FACULDADE DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS HOJE
CURSO LIVRE
EDUCAÇÃO, CULTURA E RELIGIÃÕ
MISSÃO DA IGREJA FRENTE AOS DESAFIOS DA PÓS-MODERNIDADE
- ESPIRITUALIDADE
- JESUS
- MISSÃO
- RELIGIOSIDADE
A
missão segundo o modelo de Jesus Cristo
O modelo missionário a
ser seguido pela Igreja é o praticado pelo nosso Senhor Jesus Cristo. As
características básicas da missão de Jesus Cristo foram:
(1) Enviado pelo Pai,
como Seu representante na terra, a fim de revelar a Sua graça e demonstrar a
Sua justiça (Jo 1,12-14; Rm 3,2126), Jesus viveu praticando a vontade do Pai,
sendo fiel a Ele e rejeitando o caminho de Satanás (Mt 4,1-11);
(2) Ungido, guiado e dirigido pelo Espírito
Santo (Lc 4,18-21), de quem recebia a energia e o poder para servir ao Pai e à
humanidade, e em cujo poder foi ressurreto (Rm 1,1-4); e
(3)
Encarnado como ser
humano, dentro da cultura e sociedade judaicas (Jo 1,1-11), e assumindo a
condição de escravo, sendo obediente até a morte e morte de cruz (Fp 2,5-11),
Jesus tornou-se plenamente solidário com a humanidade em sua necessidade e
sofrimento, sem, porém, pecar (Hb 2,14-18).
A
pós-modernidade como a face “deste presente século” (Rm
12,1-2)
Assim como Jesus,
enviado pelo Pai e ungido pelo Espírito, encarnou-se na sociedade e cultura de
seu tempo, também a Igreja deve se encarnar na sociedade e cultura de seu
próprio tempo. A cultura de nosso tempo é a forma de vida chamada de
“pós-modernidade”. Como a cultura no tempo de Jesus, ela oferece oportunidades
e desafios para a missão da Igreja. Seguindo o exemplo de Jesus, a Igreja deve
se encarnar de forma crítica na pós-modernidade. As duas características
básicas da encarnação missionária são: (a) o discernimento do Espírito (Cl
1,9-11), a fim de podermos distinguir entre o pecado e a justiça, o certo e o
errado, o bem e o mal, a verdade e o erro em nossa cultura e sociedade; e (b) a
compaixão (Mc 6,34), para podermos anunciar o Evangelho da salvação às pessoas
que estão escravizados pelos poderes do pecado e da morte, e que caminham cegas,
como ovelhas perdidas, sem pastor.
1. O desafio da fidelidade
1. O desafio da fidelidade
A
religiosidade peregrina e perambulante
A forma predominante da
religiosidade pós-moderna é a da peregrinação. A religião é vista pelas pessoas
como um meio para conseguir resolver os problemas que a ciência, a técnica e a
política não conseguem resolver. As necessidades de saúde física, saúde emocional,
amor e companheirismo não são supridas adequadamente na sociedade pós-moderna.
Por isso, as pessoas buscam religiões que satisfaçam essas necessidades.
Entretanto, como somente Jesus Cristo pode satisfazer plenamente as
necessidades humanas – e transformar o nosso ser interior – a pessoa sedenta
busca resposta nas várias religiões que se apresentam no “mercado de bens
simbólicos” – dá uma passeadinha pelo caminho de São Tiago, toma um chazinho do
Santo Daime, vai pedir a bênção da Mãe Tereza, ou do Pai João, entrega um
dinheirinho na Universal, pega uma águinha benta na Catedral ... A
religiosidade pós-moderna não sabe o que é fidelidade, a não ser a fidelidade
ao interesse próprio, que pode ser chamada de egoísmo.
E até no meio evangélico
já se começa a ver a penetração dessa perambulação pós-moderna, com os crentes
assistindo a todos os programas de TV e rádio, ouvindo todos os CDs que
consegue comprar, frequentando todas as reuniões de diferentes igrejas, etc. Onde
houver uma oferta de bênção, aí também o crente estará. A fidelidade a Deus
começa em casa. Para podermos dar testemunho aos peregrinos pós-modernos,
precisamos aprender a fidelidade, seguindo o exemplo de Jesus!
A
pregação do Deus dinheiro e a vida sacrificial
A outra face da
religiosidade pós-moderna não tem “cara” de religião. Por isso mesmo, é muito
mais perigosa, porque muitos não a reconhecem. A religiosidade pós-moderna tem
como seu grande “deus” o dinheiro – seja na forma de Capital, seja na forma de
lucro, seja na forma de desejo dele – que cobra uma séria e rigorosa disciplina
sacrificial de vida. Para que as economias funcionem bem, os países exigem
“sacrifícios” de seus cidadãos (desemprego, apertar os cintos, corte de gastos
com saúde, educação, transporte, moradia; privatizações sem fim ...), e na
expectativa de ter dinheiro para poder consumir, as pessoas se submetem ao
estilo de vida sacrificial exigido pelo Mercado. Nesse estilo de vida
sacrificial, a compaixão e a solidariedade não têm lugar. É cada um por si, e o
“deus” dinheiro por todos. Só que o deus dinheiro e seu profeta, o mercado, são
deuses rigorosos que não conhecem a compaixão. Não aceitam as pessoas que não
conseguem competir e vencer. Eles as excluem – do acesso à saúde, à moradia, à
vida, à dignidade, e exigem total fidelidade – mesmo excluídos, têm de aceitar
a sua condição e reconhecer o seu “pecado capital”. Quem não consegue “vencer”
é sacrificado no altar do lucro, da produtividade e da qualidade total.
Lembremo-nos do que ensinava Jesus: “ninguém pode servir a dois senhores ...”
(Mt 6,24)
A
fidelidade ao verdadeiro Deus e a Seu povo
O primeiro grande
desafio missionário da pós-modernidade é o da fidelidade ao Deus verdadeiro. Só
pode fazer missão o povo que anda na presença de Deus e procura fazer a sua
vontade. Nas palavras de Jesus, “buscai primeiro o Reino de Deus e a sua
justiça” (Mt 6,33). Somente quando o povo de Deus se submete ao reinado de Deus
e tem a Sua justiça como critério de vida e missão, é que pode fazer frente ao
caráter peregrino e sacrificial da religiosidade pós-moderna. Neste tempo em
que as informações voam distâncias e tempo através dos satélites e televisões,
rádios, Internet ... Neste tempo em que temos um volume de informações imenso,
mas pouco sabemos realmente de importante, é fundamental a fidelidade ao
verdadeiro Deus. Doutra forma, nossa mensagem cairá no vazio do excesso de
informações. As pessoas só crerão no Deus verdadeiro se virem a Sua verdade
amorosa, justa e compassiva em ação na vida dos filhos e filhas de Deus. Como
diz uma canção brasileira a respeito do culto: “E ao sairmos daqui, que
poderemos fazer? Deixar que o mundo veja em nós a Cristo e o Seu poder.”
Para fazer missão na
pós-modernidade, é preciso que nossa vida seja missionária, que nosso
comportamento seja semelhante ao de Jesus Cristo, que recusou todas as
tentações satânicas, todas as tentações de dinheiro, prestígio, consumo e
poder, e foi fiel ao envio do Pai, e submisso à direção do Espírito Santo. Como
Jesus, precisamos conhecer a Palavra de Deus para vencer as
tentações(Mt4,1-11).
2- O desafio do
discernimento - A vida não refletida, apenas sentida
Uma das características
fundamentais da chamada pós-modernidade é o abandono da reflexão crítica
racional. Reconhecendo a incapacidade da razão resolver todos os problemas
humanos, as pessoas que aderem ao novo modo de ser pós-moderno preferem levar a
vida a partir dos sentimentos e desejos, e não da reflexão, ou, em linguagem
bíblica, do discernimento. Sentir é mais importante do que saber, e sentir-se
bem é o que realmente importa para o indivíduo pós-moderno. Essa ausência de
reflexão é conseqüência da negação das utopias (propostas de transformação
social e econômica) e da afirmação do “fim da história” (a crença de que o
estágio atual do capitalismo neo-liberal é a forma mais completa da evolução
humana). Se nada há adiante de nós, se já alcançamos a forma mais evoluída
possível de organização social, econômica e política, para que refletir
criticamente sobre a realidade? Basta viver, e curtir a vida. Basta sentir e
deixar-se levar pelos sentimentos. Para que pensar, se os governantes irão
fazer o que for necessário para a vida melhorar? Para que pensar, se o mercado
“livre” é capaz de organizar a atividade das pessoas, distribuir oportunidades
e castigos? Vamos aproveitar a vida! Ou, nas palavras de um antigo filósofo,
“comamos e bebamos porque amanhã morreremos”!
Precisamos de uma renovação de nossa vida litúrgica, que está cedendo ao irracionalismo pós-moderno. Como consequência do irracionalismo, na vida da igreja, nossos cultos têm cada vez menos conteúdo e cada vez mais emoção. Cada vez menos Palavra de Deus, e cada vez mais desejos e sonhos humanos. Cada vez procuramos menos agradar a Deus, e mais a nós mesmos – afinal, “o culto não é para a gente se sentir bem?” Liturgias irracionais não ajudam a Igreja a enfrentar a pós-modernidade. A rejeição da razão não é a solução para os males da racionalidade moderna, voltada inteiramente para a técnica e a eficácia. Ao invés de vivermos levados pelos sentimentos, precisamos de uma racionalidade ampla, humana, plena. Precisamos de uma “razão comunicativa”, que, ao invés de se centrar na técnica e eficácia, tenha seu eixo na relação pessoal e social com o “outro” (próximo, na linguagem bíblica).
Como cristãos, em
particular, precisamos de uma inteligência crítica, que nos torne capazes de
“dar a razão da nossa esperança a quem nos perguntar” (IPedro.3,15).
A vida
sem integridade, apenas com interesses e desejos
Uma vida vivida em
função dos sentimentos, além de negar a capacidade humana de crítica e
pensamento construtivo, também nos torna fáceis presas de nossos interesses e
desejos pecaminosos. Vários são os sintomas da crise da razão e do reinado do
sentimentalismo. Por exemplo: a desestruturação da vida familiar, em função de
uma visão meramente romântica do amor, mediante a qual “João ama Maria, que
gosta de José, que ama Antônia, que prefere Pedro, mas está triste porque ele
ama José ...”. Outra causa da desestruturação familiar é o afastamento cada vez
maior entre pais e filhos, a falta de comunicação eficaz entre as gerações
dentro de casa, a tentativa de cada lado impor a sua vontade e seus desejos.
Além da desestruturação da vida familiar, outro exemplo da crise da razão é o
abandono da integridade como padrão ético de comportamento. Tudo vale para a
realização dos desejos pessoais – uma mentirinha, um jeitinho, uma fezinha... A
palavra não precisa ser cumprida, os compromissos não são levados a sério, os relacionamentos
pessoais servem apenas enquanto se “leva vantagem”; entre os adolescentes e
jovens a moda é “ficar”, pois quem “fica” não se compromete com a outra pessoa.
Não há integridade nos negócios, nas relações pessoais, na política, no
exercício do poder público. Neste
sentido, a pós-modernidade não é tão “pós” assim, pois a falta de integridade é
uma característica da pecaminosidade humana. Todavia, em nossos dias, como nos
tempos de Paulo, a ausência de integridade tem se tornado o ponto mais crítico
da ética individual e social (cp. Rm 1,28-33). O mais preocupante, porém, é a penetração da
falta de integridade nos meios evangélicos! Líderes internacionais de missões e
pastoral, como Frank Dietz e Warren Wiersbe têm escrito livros defendendo a necessidade
da volta da integridade à vida cristã,particularmente entre os líderes do povo
de Deus. Como poderá Deus nos escutar se
não vivemos de forma íntegra a Sua vontade? (cf. Amós 5,21a-24). Como anunciar
o Deus da justiça sem integridade? Como crerão se não virem em nós a verdade de
Deus em ação?
A vida
cheia do Espírito Santo, refletindo e crescendo no saber de Deus
Contra o irracionalismo
da pós-modernidade, a resposta bíblica é a vida cheia do Espírito Santo. Em sua
exortação aos efésios, Paulo disse: “Sede verdadeiramente atentos a vosso modo
de viver: não vos mostreis insensatos (sem juízo, sem razão), sede, antes,
pessoas sensatas, que põem a render o tempo presente, pois os dias são maus.
Não sejais portanto sem juízo, mas compreendei bem qual é a vontade do Senhor
... sede cheios do Espírito Santo” (Ef 5,15-18). A exortação paulina é muito
apropriada para os nossos dias. Precisamos de uma renovação da vida intelectual
da Igreja. Precisamos de que o povo de Deus assuma a sua função de teólogos e
teólogas! Pois é isso que Paulo está pedindo de nós. Estar atentos a nosso modo
de viver, sermos sensatos, significa refletirmos sobre a nossa realidade à luz
da Palavra de Deus, movidos pelo Espírito. E a teologia é exatamente isso! Na
modernidade, a teologia era rejeitada em troca da “prática”, na pós-modernidade
ela é rejeitada em troca da “beleza”. Mas nós precisamos urgentemente dela. De
uma teologia prática, bela, racional e cheia do Espírito Santo. Precisamos de
uma teologia baseada no discernimento do Espírito, que nos faça andar de modo
digno do Senhor, que nos faça crescer no conhecimento de Deus, que nos faça
transbordar em boas obras missionárias (cf. Cl 1,9-11).
Nossas igrejas precisam redescobrir o valor da reflexão séria e profunda sobre a vida baseada na Palavra de Deus. Precisamos de pastores que devolvam ao púlpito o seu vigor teológico, precisamos de mestres que devolvam à educação cristã seu vigor pedagógico e reflexivo. Precisamos de renovação de nossa vida eclesial, de nossos programas e encontros, de forma que a reflexão ocupe um lugar tão importante quanto a comunhão, a oração e a adoração a Deus. A renovação da vida dos “leigos” é fundamental para que a Igreja possa realizar sua missão no mundo pós-moderno. O primeiro grande desafio para o laicato pós-moderno é a vida de discernimento. Precisamos de um povo cheio do Espírito Santo, capaz de refletir sobre a vida sensatamente, capaz de interpretar a Bíblia fielmente, capaz de anunciar a Palavra inteligentemente!
Julio Paulo Tavares Zabatiero - Doutor em Teologia - Escola Superior de Teologia (Sâo Leopoldo; Professor nas áreas de Bíblia e Teologia Pública na FTSA;Pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
Nossas igrejas precisam redescobrir o valor da reflexão séria e profunda sobre a vida baseada na Palavra de Deus. Precisamos de pastores que devolvam ao púlpito o seu vigor teológico, precisamos de mestres que devolvam à educação cristã seu vigor pedagógico e reflexivo. Precisamos de renovação de nossa vida eclesial, de nossos programas e encontros, de forma que a reflexão ocupe um lugar tão importante quanto a comunhão, a oração e a adoração a Deus. A renovação da vida dos “leigos” é fundamental para que a Igreja possa realizar sua missão no mundo pós-moderno. O primeiro grande desafio para o laicato pós-moderno é a vida de discernimento. Precisamos de um povo cheio do Espírito Santo, capaz de refletir sobre a vida sensatamente, capaz de interpretar a Bíblia fielmente, capaz de anunciar a Palavra inteligentemente!
Julio Paulo Tavares Zabatiero - Doutor em Teologia - Escola Superior de Teologia (Sâo Leopoldo; Professor nas áreas de Bíblia e Teologia Pública na FTSA;Pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
História
da Educação
O processo de educação do homem foi fundamental
para o desenvolvimento dos grupos sociais e de suas respectivas sociedades,
razão pela qual o conhecimento de sua história e experiências passadas é
essencial para a compreensão dos rumos tomados pela educação no presente.
Educação na antiguidade
Tomando a herança cultural deixada pela antiguidade
como a fonte principal sobre a qual a civilização ocidental se ergueu, o legado
deixado pelas principais cidades estados da Grécia Antiga – Esparta e Atenas –
constitui-se como princípio de organização social e educativa que serviu de
modelo para diversas sociedades no decorrer dos séculos. Reconhecida por seu
poder militar e caráter guerreiro, o modelo de educação espartano baseava-se na
disciplina rígida, no autoritarismo, no ensino de artes militares e códigos de
conduta, no estímulo da competitividade entre os alunos e nas exigências
extremas de desempenho. Por outro lado, Atenas tinha no logos (conhecimento)
seu ideal educativo mais importante. O exercício da palavra, assim como a
retórica e a polêmica, era valorizado em função da prática da democracia entre
iguais. Como herança da educação ateniense surgiram os sofistas,
considerados mestres da retórica e da oratória, eles ensinavam a arte das
palavras para que seus alunos fossem capazes de construir argumentos vitoriosos
na arena política. Fruto da mesma matriz intelectual, porém em oposição ao
pensamento sofista, o filósofo Sócrates propunha
ensinar a pensar – mais do que ensinar a falar - através de perguntas cujas
respostas dependiam de uma análise lógica e não simplesmente da mera retórica.
Apesar de concepções opostas, tanto o pensamento sofista como o pensamento socrático
contribuíram para a educação contemporânea através da valorização da
experiência e do conhecimento prévio do aluno enquanto estratégias que se
tornaram muito relevantes para o sucesso na aprendizagem do aluno na
contemporaneidade.
Educação na Idade Média
Podemos reconhecer traços da tradição espartana na
educação medieval. Os estudantes eram formados de acordo com o pensamento
conservador da época e a educação desenvolvida em consonância com os rígidos
dogmas da Igreja Católica. Cabe ressaltar que até o século XVII os valores
morais e até mesmo os ofícios responsáveis pela garantia da subsistência eram
transmitidos em grande parte dentro dos próprios círculos familiares, sendo que
esses valores e códigos de conduta eram profundamente influenciados pelo
pensamento religioso. Em contrapartida, com as Reformas Religiosas e o Renascimento inicia-se uma nova era para o Ocidente e é
marcada pelo ressurgimento dos ideais atenienses nos discursos sobre os
objetivos da Educação. O conhecimento era tipo como um corpo sagrado, essa
matriz de pensamento permaneceu dominante e foi grande responsável pela
concepção do papel da educação desde o desaparecimento do Antigo Regime até a constituição dos Estados Nacionais: o conhecimento passa a ser organizado para
ser transmitido pela escola, através da autoridade do professor enquanto
sujeito detentor do saber e mantenedor da ordem e da disciplina.
Educação moderna
Foi esse modelo de educação escolar centrado na
figura do professor como transmissor do conhecimento que se expandiu ao longo
dos séculos XVIII e XIX, impulsionado pela Revolução Industrial e a consequente urbanização e aumento demográfico. Além disso, o fortalecimento
e expansão de regimes democráticos influenciou a reivindicação pelo acesso a
escola enquanto direito do cidadão e à educação passa a ser atribuída a tarefa
de formar cidadãos, cientes de direitos e deveres e capazes de exercê-los
perante a sociedade.
A partir de meados do século XIX, portanto, o
modelo hierarquizado e autoritário de educação que caracterizou as instituições
escolares até então passou a ser questionado por educadores como Maria Montessori, na Europa, e John Dewey, nos Estados
Unidos. Impulsionados pelo desenvolvimento dos estudos de psicologia sobre
aprendizagem e desenvolvimento humano, e com críticas a pedagogia tradicional e
a forma como os conteúdos curriculares eram impostos aos alunos, esses e outros
educadores passaram a reivindicar a participação ativa dos alunos no processo
de aprendizagem. Desta forma e como mencionado anteriormente, essas propostas
resgataram princípios atenienses de educação ao valorizar a experiência
anterior do aluno e seus conhecimentos prévios à aprendizagem escolar.
Em função dessa trajetória histórica, cabe
salientar que a Educação não atendeu sempre aos mesmos tipos de objetivos e
toda a sua análise requer, antes de tudo, um intenso esforço de reflexão e
contextualização. Através deste caminho pode-se melhor compreender métodos e
teorias educacionais, pois observamos traços presentes nas práticas educativas
atuais que remetem a herança deixada pelos modelos educativos analisados até
aqui. Se, de um lado, está o valor da disciplina e do conhecimento a ser
transmitido pela escola; e, de outro lado, a ideia de que o conhecimento é
construído e consequentemente ninguém ensina nada a ninguém de forma
definitiva; é importante a constatação de que essas correntes de pensamento não
se excluem, uma vez que nos dias atuais é necessário conciliar o valor do
conhecimento ao valor do engajamento dos alunos como estratégia para sanar as
exigências de um mundo em contínuo desenvolvimento e marcado pelo fluxo
constante de informação disponível a uma ampla gama de pessoas situadas em
diferentes regiões do mundo.
Como salienta Moacir Gadotti, o conhecimento tem
presença garantida em qualquer projeção que se faça sobre o futuro; contudo, os
sistemas educacionais ainda não conseguiram avaliar de maneira satisfatória o
impacto das tecnologias da informação sobre a Educação. Logo, será preciso
trabalhar em dois tempos: o tempo do passado e o tempo do futuro. Fazendo de
tudo para superar as condições de atraso e, ao mesmo tempo, criando condições
para aproveitar as novas possibilidades que surgem através desses novos espaços
de conhecimento.
Bibliografia:
ALVES, Luís Alberto Marques. História da Educação.
Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2012. Disponível em: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10021.pdf
AMADO, Casimiro Manuel Martins. História da
Pedagogia e da Educação. Universidade de Évora, 2007. Disponível em: http://home.dpe.uevora.pt/~casimiro/HPE-%20Guiao%20-%20tudo.pdf
GADOTTI, Moacir. Perspectivas Atuais da Educação.
Revista São Paulo Perspectiva. Vol.14, no.2. São Paulo,2000. Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392000000200002.
As Competências do Professor ao Longo da História.
Curso Específico de Formação aos Ingressantes nas Classes Docentes do Quadro do
Magistério. Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, 2017.
PRINCÍPIOS, FUNDAMENTOS E PROCEDIMENTOS DA EDUCAÇÃO
BÁSICA. UMA RELAÇÃO ENTRE O ESTABELECIDO E O PRATICADO
PEDAGOGIA
No atual estagio do
desenvolvimento da educação brasileira muito foi acrescentado nos quesitos
legislação, fundamentação e procedimento da educação básica posto que o
controle educacional seja feito pelas instituições publicas instituídas.
ÍNDICE
1.
RESUMO
No desenvolvimento da educação muitos são os
elementos, atores e situações envolvidas. Desde a elaboração de uma proposta
nacional, passando pelos pensadores de educação e finalizando no fazer do
profissional na sala de aula, onde se materializa toda a teoria. No atual
momento a educação está se reformulando. A sociedade nos seus mais diferentes
âmbitos verifica, examina-se o processo educativo está sendo feita de forma
aceitável. Os documentos principais ora em exame para este trabalho são a
historia da educação básica e as leis de Diretrizes da Educação Básica e os
Parâmetros Curriculares Nacionais. O que se segue é um exame resistivo dos
mesmos. A legislação educacional, seu alcance e sua aplicação na educação
básica fundamentaram o trabalho hora apresentado. Com um relato sobre as bases
da própria legislação educacional e seu efetivo desenvolvimento no percurso
social do homem ocidental. Legislar sobre quem pode quem deve ser ensinado e
educado é uma das preocupações do indivíduo em todos os grupos. A legislação
brasileira atual tem seu nascimento nas primeiras visões do direito vigente no
nosso país desde o descobrimento.
Palavras-chave: Legislação- educação
básica- direito- pedagogia
2.
INTRODUÇÃO
No atual estagio do desenvolvimento da
educação brasileira muito foi acrescentado nos quesitos legislação,
fundamentação e procedimento da educação básica posto que o controle
educacional seja feito pelas instituições publicas instituídas.
E como é o proceder no que diz respeito à
legislação e organização da educação básica?
Como se desenvolve a educação na prática em
relação à lei e as diretrizes vigentes?
É com intuito de desvelar e, é buscando
acrescentar um ponto a discussão sobre a educação básica, no que concerne a lei
e ao proceder pela lei que o tema da fundamentação legal deu azo a o trabalho
ora apresentado. Levando em consideração questionamentos pertinentes a
educação e considerando a evolução do sentido da própria educação, escolheu-se
como tema para o trabalho: Princípios, fundamentos legais e procedimentos da
educação básica.
No desenvolvimento da educação muitos são os
elementos, atores e situações envolvidas. Desde a elaboração de uma proposta
nacional, passando pelos pensadores de educação e finalizando no fazer do
profissional na sala de aula, onde se materializa toda a teoria.
Com o passar dos períodos ditos sócio
históricos, muito se tem produzido em educação, um amalgama de teorias e ideias
permeia este ramo do conhecimento. Assim compreender e conhecer estas teorias
são fundamentais. Tanto para o cidadão enquanto membro de um determinado grupo,
ainda mais para profissionais ou futuros profissionais.
O objetivo geral é analisar a teórica
aplicação e funcionalidades nas instituições. E tendo como objetivos
específicos, comprovar se as ações propostas nos documentos legais se fazem
cumprir, verificando o grau de conhecimento por parte dos professores e demais
agente educacionais relativo à documentação estudada, através de uma pesquisa
de campo. No percurso do desenvolvimento da educação brasileira, houve e ainda
há percalços e barreiras para que efetive de forma aceitável uma educação que
contribua de maneira justa na construção de um novo modelo social, onde todos
são iguais.
E isto só se conseguirá quando todos os
benefícios que estiverem assentados no papel fizerem parte do cotidiano
escolar.
A lei e a Educação, no Brasil devem caminhar
juntas objetivando sempre uma melhoria, tanto da qualidade do ensino, como dos
benefícios e ganho real dos educadores.
Não há que se construir algo sólido e
duradouro apenas com leis instituídas, mas sim com trabalho e estudo.
3. A
HISTORIA DA HUMANIDADE RELACIONADA A HISTORIA DA EDUCAÇÃO
A historia da humanidade está interligada a
historia da educação. Ao falarmos da historia da educação escolar, entende-se
que a escola surgiu a partir de uma necessidade social. No surgimento da escola
a partir dessa necessidade social, alguns conteúdos, alguns currículos em
algumas áreas dos conhecimentos foram sendo pensados para serem trabalhadas
dentro desse universo escolar. Dessa maneira podemos afirmar que a historia da
educação não esta desvinculada da historia do mundo, ou seja, da historia
desses seres humanos que construíram varias tecnologias, vários abtates e
também vários valores. Esse estudo é imprescindível para que possamos conhecer
todo o processo em que se desenvolveu a educação e a própria sociedade.
Para o futuro educador é necessário que se
tenha embasamento, ferramentas a que recorrer para incrementarmos a prática
pedagógica em sala de aula.
A história da educação subsidia, mostrando o
que foi feito, o que está sendo produzido, e possibilita pensar no que se fará
no campo educacional a partir do momento presente.
Nesse contexto é importantíssimo identificar
quais os princípios que fluência o pensar sobre o processo educacional. O ser
humano sempre ira construir algo para suprir suas necessidades, no decorrer da
historia da humanidade a qual sempre foi construída através de uma determinada
pessoa (mulher ou homem) em relação ao seu cotidiano.
3.1 Educação Primitiva
No período primitivo não havia escolas
formais e tão poucos métodos de educação. Nessa época o conhecimento era
passado de geração para geração, mais não através da escrita e sim através da
oralidade e também pela imitação.
Professores no período primitivo eram os
chefes de família e em seguidas os sacerdotes, ou seja, eram professores
leigos, ao qual não existia formação alguma para o cargo.
Para o filósofo Aristóteles, ele sustenta que
para o ser humano saber alguma coisa, ele teria que imitar, por essa razão sua
característica é a imitação.
[...]
"A educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces".
(Aristóteles).
No período primitivo a educação dos jovens,
torna-se a ferramenta principal para a sobrevivência do grupo e alicerce para
pôr em ação a comunicação e prolongamento da cultura. Através da imitação,
aprende-se ou ensina o manejo com as armas, caças, colheita, a fala, cerimônia
aos mortos, às técnicas de mudança e conhecimento do meio ambiente.
3.2 Educação Oriental
A educação oriental foi trabalhada pela
transição entre a sociedade primitiva, ou seja, iniciou-se a civilização.
Nesse período surgiu à escrita com o domínio
da linguagem na literatura, surgiram também cidades, estado e organização
politica.
Na região comumente chamada de Oriente, a
educação se iniciava em casa com os entes mais velhos. O conhecimento, as
ideias e principalmente os conceitos que eram a base destas sociedades eram
transmitidos oralmente. Na Índia, na China, ao se fazer uma comparação com
pensamento ocidental chega-se a conclusão que a educação oriental permite mais
variedade e tolerância quando se trata de conclusões filosóficas.
Dessa forma, os pensadores indianos não
aceitam a conclusão das ciências como verdade absoluta, pois nestas nações o
misticismo e a ciências se alternavam e isto era plangente na educação.
As crianças eram ensinadas não só apenas tópicos práticos, conhecimentos úteis
para realizar determinada tarefa ou determinada função (oleiro, carpinteiro,
cervejeiro...), mas também, e mais importante à filosofia e a concepção de
mundo, vida, espírito e alma concebidos pelos mestres e pensadores, como Buda e
Krishina.
Na concepção educacional destes povos, havia
um alto grau de severidade. Um aluno tinha que obedecer e seguir a seu mestre
em todos os sentidos. Não eram incomuns os castigos físicos a que se submetiam
os alunos, nesta concepção educacional. Um número variado de escolas se
desenvolveu nesta época, havia escolas particulares fundadas por gurus. Neste
contexto também se desenvolveu um modelo de ensino superior, que atraía aqueles
que buscavam a elevação espiritual.
3.3 Educação Grega
Na Grécia Clássica, a educação era permitida
somente aos indivíduos das classes ditas superiores. Do nascimento aos cincos
anos a criança era criada de maneira que pudesse desenvolver um crescimento
sadio, tanto físico, como espiritual. Dava-se atenção especial ao
desenvolvimento do corpo, para que a criança estivesse pronta para tolerar os
embates e as adversidades de ordem física.
[..] “O período seguinte dura até a idade de
cinco anos; durante esse período não se deve fazer qualquer exigência de estudo
ou trabalho a criança, para que seu crescimento não seja impedido; e deve haver
movimentação para impedir que os membros se tornem inativa. Isso só pode ser
garantido, entre outras formas, através da diversão, mas não deve ser vulgar,
cansativa ou descomedida. Os Diretores de Educação, como são chamados, devem
ter cuidado aos contos ou histórias que as crianças ouvem, pois as brincadeiras
das crianças destinam a preparar o caminho para as ocupações posteriores da
vida e devem ser, em sua maioria, imitações das ocupações que as crianças terão
mais tarde, seriamente. Estão errados aqueles que (como Platão), nas Leis,
tentem impedir o choro e gritos altos das crianças, pois eles contribuem para
seu crescimento e, e de certa forma, exercitam-lhes os corpos. Forçar a voz tem
efeito semelhante ao produzido pela retenção do fôlego em esforços violentos.
Entre outros deveres, o Diretor deve dar atenção à criação das crianças e
cuidar para que elas sejam deixadas o mínimo possível com escravos. Pois até os
sete anos de idade as crianças têm de viver em casa; e, por isso, mesmo nessa
tenra idade, tudo o que mesquinho e vil deve ser banido de suas vistas e de
seus ouvidos.” (Mayer1976).
A educação grega tinha como objetivo
principal guiar os educandos, os jovens de modo que lês pudessem assumir o
controle da sociedade vigente. Ela não se ocupava apenas de um conceito particular
do homem, mas do desenvolvimento de todas as suas capacidades- físicas morais e
intelectuais. Em seus ideais, a educação grega dava ênfase à moderação e a uma
concepção equilibrada do homem e de seus poderes intelectuais. Valoriza a arte
como corporificação concreta de alguma verdade, proporciona para o sujeito
homem ou mulher a refletir sobre suas atitudes e sua também constituição de ser
humano no contexto onde se está inserido.
Na Grécia não havia uma teologia infalível.
Não havia um padrão de moral e de religião. Os gregos acreditavam na livre
indagação, dessa forma, lançaram as sementes de nosso próprio desenvolvimento
intelectual. Na educação grega eles defendiam o individual do ser humano como
principio, e preparava a educação para a cidadania. Mais só era considerados
cidadãos (homens livres) quem fosse grego de verdade (apenas 10%) no mais não
era considerado cidadão (com 90%), com isso sem direto de se posicionar.
Aqui surgiram grandes filósofos como
Sócrates, Platão e Aristóteles. Sócrates e Platão defendiam o saber o pensar.
Ou seja, a partir do entendimento que tenho em me relacionar com outra pessoa
eu aprendo, eu questiono, eu vivencio, nunca sabemos tudo, porque o
conhecimento é algo que precisa aprimorar reconstruir ao longo do tempo histórico.
Já Aristóteles traz a razão como elemento fundamental para organização da
sociedade.
3.4 Educação Romana
No que tange a educação romana, sua melhor
representatividade temos na era de Quitiliano. Na época deste imperador a
educação era dividida em três campos. Em primeiro lugar vinha a Dialética (as
leis do raciocínio), em segundo, a Ética (as leis da justiça) e em terceiro a
Física. Na época de Quitiliano já havia uma pequena mudança na concepção de
educação:
[...] “Quanto ao menino que já adquiriu a
facilidade na leitura e na escrita, o objetivo seguinte é a instrução
ministrada pelos gramáticos”...
Pois se trata não apenas da arte de escrever
combinada com a de falar, mas também a leitura correta precede a ilustração e a
essas estão ligado o exercícios do julgamento... “Também não basta haver lido
apenas os poetas; todas as classes de escritores têm de ser estudadas, não
apenas pelo assunto, mas pelas palavras que, frequentemente, recebem sua
autoridade de escritores.”
O estudo da educação é imprescindível para
que possamos conhecer todo o processo em que se desenvolveu no atual estágio a
educação e a própria sociedade brasileira. (Mayer1976)
Aqui também a que se ressaltar que ao
contrário dos gregos os romanos eram condicionados mais para assumir sua
posição da máquina do estado, deixando em segundo plano o trabalho com a
preparação do corpo, como faziam, por exemplo, os espartanos.
A grande preocupação dos romanos era a
formação de guerreiros, forma para a prática. A intenção dos romanos era a
conquista e para isso acontecer eles teriam que se preparar e essa preparação
começava muito sedo, a criança (menino) ao completar os sete aos nove anos já
começavam a ser preparado para ser guerreiro, afastando-o da mãe. Para eles
eram através das lutas que eles conquistariam mais e mais coisas. Portando o
período romano começa a trabalhar a questão de politica e de poder de estado.
Surgindo então o curso de direito, justamente para se pensar o direito e o
dever do cidadão.
3.5 Educação Medieval
No caminho da evolução da educação chegasse a
Idade Média, neste período a educação ficou exclusivamente nas mãos da igreja
católica. Esta geria as escolas, organiza o que pode se chamar de currículo e
ministrava tanto os conhecimentos científicos, mas principalmente os conceitos
morais retirados e interpretados da doutrina cristã.
Um grande acontecimento nessa época foi à
criação da companhia de Jesus, com isso começou-se a se preocupar a criar um
currículo voltado a trazer informações a um determinado grupo de pessoas e
também outro na formação de intelectuais. Sendo os monges (os intelectuais) os
que teriam o acesso a esse conhecimento.
A educação era uma serva da igreja, sua meta
principal era inspirar os alunos, de maneira que estes aprendessem a levar uma
vida moral e obedecessem ao que pregavam os líderes religiosos. Era uma
educação autoritária, tudo em nome de Deus.
O aprendiz ideal, o modelo de estudante ideal
era o que se dedicava a uma vida de sacrifício e autonegação. Esse período
medieval traz consigo a educação espiritual, seu objetivo seria também com o
poder, em outras palavras era catequizar mais também dominar.
Nesse período a educação tradicional fica no
poder, por não aceitar outras culturas, outros conhecimentos, ela mesma é quem
produz e de maneira alguma aceita a reconstrução de uma determinada historia.
3.6 Educação no Renascimento
Neste período da história humana, o novo
método da ciência buscava confirmação nos fatos da natureza, não havia mais
ilusão ou alegoria, e sim a experiência. Enfatizavam-se os aspectos
particulares em lugar das generalidades. Encontra-se aqui o começo do método
hipotético da ciência moderna.
A ciência começou a avançar de forma nunca
antes vista (desde a Grécia e Oriente), pois a fé começou a ser deixada de
lado, sendo que esta já não respondia ás questões nascentes e pertinentes.
Nesta época se popularizou os novos ideais de
educação. Ao aprendiz devia ser ensinada a virtude moral, bem como Humanidades
e as Ciências. As capacidades inatas tinham de ser estimulada, neste aspecto, a
natureza devia ser o guia. A direção do aluno tinha de ser consciente e o seu
conhecimento tinha de ser posto em prática. A educação no renascimento
foi o período de repensar tudo que não foi pensado, ficando conhecido como
século das luzes por propor uma nova educação.
A educação no renascimento não foi diferente
das de mais, em relação a quem pertencia o direito de adquirir conhecimento. No
período primitivo ela é fragmentada, ela é pautada no momento de exclusão, na
Grécia acesso era somente aos gregos, em Roma só se pensava em formação de
guerreiros, no período medieval o acesso aos conhecimentos intelectuais era
exclusividade dos monges. A educação nesse período do renascimento era para a
nobreza e também para pessoas com ligação a igreja.
3.7 Educação Burguesa
O conteúdo deste tipo de situação educacional
era baseado principalmente nas línguas e literaturas clássicas dos gregos e
romanos, veio a ser designada educação burguesa. O termo humanidades veio a
significar as línguas e literatura dos antigos. Como consequência, a finalidade
da educação passou a ser considerada em termos de língua e literatura e não da
vida.
Outro aspecto muito importante da Educação
Burguesa foi inclusão no ideal de educação, dos elementos comuns ao período
clássico, excluídos da educação medieval, com exceção da cavalaria. O primeiro
destes elementos é o físico, e a par dele a formação do caráter. Por este lado
a educação burguesa representou a fusão da educação da cavalaria e da educação
literária, e teve um resultado muito superior ao das épocas anteriores e
posteriores.
Outro elemento que foi trazido de volta à
educação foi o elemento estético. Este elemento tornou-se, na nova educação,
uma grande inspiração. Esta acentuação de importância da expressão referia-se
não só à perfeição da língua como também a perfeição do caráter de conduta.
Consolidou-se nesse período capitalismo industrial finalizando o absolutismo. O
absolutismo, o qual foi criado pelo pensador Jean Jacques Rousseau, que
propunha a liberdade e a autonomia como o principio de vida, sendo a educação
vista como alegria e prazer.
A educação burguesa provoca uma separação
entre estado e igreja. Com isso possibilitando um desenvolvimento dos sistemas
públicos de educação.
3.8 A Educação no Brasil
Após o descobrimento da terra nua, a qual se
deu o nome de Terra de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz e finalmente Brasil, começou-se
a pensar em como se efetivar a posse dos europeus sobre a terra e os povos aqui
existentes. Com sutileza, os representantes da companhia de Jesus, planejaram
incutir e difundir a filosofia cristã entre os chamados gentios (nativos).
Esses (índios) tinham a natureza como lar e
como escola. Na mata, no campo, nos vales e na correnteza dos rios, os mais
novos eram instruídos pelos mais velhos. Ciências naturais, cosmologia,
história e principalmente a língua, eram transmitidos o tempo todo. Educar entre
os índios era uma constante.
Os portugueses, que cruzaram o oceano em
busca de novos mercados, trouxeram com eles os Jesuítas. Esses religiosos eram
os acólitos fiéis da igreja católica. Não respondiam se não a Roma. Ao se
fixarem nas novas terras, provavelmente compreenderam que a tarefa não era de
todo fácil. Haviam de converter e “educar” um povo que vivia nu e falava uma
língua totalmente desconhecida. O primeiro ato dos representantes da companhia
de Jesus foi fundarem uma escola elementar. Neste estabelecimento eram educados
juntamente os índios e os filhos dos colonos que aqui nasceram. A estes
aprendizes, eram transmitidas as noções básicas da língua portuguesa, história
da civilização europeia, história cristã e a própria catequização. Havia também
o intuito de aumentar o contingente sacerdotal da igreja romana. Há que
salientar que neste período os educadores eram exclusivamente homens.
As mulheres eram destinadas ao serviço
doméstico. E estas só podiam ser instruídas nos conventos. Caminhado um pouco
mais no tempo à época da Marques do Pombal, figura de grande destaque no que
diz respeito à politica educacional em nosso país.
Com o Marques o ensino passa a ser
responsabilidade da coroa Portuguesa sua ideia de educação consistia, não
apenas catequizar, mas forma os grupos de indivíduos que não deixasse o poder
fugirem das mãos da elite.
Com a vinda e permanência da família imperial
no Brasil, inicia o conhecimento período imperial, a educação, assim com outros
setores da sociedade se viu sob um novo conceito, uma nova maneira de conceber
o processo educacional.
Nesta fase destaca-se o art. 179 da primeira
constituição brasileira, que pregava a “instrução primária e gratuita para
todos os cidadãos.”.
Outro ato do governo de D. Pedro I foi o
decreto que instituía quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas
primárias), Liceus, Ginásios e academias.
Mas, no que diz respeito à prática
educacional, ela se diferia pouco da época Jesuítica e Pombalina. Assim a
educação continuava a ser um bem para poucos. Mudanças lentas e quase
imperceptíveis começam a acontecer com a chegada da República (1889 em diante).
Aqui se destaca a Reforma Benjamim Constant,
que tinha como princípios, a liberdade à laicidade do ensino e a gratuidade da
escola primária. No inicio da década de 30, do século xx, uma revolução
sócio-política colocara o Brasil em cheque e em choque. Era o momento de os
pais penetrarem de vez no modo capitalista de se produzir e de se viver. Nesta
fase destaca-se o ministro Francisco Campos, homem que foi o primeiro a assumir
o nascente ministério da educação e tomando posse iniciou-se uma reforma em que
até hoje se faz sentir na maneira de ver a educação brasileira. Dois anos após
sua posse um grupo de educadores ladeado por Fernando de Azevedo lançou o
conhecido manifesto dos Pioneiros da Educação Nova.
Neste documento propunham-se soluções para os
problemas que atravancaram o fazer educacional brasileiro. Com termino da
segunda guerra, inicia-se um processo político-social denominado populismo, com
ele a esperança no progresso e no desenvolvimento se faz presente em todas as
camadas e em todos os setores. Na educação, havia uma forte tendência à
industrialização.
A educação entra neste contexto como
formadora de mão-de-obra para a indústria nascente. Em 1961 foi criada a
primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei nº 4024/61. Está
foi a primeira a arregimentar todos os níveis de ensino.
Nesta época educadores como Paulo Freire
pensavam e colaboravam métodos bastante discutidos de educação. Com um golpe
politico-militar em 1964 é instituído no Brasil, o famigerado regime militar. O
governo controlava a todos e a tudo.
Nesta fase da nossa história foi instituída a
Lei 5692/71 (LDBEN) que tinha como característica principal a educação profissionalizante.
Esta lei era fundamentada em uma concepção tecnicista, ou seja, era necessária
forma, técnicos, para as diversas áreas da economia. Com o fim de o governo
militar os fatos políticos e sociais se sucedem de maneira abrupta. Das lutas
pelas eleições diretas a promulgação da nova constituição foi um salto. “Há um
novo impulso, uma nova esperança surge, no povo e nas instituições”. Na
educação o estado passa a ter mais responsabilidade, um poder (seja executivo,
legislativo ou judiciário) tem o poder de averiguar se o que se é destinado à
educação está sendo empregado de forma correta.
No momento a educação está se reformulando. A
sociedade nos seus mais diferentes âmbitos verifica, examina-se o processo
educativo (desde a liberação de verbas até a prática pedagógica) está sendo
feita de forma aceitável.
Com o “mover” LDB (leis de diretrizes e
bases), o processo educacional é parte de algo maior e menos propenso a
ideologias ocas e fragmentadas. Cada Estado, cada município e principalmente
cada escola trabalha visando atingir o meio sociocultural de que faz parte.
Relevantes, também, são as propostas de educação especial, a chamada “Educação
inclusiva” e a tão nova, mas já aceita e incorporada Educação à distância
(EAD). Neste inicio do século cabe fazer uma reflexão. Como foi o processo
educacional brasileiro desde a descoberta aos nossos dias. O que ficou de útil?
O que foi descartado neste período de 509 da sociedade brasileira?
O que se pode afirmar é que a educação
apresenta hoje múltiplas facetas, e múltiplas maneiras de ser feita. Educar
hoje é preparar o individuo para que tenha ferramentas (intelectuais, morais e
espirituais) para se colocar no mundo, e neste construir a sua história e
participar da construção, sócio – histórico - política de seu grupo. Ensinar a
ler é o primordial assim como aprender a aprender, aprender a ser e aprender a
conviver.
4. O
SUPORTE LEGAL DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
A partir do momento que o homem
condicionou-se a viver em sociedade ele percebeu que era necessário que se
estabelecesse regras, conceito a serem seguidos, ideais a serem levados para
todos os cantos do mundo social existente. Mas o que usar para que estes
conceitos e ideais fossem propalados e dispersos ao maior número possível de
indivíduos e grupos sociais?
Que ferramenta escolher para que efetivamente
o sucesso desta empreitada fosse ao menos em parte alcançado?
A resposta é; a educação. Com a educação a
propagação de ideias que contribuíssem para a formação ética e política do
sujeito educando. No decorrer do desenvolvimento sociohistórico do homem; como
ser convivente com o outro; percebeu-se que a educação era forte fio condutor
de filosofias e ideologias.
Institucionalização da educação, o nascer da
escola como a conhecemos, veio ao encontro dos conceitos ético-políticos dos
dirigentes que conduziam a sociedade em que estão inseridos.
A educação condiciona e tem como meta
efetivar o que se produziu antes daquele momento em que está sendo trabalhada.
Os ideais éticos de determinada época e circunstância são colocados pela
escola, (seus condutores, idealizadores e regentes), com predefinições, com
algo pronto. O “ethos” escolar está imiscuído com a “ethos” social vigente.
Para que a sociedade não se desmorone, e que
seus alicerces não se desestabilizem o homem constituiu a escola para que está
afirmasse e reafirmasse o pensamento vigente.
Os documentos principais ora em exame para
este trabalho são a lei de Diretrizes da Educação Básica e os Parâmetros
Curriculares Nacionais. O que se segue é um exame resistivo dos mesmos.
A educação básica se compõe da educação
infantil, ensino fundamental e ensino médio. O que a lei de diretrizes da
educação prega no seu corpo, significa que o cidadão tem o direito de concluir
seu processo educacional básico e consequentemente prosseguir para estudos em
nível superior.
[..] “A história possibilidade significa
nossa recusa em aceitar os dogmas, bem como, nossa recusa em aceitar a
domesticação do tempo. Os homens e as mulheres fazem a história que é possivel,
não a historia que gostariam de fazer ou a história que, as vezes dizem que
deveria ser feita.” (Paulo Freire).
4.1 A CONSTITUIÇÃO FEDERATIVA DO BRASIL
A constituição Federativa do Brasil passou a
vigorar em 05 outubro 1988. E o que venha a ser essa constituição?
“Constituição é a suprema Lei de um país.
Fixa-lhe normas de governo, discrimina os direitos e os deveres, distribui as
competências, limita a ação da autoridade e assegura ao povo o ambiente de
ordem, indispensável ao processo e à paz na sociedade.” Também conhecida como
“carta Magna”, “Lei maior”.
Não dá para falar em formação de professores
e em formação de pedagogos sem falar nos documentos da educação, sendo eles:
Constituição brasileira e na LDB (lei de diretrizes e bases da educação
nacional). A constituição como a lei maior e a LDB é quem regulamenta os
grandes princípios da nossa constituição brasileira.
A luta da constituição é todos na escola,
mais que ao chegar à escola, esses alunos encontrem condições físicas, material
e também profissionais competentes.
Artigos da Constituição educacional
Brasileira:
Art. 205. A educação, direito de todos e
dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base
nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar,
pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em
estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação
escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes
públicas.
VI - gestão democrática do ensino público, na
forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial profissional nacional
para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. .
Parágrafo único. A lei disporá sobre as
categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e
sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de
carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. .
Art. 207. As universidades gozam de autonomia
didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e
obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão.
§ 1º É facultado às universidades admitir
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996)
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às
instituições de pesquisa científica e tecnológica. .
Art. 208. O dever do Estado com a educação
será efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita
dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua
oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade
própria; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009).
II - progressiva universalização do ensino
médio gratuito.
III - atendimento educacional especializado
aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - educação infantil, em creche e
pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade.
V - acesso aos níveis mais elevados do
ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado
às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as
etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material
didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. .
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e
gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º - O não - oferecimento do ensino
obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os
educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais
ou responsáveis, pela frequência à escola.
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa
privada, atendidas as seguintes condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação
nacional;
II - autorização e avaliação de qualidade
pelo Poder Público.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos
para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e
respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
Não pare agora... Tem
mais depois da publicidade ;)
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula
facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas
de ensino fundamental.
§ 2º - O ensino fundamental regular será
ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a
utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de
ensino.
§ 1º A União organizará o sistema federal de
ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas
federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva,
de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo
de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios.
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente
no ensino fundamental e na educação infantil. .
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão
prioritariamente no ensino fundamental e médio. .
§ 4º Na organização de seus sistemas de
ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão
formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino
obrigatório. .
§ 5º A educação básica pública atenderá
prioritariamente ao ensino regular. .
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca
menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e
cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos
transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou
pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do
cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto
no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino
federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.
§ 3º A distribuição dos recursos públicos
assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no
que se refere à universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade,
nos termos do plano nacional de educação. .
§ 4º - Os programas suplementares de
alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados
com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos
orçamentários.
§ 5º A educação básica pública terá como
fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação,
recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).
§ 6º As cotas estaduais e municipais da
arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas
proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas
respectivas redes públicas de ensino. .
Art. 213. Os recursos públicos serão
destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias,
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:
I - comprovem finalidade não lucrativa e
apliquem seus excedentes financeiros em educação;
II - assegure a destinação de seu patrimônio
a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público,
no caso de encerramento de suas atividades.
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo
poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na
forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver
falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência
do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na
expansão de sua rede na localidade.
§ 2º - As atividades universitárias de
pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder Público.
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional
de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional
de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e
estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do
ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações
integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam
a.
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e
tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de
recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.
4.2 A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO
A lei de diretrizes e bases é quem organiza o
processo, obtendo mudanças significativas na LDB 9394/96 aos níveis de ensino.
Hoje a educação é pautada em educação infantil, ensino fundamental e ensino
médio. Mudanças também na composição dos níveis escolares; a educação básica,
que se compõe da educação infantil e o ensino superior. Outra mudança foi o
aumento dos dias letivos de 180 para 200 dias letivos de aula. E também se tornou
obrigatório o processo de recuperação.
A idade de matricula nos anos iniciais do
ensino fundamental passou para seis anos, onde passaram o ensino fundamental de
oito para nove anos. Isso ocorreu através de um decreto presidencial em 2005.
Outra questão foi à exigência de formação
superior para os professores da educação básica (sendo elas educação infantil,
educação fundamental aos anos iniciais). Tratando-se também como importante a
educação física e artes para o currículo da educação básica.
[...]"Aos que nada vêem de bom na LDB,
gostaríamos de dizer que o esforço do senador Darcy Ribeiro não foi em vão, de
um congresso vetusto como o nosso, só pode sair uma lei antiquada. Mesmo assim,
a Lei contém avanços ponderáveis, que permitem, sobretudo em seu senso pela
flexibilidade legal, rumar para inovações importantes" (DEMO, 1997, p.95).
A legislação traz um alto teor de autonomia,
proporcionando avanços, mais também precisando de uma revisão para ver o que
está sendo contemplados e concretizados nos termos da lei. A legislação em
educação ela caracteriza o que é o nosso espaço, espaço esse o da escola
constituído e instituído, por isso ser professor não basta somente dar aula,
fazer o cotidiano da sala de aula, mais sim entender todo o sistema no qual
trabalhamos. Conhecendo os atos legais que organizam e determinam as
responsabilidades dentro da escola.
O principio da flexibilidade tem como
proposta, que os dirigentes escolares, em qualquer nível, devem fazer
adaptações no proceder da escola para que esta possa receber e trabalhar com
todos os educandos que fazem parte do meio onde esta se insere. No campo, nas
aldeias indígenas, em época de colheita, no período chuvoso tudo de ser
colocado no calendário escolar. Também deve se levar em conta o período de
trabalho dos educandos, tornando os horários de aula menores (como acontece com
a EJA) tendo em vista a dura rotina do educando que exerce algum tipo de
trabalho. O Brasil por se extenso possui uma diversidade cultural muito grande,
por isso a importância da flexibilidade, para que aja democracia. Mais isso não
significa fazer o que quiser, e sim atender as peculiaridades onde as decisões
serão tomadas de uma forma rápida.
Ao elaborar Diretrizes os gestores da
educação abrem as mais diversas possibilidades para que todos possam fazer uma
educação que preencha as necessidades do grupo onde ela se desenvolve. Com a
LDB os professores e instituições de ensino passaram a ser avaliados, onde os
problemas detectados não culpem apenas uma dimensão, mais todos sejam avaliados
e os procedimentos cabíveis sejam tomados, para que os problemas possam
desaparecer.
O ponto forte da lei é a qualidade de ensino.
Com isso ficam em evidencia alguns pontos da lei. Art.8º “A União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os
respectivos sistemas de ensino”. Quer dizer quando o município não consegue
resolver suas reivindicações ela deve se submeter ao estado, e o estado se não
resolver passa para união. Isso é o chamado de regime de colaboração, para que
o direito a educação seja garantido. A etapa chamada de educação básica, e este
direito são asseguradas pela constituição nacional. O trecho examinado, visto
na pratica, significa que os conhecimentos que o educando traz conseguem do
meio em que vive das situações sociais que participa devem ser valorizados e
colocados lado a lado com os conhecimentos escolares.
As diretrizes não são regras a seguir, são
sugestões para desenvolver o trabalho. Já os programas, trazem o estigma de
serem prontos onde nada pode ser modificado. Ao descentralizar e dar
maleabilidade ao fazer educacional, distribui-se entre os atores envolvidos no
processo as responsabilidades e as consequências resultantes do que foi feito
neste contexto, não há um só proposito e não há uma só proposta, há uma
variância de conceitos e possibilidades. Por exemplos os PCNs (parâmetros
curriculares nacionais), os DCNEF e também os RCN (referencial curricular
nacional) onde são documentos que parametrizam as decisões, eles vão articular
em função normativa.
Na republica federativa do Brasil, na união
dos estados brasileiros, temos a responsabilidade do estado, e da união de
manter técnicas financeiras e estabelecer níveis nacionais às diretrizes.
A educação possui seu sistema de avaliação,
possui parâmetros que organiza e também controla sendo elas a Provinha Brasil
(é uma avaliação diagnóstica aplicada aos alunos matriculados no segundo ano do
ensino fundamental). Enem (provas do Exame Nacional do Ensino Médio) e o Enade
(“Exame Nacional de Desempenho de Estudantes avalia o rendimento dos alunos dos
cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos
programáticos dos cursos em que estão matriculados. O exame é obrigatório para
os alunos selecionados e condição indispensável para a emissão do histórico
escolar. A primeira aplicação ocorreu em 2004 e a periodicidade máxima com que
cada área do conhecimento é avaliada é trienal”). Além disso, cada escola
possui o seu processo de avaliação.
[..] “Temos ai uma novidade pertinente, que
deixa o linguajar aéreo de uma função que esta apenas no papel, para assumir o
tom de principio fundamental da organização dos sistemas [...] não quer dizer
que se cumpra, até porque as resistências são fantásticas”. (DEMO, 1997).
Entre as DCNEF´, os PCNs e as propostas das
unidades de ensino há uma consonância de ideias, onde não se exclui o que prega
os documentos oficiais, mas faz-se uma adaptação ao contexto e ao momento em
que se executa o fazer pedagógico. O MEC vai instituir formas de regulação para
que o currículo não seja alvo de deformações e inconstitucionalidades. Este setor
do governo verificara constantemente o desenvolvimento do trabalho desenvolvido
através de pesquisas e consultas. São as seguintes as Diretrizes Curriculares
Nacionais:
As escolas deverão estabelecer como
norteadores de suas ações pedagógicas:
·
Os princípios éticos da autonomia, da
responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum.
· Os
princípios dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade e
do respeito à ordem democrática;
·
Os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade
da diversidade de manifestações artísticas e culturais.
Ao definir suas propositas pedagógicas, as
escolas deverão explicitar o reconhecimento da identidade pessoal de alunos,
professores e outros profissionais e a identidade de cada unidade escolar e de
seus respectivos sistemas de ensino.
As escolas deverão reconhecer que as
aprendizagens são constituídas pela interação dos processos de conhecimento com
as de linguagens e os afetivos, em consequência das relações entre as distintas
identidades dos vários participantes do contexto escolarizado; as diversas
experiências de vida dos alunos, professores e demais participantes do ambiente
escolar, expressas através de múltiplas formas de dialogo, devem contribuir
para a constituição de identidade afirmativas, persistentes e capazes de
protagonizar ações autônomas e solidarias em relação a conhecimentos e valores
indispensáveis a vida cidadã. Em todas as escolas publicas devera ser garantida
a igualdade de acesso para alunos a uma base nacional comum, de maneira a
legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional.
Mas será que isto está se efetivando, visto que a todo o momento a mídia traz
relatos de descasos em relação à oferta de vagas. A base comum nacional e sua
diversidade deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que vise a
estabelecer a relação entre a educação fundamental e:
o
A vida cidadã através da articulação entre vários
dos seus aspectos como:
·
A saúde
·
A sexualidade
·
A vida familiar e social
·
O meio ambiente
·
O trabalho
·
A ciência e a tecnologia
·
A cultura
·
As linguagens
o As
áreas de conhecimentos:
·
Língua portuguesa
·
Língua materna, para populações indígenas e
migrantes.
·
Matemática
·
Ciências
·
Geografia
·
Historia
·
Língua estrangeira
·
Educação artística
·
Educação física
·
Educação religiosa na forma do art.33 da lei 9.394,
de 20 de dezembro de 1996.
Síntese das Diretrizes:
1. A escola deve pautar seu
trabalho em princípios éticos, de cidadania e estéticos.
2. Na elaboração do plano
pedagógico levar em conta o contexto onde se insere a escola. Situar a pratica
para sujeitos reais.
3. A pratica deve elevar a
percepção dos sujeitos envolvidos e de sua contribuição para o grupo.
4. O acesso a todos aos
conhecimentos da Base Nacional comum é obrigatório.
5. É dever de a escola
estabelecer uma relação profícua entre o conhecimento estabelecido curricular
mente a comunidade local e o sujeito com sua maneira de ver e ser no mundo.
6. A RCN (Referencial
Curricular Nacional) deve ser enriquecida com conhecimentos locais para uma
efetiva assimilação dos sujeitos e da comunidade.
7. Há que se rever sempre o
trabalho escolar. Necessitando assim de um processo permanente de avaliação dos
caminhos seguidos.
Nisto tudo temos que o fazer da educação ate
o que prega os documentos oficiais pressupõe um trabalho de compreensão dos
conceitos legais. Assim se extrai o que é necessário para a pratica pedagógica
na história corrente da formação docente, onde várias ciências têm, a sua
contribuição. De forma direta, como por exemplo, a história da educação, a
sociologia e a própria história social em si, ou de forma indireta como a
matemática, a estatística e a economia, vem, à medida que estas mesmas se
desenvolvem e evoluem, aclarando e consubstanciando a formação docente ontem e hoje.
Neste âmbito surgiu com uma gama variada de artifícios, o direto. Com o auxilio
do direito os professores embasam suas descobertas e suas pesquisas junto aos
educandos. Através desta ciência conhece-se o proceder do comportamento
humano, que com outras ciências não seria possível visualizar e examinar.
Os referenciais legais são fontes
permanentes de pesquisas e estudos por parte dos professores, em todos os seus
níveis de integração. Então temos que, o direito educacional é de importância
valiosa, e contribui de forma efetiva para a construção de uma educação real.
O profissional docente, bombardeado pelos
mais diferentes tipos de informação, precisa evidentemente, selecionar,
peneirar toda essa mixórdia de conceitos. A legislação educacional vem também
ajudar nesta tarefa. Com sensatez e estudo, o plano legislativo serve de base
para que se arregimente e organize o insumo necessário para o trabalho do
professor.
Durante anos buscou se explicar conceitos
educacionais baseados apenas em suposições primeiros religiosos, depois
filosóficas descambando em seguida para os planos sociais e econômicos. Mas
algo faltava algo que pudesse consubstanciar a prática docente de forma mais
especifica, mas orientada.
Neste contexto, um tanto o quanto conturbado,
nasceu ou desvinculou-se das outras áreas, como acreditam alguns, o direito.
Ele sozinho não vem responder a todas as questões que atormentam o educador.
Mas com ele pode-se pisar em um terreno mais firme, menos carregado de
suposições, e o que é muito perigoso, de ideologias com bases duvidosas.
Sendo a sociedade regida e condicionada por
leis que os seus membros estabeleceram, houve a premente necessidade de se
transmitir estes códigos e normas para as gerações futuras.
O meio, a forma de atingir uma parcela maior
de indivíduos foi encontrada na educação. Este pensamento é uma constante na
obra de Durkheim;
[...] “A construção do ser social, feita em
boa parte pela educação, é a assimilação pelo individuo de uma série de normas
e princípios – sejam morais, religiosas, éticas ou de comportamento...”
(Durkheim, 1978).
Neste sentido, temos que a educação é algo
condicionadora da sociedade e de seus preceitos. Quando este pensador elaborou
sua teoria sociológica, a sociedade estava passando por grandes transformações,
tanto no que diz respeito à religião, a moral e a economia entre outros. Na
escola encontramos normas e procedimentos que devemos seguir.
Estas normas configuram o sistema em que a
escola está inserida, sendo que ela é um reflexo da sociedade.
Hoje, na escola atual ainda a muito do
pensamento de Durkheim, pois mesmo com as constantes mudanças e evoluções da
sociedade a escola continua a mesma.
A atual prática pedagógica possui vários
pontos que ligam ao pensamento durkheiniano, pois no momento presente a escola
ainda é reprodutora do sistema social - político em que está inserida.
O trabalho didático formatizado, a avaliação
classificatória são apenas dois pontos que o educador usa para estabelecer a
sua prática, que nos remetem ao pensamento de Durkheim, ou seja, a presença das
ideias deste pensador ainda é muito corrente e enraizada na escola atual.
Não há uma abertura para novas ideias e as
conseguem se sair no pensamento pedagógico são logo recicladas.
O novo na escola moderna, ainda é uma utopia.
Mas uma insistência por parte dos educadores. Eles querem que a escola seja
mais que espelho, seja uma fonte de renovação.
4.3 CURRÍCULO
Quando o homem se organizou em sociedades,
grupos, tribos, aldeias, começou a se produzir ciências, história, filosofias
entre outros conhecimentos. Na medida em que estes conhecimentos foram se
acumulando e se desdobrando, aumentou também o número de interessados em
usufruir destas ciências e destas filosofias. Nisto a escola já estava (pelo
menos no seu arcabouço) já constituída. (deste contexto temporal e histórico o
do nascimento da escola veio à tona a dúvida que persegue até hoje as que lidam
diretamente (e até indiretamente) com a educação: O que ensinar?). Qual o valor
de determinada informação em relação à outra? Como estipular o nível de
aprofundamento de determinado saber? O que preconiza a lei educacional?
No momento atual da educação (tanto
brasileira quanto mundial), entende-se currículo com sistematização,
organização e seleção dos conhecimentos e ciências vigentes que devem ser
transmitidas pela escola na busca, de uma formação geral mínima do educando, o
currículo é novo na própria academia educacional, nas décadas de 50 e 60 essa
área era ligada aos alunos que faziam pedagogia e optavam por uma habilitação chamada
supervisão escolar. Atualmente percebeu a necessidade do pedagogo, onde ele não
poderia mais ter uma formação fragmentada sem conhecer a dimensão mais ampla do
currículo. A partir da lei 9394/96 a disciplina do currículo passou a ser
implantada no curso de pedagogia. Nesta concepção o currículo é o arcabouço
onde se aglomeram as outras nuances da educação.
Partindo de pressupostos já anteriormente
estabelecidos, os que controlam gerenciam o processo educacional (fala-se aqui
das esferas superior, secretários, coordenadores, ministros, especialistas)
estabelecem que, quando e como ensinar. Nesta, concepção distanciada da
realidade, do contexto social em que está inserido o educando, o currículo é
algo fragmentado, fragmentário e deturpador do conhecimento. Assim o currículo
tradicional não leva em consideração fatores diverso (como a pré-prepararão ou
pré conhecimento do aluno) para que se faça o trabalho de ensinar.
Esta maneira de conceber “o que ensinar” é
resultado da visão europeia medieval trazida pelos portugueses, que se afirmou
na escola brasileira.
Com o desenvolvimento dos meios de
comunicação da tecnologia de transmissão de informações começou-se a perceber
que o currículo instituído não mais satisfazia as necessidades vigentes. “E, em
se tratando de currículo escolar, temos mesmo uma grande margem de autonomia
para incluir saberes e práticas mais convenientes aos projetos que formulamos
ou elegemos. Se isso é possível, a escola não pode ser vista como instância
reprodutora”
Este currículo desfragmentado traz implícitos
conhecimentos que não poderiam ou não teriam como serem expostos. É o chamado
currículo oculto. Neste currículo os conhecimentos devem ser inferidos a partir
de outros conhecimentos apresentados em sala de aula.
Avançando um bom período no tempo e situando
no momento atual da educação brasileira, observa-se uma mudança significativa
na maneira de conceber o currículo e suas diferentes nuances. Os estudos
sociológicos e filosóficos apontam que o currículo deve ser condizente com a
prática social do individuo. Portanto “aprender a conhecer... Fundamenta-se no
prazer de compreender, de conhecer, de descobrir” (PROCAP).
Isto sendo posto para apreciação descobre-se
que quando o currículo caminha concernente dos anseios e questionamentos do
educando e da sociedade em que este está inserido ele se torna mais que uma
ferramenta, se torna um subsidio indispensável. Currículo não é apenas um
documento que contemplam as disciplinas e sim toda a ação, todo o percurso
percorrido por todos os envolvidos no sistema educacional, família, comunidade,
professores, alunos, governo federal, governo estadual e também os
representantes municipais, todas as pessoas envolvidas no processo educacional,
de certa forma elabora, organiza e legitima. Todos os saberes e conhecimentos
estão ligados a politica e a cultura, trabalhando o currículo, trabalha-se o
saber do cotidiano onde se transforma em saber cientifico.
Hoje o currículo ele é discutido em reuniões
e amplos escolares. E a partir dessa discursão aprendem-se os anseios as
subjetividades, as vontades, os medos que permeiam o cotidiano escolar com isso
ele se torna vivo dentro do processo ensino aprendizagem.
Ele hoje possui a opção de flexibilidade
sendo ele de adaptação grande porte, e a adaptação de pequeno porte. Grande
porte seria, quando a escola precisa fazer alguma manutenção, construir alguma
coisa, reformar algo, enfim algo que não depende do professor em sala de aula,
mais sim de uma estrutura ampla. Adaptação de pequeno porte significa, quando o
professor poderá fazer suas próprias adaptações curriculares no contexto e no
cotidiano de sala de aula.
A composição do currículo “traz uma base
nacional comum, onde garante uma unidade nacional, para que todos os alunos
possam ter acesso aos conhecimentos mínimos”. Quer dizer, todos os alunos
independentemente de qual cidade, venham a ter os mínimos conhecimentos. E a
parte diversificada é a opção a qual possa ser implantada a realidade regional
e local.
5.
DEMONSTRATIVO DA PESQUISA REALIZADA COM DOCENTES
A pesquisa de campo iniciou-se com a
preparação e escolha das questões que seriam colocadas para os pesquisados. Com
base na revisão bibliográfica e buscando uma consonância entre uma e outra
parte do trabalho, passou a elaboração das perguntas.
O trabalho de questionamento foi realizado em
uma instituição escolar da rede municipal. Esta se situa no ambiente
urbano, comportando no momento 128 funcionários e 600 alunos divididos em três
turnos.
Esta instituição serve a um contexto social
de famílias de baixa renda, que tem na escola um apoio para suas crianças.
Foram entrevistados profissionais dos mais
diversos setores da instituição, entre eles o setor pedagógico e o setor
administrativo.
No desenvolvimento do trabalho a participação
dos entrevistados foi muito valiosa, pois se empenharam no questionamento e nos
seus objetivos.
Elementos pesquisados
|
Total
|
Docentes com mais de 20 anos de exercício
|
25
|
Docentes entre 10 e 15 anos de exercício
|
25
|
Estudantes de Pedagogia
|
25
|
Outros profissionais ligados à educação
|
20
|
5.1 TABELA DO PERCENTUAL
DE RESPOSTA OBTIDAS
Nº
|
PERGUNTAS
|
SIM
|
NÃO
|
1
|
Você acompanha a execução das normas legais da
educação atual?
|
60
|
35
|
2
|
Você esta lendo ou leu algum tipo de publicação
sobre a regulação da educação atual?
|
20
|
75
|
3
|
Existe da sua parte uma preocupação em se
inteirar do que ocorre atualmente na educação?
|
64
|
31
|
4
|
Considera que as normas que vem sendo
instituídas, ajudarão na melhoria da qualidade educacional?
|
50
|
45
|
5
|
Considera positiva a inclusão, a educação para a cidadania,
a educação de gêneros, pontos irrelevantes para a construção de conceitos
éticos positivos?
|
50
|
45
|
6
|
O currículo atual pode ser considerado bom para a
escola brasileira?
|
53
|
42
|
7
|
No contexto atual, a educação é a única solução
para as questões atuais?
|
61
|
34
|
6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui – se que a demanda pela informação é
tão antiga que desde a origem da humanidade, nós seres humanos nunca paramos de
levantar a história. Sempre haverá novidades a serem desveladas. Com a nossa
história da educação não seria diferente, pois na antiguidade vimos que o
ensinamento não se concretizava nas escolas, o objetivo era adaptar as crianças
ao meio social e físico, e os faziam através de aquisição de saberes dos chefes
de família, os quais foram os primeiros professores, professores e depois os
sacerdotes. Não deixarei de relatar que professores leigos, porque não existiam
formações para eles, isso não significa que não possuía conhecimentos.
Descrevo a historia da educação básica,
a fim de juntar ideias obtidas anteriormente para assim possuímos o
conhecimento do passado, com isso evitar cometer os mesmos erros. Pois a
influência do saber sobre a história educacional proporciona uma contestação a
cerca da educação nos dias de hoje.
A educação brasileira é respeitada como um
dos setores com mais influência do pais. Vimos que a LDB foi à primeira lei a
proporcionar uma concepção de educação. Ao buscar transformar a escola em um
espaço de atividades social. Onde também possa haver um ajustamento com os docentes
e alunos, a fim que o aluno possa conseguir facilitar aquisição de seus
conhecimentos e também torna o professor um ajudante para a obtenção de novos
conhecimentos e não a fim de ser um tirano nós deveres.
É essencial mostrar que muita das finalidades
delineadas na constituição federal de 1988, a respeito da educação, até agora
não foram obtidas. Compreende – se que o apontamento desses alvos num documento
com tanto prestigio a Constituição de um país é sim uma melhoria considerável,
ao ser percebido como a educação foi vista aos prolongados últimos anos.
Cabe a nós, futuros pedagogos, obter em nossa
práxis a permanente repercussão de que educação desejamos brindar aos nossos
alunos, com suporte nesse contesta mento, assinalar objetivos apropriados a isso
e que compete uma briga consistente a obrigação exposta nas legislações em
vigor, resultando em meios indispensáveis para que a tão esperada educação com
qualidade possam de fato se realizar.
Com a soma de todos os elementos que foram
aqui colocados, pode se inferir o seguinte. A consolidação do processo de
implantação do sistema educacional brasileiro foi tortuosa e a que se admite
que por vez houvesse retrocessos e discrepâncias filosóficas. Mas baseado no
que se tem em mãos até agora, não será ousado afirmar que melhorias estão sendo
implantadas e implementadas no que concerne à educação. A sociedade, em todos
os seus setores, sociedade civil, industriais, aglomerações filosófico –
religiosas, empenham – se cada vez mais para fazer da educação a arma
primordial contra a miséria, a pobreza e principalmente a ignorância.
Há sim, com certeza, um caminho longo a se
percorrer. Pois como já foi dito, retrocessos, atrasos, disputas políticos
sociais, são os principais impe cílios para o desenvolvimento dos pais e
consequentemente da nação. Mas se colocar toda a história educacional
(principalmente a brasileira) verá que houve melhorias significativas e
proveitosas.
7.
REFERÊNCIAS
Boletim Pedagógico de Avaliação da
Educação SIMAVE – PROEB – SEEMG 2006.
BRASIL- Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996.
Caderno do Professor –
Centro de Referência do Professor SEE-MG 2001 dias. Tradução de
Gaetano Lo Monaco. São Paulo: Cortez, 1989.Editores, 1976.
CONSTITUIÇÃO (1988). Constituição Federativa
do Brasil: prolungada em 5 outubro de 1988. Diario Oficial da república
federativa do brasil, Brasilia, 1988. Disponivel em :<
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm > acesso
em: 25 maio 2012.
DEMOS, Pedro. Metodologia Ciêntifica
em Ciências Sosiais. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1997.293p.
EVELINA, Dadnino
Anos 90 – Política e sociedade no Brasil – ( org.) Ed. Brasiliense. SP. 1994.
JESUS, Adriana
Regina / Pedagogia. Processo Educativo no Contexto
Histórico. Pearson Education do Brasil. São Paulo: 2009.
Lei n.4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as diretrizes e bases da educação nacional.
Disponivel em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>
acesso em: 25 maio 2012.
MANACORDA, Mário A. História da Educação da Antigüidade aos nossos dias.
Tradução de Gaetano Lo Monaco. São Paulo: Cortez, 1989.
MAYER, Frederico. História do Pensamento Educacional. Rio de Janeiro:
Zahar Editores, 1976.
MONROE, Paul. História
da Educação. 4ª edição. Tradução de Idel Becker e
Therezinha G. Garcia São Paulo: Cia Editora
Nacional, 1954.
PROCAP/PROCAD. SEE MG 2001
Nenhum comentário:
Postar um comentário