principal está na base do crânio; é uma colocação diferente do falsete e da fala.
8. Classificação vocal: É uma classificação simples, baseada na tessitura (que é baseada na extensão vocal) de cada um
9. Impostação da voz: É uma série de
fatores (incluindo apoio, tônus muscular do apoio, colocação da voz,
relaxamento dá musculatura extrínseca à laringe, rebaixamento de laringe,
abertura de costelas intercostais, etc...) que é tida como a ideal para se
emitir a voz cantada.
10. Vocalizes: São exercícios que visam o desenvolvimento da voz cantada.
11. Vibrato: É a modulação rápida da nota alvo, em intervalos menores ou iguais a um semitom (às vezes, pode ser mais que 1 semitom, depende do objetivo do vibrato).
12. Voz de peito: É uma colocação em que a ressonância principal é a torácica; a colocação é exatamente igual à da voz de cabeça (com a diferença da ressonância), mas é diferente da fala.
10. Vocalizes: São exercícios que visam o desenvolvimento da voz cantada.
11. Vibrato: É a modulação rápida da nota alvo, em intervalos menores ou iguais a um semitom (às vezes, pode ser mais que 1 semitom, depende do objetivo do vibrato).
12. Voz de peito: É uma colocação em que a ressonância principal é a torácica; a colocação é exatamente igual à da voz de cabeça (com a diferença da ressonância), mas é diferente da fala.
13.Melisma: são "floreios" que
um(a) cantor(a) usa para colorir as frases; numa determinada melodia (que o
cantor deve executar), usam-se notas da tonalidade em que se encontra a melodia
(em momentos não marcados na pauta) para enriquecer o fraseado.
14.Glissando: é a chegada em uma nota; pode ser ascendente ou descendente; ao invés de se atacar a nota alvo diretamente (parece conversa de atirador de elite....), chega-se nela partindo de uma nota mais baixa ou mais alta.
14.Glissando: é a chegada em uma nota; pode ser ascendente ou descendente; ao invés de se atacar a nota alvo diretamente (parece conversa de atirador de elite....), chega-se nela partindo de uma nota mais baixa ou mais alta.
Classificação
vocal, Registro médio e tessitura
A voz humana se classifica em quatro naipes (categorias) a saber:
· Soprano
· Contralto
· Tenor
· Baixo
Também existe a voz infantil que chamamos de voz clara e igualamos a voz feminina. Porém a voz feminina e masculina poderão ser graves (escuras) de acordo com o timbre, isto é, a tessitura que é constituída as nossas cordas vocais.
Obs: Tessitura - tecido que envolve as cordas vocais.
E para sabermos qual é a tessitura de determinada voz, pedimos ao cantor para cantar uma frase de qualquer melodia, até mesmo um arpejo e daí analisamos o timbre da voz, isto é, se é claro ou escuro, por exemplo, timbre claro (soprano) e escuro (contralto). Na voz masculina de igual forma.
Obs: Existem também o mezzo soprano que é intermediário entre soprano e contralto e o barítono (entre tenor e baixo); são vozes raríssimas no Brasil.
Cores das Vozes:
Podemos atribuir cores aos timbres de determinadas vozes, facilitando assim o trabalho de classificação vocal. Exemplos:
a. cor rosa - soprano ligeiro
b. azul claro - soprano meio ligeiro
c. amarelo claro - soprano de coral
d. amarelão forte - contralto
e. verde musgo - contralto
f. azulão - tenor
g. marrom - tenor
h. verde escuro - tenor
i. roxo - baixo
j. preto - baixo profundo
Classificar uma voz significa atribuirmos uma cor ao seu timbre e, separarmos dele para integrar o seu naipe, a qual pertence.
Exemplo:
Cor branca / voz soprano / naipe: soprano
Obs: Naipe é a maneira que achamos as vozes após divididas em 4 categorias:
soprano, contralto, tenor e baixo. Um coral é formado por 4 naipes de vozes. 2 femininos e 2 masculinos.
A voz humana se classifica em quatro naipes (categorias) a saber:
· Soprano
· Contralto
· Tenor
· Baixo
Também existe a voz infantil que chamamos de voz clara e igualamos a voz feminina. Porém a voz feminina e masculina poderão ser graves (escuras) de acordo com o timbre, isto é, a tessitura que é constituída as nossas cordas vocais.
Obs: Tessitura - tecido que envolve as cordas vocais.
E para sabermos qual é a tessitura de determinada voz, pedimos ao cantor para cantar uma frase de qualquer melodia, até mesmo um arpejo e daí analisamos o timbre da voz, isto é, se é claro ou escuro, por exemplo, timbre claro (soprano) e escuro (contralto). Na voz masculina de igual forma.
Obs: Existem também o mezzo soprano que é intermediário entre soprano e contralto e o barítono (entre tenor e baixo); são vozes raríssimas no Brasil.
Cores das Vozes:
Podemos atribuir cores aos timbres de determinadas vozes, facilitando assim o trabalho de classificação vocal. Exemplos:
a. cor rosa - soprano ligeiro
b. azul claro - soprano meio ligeiro
c. amarelo claro - soprano de coral
d. amarelão forte - contralto
e. verde musgo - contralto
f. azulão - tenor
g. marrom - tenor
h. verde escuro - tenor
i. roxo - baixo
j. preto - baixo profundo
Classificar uma voz significa atribuirmos uma cor ao seu timbre e, separarmos dele para integrar o seu naipe, a qual pertence.
Exemplo:
Cor branca / voz soprano / naipe: soprano
Obs: Naipe é a maneira que achamos as vozes após divididas em 4 categorias:
soprano, contralto, tenor e baixo. Um coral é formado por 4 naipes de vozes. 2 femininos e 2 masculinos.
Timbre
O timbre poderá ser claro ou escuro. O contralto é a voz escura da mulher, como o baixo é a voz escura do homem.
Há duas formas de classificar uma voz. Pelo timbre ou pelo registro médio.
Geralmente uma confirma a outra. Exemplo: se a pessoa é soprano:
a) Sua cor de voz será clara;
b) Seus registros médios serão sons médios e agudos
O timbre poderá ser claro ou escuro. O contralto é a voz escura da mulher, como o baixo é a voz escura do homem.
Há duas formas de classificar uma voz. Pelo timbre ou pelo registro médio.
Geralmente uma confirma a outra. Exemplo: se a pessoa é soprano:
a) Sua cor de voz será clara;
b) Seus registros médios serão sons médios e agudos
Registro
médio
Não é porque uma voz consegue emitir sons agudos, por exemplo, que, podemos classificá-la em determinada tessitura. É possível nos enganarmos. Para não cometermos um erro (anti-profissional) devemos analisar os timbres (cor) de cada voz, e aí não resta nenhuma dúvida quanto
à classificação.
Quando se trata de cantar com facilidade de uma nota grave até uma aguda sem esforçar as cordas vocais, estamos cantando no Registro médio de nossa voz.
Jamais confundamos tessitura com registro médio ou extensão:
Para maior clareza:
Tessitura: permite reconhecer o timbre (qualificar)
Registro médio: região da voz (geralmente 11 sons que emitimos com facilidade)
Extensão: notas que emitimos com dificuldade. 13 sons aproximadamente.
Não é porque uma voz consegue emitir sons agudos, por exemplo, que, podemos classificá-la em determinada tessitura. É possível nos enganarmos. Para não cometermos um erro (anti-profissional) devemos analisar os timbres (cor) de cada voz, e aí não resta nenhuma dúvida quanto
à classificação.
Quando se trata de cantar com facilidade de uma nota grave até uma aguda sem esforçar as cordas vocais, estamos cantando no Registro médio de nossa voz.
Jamais confundamos tessitura com registro médio ou extensão:
Para maior clareza:
Tessitura: permite reconhecer o timbre (qualificar)
Registro médio: região da voz (geralmente 11 sons que emitimos com facilidade)
Extensão: notas que emitimos com dificuldade. 13 sons aproximadamente.
Tenorinos: Homens com a mesma tessitura vocal das
contraltos, são diferentes dos contra-tenores porque suas vozes faladas também
soam como vozes femininas, isto é, realmente tem toda a estrutura laríngea
idêntica a de mulheres. Ex.: Ney Mato Grosso e Fênix, este último é um artista
novo que não está muito na mídia ainda,
Vozes Femininas
Soprano coloratura (palavra italiana), ou soprano ligeiro:
O termo coloratura significava, na origem, "virtuosismo" e se aplicava a todas as vozes. Hoje, aplica-se a um tipo de soprano dotado de grande extensão no registro agudo, capazes de efeitos velozes e brilhantes.
Exemplo: a personagem das Rainha da Noite,
Soprano lírico:
Voz brilhante e extensa.
Exemplo: Marguerite, na ópera Faust [Fausto], de Gounod.
Soprano dramático:
É a voz feminina que, além de sua extensão de soprano, pode emitir graves sonoras e sombrias.
Exemplo: Isolde, em Tristan und Isolde [Tristão e Isolda], de Wagner.
Mezzo-soprano (palavra italiana):
Voz intermediária entre o soprano e o contralto.
Exemplo: Cherubino, em Le nozze di Figaro [ As bodas de Fígaro]
Contra alto:
Muitas vezes abreviada para alto, a voz de contralto prolonga o registro médio em direção ao grave , graças ao registro "de peito".
Exemplo: Ortrude, na ópera Lohengrin, de Wagner.
Vozes
Masculinas
Contra tenor:
Voz de homem muito aguda, que iguala ou mesmo ultrapassa em extensão a de um contralto. Muito apreciada antes de 1800, esta é a voz dos principais personagens da ópera antiga francesa (Lully, Campra, Rameau), de uma parte das óperas italianas, do contralto das cantatas de Bach, etc...
Tenor ligeiro:
Voz brilhante, que emite notas agudas com facilidade Ou nas óperas de Mozart e de Rossini, por exemplo, voz ligeira e suave.
Exemplo: Almaviva, em Il barbiere di Siviglia [O brabeiro de Servilha], de Rossini; Tamino,em
Die Zauberflöte [A flauta Mágica], de Mozart.
Tenor lírico:
Tipo de voz bem próxima da anterior. Mais luminosa nos agudos e ainda mais cheia no registro médios e mais timbrada.
Tenor dramático:
Com relação à anterior, mais luminosa e ainda mais cheia no registro médio.
Exemplo: Tannhäuser, protagonista da ópera homônima de Wagner.
Barítono "Martin", ou Barítono francês:
Voz clara e flexível, próxima da voz de tenor.
Exemplo: Pelléas, na ópera Pelléas et Mélisande, de Debussy.
Barítono verdiano:
Exemplo: o protagonista da ópera Rigolleto, de Verdi.
Baixo-barítono:
Mais à vontade nos graves e capaz de efeitos dramáticos.
Exemplo: Wotan,em Die
Walküre [A Valquíria], de Wagner.
Baixo cantante:
Voz próxima à do barítono, mais naturalmente lírica do que dramática.
Exemplo: Boris Godunov, protagonista da ópera de mesmo nome, de Mussorgski
Baixo profundo:
Voz de grande extensão a amplitude no registro grave.
Exemplo: Sarastroem
Die Zauberflöte [A flauta mágica] de Mozart.
Sopraninos:
Desde a Idade Média, os meninos na faixa dos sete aos 15 anos são requisitados para interpretar obras sacras. É quando os garotos atingem o status de sopranino, a mais aguda das vozes. Mais até do que as vozes femininas de sopranos e contraltos - a do sopranino soa uma oitava acima. Séculos atrás, estrelas nos palcos europeus, eles chegaram a se tornar alvo de controvérsias devido à proliferação das castrações (comuns naquela época). A mutilação era uma tentativa desesperada de frear a produção de hormônios masculinos e prolongar ininterruptamente o tempo com a voz cristalina.
Extenção vocal
Baixo:
Ele começa geralmente no Mi, Fá ou Sol 1 (pode ser mais grave também) e, como a tessitura humana é de, geralmente, 2 oitavas ele deve ir ao Mi, Fá ou Sol 3. Mas a voz do baixo em um coral, raramente ultrapassa o ré 3.
Barítono:
Começa Fá, Sol, Lá 1 e vai geralmente às suas 2 oitavas, Fá, Sol, Lá 3, no coral, não deve ultrapassar o Mi ou o Fá 3.
2º Tenor:
Sol, Lá, Si 1 e vai geralmente às suas 2 oitavas, Sol, Lá, Si 3. No coral, não creio que coloquem os 2º tenores para irem até o Si 3, mas em um solo é bem provável.
1º Tenor:
Lá e Si 1, Dó 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, Lá e Si 2, Dó 4, no coral, é possível que cheguem ao Dó 4 ou ao Si 3.
2º Contralto:
Mi, Fá, Sol 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, Mi, Fá, Sol 4, no coral, raramente chegam ao Ré 4.
1º Contralto:
Fá, Sol, Lá 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, Fá, Sol, Lá 4. No coral, também não devem passar do Mi 4.
2º Soprano:
Sol, Lá, Si 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, no coral, podem chegar ao Si ou ao Sol comumente.
1º Soprano:
Lá e Si 2, Dó 3 e vai geralmente às suas 2 oitavas, Lá e Si 4, Dó 5. No coral, pode chegar ao Dó 5 ou mais.
Contra tenor:
Voz de homem muito aguda, que iguala ou mesmo ultrapassa em extensão a de um contralto. Muito apreciada antes de 1800, esta é a voz dos principais personagens da ópera antiga francesa (Lully, Campra, Rameau), de uma parte das óperas italianas, do contralto das cantatas de Bach, etc...
Tenor ligeiro:
Voz brilhante, que emite notas agudas com facilidade Ou nas óperas de Mozart e de Rossini, por exemplo, voz ligeira e suave.
Exemplo: Almaviva, em Il barbiere di Siviglia [O brabeiro de Servilha], de Rossini; Tamino,
Tenor lírico:
Tipo de voz bem próxima da anterior. Mais luminosa nos agudos e ainda mais cheia no registro médios e mais timbrada.
Tenor dramático:
Com relação à anterior, mais luminosa e ainda mais cheia no registro médio.
Exemplo: Tannhäuser, protagonista da ópera homônima de Wagner.
Barítono "Martin", ou Barítono francês:
Voz clara e flexível, próxima da voz de tenor.
Exemplo: Pelléas, na ópera Pelléas et Mélisande, de Debussy.
Barítono verdiano:
Exemplo: o protagonista da ópera Rigolleto, de Verdi.
Baixo-barítono:
Mais à vontade nos graves e capaz de efeitos dramáticos.
Exemplo: Wotan,
Baixo cantante:
Voz próxima à do barítono, mais naturalmente lírica do que dramática.
Exemplo: Boris Godunov, protagonista da ópera de mesmo nome, de Mussorgski
Baixo profundo:
Voz de grande extensão a amplitude no registro grave.
Exemplo: Sarastro
Sopraninos:
Desde a Idade Média, os meninos na faixa dos sete aos 15 anos são requisitados para interpretar obras sacras. É quando os garotos atingem o status de sopranino, a mais aguda das vozes. Mais até do que as vozes femininas de sopranos e contraltos - a do sopranino soa uma oitava acima. Séculos atrás, estrelas nos palcos europeus, eles chegaram a se tornar alvo de controvérsias devido à proliferação das castrações (comuns naquela época). A mutilação era uma tentativa desesperada de frear a produção de hormônios masculinos e prolongar ininterruptamente o tempo com a voz cristalina.
Extenção vocal
Baixo:
Ele começa geralmente no Mi, Fá ou Sol 1 (pode ser mais grave também) e, como a tessitura humana é de, geralmente, 2 oitavas ele deve ir ao Mi, Fá ou Sol 3. Mas a voz do baixo em um coral, raramente ultrapassa o ré 3.
Barítono:
Começa Fá, Sol, Lá 1 e vai geralmente às suas 2 oitavas, Fá, Sol, Lá 3, no coral, não deve ultrapassar o Mi ou o Fá 3.
2º Tenor:
Sol, Lá, Si 1 e vai geralmente às suas 2 oitavas, Sol, Lá, Si 3. No coral, não creio que coloquem os 2º tenores para irem até o Si 3, mas em um solo é bem provável.
1º Tenor:
Lá e Si 1, Dó 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, Lá e Si 2, Dó 4, no coral, é possível que cheguem ao Dó 4 ou ao Si 3.
2º Contralto:
Mi, Fá, Sol 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, Mi, Fá, Sol 4, no coral, raramente chegam ao Ré 4.
1º Contralto:
Fá, Sol, Lá 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, Fá, Sol, Lá 4. No coral, também não devem passar do Mi 4.
2º Soprano:
Sol, Lá, Si 2, e vai geralmente às suas 2 oitavas, no coral, podem chegar ao Si ou ao Sol comumente.
1º Soprano:
Lá e Si 2, Dó 3 e vai geralmente às suas 2 oitavas, Lá e Si 4, Dó 5. No coral, pode chegar ao Dó 5 ou mais.
No
violão/guitarra, essas notas podem ser conferidas da seguinte maneira:
e-----------------------0--1--3--5--7--8---------------
B---------------0--1--3-------------------------------- Oitava acima
G----------0--2----------------------------------------
D--0--2--3---------------------------------------------
A-3---------------------------------------------------- Dó central
E------------------------------------------------------
e-----------------------0--1--3--5--7--8---------------
B---------------0--1--3-------------------------------- Oitava acima
G----------0--2----------------------------------------
D--0--2--3---------------------------------------------
A-3---------------------------------------------------- Dó central
E------------------------------------------------------
Dica
É
imprescindível uma posição de laringe ligeiramente ELEVADA (ao contrário do
canto lírico, onde a
laringe é geralmente mais baixa), grande espaço faríngeo (assim como no canto lírico) e língua também ligeiramente ELEVADA (ocasionando os “ii” característicos dos “belters”), excelente apoio respiratório e ancoragem (termo desenvolvido por Jo Estill que significa uma grande atividade específica de músculos extrínsecos da laringe, do pescoço e torso, atenuando o esforço das pregas vocais). Outros aspectos importantes seriam a constrição ariepiglótica (isto é, a aproximação entre epiglote e aritenóides) e a fase de fechamento da glote mais LONGA que no canto lírico, gerando em conseqüência grande intensidade vocal. Haveria também maior pressão aérea subglótica e alguns defendem que a respiração muito baixa é contra-indicada por induzir à depressão da cartilagem laríngea (que se quer evitar). Tudo isso gera, obviamente, modificações importantes no trato vocal, ou seja, na ressonância/qualidade da voz (OBS: várias dessas afirmações ainda estão “sub judice”).
Fonte: Felipe Abreu - Associação Brasileira de Canto
laringe é geralmente mais baixa), grande espaço faríngeo (assim como no canto lírico) e língua também ligeiramente ELEVADA (ocasionando os “ii” característicos dos “belters”), excelente apoio respiratório e ancoragem (termo desenvolvido por Jo Estill que significa uma grande atividade específica de músculos extrínsecos da laringe, do pescoço e torso, atenuando o esforço das pregas vocais). Outros aspectos importantes seriam a constrição ariepiglótica (isto é, a aproximação entre epiglote e aritenóides) e a fase de fechamento da glote mais LONGA que no canto lírico, gerando em conseqüência grande intensidade vocal. Haveria também maior pressão aérea subglótica e alguns defendem que a respiração muito baixa é contra-indicada por induzir à depressão da cartilagem laríngea (que se quer evitar). Tudo isso gera, obviamente, modificações importantes no trato vocal, ou seja, na ressonância/qualidade da voz (OBS: várias dessas afirmações ainda estão “sub judice”).
Fonte: Felipe Abreu - Associação Brasileira de Canto
Ressonância
Um som para se tornar agradável, deve nascer na
imaginação do cantor. É preciso pensar, formar, ouvir e sentir o som antes de
ser emitido.
O som se tornará
de má qualidade se for:
- Áspero;
- Expelido;
- Forçado;
- Estrangulado;
- Estridente;
- Rouco;
- Sem consistência;
- Trêmulo ou oscilante;
- Alto em demasia, parecido com um grito ou um berro;
- Descorado;
- Fraco;
- Morto.
- Áspero;
- Expelido;
- Forçado;
- Estrangulado;
- Estridente;
- Rouco;
- Sem consistência;
- Trêmulo ou oscilante;
- Alto em demasia, parecido com um grito ou um berro;
- Descorado;
- Fraco;
- Morto.
O som vocal bem
produzido caracteriza-se por ser:
- Agradável pra quem ouve;
- Produzido livremente;
- Alto e suficiente para o entendimento;
- Riqueza, brilho;
- Ressoa;
- Vibrante e dinâmico;
- Consistente e flexível;
- Vivo e suave.
- Agradável pra quem ouve;
- Produzido livremente;
- Alto e suficiente para o entendimento;
- Riqueza, brilho;
- Ressoa;
- Vibrante e dinâmico;
- Consistente e flexível;
- Vivo e suave.
Seguindo
as orientações da boa produção e evitando as péssimas formas de emissões
vocais, ficará mais fácil criar a imagem de como a voz deverá soar.
Para
se fazer funcionar o seu aparelho vocal durante o canto é preciso conhecer três
práticas: Ataque, Sustentação e Liberação do som.
Voz de Cabeça X Falsete
Primeiramente, vamos esclarecer algo: Eles são diferentes sim :)
Você as vezes se confunde por que:
1- Geralmente as pessoas explicam q voz de cabeça é onde o som ressoa no corpo, ou seja, o som gerado toma forma no crânio (ou é essa a impressão gerada pelas vibrações do ato). E esta definição esta correta sim, porém não é tão simples.
2- Falsete, que tem por definição voz esganiçada, imitar voz de mulher, fazer tons muito agudos modificando a voz, acontece quando você modifica a posição das pregas vocais, relaxando-as, para emitir notas mais agudas sem causar esforço (tensão ou vibração excessiva) das pregas. O timbre muda bastante (geralmente) da sua voz falada.
3- Muitos dizem que não, outros dizem que sim, o fato é que EU acredito que se considerarmos somente a parte da definição de voz de cabeça que diz sobre onde ressoa o som no corpo (crânio), o falsette é uma voz de cabeça.
Porém, como disse acima, a definição nÃo é tão simples. A voz de cabeça, principalmente para quem começou a cantar sem ter instrução profissional antes provavelmente tem dificuldades de utilizá-la.
Ela é uma extensão perfeita da voz de peito, ou seja, quando passamos a utilizá-la não ouvimos nenhuma falha na mudança de uma para outra, nem mudanças drásticas no timbre.
Isso porque a voz de cabeça é aplicada com as pregas vocais tensionadas, praticamente idêntica à posição usada na voz de peito. Se não há mudanças drásticas no posicionamento das pregas, não há falhas na afinação e na mudança ok?
Eu utilizei o principio do estreitamento de fonemas de um material que peguei aqui no fórum, por sinal muito bom, para aprender a utilizar a voz de cabeça. Neste material o autor (que eu não sei qual é) diz que utilizar fonemas estreitados (transformar o fonema aberto á em ã ou â) facilita a descoberta da voz de cabeça por que força a prega vocal a se manter ajustada corretamente. Não sei explicar o porque (talvez um fonoaudiólogo saiba) mas o fato é que funciona.
No vocalize ná ná ná ná ná escalonado, por exemplo, a tendência é de se chapar a voz (ficar preso na voz de peito, era o que acontecia comigo pelo menos). Modifique o fonema para nã nã nã nã e isso facilitará a entrar na voz de cabeça. (mais detalhes sobre este princípio procure no fórum o material Sobre voz de cabeça, falsete e vibrato.zip)
Eu quando auto didata consegui explorar ao Maximo minha voz de peito, conseguindo alcançar um Si3 (bom para um barítono). Porém, ficava preso a voz de peito, e quando precisava de uma nota acima disso quebrava em falsete (a voz mudava bruscamente, ou falhava, ou desafinava feio). É a tal ponte 2 que depois vou falar. (veja bem, ponte2 é o nome que eu dei para caracterizar esta situação)
Depois de um tempo praticando os fonemas citados anteriormente, descobri que para acessar minha voz de cabeça eu teria que mudar de registro bem antes do si3, lá no fá3 *ponte 1* (a nota deve variar de acordo com cada individuo). Comecei acertando 1 em cada trocentas tentativas, por aprender errado eu modificava a posição das pregas e caia no falsete.
Depois de um certo tempo treinando consegui acessar a voz de cabeça (de inicio ela é bem mais fraca q a de peito, porém mantêm as características de peso e timbre), as vezes um pouco rouca e indomável (heeheh eu apanho até hoje para afinar as notas).
Com as pregas vocais tensionadas eu consigo atingir quase todas as notas que faço com falsete, uns 2 tons a menos talvez, porém ela fica mais "homogênea", mais parecida com minha voz falada.
Só para esclarecer: existem definições diferentes de ponte1, 2, até materiais sobre 3 pontes, porém essas foram as que eu localizei e classifiquei.
Primeiramente, vamos esclarecer algo: Eles são diferentes sim :)
Você as vezes se confunde por que:
1- Geralmente as pessoas explicam q voz de cabeça é onde o som ressoa no corpo, ou seja, o som gerado toma forma no crânio (ou é essa a impressão gerada pelas vibrações do ato). E esta definição esta correta sim, porém não é tão simples.
2- Falsete, que tem por definição voz esganiçada, imitar voz de mulher, fazer tons muito agudos modificando a voz, acontece quando você modifica a posição das pregas vocais, relaxando-as, para emitir notas mais agudas sem causar esforço (tensão ou vibração excessiva) das pregas. O timbre muda bastante (geralmente) da sua voz falada.
3- Muitos dizem que não, outros dizem que sim, o fato é que EU acredito que se considerarmos somente a parte da definição de voz de cabeça que diz sobre onde ressoa o som no corpo (crânio), o falsette é uma voz de cabeça.
Porém, como disse acima, a definição nÃo é tão simples. A voz de cabeça, principalmente para quem começou a cantar sem ter instrução profissional antes provavelmente tem dificuldades de utilizá-la.
Ela é uma extensão perfeita da voz de peito, ou seja, quando passamos a utilizá-la não ouvimos nenhuma falha na mudança de uma para outra, nem mudanças drásticas no timbre.
Isso porque a voz de cabeça é aplicada com as pregas vocais tensionadas, praticamente idêntica à posição usada na voz de peito. Se não há mudanças drásticas no posicionamento das pregas, não há falhas na afinação e na mudança ok?
Eu utilizei o principio do estreitamento de fonemas de um material que peguei aqui no fórum, por sinal muito bom, para aprender a utilizar a voz de cabeça. Neste material o autor (que eu não sei qual é) diz que utilizar fonemas estreitados (transformar o fonema aberto á em ã ou â) facilita a descoberta da voz de cabeça por que força a prega vocal a se manter ajustada corretamente. Não sei explicar o porque (talvez um fonoaudiólogo saiba) mas o fato é que funciona.
No vocalize ná ná ná ná ná escalonado, por exemplo, a tendência é de se chapar a voz (ficar preso na voz de peito, era o que acontecia comigo pelo menos). Modifique o fonema para nã nã nã nã e isso facilitará a entrar na voz de cabeça. (mais detalhes sobre este princípio procure no fórum o material Sobre voz de cabeça, falsete e vibrato.zip)
Eu quando auto didata consegui explorar ao Maximo minha voz de peito, conseguindo alcançar um Si3 (bom para um barítono). Porém, ficava preso a voz de peito, e quando precisava de uma nota acima disso quebrava em falsete (a voz mudava bruscamente, ou falhava, ou desafinava feio). É a tal ponte 2 que depois vou falar. (veja bem, ponte2 é o nome que eu dei para caracterizar esta situação)
Depois de um tempo praticando os fonemas citados anteriormente, descobri que para acessar minha voz de cabeça eu teria que mudar de registro bem antes do si3, lá no fá3 *ponte 1* (a nota deve variar de acordo com cada individuo). Comecei acertando 1 em cada trocentas tentativas, por aprender errado eu modificava a posição das pregas e caia no falsete.
Depois de um certo tempo treinando consegui acessar a voz de cabeça (de inicio ela é bem mais fraca q a de peito, porém mantêm as características de peso e timbre), as vezes um pouco rouca e indomável (heeheh eu apanho até hoje para afinar as notas).
Com as pregas vocais tensionadas eu consigo atingir quase todas as notas que faço com falsete, uns 2 tons a menos talvez, porém ela fica mais "homogênea", mais parecida com minha voz falada.
Só para esclarecer: existem definições diferentes de ponte1, 2, até materiais sobre 3 pontes, porém essas foram as que eu localizei e classifiquei.
Respiração Diafragmática (respiração
correta para o canto):
Como Inspirar:
- Coluna o mais reta possível; pescoço alinhado com a coluna e relaxado (isto é, sem tensão)
- O ar é inspirado e mandado para a barriga, e não para o peito. Não se deve, porém, estufar a barriga exageradamente.
- Não subir os ombros ao inspirar.
Como verificar se está-se fazendo o movimento de inspiração corretamente:
Coloque as mãos na parte inferior das constelas, nas costas. Ao inspirar, a parte inferior das costelas vão separar-se horizontalmente. Ocorrerá uma LEVE saliência na barriga.
Como Expirar:
Primeiro saber onde está o períneo: Períneo é a parte mais inferior do tronco do corpo humano (está, mais ou menos, há quatro ou cinco dedos abaixo do umbigo).
Depois saber a localização do diafragma, como se estivesse olhando de frente para sua própria barriga: O diafragma, visto dessa posição, está cerca de dois a quatro dedos abaixo de onde as costelas se juntam no tórax (peito).
E, por último, conscientizar-se do movimento correto da expiração.
- Enquanto solta-se o ar, vá recolhendo a barriga, ou ainda, o períneo, sem envolver a região estomacal; ao mesmo tempo, deve ocorrer uma leve contração glútea.
- O Diafragma é empurrado contra a parede do corpo, isto é, conforme solta-se o ar, encolhe-se a barriga, empurrando o diafragma "contra as costas". Isso deverá ocorrer sem que o(a) cantor(a) se preocupeem fazer.
A esta disposição corporal, aonde ocorre a contração do
períneo e dos músculos glúteos e a pressão do diafragma, dá-se o nome de
cinturão pélvico. Quando o(a) cantor(a) desejar uma projeção mais resistente,
deve encaminhar sua tensão a essa disposição corporal. Isto significa, entre
outras coisas, que, quanto mais alto ou baixo (em termos de volume, e não, de
"grave e agudo") o cantor emitir uma nota, mais deve pressionar o
cinturão pélvico.
Como saber se está-se fazendo o movimento descrito acima corretamente:
Primeiramente, conscientizar-se da "existência" dos músculos envolvidos no movimento. Para isso, inspire conforme foi explicado e depois, como se estivesse apagando um pequeno incêndio, sopre com força, enquanto contrai (encolhe) a barriga aos poucos. Preste atenção no períneo e nos músculos glúteos. Faça quantas vezes precisar, até perceber como esses músculos estão agindo. Em nenhum momento em que se esteja produzindo o som, é permitido relaxar estes músculos.
- Coluna o mais reta possível; pescoço alinhado com a coluna e relaxado (isto é, sem tensão)
- O ar é inspirado e mandado para a barriga, e não para o peito. Não se deve, porém, estufar a barriga exageradamente.
- Não subir os ombros ao inspirar.
Como verificar se está-se fazendo o movimento de inspiração corretamente:
Coloque as mãos na parte inferior das constelas, nas costas. Ao inspirar, a parte inferior das costelas vão separar-se horizontalmente. Ocorrerá uma LEVE saliência na barriga.
Como Expirar:
Primeiro saber onde está o períneo: Períneo é a parte mais inferior do tronco do corpo humano (está, mais ou menos, há quatro ou cinco dedos abaixo do umbigo).
Depois saber a localização do diafragma, como se estivesse olhando de frente para sua própria barriga: O diafragma, visto dessa posição, está cerca de dois a quatro dedos abaixo de onde as costelas se juntam no tórax (peito).
E, por último, conscientizar-se do movimento correto da expiração.
- Enquanto solta-se o ar, vá recolhendo a barriga, ou ainda, o períneo, sem envolver a região estomacal; ao mesmo tempo, deve ocorrer uma leve contração glútea.
- O Diafragma é empurrado contra a parede do corpo, isto é, conforme solta-se o ar, encolhe-se a barriga, empurrando o diafragma "contra as costas". Isso deverá ocorrer sem que o(a) cantor(a) se preocupe
A
Como saber se está-se fazendo o movimento descrito acima corretamente:
Primeiramente, conscientizar-se da "existência" dos músculos envolvidos no movimento. Para isso, inspire conforme foi explicado e depois, como se estivesse apagando um pequeno incêndio, sopre com força, enquanto contrai (encolhe) a barriga aos poucos. Preste atenção no períneo e nos músculos glúteos. Faça quantas vezes precisar, até perceber como esses músculos estão agindo. Em nenhum momento em que se esteja produzindo o som, é permitido relaxar estes músculos.
Falsete
Por Yuri
Alexei
O falsete é o termo usado para identificar a "falsa" voz feminina, que os cantores executam, ou seja se consegue (sem apoio vocal, apenas com voz "de garganta") alcançar certas notas agudas colocando mais volume de ar; no entanto se o cantor colocar o apoio vocal (com o diafragma) estas mesmas notas que soam "falseadas" ou seja com timbre feminino numa voz masculina, voltam a ter o timbre masculino mesmo sendo agudas... porém existe um limite físico-vocal daquele cantor (mesmo apoiando) que depois disso começa a sair como falsete novamente..., esse limite NUNCA deve ser ultrapassado, pois causa danos cumulativos e depois de um longo período, irreversíveis à voz do cantor, como calos vocais, fendas, podendo evoluir para problemas bem mais sérios.
O falsete grave que Theodoro se refere, em verdade são notas graves que os homens não alcançam cantando com "voz de garganta", mas com apoio vocal conseguem atingir cerca de4
a 6 semitons mais graves do que conseguem naturalmente.
Daí a equivocada impressão de ser "falsete grave".
O "falsete" é uma nomenclatura antiga usada para identificar aquela voz frágil que aparece na passagem de voz de peito para a voz de cabeça.
Hoje a chamamos de voz mista , mas outrora houve quem a chama-se de falsete. Hoje, sabemos que de fato, ele só aparece na voz masculina.
Então, esqueçamos o conceito antigo e vamos pensar em voz mista. O que se pretende nessa região da voz é a mistura das qualidades da voz de peito e de cabeça, à grosso modo, essa dificuldade surge nas mulheres na altura do fá3 ao lá3 e no homens do si2 ao lá 3 - tentem identificar onde está a sua passagem de voz. Quando essa mistura é mal feita, a voz torna-se frágil, pouco volumosa e velada. O que se deve buscar é exatamente o oposto, o brilho da voz, a potência e o metal. O percurso é longo para uns e mais curtos para outros, os mesas e barítonos costumam sofrer um pouco mais com isso. Alguns conseguem cantar numa região mais grave ou numa região bastante alta para o canto popular (dó4 ao sol4), porque sua região de maior brilho
(mi3 ao re4), de início, exige muito equilíbrio nas manobras que devem ser realizadas. É preciso que a voz tenha o apoio diafragmático e também que as ressonâncias estejam bem localizadas, o que só poderá acontecer se houver um bom preparo faringo-bucal para essa mistura de registros. Você pode estar apoiado e não ter estirado a corda vocal o suficiente, e pode não ter preparado a caixa de ressonância (levantamento de véu palatino) para tanto.
O falsete é o termo usado para identificar a "falsa" voz feminina, que os cantores executam, ou seja se consegue (sem apoio vocal, apenas com voz "de garganta") alcançar certas notas agudas colocando mais volume de ar; no entanto se o cantor colocar o apoio vocal (com o diafragma) estas mesmas notas que soam "falseadas" ou seja com timbre feminino numa voz masculina, voltam a ter o timbre masculino mesmo sendo agudas... porém existe um limite físico-vocal daquele cantor (mesmo apoiando) que depois disso começa a sair como falsete novamente..., esse limite NUNCA deve ser ultrapassado, pois causa danos cumulativos e depois de um longo período, irreversíveis à voz do cantor, como calos vocais, fendas, podendo evoluir para problemas bem mais sérios.
O falsete grave que Theodoro se refere, em verdade são notas graves que os homens não alcançam cantando com "voz de garganta", mas com apoio vocal conseguem atingir cerca de
O "falsete" é uma nomenclatura antiga usada para identificar aquela voz frágil que aparece na passagem de voz de peito para a voz de cabeça.
Hoje a chamamos de voz mista , mas outrora houve quem a chama-se de falsete. Hoje, sabemos que de fato, ele só aparece na voz masculina.
Então, esqueçamos o conceito antigo e vamos pensar em voz mista. O que se pretende nessa região da voz é a mistura das qualidades da voz de peito e de cabeça, à grosso modo, essa dificuldade surge nas mulheres na altura do fá3 ao lá3 e no homens do si2 ao lá 3 - tentem identificar onde está a sua passagem de voz. Quando essa mistura é mal feita, a voz torna-se frágil, pouco volumosa e velada. O que se deve buscar é exatamente o oposto, o brilho da voz, a potência e o metal. O percurso é longo para uns e mais curtos para outros, os mesas e barítonos costumam sofrer um pouco mais com isso. Alguns conseguem cantar numa região mais grave ou numa região bastante alta para o canto popular (dó4 ao sol4), porque sua região de maior brilho
(mi3 ao re4), de início, exige muito equilíbrio nas manobras que devem ser realizadas. É preciso que a voz tenha o apoio diafragmático e também que as ressonâncias estejam bem localizadas, o que só poderá acontecer se houver um bom preparo faringo-bucal para essa mistura de registros. Você pode estar apoiado e não ter estirado a corda vocal o suficiente, e pode não ter preparado a caixa de ressonância (levantamento de véu palatino) para tanto.
É necessário
também graduar a emissão de ar de acordo com os registros. São manobras que
devem atuar de forma equilibrada e de acordo com a intenção de quem canta.
O "falsete grave" pode ser entendido como a emissão de cabeça de uma altura que já poderia ser emitida com registro de peito. Normalmente, aparece nas notas limites do grave ou em exercícios que induzam a voz mista com um equilíbrio tendendo à voz de cabeça. O ideal é que do para
baixo se faça a troca ou se faça um equilíbrio com ênfase no metal da Voz de
peito. No caso do "falsete nos graves" a voz fica velada e um pouco
soprada. (*) nos sopranos a voz de peito quase não aparece, sendo na verdade
uma voz mista .Não se pode confundir! Cada registro de voz possui um equilíbrio
de forças que deve atuar e variar a cada passagem da voz, sempre no sentido de
suavizar as passagens e trazer brilho, metal e ao mesmo tempo maciez à voz.
O "falsete grave" pode ser entendido como a emissão de cabeça de uma altura que já poderia ser emitida com registro de peito. Normalmente, aparece nas notas limites do grave ou em exercícios que induzam a voz mista com um equilíbrio tendendo à voz de cabeça. O ideal é que do
O falsete era
entendido como uma falsa voz, sabemos que quando a voz está velada, é sinal de
que a corda vocal não está devidamente estirada, a laringe provavelmente estará
alta. O que temos de fazer é trabalhar a musculatura para que ela ganhe força e
para que esse movimento seja feito com tranqüilidade. Você não deve impor uma
atuação à sua musculatura para qual ela não esteja preparada. Para isso,
existem os exercícios de técnica vocal. Eles graduam essas forças.
Voz de Cabeça
Sabe fazer boca chiusa? Abra bem o maxilar, mantendo a boca fechada, como se fosse um bocejo. Agora cante sem abrir a boca. Abra somente o maxilar. Os lábios devem permanecer fechados.
Agora cante com a cabeça baixa e com a coluna flexionada pra frente... Dessa forma, a voz terá a tendência de se projetar pra frente, caracterizando assim a voz metálica, ressoando na máscara (maçã do rosto). Não tente passar pro falsete. Com a prática desse exercício, COM O TEMPO a passagem pro falsete será natural, de forma que a voz estará misturada e nem você saberá onde o falsete começa.
Respiração
A respiração é uma
atividade passiva a maioria do tempo. É tão simples que dificilmente nos
preocupamos em como estamos fazendo (ou mesmo se estamos fazendo). É um
procedimento intuitivo, comandado pelo cérebro - respiramos dormindo, não?
Acontece porque o nível de dióxido de carbono em seu sangue torna-se alto,
mandando um sinal ao cérebro, que responde com outro sinal para que se contraia
o diafragma. O diafragma é uma membrana muscular horizontal, em formato de
concha, que divide o tronco em 2 partes. Sobre ele estão os pulmões.
Quando
ele está relaxado, ele arqueia-se para cima, em direção aos pulmões. Quando
contraído, ele desce, e o vácuo criado faz com que os pulmões tenham sua
capacidade aumentada, sugando o ar para dentro deles. Quando ele volta a
relaxar, ele comprime os pulmões, expirando o dióxido de carbono para fora.
Existem
outros músculos abaixo do diafragma que auxiliam na respiração. Eles entram em
ação quando é necessária maior quantidade de ar do que o usual - assim como
quando cantamos. São músculos das costelas e do abdomem, que também são usados
automaticamente. Note como um bebê respira quando dorme: quando ele inspira, o
peito incha, assim como a barriguinha. Quando contraimos o diafragma, todo o
conteúdo do abdomem é empurrado para baixo juntamente, para dar mais espaço
para o ar entrar nos pulmões. Então, tenhamos em mente que ao respirar, o seu
abdomem estará trabalhando, também. Quando você grita, com força, você pode
notar o seu abdomem se contraindo automaticamente. Ele desce e incha para
suportar o som que você está criando. É assim que seu corpo suporta o ato de
cantar. Você deve aprender a controlar esta tensão muscular para controlar o
fluxo de ar na respiração.
Quando
você inspira, deixe sua barriga inchar, como quando você está relaxado. Quando
cantar, deixe-a para fora o quanto você conseguir sem causar desconforto. Sua
bariga vai "entrando" assim que que você vai ficar ficando sem ar.
Somente não deixe que ela se contraia antes do necessário. Na próxima
inspiração, deixe que ela "saia" novamente e continue segurando
assim, como se fosse uma bola de praia dentro de você. Este estilo de
respiração é chamado de "barriga pra fora" (óbvio, não?)ou sanfona. O
método contrário, "barriga pra dentro", que consiste em empurrar todo
o ar pra fora até o útlimo instante é utilizado por muitos cantores, mas
depende demais de uma capacidade de inspiração muito grande.
Muitos
estudantes de canto enfrentam problemas com respiração porque colocam muita
ênfase na inspiração e expiração e nenhuma no controle do escape de ar através
das cordas vocais. Eles acabam acreditando que não podem conter a quantidade
suficiente de ar para cantar de forma correta, quando o erro está em deixar o
ar sair ineficientemente.
Vocês
sabem que um sussurro gasta mais ar do que um forte agudo? Isto porque as
cordas vocais juntam-se fortemente num agudo, e abrem-se totalmente para um
sussurro. Quando sussurramos, produzimos pouquíssimo som. Ao contrário, para
produzir muito som, precisamos de pressão de ar contra a resistência provocada
pelas cordas vocais. Para um controle eficiente do ar e um bom tom vocal, você
deve ter a correta pressão do ar. Esta quantidade de pressão muda
constantemente quando produzimos diferentes sons, pelas variações de volume e
tom. Nós aprendemos a controlar esta pressão através de exercícios e cantando.
É como andar de bicicleta: você pode não conhecer os princípios da Física para
descrever o equilíbrio, mas pode andar de bicicleta com a prática. É óbvio que com
a ajuda de um professor, o objetivo será alcançado com muito mais facilidade.
Respiração Diagragmática
Inspiração:
- Na hora da inspiração (mandando o ar pra dentro), tem que direcionar o ar para a barriga, evitando estufar o peito (ou não estufando nem um pouco, de jeito maneira). Para saber se está-se fazendo corretamente, é só ver se a barriga tá estufada.
- Durante o ato de inspirar, não é recomendável levantar os ombros ou inclinar a coluna para frente (manter a coluna reta).
- Com a prática, "incorpora-se" a maneira correta de inspirar.
- É comum que ocorra dor no diafragma nas primeiras vezes que se treina, ou quando treina-se muito.
- o ideal é que se inspire pelo nariz, pois o ar chega mais quente nos pulmões.
- a inspiração, mesmo quando feita pela boca, deve ser isenta de ruídos.
Se até aqui, em relação à inspiração, tiver algo de errado, ou faltando, por favor, me avisem.
Agora, quanto à Expiração na respiração diafragmática e na emissão de notas, eu não encontrei nada. Porém, encontrei esses textos em livros
Inspiração:
- Na hora da inspiração (mandando o ar pra dentro), tem que direcionar o ar para a barriga, evitando estufar o peito (ou não estufando nem um pouco, de jeito maneira). Para saber se está-se fazendo corretamente, é só ver se a barriga tá estufada.
- Durante o ato de inspirar, não é recomendável levantar os ombros ou inclinar a coluna para frente (manter a coluna reta).
- Com a prática, "incorpora-se" a maneira correta de inspirar.
- É comum que ocorra dor no diafragma nas primeiras vezes que se treina, ou quando treina-se muito.
- o ideal é que se inspire pelo nariz, pois o ar chega mais quente nos pulmões.
- a inspiração, mesmo quando feita pela boca, deve ser isenta de ruídos.
Se até aqui, em relação à inspiração, tiver algo de errado, ou faltando, por favor, me avisem.
Agora, quanto à Expiração na respiração diafragmática e na emissão de notas, eu não encontrei nada. Porém, encontrei esses textos em livros
1 - "Durante a emissão do som, o cantor deve fazer uma leve pressão abdominal (baixo ventre, mais ou menos quatro dedos abaixo do umbigo). É para essa região que o cantor deve voltar sua atenção, principalmente nas parte mais difíceis. (...) Cada tom cantado, dependendo da altura e da intensidade, exige uma certa energia que é fornecida pela quantidade de ar."
2 - "Na respiração artística (aquela que se usa para cantar) devemos proceder da seguinte forma: a) Fazer uma ampla provisão de ar; b) Expeli-la sob forte pressão controlada; c) Governar e regular a saída do fôlego. (...) A Expiração é o motor que põe em vibração as cordas vocais. (...)a quantidade de ar necessária para a emissão do som [deve ser feita] por meio da subministração do ar, sem que ocorra fadiga nem desperdício."
Considerando-se que o apoio seja feito corretamente (o registro correto para cada nota) isso quer dizer que, na hora de cantar uma nota, a expiração deve ser feita contraindo-se a musculatura abdominal, fazendo, aos poucos, o mesmo movimento que se faz quando tenta-se expor os músculos abdominais, dosando a quantidade de ar de acordo com o que a nota, sua altura e intensidade estão pedindo.
E esse controle vai do bom senso de cada um, ou encontra-se em regras do tipo:
"Quanto mais aguda for a nota, menos ar é necessário; quanto mais intensa (forte) for a nota, menos ar é necessário; quanto mais grave e fraca for a nota, mais ar é necessário. "
O texto 1 é do livro "Canto: Uma expressão", de Tutti Baê.
O texto 2 é do livro "Fisiologia da Voz", de Eliphas Chinellato Villella
O diafragma é um
músculo que tem o formato de uma cúpula (ou abóbada ou, mais simplesmente, de
uma xícara grande e sem asa). Ele se estende desde as costelas mais baixas até
um pouco abaixo do meio do osso esterno (pode haver variações).
Quando nós INSPIRAMOS, o diafragma se CONTRAI e vai assumindo um formato mais plano (como um prato). Nesse processo ele se "abaixa" aumentando o espaço torácico e diminuindo o espaço abdominal. Porém essa contração NÃO pode ser percebida diretamente. O que poderia ser percebido seria um aparente aumento do volume abdominal (mas nada preocupante, pois é uma dilatação aparente e TRANSITÓRIA; se algum cantor tem barriga grande NÃO É por causa da dilatação, mas sim por obesidade mesmo).
Quando nós EXPIRAMOS, o diafragma se RELAXA voltando ao seu formato inicial de xícara, e as estruturas elásticas que foram esticadas durante a inspiração (tecido pulmonar, fibras elásticas constituintes dos tecidos adjacentes) se encarregam de expulsar o ar que estava nos pulmões. Neste momento algumas outras estruturas podem auxiliar a expulsão do ar, tais como os músculos intercostais internos.
A força gerada pelas estruturas elásticas e pelos intercostais internos NÃO é suficiente para gerar a sustentação respiratória necessária para o canto (mesmo o canto popular). Por isso durante a história do canto foram sendo desenvolvidas várias técnicas que envolviam desde um treinamento exaustivo da respiração (inspiração + expiração) até o uso e fortalecimento da musculatura abdominal. Esta musculatura abdominal é a musculatura que se usa para gerar a força necessária para sustentar o canto, já que NÃO EXISTE outra que possa fazê-lo. Quando não se usa a musculatura abdominal, o corpo imediatamente vai usar os músculos do pescoço e a musculatura intrínseca da laringe. Isso é um perigo tremendo e monstruoso, já que estes músculos são fracos e não projetados para sustentação das correntes de ar do cantor. O seu uso pode acarretar cansaço vocal, rouquidão e, de maneira mais perigosa, calos vocais.
Quando nós INSPIRAMOS, o diafragma se CONTRAI e vai assumindo um formato mais plano (como um prato). Nesse processo ele se "abaixa" aumentando o espaço torácico e diminuindo o espaço abdominal. Porém essa contração NÃO pode ser percebida diretamente. O que poderia ser percebido seria um aparente aumento do volume abdominal (mas nada preocupante, pois é uma dilatação aparente e TRANSITÓRIA; se algum cantor tem barriga grande NÃO É por causa da dilatação, mas sim por obesidade mesmo).
Quando nós EXPIRAMOS, o diafragma se RELAXA voltando ao seu formato inicial de xícara, e as estruturas elásticas que foram esticadas durante a inspiração (tecido pulmonar, fibras elásticas constituintes dos tecidos adjacentes) se encarregam de expulsar o ar que estava nos pulmões. Neste momento algumas outras estruturas podem auxiliar a expulsão do ar, tais como os músculos intercostais internos.
A força gerada pelas estruturas elásticas e pelos intercostais internos NÃO é suficiente para gerar a sustentação respiratória necessária para o canto (mesmo o canto popular). Por isso durante a história do canto foram sendo desenvolvidas várias técnicas que envolviam desde um treinamento exaustivo da respiração (inspiração + expiração) até o uso e fortalecimento da musculatura abdominal. Esta musculatura abdominal é a musculatura que se usa para gerar a força necessária para sustentar o canto, já que NÃO EXISTE outra que possa fazê-lo. Quando não se usa a musculatura abdominal, o corpo imediatamente vai usar os músculos do pescoço e a musculatura intrínseca da laringe. Isso é um perigo tremendo e monstruoso, já que estes músculos são fracos e não projetados para sustentação das correntes de ar do cantor. O seu uso pode acarretar cansaço vocal, rouquidão e, de maneira mais perigosa, calos vocais.
Vale agora mais
um último esclarecimento: já que a musculatura abdominal é a mais importante
para a
sustentação da
voz do cantor, por que se fala tanto em diafragma?
Por causa de um erro muito simples: o diafragma é o músculo mais importante da INSPIRAÇÃO (tanto que se você perdesse os movimentos dele, teria de viver dentro de uma máquina chamada pulmão de aço ou pulmão artificial), e não da respiração como um todo, pois, como foi visto acima, a expiração NÃO se utiliza do diafragma (porque neste momento ele está relaxado). O erro ocorre porque as pessoas confundem e misturam inspiração (que é uma parte) com respiração (que é o todo e vai precisar de outras estruturas, além do diafragma, para poder ser completa).
Por causa de um erro muito simples: o diafragma é o músculo mais importante da INSPIRAÇÃO (tanto que se você perdesse os movimentos dele, teria de viver dentro de uma máquina chamada pulmão de aço ou pulmão artificial), e não da respiração como um todo, pois, como foi visto acima, a expiração NÃO se utiliza do diafragma (porque neste momento ele está relaxado). O erro ocorre porque as pessoas confundem e misturam inspiração (que é uma parte) com respiração (que é o todo e vai precisar de outras estruturas, além do diafragma, para poder ser completa).
A Expiração e a Emissão de sons: Como se
relacionam
Esse texto trata da parte prática da inspiração e expiração no canto. Não abrange a emissão de sons. Para que a voz saia límpida, amplificada e bonita, além da respiração diafragmática, será necessário o bom uso do Apoio (caixas de ressonância), Modelagem (uso correto dos lábios, língua, palato, e mais componentes buco-nasais), conhecimento da própria Tessitura (o conjunto de notas aonde o(a) cantor(a) emite a voz com total conforto), bem como da própria Extensão (limite de sons emitidos por uma voz, do grave ao agudo, mesmo além dos limites naturais da tessitura), conhecimento própria classificação (barítono, tenor, soprano, etc.), entre outras coisas. Para melhor informar-se sobre os termos de canto, ver o Tópico "Termos de Canto".
A respiração correta, porém, é o ponto inicial para aprender canto.
O treinamento da respiração não deve ser abandonado, e deve ser incorporado no dia-a-dia do cantor, de forma que torne-se automático.
Esse texto trata da parte prática da inspiração e expiração no canto. Não abrange a emissão de sons. Para que a voz saia límpida, amplificada e bonita, além da respiração diafragmática, será necessário o bom uso do Apoio (caixas de ressonância), Modelagem (uso correto dos lábios, língua, palato, e mais componentes buco-nasais), conhecimento da própria Tessitura (o conjunto de notas aonde o(a) cantor(a) emite a voz com total conforto), bem como da própria Extensão (limite de sons emitidos por uma voz, do grave ao agudo, mesmo além dos limites naturais da tessitura), conhecimento própria classificação (barítono, tenor, soprano, etc.), entre outras coisas. Para melhor informar-se sobre os termos de canto, ver o Tópico "Termos de Canto".
A respiração correta, porém, é o ponto inicial para aprender canto.
O treinamento da respiração não deve ser abandonado, e deve ser incorporado no dia-a-dia do cantor, de forma que torne-se automático.
1 - Qual é a
definição de tessitura ?
É a região mediana/confortável da sua voz, onde é classificada sua voz.
2 - Há alguma maneira de aumentar o alcance da tessitura ?
Creio que não, tessitura é mais ou menos como seu timbre. O que pode mudar é a sua extensão.
3 - Quais são os "perigos" a que um cantor se submete ao cantar fora de sua tessitura ?
Perigos de perca de potencia da voz, tirando brilho e etc da sua regiao mediana/ tessitura.
Há uma maneira "correta" de se cantar fora da tessitura, sem ser usando o falsete ?
Sim, utilizando do apoio, com mtos aquecimentos, mas isto não exagerando, pq se está fora da tessitura, então não é sua voz, é algo artificial, mesmo sendo belting, voz de cabeca ou falsete.
torna-se involuntária a partir de algum momento ?
Bom, isto é um pouco polêmico, já tivemos uma discussao a respeito aqui no fórum, com o nosso amigo RONNIE. E cheguei a conclusão que o diafragma/apoio não é involuntário, mas com o decorrer dos anos de estudo e práticas vc acaba fazendo-o naturalmente.
5 - Qual seria o momento certo no decorrer do aprendizado (e os exercícios), para começar a praticar o Drive ?
Não comento nada a respeito.
É a região mediana/confortável da sua voz, onde é classificada sua voz.
2 - Há alguma maneira de aumentar o alcance da tessitura ?
Creio que não, tessitura é mais ou menos como seu timbre. O que pode mudar é a sua extensão.
3 - Quais são os "perigos" a que um cantor se submete ao cantar fora de sua tessitura ?
Perigos de perca de potencia da voz, tirando brilho e etc da sua regiao mediana/ tessitura.
Há uma maneira "correta" de se cantar fora da tessitura, sem ser usando o falsete ?
Sim, utilizando do apoio, com mtos aquecimentos, mas isto não exagerando, pq se está fora da tessitura, então não é sua voz, é algo artificial, mesmo sendo belting, voz de cabeca ou falsete.
torna-se involuntária a partir de algum momento ?
Bom, isto é um pouco polêmico, já tivemos uma discussao a respeito aqui no fórum, com o nosso amigo RONNIE. E cheguei a conclusão que o diafragma/apoio não é involuntário, mas com o decorrer dos anos de estudo e práticas vc acaba fazendo-o naturalmente.
5 - Qual seria o momento certo no decorrer do aprendizado (e os exercícios), para começar a praticar o Drive ?
Não comento nada a respeito.
"Cante com
o diafragma": todo mundo que tentou aprender alguma coisa de técnica vocal
já deve ter ouvido essa frase antes. A fim de esclarecer algumas concepções
incorretas, decidi escrever esse artigo baseado no que eu li por aí.
De qualquer forma, é altamente recomendável fazer aulas de canto!!!
A primeira coisa que precisamos é de ar. Devido aos nossos hábitos cotidianos, acabamos aprendendo a respirar estufando o peito, ou a respiração torácica, que é descontrolada, gera tensão no pescoço e, se cantarmos usando ela, certamente você ficará rouco depois de uns 15 min de canto...
1) RESPIRAÇÃO
A maneira correta de se respirar é usando a respiração funda, enchendo desde a base dos pulmões até o "topo", usando os músculos abdominais, intercostais e o diafragma. Para praticar essa respiração, se espreguice algumas vezes, deite na cama ou no chão, ponha a mão sobre a barriga e respire de modo que sua barriga suba e desça. Não tente fazê-la subir e descer, deixe que o movimento venha bem de dentro. Não estufe o peito, não faça barulho quando inspirar e nem levante os ombros, e tente não tensionar os músculos do pescoço. Se você sentir que está precisando fazer muita força, ande um pouco e movimente as pernas para relaxar os músculos abdominais. Se eles estiverem tensos, o diafragma não consegue contrair e você perde o "apoio" para o canto. Pratique isso diariamente. O resultado deve ser uma respiração leve, profunda e que pode ser feita com pouco esforço.
Um bom exercício para treinar o diafragma é respirar dessa forma e soltar o ar bem devagar fanzendo som de ssssssssssss... Não tensione a garganta nem os músculos faciais quando fizer isso. Seu objetivo deve ser conseguir sustentar o sssss... por pelo menos 30s, o ideal conseguir sustenar por cerca de 60s sem nenhuma falha na intensidade da saída do ar. Obviamente, leva-se muito tempo para conseguir isso.
2) APOIO
Toda vez que você altera o volume, tom ou vogal em que está cantando, a pressão do ar precisa se alterar também. Isso pode parecer um pouco complicado, e é. Felizmente, nós nascemos com reflexos que controlam essas funções perfeitamente.
Entretanto, a maioria das pessoas não confia nos seus reflexos e usa os músculos abdominais para enviar mais ar as pregas vocais do que o necessário (em outras palavras, forçar a voz), especialmente quando cantam mais alto ou mais agudo. Para reter a pressão excessiva de ar, a garganta "fecha", a laringe sobe, as pregas vocais acabam se chocando umas com as outras e o resultado é uma nota de som fraco, desafinada, sem contar que ao fim do dia você estará com a voz rouca.
Quando você inspira corretamente, o seu abdômen é projetado à frente e aplica uma pressão, tentando relaxar novamente. O diafragma deve, então, continuar pressionado o abdômen. Quando relaxado, o ar sai dos pulmões e faz a vibrar as pregas vocais.
Então, o termo "apoio" ou "suporte" em relação ao canto significa que o diafragma está livre para controlar a pressão do ar enviada às pregas vocais.
Para entender melhor o apoio, pense numa mola. Quando você inspira, você comprime uma mola (suas paredes abdominais) que tenta voltar a sua posição normal. Para que isso ocorra, tudo o que você tem que fazer e soltar a mola. O papel do diafragma é controlar a velocidade em que a "mola" volta ao seu estado normal, controlando assim o fluxo de ar. Forçar a voz é nada mais que forçar a "mola" (a saída do ar dos pulmões) a voltar mais rápido à sua posição de descanço que o necessário.
Não tente sentir seu diafragma diretamente. Ele não tem terminações nervosas que permita a você sentí-lo. O mesmo vale aos músculos da laringe que controlam o volume e o tom da voz
Para praticar o apoio, respire fundo e cante escalas numa vogal que te agrade (a, e, i, o, u, ...) e procure não forçar a garganta para subir o tom (procure manter os músculos faciais, o maxilar e a língua relaxados o tempo todo). Se você não força a garganta, o diafragma é obrigado a reduzir a pressão do ar e trabalhar junto com a laringe, mantendo a garganta relaxada o tempo todo. Não se preocupe com o som, deixe a voz soar fraca, tremida, engasgar, ..., apenas procure não forçar a garganta. Quando você conseguir fazer isso corretamente (você deverá estar observando também a presença do vibratto natural na sua voz), suba o volume gradativamente, sem forçar a garganta.
Com o passar o tempo, com a prática correta dos vocalizes, você poderá espandir seu alcance (conseguirá cantar notas mais agudas), sua voz ficará melhor (timbre) e você será capaz de até mesmo gritar sem forçar demais a voz...
De qualquer forma, é altamente recomendável fazer aulas de canto!!!
A primeira coisa que precisamos é de ar. Devido aos nossos hábitos cotidianos, acabamos aprendendo a respirar estufando o peito, ou a respiração torácica, que é descontrolada, gera tensão no pescoço e, se cantarmos usando ela, certamente você ficará rouco depois de uns 15 min de canto...
1) RESPIRAÇÃO
A maneira correta de se respirar é usando a respiração funda, enchendo desde a base dos pulmões até o "topo", usando os músculos abdominais, intercostais e o diafragma. Para praticar essa respiração, se espreguice algumas vezes, deite na cama ou no chão, ponha a mão sobre a barriga e respire de modo que sua barriga suba e desça. Não tente fazê-la subir e descer, deixe que o movimento venha bem de dentro. Não estufe o peito, não faça barulho quando inspirar e nem levante os ombros, e tente não tensionar os músculos do pescoço. Se você sentir que está precisando fazer muita força, ande um pouco e movimente as pernas para relaxar os músculos abdominais. Se eles estiverem tensos, o diafragma não consegue contrair e você perde o "apoio" para o canto. Pratique isso diariamente. O resultado deve ser uma respiração leve, profunda e que pode ser feita com pouco esforço.
Um bom exercício para treinar o diafragma é respirar dessa forma e soltar o ar bem devagar fanzendo som de ssssssssssss... Não tensione a garganta nem os músculos faciais quando fizer isso. Seu objetivo deve ser conseguir sustentar o sssss... por pelo menos 30s, o ideal conseguir sustenar por cerca de 60s sem nenhuma falha na intensidade da saída do ar. Obviamente, leva-se muito tempo para conseguir isso.
2) APOIO
Toda vez que você altera o volume, tom ou vogal em que está cantando, a pressão do ar precisa se alterar também. Isso pode parecer um pouco complicado, e é. Felizmente, nós nascemos com reflexos que controlam essas funções perfeitamente.
Entretanto, a maioria das pessoas não confia nos seus reflexos e usa os músculos abdominais para enviar mais ar as pregas vocais do que o necessário (em outras palavras, forçar a voz), especialmente quando cantam mais alto ou mais agudo. Para reter a pressão excessiva de ar, a garganta "fecha", a laringe sobe, as pregas vocais acabam se chocando umas com as outras e o resultado é uma nota de som fraco, desafinada, sem contar que ao fim do dia você estará com a voz rouca.
Quando você inspira corretamente, o seu abdômen é projetado à frente e aplica uma pressão, tentando relaxar novamente. O diafragma deve, então, continuar pressionado o abdômen. Quando relaxado, o ar sai dos pulmões e faz a vibrar as pregas vocais.
Então, o termo "apoio" ou "suporte" em relação ao canto significa que o diafragma está livre para controlar a pressão do ar enviada às pregas vocais.
Para entender melhor o apoio, pense numa mola. Quando você inspira, você comprime uma mola (suas paredes abdominais) que tenta voltar a sua posição normal. Para que isso ocorra, tudo o que você tem que fazer e soltar a mola. O papel do diafragma é controlar a velocidade em que a "mola" volta ao seu estado normal, controlando assim o fluxo de ar. Forçar a voz é nada mais que forçar a "mola" (a saída do ar dos pulmões) a voltar mais rápido à sua posição de descanço que o necessário.
Não tente sentir seu diafragma diretamente. Ele não tem terminações nervosas que permita a você sentí-lo. O mesmo vale aos músculos da laringe que controlam o volume e o tom da voz
Para praticar o apoio, respire fundo e cante escalas numa vogal que te agrade (a, e, i, o, u, ...) e procure não forçar a garganta para subir o tom (procure manter os músculos faciais, o maxilar e a língua relaxados o tempo todo). Se você não força a garganta, o diafragma é obrigado a reduzir a pressão do ar e trabalhar junto com a laringe, mantendo a garganta relaxada o tempo todo. Não se preocupe com o som, deixe a voz soar fraca, tremida, engasgar, ..., apenas procure não forçar a garganta. Quando você conseguir fazer isso corretamente (você deverá estar observando também a presença do vibratto natural na sua voz), suba o volume gradativamente, sem forçar a garganta.
Com o passar o tempo, com a prática correta dos vocalizes, você poderá espandir seu alcance (conseguirá cantar notas mais agudas), sua voz ficará melhor (timbre) e você será capaz de até mesmo gritar sem forçar demais a voz...
Termo Vibrato
Vibrato é um conceito
confuso para cantores, especialmente os de estilo "pop". O estudante
clássico compreende muito mais este conceito pelo tipo de música que está
costumado a ouvir - e pelo comprometimento de querer cantar óperas, por
exemplo. Anos de estudo e treinamento para alcançar o desenvolvimento perfeito
da técnica são esperados. O vibrato acaba sendo fruto natural de incansáveis
lições e exercícios de canto. Muitos estudantes de canto popular até acreditam
que o desenvolvimento desta técnica é inútil, pois acham que o vibrato não se
encaixa com música popular.
O vibrato é, resumindo, o som derivado de um movimento regular, repetitivo e contínuo de modulações no tom. Da mesma maneira que fazemos vibrato com movimentos circulares do dedo da mão esquerda na corda do violão ou guitarra, alterando o tom da nota tocada. O vibrato é o som da voz subindo e descendo entre dois tons próximos da nota alvo numa maneira ondulante e rápida.
Um bom vibrato ondula num nível entre 5,5 e 7,5 vezes por segundo, alternando entre um ou dois semitons. Vibratos mais rápidos do que 7,5 por segundo soam "nervosos", mas muitos cantores de rock e pop usam este artifício, que contribui para seu estilo pessoal de cantar. Um vibrato lento é típico de pessoas com mais idade. Músicas típicas indianas e búlgaras usam vibratos largos, como parte de seu estilo - dando um caráter exótico às interpretações.
Ter vibrato na voz não é necessário para cantar bem (dependendo do seu estilo!) - e ter a capacidade de cantar com vibrato não exige que você use a todo momento.
Professores de canto costumam dizer que o vibrato é o termômetro da voz - o nível de desenvolvimento desta técnica pode mostrar o quanto você tem trabalhado sua técnica de canto geral. Você sabe que tem que trabalhar mais sua voz quando tem problemas em extrair o vibrato, poruqe ele depende de controle de respiração e de tensão na sua garganta.
Procure ouvir com atenção cantores como Ella Fitzgerald, Tina Turner, Tony Bennett, Pavarotti, ou os nossos Leandro, Daniel e Xitãozinho. Compreenda o que é vibrato e procure reproduzir este efeito, praticando com vogais isoladas (a-e-i-o-u). Desenvolvendo técnicas de respiração e controle da pressão de ar sobre as cordas vocais, você irá adquirindo o seu vibrato.
Trêmolo: (it. Tremor) É a falta de firmeza,
irregular e incontrolável na emissão das notas, ou a inabilidade do cantor em
manter a nota na altura correta, causadas por tensões intervitentes, fraqueza
muscular e também pela incapacidade de manter um ajuste estável na garganta,
durante o canto. Geralmente o tremolo varia mais de meio-tom fora da afinação,
e não deve ser confundido com o vibrato, que nunca varia além dos limites do
meio-tom.
Vibrato: Uma oscilaÇão periódica e regular da voz, dentro de meio-tom, para cima ou para baixo. O vibrato é inato na voz do cantor, sendo desejável e inevitável para uma boa produção e para a qualidade do som. Em compensação, a falta de controle dele estraga o cantor.
Vibrato: Uma oscilaÇão periódica e regular da voz, dentro de meio-tom, para cima ou para baixo. O vibrato é inato na voz do cantor, sendo desejável e inevitável para uma boa produção e para a qualidade do som. Em compensação, a falta de controle dele estraga o cantor.
Vibrato é quando
a voz está perfeitamente encaixada, no lugar... então, quando você canta, o
final das notas saem "vibrando" ... parece q a voz está
"tremendo" um pouco, balançando... na verdade, existem
"anéis" na laringe e quando o ar passa corretamente por ela, a voz
sai "em parafuso", rodopiando... e isso faz parecer q está vibrando,
oscilando, mas essa oscilação não pode passar de meio tom acima ou abaixo da
nota, pq senão já é trêmolo, q é tremer a voz, q é horrível (como Zezé di
Camargo e Luciano... eles tem um claro trêmolo...)!
Não confunda
vibrato com trinado. O Vibrato sai natural, basta o ar estar passando
corretamente pelos ressonadores. Por tanto, não existe técnica de vibrato e
sim, técnica para preparar a musculatura.
O trinado é quando você tem duas notas e fica indo de uma nota para outra numa velocidade absurda. O Trinado só cantores líricos conseguem, e depois de muito, mas muito treino pq é dificílimo.
Tem gente q não ter o vibrato por ainda não ter a musculatura fortalecida, mas nem por isso a música fica feia. O vibrato é sinal q está correto, mas sua ausência não deixa a voz feia, exceto, é claro, nos agudos, q sairão gritados...
O trinado é quando você tem duas notas e fica indo de uma nota para outra numa velocidade absurda. O Trinado só cantores líricos conseguem, e depois de muito, mas muito treino pq é dificílimo.
Tem gente q não ter o vibrato por ainda não ter a musculatura fortalecida, mas nem por isso a música fica feia. O vibrato é sinal q está correto, mas sua ausência não deixa a voz feia, exceto, é claro, nos agudos, q sairão gritados...
Fique atento a estes sintomas qualquer um destes sintomas pode significar algum problema em seu aparelho vocal.
Rouquidão persistente
Perda de voz
Pigarro Dor ou ardência na garganta
Dificuldade para engolir
Dificuldade para respirar
Câncer de Laringe
Alguns destes sintomas podem ser sinais de um problema muito grave: o câncer de laringe. O Brasil é o 2º país do mundo com maior incidência da doença, que tem grande possibilidade de cura quando diagnosticada no início. Por isso, é muito importante consultar um médico sempre que suspeitar de problemas com a sua garganta.
Quem é o primeiro profissional que você deve procurar?
Otorrinolaringologista é o médico mais indicado, pois é especializado em nariz, ouvido, garganta e também na voz e nas doenças relacionadas a ela.
O fonoaudiólogo é o profissional da área da saúde responsável pela habilitação é reabilitação da comunicação, incluindo a audição, a fala, a escrita e a voz.
Como cuidar da sua voz?
Não fumar
Não forçar a voz
Não gritar ou cochichar
Manter o volume normal da voz e articular bem as palavras
Evitar falar excessivamente durante exercícios físicos, quando gripado ou com alguma crise alérgica
Não pigarrear excessivamente
Ingerir muito líquido em temperatura fresca ou ambiente
Evitar bebidas alcoólicas
Evitar alimentos que causem azia é má digestão
Evitar ambientes com muita poeira, mofo e cheiro fortes
Não fumar
Não forçar a voz
Não gritar ou cochichar
Manter o volume normal da voz e articular bem as palavras
Evitar falar excessivamente durante exercícios físicos, quando gripado ou com alguma crise alérgica
Não pigarrear excessivamente
Ingerir muito líquido em temperatura fresca ou ambiente
Evitar bebidas alcoólicas
Evitar alimentos que causem azia é má digestão
Evitar ambientes com muita poeira, mofo e cheiro fortes
Caixas de
ressonância são os
locais do corpo onde o som passa para ser amplificado, são basicamente três:
peito, garganta, e cabeça
Passagem, passaggio,
bridge, ponte, enfim,
tudo quer dizer a mesma coisa. Só relembrando, é a passagem de um registro de
voz para outro. É também um ponto a ser trabalhado em muitos e muitos que não
chegaram a desenvolvê-lo completamente acabam se tornando um pouco neuróticos e
desesperançosos, heheh. A dica que eu tenho para melhorar o passaggio é você
treinar e tentar aumentar a extensão do registro mais grave da passagem e
tentar expandir a extensão do registro mais agudo para mais grave. Essa
"fusão" seria o ideal e tornaria o passaggio mais imperceptível que é
o ideal. Assim, se você precisar "passar" da voz de peito nos agudos
para a voz de cabeça, o ideal seria exercitar bastante o seu registro de peito
agudo e tentar aumentá-lo gradativamente. A mesma coisa com a voz de cabeça só
que tentar expandi-la para mais grave. Isso tudo não deixando de observar a
importante função do apoio, impostação, colocação, etc. Existe também um
pequeno exercício que ajuda também a atingir com mais facilidade a voz de
cabeça: consiste em exercícios de aprimoração do falsete. Algo assim: você
atinge uma nota médio-aguda, C3 por exemplo (no meu caso como barítono).
Emiti-la com falsete (o registro mais leve) e ir aumentando o volume sem forçar
a garganta e sem deixar o som "escapar da cabeça". À medida que você
vai obtendo segurança e firmeza na emissão das notas, subindo os tons
gradativamente, a seu falsete vai se tornando mais consistente e vai dando
lugar à voz de cabeça (que muitos chegam a confundir por ser um registro muito
próximo do falsete). Ressaltando mais uma vez: não deixar de se utilizar dos
recursos técnicos vocais.
voz de cabeça é quando a ressonância sai o peito e se
concentra na cabeça, acontece nos sons agudos, e esse ato desse ser feito pelo
apoio diafragmático e não com a garganta isso é importante
voz de peito é quando o som se concentra no
peito(dãaa)rsrsrrs
acontece nos som graves e quando você "grita" ou canta como fala(ou seja acontece em sons agudos também é o que chamam de belting)
acontece nos som graves e quando você "grita" ou canta como fala(ou seja acontece em sons agudos também é o que chamam de belting)
Voz de peito - Se tua voz soa como na fala, mais
grave, é pq você está em registro de peito, você sente o peito vibrar mais, o
voz fica forte, robusta, encorpada e grave ( para uma sopraníssima fica mais
difícil de entender esse registro, pq a laringe seria fina demais pra permitir
q o som emitido pela vibração das pregas descesse para sua caixa torácica), mas
todo mundo tem esse registro, salvo talvez as exceções como as crianças e
alguns anomalicos da vida. A voz de peito é o forte dos homens
A voz de cabeça - é quando o som do peito está cortado, a voz sempre ressoa na cabeça, mas quando cortamos o registro de peito e emitimos toda a vibração pra cabeça, a voz fica aguda e mais estridente, se trabalhado suavemente lembra o falsete (falsete q é um tipo de emissão errônea q acontece por uma desconformidade das pregas vocais, portanto é um OUTRO registro).Raríssimas mulheres têm falsete, é um registro q precisa ser desenvolvido, e como a voz de cabeça das mulheres já é tão boa (é o forte delas) o falsete em si perde o sentido.
Voz de garganta - É a voz que cola os registros, é nela q rola o passagio, é aqui q mora o perigo. Num é correto utilizar a garganta para cantar, sobrecarrega as pregas, a laringe, que já estão empenhadas demais pra posicionarem nos demais registros. Por isso o passagio tem q ser suave, leve, uma pequenina pressão pode acabar com tudo. Aqui rolam as notas médias, notas que são naturalmente confortáveis a nossa voz, portanto num prejudicam em nada, mas tem que se ter cuidado. Aqui é a faixa de gaza do canto.
Existem outros registros, mas num pertencem a todas as vozes, por isso acho que entender esses três já é um ótimo começo.
Melismas
Melismo ou melisma que é o mais correto de se falar é uma variação
melódica rápida, como se fossem escalas executadas com mais velocidade que o
normal, os cantores norte americanos usam muito essa técnica, que ornamentam a
melodia original da música, além de belo o melisma serve para disfarçar
possíveis semitonadas e problemas de sustentação em notas agudas e longas
demais, deve ser empregado em alguns estilos musicais, ou parte da música
jamais deve se exagerar pois além de descaracterizar a melodia, se torna
repetitivo e não um fator surpresa.
O que é
melisma?
A palavra "melisma" em grego significa "canção". Na técnica medieval de composição de organa, melisma passou a significar um fragmento melódico ou grupo de notas baseado numa sílaba. Em outras palavras: a voz composta era trabalhada em pequenos fragmentos, fazendo vários movimentos livres com notas curtíssimas, tecendo uma espécie de bordadura em torno das notas do cantochão, que foram transformadas em notas de durações longas. Provavelmente esta técnica teve origem nas improvisações feitas pelos próprios cantores durante os rituais, além de alguma influência popular
A palavra "melisma" em grego significa "canção". Na técnica medieval de composição de organa, melisma passou a significar um fragmento melódico ou grupo de notas baseado numa sílaba. Em outras palavras: a voz composta era trabalhada em pequenos fragmentos, fazendo vários movimentos livres com notas curtíssimas, tecendo uma espécie de bordadura em torno das notas do cantochão, que foram transformadas em notas de durações longas. Provavelmente esta técnica teve origem nas improvisações feitas pelos próprios cantores durante os rituais, além de alguma influência popular
Riffs, Licks, pentatônicas, Blue Note,
Bend....pra fazer melismas na black music eles treinam repetidos licks (pequenas frases clichês) onde
podem tocar em qualquer música como em um improviso de blues por exemplo.( na
verdade se ele decorou o lick então não é tão "improviso" assim não
é?) Na black music existem licks, que já se tornaram meio que padronizados (ou
seja, o artista faz o mesmo melisma sempre ou então uma variação do mesmo...)
Repare que várias frases em melismas dos artistas tem um certo padrão...
Pentatônica é uma escala como o próprio nome diz, de cinco notas, mas as vezes acrescentada de uma blue note,que dá um som característico de blues (muito usado por guitarristas, mas também por cantores de black music)
Bend é um portamento, uma nota vai até a outra como em uma sirene (no sentido de ligar as duas notas), no caso da guitarra é fácil de entender, o guitarrista toca a nota e levanta a corda com do dedo preso nela dando o efeito do bend. No erudito isso chama-se portamento
Repare que várias frases em melismas dos artistas tem um certo padrão...
Pentatônica é uma escala como o próprio nome diz, de cinco notas, mas as vezes acrescentada de uma blue note,que dá um som característico de blues (muito usado por guitarristas, mas também por cantores de black music)
Bend é um portamento, uma nota vai até a outra como em uma sirene (no sentido de ligar as duas notas), no caso da guitarra é fácil de entender, o guitarrista toca a nota e levanta a corda com do dedo preso nela dando o efeito do bend. No erudito isso chama-se portamento
Esse exercício foi citado pelo cantor
Leonardo Gonçalves
(aliás, ouçam-no quem puder pois ele é realmente um excelente cantor!!!).
Comece cantando uma nota que esteja na
sua região grave para média. Cante-a com o som de "a" de abacate,
fazendo a escala cromática (subindo de meio em meio tom sem desafinar) e
levando cerca de 1 segundo para cada nota que você fizer. Quando completar uma
oitava, vá descendo de meio em meio tom até a nota inicial. Repita mas
diminuindo o tempo de duração entre uma nota e outra, ou seja, se você fez cada
nota em um segundo, faça em meio segundo cada, e assim por diante até chegar um
ponto em que você faça a escala toda em um tempo só. Repita esse procedimento
com todos os tipos de vogais a, á, ê, é, i, ó, ô, u, etc.
Considerações:
- Melisma não é algo que alguém possa te "ensinar" perfeitamente pois é algo que vem também com percepção e experiência. Alguém pode, sim, te indicar algum exercício para você os executar corretamente e sem desafinar.
- Você não está enclausurado a fazer sempre os mesmos melismas.
- Melisma está relacionado com o gosto da pessoa. Então, quando você fizer um
melisma, corretamente, e alguém lhe disser que ficou feio, não se baseie na opinião
de uma pessoa apenas.
- Melismas não são essenciais à uma música mas podem, muitas vezes, deixá-la mais bonita.
- Nem todos os estilos musicais "apreciam" melismas.
- Estilos black, soul, blues, etc, são campos "férteis" para utilização de melismas.
Considerações:
- Melisma não é algo que alguém possa te "ensinar" perfeitamente pois é algo que vem também com percepção e experiência. Alguém pode, sim, te indicar algum exercício para você os executar corretamente e sem desafinar.
- Você não está enclausurado a fazer sempre os mesmos melismas.
- Melisma está relacionado com o gosto da pessoa. Então, quando você fizer um
melisma, corretamente, e alguém lhe disser que ficou feio, não se baseie na opinião
de uma pessoa apenas.
- Melismas não são essenciais à uma música mas podem, muitas vezes, deixá-la mais bonita.
- Nem todos os estilos musicais "apreciam" melismas.
- Estilos black, soul, blues, etc, são campos "férteis" para utilização de melismas.
"Whistle
Register"
Há ainda, acima do falsete, um terceiro registro vocal
("whistle register" - que é uma espécie de assobio). Qdo vc o usa,
suas cordas vocais ficam bem tensas de forma q elas literalmente assobiam pra
produzir as notas. Muitas pessoas não conseguem atingir esse registro, Mariah o
desenvolveu quando ela era bem pequena. Ele requer tensão nas pregas vocais (q
vc naum pode sentir) e o relaxamento da região próximo (q vc pode sentir).
Então, pra produzir essas notas vc precisa estar com a gargante bem relaxada
(falar é facil...). Os que quiserem se aventurar a tentar alcançar tal
registro, explorem usando volumes baixos -- tentem imitar uma gaivota ou um
filhote de gato pra forçar as pregas vocais a entrarem em tal registro.
Whistle: Assovio laríngeo, é conhecido no bom português
como registro de apito, onde o som é produzido por uma fenda no fechamento das
pregas, daí o som é produzido pelo atrito mesmo, não pela vibração das pregas,
saca, como um assovio qualquer, só q na garganta. Ex: BERRO DE CRIANÇA E
MOCINHAS DE FILMES DE TERROR (ESSES FORAM OAS EXEMPLOS DO FELIPPE)... ô droga,
ficou em caixa alta sem querer, num to gritando não, ehehehhe
Flageolet, flute: Registro de flauta, altas mulheres fazem isso com bastante graça, geralmente são registro das sopranos, mas sempre tem uma mezzo doidona q consiga fazê-lo, uma contralto acho pouquíssimo provável, se bem que se alguns (raros) homens conseguem entrar nesse registro. Ex.: A Mariah deve ter tirado mestrado nesse registro, ehheehhehe
Registro inspiratório: Eh qualquer som q se emite de fora pra dentro. Pros homens é bem mais fácil fazer os tons do registro de flauta nesse registro, eu sempre brinco com esse registro, pareço um ratinho, ehhehehehe. Exemplos desse registro eu num tenho nenhum em mente, já fiz no paltalk pra galera ouvir uma vez.
Flageolet, flute: Registro de flauta, altas mulheres fazem isso com bastante graça, geralmente são registro das sopranos, mas sempre tem uma mezzo doidona q consiga fazê-lo, uma contralto acho pouquíssimo provável, se bem que se alguns (raros) homens conseguem entrar nesse registro. Ex.: A Mariah deve ter tirado mestrado nesse registro, ehheehhehe
Registro inspiratório: Eh qualquer som q se emite de fora pra dentro. Pros homens é bem mais fácil fazer os tons do registro de flauta nesse registro, eu sempre brinco com esse registro, pareço um ratinho, ehhehehehe. Exemplos desse registro eu num tenho nenhum em mente, já fiz no paltalk pra galera ouvir uma vez.
DICAS E TRUQUES PARA O VOCALISTA
O desejo de cantar e seguir profissionalmente com esta carreira é uma constante - embora muitas pessoas que consigam fazê-lo com maestria nunca tenham alcançado êxito profissional. Além da voz, existem outras características influentes para seguirmos a carreira de cantor/vocalista.
Existem tantas coisas a
serem trabalhadas para conseguir êxito nesta carreira... seu som, sua imagem,
sua habilidade de encarar o show business, publicidade, etc. Você tem que
controlar tudo por si só - mas alguma ajuda pode ser de grande valia.
Comecemos com o seu próprio som. Ele é exatamente o que você pensa que é? É o que você quer que ele seja? Ele deve ser único, exclusivo, ou tão maravilhoso que possa responder por ele mesmo. Procure gravar sua voz e ouvi-la com muita atenção. Você mesmo gosta do que ouve? Ela só é excessivamente ruim se você mentir para si próprio ou se você gostar de auto-punição. Esse sentimento de "impotência vocal" é, no fundo, um ótimo tipo de sentimento - você deve tirar lições dessa auto-crítica. Tenha certeza de gostar da sua própria voz, trabalhando para corrigir erros ou trocando o seu estilo - às vezes, sua voz pode ser ruim para country e ao mesmo tempo, ótima para rock pesado, por exemplo. Você tem que estar perfeitamente satisfeito cmo seu timbre vocal, fazendo de forma perfeita o seu trabalho - e não tentando imitar o timbre de seu ídolo. Uma imitação nunca é a coisa real - não importa o quão boa seja. O mundo da música é faminto de coisas genuínas. Nós já temos a voz de seu ídolo - o que necessitamos é de SUA voz.
Você não precisa ser um grade vocalista para alcançar o sucesso ou agradar - você simplesmente precisa esmerar-se em fazer bem o que você faz. Parece ridículo dizer algo assim, mas é simples comprovar - ligue o rádio e isto torna-se óbvio para qualquer um. Você deve ser capaz de cantar no tom (mesmo com toda a tecnologia atual, que pode corrigir isto em estúdio, porque como você vai se sair ao vivo?), e ao mesmo tempo, ser habilidoso no que vai apresentar, para mostrar convicção aos ouvintes. (isto não quer dizer que aulas de canto não são necessárias - você pode conseguir sem elas - mas ajudam tremendamente).
Nunca ouse cantar músicas em tons que você não alcança. Faça somente aquilo que você é capaz de fazer de forma convincente. Pratique músicas que você não alcança, de maneira privada - até mesmo longe de sua banda. Se é exigência da banda cantar certa música, peça que mudem a tonalidade, para adequá-la a você. Se o problema é somente uma certa parte de uma música, adapte sua voz em registros mais baixos (ou mais altos), e "reinvente" aquela parte - quantos covers famosos você já ouviu onde o vocalista faz isto - e você nunca pensou na incapacidade vocal de seu ídolo; pelo contrário, aposto que elogiou a "criatividade" dele em embutir um novo estilo de cantar.
O estilo exclusivo nasce do amor que temos pela nossa própria voz, deixando que nosso sentimento imponha como devemos cantar - não nossa lembrança de como "copiar" a maneira em que a música já foi cantada. Não tente soar bem - tenha em sua mente que o que você faz é a melhor maneira. Procure trabalhar seu sentimento - como você interpretaria a música? Trabalhando dentro de seus limites, e com sentimento, você vai colocar sua personalidade sobre a composição de outrem - e o público com certeza vai adorar.
Depois, existe a imagem. Há tanta diversidade neste conceito que é difícil traçar regras para trabalhar com este importante conceito do sucesso. A premissa básica é que você precisa dar às pessoas um motivo para ficar olhando para você. Você deve atrair os olhares - ou então as pessoas acabarão buscando outros alvos. Muitos dirão: beleza é atrativa - e é - mas uma coisa bizarra ou feia também chama a atenção. A habilidade de encenar ou "entrar" sentimentalmente nas músicas também é altamente atrativa - nós, de maneira geral, não estamos acostumados a ver pessoas se expressando emocionalmente. Um "look" diferente de tudo que você já viu também serve (veja o Falcão...). Tenha certeza de que será capaz de fazer as pessoas ficarem olhando para você por horas, porque, ao vivo, você terá que fazer isto por, pelo menos, umas duas horas. Um bom truque é variar o que elas estão vendo. Tente mover-se de um lado para o outro do palco, dance em algumas músicas, ande
Não desista somente porque você não é bonito. Estamos tão inundados com vocalistas/modelos (como Jon Bon Jovi e Britney Spears) que muitos pensam que para ser vocalista é necessário ter o visual "top model". Quando este tipo de preconceito bater forte, dê um pulinho numa loja e veja os CD's mais vendidos. Celine Dion, Pavarotti, Stevie Wonder e Michael Jackson não são exemplos de beleza, mesmo com toda a produção. Aqui em nossa terra, temos Caetano, Gil, Bethânia, Herbert Vianna e Renato Russo, que venceram, e nào foi pela beleza. Esqueça idade, também! Tina Turner, Carlos Santana e Roberto Carlos são top sellers, com rugas e tudo mais. Não importa como você se parece - é possível ser atraente, basta descobrir como.
Para terminar, Don Miguel Ruiz, escritor de diversos títulos sobre como alcançar o sucesso, proclama 4 Regras básicas para vencer na carreira:
1.) Seja impecável com seu trabalho. Fale com integridade. Diga somente o que você pensa. Evite falar sobre si próprio e nunca critique o trabalho alheio. Use a força da palavra no sentido da verdade e do amor;
2.) Não leve nada pelo lado pessoal. Nada que os outros fazem é devido à você. O que os outros falam ou fazem é reflexo da realidade deles, dos sonhos deles. Quando você se torna imune às opiniões dos outros, você nunca mais será vítima de sofrimentos desnecessários;
3.) Não faça suposições. Ache coragem para questionar e expressar o que você realmente deseja. Comunique-se com os outros de maneira clara, para evitar desentendimentos, tristezas e dramas. Somente seguindo esta regra, você pode mudar sua vida;
4.) Faça sempre o SEU melhor. O seu melhor mudará de momento a momento - será de uma maneira quando você estiver saudável, e o oposto quando estiver mal. Sob qualquer circunstância, simplesmente faça omelhor de si, e você estará evitando auto-críticas, auto-punição e sentimento de fracasso.
E o elemento mais importante para o sucesso (além de um pouquinho de sorte, é claro...): persistência. Este é o grande segredo.
Dica
Pergunta: Eu ouvir falar de um exercício
para ganhar tons melhores que envolve se curvar à frente da cintura. Como é
isso?
Resposta: Aqui está, e funciona. Eu o utilizei por
anos com cantores clássicos e populares e obtive grande desempenho. Enquanto
você levemente dobra os joelhos e mantém sua costa ereta, incline para frente
ate suas mãos estiverem nos joelhos. Enquanto estiver olhando para o chão,
comece a fazer "hummm". Então diga Me Me Me. Continue com outras
vogais e consoantes nasais / de bochecha e finalmente, com palavras completas.
O objetivo é desarmar a tensão na face / cabeça / garganta, permitindo ao som
naturalmente ressoar na área da máscara e dos dentes. A liberdade fisiológica
traz a liberdade acústica. Isto resulta em mais som com menos esforço. Uma
variação seria girar as costas enquanto caindo pra frente, trazendo suas mãos
para baixo, quase chegando no chão
Divisão de vozes
Bom, isso fica a
escolha de quem arranja. Por exemplo o acorde de Dó maior; você põe o baixo
para fazer o dó2 (o baixo ou a nota mais grave geralmente fica com a tônica) o
tenor põe pra fazer o sol2, o contralto faz o mi3, e o soprano pode repetir o
dó4 ou o sol3 ou até mesmo o mi4 1 oitava acima do contralto.
Esse tipo de coisa, varia muito de acordo com a emoção da música, se você quer fazer um acorde final bem agudo e brilhante, ponha o baixo pra fazer o dó3, o tenor o mi3, o contralto o sol3 e o soprano o dó4 ou mi4 ou sol4.
Na minha opinião, se as vozes masculinas estão numa área média/grave, soam melhor se estiverem separadas por uma quinta (ex: dó/sol) já as vozes das mulheres soam melhor se tiverem separadas por uma terça (ex: mi/sol). Porém isso é muito relativo, o melhor mesmo é você fazer testes e ver o que fica melhor em cada parte da música.
Esse tipo de coisa, varia muito de acordo com a emoção da música, se você quer fazer um acorde final bem agudo e brilhante, ponha o baixo pra fazer o dó3, o tenor o mi3, o contralto o sol3 e o soprano o dó4 ou mi4 ou sol4.
Na minha opinião, se as vozes masculinas estão numa área média/grave, soam melhor se estiverem separadas por uma quinta (ex: dó/sol) já as vozes das mulheres soam melhor se tiverem separadas por uma terça (ex: mi/sol). Porém isso é muito relativo, o melhor mesmo é você fazer testes e ver o que fica melhor em cada parte da música.
Tenho uma dúvida e, caso alguém possa me
ajudar, agradeço.
No acorde de DO MAIOR temos a tríade DO-MI-SOL (a título de exemplo). Sendo a noda DO o baixo, quais notas representariam o tenor, o contrauto e o soprano? Ou seja, qual o intervalo de notas existente entre essas vozes?
No acorde de DO MAIOR temos a tríade DO-MI-SOL (a título de exemplo). Sendo a noda DO o baixo, quais notas representariam o tenor, o contrauto e o soprano? Ou seja, qual o intervalo de notas existente entre essas vozes?
Depende da
música, se esse fosse o acorde inicial da música, ou seja, quando o coro começa
a cantar, eu colocaria assim:
Baixo: Dó 2
Tenor: Sol 2
Contralto: Mi 3
Soprano: Sol 3 ou Dó 4
Há muitas maneiras de se colocar isso, vai depender da música e que tipo de emoção ela quer despertar no ouvinte.
Baixo: Dó 2
Tenor: Sol 2
Contralto: Mi 3
Soprano: Sol 3 ou Dó 4
Há muitas maneiras de se colocar isso, vai depender da música e que tipo de emoção ela quer despertar no ouvinte.
Esse assunto é
bem legal, então, como sempre, vamos por partes:
Conceitos básicos de teoria musical (pra melhor entendimento):
Intervalo é a distância entre dois sons. Na música ocidental, sua menor divisão é o semitom, ou 1/2 tom. Partindo-se de uma nota fundamental, temos 12 semitons até se chegar na mesma nota. Exemplo:
C - Db - D - Eb - E - F - Gb - G - Ab - A - Bb - B - C
PS: o símbolo "b" significa Bemol, e diminui a altura da nota em um semitom. Sei que o comum é colocar Sustenidos (# - eleva a altura da nota em 1 semitom), mas continuem lendo porque logo abaixo vocês vão entender o porquê.
Esse intervalo entre uma nota e ela mesma, em alturas diferentes, é chamado de oitava. Pegando-se essa mesma escala, temos nomes diferentes de intervalos, e o resumo está abaixo:
C-Db - Segunda menor / C-D - Segunda Maior / C-Eb - Terça menor / C-E - Terça Maior / C-F - Quarta Justa / C-Gb - Quinta Diminuta / C-G - Quinta Justa / C-Ab - Sexta menor / C-A - Sexta Maior / C-Bb - Sétima menor / C-B - Sétima Maior / C-C - Oitava justa
Uma escala é uma sucessão de notas, em uma sequência determinada por um padrão intervalar. Seguindo essa tabela acima, se quisermos formar uma escala Maior, é só pegarmos os intervalos Maiores e agrupá-los de forma sequencial, como feito abaixo:
C - D - E - F - G - A - B - C (note que todas as notas, em relação à nota C, formam intervalos Maiores)
Seguindo a primeira tabelinha, podemos notar o seguinte padrão de intervalos, onde 1 tom equivale a 2 semitons (o intervalo seria o "-" , ou seja, o que separa as notas umas das outras):
1Tom / 1Tom / 1 Semitom / 1 Tom / 1 Tom / 1 Tom / 1 Semitom
Com esse padrão, podemos montar qualquer escala Maior, é só pegar qualquer nota e seguir esse padrão intervalar.
Um acorde, seja ele maior ou menor, é formado por uma tétrade; são quatro notas, também organizadas seguindo intervalos prá-definidos. Vamos ver, por agora, só as tríades formadoras dos acordes, pra maoir entendimento.
As tríades são 3 notas que formam o "esqueleto" do acorde. Uma tríade Maior é formada por uma nota fundametal, sua Terça Maior e sua quinta Justa. Com esse padrão intervalar pode-se montar qualquer acorde. Como colocado numa mensagem acima, um acorde de C maior é formado por C - E - G.
A tríade menor difere da tríade maior por apenas uma nota: a terça. No acorde Maior, ela é uma Terça Maior; no acorde menor, é uma terça menor. O mesmo exmplo em C, então, ficaria C - Eb - G.
Agora vamos ao que interessa: 2ª voz
Geralmente, na música popular se usa muito a 2ª voz aberta em terças maiores. Até aqui nenhuma novidade, isso já foi dito nas mensagens anteriores. O que é novidade é que, se você for acompanhar a melodia do cantor principal, você terá que se adaptar harmonicamente (dentro da harmonia em questão) à essa melodia. Por exemplo, numa música que está em C maior (tendo C-D-E-F-G-A-B como notas passíveis de serem utilizadas), e a melodia é C - A - B - G - E - C, se você pegar a terça maior de cada nota e cantála, vai soar estranho. Você terá que pegar terças maiores e menores, dependendo da nota.
Vamos abrir uma 2ª voz pra essa melodia citada acima: o princípio seria abrir terças pra essa melodia. Como estamos em C maior, só podemos usar notas da escala de C Maior, mesmo que a terça maior de determinado acorde esteja fora da escala de C Maior. Explicando:
Melodia: C - A - B - G - E - C
2ª voz (errada) E - C#- D#- B - G#- E
Note como todas as terças são Maiores. Isso, no entanto, soa errado porque as notas C#, D# e G# não estão na escala de C Maior. A abertura certa da 2ª voz seria:
Melodia: C - A - B - G - E - C
2ª voz: E - C - D - B - G - E
Veja como temos terças Maiores (C-E / G-B) e menores (A-C / B-D / E-G). Esse seria o princípio de se abrir 2ª voz em 3ªs. Seguindo esse princípio, podemos abrir vozes em qualquer intervalo. Basta respeitar a escalaem questão.
Sobre o Sertanejo: o comum em vozes sertanejas é que o tenor
(voz mais aguda) faça a melodia principal e o barítono (voz mais grave) faça
uma 6ª (sim, 6ª) porém uma oitava abaixo. Pra quem já estudou um pouco de
Intervalos/Harmonia antes desse (enorme) post, isso é um intervalo de 3ª
descendente. Explicando:
Melodia: C - E - G - B - C
2ª voz sertaneja errada- A - C#-E - G#- A (mais grave do que a melodia)
Note que todos são intervalos de 6ª maior. Corrigindo essa 2ª voz, temos:
Melodia: C - E - G - B - C
2ª voz sertaneja: A - C - E - G - A (mais grave do que a melodia)
É basicamente isso. São explicaçôes bem condensadas, mas acredito ser um bom resuminho. Pra quem não gostou do post longo, me desculpem. Não revi o texto, então se vocês acharem algum erro, gritem. Quaisquer dúvidas é só escrever novamente, que eu respondo assim que possível. Espero ter ajudado.
Conceitos básicos de teoria musical (pra melhor entendimento):
Intervalo é a distância entre dois sons. Na música ocidental, sua menor divisão é o semitom, ou 1/2 tom. Partindo-se de uma nota fundamental, temos 12 semitons até se chegar na mesma nota. Exemplo:
C - Db - D - Eb - E - F - Gb - G - Ab - A - Bb - B - C
PS: o símbolo "b" significa Bemol, e diminui a altura da nota em um semitom. Sei que o comum é colocar Sustenidos (# - eleva a altura da nota em 1 semitom), mas continuem lendo porque logo abaixo vocês vão entender o porquê.
Esse intervalo entre uma nota e ela mesma, em alturas diferentes, é chamado de oitava. Pegando-se essa mesma escala, temos nomes diferentes de intervalos, e o resumo está abaixo:
C-Db - Segunda menor / C-D - Segunda Maior / C-Eb - Terça menor / C-E - Terça Maior / C-F - Quarta Justa / C-Gb - Quinta Diminuta / C-G - Quinta Justa / C-Ab - Sexta menor / C-A - Sexta Maior / C-Bb - Sétima menor / C-B - Sétima Maior / C-C - Oitava justa
Uma escala é uma sucessão de notas, em uma sequência determinada por um padrão intervalar. Seguindo essa tabela acima, se quisermos formar uma escala Maior, é só pegarmos os intervalos Maiores e agrupá-los de forma sequencial, como feito abaixo:
C - D - E - F - G - A - B - C (note que todas as notas, em relação à nota C, formam intervalos Maiores)
Seguindo a primeira tabelinha, podemos notar o seguinte padrão de intervalos, onde 1 tom equivale a 2 semitons (o intervalo seria o "-" , ou seja, o que separa as notas umas das outras):
1Tom / 1Tom / 1 Semitom / 1 Tom / 1 Tom / 1 Tom / 1 Semitom
Com esse padrão, podemos montar qualquer escala Maior, é só pegar qualquer nota e seguir esse padrão intervalar.
Um acorde, seja ele maior ou menor, é formado por uma tétrade; são quatro notas, também organizadas seguindo intervalos prá-definidos. Vamos ver, por agora, só as tríades formadoras dos acordes, pra maoir entendimento.
As tríades são 3 notas que formam o "esqueleto" do acorde. Uma tríade Maior é formada por uma nota fundametal, sua Terça Maior e sua quinta Justa. Com esse padrão intervalar pode-se montar qualquer acorde. Como colocado numa mensagem acima, um acorde de C maior é formado por C - E - G.
A tríade menor difere da tríade maior por apenas uma nota: a terça. No acorde Maior, ela é uma Terça Maior; no acorde menor, é uma terça menor. O mesmo exmplo em C, então, ficaria C - Eb - G.
Agora vamos ao que interessa: 2ª voz
Geralmente, na música popular se usa muito a 2ª voz aberta em terças maiores. Até aqui nenhuma novidade, isso já foi dito nas mensagens anteriores. O que é novidade é que, se você for acompanhar a melodia do cantor principal, você terá que se adaptar harmonicamente (dentro da harmonia em questão) à essa melodia. Por exemplo, numa música que está em C maior (tendo C-D-E-F-G-A-B como notas passíveis de serem utilizadas), e a melodia é C - A - B - G - E - C, se você pegar a terça maior de cada nota e cantála, vai soar estranho. Você terá que pegar terças maiores e menores, dependendo da nota.
Vamos abrir uma 2ª voz pra essa melodia citada acima: o princípio seria abrir terças pra essa melodia. Como estamos em C maior, só podemos usar notas da escala de C Maior, mesmo que a terça maior de determinado acorde esteja fora da escala de C Maior. Explicando:
Melodia: C - A - B - G - E - C
2ª voz (errada) E - C#- D#- B - G#- E
Note como todas as terças são Maiores. Isso, no entanto, soa errado porque as notas C#, D# e G# não estão na escala de C Maior. A abertura certa da 2ª voz seria:
Melodia: C - A - B - G - E - C
2ª voz: E - C - D - B - G - E
Veja como temos terças Maiores (C-E / G-B) e menores (A-C / B-D / E-G). Esse seria o princípio de se abrir 2ª voz em 3ªs. Seguindo esse princípio, podemos abrir vozes em qualquer intervalo. Basta respeitar a escala
Sobre
Melodia: C - E - G - B - C
2ª voz sertaneja errada- A - C#-E - G#- A (mais grave do que a melodia)
Note que todos são intervalos de 6ª maior. Corrigindo essa 2ª voz, temos:
Melodia: C - E - G - B - C
2ª voz sertaneja: A - C - E - G - A (mais grave do que a melodia)
É basicamente isso. São explicaçôes bem condensadas, mas acredito ser um bom resuminho. Pra quem não gostou do post longo, me desculpem. Não revi o texto, então se vocês acharem algum erro, gritem. Quaisquer dúvidas é só escrever novamente, que eu respondo assim que possível. Espero ter ajudado.
Cobertura Vocal
Cobertura, cover
, arredondamento, deckung, vowel modification, agiustamento, copertura, e
vários outros termos são aplicados à mesma coisa.
Se engana quem acha que é um recurso do canto lírico, na verdade não é lírico nem popular, uma vez que é o controle indireto dos músculos involuntários da laringe através de uma modificação mas vogais na medida em que fazemos uma escala ou vocalize do grave para o agudo. É claro que o segredo disso é onde começa a modificação e qual a taxa de modificação aplicada (sempre mínima).
O resultado não deve ser percebido por quem escuta, e sim só por quem produz.
Se engana quem acha que é um recurso do canto lírico, na verdade não é lírico nem popular, uma vez que é o controle indireto dos músculos involuntários da laringe através de uma modificação mas vogais na medida em que fazemos uma escala ou vocalize do grave para o agudo. É claro que o segredo disso é onde começa a modificação e qual a taxa de modificação aplicada (sempre mínima).
O resultado não deve ser percebido por quem escuta, e sim só por quem produz.
CANTOR X PÚBLICO
Simplificando, é
uma técnica para relaxar os músculos da laringe nos agudos e nos hiper agudos.
Na minha opinião é a chave para que os agudos que todos buscam comecem a rolar......
Na minha opinião é a chave para que os agudos que todos buscam comecem a rolar......
Dificilmente
iremos para os agudos com liberdade se a zona de passagem não for bem feita e
nisso a modificação de vogal ajuda muito.
Internacionalmente e bem aceito a idéia de passagio, tomando por exemplo um tenor lírico, primeiro passagio (Ré) e segundo Passagio (F#).
A respeito do controle indireto dos músculos da laringe através de modificação de vogal ou vowel modification, é uma forma de controlar músculos que não obedecem a um controle direto. Por exemplo, ninguém consegue relaxar a tensão nas cordas vocais pensando nelas diretamente, uma vez que o ser humano mal tem sensações precisas neste local, aliás, muitas pessoas não sabem nem dizer precisamente onde elas ficam, bem como os músculos da laringe.
Com o pensamento voltado para as vogais e fazendo o serviço correto podemos relaxar os músculos da laringe na medida em que vamos para os agudos, não porque pensamos nesses músculos, mas como conseqüência de pensar em uma vogal sendo ligeiramente modificada.
Em relação aos exercícios é um pouco complicado de fazer sem uma correta orientação de um professor ouvindo o que você está fazendo. Em todo o caso lá vai:
Internacionalmente e bem aceito a idéia de passagio, tomando por exemplo um tenor lírico, primeiro passagio (Ré) e segundo Passagio (F#).
A respeito do controle indireto dos músculos da laringe através de modificação de vogal ou vowel modification, é uma forma de controlar músculos que não obedecem a um controle direto. Por exemplo, ninguém consegue relaxar a tensão nas cordas vocais pensando nelas diretamente, uma vez que o ser humano mal tem sensações precisas neste local, aliás, muitas pessoas não sabem nem dizer precisamente onde elas ficam, bem como os músculos da laringe.
Com o pensamento voltado para as vogais e fazendo o serviço correto podemos relaxar os músculos da laringe na medida em que vamos para os agudos, não porque pensamos nesses músculos, mas como conseqüência de pensar em uma vogal sendo ligeiramente modificada.
Em relação aos exercícios é um pouco complicado de fazer sem uma correta orientação de um professor ouvindo o que você está fazendo. Em todo o caso lá vai:
1- Faça um
arpejo em terças com a extensão de duas oitavas começando pelo dó central (caso
você seja soprano) DO MI SOL DO MI SOL DO
2- Utilize a vogal I
2- Utilize a vogal I
3- As três
primeiras notas pense na vogal i da palavra índio em seguida comece a modificar
para a vogal i da palavra ich (eu em alemão)
4-Nunca permita que um i da palavra índio se transforme totalmente no i da palavra ich. na verdade você mescla a primeira vogal com a outra de um modo muito gradativo,
se fizer tudo certo você vai perceber que o simples fato de modificar o i, vai relaxando a musculatura na medida em que vai para o agudo.
com a prática ninguém percebe diferença de timbre no seu i do grave para o agudo, pois essa técnica é para relaxar os músculos e não alterar o som do i.
repito que sem professor fica complicado, e alguns não gostam ou não pensam dessa maneira ou até desconhecem.
Os professores que conhecem mais não gostam tem receio do aluno ficar demarcando lugares ao piano aonde ele deva modificar a vogal, e na verdade com a pratica não precisa demarcar nada.
Bom, o conceito é esse, para todas vogais, tem sua justa modificação.
espero ter esclarecido. o assunto pode ser um pouco complicado, mas a aplicação pratica é muito simples.
para os tenores rola o mesmo uma oitava abaixo.
4-Nunca permita que um i da palavra índio se transforme totalmente no i da palavra ich. na verdade você mescla a primeira vogal com a outra de um modo muito gradativo,
se fizer tudo certo você vai perceber que o simples fato de modificar o i, vai relaxando a musculatura na medida em que vai para o agudo.
com a prática ninguém percebe diferença de timbre no seu i do grave para o agudo, pois essa técnica é para relaxar os músculos e não alterar o som do i.
repito que sem professor fica complicado, e alguns não gostam ou não pensam dessa maneira ou até desconhecem.
Os professores que conhecem mais não gostam tem receio do aluno ficar demarcando lugares ao piano aonde ele deva modificar a vogal, e na verdade com a pratica não precisa demarcar nada.
Bom, o conceito é esse, para todas vogais, tem sua justa modificação.
espero ter esclarecido. o assunto pode ser um pouco complicado, mas a aplicação pratica é muito simples.
para os tenores rola o mesmo uma oitava abaixo.
Moçada, é o
seguinte, não vamos chamar isso de máscara, pois de máscara não tem nada.
Devemos sempre que possível, associar o nome ao mecanismo verdadeiro usado. Por
essa razão que o termo cobertura, cover, copertura de la voce, etc... não dizem
direito ao que se propõem. Vamos chamar de ajuste de vogal ou modificação de
vogal, assim o nome já dá uma idéia do serviço ok?
Na verdade existem vários tipos da vogal "i", vou citar pelo menos 3:
i da palavra índio
i francês i/u
i/e no português de Portugal e tupi guarani.
o i da palavra ich não é nenhum dos citados acima, é um i um pouco mais escuro. como também o thin inglês.
não existe em português o que é uma pena senão já teria falado... depois falamos mais.
Tente com a vogal A, sendo modificada ligeiramente para Ó no mesmo lugar do exercício com o Í, o A da palavra FATHER indo para Ó da palavra SONG. Mas não se esqueça que você só deve mesclar e não modificar totalmente.
Na verdade existem vários tipos da vogal "i", vou citar pelo menos 3:
i da palavra índio
i francês i/u
i/e no português de Portugal e tupi guarani.
o i da palavra ich não é nenhum dos citados acima, é um i um pouco mais escuro. como também o thin inglês.
não existe em português o que é uma pena senão já teria falado... depois falamos mais.
Tente com a vogal A, sendo modificada ligeiramente para Ó no mesmo lugar do exercício com o Í, o A da palavra FATHER indo para Ó da palavra SONG. Mas não se esqueça que você só deve mesclar e não modificar totalmente.
Quem tiver interesse e curiosidade deste exercício faça o
seguinte:
HOMENS – cantem a seguinte seqüência com a vogal E da palavra elefante.
DO MI SOL DO MI SOL DO (duas oitavas)
Quem não conseguir ir até o DÓ agudo faz só
DO MI SOL DO MI SOL
HOMENS – cantem a seguinte seqüência com a vogal E da palavra elefante.
DO MI SOL DO MI SOL DO (duas oitavas)
Quem não conseguir ir até o DÓ agudo faz só
DO MI SOL DO MI SOL
Quem não conseguir até o SOL faz
DO MI SOL DO MI
O E da segunda oitava começa a ser ligeiramente modificado (um pouco mais escuro gradativamente)
MULHERES –façam com I da palavra INDIO a mesma coisa
Cada voz tem um melhor lugar pra começar a modificação
DO MI SOL DO MI
O E da segunda oitava começa a ser ligeiramente modificado (um pouco mais escuro gradativamente)
MULHERES –façam com I da palavra INDIO a mesma coisa
Cada voz tem um melhor lugar pra começar a modificação
Aquecimento
Vocal - Três Técnicas Básicas
Técnicas para
os lábios
Esse exercício é
feito com a vibração dos lábios. Para isso, deve-se levar os lábios à frente,
elevando o diafragma, para que este sirva de apoio na execução do exercício. Os
lábios devem ficar completamente relaxados, para que a passagem de ar entre
eles faça-os vibrar. O resultado desta vibração, lembra a pronúncia conjunta
das letras BR e poderíamos compará-lo a uma imitação do ronco do motor de uma
moto.
Técnica da
língua
Esta técnica é
realizada com a vibração da língua, lembrando uma pronúncia exagerada da letra
R. Para a execução desta técnica, também deve-se elevar o diafragma fazendo com
que este proporcione um bom apoio. O som deste exercício nos faz lembrar uma
hélice de helicóptero em
movimento. Procure passear com estas técnicas por regiões
graves e agudas de sua voz.
Técnicas com a
letra M
Este exercício é
feito para que, a princípio, a pessoa sinta a vibração da letra M internamente
e, sobretudo, sinta esta ressonância na região das bochechas (caixa de
ressonância da voz).
O efeito deste M
interno nada mais é do que a própria preparação bocal que fazemos normalmente
para que possamos pronunciar palavras que comecem com esta letra, porém, esta
preparação será agora prolongada.
Para se produzir
este M interno corretamente, deve-se cerrar os lábios e imaginar um espaço
dentro da boca suficiente para caber uma bola de ping-pong. A ponta da língua
deve estar em contato com os dentes frontais superiores e o som do exercício
lembra a pronúncia do nº 1, porém prolongado e com a boca fechada.
É preciso tomar
cuidado para que a vibração do som não se torne nasal, pois após um tempo de
sustentação deste som, com o apoio da elevação do diafragma, a boca se abre
lentamente na pronúncia da sílaba MO, prolongando-se o O.
Para uma boa
execução deste exercício, sugiro um prolongamento de quatro tempos, marcados
pausadamente, para a sustentação do M interno e mais quatro tempos para a
sustentação da letra O.
Este M interior,
é muito utilizado na forma de "mantra" (sons utilizados no processo
de meditação, que possuem significados importantes nas religiões orientais) e o
ideal é que seja pronunciado como forma de reflexão do som que todos nós
possuímos e queremos aprender a usar.
Mais uma vez
quero ressaltar a importância da elevação do diafragma. Para isso, você pode, a
princípio, contrair a barriga, descontraindo-a gradativamente a medida que o
exercício é realizado e o ar inspirado no início é solto.
Quando falo das
bochechas com caixa de ressonância, é para conscientiza-lo que, trazer a
vibração do som exclusivamente para a garganta é um "suicídio vocal"
ou seja, um convite a rouquidão ou a aquisição de nódulos vocais, entre outros
danos.
Por fim, quero
colocar que estes exercícios servem como um aquecimento para as cordas vocais,
como um início de utilização do diafragma e devem ser feitos descontraidamente,
pois desta forma serão incorporados, assim como a ginga natural de um bom
sambista.
Exercícios
Relaxamento
1) Bem devagar,
faça movimentos com a cabeça: primeiro, para a frente, como se fosse encostar o
queixo na base do pescoço; depois, para trás, apontando o queixo para o teto;
depois para os lados, tentando encostar a orelha no ombro (não eleve o ombro!);
2) Sempre devagar, faça movimentos de rotação com a cabeça. Deixe ombros relaxados (se ficar tonto, pare, leve a língua ao céu da boca e aperte);
3) Faça movimentos circulares de rotação com os ombros - primeiro de trás para a frente, depois inverta;
4) Em pé, procure alcançar o teto com as mãos. Sinta a musculatura se alongando, especialmente a dos braços e das laterais do tronco. Deixe, então, o corpo "desabar" para a frente, com as mãos em direção ao solo. Vá levantando lentamente, começando pela cintura - a cabeça é a última a voltar à posição ereta;
5) Esfregue as mãos para aquecê-las. Massageie então o seu pescoço, começando atrás das orelhas e descendo até os ombros. Sinta os pontos mais tensos e massagei-os com as pontas dos dedos;
6) Deitado de costas, contraia apenas os dedos dos pés. Perceba a tensão, então relaxe os dedos. Perceba a diferença entre os estados de tensão e relaxamento. Repita a operação para cada parte do corpo - pé, batata da perna, joelho, até chegar ao rosto. Aprenda a sentir o constraste entre tensão/relaxamento para poder identificar partes de seu corpo tensas.
2) Sempre devagar, faça movimentos de rotação com a cabeça. Deixe ombros relaxados (se ficar tonto, pare, leve a língua ao céu da boca e aperte);
3) Faça movimentos circulares de rotação com os ombros - primeiro de trás para a frente, depois inverta;
4) Em pé, procure alcançar o teto com as mãos. Sinta a musculatura se alongando, especialmente a dos braços e das laterais do tronco. Deixe, então, o corpo "desabar" para a frente, com as mãos em direção ao solo. Vá levantando lentamente, começando pela cintura - a cabeça é a última a voltar à posição ereta;
5) Esfregue as mãos para aquecê-las. Massageie então o seu pescoço, começando atrás das orelhas e descendo até os ombros. Sinta os pontos mais tensos e massagei-os com as pontas dos dedos;
6) Deitado de costas, contraia apenas os dedos dos pés. Perceba a tensão, então relaxe os dedos. Perceba a diferença entre os estados de tensão e relaxamento. Repita a operação para cada parte do corpo - pé, batata da perna, joelho, até chegar ao rosto. Aprenda a sentir o constraste entre tensão/relaxamento para poder identificar partes de seu corpo tensas.
EXERCÍCIOS FÍSICOS
Alguns exercícios físicos para desenvolver os músculos do tórax. O tórax é a caixa onde estão alojados os pulmões, recipientes do ar, e o canto exige um desenvolvimento de sua musculatura.
Os exercícios seguintes, com os quais deve começar a educação vocal, oferecem ainda as vantagens de endireitar as espáduas curvadas, desenvolver o busto e fortificar o músculos que sustentam os seios.
Primeiro exercício: Mova os ombros, descrevendo com eles um círculo o mais amplo possível para cima, para trás, para baixo, para frente). Enquanto realiza estes movimentos, os braços permanecerão relaxados e soltos ao longo do corpo como um boneco de trapo. Insista no movimento particularmente para trás, que corrige as omoplatas salientes.
A atitude para o cantor é a que resulta do exercício no momento em que os ombros voltam a baixar logo depois de terem sido levados para trás, porém, flexivelmente.
Segundo exercício: Coloque os braços ao longo do corpo com as mãos espalmadas.
1º) Vá levantando-os lateralmente até alcançar a altura dos ombros.
2º) Momento de suspenso. Gire as mãos colocando as palmas para cima
3º) Levante os braços até que as mãos toquem por cima da cabeça, sem dobrar as articulações. Estique os braços o mais alto possível, como se quisesse alcançar o teto.
Durante esta subida efetue uma grande inspiração, cortando-a no momento de suspenso, porém sem soltar o ar. Os pulmões devem estar cheios quando as mãos se encontrarem por cima da cabeça.
4º) Abaixe os braços até a altura dos ombros.
5º) Momento de suspenso. Gire as palmas para baixo.
6º) Abaixe os braços ao longo do corpo
Este momento de descida deve ser acompanhado de uma expiração completa, interrompida no momento de suspenso (sem retomar o ar durante o mesmo).
O ar deve ser administrado de tal maneira que permita uma respiração regular.
Para obter um maior proveito desses movimentos, é preciso que os faça com energia. Executados brandamente seriam pouco menos que inúteis.
Seria bom imaginar ter um grande peso em cada mão, que se opõe tanto à subida como na descida.
Terceiro exercício: Inicia com os punhos cerrados e colocados diante do peito. Evite fortes cotoveladas para trás e volte os punhos à sua posição normal.
Quarto exercício: Estenda os braços em forma de cruz e, conservando esta posição, adentre o quanto seja possível em qualquer ângulo da casa, avançando de frente para a aresta.
Quinto exercício: Separe as pernas, afrouxe os braços e agache-se ao expirar e levante-se ao inspirar.
EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS
Primeiro exercício: Para o controle da permeabilidade nasal:
1º) Inspire profundamente pela narina direita, apoiando o polegar sobre a narina esquerda para fechá-la.
2º) Retenha o ar fechando as duas narinas com o polegar e o indicador.
3º) Destape a narina esquerda e expire por ela.
4º) Suspenso.
5º) Aspire profundamente por esta mesma narina. Tape-a novamente e expire pela direita. Prossiga deste modo tapando alternadamente uma e outra narina.
Este exercício é excelente pela massagem que provoca nas fossas nasais; é um dos mais antigos e céleres exercícios dos Yoga, da Índia, que lhe atribuem efeitos maravilhosos para limpar o cérebro e purificar o sistema nervoso. Permite um maior rendimento no trabalho mental e favorece o descanso do intelecto depois de um esforço do pensamento. Porém, para realizá-lo segundo os preceitos da Yoga, seu ritmo deve ser regido pelas batidas do coração: a inspiração durará 6 batidas, o suspenso3, a expiração 6 e o suspenso 3.
Segundo exercício: Realize várias expirações e inspirações profundas, movimentando ao máximo a caixa torácica, e sem levantar os ombros (controle-se pelo aparelho).
Importante: Para todos os exercícios seguintes, a inspiração deverá ser ampla e silenciosa, como ao inspirar o perfume de uma flor: as narinas se abrem amplamente, as costelas se separam e o diafragma desce. Para obter a respiração total requerida por estes exercícios, deve ter-se a sensação de encher os pulmões primeiramente pela sua parte inferior.
Terceiro exercício:
1º) Inspire profundamente (tal como indicado acima).
2º) Instante de suspenso, para o bloqueio da costelas e do ar.
3º) Aproximando os lábios como para assobiar, envie um pequeno jorro do ar, no dorso da mão. Imagine que o ar bloqueado tem como única saída o orifício de uma agulha. O jorro de ar deve ser frio e compacto: se for quente, isso indica que o ar passaem excesso. A
expiração (que durará 30 segundos) deve ser feita sem tropeços.
Quarto exercício:
1º) e 2º) tempos como o terceiro exercício.
3º) Como o anterior, porém interrompendo duas vezes a expiração, sem retomar o ar durante esses cortes.
Quinto exercício:
1º) e 2º) tempos como o terceiro exercício.
3º) Diga sss..., como para fazer alguém calar. A duração mínima da expiração será de 30 segundos.
Vigie a calma e a regularidade da emissão. Para isso, imagine que o som sss... tropeça contra uma parede intransponível: os incisivos superiores.
Sexto exercício:
1º) e 2º) tempos como os anteriores.
3º) Expire sobre zzz... (30 segundos). O "z" francês, como o zumbido de uma abelha.
Sétimo exercício:
1º) e 2º) tempos como os anteriores.
3º) Expire sobre iii... (30 segundos). Esta vogal deve ser murmurada sem voz e se sente o ar como freado no palato ósseo.
Oitavo exercício:
1º) e 2º) tempos como para os demais
3º) Conte 1, 2, 3 etc (com uma voz de cabeça muito leviana) expulsando o ar estritamente necessário para a palavra, e suspendendo a expulsão entre dois números.
A princípio deve chegar a contar 60, para passar logo de 100.
É conveniente fazer estes exercícios respiratórios diariamente, o que não levará mais de 10 ou 12 minutos e podem ser feitos a qualquer hora do dia.
Porém, Porém, cuide para não se cansar, especialmente se teve algum problema com a pleura. nesse caso deverá proceder gradualmente com muita prudência
Alguns exercícios físicos para desenvolver os músculos do tórax. O tórax é a caixa onde estão alojados os pulmões, recipientes do ar, e o canto exige um desenvolvimento de sua musculatura.
Os exercícios seguintes, com os quais deve começar a educação vocal, oferecem ainda as vantagens de endireitar as espáduas curvadas, desenvolver o busto e fortificar o músculos que sustentam os seios.
Primeiro exercício: Mova os ombros, descrevendo com eles um círculo o mais amplo possível para cima, para trás, para baixo, para frente). Enquanto realiza estes movimentos, os braços permanecerão relaxados e soltos ao longo do corpo como um boneco de trapo. Insista no movimento particularmente para trás, que corrige as omoplatas salientes.
A atitude para o cantor é a que resulta do exercício no momento em que os ombros voltam a baixar logo depois de terem sido levados para trás, porém, flexivelmente.
Segundo exercício: Coloque os braços ao longo do corpo com as mãos espalmadas.
1º) Vá levantando-os lateralmente até alcançar a altura dos ombros.
2º) Momento de suspenso. Gire as mãos colocando as palmas para cima
3º) Levante os braços até que as mãos toquem por cima da cabeça, sem dobrar as articulações. Estique os braços o mais alto possível, como se quisesse alcançar o teto.
Durante esta subida efetue uma grande inspiração, cortando-a no momento de suspenso, porém sem soltar o ar. Os pulmões devem estar cheios quando as mãos se encontrarem por cima da cabeça.
4º) Abaixe os braços até a altura dos ombros.
5º) Momento de suspenso. Gire as palmas para baixo.
6º) Abaixe os braços ao longo do corpo
Este momento de descida deve ser acompanhado de uma expiração completa, interrompida no momento de suspenso (sem retomar o ar durante o mesmo).
O ar deve ser administrado de tal maneira que permita uma respiração regular.
Para obter um maior proveito desses movimentos, é preciso que os faça com energia. Executados brandamente seriam pouco menos que inúteis.
Seria bom imaginar ter um grande peso em cada mão, que se opõe tanto à subida como na descida.
Terceiro exercício: Inicia com os punhos cerrados e colocados diante do peito. Evite fortes cotoveladas para trás e volte os punhos à sua posição normal.
Quarto exercício: Estenda os braços em forma de cruz e, conservando esta posição, adentre o quanto seja possível em qualquer ângulo da casa, avançando de frente para a aresta.
Quinto exercício: Separe as pernas, afrouxe os braços e agache-se ao expirar e levante-se ao inspirar.
EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS
Primeiro exercício: Para o controle da permeabilidade nasal:
1º) Inspire profundamente pela narina direita, apoiando o polegar sobre a narina esquerda para fechá-la.
2º) Retenha o ar fechando as duas narinas com o polegar e o indicador.
3º) Destape a narina esquerda e expire por ela.
4º) Suspenso.
5º) Aspire profundamente por esta mesma narina. Tape-a novamente e expire pela direita. Prossiga deste modo tapando alternadamente uma e outra narina.
Este exercício é excelente pela massagem que provoca nas fossas nasais; é um dos mais antigos e céleres exercícios dos Yoga, da Índia, que lhe atribuem efeitos maravilhosos para limpar o cérebro e purificar o sistema nervoso. Permite um maior rendimento no trabalho mental e favorece o descanso do intelecto depois de um esforço do pensamento. Porém, para realizá-lo segundo os preceitos da Yoga, seu ritmo deve ser regido pelas batidas do coração: a inspiração durará 6 batidas, o suspenso
Segundo exercício: Realize várias expirações e inspirações profundas, movimentando ao máximo a caixa torácica, e sem levantar os ombros (controle-se pelo aparelho).
Importante: Para todos os exercícios seguintes, a inspiração deverá ser ampla e silenciosa, como ao inspirar o perfume de uma flor: as narinas se abrem amplamente, as costelas se separam e o diafragma desce. Para obter a respiração total requerida por estes exercícios, deve ter-se a sensação de encher os pulmões primeiramente pela sua parte inferior.
Terceiro exercício:
1º) Inspire profundamente (tal como indicado acima).
2º) Instante de suspenso, para o bloqueio da costelas e do ar.
3º) Aproximando os lábios como para assobiar, envie um pequeno jorro do ar, no dorso da mão. Imagine que o ar bloqueado tem como única saída o orifício de uma agulha. O jorro de ar deve ser frio e compacto: se for quente, isso indica que o ar passa
Quarto exercício:
1º) e 2º) tempos como o terceiro exercício.
3º) Como o anterior, porém interrompendo duas vezes a expiração, sem retomar o ar durante esses cortes.
Quinto exercício:
1º) e 2º) tempos como o terceiro exercício.
3º) Diga sss..., como para fazer alguém calar. A duração mínima da expiração será de 30 segundos.
Vigie a calma e a regularidade da emissão. Para isso, imagine que o som sss... tropeça contra uma parede intransponível: os incisivos superiores.
Sexto exercício:
1º) e 2º) tempos como os anteriores.
3º) Expire sobre zzz... (30 segundos). O "z" francês, como o zumbido de uma abelha.
Sétimo exercício:
1º) e 2º) tempos como os anteriores.
3º) Expire sobre iii... (30 segundos). Esta vogal deve ser murmurada sem voz e se sente o ar como freado no palato ósseo.
Oitavo exercício:
1º) e 2º) tempos como para os demais
3º) Conte 1, 2, 3 etc (com uma voz de cabeça muito leviana) expulsando o ar estritamente necessário para a palavra, e suspendendo a expulsão entre dois números.
A princípio deve chegar a contar 60, para passar logo de 100.
É conveniente fazer estes exercícios respiratórios diariamente, o que não levará mais de 10 ou 12 minutos e podem ser feitos a qualquer hora do dia.
Porém, Porém, cuide para não se cansar, especialmente se teve algum problema com a pleura. nesse caso deverá proceder gradualmente com muita prudência
Respiratório
1)
Inspirar expandindo o tórax/barriga; sinta o alargamento das costelas
flutuantes, mais ou menos na altura da cintura. Não levante os ombros nem
estufe o peito! Mantenha a musculatura do pescoço relaxada. Prenda o ar por
alguns segundos e expire esvaziando totalmente os pulmões;
2)
Repita o ex.1, fazendo o som "SSSSS..." (contínuo) durante a
expiração; mantenha o som homogêneo, estável, sem variações de intensidade, durante
um tempo confortável e sem exageros;
3)
Repita o ex.1, desta vez fazendo sons curtos em "S" (stacatto); a
cada som, procure expandir o tórax (como se quisesse alargar a cintura);
4)
Alternar os sons "SSSSS" e "S" "S" "S"
(contínuo/stacatto);
5)
Repetir os mesmo exercícios acima, com os sons "CH" e
"FFFF"; marque o tempo que achar confortável, e procure ir aumentando
sua capacidade, sem perder qualidade;
6)
Inspire lentamente enquanto caminha 5 passos; observe o alargamento do tórax.
Quando for dar o 6o. passo, comece a fazer o som "hummmmm..." com a
boca fechada (bocachiusa) por mais 5 passos. Atenção: use a região média de sua
voz (não deve ser muito aguda nem muito grave). No 6o. passo, expire todo o ar
que restou e recomece o ciclo todo novamente;
7)
Repita o ex.6, mas ao invés de "hummmm", conte de 1 até 5, dizendo um
número a cada passo. Novamente, use a região média de sua voz;
8) Repita os ex.7, mas tente
variar o tempo de expiração. Tente ir acrescentando mais passos para cada
número que for dizendo. Isto vai auxiliá-lo a monitorar seu progresso.
Exercícios Ressonância
Atacando um Tom
Vocal:
1. Inspire como se fosse bocejar
2. Sinta por toda parte central o seu corpo expandido
3. Assim que sentir que já está confortavelmente com ar suficiente, segure a respiração por um momento.
4. Inicie o som vocal de forma de bem descontraída e natural, sem uso de nenhum esforço físico consciente.
1. Inspire como se fosse bocejar
2. Sinta por toda parte central o seu corpo expandido
3. Assim que sentir que já está confortavelmente com ar suficiente, segure a respiração por um momento.
4. Inicie o som vocal de forma de bem descontraída e natural, sem uso de nenhum esforço físico consciente.
Pense em formar o
som vocal com a mente e não com as pregas vocais. Sentirá como se o céu da boca
estivesse vibrando. (Isso é Cantar com Máscara)
I Exercício
a) Utilize a palavra MÃO ou a sílaba NOU, alternando entre uma e outra.
b) Pratique com sua voz normal, antes de começar a cantar.
c) Pode estender as palavras tentando reproduzir letra por letra: MMMÃÃÃOOO ou NNNOOOUUU.
a) Utilize a palavra MÃO ou a sílaba NOU, alternando entre uma e outra.
b) Pratique com sua voz normal, antes de começar a cantar.
c) Pode estender as palavras tentando reproduzir letra por letra: MMMÃÃÃOOO ou NNNOOOUUU.
II Exercício
a) Faça o som de HUM de um modo leve e sentirá uma vibração no teto da boca.
b) Deixe os dentes separados.
a) Faça o som de HUM de um modo leve e sentirá uma vibração no teto da boca.
b) Deixe os dentes separados.
III Exercício
a) Diga a sílaba MI, fazendo primeiro somente o som de M e alternando em seguida para o som do I.
b) Abra a boca vagarozamente, fazendo MMMMIIII...
a) Diga a sílaba MI, fazendo primeiro somente o som de M e alternando em seguida para o som do I.
b) Abra a boca vagarozamente, fazendo MMMMIIII...
Sustentando um Tom
Vocal:
1. Mantenha a expansão em volta em volta da parte central de seu corpo todo o tempo que ocorrer a duração do som.
2. Posicione-se numa boa postura, colocando-se de pé em uma posição bem ereta, esticando a espinha enquanto o som estiver sendo produzido.
1. Mantenha a expansão em volta em volta da parte central de seu corpo todo o tempo que ocorrer a duração do som.
2. Posicione-se numa boa postura, colocando-se de pé em uma posição bem ereta, esticando a espinha enquanto o som estiver sendo produzido.
Pense no som
fluindo para fora do seu corpo, mas que a respiração permanece lá dentro.
Procure pensar na inalação do ar enquanto estiver segurando o som.
Procure pensar na inalação do ar enquanto estiver segurando o som.
Cuidado:
a) O som deve ser estável e consistente. Nada de ondulações.
b) Conserve o tom de qualidade ou sonoridade, a menos que a interpretação não exija.
c) O ar deve vir preciso e o mais vagarosamente possível.
d) Use a respiração de apoio.
e) O som deve ser vivo e encabeçado algumas vezes.
f) Equilibre uma tensão entre os músculos de inalação e exalação.
a) O som deve ser estável e consistente. Nada de ondulações.
b) Conserve o tom de qualidade ou sonoridade, a menos que a interpretação não exija.
c) O ar deve vir preciso e o mais vagarosamente possível.
d) Use a respiração de apoio.
e) O som deve ser vivo e encabeçado algumas vezes.
f) Equilibre uma tensão entre os músculos de inalação e exalação.
I Exercício
a) Posicione-se em frente ao espelho e confira sua postura e seu modo de respirar enquanto pratica a sustentação do som.
b) Faça o som da letra M, numa altura confortável.
c) Mantenha o som estável, vibrante e com a sensação de fluência.
d) Repita várias vezes.
a) Posicione-se em frente ao espelho e confira sua postura e seu modo de respirar enquanto pratica a sustentação do som.
b) Faça o som da letra M, numa altura confortável.
c) Mantenha o som estável, vibrante e com a sensação de fluência.
d) Repita várias vezes.
II Exercício
a) Execute a sustentação com a letra N, depois acrescente a vogal Ô: NNNNÔÔÔÔ...
b) Sustente ao máximo a vogal Ô, de modo confortável, mantendo o som estável, vibrante e fluente.
a) Execute a sustentação com a letra N, depois acrescente a vogal Ô: NNNNÔÔÔÔ...
b) Sustente ao máximo a vogal Ô, de modo confortável, mantendo o som estável, vibrante e fluente.
Durante a
sustentação do som, a garganta deve seguir de acordo com a posição inicial de
bocejo. Procure sentir o céu da boca vibrar quanto estiver executando o som do
M, isso ajudará tanto na qualidade do tom quanto na eficiência da ação das
pregas vocais.
Evite o uso da
língua, lábios ou maxilares. Estes articuladores só serão utilizados pra
iniciar ou finalizar um tom vocal. No momento que se estiver sustentando um
som, procure manter a língua, lábios e maxilares numa posição de descanso.
Ponha-se em frente
ao espelho e pratique a seguintes formas de sustentar o som:
Método I
1. Tome aquela posição de bocejo enquanto inala.
2. Tente manter o item anterior enquanto pronuncia: A A A A A A A H H H.
3. Repita várias vezes. Quando sentir segurança passe para o processo seguinte.
1. Tome aquela posição de bocejo enquanto inala.
2. Tente manter o item anterior enquanto pronuncia: A A A A A A A H H H.
3. Repita várias vezes. Quando sentir segurança passe para o processo seguinte.
Método II
1. Acrescente à sensação de bocejo aquela vibração do céu da boca.
2. Repita várias vezes até sentir a vibração. Quando sentir segurança passe para o processo seguinte.
1. Acrescente à sensação de bocejo aquela vibração do céu da boca.
2. Repita várias vezes até sentir a vibração. Quando sentir segurança passe para o processo seguinte.
Método III
1. Pratique sustentando a palavra MÁ: M M M M M Á Á Á Á Á.
2. Mantenha os articuladores em posições de relaxamento, até terminar a fonação do M.
3. Sustente agora numa única respiração a seguinte pronuncia: MÁ, MÁ, MÁ, MÁ, MÁ.
4. Utilize o espelho para observar se os lábios e os maxilares pareçam livres e relaxados.
1. Pratique sustentando a palavra MÁ: M M M M M Á Á Á Á Á.
2. Mantenha os articuladores em posições de relaxamento, até terminar a fonação do M.
3. Sustente agora numa única respiração a seguinte pronuncia: MÁ, MÁ, MÁ, MÁ, MÁ.
4. Utilize o espelho para observar se os lábios e os maxilares pareçam livres e relaxados.
1. Faça os mesmos
métodos utilizando IA.
Finalizando um Tom
Vocal:
1. Um bom escoamento de um som deve ser limpo, preciso e firme até o último momento.
2. A respiração de apoio necessária para sustentar o som deve persistir até o a finalização.
2.1. Não deve enfraquecer-se ou morrer por deficiência de energia.
2.2. Não deve se antecipar o escoamento, pois pode fazer com que o apoio se acabe antes da hora, ou causará tensão na garganta em preparação para a vogal ou consoante que termina a palavra.
3. Não tente finalizar o som parando ou apertando-o em sua garganta, ou interrompendo a respiração. Assim será causada uma tensão e o som tenderá a sair forçado.
Dica:
Quando o som terminar com uma vogal, você deverá conclui-lo com uma consoante.
1. Um bom escoamento de um som deve ser limpo, preciso e firme até o último momento.
2. A respiração de apoio necessária para sustentar o som deve persistir até o a finalização.
2.1. Não deve enfraquecer-se ou morrer por deficiência de energia.
2.2. Não deve se antecipar o escoamento, pois pode fazer com que o apoio se acabe antes da hora, ou causará tensão na garganta em preparação para a vogal ou consoante que termina a palavra.
3. Não tente finalizar o som parando ou apertando-o em sua garganta, ou interrompendo a respiração. Assim será causada uma tensão e o som tenderá a sair forçado.
Dica:
Quando o som terminar com uma vogal, você deverá conclui-lo com uma consoante.
Ex.:
1. Posicione-se em frente ao espelho e observe os lábios, língua e maxilares enquanto pratica os sons finais.
2. Cante a palavra GOL, várias vezes, tomando cuidado para manter o tom equilibrado e consistente até o momento final em que reproduzirá o L, rapidamente, firme e limpo.
1. Posicione-se em frente ao espelho e observe os lábios, língua e maxilares enquanto pratica os sons finais.
2. Cante a palavra GOL, várias vezes, tomando cuidado para manter o tom equilibrado e consistente até o momento final em que reproduzirá o L, rapidamente, firme e limpo.
Ex:
1. Pratique com a sílaba LOU, imaginando que há uma consoante no final.
2. Tente outras combinações de vogais e consoantes; qualquer palavra monossílaba poderá ser usada para essa prática.
1. Pratique com a sílaba LOU, imaginando que há uma consoante no final.
2. Tente outras combinações de vogais e consoantes; qualquer palavra monossílaba poderá ser usada para essa prática.
Quando surge problema
na hora de emitir o som vocal é preciso identificar em que área sente-se mais
deficiência.
Se for perca de
fôlego, é preciso trabalhar postura e exercícios para respiração de apoio.
Porém, se o som ainda não estiver tão agradável, é necessário voltar à atenção para o ressonador e vibrador.
Porém, se o som ainda não estiver tão agradável, é necessário voltar à atenção para o ressonador e vibrador.
Podem ocorrer três
formas de problemas com as pregas vocais. Elas podem estar: frouxas demais,
tensas demais ou sem equilíbrio.
Pregas frouxas
demais
As pregas vocais frouxas demais não fecham de forma completa e eficiente. O som torna-se soprado, porque doses excessivas de ar escapam entre as pregas. Assim não há como manter o ar dentro do corpo tanto quanto puder.
As pregas vocais frouxas demais não fecham de forma completa e eficiente. O som torna-se soprado, porque doses excessivas de ar escapam entre as pregas. Assim não há como manter o ar dentro do corpo tanto quanto puder.
Através de
pensamentos sugestivos e de vocalizes, aprende-se a fechar completamente as
pregas vocais e evita-se um som soprado.
1. Pense no inicio
de um bocejo.
2. Expanda a parte central do seu corpo.
3. Suspenda a respiração.
4. Pronuncie de forma bem espontânea a sílaba HUM várias vezes, tomando novos fôlegos.
2. Expanda a parte central do seu corpo.
3. Suspenda a respiração.
4. Pronuncie de forma bem espontânea a sílaba HUM várias vezes, tomando novos fôlegos.
1. Inicie o som
novamente.
2. Segure-o e acrescente ao M a vogal i: M M M M i i i i i.
2. Segure-o e acrescente ao M a vogal i: M M M M i i i i i.
1. Tente de novo
alternando os dois sons: M M M M i i i i i i M M M M M i i i i i i i i.
2. Troque o M por N, acrescentando aos poucos i e depois O: N N N N i i i i O O O O.
2. Troque o M por N, acrescentando aos poucos i e depois O: N N N N i i i i O O O O.
Se com freqüência
a respiração se esgota rapidamente, têm-se possíveis chances do som vocal ser
soprado. Procure manter um corpo ereto, respirando profundamente.
Pregas tensas
demais
As pregas vocais tensas demais geram um som difícil, tenso, irritante, instável e forçado. A tendência é de outros músculos próximos se tornarem igualmente tensos.
As pregas vocais tensas demais geram um som difícil, tenso, irritante, instável e forçado. A tendência é de outros músculos próximos se tornarem igualmente tensos.
Para se corrigir
um som muito tenso, deve-se começar relaxando.
1. Comece com um
bocejo e mantenha essa sensação enquanto estiver cantando.
2. Procure identificar olhando-se no espelho as possíveis tensões.
3. Execute exercícios para o relaxamento de corpo.
4. Cante de modo o mais confortável possível.
2. Procure identificar olhando-se no espelho as possíveis tensões.
3. Execute exercícios para o relaxamento de corpo.
4. Cante de modo o mais confortável possível.
Pregas
equilibradas
A condição ideal é quando as pregas têm uma certa dose de tensão, o suficiente para segurar o ar, e também flexíveis o suficiente para que possam vibrar sem perder qualidade tonal.
A condição ideal é quando as pregas têm uma certa dose de tensão, o suficiente para segurar o ar, e também flexíveis o suficiente para que possam vibrar sem perder qualidade tonal.
Vibrações
Quando as pregas vocais vibram e produzem som, fazem outras partes do corpo vibrarem. Essas áreas são chamadas de ressonadores. Compreendem a garganta, a boca e às vezes o nariz. São responsáveis pelo fortalecimento do som de base e aperfeiçoamento da qualidade.
Quando as pregas vocais vibram e produzem som, fazem outras partes do corpo vibrarem. Essas áreas são chamadas de ressonadores. Compreendem a garganta, a boca e às vezes o nariz. São responsáveis pelo fortalecimento do som de base e aperfeiçoamento da qualidade.
A garganta deve
manter-se relaxada, como a sensação do bocejo.
Para o uso correto da boca, deve-se manter o maxilar, os lábios e a língua livremente relaxados, também com sensação do bocejo.
O nariz só participa dos sons nasais, que requerem no português o som do: M, N e do NH.
Para o uso correto da boca, deve-se manter o maxilar, os lábios e a língua livremente relaxados, também com sensação do bocejo.
O nariz só participa dos sons nasais, que requerem no português o som do: M, N e do NH.
Experiência I
1. Posicione-se em frente ao espelho em uma boa postura.
2. Pressione sua mão direita contra o tórax superior
3. Diga: BUM, BUM, BUM. Bem alto, segurando o M final.
4. Sentirá os ossos do tórax vibrando sob suas mãos.
1. Posicione-se em frente ao espelho em uma boa postura.
2. Pressione sua mão direita contra o tórax superior
3. Diga: BUM, BUM, BUM. Bem alto, segurando o M final.
4. Sentirá os ossos do tórax vibrando sob suas mãos.
1. Coloque a mão
em volta da garganta.
2. Diga: ZUM, ZUM, ZUM.
3. Sentirá também vibração sob sua mão.
2. Diga: ZUM, ZUM, ZUM.
3. Sentirá também vibração sob sua mão.
1. Pressione os
dentes superiores com os inferiores.
2. Faça uma espécie de zumbido.
3. Sentirá também os dentes vibrarem uns contra os outros.
2. Faça uma espécie de zumbido.
3. Sentirá também os dentes vibrarem uns contra os outros.
1. Feche os
lábios.
2. Faça o som de HUM.
3. Sentirá os lábios vibrarem e o céu da boca.
2. Faça o som de HUM.
3. Sentirá os lábios vibrarem e o céu da boca.
1. Pressione um
dedo na parte superior do nariz.
2. Faça o som de N.
2. Faça o som de N.
1. Pressione os
dedos contra a face toda
2. Faça um HUM bem alto.
1. Pressione os dedos contra a testa ou o topo da cabeça.
2. Faça um zumbido.
3. Essas vibrações não serão tão fortes, mas mesmo assim sentirá.
2. Faça um HUM bem alto.
1. Pressione os dedos contra a testa ou o topo da cabeça.
2. Faça um zumbido.
3. Essas vibrações não serão tão fortes, mas mesmo assim sentirá.
Experiência II
1. Faça o som de HUM.
2. Aperte o nariz com firmeza entre o polegar e qualquer outro dedo.
3. O som será cortado.
1. Faça o som de HUM.
2. Aperte o nariz com firmeza entre o polegar e qualquer outro dedo.
3. O som será cortado.
1. Sustente o som
de N.
2. Aperte o nariz novamente.
3. O som será cortado.
2. Aperte o nariz novamente.
3. O som será cortado.
1. Agora sustente
o som de NH.
2. Aperte o nariz novamente.
3. O som também será cortado.
2. Aperte o nariz novamente.
3. O som também será cortado.
Experiência III
1. Coloque o polegar e outro dedo levemente contra a narina de modo que a feche, mas sem apertá-la.
2. Diga NON várias vezes.
3. Observe quão nasal sua voz sairá.
1. Coloque o polegar e outro dedo levemente contra a narina de modo que a feche, mas sem apertá-la.
2. Diga NON várias vezes.
3. Observe quão nasal sua voz sairá.
1. Coloque o
polegar e outro dedo levemente contra a narina de modo que a feche, mas sem
apertá-la.
2. Porém dizendo AHA, AHA, AHA.
3. Retire a mão do nariz e repita o som.
4. Não verá diferenças nesse modo, porque nesses sons o nariz não tem papel de ressonador.
2. Porém dizendo AHA, AHA, AHA.
3. Retire a mão do nariz e repita o som.
4. Não verá diferenças nesse modo, porque nesses sons o nariz não tem papel de ressonador.
Se você tentar
forçar ressonância na garganta, o som será abafado e escuro.
Se concentrar a ressonância na boca, o som será com brilho em excesso e fino.
Se usar demais o nariz, o som sairá nasal.
Se concentrar a ressonância na boca, o som será com brilho em excesso e fino.
Se usar demais o nariz, o som sairá nasal.
1. Cante com os
lábios retrocedidos, como num sorriso forçado; verá a ressonância na boca.
2. Cante puxando os lábios para cima dos dentes, até você ter uma pequena abertura da boca; verá a ressonância na garganta.
3. Cante pelo nariz; soará como um nariz.
2. Cante puxando os lábios para cima dos dentes, até você ter uma pequena abertura da boca; verá a ressonância na garganta.
3. Cante pelo nariz; soará como um nariz.
O melhor som é
aquele que tem um pouco de ressonância da garganta para ser rico, cheio e doce;
um pouco de ressonância da boca, para ser brilhante, claro e contínuo; e também
um pouco de ressonância nasal, somente nos três sons nasais (M, N e NH). O
bocejo é fundamental para o relaxamento de todas as partes ressonadoras. Nunca
esqueça que os belos sons virão da imaginação do cantor.
TÉCNICA DA EMISSÃO
No estudo da técnica vocal não importa a quantidade de exercícios nem a sua variedade.
O importante é fazê-los. Um só exercício perfeitamente realizado é muito mais proveitoso que uma série de escalas cantadas de qualquer modo.
É melhor não fazer nenhum que fazê-lo mal.
Fazer exercícios com a língua para fora ou com os dedos entre os dentes, ajuda a compreender o relaxamento e a manter uma boa posição dos órgãos da boca. para ser completo e eficaz, deve ser uma verdadeira ginástica vocal.
As vozes ásperas devem insistir sobre as vogais "U" e "O". As vozes opacas estudarão mais as vogais "E", "I" e "A".
Os exercícios devem sempre ser feitosem pé.
Os primeiros exercícios se referem à impostação da voz:
controle do ar, utilização dos ressonadores, posição dos órgão da boca, relaxamento,
continuidade e homogeneidade do som.
Os seguintes desenvolvem a agilidade, flexibilidade, o legato e a musicalidade.
Tudo se pode aprender
Qualquer um que possua sentido musical, bom ouvido e uma voz falada bem timbrada, pode esperar obter bons resultados no estudo do canto.
No estudo da técnica vocal não importa a quantidade de exercícios nem a sua variedade.
O importante é fazê-los. Um só exercício perfeitamente realizado é muito mais proveitoso que uma série de escalas cantadas de qualquer modo.
É melhor não fazer nenhum que fazê-lo mal.
Fazer exercícios com a língua para fora ou com os dedos entre os dentes, ajuda a compreender o relaxamento e a manter uma boa posição dos órgãos da boca. para ser completo e eficaz, deve ser uma verdadeira ginástica vocal.
As vozes ásperas devem insistir sobre as vogais "U" e "O". As vozes opacas estudarão mais as vogais "E", "I" e "A".
Os exercícios devem sempre ser feitos
Os
Os seguintes desenvolvem a agilidade, flexibilidade, o legato e a musicalidade.
Tudo se pode aprender
Qualquer um que possua sentido musical, bom ouvido e uma voz falada bem timbrada, pode esperar obter bons resultados no estudo do canto.
Exercícios Respiração:
Exercício para percepção da inspiração involuntária:
Muitas pessoas fazer muito barulho ou forçam a inspiração numa tentativa de encher mais o pulmão de ar. Muitas vezes a musculatura está muito tensa e impede uma livre circulação de ar. Solte todo o ar murchando a barriga. Fique alguns instantes sem ar. Relaxe a musculatura deixando então o ar entrar, mas sem forçar sua entrada. Faça isso algumas vezes e você vai perceber que não há necessidade de fazer esforço para que o ar entre. Ele entrará sozinho, pois a entrada do ar é algo que acontece naturalmente quando sentimos necessidade de inspirar. Esse exercício serve também para exercitarmos a elasticidade da musculatura abdominal para dentro e para fora.
Exercício para a ativação e expansão da musculatura diafragmática e intercostal.
Inspirar enchendo primeiramente a região abdominal e depois as costelas, lateralmente. Expirar primeiramente o ar do abdômen e depois na parte lateral das costelas. Fazer isso num movimento contínuo: Inspiração: parte baixa depois lateral; expiração: parte baixa e lateral.
Exercício para treinar a saída do ar com controle ( apoio)
Precisamos, no canto, dominar o tempo da entrada e da saída do ar. Precisamos dosar a saída do ar conforme o tamanho de uma frase musical e a inspiração também deve estar de acordo com o tempo hábil para fazê-lo entre uma frase e outra.
Inspirar abrindo as costelas e na expiração soltar o ar firmando o abdômen tentando não fechar as costelas. À medida que o ar vai acabando, aumentar a pressão da musculatura abdominal. ( esse exercício pode ser feito contando o tempo da saída do ar para ir aos poucos dominando maior tempo na saída. Ex: soltar o ar em dez tempos depois em quinze, vinte, etc). Podemos também acrescentar a este exercício o controle do tempo da entrada do ar, que muitas vezes deve ser rápida, dependendo da frase musical. Então, além de contar a entrada do ar, fazemos uma contagem para a inspiração e vamos a cada vez diminuindo o tempo para a inspiração.
Exercício para treinar a pressão da saída do ar.
Quando temos uma nota mais aguda de repente, ou precisamos fazer um som com uma intensidade mais forte, precisamos utilizar mais o apoio respiratório para não sobrecarregar as cordas vocais. Tomando como base o exercício anterior, vamos, na saída do ar, fazendo movimento abdominais com pressão alternada. Na saída do ar com um "sssss" prolongado, vamos fazer ora uma pressão no abdômen e ora diminuindo essa pressão. Isso num mesmo sopro, sem interrupção. Você vai observar que quando aumenta a pressão do abdômen aumenta a pressão do ar. Não esqueça de manter as costelas abertas.
Exercício para treinar a abertura das costelas:
Uma das formas para sentir a abertura lateral das costelas no canto é da seguinte maneira: Vá inspirando lentamente e ao mesmo tempo levantando os braços na lateral até que ele chegue à altura dos ombros. Mantenha alguns segundos a inspiração e observe que suas costelas estarão mais abertas na lateral. Solte o ar e tente manter as costelas abertas. Faça uma vez a expiração com os braços ainda na lateral e depois tente fazê-la soltando os braços mas mantendo as costelas abertas.
OBS: Cuidado para não tensionar os ombros enquanto faz o exercício e também cuidado para não direcionar o ar para a parte alta do pulmão.
Outro exercícios para sentir a abertura das costelas, mas na sua região costal faça o seguinte: sente na ponta de uma cadeira, deixe seu corpo cair todo para frente, inclusive sua cabeça. Inspire nesta posição e vai perceber que o ar se direciona para a lateral e para as costas.
Exercício para treinar a respiração na parte baixa do abdômen:
Muitas pessoas quando tentam fazer a respiração intercostal a fazem de forma muito "alta", ou seja, utilizando pouco os músculos abdominais. Existem diversas técnica de respiração. Acredito que se deve inspirar desde a base do abdômen abrindo em seguida as costelas. Em alguns momento ou para algumas pessoas torna-se difícil fazer a respiração mais baixa, principalmente para indivíduos com tendência a ansiedade e vida muito agitada. Aprendi através da yoga e outras técnicas corporais, que quando a respiração " não desce" e mantêm muito no tórax, a melhor maneira de fazê-la "abaixar" é através da contração e relaxamento dos músculos glúteos. Experimente expirar o ar lentamente e, ao mesmo tempo, fazer uma contração anal. Quando se encontrar sem ar relaxe o abdômen e vai perceber como a respiração se torna plena. Repita o exercício algumas vezes.
Exercício para percepção da inspiração involuntária:
Muitas pessoas fazer muito barulho ou forçam a inspiração numa tentativa de encher mais o pulmão de ar. Muitas vezes a musculatura está muito tensa e impede uma livre circulação de ar. Solte todo o ar murchando a barriga. Fique alguns instantes sem ar. Relaxe a musculatura deixando então o ar entrar, mas sem forçar sua entrada. Faça isso algumas vezes e você vai perceber que não há necessidade de fazer esforço para que o ar entre. Ele entrará sozinho, pois a entrada do ar é algo que acontece naturalmente quando sentimos necessidade de inspirar. Esse exercício serve também para exercitarmos a elasticidade da musculatura abdominal para dentro e para fora.
Exercício para a ativação e expansão da musculatura diafragmática e intercostal.
Inspirar enchendo primeiramente a região abdominal e depois as costelas, lateralmente. Expirar primeiramente o ar do abdômen e depois na parte lateral das costelas. Fazer isso num movimento contínuo: Inspiração: parte baixa depois lateral; expiração: parte baixa e lateral.
Exercício para treinar a saída do ar com controle ( apoio)
Precisamos, no canto, dominar o tempo da entrada e da saída do ar. Precisamos dosar a saída do ar conforme o tamanho de uma frase musical e a inspiração também deve estar de acordo com o tempo hábil para fazê-lo entre uma frase e outra.
Inspirar abrindo as costelas e na expiração soltar o ar firmando o abdômen tentando não fechar as costelas. À medida que o ar vai acabando, aumentar a pressão da musculatura abdominal. ( esse exercício pode ser feito contando o tempo da saída do ar para ir aos poucos dominando maior tempo na saída. Ex: soltar o ar em dez tempos depois em quinze, vinte, etc). Podemos também acrescentar a este exercício o controle do tempo da entrada do ar, que muitas vezes deve ser rápida, dependendo da frase musical. Então, além de contar a entrada do ar, fazemos uma contagem para a inspiração e vamos a cada vez diminuindo o tempo para a inspiração.
Exercício para treinar a pressão da saída do ar.
Quando temos uma nota mais aguda de repente, ou precisamos fazer um som com uma intensidade mais forte, precisamos utilizar mais o apoio respiratório para não sobrecarregar as cordas vocais. Tomando como base o exercício anterior, vamos, na saída do ar, fazendo movimento abdominais com pressão alternada. Na saída do ar com um "sssss" prolongado, vamos fazer ora uma pressão no abdômen e ora diminuindo essa pressão. Isso num mesmo sopro, sem interrupção. Você vai observar que quando aumenta a pressão do abdômen aumenta a pressão do ar. Não esqueça de manter as costelas abertas.
Exercício para treinar a abertura das costelas:
Uma das formas para sentir a abertura lateral das costelas no canto é da seguinte maneira: Vá inspirando lentamente e ao mesmo tempo levantando os braços na lateral até que ele chegue à altura dos ombros. Mantenha alguns segundos a inspiração e observe que suas costelas estarão mais abertas na lateral. Solte o ar e tente manter as costelas abertas. Faça uma vez a expiração com os braços ainda na lateral e depois tente fazê-la soltando os braços mas mantendo as costelas abertas.
OBS: Cuidado para não tensionar os ombros enquanto faz o exercício e também cuidado para não direcionar o ar para a parte alta do pulmão.
Outro exercícios para sentir a abertura das costelas, mas na sua região costal faça o seguinte: sente na ponta de uma cadeira, deixe seu corpo cair todo para frente, inclusive sua cabeça. Inspire nesta posição e vai perceber que o ar se direciona para a lateral e para as costas.
Exercício para treinar a respiração na parte baixa do abdômen:
Muitas pessoas quando tentam fazer a respiração intercostal a fazem de forma muito "alta", ou seja, utilizando pouco os músculos abdominais. Existem diversas técnica de respiração. Acredito que se deve inspirar desde a base do abdômen abrindo em seguida as costelas. Em alguns momento ou para algumas pessoas torna-se difícil fazer a respiração mais baixa, principalmente para indivíduos com tendência a ansiedade e vida muito agitada. Aprendi através da yoga e outras técnicas corporais, que quando a respiração " não desce" e mantêm muito no tórax, a melhor maneira de fazê-la "abaixar" é através da contração e relaxamento dos músculos glúteos. Experimente expirar o ar lentamente e, ao mesmo tempo, fazer uma contração anal. Quando se encontrar sem ar relaxe o abdômen e vai perceber como a respiração se torna plena. Repita o exercício algumas vezes.
Exercícios de
Respiração Diafragmática
- Soltar todo o ar. Inspirar conforme explicado acima, depois soltar o ar com um Sssss fraco, com uma pequena contração dos músculos glúteos e do períneo. O Sssss deve ser feito por dez segundos, e sem interrupção durante o ato. Aumente o tempo de dez segundos gradativamente.
- Inspire corretamente. Solte vários "s" curtos e separados um do outro. Para cada "s" a barriga "entra" quando o som sai, e "enche" quando você inspira para emitir o próximo "s".
- Inspire corretamente. Solte 4 "s", cada um durando 1 tempo e destacando um do outro, ou seja, na mesma expiração, faça 4 "s" curtos e separados. Ainda na mesma expiração, solte apenas 1 "s", em quatro tempos (conte até quatro). Repita várias vezes, aumentando a duração do último "s" para:8 tempos, 12 tempos, 16 tempos, 20 tempos, etc, durante
quantos tempos você agüentar.
- Soltar todo o ar. Inspirar conforme explicado acima, depois soltar o ar com um Sssss fraco, com uma pequena contração dos músculos glúteos e do períneo. O Sssss deve ser feito por dez segundos, e sem interrupção durante o ato. Aumente o tempo de dez segundos gradativamente.
- Inspire corretamente. Solte vários "s" curtos e separados um do outro. Para cada "s" a barriga "entra" quando o som sai, e "enche" quando você inspira para emitir o próximo "s".
- Inspire corretamente. Solte 4 "s", cada um durando 1 tempo e destacando um do outro, ou seja, na mesma expiração, faça 4 "s" curtos e separados. Ainda na mesma expiração, solte apenas 1 "s", em quatro tempos (conte até quatro). Repita várias vezes, aumentando a duração do último "s" para:
EXERCÍCIOS DE TÉCNICA VOCAL
1º Exercício - O Golpe de Arco" do Cantor
Este 1º exercício tem o duplo objetivo de ensinar a encontrar e utilizar as ressonâncias faciais e a suster o som.
Cerre a boca observando sua posição natural de descanso, os dentes ligeiramente separados e o fundo da garganta livre e aberto.
Se você tem tendência a contrair, ensaie um "bocejo reprimido" no interior de sua boca fechada.
Aspire uma quantidade de ar médio e logo bloqueie.
Ataque à nota se golpe de glotis, com o som da consoante "m". Se isto lhe parece difícil, tente fazendo: "Hemm... "aspirando o "h".
Sustenha o som o quanto seja possível, porém termine antes de ficar sem ar, e em forma decrescente.
Acostume-se desde o princípio a efetuar bem o ataque e a terminação.
Para guardar muito tempo o ar e economizá-lo, envie-nos para cima, por detrás dos olhos, tendo a sensação de que o som sai por eles.
Sentirá, então, vibrações por detrás do nariz, podendo verificar se apoiar o polegar e o indicador sobre o osso do nariz.
Nem sempre se encontra logo a maneira de chegar a todos os ressonadores, porém, no transcurso da prática, se notará que a voz irá abrindo novos sítios de ressonâncias, exatamente como se abrem novas portas em uma casa.
2º) Exercício - Movimento da Língua e dos Lábios enquanto se mantém o Som
Este exercício se realiza murmurado as consoantes "M" e "N" sem vogais intercaladas.
Comece exatamente como o 1º exercício.
Depois, sem cortar o som, pronuncie a consoante "N" (sem o "e" final) entreabrindo os lábios e apoiando firmemente a língua contra o céu da boca.
A vibração interna é mais intensa que no 1º exercício, todavia, o som não de mudar sua colocação ao trocar a consoante. Deve ter-se a sensação de ir subindo continuamente. Pense em cada uma escada ou em uma pilha de pratos: cada consoante que pronuncie será um degrau dela, cada vez mais alto.
Temos que subir constantemente para não abaixar o som.
3º Exercício - A Colocação das Vogais
Agora que você sentiu as vibrações de seus ressonadores faciais e, em conseqüência, achou o lugar em que se colocar o som, trataremos de situar as vogais.
Emita o som MM...
Quando senti-lo bem colocado, abra a boca dizendo: Mma... Mme... Mmi...Mmo... Mmu... (francesa).
Os músculos do pescoço e dos maxilares, devem achar-se completamente distendidos e o interior da boca, aberto, como reprimindo um leve desejo de bocejar.
As vogais devem abrir-se no alto do zumbido Mm... como a flor sobre seu caule.
Estes primeiros exercícios estão destinados especialmente a suster o ar e buscar os ressonadores.
Os resultados com eles obtidos, assim como os que se ganharam os exercícios respiratórios, devem aplicar-se a todos os exercícios seguintes.
4º Exercício - Para Distender o Fundo da Garganta e Amansar a Língua
Este exercício tem por objetivo conseguir a distensão do fundo da garganta e evitar que se contraia a língua.
Pegue entre o polegar e o indicador a ponta da língua com um lenço limpo, naturalmente. Puxe-a para fora da boa. Abra uma boca bem grande. Realize o exercício sobre uma "e" bem aberta, muito suave e quase sem timbre.
Se ao subir na escala vocal a língua resiste e tem tendência a contrair-se na boca, não ceda, pois é justamente nos agudos quando mais se necessita ter a garganta livre. Neste exercício, não busque qualidade nem redondeza no som; só interessa a distensão.
É absolutamente indispensável segurar a língua com os dedos, pois do contrário, ainda que ela não volte a entrar na boca, poderá contrair-se mudando de forma.
Observação importante sobre os exercícios - "Tirando a língua", ou seja, na "emissão fisiológica"
Ao tirar a língua fora da boca, mantendo-a imóvel mediante dos dedos cobertos por um lenço, se imobilizam todos os músculos que governam, assim como os numerosos músculos da laringe e do pescoço.
Só as cordas vocais permanecem livres para produzir o som. É necessário advertir que todas as notas devem poder ser emitidas assim "fisiologicamente" (ou seja, em estado rústico e unicamente pela contração das cordas vocais), pois aquelas que necessitam outros músculos para a dita "emissão fisiológica" são sons artificiais que, não só fatigam a voz, sendo que jamais alcançaram a flexibilidade e a pureza dos sons naturais. (Estão fora desta regra alguns sons sobreagudos das sopranos ligeiras, que se emitem aproximando o véu do paladar à base da língua, no fundo da boca).
As cordas vocais, por si só, devem fazer um esforço de aproximação que constituem uma ginástica fortificante; nos agudos se sente como se a língua puxasse para dentro com todas as suas forças para ajudá-las.
Os exercícios que se fazem "tirando a língua" constituem uma grande ajuda para a reeducação das vozes cansadas. As vozes que perderam a facilidade na emissão pelo abuso de artifícios empregados para alcançar notas, as quais não podiam chegar, devido ao relaxamento e cansaço de suas cordas vocais.
Estes exercícios são também um remédio eficaz para as vozes que têm tendência a "cair": é como a afinação das cordas, que se ajustam à posição requerida para cada nota.
Quando o laringologista quer verificar o estado da voz de uma pessoa, a faz tirar a língua fora da boca para verificar por meio de seu espelho se as cordas vocais se juntam bem na emissão do som "e" em toda a extensão da voz.
Este é o critério para saber se as cordas vocais estão sãs. O emitente laringologista, Dr. Wicart, de Paris, fundamenta todo seu método vocal sobre esta emissão fisiológica na sua importante obra: "O Cantor".
Segundo sua opinião, o exercício com a língua para fora basta para desenvolver e manter a voz dos cantores.
Sem estar totalmente de acordo com ela, devemos reconhecer que a soma desses exercícios aos outros é sumamente eficaz para a reeducação das vozes estropiadas e para impedir a contração dos músculos ao impostar a voz.
Porém cuidado: neste, como no todo, a língua pode ser a melhor ou a pior das coisas; temos que saber utilizá-la com conhecimento de causa.
5º Exercício - Para Abertura da Boca
Este quinto exercício se realiza sobre "u" introduzindo entre os dentes os dois dedos, indicador e médio, um em cima do outro. Os dentes não devem mordê-los e sim tocá-los ligeiramente; os lábios, ao contrário, devem apertá-los com firmeza.
Deve-se ter a impressão de que o som "u" está colocado sobre os dedos, bem adiante, perto dos lábios.
Abra mais a boca ao subir, separando os dedos em forma de forquilha. No agudo deve haver lugar para três dedos... sempre que não sejam demasiadamente grossos.
O interior da boca deve permanecer sempre completamente aberto, na posição de bocejo.
6º Exercício - O Bocejo
Adota-se decididamente a posição de um bocejo bem grande com a boca aberta e levantando o véu do paladar. (Isto provoca um verdadeiro bocejo, mas temos que reprimi-lo ou evitá-lo).
Não deve haver rigidez nem contração; pense no bocejo de um bebê ou de um gatinho.
Efetue o seguinte exercício sobre "a" ou "an" francês, atacando as notas por cima do bocejo, atrás do nariz.
Coloque bem a primeira nota e trate logo de não variar de lugar.
Ascenda cromaticamente até o extremo mais agudo da voz. Este exercício, devido a total abertura da garganta que provoca, é o que permitirá alcançar melhor as notas mais altas.
Importante: A coluna de ar ascende à medida que as notas são mais altas, mediante a elevação do diafragma produzida ao contrair o ventre, elástica e progressivamente.
Nos sons sobreagudos, este movimento se acentua, a boca se abre ao máximo, o véu do paladar se levanta cada vez mais, esboçando-se a atitude do vômito.
7º Exercício - Ressonadores, Articulação, Legato
Este exercício se realiza sobre "ling", "lul" ("u" francesa) e "ble".
Ling: pronuncia um "L" bem firme e logo o "I", tendo a sensação de colocá-la contra o paladar, mandando-a para frente. Tudo isso sempre em um ligeiro bocejo.
Sobre a segunda nota diga "ing", passando rapidamente sobre o "I", para fazer a voz vibrar em "NG", bem perto do nariz.
O intervalo de 3ª que separa as duas notas, exige uma ligeira distensão da mandíbula.
Não se deve pronunciar "E" entre os dois "ling" (segunda e terceira notas), e sim, parar sobre a vibração "NG" até a emissão da sílaba seguinte.
Sobre a terceira nota diga "lin" sem demorar-se em "li", e sim, mandando em seguida, a vibração "NG" até o nariz (ressonadores).
As quatro últimas notas se cantam do mesmo modo, tendo o cuidado de não deixar baixar a voz nos terceiros descendentes: ao catá-las, deve-se ter a sensação de subir.
Lul: ("U" francesa), pronuncie como antes, um "L" bem enérgico. O "U" deve colocar-se bem à flor dos lábios.
Faça vibrar a 2ª nota sobre o "L" final de "ul", mantendo a língua firmemente apoiada contra o paladar (com a garganta bem aberta).
Esta vibração sobre o "L" é muito pura, porque todo o ar se concentra no som pelo movimento de língua.
Sobre a terceira anota do exercício cante "lul" passando rapidamente pelo "U", para fazer vibrar o "L".
Ao descer, siga as mesmas indicações que para "ling". É difícil pronunciar "ling" e "lul" senão na "tessitura" da própria voz. Quando, ao subir, comece a sentir alguma dificuldade, troque as sílabas por "ble" dobrando as consoantes.
Legato: Durante todo o 7º exercício, se tratará de ligar o máximo possível as notas, sem fazer "portamento", ou seja, sem deslizar a voz de uma nota para outra, passando por sons intermediários. Temos que cuidar igualmente da articulação para que não rompa a continuidade do som, o que quebraria a linha melódica.
1º Exercício - O Golpe de Arco" do Cantor
Este 1º exercício tem o duplo objetivo de ensinar a encontrar e utilizar as ressonâncias faciais e a suster o som.
Cerre a boca observando sua posição natural de descanso, os dentes ligeiramente separados e o fundo da garganta livre e aberto.
Se você tem tendência a contrair, ensaie um "bocejo reprimido" no interior de sua boca fechada.
Aspire uma quantidade de ar médio e logo bloqueie.
Ataque à nota se golpe de glotis, com o som da consoante "m". Se isto lhe parece difícil, tente fazendo: "Hemm... "aspirando o "h".
Sustenha o som o quanto seja possível, porém termine antes de ficar sem ar, e em forma decrescente.
Acostume-se desde o princípio a efetuar bem o ataque e a terminação.
Para guardar muito tempo o ar e economizá-lo, envie-nos para cima, por detrás dos olhos, tendo a sensação de que o som sai por eles.
Sentirá, então, vibrações por detrás do nariz, podendo verificar se apoiar o polegar e o indicador sobre o osso do nariz.
Nem sempre se encontra logo a maneira de chegar a todos os ressonadores, porém, no transcurso da prática, se notará que a voz irá abrindo novos sítios de ressonâncias, exatamente como se abrem novas portas em uma casa.
2º) Exercício - Movimento da Língua e dos Lábios enquanto se mantém o Som
Este exercício se realiza murmurado as consoantes "M" e "N" sem vogais intercaladas.
Comece exatamente como o 1º exercício.
Depois, sem cortar o som, pronuncie a consoante "N" (sem o "e" final) entreabrindo os lábios e apoiando firmemente a língua contra o céu da boca.
A vibração interna é mais intensa que no 1º exercício, todavia, o som não de mudar sua colocação ao trocar a consoante. Deve ter-se a sensação de ir subindo continuamente. Pense em cada uma escada ou em uma pilha de pratos: cada consoante que pronuncie será um degrau dela, cada vez mais alto.
Temos que subir constantemente para não abaixar o som.
3º Exercício - A Colocação das Vogais
Agora que você sentiu as vibrações de seus ressonadores faciais e, em conseqüência, achou o lugar em que se colocar o som, trataremos de situar as vogais.
Emita o som MM...
Quando senti-lo bem colocado, abra a boca dizendo: Mma... Mme... Mmi...Mmo... Mmu... (francesa).
Os músculos do pescoço e dos maxilares, devem achar-se completamente distendidos e o interior da boca, aberto, como reprimindo um leve desejo de bocejar.
As vogais devem abrir-se no alto do zumbido Mm... como a flor sobre seu caule.
Estes primeiros exercícios estão destinados especialmente a suster o ar e buscar os ressonadores.
Os resultados com eles obtidos, assim como os que se ganharam os exercícios respiratórios, devem aplicar-se a todos os exercícios seguintes.
4º Exercício - Para Distender o Fundo da Garganta e Amansar a Língua
Este exercício tem por objetivo conseguir a distensão do fundo da garganta e evitar que se contraia a língua.
Pegue entre o polegar e o indicador a ponta da língua com um lenço limpo, naturalmente. Puxe-a para fora da boa. Abra uma boca bem grande. Realize o exercício sobre uma "e" bem aberta, muito suave e quase sem timbre.
Se ao subir na escala vocal a língua resiste e tem tendência a contrair-se na boca, não ceda, pois é justamente nos agudos quando mais se necessita ter a garganta livre. Neste exercício, não busque qualidade nem redondeza no som; só interessa a distensão.
É absolutamente indispensável segurar a língua com os dedos, pois do contrário, ainda que ela não volte a entrar na boca, poderá contrair-se mudando de forma.
Observação importante sobre os exercícios - "Tirando a língua", ou seja, na "emissão fisiológica"
Ao tirar a língua fora da boca, mantendo-a imóvel mediante dos dedos cobertos por um lenço, se imobilizam todos os músculos que governam, assim como os numerosos músculos da laringe e do pescoço.
Só as cordas vocais permanecem livres para produzir o som. É necessário advertir que todas as notas devem poder ser emitidas assim "fisiologicamente" (ou seja, em estado rústico e unicamente pela contração das cordas vocais), pois aquelas que necessitam outros músculos para a dita "emissão fisiológica" são sons artificiais que, não só fatigam a voz, sendo que jamais alcançaram a flexibilidade e a pureza dos sons naturais. (Estão fora desta regra alguns sons sobreagudos das sopranos ligeiras, que se emitem aproximando o véu do paladar à base da língua, no fundo da boca).
As cordas vocais, por si só, devem fazer um esforço de aproximação que constituem uma ginástica fortificante; nos agudos se sente como se a língua puxasse para dentro com todas as suas forças para ajudá-las.
Os exercícios que se fazem "tirando a língua" constituem uma grande ajuda para a reeducação das vozes cansadas. As vozes que perderam a facilidade na emissão pelo abuso de artifícios empregados para alcançar notas, as quais não podiam chegar, devido ao relaxamento e cansaço de suas cordas vocais.
Estes exercícios são também um remédio eficaz para as vozes que têm tendência a "cair": é como a afinação das cordas, que se ajustam à posição requerida para cada nota.
Quando o laringologista quer verificar o estado da voz de uma pessoa, a faz tirar a língua fora da boca para verificar por meio de seu espelho se as cordas vocais se juntam bem na emissão do som "e" em toda a extensão da voz.
Este é o critério para saber se as cordas vocais estão sãs. O emitente laringologista, Dr. Wicart, de Paris, fundamenta todo seu método vocal sobre esta emissão fisiológica na sua importante obra: "O Cantor".
Segundo sua opinião, o exercício com a língua para fora basta para desenvolver e manter a voz dos cantores.
Sem estar totalmente de acordo com ela, devemos reconhecer que a soma desses exercícios aos outros é sumamente eficaz para a reeducação das vozes estropiadas e para impedir a contração dos músculos ao impostar a voz.
Porém cuidado: neste, como no todo, a língua pode ser a melhor ou a pior das coisas; temos que saber utilizá-la com conhecimento de causa.
5º Exercício - Para Abertura da Boca
Este quinto exercício se realiza sobre "u" introduzindo entre os dentes os dois dedos, indicador e médio, um em cima do outro. Os dentes não devem mordê-los e sim tocá-los ligeiramente; os lábios, ao contrário, devem apertá-los com firmeza.
Deve-se ter a impressão de que o som "u" está colocado sobre os dedos, bem adiante, perto dos lábios.
Abra mais a boca ao subir, separando os dedos em forma de forquilha. No agudo deve haver lugar para três dedos... sempre que não sejam demasiadamente grossos.
O interior da boca deve permanecer sempre completamente aberto, na posição de bocejo.
6º Exercício - O Bocejo
Adota-se decididamente a posição de um bocejo bem grande com a boca aberta e levantando o véu do paladar. (Isto provoca um verdadeiro bocejo, mas temos que reprimi-lo ou evitá-lo).
Não deve haver rigidez nem contração; pense no bocejo de um bebê ou de um gatinho.
Efetue o seguinte exercício sobre "a" ou "an" francês, atacando as notas por cima do bocejo, atrás do nariz.
Coloque bem a primeira nota e trate logo de não variar de lugar.
Ascenda cromaticamente até o extremo mais agudo da voz. Este exercício, devido a total abertura da garganta que provoca, é o que permitirá alcançar melhor as notas mais altas.
Importante: A coluna de ar ascende à medida que as notas são mais altas, mediante a elevação do diafragma produzida ao contrair o ventre, elástica e progressivamente.
Nos sons sobreagudos, este movimento se acentua, a boca se abre ao máximo, o véu do paladar se levanta cada vez mais, esboçando-se a atitude do vômito.
7º Exercício - Ressonadores, Articulação, Legato
Este exercício se realiza sobre "ling", "lul" ("u" francesa) e "ble".
Ling: pronuncia um "L" bem firme e logo o "I", tendo a sensação de colocá-la contra o paladar, mandando-a para frente. Tudo isso sempre em um ligeiro bocejo.
Sobre a segunda nota diga "ing", passando rapidamente sobre o "I", para fazer a voz vibrar em "NG", bem perto do nariz.
O intervalo de 3ª que separa as duas notas, exige uma ligeira distensão da mandíbula.
Não se deve pronunciar "E" entre os dois "ling" (segunda e terceira notas), e sim, parar sobre a vibração "NG" até a emissão da sílaba seguinte.
Sobre a terceira nota diga "lin" sem demorar-se em "li", e sim, mandando em seguida, a vibração "NG" até o nariz (ressonadores).
As quatro últimas notas se cantam do mesmo modo, tendo o cuidado de não deixar baixar a voz nos terceiros descendentes: ao catá-las, deve-se ter a sensação de subir.
Lul: ("U" francesa), pronuncie como antes, um "L" bem enérgico. O "U" deve colocar-se bem à flor dos lábios.
Faça vibrar a 2ª nota sobre o "L" final de "ul", mantendo a língua firmemente apoiada contra o paladar (com a garganta bem aberta).
Esta vibração sobre o "L" é muito pura, porque todo o ar se concentra no som pelo movimento de língua.
Sobre a terceira anota do exercício cante "lul" passando rapidamente pelo "U", para fazer vibrar o "L".
Ao descer, siga as mesmas indicações que para "ling". É difícil pronunciar "ling" e "lul" senão na "tessitura" da própria voz. Quando, ao subir, comece a sentir alguma dificuldade, troque as sílabas por "ble" dobrando as consoantes.
Legato: Durante todo o 7º exercício, se tratará de ligar o máximo possível as notas, sem fazer "portamento", ou seja, sem deslizar a voz de uma nota para outra, passando por sons intermediários. Temos que cuidar igualmente da articulação para que não rompa a continuidade do som, o que quebraria a linha melódica.
8º Exercício - A Grande Escala
A escala grande é, dito pelos grandes cantores, "o exercício mais necessário para todas as vozes".
Tome bem o ar e bloqueie-no, pois essa escala exige um perfeito controle do mesmo.
Deve-se cantar sobre "U-I".
Por meio da pronúncia correta de "U", se consegue abrir bem a garganta e o interior da boca. Imediatamente se passará para o "I" sobre a mesma nota, tendo a sensação de que está colocada muito mais alta que o "U", como se fosse sair por entre os olhos.
Mantendo firmemente a nota e o "I" se prepara a subida até a nota seguinte sobre "U". Essa passagem de uma nota à outra, deverá ser flexível, como o movimento que fazemos ao caminhar, quando apoiamos primeiramente um pé e o levantamos logo, com naturalidade.
Quase sempre, no princípio, os alunos não conseguem subir com soltura mantendo bem aberto o fundo da garganta. Nesse caso, podem pronunciar "A-U-I" não cortando nem deixando escapar o som.
Como cada nota deve ser mantida durante um bom tempo, acontece quase sempre de terminar o ar antes da quarta nota.
Para que isso não aconteça, é recomendado que se economize o ar como se tivessem que cantar uma nota a mais.
Este truque sempre dá bom resultado e a última nota sai tão firme como as anteriores.
Deve-se terminar sempre decrescendo.
Na descida, como sempre, "temos que subir".
Ao atacar o primeiro "do" imagine ter uma laranja dentro da boca e outra no funda da garganta, por sobre as quais deve passar o "A-U-I".
Quando a escala desce, o "I" que havia deformado um pouco no agudo, pelo bocejo, deve tornar-se cada vez mais "I", mais clara, como mordendo-a.
A Escala Grande deve ser cantada em toda a extensão da voz, subindo cada vez mais, cromaticamente.
No agudo, se tem a sensação de que a garganta está exageradamente aberta, para caber melhor o som. quando os sons estão bem colocados as vibrações são tão fortes no agudo, que não é raro alguns ficarem aturdidos.
A coluna de ar deve suster com firmeza o ar e seguí-lo em sua subida, elevando o diagrama )do que se consegue contraindo progressivamente o ventre).
Há outro modo de suster o som com o ar nas subidas fortes que é, ao contrário, empurrando todos os músculos para baixo. Este recurso dá muito resultado, principalmente para os homens e nos têm voz grave,em geral. Assim sempre
se consegue grande firmeza e potência, mas não tanta flexibilidade nem altura
de voz como a primeira maneira.
A primeira é adotada pelo método italiano, ao passo que a última se presta muito ao canto wagneriano.
9º e 10º Exercícios - soltura da Mandíbula Inferior
Diga "da...a", "da...a", três vezes sobre a mesma nota, abaixando energicamente o queixo ao dizer "da" e subindo no "e".
A língua, depois de haver encostado no paladar para pronunciar o "d", volta rapidamente à sua posição inicial e se tem a sensação de que é ela quem empurra a mandíbula para baixo.
Colocando os dedos na frente das orelhas, pode-se seguir o movimento de abertura das juntas da mandíbula.
Repita o mesmo sobre: "za", "za", "za", "za", "za".
Abra bem a boca, nas segundas, terceiras e quartas notas que são agudas.
A última, grave, deve colocar-se no alto, próxima a sua oitava superior.
A escala grande é, dito pelos grandes cantores, "o exercício mais necessário para todas as vozes".
Tome bem o ar e bloqueie-no, pois essa escala exige um perfeito controle do mesmo.
Deve-se cantar sobre "U-I".
Por meio da pronúncia correta de "U", se consegue abrir bem a garganta e o interior da boca. Imediatamente se passará para o "I" sobre a mesma nota, tendo a sensação de que está colocada muito mais alta que o "U", como se fosse sair por entre os olhos.
Mantendo firmemente a nota e o "I" se prepara a subida até a nota seguinte sobre "U". Essa passagem de uma nota à outra, deverá ser flexível, como o movimento que fazemos ao caminhar, quando apoiamos primeiramente um pé e o levantamos logo, com naturalidade.
Quase sempre, no princípio, os alunos não conseguem subir com soltura mantendo bem aberto o fundo da garganta. Nesse caso, podem pronunciar "A-U-I" não cortando nem deixando escapar o som.
Como cada nota deve ser mantida durante um bom tempo, acontece quase sempre de terminar o ar antes da quarta nota.
Para que isso não aconteça, é recomendado que se economize o ar como se tivessem que cantar uma nota a mais.
Este truque sempre dá bom resultado e a última nota sai tão firme como as anteriores.
Deve-se terminar sempre decrescendo.
Na descida, como sempre, "temos que subir".
Ao atacar o primeiro "do" imagine ter uma laranja dentro da boca e outra no funda da garganta, por sobre as quais deve passar o "A-U-I".
Quando a escala desce, o "I" que havia deformado um pouco no agudo, pelo bocejo, deve tornar-se cada vez mais "I", mais clara, como mordendo-a.
A Escala Grande deve ser cantada em toda a extensão da voz, subindo cada vez mais, cromaticamente.
No agudo, se tem a sensação de que a garganta está exageradamente aberta, para caber melhor o som. quando os sons estão bem colocados as vibrações são tão fortes no agudo, que não é raro alguns ficarem aturdidos.
A coluna de ar deve suster com firmeza o ar e seguí-lo em sua subida, elevando o diagrama )do que se consegue contraindo progressivamente o ventre).
Há outro modo de suster o som com o ar nas subidas fortes que é, ao contrário, empurrando todos os músculos para baixo. Este recurso dá muito resultado, principalmente para os homens e nos têm voz grave,
A primeira é adotada pelo método italiano, ao passo que a última se presta muito ao canto wagneriano.
9º e 10º Exercícios - soltura da Mandíbula Inferior
Diga "da...a", "da...a", três vezes sobre a mesma nota, abaixando energicamente o queixo ao dizer "da" e subindo no "e".
A língua, depois de haver encostado no paladar para pronunciar o "d", volta rapidamente à sua posição inicial e se tem a sensação de que é ela quem empurra a mandíbula para baixo.
Colocando os dedos na frente das orelhas, pode-se seguir o movimento de abertura das juntas da mandíbula.
Repita o mesmo sobre: "za", "za", "za", "za", "za".
Abra bem a boca, nas segundas, terceiras e quartas notas que são agudas.
A última, grave, deve colocar-se no alto, próxima a sua oitava superior.
11º Exercício - Concentração do Ar no Som
Se realiza sobre "DDU" ("U" francesa).
Duplique o "D", para poder enviar o "U" bem adiante, entre os lábios. quando a vogal está colocada bem adiante, o som ressoa na parte anterior da boca.
Pode-se imaginar que canta em um globinho colocado ente os lábios, na frente dos dentes. Sobretudo não sopre ao cantar o "U": levante uma parede imaginária na frente do seu ar, ou que precisa reter um cavalo muito veloz com as rédeas.
Todo o ar deve converter-seem
som.
Isto pode se controlar por meio de uma vela acesa: coloque-a
diante da boca, a dez centímetros de distância, no máximo. Sua chama não deve
oscilar enquanto você canta.
Se o exercício está bem feito, todo ar fica no som para enriquecê-lo.
Este exercício deve ser feito subindo cromaticamente na extensão da tessitura.
Quando se chega ao alto médio, o globinho se desloca para o centro da boca.
12º Exercício - Condução dos Sons Graves aos Ressonadores
Temos dito que por mais graves que sejam os sons, devem recorrer sempre aos ressonadores faciais para serem enriquecidos com seus hormônios e assegurar a homogeneidade da voz.
Por meio deste exercício, se encontrarão muito facilmente os ressonadores faciais nos sons graves. Se comprovará, ademais que não é necessário buscar as ressonâncias do peito nas partes graves: elas surgem por si, deverá se ter o cuidado de não apoiá-las ali, pois os sons graves têm seu ponto de apoio no mesmo lugar que os outros sons.
Aspire fortemente o "H".
Passe rapidamente pelas vogais, para fazer vibrar a nota no duplo "N", com a língua apoiada firmemente contra o paladar.
Se o exercício está bem realizado, é impossível não encontrar as ressonâncias faciais, ainda que para as notas mais graves da voz.
13º Exercício - Preparação para os "Pianos"
Começa-se por pronunciar o "I" bem na frente, justamente atrás dos incisivos superiores, um "I" penetrante, com a boca aberta ao máximo e como querendo morder o som.
Depois, trata-se de chegar à vogal "U" francesa, fazendo dela um som pleno, puro, etéreo, suave, estável e tão tranqüilo como se pudesse ser mantido quase indefinidamente.
Para conseguir "I", entre o primeiro "I" e "U", o interior da boca se estira para cima; os lábios se adianta para pronunciar o "U", e se tem a impressão que ela dá uma volta até o fundo da boca, indo ressoar no alto por detrás dos olhos, com uma pureza surpreendente: é um som de flauta em uma catedral; sua calma e sua firmeza se mantém por um fio de ar.
Realizando bem este exercício, chega-se a adquirir a ciência dos "pianos" mais tênues, mais puros e mais estáveis. Poder-se-á sustentar as notas indefinidamente, chegando inclusive a esquecer que se canta.
É por meio deste exercício, e partido deste "pianíssimo" que se deve iniciar o estudo dos sons "filados". Aumenta-se lenta e progressivamente a intensidade deste som admiravelmente colocado. Como sempre, no som mantido, deve-se continuar apontando-o para o alto e repetindo-se mentalmente a vogal.
Estando esse som muito bem colocado, o ar não escapa e poder-se-á conservá-lo facilmente para o "diminuindo" que deverá ser também lento e progressivamente.
Isto tudo será mais fácil exemplificando e explicando oralmente.
Se realiza sobre "DDU" ("U" francesa).
Duplique o "D", para poder enviar o "U" bem adiante, entre os lábios. quando a vogal está colocada bem adiante, o som ressoa na parte anterior da boca.
Pode-se imaginar que canta em um globinho colocado ente os lábios, na frente dos dentes. Sobretudo não sopre ao cantar o "U": levante uma parede imaginária na frente do seu ar, ou que precisa reter um cavalo muito veloz com as rédeas.
Todo o ar deve converter-se
Isto
Se o exercício está bem feito, todo ar fica no som para enriquecê-lo.
Este exercício deve ser feito subindo cromaticamente na extensão da tessitura.
Quando se chega ao alto médio, o globinho se desloca para o centro da boca.
12º Exercício - Condução dos Sons Graves aos Ressonadores
Temos dito que por mais graves que sejam os sons, devem recorrer sempre aos ressonadores faciais para serem enriquecidos com seus hormônios e assegurar a homogeneidade da voz.
Por meio deste exercício, se encontrarão muito facilmente os ressonadores faciais nos sons graves. Se comprovará, ademais que não é necessário buscar as ressonâncias do peito nas partes graves: elas surgem por si, deverá se ter o cuidado de não apoiá-las ali, pois os sons graves têm seu ponto de apoio no mesmo lugar que os outros sons.
Aspire fortemente o "H".
Passe rapidamente pelas vogais, para fazer vibrar a nota no duplo "N", com a língua apoiada firmemente contra o paladar.
Se o exercício está bem realizado, é impossível não encontrar as ressonâncias faciais, ainda que para as notas mais graves da voz.
13º Exercício - Preparação para os "Pianos"
Começa-se por pronunciar o "I" bem na frente, justamente atrás dos incisivos superiores, um "I" penetrante, com a boca aberta ao máximo e como querendo morder o som.
Depois, trata-se de chegar à vogal "U" francesa, fazendo dela um som pleno, puro, etéreo, suave, estável e tão tranqüilo como se pudesse ser mantido quase indefinidamente.
Para conseguir "I", entre o primeiro "I" e "U", o interior da boca se estira para cima; os lábios se adianta para pronunciar o "U", e se tem a impressão que ela dá uma volta até o fundo da boca, indo ressoar no alto por detrás dos olhos, com uma pureza surpreendente: é um som de flauta em uma catedral; sua calma e sua firmeza se mantém por um fio de ar.
Realizando bem este exercício, chega-se a adquirir a ciência dos "pianos" mais tênues, mais puros e mais estáveis. Poder-se-á sustentar as notas indefinidamente, chegando inclusive a esquecer que se canta.
É por meio deste exercício, e partido deste "pianíssimo" que se deve iniciar o estudo dos sons "filados". Aumenta-se lenta e progressivamente a intensidade deste som admiravelmente colocado. Como sempre, no som mantido, deve-se continuar apontando-o para o alto e repetindo-se mentalmente a vogal.
Estando esse som muito bem colocado, o ar não escapa e poder-se-á conservá-lo facilmente para o "diminuindo" que deverá ser também lento e progressivamente.
Isto tudo será mais fácil exemplificando e explicando oralmente.
14º Exercício - Sons Picados
Um som picado é um som atacado como qualquer outro, ou seja, nitidamente.
O que faz dele um som "picado" é a grande rapidez que o cortamos, como se o queimássemos.
Sobretudo, este corte deve ser muito nítido, e o ar não deve transbordar nem durante sua realização, nem depois da mesma.
Os sons picados podem ser comparados às bolas lançadas por uma raquete contra o tabique (imaginário) colocado atrás do nariz que seria como um muro contra o qual se exercitam os tenistas.
15º Exercício - Os Intervalos
Os intervalos deverão ser trabalhados primeiramente do agudo ao grave e, logo depois, do grave ao agudo. Tomemos, por exemplo, a quinta. para uma voz não trabalhada, poderia parecer difícil executar sem mudar o luar de colocação da voz e... cuidado com os registros. Mas pode-se vencer esta dificuldade começando pela nota mais alta e trazendo bem perto dela a nota grave, tendo a impressão de que se canta uma mais alta que a anterior e, deste modo, não se alterará a homogeneidade vocal.
Uma vez colocada bem alto a nota grave, cante imediatamente a quinta ascendente.
Deve-se trabalhar no mesmo modo todos os intervalos até chegar a se acostumar a tornar sempre a nota grave ao lado da aguda cada vez que se canta um intervalo relativamente grande.
16º Exercício - Escalas Descendentes e Oitavas
Se realiza sobre o "E" com a boca meio aberta (dois dedos de altura). Fixe bem o "do". Mantenha-o firmemente em seu lugar, cuidando que tudo permaneça imóvel no interior da boca (condições essencial nos sons mantidos).
Nesta posição bucal, "suba" a escala descendente, fazendo todas as notas chegarem ao mesmo lugar de ressonância: é como se as notas fossem, nessa subida, à procura do "do".
Só para as últimas notas graves, a boca poderá voltar a fechar-se imperceptivelmente, enquanto a voz, e o "E" se aclaram.
Deste modo, no "do" grave, permanecerá muito perto do primeiro e se pode voltar a cantar a oitava, sem nenhuma dificuldade, com a maior homogeneidade, baixando ligeiramente o queixo.
Este exercício deve ser praticado em toda a extensão da voz. À medida que se sobe, deverá abrir-se cada vez mais a boca e a garganta para atacar a primeira nota.
Nas escalas descendentes deve-se acentuar ligeiramente a segunda nota, cuja precisão assegura a das notas seguintes.
17º Exercício - O Trinado
O trinado é o único exercício vocal que se efetua realmente na garganta, por meio de uma sacudida mecânica da laringe. Isto se pode comprovar, apoiando os dedos contra o pescoço, na altura da Maçã de Adão (ou seja, a laringe).
Começamos a trabalhar o trinado sobre a terça. Depois sobre a segunda (trinado propriamente dito).
A fusa provoca uma sacudida da laringe. Esta sacudida, ao repetir-se, se transforma em uma oscilação regular que não é outra coisa senão o trinado.
Certas vozes podem cantar o trinado com muita facilidade, enquanto outras devem exercitar muito antes de poder fazê-lo.
Os italianos antigos exercitam o trinado repetindo muito rapidamente a mesma nota sobre a letra "I
Antes de usar a voz, é necessário
aquecê-la.
A voz nada mais é que o resultado de um trabalho sincronizado de músculos; o aquecimento destes músculos, aumentam a irrigação sangüínea, tornando-os flexíveis e menos suscetíveis a lesões. Assim você prepara a voz para uma utilização mais intensa, sem se machucar.
Depois de usá-la, é importante desaquecê-la.
Desaquecer a voz, nada mais é que trazê-la novamente à forma muscular utilizada na FALA. Se não fizermos isso depois de cantar, continuaremos utilizando uma forma muscular do canto, mesmo que só falando e isso causa um desgaste da voz; a voz fica "descolocada".
Para o desaquecimento, é indicado:
#1. Vibração de lábio em duração, emitindo o som "Brrrrrrrrrrrrrrrrrr...", pouco volume, pouca projeção e em uma afinação bem grave (som basal);
#2. Vibração de língua em duração, emitindo o som "Trrrrrrrrrrrrrrrrrr...", tbm com pouco volume, pouca projeção e em som basal;
Obs: não precisa exagerar na duração, não precisa chegar no limite do seu fôlego!!!!
#3. Bocejo e beba água em temperatura ambiente: o movimento da deglutição(engolir) e do bocejo, relaxam a musculatura da Laringe;
#4. Mantenha a voz em repouso por uns 20 minutos sem falar.
Pronto! A voz estará desaquecida!
A voz nada mais é que o resultado de um trabalho sincronizado de músculos; o aquecimento destes músculos, aumentam a irrigação sangüínea, tornando-os flexíveis e menos suscetíveis a lesões. Assim você prepara a voz para uma utilização mais intensa, sem se machucar.
Depois de usá-la, é importante desaquecê-la.
Desaquecer a voz, nada mais é que trazê-la novamente à forma muscular utilizada na FALA. Se não fizermos isso depois de cantar, continuaremos utilizando uma forma muscular do canto, mesmo que só falando e isso causa um desgaste da voz; a voz fica "descolocada".
Para o desaquecimento, é indicado:
#1. Vibração de lábio em duração, emitindo o som "Brrrrrrrrrrrrrrrrrr...", pouco volume, pouca projeção e em uma afinação bem grave (som basal);
#2. Vibração de língua em duração, emitindo o som "Trrrrrrrrrrrrrrrrrr...", tbm com pouco volume, pouca projeção e em som basal;
Obs: não precisa exagerar na duração, não precisa chegar no limite do seu fôlego!!!!
#3. Bocejo e beba água em temperatura ambiente: o movimento da deglutição(engolir) e do bocejo, relaxam a musculatura da Laringe;
#4. Mantenha a voz em repouso por uns 20 minutos sem falar.
Pronto! A voz estará desaquecida!
CUIDADOS COM AVOZ
ð
Nunca fique
exposto(a) ao vento, sol excessivo ou tome bebidas geladas e sorvetes no dia em
que você for trabalhar;
ð
Pegar sol com
moderação é fundamental para quem trabalha com a voz: ele protege de algumas
alergias respiratórias;
ð
Faça um
aquecimento vocal 20 minutos antes de cantar;
ð
Depois do trabalho,
sua garganta estará aquecida. Cuidado, então, com correntes de
ar, ar condicionado, ventiladores e friagem;
ð
Se você trabalha
em ambiente com ar condicionado, poeira ou fumaça de cigarro, beba muita
água, em temperatura ambiente, durante a função;
ð
Para uma voz
firme a afinada, é necessário dormir pelo menos 8 horas por noite;
ð
Se você é
daqueles(as) que falam aos berros, mude de estilo. O uso inadequado da
voz pode trazer problemas sérios como, por exemplo, nódulos nas cordas vocais;
ð
Rouquidão freqüente
é um péssimo sinal. Pode significar, entre outras coisas, esforço excessivo das
cordas vocais. Procure um médico;
ð
Nunca tome própolis
pura ou misturada com água. Se você quiser ingerir este alimento, dilua algumas
gotas em uma colher generosa de mel. E cuidado com sprays
"milagrosos" que são jogados diretamente na garganta;
ð
Comer maçã com
casca é excelente para limpar a garganta;
ð
A respiração
é fundamental para quem usa a voz. Imagine
que você é um violino e suas cordas vocais são as cordas desse violino. O ar
que você respira será o arco usado pelo violino para tirar os sons das cordas.
Em outras palavras: sem ar, não há som; Clique para saber mais: http://www.kelenfrancocanto.blogger.com.br/respiracao.htm
ð
Exercite-se
regularmente, fazendo exercícios
aeróbicos (que trabalham a respiração) como, por exemplo: caminhada, ciclismo,
dança e natação; Movimentamos vários músculos para cantar e falar. Por essa
razão, prefira sempre os exercícios aeróbicos moderados seguidos de um bom
alongamento. Exercícios pesados tornam a musculatura do corpo muito tensa e
acabam comprometendo a performance
ð
Quando estamos
nervosos ou tensos, nossa respiração fica alterada e, conseqüentemente, a voz.
Para que isso não aconteça, faça muito relaxamento e trabalhe o
auto-controle emocional; Clique para saber mais: http://www.kelenfrancocanto.blogger.com.br/respiracao.htm
ð
Um(a)
profissional da voz não utiliza apenas os aparelhos fonador e respiratório para
cantar ou falar. Uma boa interpretação necessita de técnica, sentimento e
expressão corporal;
ð
Nada melhor do
que uma boa técnica vocal para tirar partido do talento que Deus lhe
deu. O limite de um profissional com talento e sem técnica é muito pequeno.
Estude muito a fim de desenvolver ao máximo o seu instrumento e,
principalmente, conhecer a sua extensão vocal.
Faça o melhor para Deus, afina, Ele merece... e
muuuuito!!!!
ð
Visite um
otorrinolaringologista regularmente a fim de prevenir futuros problemas com a
voz. O seu instrumento não pode ser trocado, vendido ou comprado como um
teclado ou um violão. Ele é único, e lembre-se: se você tratar a sua garganta
com carinho, ela poderá lhe dar grandes alegrias.
DICAS
PARA CANTORES PARTE 01
Kelen Franco
ð
Cantar com uma
caneta entre os dentes pode melhorar a dicção.
ð
Abra a boca para cantar. Isso pode melhorar sua afinação.
ð
A última nota de
uma frase musical pode finalizar uma canção ou destruir a conclusão dela.
ð
Ouça de
tudo e retenha o que é bom.
Alguém sempre terá algo a ensinar pra você.
ð
Se você quer ser
um ótimo artista, prestigie as artes que não seja do seu mundo
particular.
Veja obras de pintores, escultores; veja ballet,
teatro, leia um livro, seja atento para a natureza, etc.
ð
Se você tem
problemas com as notas graves, encurte a nota e suavize a voz.
ð
Cuidado na hora de escolher a tonalidade da música. Apresentação
é uma coisa e ensaio é outra. Na apresentação nossa adrenalina colabora
para que nossa voz soe mais aguda.
ð
O nervosismo
reflete em cansaço físico na voz. Nós parecemos ofegantes sem estarmos cansados
fisicamente.
ð
Demonstre sempre
leveza no palco, como se fosse uma pena flutuando. Não deixe a
responsabilidade de cantar ser um peso.
ð
Não se empolgue
cantando ao vivo porque sua afinação pode subir.
ð
As notas graves
necessitam de menos pressão, porém são mais difíceis de afinar, pois devermos
ter mais domínio do controle de saída do ar.
DICAS
PARA CANTORES
PARTE
02
Kelen Franco
ð
Os agudos sempre
saem melhores numa apresentação do que os graves, pois há uma preocupação maior
com as notas agudas. Porém, a preocupação tem que ser igual para todas as
notas.
ð
Dormir bem
é ótimo remédio para a voz.
Alguns necessitam de quantidade. Mas, o que importa é a qualidade do sono sem
interrupções.
ð
Toda
pessoa que não estuda, estagnada está.
ð
Você tem que
fazer todos os exercícios de canto que existem, mas deve saber aplica-los nas
músicas que canta freqüentemente.
ð
Estude os exercícios que você tem mais dificuldade do que
os que já domina.
ð
Descubra sempre
coisas novas dentro da mesma música.
ð
O trabalho em
grupo rende mais porque tem sempre alguém que pode te ajudar e você sempre pode
ajudar alguém. Por isso, peça ajuda.
ð
Tente colocar e
tirar os vibratos na música. Não seja escravo dele.
ð
Toda nota que
você der pode vir a seu favor ou contra. Toda nota é especial: nota de
passagem, grava ou aguda. Toda nota é música! Por isso, valorize todas elas de
maneiras diferentes.
ð
Ter
criatividade, controle e equilíbrio é saber dar uma nota aguda e suave ou
“mandar ver” se for necessário.
O UNIVERSO
PARALELO DO CANTOR
(MICROFONES)
Todo cantor
precisa saber dos acessórios básicos. Aqui estão algumas dicas pra você:
Microfones
Existem 2 tipos de microfones: unidirecionais ou
direcionais e onidirecionais. Para o cantor é melhor usar um microfone que seja
direcional para evitar a entrada de outro tipo de som que não a sua voz.
Facilitando assim a regulagem do seu microfone na mesa de som.
Polaridade: é a característica dos microfones captarem sons em diversas direções.
Microfone Onidirecional O microfone onidirecional capta o som igualmente em
quase todas as direções. Ele trabalha bem num raio de 360 graus independente da
direção em que o microfone estiver apontado.
Unidirecional (ou Direcional) O microfone unidirecional é projetado especialmente
para captar melhor o som da sua frente.
“Quanto mais furinhos o microfone tem na
lateral, mais direcional ele é”.
Marcas
Qual a função do Cantor?
A função básica do Cantor, por incrível que pareça, é
cantar. O cantor em que se livrar das coisas que o impeçam de cantar e de
utilizar seu instrumento. Ex: traumas vocais, falta de estudo, hábitos errados.
Como cuidar bem da sua saúde vocal:
- Não fumar, evitar bebidas alcoólicas.
- Não fazer uso de spray ou pastilhas
- Evitar gelado
- Evitar o ar condicionado, pois provoca o ressecamento das mucosas, alterando a vibração das pregas
vocais. Se não for possível evitar o ar condicionado, procure sempre beber
água, durante todo o tempo que estiver exposto a ele.
- Não pigarrear
- Manter a cabeça reta no ato da fonação (para livre passagem do ar)
- Articular bem as palavras
- Não competir com
ruídos externos
- Fazer repouso vocal
antes de uma exposição prolongada
- Ingerir muito líquido
para hidratar as pregas vocais
Cuidar da saúde vocal é evitar problemas que o impeçam de exercer, mesmo que
temporariamente, sua função de cantor.
Autoconfiança se adquire com estudo.
O mais importante não é onde nos
encontramos, mas para onde caminhamos.
SEJA OTIMISTA
1.
1.Tenha uma
visão mais positiva da sua voz. Seja otimista consigo mesmo. Se você não for
apaixonado por sua voz, é hora de começar... Faça uma forcinha. Vale a pena.
Você tem que ser a primeira pessoa a gostar de sua voz. Treine, faça
exercícios, cante... Mas, faça tudo valer a pena.
2.
2.Seja feliz. A
nossa voz reflete quando estamos mal. Às vezes temos adversidades, mas cante,
feche os olhos e cante. Você irá se sentir bem melhor. Se você aspira a uma
vida feliz e trabalha para isso, evitando inseguranças, ansiedades e
preocupações; acredite, isso é o melhor para a sua voz. Cantar não é um sonho
nem uma fantasia, é dádiva. Muitas pessoas vivem sofrendo por sua voz e, se
outros puderam aprender a cantar, você também pode.
É você quem escolhe a voz que quer Ter.
Comece a descobri-la.
PRATIQUE PARA DESCOBRIR SEU POTENCIAL
1.
1.Comece a
estudar, dedicando-se algum tempo para aprender estratégias aplicáveis em sua
voz para melhorar seu timbre, dicção, postura, respiração, etc. Mesmo que o
tempo seja pouco, faça com que ele seja regular. Se você se dispôs a estudar
15min por dia, ótimo. Não comece estipulando um tempo muito longo a ponto de
não conseguir cumpri-lo e se frustrar.
2.
2. Escolha
um repertório de que gosta de ouvir. A forma como você canta, cada uma das
músicas, é sempre uma escolha sua. Fazer da sua voz e da sua vida uma dádiva é
uma escolha que depende de você e de seu esforço.
PROGRAME-SE
·
Ouça seus
cantores preferidos e cante com eles. Talvez o processo imitativo pode te
ajudar, mas tome sempre o cuidado de não forçar a garganta. E se estiver
doendo, pare. Desenvolva técnicas para associar com as músicas que escolheu;
·
Treine suas
expressões faciais e corporais. Cante no espelho, faça algumas caretas, seja o
mais desenvolto possível. Cantar tem que ser totalmente uma forma de expressão;
·
Lembre-se que a
autoconfiança é um progresso mental. Aos poucos, quanto mais conhecer sua voz e
saber do seu potencial, mais autoconfiança você terá. Mas, exige esforço e um
controle mental. Não tenha medos. Abra a boca. Mesmo que estranhe no começo sua
própria voz cantada. Isso é um processo. E todos os cantores também passaram
por isso um dia.
·
Se quiser cantar
pra alguém e não quiser passar vergonha, estude antes a música. Escreva a
letra, rabisque as notinhas, anote as entradas e saídas. Quanto mais você
estuda, menos medo tem de cantar determinada música. Então, pra quem não quer
ter medo, o estudo pode ser uma forma ótima de apoio.
·
Se estiver
doendo, pare. Mesmo que esteja lindo de se ouvir. E você esteja curtindo ao
máximo. É melhor parar... Você pode estar machucando a voz. E nós não queremos
isso, ok?
Não adianta colocar a culpa nas
dificuldades, nos professores, na técnica ou em quem quer que seja. Você
precisa se conscientizar que uma voz bem trabalhada exige esforço. Esforce-se para
obter a voz que você sonha: estude
O cantor
que comunica
Através da fala, expressamos nossos
pensamentos, idéias e opiniões.
Desde o início da vida, a voz torna-se um dos meios
de interação mais poderosos do indivíduo e se constitui no modo básico de
comunicação entre as pessoas.
A comunicação envolve expressão corporal, facial,
gestos, fala e voz. A voz porém é responsável por uma porcentagem muito grande
das informações contidas em uma mensagem que estamos transmitindo e revela
muita coisa sobre nós mesmos.
Articulação
e dicção
A articulação dos sons
da fala são feitos na cavidade oral, através dos movimentos de língua, lábios,
mandíbula e palato, e o som é projetado para fora. Estes movimentos devem ser
precisos para que os sons produzidos sejam claros e inteligíveis.
É fundamental que haja harmonia entre a respiração e a articulação, para que a
colocação da voz seja feita com naturalidade.
A dicção é muito importante na fala. Se
você não consegue se fazer entender por outra pessoa, sua comunicação está
falhando.
“A comunicação não é
o que você diz, mas o que a outra pessoa entende”
A fala vem antes do canto. Se você
não tem uma boa articulação das palavras e uma boa dicção das sílabas ao falar,
no canto você pode encontrar problemas até de afinação.
Se cantarmos com a dicção de forma
exagerada, podemos perceber que enfatizamos todas as sílabas. Se isso acontecer
no canto, vamos detalhar melhor a melodia, destacando a afinação. Não podemos
esconder nossa voz com uma dicção defeituosa. Devemos trabalhar cada área da
fala antes de cantar. (veja dicas para cantores)
- As diferenças entre as consoantes têm que ser evidente.
- Fale devagar
cada sílaba e veja a diferença da boca e da língua.
Se você ouvir o mesmo som, estude mais.
Pompom e bombom. (Pê e Be) – lábio
Faca e Vaca (Fá e Vá) – lábio e dente
Carimbo e garimpo (Gua e Ca) – língua
Data e nata (Dê e Te) - língua
As
sílabas devem ser limpas:
Pro –
ble – ma (Pro e Ble)
Tra – ba – lho (Lho)
Á – gua (Gua)
Lá – pis (Lá)
Aço (Ço)
As
vogais também devem ser diferenciadas e exageradas no estudo:
A (abrindo ao máximo a boca)
U (fazendo bico de beijo)
Ê (sorrindo)
É (abrindo um pouco mais que o Ê)
Ô (boca na vertical)
I (dentes paralelos)
Exercício.: Coloque uma caneta entre os dentes e fale
articulando bem as palavras e se fazendo entender fluentemente.
O cantor na
oficina mecânica
Por Suely Mesquita
Levei meu carro no mecânico, tava bebendo muita
gasolina.
Levantou o capô do carro e disse:
- liga aí.
Liguei.
- ah, claro, ouve só, ele tá fazendo VRRROOOMM,
ouviu?
Não ouvi coisa nenhuma e dei um sorrisinho amarelo.
- agora você vai ver a diferença.
Meteu meio corpo pra dentro do monte de ferros e
gritou meio abafado:
- liga aí!
Liguei.
- pronto, é só isso, vou mexer na posfdsiodfalk e
apertar o dfoaijdj e ele vai ficar assim, fazendo VRRRUUMMMM, sacou?
Não saquei.
Mas o cara era um didata! Não se conformou.
- como não sacou? Ele tava fazendo VRRROOOMM, agora
tá fazendo VRRRUUMMMM, você não ouve diferença???
- não ouço nada, pra mim é tudo igual. Quero saber é
se vai parar de beber toda essa gasolina.
- Claro que vai! Não, ouve só, péra aí.
Voltou pro capô, mexeu, mandou ligar, mostrou o
VRRROOOMM, mexeu, mandou ligar, mostrou o VRRRUUMMMM. Voltou vitorioso, com um
sorriso triunfante:
- viu?
Não vi nada. Mas disse ah, é, agora sim. E fui
embora.
Assim como eu fazem alguns cantores que chegam pra
ter aula de técnica vocal. O cara ou a mina faz VRRROOOMM, eu falo, solta a
mandíbula. Aí ele faz VRRRUUMMMM e eu digo: há há! Triunfante e vitoriosa, olha
lá a total diferença. O cantor me olha como se eu fosse transparente. É melhor
não insistir muito de uma vez, ou ele diz que sim, que ouviu, claro, pois não,
cadê meu boné? Tenho que me conformar um pouco, por um tempo. Não se abre à
força o ouvido de ninguém pra que aprenda a discriminar e distinguir timbres. E
se eu posso sair da oficina e esquecer o assunto, porque diabos o pobre cantor
tem que ficar ali tentando distinguir VRRRUUMMMM de VRRROOOMM?
Seguinte, meu chapa: seu corpo não é um carro e você
não é um motorista de fim de semana. Não dá pra ir na esquina comprar peça de
reposição. Uma aula de canto não é um lugar onde você fica passivo enquanto eu
troco uma peça e digo prontinho, pode sair sem entender nada e seja feliz. Isso
sem falar que na qualidade do seu VRRROOOMM tem muito mais coisa em jogo do que
na voz do motor do meu carro. Se você não ouve a diferença, a platéia ouve,
pode estar certo. Mesmo que não saiba dizer porque tal cantor é irado e tal
outro... tal outro, é... pode crer... valeu... pinta lá.
Posso dizer até que, enquanto você não ouve certas
diferenças, a aula nem começou. Estamos no aleatório, você canta daí, eu falo
daqui e ninguém se entende. Então paciência, lindinho ou lindinha. Se você não
escuta a diferença entre VRRROOOMM e VRRRUUMMMM, escute novamente. E novamente,
e novamente, e novamente. Um belo dia, quando você estiver simplesmente
escutando e já tiver desistido de tentar discriminar, plum. Salta aos seus
ouvidos a tal diferença e você fica entre "Uau! Eureka!" e
"puxa, mas era só isso?". E vamos assim, de nada em nada, de detalhe
em detalhe, de ínfimo em mínimo, construindo uma coisa inteiramente nova que
será uma voz mais versátil, livre, saudável, expressiva, para você brincar à
vontade com ela. Tipo um upgrade.
Técnicas
experimentais e cantores autodidatas
Suely Mesquita
Pesquisa ou inconseqüência? O que é pesquisa?
Sejamos realistas: todos os saberes que existem hoje
em dia, poderosos, sistematizados, representantes da "verdade" e da
autoridade, devem-se à audácia, iniciativa e infinitos erros dos pesquisadores
e autodidatas. Isso se verifica na história da medicina, da física, da
antropologia e das demais ciências e também na história da arte, tanto em
relação aos processos criativos como aos procedimentos técnicos.
Quanto aos processos criativos, os métodos de
pesquisa artísticos são diferentes dos científicos pois, enquanto a ciência se
preocupa em estabelecer verdades da maneira mais inquestionável possível, a
arte admite melhor a pluralidade, a controvérsia, já que a verdade estética não
precisa e não deve ser inquestionável. No entanto, existem métodos de pesquisa em arte. Tais métodos
existem porque também na arte existem perigos: o perigo de que o artista se
disperse e não chegue a conclusão nenhuma, a nenhuma produção; o perigo de
chegar a conclusões fantasiosas, irrealizáveis no plano físico e/ou no contexto
histórico, cultural e sócio-econômico; e, sobretudo, o perigo físico que certos
experimentos podem acarretar, cujos danos se evidenciam às vezes a tão longo
prazo que só são detectados quando já irreversíveis. Assim como há cientistas
que morreram de câncer, causado por anos em contato experimental com
substâncias radioativas pouco conhecidas, pintores apresentaram sérios
problemas pulmonares em decorrência da inalação de substâncias tóxicas contidas
em uma nova cor; bailarinos tiveram problemas ósseos em função de pesquisas de
movimento; e cantores prejudicaram para sempre suas vozes, também por engano ou
ignorância. Não vamos menosprezar os fatos: PESQUISAR É PERIGOSO. VIVER É
PERIGOSO. No que tange a aspectos técnicos, é frequente a associação entre
artistas, cientistas e outros estudiosos para a pesquisa. No caso específico do
canto, a experimentação tem se referenciado, por exemplo, na fisiologia,
antropologia, acústica, eletrônica, psicologia, história, técnicas corporais
etc., dependendo do objetivo do trabalho.
Técnica e
estética
É a escolha estética que exige a sistematização de
uma técnica, e não o contrário. Se quero cantar bossa-nova, terei como objetivo
aprender coisas diferentes de quem quer cantar rock ou ópera. Isso inclui
estilos e também técnicas de emissão vocal diferenciadas. Na minha prática
profissional como cantora e professora de técnica, venho lidando principalmente
com:
* um repertório pop/popular, que usa desde emissões
vocais mais pesadas, com mais pressão (rock, funk, disco, samba e outros), às
mais leves (baladas, jazz, seresta, reggae etc.)
* uso da voz alterada por aparelhos eletroacústicos e
eletrônicos, comumente usados em shows e gravações (microfones e sistemas de
som, efeitos como reverbs e delays, vocoder, voz sampleada).
* os desejos do cantor, muito variados, de uma
sonoridade vocal diferente da do canto erudito e muitas vezes suja, agressiva,
coloquial, distanciada da pureza e da limpeza do som.
* a língua falada no Brasil (embora eu vá levar em
consideração o fato de que nós, brasileiros, cantamos freqüentemente em outras
línguas, principalmente em inglês.)
As técnicas eruditas, com suas sonoridades próprias,
se aplicadas a esse contexto sem nenhuma adaptação ou acréscimo, não servem.
Produzem sons e fraseados que não conseguem se adequar a essa realidade
estética. Por isso, há várias décadas, desde que o canto chamado popular se
profissionalizou e passou a ser socialmente valorizado, muitos cantores, alunos
e professores vêm se dedicando a tentativas de sistematização de um novo saber
sobre a voz. Formamos grupos de estudo sobre o tema. Trocamos experiências.
Procuramos em outros saberes, sobre o corpo e o som, apoio para nossas
pesquisas. Cada vez é maior o número de cantores resolvidos a estudar e fazer
exercícios vocais sem abrir mão do repertório e da sonoridade que escolheram e
da amplificação elétrica.
referenciais
Apesar das diferenças, todos os cantores eruditos e
populares têm algo em comum: o corpo humano. É do corpo que sai o som e a
procura do desempenho vocal mais adequado e anatômico tem feito com que
técnicas diferentes acabem coincidindo em vários pontos. Isso possibilita, por
exemplo, que cantores que usam microfone estudem técnicas eruditas, feitas
especialmente para o canto acústico, com bastante proveito. Minhas pesquisas
sobre técnica vocal para o canto popular têm se apoiado, nos últimos anos, em
três tipos de saber em fase mais adiantada de sistematização: escolas de canto
erudito, técnicas corporais de consciência do movimento e o saber médico e
paramédico sobre a fisiologia da voz (laringologia e fonoaudiologia). Sinto
necessidade destes apoios para evitar ou minimizar os riscos que uma
experimentação autônoma e puramente intuitiva acarretaria. Desejo preservar a
saúde e a integridade física da minha própria voz. Estas três áreas do
conhecimento me fornecem informações complementares.
Desejo
estético X integridade vocal
(estilos musicais e esforços correspondentes)
Há um tipo de emissão muito usada pelos cantores populares
quando querem punch, quando procuram pressão no som. E não só pressão, pura e
simplesmente, mas um tipo de pressão que transmite força física, agressividade
ou até um certo esforço. Sonoramente, isso corresponde a uma voz que pode soar
forte e rasgada (Elis Regina, Fagner, Elba Ramalho), ou "suja",
rouca, não purificada (Janis Joplin, Elza Soares, Cássia Eller).
Fisiologicamente, o efeito é obtido por meio de movimentos internos que fazem
aumentar a pressão da coluna de ar sobre as pregas ou cordas vocais. De um
ponto de vista estritamente anatômico, cantar dessa forma é contra-indicado,
pois submete as pregas vocais a um atrito desgastante. Mas o som assim
produzido é parte fundamental da estética de certos gêneros pesados, como rock, blues, samba e outros. Além disso, a fala
brasileira, com suas vogais abertas, condiciona culturalmente o que nos parece
uma forma "natural" de cantar. É decisão particular de cada cantor
estabelecer uma dose para esse esforço físico, sabendo desde o início que
certas sonoridades ficarão rigorosamente proibidas se ele se impuser o limite
de nunca forçar sua voz, nem mesmo um pouco, nem mesmo por alguns instantes
dentro de um show. Se o resultado sonoro for mais importante do que a
preservação vocal, é melhor saber os momentos em que se está fora do gesto
anatômico. Não adianta fingir que não está acontecendo nada e fugir da
consciência, para depois ir parar num médico ou fonoaudiólogo, sem voz no dia
do show, esperando uma solução instantânea e milagrosa. Aí começa uma discussão
muito mais ampla, que é a da relação que vamos estabelecer na vida com nosso
corpo físico. Quando fumamos, bebemos, arriscamos a vida em esportes perigosos,
optamos por jornadas de trabalho insanas, ficamos sem dormir e comendo mal,
muitas vezes achamos que está valendo a pena, que o que vamos conseguir com
essas atitudes, em termos de prazer ou resultado, vale o comprometimento do
corpo. E podemos perder a medida e cair no chão no meio da jornada. Cada um tem
que aprender a se conhecer e decidir até onde deve ir na auto-exigência.
Se já decidi que quero produzir exatamente aquele
som, independentemente das conseqüências, de que vai adiantar ficar pensando no
esforço que estou fazendo ou no que isso pode custar? Simples: com consciência,
vou poder tomar cuidados básicos para minimizar possíveis danos. Não é preciso
pensar que é tudo ou nada, ou levo uma vida junkie e não tomo nenhum cuidado,
ou adoto uma prática monástica e regrada, sem nunca sair da autodisciplina.
Viver pode gastar, mas não precisa destruir.
Como cuidados básicos, quase truques de proteção,
posso sugerir:
* Não cantar a maior parte de um show com emissão de
esforço, anti-anatômica.
* Dar bastante atenção à escolha da tonalidade de
cada música.
* Atribuir caráter interpretativo à emissão tensa, de
forma a não precisar que ocorra na música inteira mas apenas em algum momento
especial. Ou seja, tentar substituir ao máximo o som meio no grito por um outro
que também tenha pressão e punch sem tanta sobrecarga. Dependendo da região em
que se está cantando, o resultado será ótimo. Em certas notas, só gritando e
arranhando mesmo, ou abrindo mão daquele efeito.
* Preservar-se nos ensaios, sobretudo se os outros
instrumentos têm muita potência sonora: não repetir várias vezes seguidas a
mesma música ou o mesmo trecho, evitar cantar de forma mecânica em ensaios de
base, insistir para ensaiar com o melhor retorno possível, evitar cigarros
acesos e mofo no local, não começar o ensaio com a voz fria ou com músicas que
exijam mais esforço (muito agudas, muito gritadas ou que façam você sentir
qualquer tipo de desconforto vocal).
* Procurar evitar o efeito cumulativo do esforço. Um
pequeno esforço repetido ao longo do tempo é como uma unha passando na pele. A
primeira vez não fere, mas depois de horas pode fazer um buraco.
* APRENDER A SENTIR SEU LIMITE FÍSICO PRECOCEMENTE,
BEM ANTES DE FICAR ROUCO, PARA O QUE É NECESSÁRIO CONHECER E RESPEITAR AS
CARACTERÍSTICAS NATURAIS DE SUA PRÓPRIA VOZ.
O cantor
como dono da voz
Cada um de nós tem em si o germe buliçoso da
curiosidade e ele impele à pesquisa. Cada um de nós quer tentar sozinho alguma
coisa que sentimos que só nós enxergamos ou compreendemos. Que bom. Mas isso
não precisa virar inconseqüência. E o primeiro passo é aprender dos erros dos
outros, ou seja, evitar pesquisar sozinho, sem apoio. Por exemplo: se já sei
que, antes de mim, um cientista morreu por se expor sem proteção à
radioatividade, não vou começar a mexer com isso sem antes me informar a
respeito. Isso não seria pesquisa, mas burrice. Ou preguiça, porque pra saber o
que outros fizeram vou ter que ir atrás dessa informação, vou ter que ESTUDAR o
que foi feito, tanto de certo quanto de errado, para poder me arriscar só onde
for realmente necessário. Outra coisa importante: se quero pesquisar por mim
mesma é melhor me dedicar a alguma coisa inexplorada. Não vou ficar igual a uma
boba tentando inventar a pólvora. A pólvora já foi inventada e, se eu não sabia
disso, a falha é minha. Ou seja: O ESTUDO DO QUE JÁ EXISTE E A PESQUISA SÃO
ATIVIDADES INSEPARÁVEIS, UM GERA O OUTRO O TEMPO TODO.
Antes de dizer que não sabe como conseguir a
informação, tente, pergunte, não desista muito fácil. Só se deve pesquisar sem
apoio quando isso é absolutamente necessário, ou porque não existe mesmo o que
se está procurando ou porque não conseguimos de jeito nenhum, por questões
práticas, ter acesso ao que existe. Sabendo que, neste segundo caso, estamos
fazendo uma pesquisa cujo valor é unicamente pessoal, estamos tentando
descobrir a pólvora outra vez, por limitação nossa ou de nossas condições.
Paciência. Seria muito melhor ter de bandeja as conclusões de outros, que
talvez possam nos cortar caminho. Em contrapartida, quando estamos sendo
orientados por alguém mais adiantado, mesmo confiando nesta pessoa e nos
entregando a ela, não deixamos de existir como indivíduos, não deixamos de
pensar, não deixamos de ter idéias próprias e discordar do nosso mestre. Às
vezes a discordância vem da ignorância e, passos adiante no aprendizado, vamos
dar o braço a torcer. Às vezes vem de uma diferença legítima e chega o momento
em que nos sentiremos impelidos a correr o perigo da pesquisa, indo por lugares
que nosso mestre não mandou ou mesmo proibiu. Colaboração e respeito mútuos
entre professor e aluno podem tornar o trabalho enriquecedor para ambos.
glossário:
acústica: parte da física que estuda o som e sua propagação.
Diz-se também da música que não utiliza aparelhos de amplificação para ser
ouvida e depende apenas da habilidade do cantor e dos outros músicos e do eco natural
da sala.
antropologia: ciência que estuda os diferentes povos e culturas.
canto erudito: forma acadêmica de cantar, de origem
européia. O canto erudito tem vários estilos e técnicas, assim como o popular.
A distinção entre o que é erudito e o que é popular nem sempre escapa da
polêmica. Entre os cantores profissionais, geralmente o canto popular é
amplificado por microfones, enquanto o erudito é quase sempre acústico. A
influência do folclore na obra de muitos compositores eruditos e a crescente procura
de estudo técnico e teórico entre os músicos populares, sobretudo os
profissionais, são alguns dos fatores que tendem a diluir as fronteiras entre
essas duas maneiras de fazer música.
cordas
vocais: o mesmo que pregas vocais. O
termo "corda" vem sendo rejeitado pelos cientistas, pois as cordas
vocais não são fios ou cordas como as de um violão.
eletrônica: ciência que estuda o comportamento dos
elétrons e a utilização de sua energia em aparelhos variados, inclusive os
destinados a amplificação e manipulação sonora.
emissão vocal: produção de som por meio da
coordenação entre os movimentos respiratórios e os das pregas vocais, de forma
a colocá-las em vibração.
estética: gosto artístico, que determina a escolha de um
estilo.
estilo: maneira de fazer. Em relação ao canto, inclui a
ausência ou presença de floreios, o timbre vocal e as formas pessoais de
interpretar. Em geral cada gênero (samba, rock, tango, funk etc.) acaba por
consagrar e tornar tradicionais certas regras de estilo, que o intérprete deveria
teoricamente respeitar para ser considerado competente.
fisiologia: parte da biologia que investiga as funções
orgânicas, processos ou atividades vitais, como a respiração, a fonação etc.
fonoaudiologia: ciência que estuda, entre outros assuntos, a produção
do som vocal e propõe técnicas corretivas do mau uso da voz falada.
fraseado: Recurso de interpretação que consiste em utilizar
sons mais fortes e mais fracos, variações de timbre e ritmo, que dão um sentido
global a uma seqüência de notas e contribuem para a compreensão de uma frase
musical. Entonação.
junkie: palavra inglesa que designa "viciado",
usada aqui no sentido de pessoas que não se preocupam com a autopreservação e
só querem saber do prazer sensorial imediato, sem medir as conseqüências.
laringe: órgão em forma de tubo, composto de partes ósseas e
cartilaginosas, situado dentro do pescoço (o pomo-de-adão), de importante
função na deglutição e na fonação. Dentro do laringe estão as pregas vocais.
laringologia: parte da medicina que estuda as funções do laringe,
o que inclui os processos de deglutição e fonação.
pregas
vocais: par de membranas situadas
dentro do laringe que se unem e, impulsionadas pelo movimento do ar na
respiração, entram em vibração quando falamos, cantamos, gememos, rimos, choramos
etc.
punch: palavra inglesa que significa "soco". Na
gíria dos músicos de rock, funk, hip hop etc., quer dizer ritmo vigoroso, que
faz dançar, e som pesado, com pressão, alto volume e timbres rascantes.
região: parte da voz (região grave, por exemplo).
repertório: conjunto de canções ou peças musicais escolhidas por
um intérprete.
reverb e
delay: efeitos de eco quase sempre
adicionados eletronicamente às vozes durante shows e gravações, para devolver a
naturalidade à voz amplificada pelo microfone.
técnica
vocal: conjunto de exercícios que
visa aprimorar o controle que o cantor tem sobre a própria voz. O termo designa
também o domínio vocal adquirido com a prática.
técnicas
corporais: termo genérico que
designa vários saberes sobre o corpo e seus movimentos, com maior ou menor
embasamento científico. Incluo entre as técnicas corporais ioga, técnica
Alexander, antiginástica, reeducação postural global (RPG), técnicas de dança
etc, embora alguns desses saberes tenham finalidades globais muito mais abrangentes
que o simples aperfeiçoamento postural. Em última análise, a própria técnica
vocal é uma técnica corporal.
timbre: sonoridade, cor do som. É o timbre que permite
reconhecer a voz de um cantor ou falante.
vocoder: aparelho eletrônico que, acoplado a um microfone,
produz acordes (notas simultâneas) a partir de uma única nota emitida por um
cantor ou instrumento.
voz
sampleada: parte cantada gravada
eletronicamente e que passa a poder ser acionada por um instrumento, por
exemplo um teclado, o que permite a fácil realização de repetições de grande
precisão rítmica.
Sorvete na
testa
Abre a boca! Isso. Agora levanta o pé. Muito bom.
Agora põe a mão pra trás e olha pra cima. Tá ótimo, não mexe. Agora olha pro
lado esquerdo, abre o peito, põe a língua pra fora, dá um nó na tripa e...
canta AAAAAA!!! Muito beeeem!!!!
Ce pensa que eu tô brincando? Tô falando sério. Isso
aí em cima podia ser um momento de aula de canto. Ok, eu não vou dizer pro
cantor levantar o pé nem dar o nó na tripa, estava fazendo uma gracinha com
você. Mas vou dizer coisas muito piores, tipo: solta os joelhos, manda o topo
da cabeça pro alto, solta a mandíbula, abre o fundo da garganta, abaixa a base
da língua, põe energia na ponta da língua, respira e canta AAAAAAA!!! Tudo ao
mesmo tempo, lógico. Ei, volta aqui, não
desiste não! Tá pensando que é impossível pra você? "Ih, bobagem. Alguma
coisinha podemos fazer".
Coisa de
louco
Quando você canta ou fala, faz um malabarismo dos
diabos, sabia? Geralmente não sabia. Mas faz. Cada gesto da gente no dia a dia
põe em ação de forma bastante complexa um monte de músculos ao mesmo tempo, de
um jeito tal que se for ser descrito assusta qualquer um. No entanto, a gente
faz sem nem pensar e acha tudo simples. Acha simples até o dia que vem um maldito
professor de canto e diz candidamente: "tive uma idéia! que tal se você
abrir o fundo da garganta?". E eu lá sei onde fica o fundo da garganta,
pensava eu nas primeiras aulas de canto, há muuuuito tempo atrás. Aí começava
uma brincadeira de esconde-esconde. Estava eu lá cantando um vocalise, um
lá-lá-lá qualquer que o professor mandou. Enquanto eu cantava, ouvia as
seguintes exclamações desencontradas e estapafúrdias:
- isso! (isso o que, meu Deus, o que foi que eu fiz?
3/4 pensava eu)
- nããããão! Assim não! (mas eu nem me mexi!)
- solta a mandíbula. (soltei)
- falei solta, não falei abre! (fechei correndo)
- vai lá, solta a mandíbula! (deu um branco, fiquei
estatelada, não sei o que fazer)
- ótimo!!! (ótimo???)
- continua assim, muito bom! (meu anjo da guarda, faz
com que tudo continue assim, embora eu não saiba tudo o que)
- agora repete igual! (pânico!)
- não, está completamente diferente... (está?)
- novamente: solta a mandíbula aqui nesse ponto,
devagar, isso, não canta ainda, sentiu? (NÃO!)
- MUITO BEM! Agora canta assim, com a mandíbula
soltinha assim, vamos lá, sem medo, mais voz... (seja o que deus quiser)
- Ótimo! (ah, agora entendi)
- Isso, continua. (ah, bom, então é só fazer assim
e...)
- NÃÃÃÃOOOO! (...me ferrar)
- Faz igual a antes, presta atenção, devagar. (ah,
desisto, não estou entendendo nada, vou fazer de qualquer jeito)
- Ótimo! Ótimo! Excelente, agora você entendeu (esse
cara é louco, meu deus)
Altos. Agora vamos traduzir. O professor do exemplo acima
não é louco. Nem personagem de desenho animado. Ele está apenas tentando ser
bem sucedido na inglória e hilária tarefa de fazer com que o cantor comande uma
musculatura que ele sequer sabe que existe. O bê-a-bá da técnica vocal diz que
um cantor deve ter comando voluntário da respiração e aproveitar os
ressonadores naturais do corpo (ou seja, ser ouvido e entendido e fazer a voz
ter volume sem precisar gritar). Para isso ele deve abrir a garganta,
direcionar o som para ali ou acolá (escolas diferentes dizem coisas
diferentes), soltar a mandíbula, ter agilidade de dicção e mais fazer coisas
específicas para vogais específicas e notas específicas. Claro que se você não
é ainda um cantor capaz de fazer tudo isso vai achar que está diante de um
mistério total. Tá legal, abrir a garganta, mas COMO ASSIM? Usando algum tipo
de aparelho? Usando a força mental? Rezando? Porque esperar que você faça isso
por querer, na hora que quiser, ciente do que faz, parece de fato pedir demais
a um ser humano.
Calma, tá?
Um bom professor não vai se limitar a dizer a você
"faça". Pode criar mil imagens mirabolantes sobre seu corpo, mandar
você imaginar que sua mandíbula é um arame preso por um preguinho ou que sua
bunda se enche de ar quando você inspira. Por incrível que pareça, isso vai ter
algum efeito sobre você. Vai também propor melodias especiais com fonemas
especiais em seqüências especiais, mesmo que isso te pareça uma descrição muito
chique pra aquelas melodias bobas, irritantes e repetitivas que você deve
cantar com uma prosódia ridícula tipo "bababa" ou "bóbóbó".
Vai fazer sons prodigiosos e dizer a você que os imite, como se nem
desconfiasse que você não vai conseguir imediatamente. Enfim, com a ajuda de
Deus, vai mover mundos e fundos e usar todos os seus conhecimentos e imaginação
para induzir você a fazer, inicialmente sem querer, alguma coisa que ele possa
escutar e dizer o famoso "Isso!" que todos desejamos com todas as
forças ouvir de uma autoridade.
O
"Isso!"
Não, não é um construto psicanalítico. O Isso! é o
momento supremo em que o professor aprova, encoraja e se rejubila com um som
que você fez. Mesmo que tenha sido sem querer, também vale. Uma vez obtido o
Isso! de seu professor 3/4 não pense que já acabou, agora é que vai começar 3/4
você deve ser capaz de repetir aquele som e obter outro Isso!. Repeti-lo em
seguida, repeti-lo várias vezes, e daqui a pouco, e no dia seguinte, e na
semana seguinte, e pro resto de sua vida na hora em que quiser. É, porque não
vale pra sempre o som que se fez sem querer.
Aqui entramos no segundo passo:
Você já obteve um Isso! de seu professor :):):):).
Mas não sabe o que fez para tanto :(:(:(:(.
E agora?
Você logo vai perceber que um Isso! obtido sem querer
é um fenômeno muito fugaz na nossa vida. Você nem sabe o que fez pra merecer
aquele instante de glória e agora já passou! Então, abra bem os ouvidos e
preste também atenção nas sensações físicas enquanto canta. Sobretudo as
sensações que se relacionam com o que o professor falou antes, ou seja, se ele
disse "solte a mandíbula", preste atenção nas sensações em áreas
próximas à sua mandíbula, ora pois. De ouvidos e sensações abertas, siga em
frente até obter novo Isso!. Veja o que pode captar sobre esse momento divino:
guarde a lembrança daquele som, daquela sensação ínfima que você achou que não
significava nada. E siga em
frente. Se os Issos! forem se sucedendo cada vez mais rápido,
é porque está quente! Se não, é porque está frio.
Digamos que está frio. O que fazer? Siga as sugestões
que recebe. Vá fazendo, mesmo que não entenda bem o que deve fazer. Pergunte,
se for o caso, mas não ao ponto de transformar a aula numa conversa. O que você
vai perceber ou entender numa conversa não vale grande coisa pra hora de
cantar, sinto muito informar. Portanto, cante. Mais cedo ou mais tarde o
professor se manifesta, grunhe, ou solta o famigerado Isso!.
Digamos que está quente. Ou seja, os Issos! se
sucedem em alta velocidade. Aproveite, preste atenção. Não se iluda, isso não
quer dizer que amanhã ou na aula que vem você terá de novo todos esses Issos!
Pode ser que eles sumam, desapareçam sem deixar rastros! Mas voltarão. Uma
saraivada de Issos! tem grande valor.
Issos! e
Aquilos.
Esqueça agora o professor. O que você acha de tantos
Issos!? Está gostando do som? Se sente melhor na hora de cantar? As pessoas
dizem que você está melhorando? Você canta por mais tempo com conforto e
consegue fazer coisas que não conseguia antes? Não fica rouco com tanta
freqüência ou nem fica mais rouco? Está conseguindo aprender o que queria? Se
nem tudo isso merece um sim como resposta, converse com seu mestre-com-carinho,
com alunos dele, com outros professores, com outros cantores e tente entender
porque a aula não está indo pra onde você queria. Pode ser que seja questão de
tempo. Se você escolheu um professor que parece bom e/ou foi recomendado,
sugiro que experimente ficar com ele por pelo menos 20 aulas, sobretudo se você
é iniciante. Mas também pode ser que esse professor não seja bom ou
simplesmente não combine com você (ou você com ele) e nesse caso é melhor
procurar outro.
Agora se, em relação às perguntas anteriores, você
acha que sim sim sim, está tudo indo de vento em popa, dê um Isso! a seu
professor! Ele merece!
Manual da rouquidão para cantores
E aí você tem show amanhã. Mas tá rouco! E agora?
Se você já foi esperto, se cercou de uma equipe de
apoio ¾ professor de canto, otorrino, fonoaudiólogo ¾ e sabe a quem recorrer
numa hora dessas. Se não pensou nisso, siga o:
S.O.S. (Sistema Ocasional de Salvamento)
1) Beba bastante água. Dois litros por dia ou mais.
2) Durma o suficiente, nada de virar noites. Massagem
é bom.
3) Evite ar condicionado, fumaça, poeira, mofo e
qualquer tipo de cigarro. Beba mais água pra cada ítem que não conseguir
evitar.
4) Cancele qualquer ensaio. Se não der, cante o menos
que puder, com suavidade, e se guarde para o show.
5) Fale menos. Fuja de telefones e lugares
barulhentos.
6) Faça aquecimento vocal antes da passagem de som e
antes do show. Se não souber como,
não invente. Faça o que já conhece.
7) Seja objetivo e breve na passagem de som.
8) A voz não é tudo no palco: você tem a cena, a
interpretação, a banda. Faça o melhor que puder. Cássia Eller, Marisa Monte,
Beth Carvalho, Gilberto Gil, Rita Lee e outros artistas já passaram por isso.
9) Depois do show, procure um preparador vocal ou
professor de canto. Se continuar rouco por mais de uma semana, procure um
otorrino atualizado em problemas vocais.
Exercícios
de Relaxamento
Relaxamento:
- Circular a cabeça para a
Direita e para a esquerda
- Circular a cabeça para os lados, para cima e para baixo
- Fazer caretas procurando utilizar todos os músculos do rosto
- Articular A/E/I/O/U, forçando o diafragma e anasalando as expressões.
- Circular a cabeça para os lados, para cima e para baixo
- Fazer caretas procurando utilizar todos os músculos do rosto
- Articular A/E/I/O/U, forçando o diafragma e anasalando as expressões.
Sibilação:
Execute estas sílabas:
Zi - Si - Fi - Chi - Vi - Gui - Qui - Z - S - F - C - V
Zi - Si - Fi - Chi - Vi - Gui - Qui - Z - S - F - C - V
Para articulação dos RR:
Bar - Mur - Per - Vur - Der - Xar - Cor -Ter - Quer - Dru - Cro - Vri - Fra - Tre - Terê - Fará - Viri - Coro - Duru.
Bar - Mur - Per - Vur - Der - Xar - Cor -Ter - Quer - Dru - Cro - Vri - Fra - Tre - Terê - Fará - Viri - Coro - Duru.
Exercício para
relaxamento:
Obs. De forma suave, com
baixa intensidade.
ME - TRÚ - VÊ - JÊ - QUE - GUE - ZÊ - BRÊ
ME - TRÚ - VÊ - JÊ - QUE - GUE - ZÊ - BRÊ
Limpeza das cordas vocais
e Fono-Articulação:
"O mameluco maluco e melancólico meditava e a megera megalocéfala macabra e maquiavélica mastigava mostarda na maloca, minguadas e míseras miavam na moagem mas mitigavam mais e mais as meninas"
"O mameluco maluco e melancólico meditava e a megera megalocéfala macabra e maquiavélica mastigava mostarda na maloca, minguadas e míseras miavam na moagem mas mitigavam mais e mais as meninas"
Para leitura lenta:
"E há nevoentos
desencantos dos encantos dos pensamentos nos santos lentos dos recantos bentos,
dos cantos dos conventos. Prantos de intentos, lentos tantos que encantam os
atentos ventos."
Cuidados com a voz
Períodos curtos de rouquidão
em adultas geralmente não são motivos de maiores preocupações. Costumam
aparecer por causa de gripes que atinge a laringe aonde estão localizadas as
cordas vocais.
Dificuldades emocionais
também podem estar por trás dos sintomas. A associação entre agressões físicas
causadas pelo cigarro, alergias, infecções e o uso inadequado da voz é de fato
o agente causador de boa parte dos problemas das cordas vocais.
A ansiedade aumenta a tensão
muscular e modifica a postura. O paciente tende a não relaxar o corpo para a
respiração diafragmática, a forçar a voz na garganta e até agitar sem motivo.
O tratamento destes casos
conjuga exercícios fono, técnicas de relaxamento e diminuição de ansiedade.
Em situações estressantes as
pessoas podem perder complemente a voz.
Exercícios Para
Relaxamento
1- Com os olhos fixados,
comece a massagear a cabeça com as pontas dos dedos (lavar a cabeça), ao mesmo
tempo vá eliminando todo e qualquer pensamento.
2- Alternando a palma da mão
e a ponta dos dedos massageie todo o rosto (amassar o rosto).
3- Movimente a cabeça para um
lado e para outro (direita e esquerda)como se quisesse encostar a cabeça nos
ombros (não mexa os ombros),alterne o movimento passando a movimentar a cabeça
para frente e para trás, por último faça movimentos de rotação com a cabeça.
4- Com os ombros soltos ao
longo do corpo, faça movimentos de rotação dos ombros, para frente e para trás.
5- Alongar o corpo em todas
as direções.
6- Em pé procure alcançar o
teto com as mãos.Tente sentir a musculatura se alongando, especialmente a dos
braços e as laterais do tronco.
7- Com as pernas e os pés
soltos de chutinhos no ar.
Exercícios Aquecimento
OBS: Antes do aquecimento,
estar sempre relaxado (fazer sempre os exercícios de relaxamento)
1- Abrir a boca 20x ;
2- Esticar e encolher a
língua 20x ;
3- Rotação da língua 20x ;
4- Glissando:(rrrr) - comece
nos tons médios e termine nos tons agudos durante uns 3 minutos;
5- Mastigação selvagem - ama
- ama (ressonância).
OBS: Se caso esses exercícios
não sejam o bastante para seu aquecimento, procure um fonoaudiólogo
O que é pré-aquecimento
vocal?
É, como o nome já diz, um
aquecimento prévio da voz ou simplesmente a preparação da voz para o seu uso
por um tempo prolongado e intenso.
Podemos aquecer nossa voz
através de sons que irão "massagear" nossas pregas vocais (que são
músculos) que como todo músculo precisam ser preparadas e aquecidas antes de
serem utilizadas na sua plenitude.
Lembrem-se que este pré
aquecimento pode (e deve) ser feito não só pelos cantores mas também por todos
os profissionais da voz, ou seja, todas as pessoas que trabalham falando.
Exercício 1:
1. Inspire (armazenando o ar
na região abdominal, como vocês já aprenderam) até que a barriga esteja repleta
de ar.
2. Agora solte o ar aos pouco
utilizando o som:
Prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr......
Observe que neste exercício a
língua deve vibrar bastante!!!! Caso a sua língua não vibre e você esteja
forçando para emitir este som, PARE, pois estará fazendo da forma errada. Mas
se você conseguiu emitir o som com a vibração constante da língua, repita este
exercício todos os dias pelo menos durante 10 minutos.
Se for cantar em uma
apresentação ou videokê ou ensaiar com sua banda por muito tempo, pré-aqueça
sua voz durante 20 minutos (no mínimo) antes de começar a cantar.
Pode-se também utilizar
outras consoantes que possibilitarão o mesmo efeito como, por exemplo, o som:
Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...
Como se você fosse imitar o
som do telefone (' TRRRRRIM!!!), mas lembrando de prolongar bastante os erres
(RRRR...) até acabar o ar.
Exercício 2:
Depois de já haver treinado
bastante e já estar emitindo os sons PRRRR... e TRRRR... sem falhas ou
interrupções, vamos repetir o exercício anterior com uma diferença:
No final de cada som iremos
acrescentar as vogais A,E,I,O,U.
Exemplo1:
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!!
PrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!
Exemplo2:
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÁ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÉ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÍ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÓ!!!!
TrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrÚ!!!!
IMPORTANTE!!!
- Assim como nos exemplos acima, o som que você
estiver produzindo para pré-aquecer, deverá estar no mesmo volume,
intensidade e tom.
- NÃO BRINQUE COM ESTE EXERCÍCIO FAZENDO SONS
MUITO AGUDOS, MUITO GRAVES OU MISTURANDO OS DOIS TONS.
- Repita os exercício SEMPRE no seu tom natural.
Como fazer para
identificar o seu tom natural?
É simples, o seu tom natural
é aquele que você emite sem"forçar a garganta", é um som natural que
sai sem esforço nenhum, como se você estivesse falando.
Se você não conseguiu fazer
estes exercícios até acabar o ar armazenado (sem utilizar o ar de reserva,
certo???), ou seja, você começou bem mas no meio do exercício o som falhou,PARE!
Respire fundo por 3 vezes, relaxe um pouco e só então recomece.
É muito comum, no início, não
conseguirmos emitir estes sons até o final, pois trata-se de sons que nós não
estamos habituados a produzir, mas com o treino diário, fica cada vez mais
fácil, acreditem!!!
EXERCÍCIOS DINÂMICOS
Os exercícios dinâmicos
combinam o movimento com o controle da respiração.
- RISO
Sorria para o mundo! Em círculos, movimente,
vigorosamente, as suas mãos, braços, pernas e pés. Permita-se alguns segundos
de relaxamento entre cada rotação. Mas continue sorrindo. Você pode fazer este
exercício em pé, sentado ou deitado.
- EQUILÍBRIO
O equilíbrio é importante. Tente estipular um horário
para o exercício de "comportamento modal" – o andar, o virar-se e o
inclinar-se com livros sobre a cabeça. Respire suave e conscientemente, em
harmonia com os movimentos de seu corpo. Isto encoraja a coordenação suave
graciosa dos músculos.
EXERCÍCIOS DE RESPIRAÇÃO
COMPLETA
Permaneça com seus pés
confortavelmente dissociados dos seus ombros, que apontam para cima; os braços
e as mãos soltas ao lado do corpo. Concentre-se em sim mesmo, confira a sua
postura. Inspire pelo nariz o mais demoradamente possível e expire todo o ar
também devagar e silenciosamente. Quando sentir-se vazio de ar, tussa e mostre
para você mesmo que ainda possui reservas de ar escondidas. Tente tocar o solo
com a ponta dos dedos, curve os joelhos se necessário. Segure sua respiração
por alguns segundos.
Conforme você respira,
silenciosamente, pelo nariz, você, gradativamente, torna-se ereto. Estenda os
braços como asas, erguendo-as calma e suavemente, até equilibra-los
horizontalmente.
Assim que você completar o
movimento e a inspiração, coloque as mãos juntas acima da cabeça (como se
estivesse em oração). Lembre-se que as mãos postas devem estar acima do topo de
sua cabeça. Segure a inspiração.
Quando você estiver
preparado, silenciosamente, expire pela boca, e abaixe os seus braços, reta e
vagarosamente, até que estejam abaixo da horizontal. Rapidamente solte o ar que
sobrou em um suspiro forte e permita que a parte superior do seu corpo caia
pesadamente, curve o quadril para a frente, deixando a cabeça pendente.
Conscientemente libere todo o ar "usado", de que você não mais
precisa. Relaxe por algum tempo e repita o exercício desde o início.
EXERCÍCIO DE LIBERAÇÃO DA
VOZ
Algumas pessoas sentem-se
incapazes de facilitar e de liberar as suas vocalizações. Elas podem sentir sua
voz natural, de alguma forma, bloqueada, amarrada ou suprimida. Tente este
exercício de liberação da voz como parte de seu programa vocal.
Sente-se de cócoras, dobre e
recurve o seu corpo em um nó, teso e compacto, de braços e pernas; tente
condensar-se em uma menor massa possível. Segure a sua respiração e os órgãos
vocalizadores no centro desta massa.
Como último esforço, respire
e estique-se, rápida e vigorosamente. Solte a sua voz num profundo
"UGH", por meio do som mais profundo que você possa encontrar.
Maximize e aproveite o espreguiçamento.
Descanse por um minuto.
Repita o exercício por até dez vezes. A cada vez, interiorize mais, e projete
sua voz relaxada mais forte e prolongue cada vez mais o som. Observe que você
envolve todo os seu corpo na vocalização, particularmente a pélvis e o
diafragma.
Aquecimento
Como aquecemos o nosso corpo antes de algumas atividades físicas devemos aquecer sempre a nossa voz antes de uma apresentação assim não estamos comprometendo a saúde vocal.
Como aquecemos o nosso corpo antes de algumas atividades físicas devemos aquecer sempre a nossa voz antes de uma apresentação assim não estamos comprometendo a saúde vocal.
Aquecendo a voz estamos na
verdade:
- Aumentando a elasticidade
- Aumentando a extensão da voz
- Melhorando o timbre e várias outras coisas........
- Aumentando a extensão da voz
- Melhorando o timbre e várias outras coisas........
Importante: quando aquecemos
a voz não se deve preocupar com afinação... mas sim em buscar o estado físico,
mental, psíquico com tensão controlada das cordas vocais e músculos envolvidos
no processo respiratório.
Aquecimento
e Desaquecimento
AQUECIMENTO VOCAL
TEMPO - 15 minutos
·
Alongamento -
cabeça, pescoço e ombros;
·
Respiração -
emissão do "s" e "z" prolongado (respiração diafragmática);
·
"Hum"
mastigado - fazendo escala
·
Vibração de
língua - escala ascendente;
·
Vibração de
lábios;
·
"P"
prolongado - pa pa pa;
DESAQUECIMENTO
TEMPO - 5 minutos
·
Massagem digital
laringe;
·
Vibração de
língua ou lábio - escala descendente;
·
Voz salmodiada -
"voz de padre";
·
Bocejo -
suspiro;
·
Repouso vocal.
Observações importantes:
·
Beber muita
água, principalmente durante as apresentações;
·
Aquecer e
desaquecer a voz;
·
Não se
automedicar;
·
Fazer uma
avaliação com o auxílio de um médico otorrino.
FIM,
Nenhum comentário:
Postar um comentário