segunda-feira, 2 de março de 2020


FACULDADE DE TEOLOGIA TESTEMUNHAS HOJE


CURSO LIVRE

TEOLOGIA DOUTRINAS BáSiCAs I





A você, para seu crescimento espiritual e aprendizado para seu ministério que o senhor jesus cristo tem para te,assim como o apostolo Paulo chamado a testemunhar do evangelho da graça de Deus, você siga e honrem este grande privilegio o qual ESTÁ SENDO alcançado pelo Ssenhor.

Amado irmãos em Cristo Jesus, nosso desejo sincero é que você se dedique ao estudo constante da Palavra de Deus, e sempre com a ajuda do Espírito Santo possa interpretar a Bíblia de maneira correta para edificação da tua vida espiritual. Que Deus abençoe sua vida para louvor de sua glória em Cristo Jesus. A Ele seja a honra, a glória e o louvor, não só agora como no dia da eternidade. Amém!!!

As doutrinas fundamentais, que devem ser conhecidas por todos os cristãos, constam em toda a Sagrada Escritura, “que é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2 Tm. 3.16,17) são:

1. Bibliologia é o estudo da formação e caráter das Escrituras; sua revelação e inspiração, seu cânon, sua veracidade e autoridade, suas divisões e mensagem.
2. Teologia é o estudo dos assuntos referentes à natureza, ao carácter e às obras de Deus.
3. Angelologia é o estudo referente à natureza e ação dos anjos, inclusive os rebeldes.
4. Antropologia é o estudo dos assuntos referentes ao homem e seu relacionamento com Deus.
5. Hamartiologia é o estudo referente à origem, extensão e conseqüências do pecado.
6. Soteriologia é o estudo a respeito dos vários aspectos da salvação.
7. Cristologia é o estudo acerca de Cristo; sua natureza, seu carácter e suas obras.
8. Eclesiologia é o estudo da natureza, organização, e missão da Igreja.
9. Pneumatologia é o estudo da personalidade e obra do Espirito Santo.
10. Escatologia é o estudo das últimas coisas à luz das profecias.

Apesar de ser bem vasta esta área das doutrinas fundamentais, no entanto neste sintético estudo estareI abordando apenas resumidamente  para sua iniciação a discípulo  do Senhor Jesus Cristo. Que o senhor te abençoe ricamente com todas as bênçãos espirituais.

As doutrinas fundamentais, que devem ser conhecidas por todos os cristãos, constam em toda a Sagrada Escritura, “que é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2 Tm. 3.16,17) são:

1. Bibliologia é o estudo da formação e caráter das Escrituras; sua revelação e inspiração, seu cânon, sua veracidade e autoridade, suas divisões e mensagem.
2. Teologia é o estudo dos assuntos referentes à natureza, ao carácter e às obras de Deus.
3. Angelologia é o estudo referente à natureza e ação dos anjos, inclusive os rebeldes.
4. Antropologia é o estudo dos assuntos referentes ao homem e seu relacionamento com Deus.
5. Hamartiologia é o estudo referente à origem, extensão e conseqüências do pecado.
6. Soteriologia é o estudo a respeito dos vários aspectos da salvação.
7. Cristologia é o estudo acerca de Cristo; sua natureza, seu carácter e suas obras.
8. Eclesiologia é o estudo da natureza, organização, e missão da Igreja.
9. Pneumatologia é o estudo da personalidade e obra do Espirito Santo.
10. Escatologia é o estudo das últimas coisas à luz das profecias.

Que cada um de nós possamos fazer parte desta Igreja que vai morar nos céus eternamente na presença de Deus; e que Ele nos ajude perseverar até o momento em que os anjos tocarão as trombetas nas nuvens dos céus e assim estaremos para sempre com o Senhor Jesus Cristo. Amém. forte abraço.
franrez



















BIBLIOLOGIA
(DOUTRINA DA BÍBLIA) 

UM RESUMO DA BÍBLIA

A Bíblia é uma coleção de 66 livros, escritos por 40 ou mais autores, formada durante um período de aproximadamente 1.200 anos. No início, a tradição era oral, passando os eventos da história antiga de uma geração para outra, durante muitos séculos. Mais tarde, essas histórias foram anotadas, talvez começando com Jó e os livros de Moisés.

O LIVRO – Entre todos os escritos publicados no mundo, a Bíblia é sem sombra de dúvidas, como livro, o mais nobre e o mais notável conjunto literário que se pode conhecer.

O processo de tradução da Bíblia do seu original Hebraico para outro idioma teve sua origem nos anos 280 a.C. quando de sua primeira tradução do hebraico para o grego na escola de Alexandria do Egito, onde ficou conhecida a Versão dos LXX ou Septuaginta.
Partindo desta versão grega, o processo de tradução da Bíblia a partir dos séculos que sucederam a Jesus Cristo não parou e acentuou-se cada vez mais, a ponto de atualmente quase todo o globo terrestre ter a Bíblia traduzida em seus próprios idiomas somando-se quase dois mil.

Varias são as peculiaridades que lhe concedem esse mérito e lhe condicionam o privilégio de ser apontada como escrito impar entre as grandes relíquias literárias, diversamente existentes no mundo.

Reconhecida e afirmativamente nenhum outro livro jamais atingiu tão grande número de cópias como também de tradução para outras línguas. Em termos produtivos, seus exemplares atingiram a casa dos bilhões, colocando-a assim numa posição inalcançável no que se refere a edições.

Evidentemente, tudo isso lhe coloca de forma singular na condição de O Livro mais produzido no mundo e a obra literária mais aceita e mais consultada como leitura diversa entre os milhares famosamente existentes.

Dentro desta mesma ótica, vale observar que, a Bíblia como livro, detém também a condição de ser o livro mais perseguido e mais destruído, mundialmente falando. Isso, tanto pelos seus próprios confessores da fé que ela lhes expressa, como também pelos opositores ao Cristianismo e ao Judaísmo.

Evidentemente, por esse motivo, a Bíblia é também o livro mais polêmico do mundo, por conquistar tantos inimigos, e estes na maioria dentro do seu próprio meio onde ela encontrou: aceitação, rejeição, defesa, proclamação, e antagonismo.

Em resumo afirme-se, que a Bíblia como livro, assumiu por si mesmo, o seu lugar e sua identidade como A Palavra de Deus, mostrando seu efeito divino único e exclusivo de ter poderes próprios emanados de seus escritos para ao longo dos séculos, (independentemente de povos, tradições e costumes), mudar o mundo e a mente dos homens, e ela permanecendo sempre imutável.

Dentro dessa extraordinariedade a Bíblia é antes de tudo a Palavra de Deus.
Essa afirmação é embasada em cunho verídico pelos seus próprios escritores e ainda por ela fornecer respostas em favor dessa afirmação, com autoridade própria apresentando imparmente evidências incontestáveis desprovidas de contradições.

Determinantemente inclusa pela sua autoridade absoluta de verdade divina,
está afirmação de que ela não tem origem meramente humana, pelo motivo considerável e notório de seus escritores não expressarem suas próprias idéias, e sim, escreveram a vontade de Deus.

A peculiaridade da Bíblia e sua auto-afirmação como a Palavra de Deus é fruto de sua própria origem e forma de composição. De forma separada, classes sociais diferentes e em épocas alternadas tiveram origem os seus escritos, os quais inicialmente sobre o processo rudimentar entalhados em pedras (tábuas cuneiformes) e depois sobre folhas de vegetais, preparadas para isso, conhecidas como papiro, e mais tarde em manuscritos denominados de pergaminhos.

No tocante aos seus escritores, compreende-se que aproximadamente 40 pessoas trabalharam em sua composição, divergindo em classes sociais, das menores as mais abastadas social e economicamente. Pescadores, pastores, funcionário público, reis, sacerdote, e ainda a participação de escritor de alto padrão militar e um médico.

Referente à alternação de épocas, os escritos bíblicos no seu composto total, Antigo e Novo testamentário preencheram um período de 1600 anos aproximadamente e foram trabalhados em ambientes inóspitos para tal ofício, tendo inicio no ermo do deserto do Sinai até os cárceres romanos incluindo a ilha de Pátmos.

A Bíblia pela sua autoridade e absolutismo de procedência divina não conhece necessidade e sujeição para defender-se como Palavra de Deus. Em hipótese alguma a Bíblia precisa recorrer a recursos em que seus escritos necessitem de provas em seu favor, como que reivindicando ser verdadeira sob a acusação de falsa.

De inicio, por se tratar da intenção divina escrita e dirigida à mente humana, seus escritos não se submetem a julgamento meramente humano, por motivo de a razão humana ser limitada no que diz respeito às possibilidades divina.

Deus alimentou e capacitou à mente humana dentro do plano de evolução cientifica para que a ciência viesse cumprir o propósito divino de promover o bem estar da humanidade através dos tempos determinados por Deus.

Em referencia aos mistérios divinos só os escolhidos de Deus recebe o privilégio de a razão humana revestir-se da ciência divina para o discernimento entre a naturalidade e a celestialidade.

Vale a pena observar que onde os escritos bíblicos se apresentam como a Palavra de Deus, estes textos não estão reivindicando isto diretamente por não ser essa a causa considerada nem questionada no tema exposto.

Um exemplo disso consta das exortações Paulinas e Petrinas no tocante as Escrituras Hebraicas como Palavra viva de Deus e divinamente passada aos homens que a escreveram segundo o intento de Deus, não segundo a sua vontade humana nem por questões ligadas a fé deles.

É evidente que a Bíblia para chegar a essa condição de, o livro mais notável,
mais aceito e o mais produzido no mundo, não foi intencionalmente criada para esse objetivo, nem tampouco foi produzida na intenção estudiosamente
prévia que viesse agradar massicamente como leitura.

Em contrário a tudo isso, seu gênero estritamente religioso é largamente um
dos mais contestados por ser um livro que aborda e embasa-se em muitos
assuntos e acontecimentos sangrentos, enquanto ao mesmo tempo é rico e
melodiosamente poético.

À medida que Deus continuava a revelar sua verdade aos seus profetas, mais e mais livro foram acrescentados à Palavra de Deus. O povo de Deus veio a reconhecer quais livros eram de Deus (O Cânon) entre os muitos livros que alegavam ter escritos por profetas ou apóstolos.

O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, a língua dos israelitas, com alguns trechos em aramaico, a língua que começou a predominar na região, no final do período.

O Novo Testamento foi escrito em grego, a principal língua falada na Palestina na época do Império Romano. Em 388 dC., os 66 livros canônicos do Antigo e do Novo Testamento foram traduzidos para o latim por um estudioso de Nome Jerônimo, tradução chamada de “Vulgata”, que continha os mesmos 66 livros que se encontram na Bíblia protestante de hoje. A Bíblia Católica Romana contém 15 livros e trechos adicionais, chamados de apócrifos, que foram acrescentados em 1546 por uma decisão de um concílio da Igreja Católica.

A primeira tradução da Bíblia para uma língua moderna, no caso o inglês, foi feita por John Wycliffe em 1384. No entanto, a Bíblia teve uma circulação mais ampla apenas após a invenção da imprensa na Alemanha, em 1456. A primeira tradução para o português foi feita por João Ferreira de Almeida, em 1681.
As descobertas recentes da arqueologia permitiram aos estudiosos traduzir várias versões muito acuradas da Bíblia, nos últimos anos. A descoberta dos rolos do Mar Morto, em 1947, confirmou aos estudiosos que os livros da Bíblia tinham sido copiados com muito cuidado pelos escribas de uma geração para a outra. (DONOVAN, p. 51)
DOUTRINAS

O Objetivo de Deus é que todos os Seus filhos cresçam na Graça e no Conhecimento (Ef. 4.11-16). A estagnação espiritual não é vontade de Deus e nem faz parte do Seu Santo Plano. O Apóstolo Paulo, escrevendo aos irmãos de Efésios, diz: “...não devemos ser como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.” (4.14)

Todos os filhos de Deus são convocados para conhecer a Deus, pois a própria Bíblia mostra para nós três tipos de doutrina, ou seja, de ensino:

• A Doutrina de Deus: Dt. 32.2; Pv. 4.1-27; Mt. 7.24-29; Lc. 4.32; At. 2.42; 13.12; Tt. 2.1
• A Doutrina de Homens: Mat. 15.9; Col. 2.22; Tt. 1.14
• A Doutrina de Demônios: I Tm. 4.1

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repressão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (II Tm 3.16-17 NVI)

A Bíblia é o fundamento para todo o estudo cristão. Ela é, sem dúvida, o registro das palavras e dos feitos de Deus ao longo da história. Ela não foi escrita somente para teólogos, pastores, estudiosos, etc., mas para todo o Povo de Deus.
A partir deste momento iremos estudar a matéria Bibliologia (Estudo da Bíblia), mostrando, inicialmente, que a mesma se divide em duas partes principais: O Antigo Testamento e o Novo Testamento.

Como a palavra “testamentum” significa “aliança”, em latim, o Antigo Testamento mostra a aliança que Deus fez com o Seu povo no Monte Sinai (Ex. 19.5). Ele foi escrito pela comunidade judaica, sendo preservado durante um milênio, ou mais, até o tempo de Jesus.

Já o Novo Testamento mostra uma aliança entre o Deus Santo e a humanidade perdida, instituída pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele mesmo disse: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.” O Novo Testamento foi composto pelos discípulos do Nosso Senhor Jesus Cristo, ao longo do século I d.C.

A palavra “testamento” significa uma aliança, pacto ou acordo celebrado entre duas partes. No Antigo Testamento temos o contrato antigo, feito entre Deus e o Seu povo (Judeus), e no Novo Testamento temos a aliança entre Deus e os cristãos, através de Cristo Jesus.

Jesus Cristo, sem dúvida alguma, é o tema central da Bíblia, desde o
seu início até o fim. Já em Gênesis 3.15, no início, dá para perceber a presença do que se pode chamar de primeiro evangelho (Boas-Novas), mostrando Jesus como o prometido da semente da mulher. Em Apocalipse, o mesmo Jesus prometido está sentado no grande trono branco, julgando a todos os homens.

A palavra Bíblia, na língua grega, significa “livros”, uma coleção de livros que foi escrita ao longo de 1.200 anos, por vários autores, envolvendo um total de 40 pessoas.

I. REVELAÇÃO: É a operação divina que comunica ao homem fatos que a razão humana é insuficiente para conhecer. É, portanto, a operação divina que comunica a verdade de Deus ao homem (ICo.2:10).

A) Provas da Revelação: O diabo foi o primeiro ser a pôr em dúvida a existência da revelação: "É assim que Deus disse?" (Gn.3:1). Mas a Bíblia é a Palavra de Deus. Vejamos alguns argumentos:
1) A Indestrutibilidade da
íblia: Uma porcentagem muito pequena de livros sobrevive além de um quarto de século, e uma porcentagem ainda menor dura um século, e uma porção quase insignificante dura mil anos. A Bíblia, porém, tem sobrevivido em circunstâncias adversas. Em 303 A.D. o imperador Dioclécio decretou que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados. A Bíblia é hoje encontrada em mais de mil línguas e ainda é o livro mais lido do mundo.

2) A Natureza da Bíblia:

a) Ela é superior: Ela é superior a qualquer outro livro do mundo. O mundo, com sua sabedoria e vasto acúmulo de conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro que chegue perto de se comparar a Bíblia.

b) É um livro honesto: Pois revela fatos sobre a corrupção humana, fatos que a natureza humana teria interesse em acobertar.

c) É um livro harmonioso: Pois embora tenha sido escrito por uns quarenta autores diferentes, por um período de 1.600 anos, ela revela ser um livro único que expressa um só sistema doutrinário e um só padrão moral, coerentes e sem contradições.
3) A Influência da Bíblia: O Alcorão, o Livro dos Mórmons, o Zenda Avesta, os Clássicos de Confúncio, todos tiveram influência no mundo. Estes, porém, conduziram a uma idéia apagada de Deus e do pecado, ao ponto de ignorá-los. A Bíblia, porém, tem produzido altos resultados em todas as esferas da vida: na arte, na arquitetura, na literatura, na música, na política, na ciência etc.

4) Argumento da Analogia: Os animais inferiores expressam com suas vozes seus diferentes sentimentos. Entre os racionais existe uma presença correspondente, existe comunicação direta de um para o outro, uma revelação de pensamentos e sentimentos. Conseqüentemente é de se esperar que exista, por analogia da natureza, uma revelação direta de Deus para com o homem. Sendo o homem criado à Sua imagem, é natural supor que o Criador sustente relação pessoal com Suas criaturas racionais.

5) Argumento da Experiência: O homem é incapaz por sua própria força descobrir que:

a) Precisa ser salvo.

b) Pode ser salvo.

c) Como pode ser salvo.

d) Se há salvação.

Somente a revelação pode desvendar estes mistérios eternos. A experiência do homem tem demonstrado que a tendência da natureza humana é degenerar-se e seu caminho ascendente se sustêm unicamente quando é voltado para cima em comunicação direta com a revelação de Deus.

6) Argumento da Profecia Cumprida: Muitas profecias a respeito de Cristo se cumpriram integralmente, sendo que a mais próxima do primeiro advento, foi pronunciada 165 anos antes de seu cumprimento. As profecias a respeito da dispersão de Israel também, se cumpriram (Dt.28; Jr.15:4;l6:13; Os.3:4 etc); da conquista de Samaria e preservação de Judá (Is.7:6-8; Os.1:6,7; IRs.14:15); do cativeiro babilônico sobre Judá e Jerusalém (Is.39:6; Jr.25:9-12); sobre a destruição final de Samaria (Mq.1:6-9); sobre a restauração de Jerusalém (Jr.29:10-14), etc.

7) Reivindicações da Própria Escritura: A própria Bíblia expressa sua infalibilidade, reivindicando autoridade. Nenhum outro livro ousa fazê-lo. Encontramos essa reivindicação na seguintes expressões: "Disse o Senhor a Moisés" (Ex.14:1,15,26;16:4;25:1; Lv.1:1;4:1;11:1; Nm.4:1;13:1; Dt.32:48) "O Senhor é quem fala" (Is.1:2); "Disse o Senhor a Isaías" (Is.7:3); "Assim diz o Senhor" (Is.43:1). Outras expressões semelhantes são encontradas: "Palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor" (Jr.11:1); "Veio expressamente a Palavra do Senhor a Ezequiel" (Ez.1:3); "Palavra do Senhor que foi dirigida a Oséias" (Os.1:1); "Palavra do Senhor que foi dirigida a Joel" (Jl.1:1), etc. Expressões como estas são encontradas mais de 3.800 vezes no Velho Testamento. Portanto o A.T. afirma ser a revelação de Deus, e essa mesma reivindicação faz o Novo Testamento (ICo.14:37; ITs.2:13; IJo.5:10; IIPe.3:2).
B) Natureza da Revelação: Deus se revelou de sete modos:

1) Através da Natureza: (Sl.19:1-6; Rm.l:19-23).
2) Através da Providência: A providência é a execução do programa de Deus das dispensações em todos os seus detalhes (Gn.48:15;50:20; Rm.8:28; Sm.57:2; Jr.30:11; Is.54:17).
3) Através da Preservação: (Cl.1:17; Hb.1:3; At.17:25,28).
4) Através de Milagres: (Ex.4:1-9).
5) Através da Comunicação Direta: (Nm.12:8; Dt.34:10).
6) Através da Encarnação: (Hb.1:1; Jo.8:26;15:15).
7) Através das Escrituras: A Bíblia é a revelação escrita de Deus e, como tal, abrange importantes aspectos:
a) Ela é variada: Variada em seus temas, pois abrange aquilo que é doutrinário , devocional, histórico, profético e prático.
b) Ela é parcial: (Dt.29:29).
c) Ela é completa: Naquilo que já foi revelado (Cl.2:9,10);
d) Ela é progressiva: (Mc.4:28).
e) Ela é definitiva: (Jd.3).

II. INSPIRAÇÃO: É a operação divina que influenciou os escritores bíblicos, capacitando-os a receber a mensagem divina, e que os moveu a transcrevê-la com exatidão, impedindo-os de cometerem erros e omissões, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalível, garantindo a exata transferência da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligível (ICo.10:13; IITm.3:16; IIPe.1:20,21).

A) Autoria Dual: Com este termo indicamos dois fatos:
1) Autoria Divina: Do lado divino as Escrituras são a Palavra de Deus no sentido de que se originaram nEle e são a expressão de Sua mente. Em IITm.3:16 encontramos a referência a Deus: "Toda Escritura é divinamente inspirada" (theopneustos = soprada ou expirada por Deus) . A referência aqui é ao escrito.

2) Autoria Humana: Do lado humano certos homens foram escolhidos por Deus para a responsabilidade de receber a Palavra e passá-la para a forma escrita. Em IIPe.1:21 encontramos a referência aos homens: "Homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (pherô = movidos ou conduzidos). A referência aqui é ao escritor.

B) Inspiração ou Expiração? A palavra inspiração vem do latim, e significa respirar para dentro. Ela é usada pela ARC. (Almeida Revista e Corrigida) somente duas vezes no N.T. (IITm.3:16; IIPe.1:21). Este vocábulo, embora consagrado pelo uso, e, portanto, pela teologia, não é um termo adequado, pois pode parecer que Deus tenha soprado alguma espécie de vida divina em palavras humanas. Em IITm.3:16 encontramos o vocábulo grego theopneustos que significa soprado por Deus. Portanto podemos afirmar que toda a Escritura é soprada ou expirada por Deus, e não inspirada como expressa a ARC. As Escrituras são o próprio sopro de Deus, é o próprio Deus falando (IISm.23:2). Em IIPe.1:21 este vocábulo se torna mais inadequado ainda, pois a tradução da ARC. transmite a idéia de que os homens santos foram inspirados pelo Espírito Santo. O fato é que o homem não é inspirado, mas a Palavra de Deus é que é expirada (Compare Jó.32:8; 33:4; com Ez.36:27; 37:9). A ARA. (Almeida Revista e Atualizada), porém, apesar de utilizar o termo inspiração em IITm.3:16, usa, com acerto, o verbo mover em IIPe.1:21, como tradução do vocábulo grego pherô, que significa exatamente mover ou conduzir.

Considerada esta ressalva, não devemos pender para o extremo, excluindo a autoria humana da compilação das Escrituras. Ela própria reconhece a autoria dual no registro bíblico. Em Mt.15:4 está escrito que Deus ordenou enquanto que em Mc.7:10 diz que foi Moisés quem ordenou. E muitas outras passagens há semelhantes a esta (Compare Sl.110:1 com Mc.12:36; Ex.3:6,15 com Mt.22:31; Lc.20:37 com Mc.12:26; Is.6:9,10; At.28:25 com Jo.12:39-41; Mt.1:22;2:15; At.l:16;4:25; Hb.3:7-11; Hb.9:8;10:15) Deus opera de modo misterioso usando e não anulando a vontade humana, sem que o homem perceba que está sendo divinamente conduzido, sendo que neste fenômeno, o homem faz pleno uso de sua liberdade (Pv.16:1;19:21; Sl.33:15;105:25; Ap.17:17). Desse mesmo modo Deus também usa Satanás (Compare ICr.21:1 com IISm.24:1; IRs.22:20-23), mas não retira a responsabilidade do homem (At.5:3,4), como também o faz na obra da salvação (Dt.30:19; Sl.65:4; Jo.6:44).

C) O Termo Logos: Este termo grego foi utilizado no N.T. cerca de 200 vezes para indicar a Palavra de Deus Escrita, e 7 vezes para indicar o Filho de Deus (Jo.1:1,14; IJo.1:1;5:7; Ap.19:13). Eles são para Deus o que a expressão é para o pensamento e o que a fala é para a razão, portanto o Logos de Deus é a expressão de Deus, quer seja na forma escrita ou viva (Compare Jo.14:6 com Jo.17:17).

1) Cristo é a Palavra Viva: Cristo é o Logos, isto é, a fala, a expressão de Deus.
2) A Bíblia é a Palavra Escrita: A Bíblia também é o Logos de Deus, e assim como em Cristo há dois elementos (duas naturezas), divino e humano, igualmente na Palavra de Deus estes dois elementos aparecem unidos sobrenaturalmente.

D) Provas da Inspiração: Somos acusados de provar a inspiração pela Bíblia e de provar a verdade da Bíblia pela inspiração, e, assim, de argumentar num círculo vicioso. Mas o processo parte de uma prova que todos aceitam: a evidência. Esta, primeiro prova a veracidade ou credibilidade da testemunha, e então aceita o seu testemunho. A veracidade das Escrituras é estabelecida de vários modos, e, tendo constatado a sua veracidade, ou a validade do seu testemunho, bem podemos aceitar o que elas dizem de si mesmas. As Escrituras afirmam que são inspiradas, e elas ou devem ser cridas neste particular ou rejeitadas em tudo mais.

1) O A.T. afirma sua Inspiração: (Dt.4:2,5; IISm.23:2; Is.1:10; Jr.1:2,9; Ez.3:1,4; Os.1:1; Jl.l:1; Am.1:3;3:1; Ob.1:1; Mq.1:1).
2) O N.T. afirma sua Inspiração: (Mt.10:19; Jo.14:26;15:26,27; Jo.16:13; At.2:33;15:28; ITs.1:5; ICo.2:13; IICo.13:3; IIPe.3:16; ITs.2:13; ICo.14:37).
3) O N.T. afirma a Inspiração do A.T.: (Lc.1:70; At.4:25; Hb.1:1, IItm.3:16; IPe.1:11; IIPe.1:21).
4) A Bíblia faz declarações científicas descobertas posteriormente: (Jó.26:7; Sl.135:7; Ec.1:7; Is.40:22).

E) Teorias da Inspiração: Podemos ter revelação sem inspiração (Ap.10:3,4), e podemos ter inspiração sem revelação, como quando os escritores registram o que viram com seus próprios olhos e descobriram pela pesquisa (IJo.1:1-4; Lc.1:1-4). Aqui nós temos a forma e o resultado da inspiração. A forma é o método que Deus empregou na inspiração, enquanto que o resultado indica a conseqüência da inspiração. Portanto, as chamadas teorias da intuição, da iluminação, a dinâmica e a do ditado, todas descrevem a forma de inspiração, enquanto que a teoria verbal plenária indica o resultado.

1) Teoria da Inspiração Dinâmica: Afirma que Deus forneceu a capacidade necessária para a confiável transmissão da verdade que os escritores das Escrituras receberam ordem de comunicar. Isto os tornou infalíveis em questões de fé e prática, mas não nas coisas que não são de natureza imediatamente religiosa, isto é, a inspiração atinge apenas os ensinamentos e preceitos doutrinários, as verdades desconhecidas dos autores humanos. Esta teoria tem muitas falhas: Ela não explica como os escritores bíblicos poderiam mesclar seus conhecimentos sobrenaturais ao registrarem uma sentença, e serem rebaixados a um nível inferior ao relatarem um fato de modo natural. Ela não fornece a psicologia daquele estado de espírito que deveria envolver os escritores bíblicos ao se pronunciarem infalivelmente sobre matérias de doutrina, enquanto se desviam a respeito dos fatos mais simples da história. Ela não analisa a relação existente entre as mentes divina e humana, que produz tais resultados. Ela não distingue entre coisas que são essenciais à fé e à pratica e àquelas que não são. Erasmo, Grotius, Baxter, Paley, Doellinger e Strong compartilham desta teoria.

2) Teoria do Ditado ou Mecânica: Afirma que os escritores bíblicos foram meros instrumentos (amanuenses), não seres cujas personalidades foram preservadas. Se Deus tivesse ditado as Escrituras, o seu estilo seria uniforme. Teria a dicção e o vocabulário do divino Autor, livre das idiossincrasias dos homens (Rm.9:1-3; IIPe.3:15,16). Na verdade o autor humano recebeu plena liberdade de ação para a sua autoria, escrevendo com seus próprios sentimentos, estilo e vocabulário, mas garantiu a exatidão da mensagem suprema com tanta perfeição como se ela tivesse sido ditada por Deus. Não há nenhuma insinuação de que Deus tenha ditado qualquer mensagem a um homem além daquela que Moisés trasncreveu no monte santo, pois Deus usa e não anula as suas vontades. Esta teoria, portanto, enfatiza sobremaneira a autoria divina ao ponto de excluir a autoria humana.

3) Teoria da Inspiração Natural ou Intuição: Afirma que a inspiração é simplesmente um discernimento superior das verdades moral e religiosa por parte do homem natural. Assim como tem havido artistas, músicos e poetas excepcionais, que produziram obras de arte que nunca foram superadas, também em relação as Escrituras houve homens excepcionais com visão espiritual que, por causa de seus dons naturais, foram capazes de escrever as Escrituras. Esta é a noção mais baixa de inspiração, pois enfatiza a autoria humana a ponto de excluir a autoria divina. Esta teoria foi defendida pelos pelagianos e unitarianos.

4) Teoria da Inspiração Mística ou Iluminação: Afirma que inspiração é simplesmente uma intensificação e elevação das percepções religiosas do crente. Cada crente tem sua iluminação até certo ponto, mas alguns tem mais do que outros. Se esta teoria fosse verdadeira, qualquer cristão em qualquer tempo, através da energia divina especial, poderia escrever as Escrituras. Schleiermacher foi quem disseminou esta teoria. Para ele inspiração é "um despertamento e excitamento da consciência religiosa, diferente em grau e não em espécie da inspiração piedosa ou sentimentos intuitivos dos homens santos". Lutero, Neander, Tholuck, Cremer, F.W.Robertson, J.F.Clarke e G.T.Ladd defendiam esta teoria, segundo Strong.

5) Inspiração dos Conceitos e não das Palavras: Esta teoria pressupõe pensamentos à parte das palavras, através da qual Deus teria transmitido idéias mas deixou o autor humano livre para expressá-las em sua própria linguagem. Mas idéias não são transferíveis por nenhum outro modo além das palavras. Esta teoria ignora a importância das palavras em qualquer mensagem. Muitas passagens bíblicas dependem de uma das palavras usadas para a sua força e valor. O estudo exegético das Escrituras nas línguas originais é um estudo de palavras, para que o conceito possa ser alcançado através das palavras, e não para que palavras sem importância representem um conceito. A Bíblia sempre enfatiza suas palavras e não um simples conceito (ICo.2:13; Jo.6:63;17:8; Ex.20:1; Gl.3:16).

6) Graus de Inspiração: Afirma que há inspiração em três graus. Sugestão, direção, elevação, superintendência, orientação e revelação direta, são palavras usadas para classificar estes graus. Esta teoria alega que algumas partes da Bíblia são mais inspiradas do que outras. Embora ela reconheça as duas autorias, dá margem a especulação fantasiosa.

7) Inspiração Verbal Plenária: É o poder inexplicado do Espírito Santo agindo sobre os escritores das Sagradas Escrituras, para orientá-los (conduzí-los) na transcrição do registro bíblico, quer seja através de observações pessoais, fontes orais ou verbais, ou através de revelação divina direta, preservando-os de erros e omissões, abrangendo as palavras em gênero, número, tempo, modo e voz, preservando, desse modo, a inerrância das Escrituras, e dando à ela autoridade divina.

a) Observação Pessoal: (IJo.1:1-4).
b) Fonte Oral: (Lc.l:1-4).
c) Fonte Verbal: (At.17:18; Tt.1:12; Hb.1:1).
d) Revelação Divina Direta: ( Ap.1:1-ll; Gl.1:12).
e) Gênero: (Gn.3:15).
f) Número: (Gl.3:16).
g) Tempo: (Ef.4:30; Cl.3:13).
h) Modo: (Ef.4:30; Cl.3:13).
i) Voz: (Ef.5:18)
j) Explicação dos itens e,f,g,h,i: A inspiração verbal plenária fica assim estabelecida. Em Gn.3:15 o pronome hebraico está no gênero masculino, pois se refere exclusivamente a Cristo (Ele te ferirá a cabeça...). Em Gl.3:16 Paulo faz citação de um substantivo hebraico que está no singular, fazendo, também, referência exclusiva a Cristo. Em Ef.4:30 e Cl.3:13 o verbo perdoar encontra-se, no grego, no modo particípio e no tempo presente, o que significa que o perdão judicial de Deus realizado no passado, quando aceitamos a Cristo, estende-se por toda a nossa vida, abrangendo o perdão dos pecados do passado, do presente, e do futuro (IJo.1:9 trata do perdão do pecado doméstico e não do judicial). Jesus Cristo reconheceu a inspiração verbal plenária quando declarou que nem um til (a menor letra do alfabeto hebraico) seria omitido da lei(Mt.5:18 e Lc.16:l7).

III. ILUMINAÇÃO: É a influência ou ministério do Espirito Santo que capacita todos os que estão num relacionamento correto com Deus para entender as Escrituras (I Cor.2:12; Lc.24:32,45; IJo.2:27).

A iluminação não inclui a responsabilidade de acrescentar algo às Escrituras (revelação) e nem inclui uma transmissão infalível na linguagem (inspiração) daquele que o Espirito Santo ensina.
A iluminação é diferencia
a da revelação e da inspiração no fato de ser prometida a todos os crentes, pois não depende de escolha soberana, mas de ajustamento pessoal ao Espirito Santo. Além disso a iluminação admite graus podendo aumentar ou diminuir (Ef.1:16-18; 4:23; Cl.1:9).

A iluminação não se limita a questões comuns, mas pode atingir as coisas profundas de Deus (ICo.2:10) porque o Mestre Divino está no coração do crente e, portanto, ele não houve uma voz falando de fora e em determinados momentos, mas a mente e o coração são sobrenaturalmente despertados de dentro (ICo.2:16). Este despertamento do Espírito pode ser prejudicado pelo pecado, pois é dito que o cristão que é espiritual discerne todas as coisas (ICo.2:15), ao passo que aquele que é carnal não pode receber as verdades mais profundas de Deus que são comparadas ao alimento sólido (ICo.2:15;3:1-3; Hb.5:12-14).

A iluminação, a inspiração e a revelação estão estritamente ligadas, porém podem ser independentes, pois há inspiração sem revelação (Lc.1:1-3; IJo.1:1-4); inspiração com revelação (Ap.1:1-11); inspiração sem iluminação (IPe.1:10-12); iluminação sem inspiração (Ef.1:18) e sem revelação (ICo.2:12; Jd.3); revelação sem iluminação (IPe.1:10-12) e sem inspiração (Ap.10:3,4; Ex.20:1-22). E’ digno de nota que encontramos estes três ministérios do Espirito Santo mencionados em uma só passagem (ICo.2:9-13); a revelação no versículo 10; a iluminação no versículo 12 e a inspiração no versículo 13.

IV. AUTORIDADE: Dizemos que a bíblia é um livro que tem autoridade porque ela tem influência, prestígio e credibilidade (quanto a pureza na transcrição ou tradução), por isso deve ser obedecida porque procede de fonte infalível e autorizada.

A autoridade está vinculada a inspiração, canonicidade e credibilidade, sem os quais a autoridade da Bíblia não se estabeleceria. Assim, por ser inspirado, determinado trecho bíblico possui autoridade; por ser canônico, determinado livro bíblico possui autoridade, e por ter credibilidade, determinadas informações bíblicas possuem autoridade, sejam históricas, geográficas ou científicas.

Entretanto, nem tudo aquilo que é inspirado é autorizado, pois a autoridade de um livro trata de sua procedência, de sua autoria, e, portanto, de sua veracidade. Deus é o Autor da Bíblia, e como tal ela possui autoridade, mas nem tudo que está registrado na Bíblia procedeu da boca de Deus. Por exemplo, o que Satanás disse para Eva foi registrado por inspiração, mas não é a verdade (Gn.3:4,5); o conselho que Pedro deu a Cristo (Mt.16:22); as acusações que Elifaz fez contra Jó (Jó.22:5-11), etc. Nenhuma dessas declarações representam o pensamento de Deus ou procedem dEle (procedem apenas por inspiração), e por isso não têm autoridade. Um texto também perde sua autoridade quando é retirado de seu contexto e lhe é atribuído um significado totalmente diferente daquele que tem quando inserido no contexto. As palavras ainda são inspiradas, mas o novo significado não tem autoridade.

V. CREDIBILIDADE OU VERACIDADE: Um livro tem credibilidade se relatou veridicamente os assuntos como aconteceram ou como eles são; e quando seu texto atual concorda com o escrito original.

Nesse caso credibilidade relaciona-se ao conteúdo do livro (original), e a pureza do texto atual (cópia ou tradução). Por exemplo, as palavras de Satanás em Gn.3:4,5 são inspiradas, mas não possuem autoridade, porque não é verdade, porém tem credibilidade ou veracidade (quanto a sua transcrição) porque foram registradas exatamente como Satanás disse. A veracidade das palavras de Satanás não se relacionam ao o que ele pronunciou, mas sim como ele as pronunciou.

A) Credibilidade do A.T.: Estabelecida por três fatos:

1) Autenticado por Jesus Cristo: Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele endossou grande número de ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A criação do universo por Deus (Mc.3:19), a criação do homem (Mt.19:4,5), a existência de Satanás (Jo.8:44), o dilúvio (Lc.17:26,27), a destruição de Sodoma e Gomorra (Lc.17:28-30), a revelação de Deus a Moisés na sarça (Mc.12:26), a dádiva do maná (Jo.6:32), a experiência de Jonas dentro do grande peixe (Mt.12:39,40). Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e não podia se acomodar a idéias errôneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve, portanto, ser aceito como verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como Mestre religioso.

2) Prova Arqueológica e Histórica:
a) Arqueológica: Através da arqueologia, a batalha dos reis registrada em Gn.14 não pode mais ser posta em dúvida, já que as inscrições no Vale do Eufrates "mostram indiscutivelmente que os quatro reis mencionados na Bíblia como tendo participado desta expedição não são, como era dito displicentemente, ‘invenções etnológicas’, mas sim personagens históricos reais. Anrafel é identificado como o Hamurábi cujo maravilhoso código de leis foi tão recentemente descoberto por De Morgan em Susa". (Geo. F. Wright, O Testemunho dos Monumentos à Verdade das Escrituras).

As tábuas Nuzi esclarecem a ação de Sara e Raquel ao darem suas servas aos seus maridos (Jack Finegan, Ligth from the Ancient Past = Luz de um Passado Antigo).
Os hieróglifos egípcios indicam que a escrita já era conhecida mais de 1.000 anos antes de Abraão (James Orr, The Problem of the Old Testament = O Problema do Velho Testamento).

A arqueologia também confirma o fato de Israel ter vivido no Egito, como escravo, e ter sido liberto (Melvin G. Kyle, The Deciding Voice of the Monuments = A Voz Decisória dos Monumentos).

Muitas outras confirmações da veracidade dos relatos das Escrituras poderiam ser apresentados, mas esses são suficientes e devem servir como aviso aos descrentes com relação às coisas para as quais ainda não temos confirmação; podemos encontrá-la a qualquer hora.

b) Histórica: A história fornece muitas provas da exatidão das descrições bíblicas. Sabe-se que Salmanezer IV sitiou a cidade de Samaria, mas o rei da Assíria, que sabemos ter sido Sargom II, carregou o povo para a Síria (IIRs.17:3-6). A história mostra que ele reinou de 722-705 a.C. Ele é mencionado pelo nome apenas uma vez na Bíblia (Is.20:1). Nem Beltsazar (Dn.5), nem Dario, o Medo (Dn.6) são mais considerados como personagens fictícios.

3) As Escrituras possuem Integridade:
a) Integridade Topográfica e Geográfica: As descobertas arqueológicas provam que os povos, línguas, os lugares e os eventos mencionados nas Escrituras são encontrados justamente onde as Escrituras os localizam, no local exato e sob as circunstâncias geográficas exatas descritas na Bíblia.
b) Integridade Etnológica ou Racial: Todas as afirmações bíblicas sobre raças tem sido demonstrada como corretas com os fatos etnológicos revelados pela arqueologia.
c) Integridade Cronológica: A identificação bíblica de povos, lugares e acontecimentos com o período de sua ocorrência é corroborada pela cronologia síria e pelos fatos revelados pela arqueologia.
d) Integridade Histórica: O registro dos nomes e títulos dos reis está em harmonia perfeita com os registros seculares, conforme demonstrados por descobertas arqueológicas.
e) Integridade Canônica: A aceitação pela igreja em toda a era cristã, dos livros incluídos nas Escrituras que hoje possuímos, representa o endosso de sua integridade.
Exemplares do A.T. e do N.T. impressos em 1.488 e 1.516 d.C., concordam com os exemplares atuais. Portanto a Bíblia como a possuímos hoje, já existia há 400 anos passados.

Quando essas Bíblias foram impressas, certo erudito tinha em seu poder mais de 2.000 manuscritos. Esse número é sem dúvida suficiente para estabelecer a genuinidade e credibilidade do texto sagrado, e tem servido para restaurar ao texto sua pureza original, e fornecem proteção contra corrupções futuras (Ap.22:18-19; Dt.4:2;12:32).


I - Conhecendo a Palavra da Verdade

É o estudo dos assuntos introdutórios à Bíblia. Nos estudos superiores é chamada “ISAGOGUE”, termo grego que significa “conduzir para dentro”.

Na bibliologia as Sagradas Escrituras seguem uma seqüência:

      SUA ESTRUTURA: Divisão e Classificação dos livros.

      CÂNON SAGRADO: Sua formação e transmissão até nós.

      SUA PRESERVAÇÃO E TRADUÇÃO: As línguas originais, os manuscritos e as traduções.

      HISTÓRIA GERAL DO POVO E DA BÍBLIA: Israel

      AUXÍLIOS EXTERNOS PARA A COMPREENSÃO DA BÍBLIA: Geografia bíblica, cronologia e usos e costumes dos povos bíblicos.

1-     A BÍBLIA COMO UM LIVRO:

O vocábulo bíblia significa “coleção de pequenos livros”, deriva do nome da folha de papiro preparada para a escrita – “biblos”. Um rolo de papiro pequeno era chamado “biblion” e vários destes eram “Bíblia”.


2-    PAPIRO E PERGAMINHO:

Papiro era uma planta aquática que crescia às margens dos rios, cuja entrecasca servia para a escrita, originária do Sudão, Galiléia Superior e Vale de Saron. É um tipo de junco. Do papiro deriva a palavra papel. Usa-se desde 3000 a.C. (Ex 2.3; Jó 8.11; Is 18.2)

3-    PERGAMINHO:

É a pele de animais cortida e polida, utilizada na escrita, é melhor que o papiro. (2Tm 4.13)

4-    O FORMATO PRIMITIVO DA BÍBLIA:

A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolo sendo cada livro é um rolo. Com a invenção do papel no séc. II pelos chineses e a do prelo de tipos móveis em 1450 d.C. por Gutemberg, tipógrafo alemão pode-se reunir todos os livros da Bíblia em um só. Antigamente eram feitos manuscritos pelos escribas.

5-    A ESTRUTURA DA BÍBLIA:

A Bíblia divide-se em duas partes: O Velho Testamento e o Novo Testamento. É dividida em 66 livros; 39 no V.T e 27 no N.T. Ela foi escrita num período de aproximadamente 1600 anos (16 séculos) e teve por volta de 40 escritores (homens de diferentes profissões e atividades, de vários países e épocas diferentes) que em seus escritos formam uma harmonia perfeita.

A palavra Testamento vem do grego “Diatheke” e significa: aliança ou concerto. Segundo os estudiosos da Bíblia ela possui 11.89 capítulos e 31.173 versículos divididos da seguinte forma:

CAPÍTULOS VERSÍCULOS

VELHO TESTAMENTO       929                   23214

NOVO TESTAMENTO             260                   7959

A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo após a invenção do prelo em 1452 em Mains, Alemanha ela já foi traduzida em 2261 das 6500 línguas existentes no mundo. (dados do ano de 2002).




6-    A AUTORIA DA BÍBLIA:

O autor da Bíblia é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo e seu tema central é Jesus Cristo.

7-    ESTUDANDO A BÍBLIA:

      Leia a Bíblia conhecendo o seu autor (Lc 10.39).

      Leia a Bíblia diariamente (Dt 17.19).

      Leia a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual (Tg 1.21; Lc 24.25).

      Leia a Bíblia em oração, meditando (Sl 119.12-18; 73.16,17; Dn 9.21-23; ).

      Leia a Bíblia toda (Rm 11.33,34; 1Co 13.12; Dt 29.29).

8-    PORQUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA

a)    Ela é o único manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor (1Pe 2.9; Ef 2.10).

b)    Ela alimenta nossas almas (Mt 4.4; Jr 15.16; 1Pe 2.2).

c)     Ela é o instrumento que o Espírito Santo usa (Ef 6.17; Sl 1.2; Is 1.8).

OBS: Estudar é mais que ler é aplicar a mente a um assunto, de modos sistemático e constante. Não podemos esquecer que a Bíblia é a palavra escrita e Cristo é a palavra viva (Jo 1.1).

“O homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo e praticá-la para ser santo”.

9-    A ESTRUTURA DA BÍBLIA (parte II):

      O Velho Testamento

É composto por 39 livros e foi originalmente escrito em hebraico, com alguns pequenos trechos em aramaico (língua que Israel trouxe do exílio babilônico).

Os 39 livros estão classificados e m 4 grupos:

-      Lei

-      História

-      Poesia

-      Profecia

a)    Lei: São os cinco primeiros livros (Pentateuco); Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.

b)    História: São 12 livros, de Josué a Ester, dividi-se em:

-      Teocracia: Sob os juízes.

-      Monarquia: Sob Saul, Davi e Salomão.

-      Divisão do Reino e Cativeiro: Relaciona os reis de Judá e Israel quando foram levados cativos para a Babilônia e Assíria respectivamente.

-      Pós-Cativeiro: Sob Zorobabel, Esdras e Neemias em conjunto com os profetas seus contemporâneos.

-      Poesia: São 5 livros de Jó a Cantares de Salomão, são chamados ‘poéticos’.

-      Profecia: São 17 livros de Isaías a Malaquias. Estão subdivididos em:

1-     Profetas Maiores: Isaías a Daniel (5 livros).

2-    Profetas Menores: Oséias a Malaquias (12 livros).

ANTIGO TESTAMENTO

PENTATEUCO    LIVROS HISTÓRICOS      LIVROS

POÉTICOS    LIVROS PROFÉTICOS

Os 5 livros de Moisés  12 livros 5 livros   5 dos profetas maiores

12 dos profetas menores

      O Novo Testamento:

É composto de 27 livros. Foi escrito em grego, não no grego clássico dos eruditos, mas no do povo comum, cha,ado koiné. Também estão classificados em 4 grupos conforme o assunto a que pertencem:



-      Biografia

-      História

-      Epístolas

NOVO TESTAMENTO

OS EVANGELHOS

(Biografia)    ATOS DOS APÓSTOLOS

(História)      EPÍSTOLAS

(21) O APOCALIPSE

(Profecia)

4 livros sobre a vida de Jesus.  1 livro sobre a história da Igreja Primitiva. Epístolas Paulinas, Gerais e Hebreus. 1 livro profético

-      Profecia

1.     Biografia: São os 4 evangelhos, os três primeiros são chamados Sinópticos devido ao paralelismo que há entre eles.

2.     História: É o Livro de Atos dos Apóstolos, registra a história da Igreja primitiva, seu viver, a propagação do Evangelho; tudo através do Espírito Santo.

3.     Epístolas: são 21 Cartas vão de Romanos a Judas, elas contém a Doutrina da Igreja.

-      9 são dirigidas a igrejas (de Romanos a 2Tessalonicenses).

-      4 são dirigidas a indivíduos (duas a Timóteo, uma a Tito e outra a Filemon).

-      1 é dirigida aos hebreus cristãos.

-      7 são dirigidas a todos, indistintamente (Tg, 1 e 2Pe; 1, 2 e 3Jo e Judas). Estas são também chamadas “Universais”, “católicas” ou “Gerais”, apesar de duas delas (2 e 3 João) serem dirigidas a pessoas.

4.    Profecia: É o Livro de Apocalipse ou Revelação. Trata da volta pessoal do Senhor Jesus à terra e das coisas que precederão a esse glorioso evento. Nesse livro vemos o Senhor Jesus vindo com Seus santos para:

-      Destruir o poder gentílico de mundial sobre o controle da Besta.

-      Livrar a Israel, que estará no centro da Grande Tribulação.

-      Julgar as nações.

-      Estabelecer Seu reino milenial.

II - Conhecendo a Palavra da Verdade

O Cânon da Bíblia

“Cânon” ou “Escrituras Canônicas” é a coleção completa dos livros divinamente inspirados, constituindo a Bíblia.

Cânon é a palavra grega Kanon, que por sua vez, se origina do hebraico Kaneh, que significa literalmente vara reta de medir, assim como uma régua de carpinteiro. No antigo Testamento o termo aparece no original em passagens como Ezequiel 40.5.

No sentido religioso, Cânon não significa aquilo que mede, mas aquilo que serve de norma, regra. Com este sentido a palavra Cânon aparece no original em vários lugares do Novo Testamento (Gl 6.16; 2Co 10.13, 15; Fp 3.16).

A Bíblia como Cânon Sagrado é a nossa norma ou regra de fé e prática. Diz-se dos livros da Bíblia que são canônicos para diferenciá-los dos apócrifos. O emprego do termo cânon foi primeiramente aplicado aos livros da Bíblia por Orígenes (185-254 d.C). A canonização é o processo pelo qual a Bíblia recebeu sua aceitação definitiva.

Canonicidade é o estudo que trata do reconhecimento e da copilação dos textos Sagrados que nos foram dados por Deus.

Os livros da Bíblia são considerados valiosos porque provieram de Deus – fonte de todo bem. O processo mediante o qual Deus nos concede sua revelação chama-se inspiração. É a inspiração de Deus num livro que determina sua canonicidade.

O Cânon do Antigo Testamento

O Cânon do Antigo Testamento como temos atualmente, ficou completo desde o tempo de Esdras, após 445 a.C. Entre os judeus, ele tem três divisões, as quais Jesus citou em Lucas 24.44: Lei, Profetas e Escritos (Salmos).

A divisão dos livros no cânon hebraico é diferente da nossa. Dá 24 livros em vez dos nossos 39, isto porque são considerados um só livro, cada grupo dos seguintes:

Os dois de Samuel    1
Os dois de Reis    1
Os dois de Crônicas    1
Os dois de Esdras e Neemias    1
Os doze Profetas Menores    1
Os demais livros do Antigo Testamento    19
Total    24

A disposição ou ordem dos livros no cânon hebraico é também diferente da nossa. Daremos a seguir essa disposição dentro da tríplice divisão do cânon já mencionada (Lei, Profetas e Escritos).

Lei    5
livros    Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.

Profetas    8
livros    Primeiros Profetas: Josué, Juízes, Samuel, e Reis.
Últimos Profetas: Isaías, Jeremias, Ezequiel, e os doze Profetas menores.

Escritos    11
livros    Livros poéticos: Salmos, Provérbios e Jó.
Os Cinco Rolos: Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester.
Livros Históricos: Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas.

Os Cinco Rolos eram assim chamados por serem separados, lidos anualmente em festas distintas:
    Cantares: na Páscoa, em alusão ao êxodo.
    Rute: no Pentecostes, na Celebração da Colheita em seu início.
    Ester: na Festa do Purim, comemorando o Livramento de Israel da mão do mau Hamã.
    Eclesiastes: na Festa dos Tabernáculos – Festa de gratidão pela colheita.
    Lamentações: no mês de abibe, relembrando a destruição de Jerusalém pelos babilônicos.

No cânon hebraico os livros não estão em ordem cronológica. Os judeus não se preocupavam com um sistema cronológico. Também pode haver nisto um plano divino.

A nossa divisão tem 39 livros vem da Septuaginta, através da Vulgata Latina. A Septuaginta foi a primeira tradução das Escrituras, feita do hebraico para o grego cerca de 285 a.C. Também a ordem dos livros por assuntos, do formato da Bíblia atual, vem da famosa tradução.

A Formação do Cânon do Antigo Testamento

O cânon do Antigo Testamento foi formado num período aproximado de 1046 anos – de Moisés a Esdras. Moisés escreveu as primeiras palavras do Pentateuco por volta de 1491 a.C. Esdras entrou em cena 445 a.C. Esdras não foi o último escritor na formação canônica do Antigo Testamento; os últimos foram Neemias e Malaquias, porém, de acordo com os escritos históricos, ele como escriba e sacerdote reuniu os rolos canônicos, ficando o cânon encerrado em seu tempo.

A chamada Alta Crítica tem feito uma devastação com seu modernismo e suas contradições no que concerne à formação, fontes de autenticidade do cânon, especialmente do Antigo Testamento, mutilando quase todos os seus livros. Alta Crítica é a discussão das datas e da autoria dos livros. Ela estuda a Bíblia do lado de fora, externamente, baseada apenas em fontes do conhecimento humano. Por outro ângulo, a Crítica textual, também conhecida por Baixa Crítica, estuda somente o texto bíblico,e, ao lado da arqueologia, vem alcançando um progresso valioso, posto à disposição do estudante das Escrituras.

A formação gradual do Cânon

Houve, originalmente, a transmissão oral, como se vê em Jó 15.18. O livro de Jó é tido mais antigo da Bíblia. Observe a seqüência da formação gradual do cânon do Antigo Testamento.

Moisés    Começou a escrever o Pentateuco por volta de 1491 a.C, concluindo-o em 1451 (Nm 33.2).

Josué    (1443 a.C) Sucessor de Moisés, escreveu uma obra que colocou perante o Senhor (Js 24.26).

Samuel    (1095 a.C) o último juiz e também profeta do Senhor (1Sm 10.25).

Isaías    (770 a.C) fala do “Livro do Senhor” (Is 34.16), e “Palavras do Livro” (Is 29.18).

Salmos    Em 726 a.C. os Salmos já eram cantados (2Cr 29.30).

Jeremias    Cuja chamada deu-se em 626 a.C., registrou a revelação divina. (Jr 30.1,2).

Rei Josias    No tempo do rei Josias 621 a.C, Hilquias achou o Livro da Lei (2Rs 22.8-10).

Daniel    (553 a.C) redere-se aos livros. Eram os rolos sagrados das Escrituras de então (Dn 9.2).

Zacarias    (520 a.C) declara que os profetas que o precederam falaram da parte do Espírito Santo (Zc 7.12)

Ester    Nos dias de Ester o Livro Sagrado estava sendo escrito (Et 9.32)

Esdras    Contemporâneo de Neemias e foi hábil escriba da Lei de Moisés (Ne 8.1-5).
Miquéias e
Isaías    Encontramos profeta citando outro profeta, do que se infere haver mensagem escrita.

(Mq 4.1-3 e Is 2.2-4)
Filo     Escritor de Alexandria (30 a.C. – 50 d.C.) possuía todo o cânon do Antigo Testamento.

Josefo    Historiador judeu (37-100 d.C.) contemporâneo de Paulo.

Antigo Testamento    Nos dias do Senhor, esse livro chamava-se Escrituras, com as suas três conhecidas divisões: Lei, Profetas e Salmos. (Mt 26.54; Lc 24.27,45; Jo 5.39).

Reconhecimento    Os escritores do Novo Testamento reconhecem como canônicos os Livros do Antigo Testamento, há cerca de 300 referências diretas e indiretas.

Data do reconhecimento    Em 90 d.C. em Jâmnia, perto da moderna Jope, em Israel, os rabinos, num concílio sob a presidência de Johanan Ben Zakai, reconheceram o cânon do Antigo Testamento.

A Formação do Cânon do Novo Testamento

Semelhante ao Antigo Testamento, homens inspirados por Deus escreveram aos poucos os livros que compõem o cânon do Novo Testamento. Sua formação levou apenas duas gerações: quase 100 anos. Em 100 d.C. todos os livros do Novo Testamento estavam escritos. O que demorou foi o reconhecimento canônico. Há também livros mencionados no Novo Testamento até agora desaparecidos (1Co 5.9; Cl 4.16).

A ordem dos 27 livros do Novo Testamento, como é atualmente em nossas Bíblias, vem da Vulgata, e não leva em conta a seqüência cronológica

As Epístolas de Paulo

Foram os primeiros escritos no Novo Testamento. São 13: de Romanos a Filemom. Foram escritas entre 52 e 67 d.C. Pela ordem cronológica, o primeiro livro do Novo Testamento é 1Tessalonicenses, escrito em 52 d.C., 2Timóteo foi escrita em 67 d.C pouco antes do martírio do apóstolo Paulo em Roma, esses livros foram os primeiros tidos como canônicos. Pedro chama os escritos de Paulo de “Escrituras” – título aplicado somente à palavra inspirada de Deus! (2Pe 3.15,16).

Os Atos dos Apóstolos

Escrito e 63 d.C., no fim dos dois anos da primeira prisão de Paulo em Roma (At 28.30).

OS EVANGELHOS

Estes, a princípio, foram propagados oralmente. Não havia perigos de enganos e esquecimento porque era o Espírito Santo quem lembrava tudo e Ele é infalível (Jo 14.26). Os Sinópticos foram escritos entre 60 a 65 d.C. Entre Lucas e João foram escritas quase todas as epístolas. Note-se que Paulo chama Mateus e Lucas de Escrituras ao citá-los em 1Tm 5.18. As Epístolas de Hebreus a Judas, foram escritas entre 68 e 90 d.C.

O APOCALIPSE

Foi escrito em 96 d.C., durante o governo do imperador Domiciano. Muitos livros antes de serem finalmente reconhecidos como canônicos foram duramente debatidos. Houve muita relutância quanto às epístolas de Pedro, João e Judas bem como quanto ao Apocalipse. Tudo isto tão-somente revela o cuidado da Igreja e também a responsabilidade que envolvia a canonização.

Antes do ano 400 d.C., todos os livros estavam aceitos. Em 367, Atanásio, patriarca de Alexandria, publicou uma lista dos 27 livros canônicos, os mesmos que hoje possuímos; essa lista foi aceita pelo Concílio de Hipona (África) 393.

Data do reconhecimento e fixação do cânon do Novo Testamento

Ocorreu no III Concílio de Cartago, em 397 d.C. Nessa ocasião, foi definitivamente reconhecido e fixado o cânon do Novo Testamento. Como podemos ver houve um amadurecimento de 400 anos.

Dão testemunho da existência de livros do Novo Testamento, em seu tempo, os seguintes cristãos primitivos, cujas vidas coincidiram com as dos apóstolos ou com os discípulos destes:

    Clemente de Roma: na sua carta aos Coríntios, em 95 d.C. cita vários livros do Novo Testamento.
    Policarpo: na sua carta aos Filipenses, cerca de 110 d.C., cita diversas epístolas de Paulo.
    Inácio: por volta de 110 d.C., cita grande número de livros em seus escritos.
    Justino Mártir: nascido no ano da morte de João, escrevendo em 140 d.C., cita diversos livros do Novo Testamento.
    Irineu: (130-200 d.C.), cita a maioria dos livros do Novo Testamento, chamando-os de Escrituras.
    Orígenes: (185-200 d.C.), homem erudito, piedoso e viajado, dedicou a sua vida ao estudo da Escrituras, em seu tempo, os 27 livros já estavam completos; ele os aceitou, embora com dúvida sobre alguns: Hebreus, Tiago, 2Pedro, 2 e 3João.

Os Livros Apócrifos

Nas Bíblias de edição católico-romana, o total de livros é 73, porque essa igreja, desde o Concílio de Trento, em 1546, inclui no cânon do Antigo Testamento 7 livros apócrifos, além de 4 acréscimos ou apêndices canônicos, acrescentando ao todo, 11 escritos apócrifos.

A palavra apócrifo significa, literalmente, escondido, oculto, isto em referencia a livros que tratava de coisas secretas, misteriosas, ocultas. No sentido religioso o termo significa não genuíno ou espúrio, desde a sua aplicação por Jerônimo.Os apócrifos foram escritos entre Malaquias e Mateus, ou seja, entre o Antigo e o Novo Testamento, numa época em que cessara por completo a revelação divina; isto basta para tirar-lhes a canonicidade.

Josefo rejeitou-os totalmente, nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte do cânon hebraico. Jamais foram citados por Jesus nem foram reconhecidos pela Igreja Primitiva. Jerônimo, Agostinho, Atanásio, Júlio Africano e outros homens de valor para os cristãos primitivos, opuseram-se a eles na qualidade de livros inspirados.

Apareceu pela primeira vez na Septuaginta, a tradução do Antigo Testamento feita do hebraico para o grego. Quando Jerônimo traduziu a Vulgata, no início do século V (405 d.C.), incluiu os apócrifos oriundos da Septuaginta, através da antiga Versão Latina, de 170 d.C. porque isso lhe foi ordenado, mas recomendou que esses livros não poderiam servir como base doutrinária.

São 14 os escritos apócrifos: 10 livros e 4 acréscimos a livros. Antes do Concílio de Trento, a Igreja Romana aceitava todos, mas depois passou a aceitar apenas 11: 7 livros e 4 acréscimos. A igreja ortodoxa grega mantém os 14 até hoje.

Os livros apócrifos são:

1.    Tobias: (após o livro canônico de Esdras);
2.     Judite: (após o livro de Tobias);
3.    Sabedoria de Salomão: (após o livro canônico de Cantares);
4.    Eclesiástico: (após o livro de Sabedoria);
5.    Baruque: (após o livro canônico de Jeremias);
6.    1Macabeu: (após o livro canônico de Malaquias);
7.    2Macabeus: (após o livro de 1Macabeus);

Os quatro acrécimos ou apêndices são:

1.    Ester: (Et 10.4; 16.24);
2.    Cântico dos três Santos Filhos: (Dn 3.24-90);
3.    A história de Suzana: (Dn 13);
4.    Bel e o Dragão: (Dn 14).

O Cardeal Pallavacini, em sua História Eclesiástica, declara que em pleno concílio, 40 Bispos, dos 49 presentes, travaram luta corporal agarrados às barbas e batinas uns dos outros. Foi neste ambiente espiritual que os apócrifos foram aprovados.

A primeira edição da Bíblia romana com os apócrifos deu-se em 1592, com a autorização do Papa Clemente VIII. Os reformadores protestantes publicaram a Bíblia com os apócrifos colocando-se entre o Antigo e Novo Testamento; não como livros canônicos, mas bons pra leitura e de valor literários e históricos. Isto continuou até 1629. A famosa versão inglesa King James, de 1611, ainda os conservou.

Após 1629, os evangélicos os omitiram de vez nas Bíblias editadas, para evitar confusão entre o povo simples que nem sempre sabe discernir entre um livro canônico e um apócrifo. Entre os católicos corre a versão de que as Bíblias de edição protestante são falsas. Quem, contudo, comparar a Bíblia editada pelos evangélicos com a editada pelos católicos há de concordar em que as duas são iguais, exceto na linguagem e estilo, que são peculiares a cada tradução.

O estudante da Bíblia deve estar acautelado, concernente aos livros canônicos e apócrifos em geral:

   Os 39 livros canônicos do Antigo Testamento são chamados de protacanônicos pelos católicos.
    Os 7 livros que chamamos de apócrifos, são chamados de deuterocanônicos pelos católicos.
    Os livros que chamamos de pseudo-epigráficos, são chamados de apócrifos pelos católicos.

A respeito dos livros apócrifos, seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que tiverem, não são canônicos, comprova-se pelos seguintes fatores:

    A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos;
    Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do Novo Testamento.
    A maioria dos primeiros grandes pais da Igreja rejeitou sua canonicidade;
    Nenhum concílio da Igreja os considerou canônicos senão no final do século IV;
    Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata, rejeitou fortemente os livros apócrifos.
    Muitos estudiosos católicos romanos, ainda ao longo da Reforma, rejeitaram os livros apócrifos.
    Nenhuma Igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante, até a presente datas, reconheceu os apócrifos como inspirados e canônicos, no sentido integral dessas palavras.

Segundo os critérios elevados de canonicidade, verificamos que aos livros apócrifos faltam os seguintes aspectos:

    Os apócrifos não reivindicam ser proféticos;
    Não detém a autoridade de Deus;
    Contêm erros históricos (v. Tobias 1.3-5 e 14.11) e graves heresias teológicas, como a oração pelos mortos (2Macabeus 123.45,46;4);
    Embora seu conteúdo tenha algum valor para a edificação nos momentos devocionais, na maior parte se trata de texto repetitivo; são textos que já se encontram nos livros canônicos;
    Há evidente ausência de profecia, o que não ocorre nos livros canônicos;
    Os apócrifos nada acrescentam ao nosso conhecimento das verdades messiânicas;
    O povo de Deus, a quem os apócrifos teriam sido originariamente apresentados, recusou-os terminantemente.

III -Conhecendo a Palavra da Verdade

O que é Inspiração Divina?

É a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura.
Não podemos confundir revelação com inspiração. Enquanto a revelação é o ato pelo qual Deus torna-se conhecido pelos homens, a inspiração diz respeito ao modo como os homens recebem e transmitem essa revelação.
As Escrituras tanto falam da inspiração do escritor quanto da inspiração do escrito: um é o agente, o outro é o efeito.
Embora a palavra inspiração seja usada apenas uma vez no Novo Testamento (2Tm 3.16) e outra no Antigo Testamento (Jó 32.8), o processo pelo qual Deus transmite sua mensagem autorizada ao homem é apresentado de muitas maneiras.



DEFINIÇÃO TEOLÓGICA DA INSPIRAÇÃO

A Bíblia que é inspirada, e não seus autores humanos. O adequado, então, é dizer que: o produto é inspirado, os produtores não. Tal sentido mais amplo inclui o processo total porque alguns homens, movidos pelo Espírito Santo, enunciaram e escreveram palavras emanadas da boca do Senhor; e, por isso mesmo, palavras dotadas da autoridade divina. É esse processo total da inspiração que contém os três elementos essenciais: a causalidade divina, a mediação prof´rtica e a autoridade escrita.

Causalidade divina

Deus é a Fonte Primordial da inspiração da Bíblia. O elemento divino estimulou o elemento humano. Primeiro Deus falou aos profetas e, em seguida, aos homens, mediante esses profetas. Deus revelou-lhes certas verdades da fé, e esses homens de Deus as registraram. O primeiro fator fundamental da doutrina da inspiração bíblica, e o mais importante, é que Deus é fonte principal e a causa primeira da verdade bíblica.

Mediação profética

Os profetas que escreveram as Escrituras não eram autômatos. Eram algo mais que meros secretários preparados para anotar o que se lhes ditava. Escreveram segundo a intenção total do coração, segundo a consciência que os movia no exercício normal de sua tarefa, com seus estilos literários e seus vocabulários.





Autoridade escrita

O produto final da autoridade divina em operação por meio dos profetas, como intermediários de Deus, é a autoridade escrita de que se reveste a Bíblia.
Em suma, a definição adequada de inspiração precisa ter três fatores fundamentais: Deus, o causador original, os homens de Deus, que serviram de instrumentos, e a autoridade escrita, ou Sagradas Escrituras, que são o produto final.

A Natureza da Inspiração

O elo da cadeia comunicativa “de Deus para nós” chama-se inspiração. Há diversas teorias sobre a inspiração. Algumas não se coadunam com o ensino bíblico. Nosso propósito, portanto tem dois aspectos.

* Examinar teorias sobre inspiração.
* Apurar o que está implícito no ensino da Bíblia a respeito de sua própria inspiração.
Teorias sobre a Inspiração Divina

Teorias a respeito da inspiração bíblica têm variado segundo as características de três movimentos teológicos.


* A ortodoxia
* O modernismo
* Neo-ortodoxia


Historicamente sempre prevaleceu a visão ortodoxa, a saber: a Bíblia é a Palavra de Deus. Surgindo o modernismo, muitos vieram a crer que a Bíblia meramente contém a Palavra de Deus. Recentemente, sob a influência do existencialismo contemporâneo, os teólogos neo ortodoxos ensinam que a Bíblia torna-se a Palavra de Deus quando o indivíduo tem um encontro pessoal com Deus em suas páginas.

* Ortodoxia – A Bíblia é a Palavra de Deus

Teólogos ortodoxos ao longo dos séculos vêm ensinando, todos de comum acordo, que a Bíblia foi inspirada verbalmente, isto é, o registro escrito por inspiração de Deus. No entanto, tem havido tentativas de procurar explicação para o fato de o registro escrito ser a Palavra de Deus e ao mesmo tempo em que o Livro foi composto por autores humanos, dotados de estilos diferentes; essas tentativas conduziram os estudiosos ortodoxos a duas opiniões divergentes.
Alguns abraçaram a idéia do “ditado verbal”, afirmando que os autores humanos da Bíblia registraram apenas o que Deus lhes havia ditado, palavra por palavra. Outros estudiosos preferiam a teoria do “conceito inspirado”, segundo qual Deus só concedeu aos autores pensamentos inspirados, e estes tiveram liberdade de revesti-los com palavras próprias.

* Modernismo – A Bíblia contém a Palavra de Deus

Opondo-se à opinião ortodoxa tradicional que a Bíblia é a Palavra de Deus, os modernistas ensinam que a Bíblia meramente contém a Palavra de Deus. Certas partes dela são divinas, expressam a verdade, outras são obviamente humanas e apresentam erros.
Tais autores acham que a Bíblia foi a vítima de sua época, como acontece a qualquer livro. Afirmam que ela teria incorporado muito das lendas, dos mitos e das falsas crenças relacionadas à ciência.
Alguns modernistas afirmam que os homens que escreveram a Bíblia tiveram apenas uma intuição, dizendo que houve apenas manifestação do conhecimento natural da verdade.

* Neo-Ortodoxia – A Bíblia torna-se a Palavra de Deus

No início do século XX, a reviravolta nos acontecimentos mundiais e a influência do pai dinamarquês do existencialismo, Soren Kierkegaard, deram origem a uma nova reforma na teologia européia. Estudiosos começaram a voltar-se de novo para as Escrituras, a fim de ouvir nelas a voz de Deus. Sem abrir mão de suas opiniões críticas a respeito da Bíblia, começaram a levar a Bíblia a sério, por ser a fonte da revelação de Deus aos homens.
Criando um novo tipo de ortodoxia, afirmavam que Deus fala aos homens, mediante a Bíblia. À semelhança das outras teorias a respeito da inspiração da Bíblia, a neo-ortodoxia desenvolveu duas correntes. Na extremidade mais importante estavam os demitizadores, que negam todo e qualquer conteúdo religioso importante, factual ou histórico, nas páginas da Bíblia, e crêem apenas na preocupação religiosa existencial sobre a qual desenvolve os mitos. Na outra, procuram preservar a maior parte dos dados factuais e históricos das Escrituras, mas sustentam que a Bíblia de modo algum é revelação de Deus.

TEORIAS FALSAS INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

1.    Teoria da Inspiração Mecânica ou do Ditado

* Formulação do Conceito: O autor bíblico é um instrumento passivo na transmissão da revelação de Deus. A personalidade do autor é posta de lado para preservar o texto de aspectos humanos falíveis.

* Objeções ao Conceito: Se Deus houvesse ditado a Escritura, o estilo, o vocabulário e a redação seria uniformes. Mas a Bíblia indica diferentes personalidades e modos de expressão nos seus escritores.

2.    Teoria da Inspiração Parcial

* Formulação do Conceito: A inspiração diz respeito apenas às doutrinas das Escrituras que não podiam ser conhecidas pelos autores humanos. Deus proporcionou as idéias e tendências gerais da revelação, mas deu ao autor humano, liberdade na maneira de expressá-la.

* Objeções ao Conceito: Não é possível inspirar idéias gerais de modo infalível sem inspirar as palavras da Escritura. A maneira como as palavras de revelação foram dadas aos profetas e o grau de conformidade às próprias palavras da Escritura por parte de Jesus e dos escritores apostólicos indicam a inspiração de todo o texto bíblico, até das palavras.

3.    Teoria da Inspiração – Graus de Inspiração

* Formulação do Conceito: Certas partes da Bíblia são mais inspiradas que outras, ou inspiradas de modo diferente. Essa concepção admite erros de diferentes tipos nas Escrituras.

* Objeções ao Conceito: Não se encontra no texto nenhuma sugestão de graus de inspiração (2Tm 3.16). Toda a Escritura é incorruptível e não pode falhar (Jo 10.35; 1Pe 1.23).

4.    Teoria da Inspiração da Intuição ou Natural

* Formulação do Conceito: Indivíduos talentosos dotados de excepcional percepção foram escolhidos por Deus para escreverem a Bíblia. A inspiração é semelhante a uma habilidade artística ou a talento.

* Objeções ao Conceito: Esta concepção torna a Bíblia não muito diferente de outras obras literárias religiosas ou filosóficas inspiradoras. O texto bíblico afirma que a Escritura vem de Deus por meio de homens (2Pe 1.20,21).

5.    Teoria da Inspiração da Iluminação ou Mística

* Formulação do Conceito: Os autores humanos foram capacitados por Deus a redigirem a Escritura. O Espírito Santo intensificou as suas capacidades normais.

* Objeções ao Conceito: O ensino bíblico indica que a revelação veio por meio de comunicações divinas especiais, e não por meio de capacidades humanas intensificadas. Os autores humanos expressam as próprias palavras de Deus, e não simplesmente as suas próprias palavras.

6.    Teoria da Inspiração Verbal, Plenária

* Formulação do Conceito: Elementos tanto divinos quanto humanos estão presentes na produção da Escritura. Todo o texto da Escritura, inclusive as próprias palavras, é um produto da mente de Deus expresso em termos e condições humanas.

* Objeções ao Conceito: Se toda palavra da Escritura fosse uma palavra de Deus, então não existiria o elemento humano que se observa na Bíblia.

A TEORIA CORRETA DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

* Formulação do Conceito: É chamada de Teoria da Inspiração Plenária ou Verbal. Ela ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas; que os escritores não funcionaram quais máquinas inconscientes; que houve cooperação vital e contínua entre eles e o Espírito de Deus que os capacitava. Afirma que homens santos escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém sob uma tão poderosa do Espírito Santo, que o que eles escreveram foi a Palavra de Deus.

O ENSINO BÍBLICO A RESPEITO DA INSPIRAÇÃO

Objeções têm sido levantadas contra as teorias da inspiração, partindo de diferentes concepções, com variados graus de legitimidade, independentemente do ângulo de observação da pessoa que as formula. Visto que o objetivo deste estudo é levar o leitor a compreender o caráter da Bíblia; o critério analítico que escolhemos, visa avaliar essas teorias, levando em consideração o que as Escrituras revelam a respeito de sua própria inspiração.
A Bíblia declara ser um livro dotado de autoridade divina, resultante de um processo pelo qual, homens movidos pelo Espírito Santo escreveram textos inspirados (soprados) por Deus. Vamos agora examinar em minúcias o que significa essa declaração.

* A inspiração plena e verbal da Bíblia;
* A inspiração e inerrância das Escrituras.

Quando dizemos inspiração verbal é para denotar cada palavra, e, inspiração plena, para dar o sentido de completo, inteiro; o que contraria o conceito de inspiração parcial.

* Compreendendo a Inspiração Divina

Para que sua palavra chegasse a nós, Deus usou homens, que foram auxiliados e diretamente assistidos pelo Espírito Santo, a fim de não permitir que eles cometessem erros quando escreviam o registro fiel e verdadeiro da Palavra de Deus.
Eram homens cheios de fraquezas, dúvidas, negações, divergências, etc, mas quando estavam sob a atuação do Espírito de Deus, jamais falharam nas mãos de Deus.
Com inspiração queremos dizer que os manuscritos originais da Bíblia nos foram concedidos pela revelação de Deus, exatamente por isso, detêm a absoluta autoridade de Deus, para formar o pensamento e a vida cristã. Isso significa que tudo quanto a Bíblia ensina constitui tribunal de apelação infalível.

* A Inspiração é verbal

As Escrituras do Antigo Testamento são continuamente mencionadas como Palavra de Deus. No célebre sermão da montanha, Jesus declarou que não só as palavras, mas até mesmo os pequeninos sinais diacríticos de uma palavra hebraica vieram de Deus.
Portanto, o que se diz como teoria a respeito da inspiração das Escrituras, fica bem claro que a Bíblia reivindica para si mesma toda a autoridade verbal ou escrita.
Inspiração verbal significa que, na preparação das Santas Escrituras, a superintendência do Espírito Santo se estende às próprias palavras empregadas. As Escrituras constantemente afirmam que as suas palavras foram dadas ou dirigidas pelo Espírito Santo (At 28.25; 1Co 2.13; 2Pe 1.21).

* A Inspiração é plena

A inspiração plena da Bíblia é um fato incontestável porque assuntos vitais como expiação, salvação, ressurreição, recompensas e castigo futuros requerem a direção de um Espírito infalível a fim de se evitarem informações que levem ao erro. Inspiração plena significa que toda a Bíblia é inspirada em todas as suas partes.
Na verdade, os escritores bíblicos escreveram suas mensagens com palavras de seu próprio vocabulário, porém, inspirados e influenciados pelo Espírito Santo. Ele guiou os escritores na escolha das palavras de acordo com a personalidade e o contexto cultural de cada um. Apesar de conter palavras humanas, a Bíblia é a Palavra de Deus.
A teologia modernista não aceita a doutrina sobre a inspiração plenária da Bíblia. Eles concordam em aceitar que as idéias ou pensamentos da Bíblia podem ser inspirados, mas que as palavras usadas, no texto, são um produto de autores, os quais estão sujeitos a erros.

* Rejeitamos toda a crítica contra a Bíblia, porque Jesus considerou as Escrituras como “Palavra de Deus” (Mc 7.13).

* Rejeitamos a crítica modernista, contra a veracidade da Bíblia, porque seria uma ofensa contra Deus que é perfeito (Mt 5.48), afirmar que a sua Palavra contém erros e mentiras.

* A palavra da “Ciência” também nunca é a última “palavra”. Um grande teólogo alemão, A. Luescher constatou em uma de suas obras, que no ano de 1850 os críticos contra a Bíblia apresentaram 700 argumentos científicos contra a veracidade da Bíblia. Hoje, 600 destes argumentos já foram deixados por descobertas mais atualizadas.

Negar a inspiração plena das Escrituras, portanto é desprezar o testemunho fundamental de Jesus Cristo (Mt 5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.25-27,44,45; Jo 10.35), do Espírito Santo (Jo 15.26; 16.13; 1Co 2.12,13, 1Tm 4.1) e dos apóstolos (2Tm 3.16;2Pe 1.20,21).
* A Inspiração atribui autoridade

O termo “Escritura”, conforme se encontra em 2Tm 3.16 refere-se principalmente aos escritos do Antigo Testamento (2Tm 3.15). Há evidências, porém, que os escritos do Novo Testamento já eram considerados escritura divinamente inspirada por volta do período em que Paulo escreveu 2Timóteo (1Tm 5.18, cita Lc 10.7; 2Pe 3.15,16).
A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata da salvação, valores éticos ou morais, como também está isenta de erro em tudo aquilo que ela trata inclusive a história e o cosmos (2 Pe 1.20,21).
Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu Espírito, Deus, sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro (2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21; 1Co 2.12,13).
A inspirada Palavra de Deus é a expressão da sabedoria e do caráter de Deus e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em Cristo (Mt 4.4; Jo 6.63; 2Tm 3.15; 1Pe 2.2). A Bíblia Sagrada é um testemunho infalível e verdadeiro de Deus, na sua atividade salvívica a favor da humanidade em Cristo Jesus.
Na Igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as questões; de ensino, repreensão, correção, doutrina e instrução na justiça (2Tm 3.16,17).
Se a Bíblia fosse um livro originado pelo homem, ela não poria a descoberto as faltas e falhas dele. Os homens jamais teriam produzido um livro como a Bíblia, que só dá toda a glória a Deus enquanto mostra a fraqueza do homem. A Bíblia tanto diz que Davi era um homem segundo o coração de Deus (At 13.22), como também revela seus pecados como vemos nos Livros de Reis, Crônicas e Salmos. É também o caso da embriaguez de Noé, a dissimulação de Abraão, o caso de Ló, idolatria e luxúria de Salomão. Nada disto está escrito para imitarmos, mas para nossa admoestação e para provar a imparcialidade da Bíblia. É ela o único Livro assim.
O homem jamais escreveria um livro como a Bíblia, que põe em relevo as fraquezas e defeitos humanos.

ECLESIOLOGIA
(A DOUTRINA DA IGREJA) 

A) Terminologia:

Bíblia - Derivado de biblion, “rolo” ou “livro” (Lc 4.17) Escrituras - Termo usado no Novo Testamento para, os livros sagrados do A.T., que eram considerados inspirados por Deus (2Tm 3.16; Rm 3.2). Também é usado no N.T. com referência a outras porções do N.T. (2Pe 3.16) Palavra de Deus - Usada em relação a ambos os testamentos em sua forma escrita (Mt 15.6; Jo 10.35; Hb 4.12)

B) Atitudes em Relação à Bíblia:

Racionalismo -

a. Em sua forma extrema nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural. b. Em sua forma moderada admite a possibilidade de revelação divina, mas essa revelação fica sujeita ao juízo final da razão humana.

Romanismo -

A Bíblia é um produto da igreja; por isso a Bíblia não é a autoridade única ou final. Misticismo - A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia. Neo-ortodoxia - A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra, Cristo. Seitas - A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada uma possuem igual valor. Ortodoxia - A Bíblia é a nossa única base de autoridade.

C) As Maravilhas da Bíblia:

1) Sua formação: levou cerca de 1500 anos. 2) Sua Unidade: Tem cerca de 40 autores, mas é um só livro. 3) Sua Preservação. 4) Seu Assunto. 5) Sua Influência.

II. REVELAÇÃO

A) Definição:

“Um desvendamentos; especialmente a comunicação da mensagem divina ao homem”

B) Meios de Revelação:

1) Pela Natureza (Rm 1.18-21; Sl 19)
2) Pela Providência (Rm 8.28; At 14.15-17)
3) Pela Preservação do Universo (Cl 1.17)
4) Através de Milagres (Jo 2.11)
5) Por Comunicação Direta (At 22.17-21)
6) Através de Cristo (Jo 1.14)
7) Através da Bíblia (1Jo 5.9-12)

III. INSPIRAÇÃO

A) Definição:

Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a, usando suas próprias personalidades e estilos, comporem e registrarem sem erro as palavras de Sua revelação ao homem. A Inspiração se aplica apenas aos manuscritos originais (chamados de autógrafos).

B) Teorias sobre a Inspiração:

1) Natural - não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por homens de grande talento.

2) Mística ou Iluminativa - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente pode ser hoje.

3) Mecânica (ou teoria da ditação) - Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos de Deus como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito. Deve-se admitir que algumas partes da Bíblia foram ditadas (e.g., os Dez mandamentos).

4) Parcial - Somente o não conhecível foi inspirado (e.g., criação, conceitos espirituais)

5) Conceitual - Os conceitos, não as palavras, foram inspirados.

6) Gradual - Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos.

7) Neo-ortodoxa - Autores humanos só poderiam produzir uma registro falível.

8) Verbal e Plenária - Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as palavras (plenária) foram inspiradas no sentido da definição acima.

9) Inspiração Falível - Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é inspirada mas não isenta de erros.

C) Características da Inspiração Verbal e Plenária:

1) A verdadeira doutrina é válida apenas para os manuscritos originais.
2) Ela se estende às próprias palavras.
3) Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos escritores, mas guiando-os.
4) Inclui a inerrância.

D) Provas da Inspiração Verbal e Plenária:

1) 2Tm 3.16. Theopneustos, soprado por Deus. Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o produto de Seu sopro criador.
2) 2Pe 1.20,21. O “como” da inspiração - homens “movidos” (lit., “carregados”) pelo Espírito Santo.
3) Ordens especificas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17.14; Jr 30.2).
4) O uso de citações (Mt 15.4; At 28.25).
5) O uso que Jesus fez do Antigo Testamento (A.T.) (Mt 5.17; Jo 10.35).
6) O N.T. afirma que outras partes do N.T. são Escrituras (1Tm 5.18; 2Pe 3.16).
7) Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2.13; 1Pe 1.11,12)

E) Provas de Inerrância:

1) A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17.3; Rm 3.4).
2) O ensino de Cristo (Mt 5.17; Jo 10.35).
3) Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra (Gl 3.16, “descendente”; Mt 22.31,32, “sou”).

IV. CANONICIDADE.

A) Considerações fundamentais:

1) A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente nos próprios livros.
2) Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.

B) Cânon do Antigo Testamento (A.T.):

1) Alguns afirmam que todos os livros do cânon do A.T. foram reunidos e reconhecidos sob a liderança de Esdras (quinto século a.C.).
2) O N.T. se refere a A.T. como escritura (Mt 23.35; a expressão de Jesus equivaleria dizer hoje “de Gênesis a Malaquias”; cf. Mt 21.42; 22.29).
3) O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do A.T.

C) Os princípios de Canonicidade dos Livros do Novo Testamento (N.T.):

1) Apostolicidade. O livro foi escrito ou influenciado por algum apóstolos?
2) Conteúdo. O seu caráter espiritual é suficiente?
3) Universalidade. Foi amplamente aceito pela igreja?
4) Inspiração. O livro oferecia prova interna de inspiração?

D) A Formação do Cânon do Novo Testamento (N.T.):

1) O período dos apóstolos. Eles reivindicaram autoridade para seus escritos (1Ts 5.27; Cl 4.16).
2) O período pós-apostólico. Todos os livros forma reconhecidos exceto Hebreus, 2 Pedro e 3 João.
3) O Concílio de Cartago, 397, reconheceu como canônicos os 27 livros do N.T.

V. ILUMINAÇÃO

A) Em Relação aos Não-Salvos:

1) Sua necessidade (1Co 2.14; 2Co 4.4) 2) O ministério do convencimento do Espírito ( Jo 16.7-11)

B) Em Relação ao Crente:

1) Sua necessidade (1C0 2.10-12; 3.2). 2) O ministério do ensino do Espírito (Jo 16.13-15)

VI. INTERPRETAÇÃO

A) Princípios de Interpretação:

1) Interpretar histórica e gramaticalmente. 2) Interpretar de acordo com os contextos imediatos e mais amplos. 3) Interpretar em harmonia com toda a Bíblia, comparando Escritura com Escritura.

B) Divisões Gerais da Bíblia:

1) Antigo Testamento (A.T.):

A- Livros históricos: de Gênesis a Ester.
B- Livros poéticos: de Jó a Cantares.
C- Livros proféticos: de Isaías a Malaquias.

2) Novo Testamento (N.T.):

A- Evangelhos: Mateus a João.
B- História da Igreja: Atos.
C- Epístolas: de Romanos a Judas.
D- Profecia: Apocalipse.

Fonte: “A Bíblia Anotada”

1. A EXISTÊNCIA DE DEUS

1.1. O Deus único
A existência de Deus é um fato incontestável. A Bíblia não se preocupa em provar essa existência, mais começa o seu primeiro versículo falando de Deus. mostrando-o como a principal personagem em todo o Universo "‘No principio, criou Deus os céus e a terra" (Gn: I). Deus existe desde a eternidade e Ele é a origem de tudo, Aquele que tudo governa e sustenta.

Uma conseqüência do pecado é a cegueira característica dos incrédulos ocasionada pelo príncipe deste século, para que não vejam a glória de Deus (c.f. 2 Co. 4:4). Nessa cegueira espiritual, os homens se fizeram deuses e senhores. A Bíblia afirma: "Há muitos deuses e muitos senhores" (1 Co.8Ô). Porém, no meio desses deuses que estão espalhados sobre o vasto campo desse mundo, como pedrinhas de todo tamanho, ergue-se o Deus Verdadeiro como uma grande colina que se distingue dessas pequenas pedras da sua incomparável grandeza. A Bíblia‘ afirma: "O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (Dt. 6:4) e "Nenhum outro há, senão Ec" (At.4:35; Is.42:8 e 44:6-8). Verdadeiramente. "Só o Senhor é Deus" (1 Rs. 18:39).

Daí a necessidade de que conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor" ( Os. 6:3). A Bíblia diz: "Porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe" (Hb.l ] :6). Os que crerem em .Deus e o buscarem legitimamente experimentarão "‘que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam" (Hb.l1:6).

1.2. Evidencias que provam à existência de Deus o inimigo das nossas almas tem procurado completar a desgraça causada pelo pecado, fazendo com que os homens cheguem ao ponto de negar a existência de Deus. Negar a Deus é tolice- tanto como alguém querer negar a existência do sol, porque não o ver, por estar coberto por nuvens. A Bíblia diz: "disseram os néscios no coração: não há Deus" (SI. 14: 1 ), e ainda: "Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus" (SI.10:4). Existem, porém, varias evidencia para os que desejarem "Investigar", para que tenham certeza de que há um Deus.

1.2.1. A crença universal em um ser supremo
Não existe nenhuma raça humana que não tenha alguma noção de um ser supremo e que, através das suas religiões, procure se aproximar dele e agradar-lhe retratando-se com ele por meio de sacrifícios, inclusive de sangue... Muitas vezes é realmente um "deus desconhecido" e, na sua cegueira, estão tateando para achá-Io ( At. 17:23,27). A Bíblia diz: "Porquanto o que de Deus se pode conhecer nele se manifesta" (Rm 1. 19).

ealmente, o homem foi criado por Deus conforme a sua imagem ( Gl.. 1 :26). Ele tem em si partículas dessa sua origem divina, e por isso existe nele uma necessidade de um contato com a sua origem- Deus.

1.2.2. A Consciência
A consciência.. que no intimo do homem dá uma sentença moral sobre os seus atos praticados. sejam bons ou maus, fala da existência de uma origem superior que no homem fez registrar os princípios da lei divina. "Porque. quando os gentios que não tem lei. fazem naturalmente as coisas que são da lei... os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração. testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, que acusando-os, que defendendo-os" (Rm.2:14.15). A consciência universal nos faz compreender que o Ser supremo é um Ser moral.

1.2.3. A revelação geral
A criatura do mundo e tudo que nele há. fala da existência de um Criador. "Os céus manifestam a gloria de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (SI.19: I).

"Tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem claramente se vêem pelas coisa que estão criadas" (Rm. t :20). Como um relógio fala da existência de um relojoeiro. Assim a criação fala de um Criador que é poderoso.

1.2.4. A revelação especial
A Bíblia, a revelação divina escrita, revela claramente a existência de Deus. Na Bíblia temos um documento autenticado, que nos faz conhecer a Deus através da sua própria revelação. Assim como alguém que quiser conhecer a História, Ciência ou qualquer outra matéria, procura estudar a literatura adequada para conseguir o conhecimento desejado, assim também aquele que verdadeiramente que fazer a vontade de Deus conhecerá se essa doutrina é de Deus ou não.

1.2.5. Deus entre nós
Jesus. Filho de Deus. Cuja existência e vida nesse mundo estão historicamente comprovada, veio para revelar Deus aos Homens ( Lc. ] 0:22) e o fazer conhecer ( Jo. I: 6). O caminho mais curto para conhecer a Deus é aceitar a Jesus como o seu Salvador, porque Ele é o caminho para o Pai ( Jo. 14:6).

1.2.6. A evidência pessoal
A experiência pessoal da salvação. por meio do sangue de Jesus Cristo. faz com que nos aproximemos de Deus ( Ef. 2: 13), e temos, então, absoluta certeza da existência dEle, por que o espírito do seu Filho clama em nós: "Aba, Pai" (01.4:6), e nós podemos, com toda tranqüilidade. Orar no coração: "Pai nosso. que estais nos céus" (Mt. 6:9).

2. DEUS É REVELADO ATRAVÉS DOS ATRIBUTOS DA SUA DINVIDADE

Atributo é uma característica essencial de um ser, aquilo que lhe é próprio. Os atributos de Deus são singulares e perfeitos. Só Ele os tem de modo absoluto.

1.1 Deus é vivo!

2.1.1. "‘Ele mesmo é o Deus vivo" (Jr. 10.10)

A vida é uma expressão de existência, seja terrestre ou eterna... Quem tem vida, tem condições de se comunicar com os outros que tem vida. Enquanto os "deuses" feitos por mão dos homens "tem boca., mais não fala tem olhos, mais mão vêem; tem ouvidos, mais não ouvem; nariz tem, mais não cheiram." (SI.I15:4-8). "Mais o nosso Deus está nos céus e faz tudo o que lhe apraz" (SI.115:3). Por isso, os homens são convidados pelo Evangelho a se converter dos ídolos para o Deus vivo e verdadeiro ( I Ts. I :9 At. 14: 15). E os que assim fazem permanecem a Igreja do "Deus vivente" (2 Co. 6:16).

2.1.2. Deus e também a fonte da vida
Ele tem a vida em si mesmo ( Jo. 5:26), e "dá todos a vida.. a respiração e todas as coisa" (Al. 17:25) no sentido terrestre. "E a todos que o conhecerem por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo a quem ele enviou, Ele dá a vida eterna" ( Jo. 17:3;

I Jo. 5:20). E essa vida é a luz do mundo (cf. Jo. 1 :4). 2.2. Deus tem personalidade "Personalidade é o conjunto de características cognitivas, efetivas(. volitivas e físicas de um indivíduo e da vida anima)".

A Bíblia fala da "pessoa de Deus". Retratada Jesus como "sendo o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa [de Deus]" ( Hb. 1:3; Jó. 13:8). Enquanto várias filosofias agnóstica..c; -- entre elas o panteísmo - afirmam que Deus é somente uma "força impessoal" ou que "Deus é a natureza" e se identifica com a sua criação, aí está Deus, a Bíblia revela Deus como uma Pessoa divina que possui todas as características de uma individualidade.

Se Deus não tivesse personalidade com a qual pudesse comunicar-se, os homens não teriam jamais a sua sede do Deus vivo saciada (SI. 42:2). Porque jamais entrariam em contato com Ele. Mas o nosso Deus é vivo e tem personalidade.

2.2.1. Jesus revela o Pai
Jesus veio revelar aos homens o Pai ( Lc. 10:22) e fazê-Io conhecido (cf. Jô. I : 14). Vejamos alguma coisa que Jesus revelou a respeito da personalidade de seu Pai.

. Jesus falou de Deus muitas vezes como sendo o seu Pai: Ele disse: "Meu Pai e vosso Pai" (10. 20: 17). Foi Jesus que nos ensinou a orar: "Pai nosso" (Mt. 6:9). Quem é Pai possui uma personalidade.

. Jesus usou, quando centenas de vezes falou de seu Pai. Um pronome pessoal: Ele disse: "E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas. ... Vou para ti" ,Jo. 17: I 0,1 1). O uso de pronomes pessoais subentende a sua personalidade.

. Jesus falou de atividades de seu Pai que só são atribuídas a uma pessoa: Ele disse: -      eu Pai trabalha" (Jo. 5:17); "o Pai ama" (Jo. 3:35); "a obra de Deus é esta: que .:reais naquele que ele enviou" (Jo. 6:29); "o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que faz- do. 5:20). Falou da vontade de seu Pai ( Jo. 6:39,40), expressão que só atribui a ~ pessoa. Assim, necessariamente, Ele é uma Pessoa. Jesus disse: ‘‘‘Meu Pai é o agricultor (Jo. 15: I), nome que só é atribuído a uma pessoa com personalidade.



2.2.2. A personalidade revelada

Deus falou muitas vezes de si mesmo, usando vários nomes. que por si revelam a sua perfeita personalidade. Quando Moisés questionou sobre qual seria o seu nome, Deus respondeu-lhe: "EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós" (Ex. 3:14). É impossível imaginar uma expressão mais forte de uma personalidade do que essa!

2.3. Deus é eterno
"Mas o Senhor Deus é a verdade; ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno" (Jr.l0:l0). Em Romanos 16:26, lemos a respeito do "Deus eterno". Abraão plantou um bosque em Berseba e invocou lá o nome do Senhor - Deus eterno (cf. Gn. 21 :33). Quando Moisés, despedindo-se, abençoou as tribos de Israel, usou o nome de "Deus eterno" (cf. D1. 33:27).

2.3.1. Deus é inalterável
Eternidade é o infinito quando aplicado ao tempo. Deus não tem inicio. "De eternidade a eternidade, tu és Deus" (SI. 90:2; I Cr. 29: 10; Hc. I: 12). Ele tem auto-existência, um atributo do eterno Deus. Não deve sua existência a ninguém, porque Ele é o principio e o fim, o Alfa e o Omega (cf. Ap. 1 :8; Is. 44:6). Ele é Jeová (nome usado 6.437 vezes)- "a eterna auto-existência do único Deus".


2.3.2. Deus não está sujeito ao tempo
Para Ele o passado. o presente e o futuro são um eterno presente. O domínio e o poder pertencem ao único Deus. "antes de todos os séculos, agora e para todo sempre" (cf. Jd. 25). Por isso é "que um dia para o Senhor é como mil anos. como um dia" (2 Pd. 3:8). Os anos de Deus nunca terão fim (cf. SI. 102:27). Ele é o Rei dos séculos ( I Tm. 1:17). Deus habita na eternidade ( Is. 57:15) e o seu trono é desde a eternidade ( SI. 92:2). O eterno Deus não se cansa ( Is. 40:28). Este eterno Deus é o nosso Deus.

2.3.3. Deus é imortal ( 1 Tm. t: 17; 6: 16)
É por isso que Ele pode ser eterno. Ele permanece para sempre ( SI. 102: 12). Os sacerdotes foram impedidos pela morte de permanecer no seu serviço (cf. Hb. 7:23), mas Deus é para sempre. Os deuses deste mundo tiveram um principio e um fim, mas Deus é imortal - Ele é para sempre. 2.3.4. Deus é imutável ( SI. 102:27; MI. 3:6; Tg. 1:17; Hb. 1:12; 6:17,18)

O Senhor é o mesmo (cf. Hb. 13:8). Nunca pode mudar. Deus não pode melhorar. porque sempre foi perfeito. Ele jamais pode tomar atitudes que não se harmonizem com sua perfeita personalidade. Ele não pode negar a si mesmo (cf. 2 Tm. 2: 13 L2.4. Deus é espírito Jesus veio para revelar Deus aos homens, afirmando que Ele é espírito ( Jo. 4:23). Não disse: Deus é "um espírito", mas "espírito". Que significa isso?

2.4.1. A essência
Sendo Deus espírito, ele não tem um corpo de substância material. com sangue, carne. Ele tem um corpo espiritual (cf. 1 Co. 15:44). Embora o corpo espiritual tenha forma, porque Jesus veio em "forma de Deus" ( Fp. 2:6) e foi a expressa imagem da sua pessoa (cf. Hb. 1:3; 2 Co. 4:4; Cl. 1:15), não podemos imaginar qual seja esta forma! Embora a Bíblia fale do rosto de Deus ( Ex. 33:20) e de sua boca ( Nm. 12:8) e de seus lábios ( Is. 30:27), olhos ( SI. 11:4 e 18:24), ouvidos ( Is. 59: I), mãos e dedos ( SI. 8:3-6). pés ( Ez. 1 :27) etc. não devemos por isso procurar materializar Deus e em nossa mente criar urna imagem divina correspondente a essas expressões, comparando-a com um corpo humano! A Bíblia diz que nós devemos nos preocupar se a divindade deve possuir a forma que lhe é dada pela imaginação dos homens (cf. At. 17:29).

É por isso que Deus adverte: "Para que não vos corrompais e vos façais alguma escultura, semelhança de imagem, figura de macho ou de fêmea" (Dt. 4:16). Essa tentação provém do desejo de procurar materializar Deus.

Deus é espírito e a sua natureza é essencialmente espiritual. Ele jamais está sujeito à matéria. Nós também não devemos procurar chegar a alguma imagem ou visão física de Deus, mas esperar aquele grande dia quando nós o veremos como Ele é (1 Jo. 3:2; 1 Co. 13:12).

2.4.2. Deus é incomensurável
lncomensurabilidade é o infinito quando aplicado ao espaço. Assim como é impossível imaginar a forma de Deus, também é impossível medir, pensar ou fazer algum calculo a respeito de Deus. Não existe numero ou expressões que possam nos fazer compreender Deus (SI. 71:15; 40:5 e 139:6,17,18). Medida nenhuma pode par idéia de sua grandeza (Jo.l1 :9: 1 Rs. 8:27). Nenhum calculo de peso pode fazer-nos compreender o seu "peso de glória" (2 Co. 4: 17). Deus é espírito, e na sua imensidade não está sujeito ao espaço.



2.4.3. Deus é invisível (d. Rm. 1:20; CI. I: 15)
Sendo Deus espírito, a matéria não pode vê-Io. Isto não impede que Ele esteja presente no meio do seu povo. Não somente Noé (Gn. 5:29) ou Enoque (Gn. 5:24) andavam com o Deus invisível. É o privilégio de cada crente (CI. 9:2-6; I Ts. 4: I ), "Porque andamos por fé e não por vista" (11 Co. 5:7).

2.5. Deus é uma triunidade
Esta é uma das grandes doutrinas da Bíblia. A palavra "triunidade" não existe na Bíblia, mais a verdade sobre o único Deus, que é o Pai, o filho e o Espírito, se encontra em toda a Estrutura, desde os primeiros versículos (Gn. I: 1-3) até o último capítulo (Ap. 22:3.17). Nos últimos tempos surgirão falsos ensinamentos que negarão essa doutrina I Jo. 2.18-23), motivo porque devemos conhecer bem o que a Bíblia ensina sobre ISSO.

2.5.1. A Bíblia afirma que há um só Deus
A Bíblia fala que "O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (D1. 6:4). Jesus disse: "Deus é o único Senhor" (Mc. 12:29). A doutrina monoteísta (crença em um só Deus) é intocável na Bíblia. Aparece como o primeiro mandamento da Lei (Ex. 20:2.]). Existem muitos deuses e muitos senhores, mas um só Deus ( I Co. 8:5,6). A Bíblia usa, em Gêneses 1.1 e em mais 2.700 outras passagens, a palavra E/ohimpara expressar Deus. Elohim é um substantivo na forma plural, isto é, que inclui uma plural idade de personalidades em uma só pessoa. Também a palavra “única”, ligada a Deus (D1. 6:4), vem da palavra hebraica achad, que indica uma unidade composta (quando essa palavra é usada no sentido absoluto, é, empregada a palavra yacheed). Quando Deus fala de si, em várias ocasiões, usa a forma plural. "Façamos o homem" (Gn.l :26) Eia, desçamos" (Gn. 11 :7); "Quem há de ir por nós‘?" (Is. 6:8).

2.5.2. Três pessoas na Bíblia são chamadas de "Deus"
Três pessoas são chamadas de "Deus": o Pai é chamado Deus (1 Co. 8:6; Ef. 4:6); o Filho (I Jo. 5:20; Is. 9:6; Hb. 1:8); o Espírito Santo (Al. 5:3,4). Para todos três são usados pronomes pessoais: para Deus Pai ( Is. 44:6), para Deus Filho (cf. Me. 9:7) e para Deus Espirito Santo ( Jo. 16:13). Os três são mencionados em João 14:16. A todos três são atribuídas características que só pessoas podem ter. Os três tàlan1, amam, sentem, chamam, ouvem ele. A todos três são dados atributos divinos:

      Eternidade: Pai (SI. 90:2); Filho (Cl. I: 17); Espírito Santo (Hb. 9:] 4). • Onipresença: Pai (Jr. 23:24); Filho (M1. 28: 19); Espírito Santo (SI. 139:7). • Onisciência: Pai (I Jo. 5:20); Filho (Jô. 21: 17); Espírito Santo (1 Co. 2: 10). • Onipotência: Pai (On. 17: I); Filho (Mt. 28: 18); Espírito Santo (1 Co. 12: 11). • Santidade: Pai (I Pe. 1: 16); Filho (Lc. I :35); Espírito Santo (Ei: 4:30). • Amor: Pai (1 Jo. 4:8,16); Filho (Jr. 3: 19); Espírito Santo (Rm. 15 :30). •    Verdade: Pai (Jr. 10:10); Filho (Jo. 14:6); Espírito Santo (Jo 16:13).

2.5.3. As três Pessoas divinas são um só Deus
A Bíblia afirma que os três são um (1 Jo. 5:7). Ensina que estas três pessoas estão unidas reciprocamente. A união entre o Pai e o Filho (10. 10:30; 14: 11; 17: 11,22,23; 2 Co. 5: 19). A união entre o Pai e o Espírito Santo, expressado em "Espírito de Deus" (Rm. 8:9). A união entre o Filho e o Espírito Santo: Espírito de Cristo (Rm. 8:9 ).

As três pessoas são mencionadas de uma só vez como pessoas distintas:

      Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (M1. 28: 19). •        Um só Espírito. ... Um só Senhor, ... Um só Deus (Ef. 4:4-6). •        A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus, e a comunhão do Espírito • Santo" (2 Co. 13:13). • "0 Espírito... o Senhor ... é o mesmo Deus" (l Co. 12:4-6). •  "Porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito" (Ef. 2:18)., • "Eleitos segundo a presciência de Deus, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo" (1 Pe. 1 :2).

2.5.4. A unidade absoluta das três Pessoas não desfaz a sua individualidade
Todas três são mencionadas no mesmo momento em lugares diferentes: o Filho foi batizado, o Espírito veio sobre Ele, enquanto o Pai falava dos céus ( Ml. 3: 16, 17). Estevão estava cheio do Espírito Santo, e viu Jesus à destra de Deus (cf. At. 7:55,56). As três Pessoas são mencionadas como Testemunhas. Conforme prescreve a Lei, eram necessárias duas ou três testemunhas (Dt. 19: 15.16). Embora as três Pessoas na realidade sejam apenas um (1 Jo. 5:7,8), são apresentadas como Testemunhas, porque numericamente são três: o Pai testifica (Rm. 1 :9), o Filho testifica (1 Jo. 5:6).

2.5.5. A Bíblia menciona as três Pessoas divinas operando a mesma obra, mas de diferentes modos
      A criação. O Pai criou (cf. On. 1:1; Jr. 10:10-12; SI. 89:11 e 102:25), pelo Filho ( Jo. 1 :2; 1 Co. 8:6; Hb. 1 :2), no poder do Espírito Santo ( Gn. 1 :2; SI. 104:30; Jó. 33:4 e 26:3).

      A Salvação. Deus predeterminou a salvação por Jesus ( At. 13:30-32), enviou o seu Filho ( Jo. 3: 1 6; 01. 4:6), o gerou ( SI. 2:7), estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo ([ At. 13:30-32). O Filho se ofereceu desde a fundação do mundo ( Ap. 13:8), veio ao mundo (cf. Ap. 13:8), veio ao mundo ( Hb. 10:7) aniquilando a sua glória ( Fp. 2:7) e morreu na cruz ( Jo. 19:30). O Espírito Santo operou pela palavra profética ( 1 Pe. 1:10), na concepção de Jesus ( Lc. 1:35) e com Jesus no seu ministério (cf. Le. 3 :22; 5: 17 .); operou quando Jesus se ofereceu ( Hb. 9: 14), na sua ressurreição ( Rm. 8: 11) e na sua ascensão ( Ef. 1: 19,20). Agora Ele aplica a obra de Jesus na vida dos homens (10. 16: 15).

      O batismo. Jesus ordenou que fosse ministrado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ( Mt. 28: 19). O fato mencionado em Atos dos Apóstolos - que os apóstolos batizam em nome do Senhor (At. 2:38; 8:) 6: 10:48; 19:5) - é aproveitado pelos inimigos da doutrina da Trindade como "prova verídica" de que os apóstolos não acreditavam na doutrina Trinitariana, mas "só em Jesus". Esta seita nega a existência da Pessoa do Pai e do Espírito Santo, e só aceitam a Pessoa de Jesus. A origem desta doutrina é o espírito do anticristo ( 1 Jo. 2:22-24). E a explicação deste fato é simples! Quando os apóstolos batizavam em nome de Jesus, é porque eles foram enviados com autoridade para representarem a Pessoa de Jesus ( Lc. 24:47). Curavam em nome de Jesus (cf. Al. 3 :6; Me. 16: 17) e executavam a disciplina da Igreja em nome de Jesus (cf. 1 Co. 5:4-9, 13: 2 Ts. 3:6). Assim também batizavam em nome de Jesus. Porém, no ato do batismo, o ministravam conforme a ordem de Jesus: em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

      Na vida ministerial. Deus pré-determina a chamada para o ministério antes de a pessoa ter nascido ( GI. 1: 15; Jr. 1 :5; Ef. 2: 10) e a chama ( Is. 6:8) e a envia ( Jr. 26:5). Jesus se revela para o chamado ( GI. 1:16), constrangendo-o a ir ( 2 Co. 5:14), separando-o ( Ml. 10:1.5) e operando com ele ( Me. J6:20). O Espírito Santo é o poder que capacita ( Al. 1 :8), opera na chamada ( At. 13:J,2).

      Na vinda de Jesus. Deus levará os crentes para si ( 1 Ts. 4:14). Jesus virá nas nuvens para buscar os crentes (cf. 1 Ts. 4: 16) e o Espírito Santo operará na ressurreição ( Rm. 8:11).

3. DEUS SE MANIFESTA ATRAVES DOS SEUS ATRIBUTOS EM RELAÇÃO A SUA CRIAÇÃO.

Deus é uma Personalidade divina que pode e quer se comunicar com a sua criação. A Bíblia manifesta os três atributos absolutos de Deus nessa sua comunicação. Isto é, sua Onipresença, sua Onisciência, sua Onipotência.

3.1 Deus é Onipresente

3.1.1 Que significa a Onipresença de Deus?
A palavra se deriva de duas palavras latina “omnes”, que significa tudo e “praesum” que significa presença – juntos todo presente esta próximo.

Deus disse: “Não encho eu os céus e a terra?” (Jr. 23.24; conf. Sl. 72.19). O Rei Salomão disse na sua inspirada oração “Eis que os céus e até o céu dos céus te não podiam conter” (I Rs 8.27) Isso fala da Onipresença de Deus, a qual é possível porque ele é Espírito (Jo 4.24). Ele não está sujeito à matéria! Não existe, portanto um Deus nacional ou um Deus local , porque Ele é o Deus do Universo. Por isso está escrito que Ele “não está longe de nenhum de nós” (At. 17.27; Rm 10.6-8).

3.2 – Deus é Onisciência

3.2.1 O que significa Onisciência?
A palavra se deriva de duas palavras latina “omnes”, que significa tudo e “scientia” que significaconhecimento. Deus é Espírito e, como tal, tem conhecimento. Ele é conhece todas as coisas, reais e possível texto: Mt. 11.21 As Escrituras ensinam que Deus é onisciente; Sua compreensão é infinita; Sua inteligência é perfeita.

3.2.2 - Sua realidade:
Romanos 11.33 Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Jó 11.7,8; Is. 40.28; Sl. 147.5; Dt. 29.29

3.3 – Deus é Onipotente

3.3.1 – O que significa onipotente?
A palavra se deriva de duas palavras latina “omnes”, que significa tudo, e “potentia” que significa poder e junta torna-se todo poderoso. Deus pode fazer todas as coisas, nada é por demais difícil para Ele; para Ele tudo é possível – Deus é Onipotente.

3.3.2 – Sua realidade:

Mateus 19.26 E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível. Jó 42.2; Gn 18.14; Sl. 93.3,4; Jr. 32.17; Sl. 115.3.

DEUS E A SUA IGREJA

Afirmamos que a igreja é formada de todos aqueles que foram regenerados, unidos pelo Espírito Santo ao Senhor Jesus Cristo, o qual é o cabeça da igreja, e batizados pelo Espírito em um só corpo, quer judeus ou gentios passando a ter responsabilidades mútuas, todos, uns com os outros, para a manutenção da unidade do corpo.

Afirmamos que a igreja local é um "microcosmo" da igreja universal, o Corpo de Cristo, e é caracterizado pela assembléia voluntária de crentes, que andam em obediência a Cristo, com o objetivo de fazer a vontade de Deus (adoração, instrução, comunhão e evangelismo) e perseguir na vida pessoal à semelhança de Cristo, tendo líderes qualificados, cumprindo adequada e fielmente as ordenanças (Mt 6:16-18, Rm. 8:29, 12:5, 1Co.11:17-34, 12:12-27, Ef.4:11-14, Tt.1:7-9

1. Palavras que descrevem a igreja.

A palavra grega no Novo Testamento para igreja é "ekklesia", que significa "uma assembléia de chamados para fora". O termo aplica-se a:

      Todo corpo de cristãos em uma cidade (Atos.11.22,13.1.)

      Uma congregação. ( 1 Cor.14.19, 35. Rm.16.5).

      Todo corpo de crentes na terra. (Ef.5.32.).

2. Palavras que descrevem os Cristãos.

      Irmãos. A igreja é uma fraternidade ou comunhão espiritual no qual foram abolidas todas as divisões que separam a humanidade. Não há grego nem judeu", a mais profunda de todas as divisões baseadas na história religiosa é vencida; " não há grego nem bárbaro" , a mais profunda de todas as divisões culturais é vencida; " não há macho nem fêmea" , a mais profunda de todas as divisões humanas é vencida. (CI.3.11, GI.3.28.).

      Crentes . Os cristãos são chamados "crentes" porque sua doutrina característica é a fé no Senhor Jesus. (Atos 16:15)

      Santos. São chamados "santos" (literalmente consagrados ou piedosos) porque estão separados do mundo e dedicados a Deus.

      Os eleitos. Refere-se a eles como "eleitos" ou "escolhidos", porque Deus os escolheu para um ministério importante e um destino glorioso.

      Discípulos . São "discípulos"
(literalmente "aprendizes"), porque estão sob preparação espiritual com instrutores inspirados por Cristo.

      Cristãos . São "cristãos" porque sua religião gira em torno da pessoa de Cristo.

      Os do caminho. Nos dias primitivos muitas vezes eram conhecidos "os do caminho" (Atos 9.2) porque viviam de acordo com uma maneira especial de viver.

      3.Ilustração da Igreja. Devemos lembrar que é somente uma ilustração, e não se deve forçar sua interpretação. O propósito dum símbolo é apenas iluminar um determinado lado da verdade e não o de prover o fundamento para uma doutrina.

      O corpo de Cristo. O Senhor Jesus Cristo deixou este mundo há mais de dezenove séculos, entretanto, ele ainda está no mundo. Com isso queremos dizer que sua presença se faz sentir por meio da igreja, a qual é seu corpo. (Ef. 1 :23, CI. 1: 18, 1 Co. 12:27

      O templo de Deus . (1 Ped.2:5,6.) um templo é um lugar em que Deus, que habita em toda parte, se localiza a si mesmo em determinado lugar, onde seu povo o possa achar "em casa". (Ex.25:8; 1 Rs 8:27). Assim como Deus morou no tabernáculo e no templo, assim também vive, por seu espírito, na igreja (Ef 2:21,22; 1Cor.3:16,17.) Neste templo espiritual os cristãos, como sacerdotes, oferecem sacrifícios espirituais, sacrifícios de oração, louvor e boas obras.

      A noiva de Cristo. Essa é uma ilustração usada tanto no Antigo como no Novo Testamento para descrever a união e comunhão de Deus com seu povo. (2Cor.11:2; Ef.5:25-27; Apoc.19:7; 21:2: 22:17.).

      O Pastor e as ovelhas . (Jo. 10:11).

      A Videira e os ramos . (Jo.15:5)

      A Pedra angular e as pedras do edifício (Ef 2:19-21). •       O Sumo Sacerdote e um reino de sacerdotes (1 Pe2). h) A Cabeça e o corpo (1 Co 12:12).

      O Último Adão e a nova criação (Rm:5).

      O Noivo e a noiva, o marido e a esposa (Ef 5; Ap 9)

II A FUNDAÇÃO DA IGREJA

1. Considerada profeticamente.
Israel é descrito como uma igreja no sentido de ser uma nação chamada dentre as outras nações a ser um povo de servos de Deus. (Atos 7:38.) Quando o Antigo Testamento foi traduzido para o grego, a palavra "congregação" (de Israel) foi traduzida "ekklesia" ou "igreja". Israel, pois, era a congregação ou a igreja de Jeová. Depois de a igreja judaica o ter rejeitado, Cristo predisse a fundação duma nova congregação ou igreja, uma instituição divina que continuaria sua obra na terra (Mt.16: 18). Essa é a igreja de Cristo, que veio a ter existência no dia de Pentecoste.

2. Considerada Historicamente.
A igreja de Cristo veio a existir como igreja, no dia de Pentecoste, quando foi consagrada pela unção do Espírito. Assim como o tabernáculo foi construído e depois consagrado pela decida da glória divina (Ex. 40:34) assim os primeiros membros da igreja foram congregados no cenáculo e consagrados como igreja pela descida do Espírito Santo. Davi juntou os materiais para a construção do templo, mas a construção foi feita por seu sucessor, Salomão. Da mesma maneira, Jesus, durante seu ministério terreno, havia juntado os materiais da sua igreja, por assim dizer, mas o edifício foi erigido por seu sucessor, o Espírito Santo. Realmente, essa obra foi feita pelo Espírito, operando mediante os apóstolos que lançaram os fundamentos e edificaram a igreja por sua pregação, ensino e organização. Portanto a igreja é descrita como sendo "edificados sobre o fundamento dos apóstolos..." (Ef.2:20).

III. OS MEMBROS DA IGREJA

O Novo Testamento estabelece as seguintes condições para os membros da igreja:

1. Fé implícita no Evangelho e confiança sincera e de coração em Cristo como o único e divino Salvador (At 16:31);
2) Submeter-se ao batismo nas águas como testemunho simbólico da fé em Cristo;
3) Confessar verbalmente essa fé. (Rm. 10:9,10.).

No entanto, devemos distinguir entre a igreja invisível, composta dos verdadeiros cristãos de todas as denominações, e a igreja visível, constituída de todos os que professam ser cristãos - a primeira, composta daqueles cujos nomes estão escritos no céu; a segunda, compreendendo aqueles cujos nomes estão registrados no rol de membros das igrejas. (Mt. 13:36-43,47-49.) O apóstolo Paulo expressa a mesma verdade quando compara a igreja a uma casa na qual há muitos vasos, uns para honra e outros para desonra. (2 Tm. 2: 19-2)

IV A OBRA DA IGREJA

1. Pregar a salvação (racional)
A obra da igreja é pregar o Evangelho a toda criatura (Mt. 28: 19,20), e explanar o plano da salvação tal qual é ensinado nas Escrituras. Cristo tornou acessível a salvação por provê-Ia; a igreja deve torna-Ia real por proclama-Ia.

2. Prover meios de adoração (espiritual)
A igreja deve ser uma casa de oração para todos os povos, onde Deus é cultuado em adoração, oração e testemunho.

3. Prover comunhão religiosa (social)
O homem é um ser social: ele anela comunhão e intercâmbio de amizades. É natural que ele se congregue com aqueles que participam dos mesmos interesses. A igreja provê uma comunhão baseada na paternidade de Deus e no fato de ser Jesus o Senhor de todos. É uma fraternidade daqueles que participam duma experiência espiritual comum.

4. Sustentar uma norma de conduta moral
A igreja é "a luz do mundo", que afasta a ignorância moral; é o "sal da terra", que a preserva da corrupção moral. A igreja deve ensinar aos .homens como viver bem, e a maneira de se preparar para a morte.

V. AS ORDENANÇAS DA IGREJA

Há duas cerimônias que são essenciais, por serem divinamente ordenadas, a saber, o batismo nas águas e a ceia do Senhor. Em razão do seu caráter sagrado, elas são descritas como sacramentos. Também são elas mencionadas como ordenanças porque são "ordenadas" pelo próprio Senhor.

1. O Batismo.
o      O modo . A palavra "batizar", é usada na fórmula de Mateus 281920 significa literalmente mergulhar ou imergir. Essa interpretação é confirmada por eruditos da língua grega e pelos historiadores da igreja

o      A fórmula. "Batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo (Mt. 28:19)

o      O recipiente. Todos os que sinceramente se arrependem de seus pecados e exercita uma fé viva no Senhor Jesus, são elegíveis para o batismo. Visto que os infantes não têm pecados de que se arrepender e não podem exercer a fé, logicamente são excluídos do batismo nas águas. Com isso não os estamos impedindo que venham a Cristo (Mt. 19: 13,14), pois eles podem ser consagrados a Jesus em culto público.

o      A eficácia. O batismo nas águas, em si não tem poder para salvar; as pessoas são batizadas, não para serem salvas, mas porque já são salvas. Portanto não podemos dizer que o rito seja absolutamente essencial para a salvação. Não podemos insistir em que seja essencial para integral obediência a Cristo. Como a eleição do presidente da nação se completa pela sua posse do governo, assim a eleição do convertido pela graça e pela glória de Deus se completa por sua pública admissão como membro da igreja de Cristo.

2. A Ceia do Senhor - Pontos Principais.
-      Comemoração. Cada vez que um grupo de cristão se congrega para celebrar a Ceia do Senhor, estão comemorando dum modo especial, a morte expiatória de Cristo que os libertou dos pecados.

-      Instrução . A Ceia do Senhor é uma lição objetiva que expõe os dois fundamentos do evangelho, a encarnação e a expiação.

-      Inspiração. Os elementos, especialmente o vinho, nos lembram que pela fé podemos ser participantes da natureza de Cristo, isto é ter comunhão com ele.

-      Segurança. "Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue". A nova aliança instituída por Jesus é um pacto de sangue. Deus aceitou o sangue de Cristo (Hb. 9:14-24); portanto comprometeu-se por causa de Cristo, a perdoar e salvar todos os que vierem a ele. O sangue de Cristo é a divina garantia de que ele será benévolo e misericordioso para aquele que se arrepende. A nossa parte nesse contrato é crer na morte expiatória de Cristo. (Rm. 3:25-26.) Depois, então, podemos testificar que foram aspergidos com o sangue da nova aliança. (1 Pd. 1 :2.)

-      Responsabilidade. Quem deve ser admitido ou excluído da mesa do Senhor? Paulo trata da questão em 1 Co. 11:23-34. Quer isso dizer que somente aqueles que são dignos podem chegar-se à mesa do Senhor? Então, todos nós estamos excluídos! Pois quem dentre os filhos dos homens é digno da mínima das misericórdias de Deus! Não, o apóstolo não está falando a cerca da indignidade das pessoas, mas da indignidade das ações. Sendo assim, por estranho que pareça é possível a uma pessoa indigna participar dignamente. E em certo sentido, somente aqueles que sinceramente sentem a sua indignidade estão aptos para se aproximar da Mesa; os que se justificam a si mesmos nunca serão dignos. Outrossim, nota-¬se que as pessoas mais profundamente espirituais são as que mais sentem a sua indignidade. Paulo descreve-se a si mesmo como o "principal dos pecadores" (1Tm. 1:15).

3. O Dízimo
Ml 3:10

1.     Definição – a palavra dízimo em hebraico é maser, que significa a décima parte;

2.     Na Lei de Deus, os israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte da cria dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como reconhecimento e gratidão pelas bênçãos divinas. (Lv 27:30-32);

3.     O dízimo era usado primariamente para cobrir as despesas do culto e para o sustento dos sacerdotes. Deus considerava o seu povo responsável pelo manejo dos recursos que Ele lhes dera na terra prometida ( Mt 25:15);

4.    A idéia básica do dízimo é que Deus é o dono de tudo (Êxodos 19:5);

5.     Os seres humanos foram criados por Ele, e à Ele devem o fôlego da vida (Gênesis 1:26,27);

6.    Sendo assim, ninguém possui nada que não haja recebido originalmente do Senhor ( Jô 1:21);

7.     Nas leis sobre o dízimo, Deus está simplesmente ordenando que os seus filhos lhe devolvam parte daquilo que Ele já lhes tem dado;

8.    Além dos dízimos, os israelitas eram instruídos a trazer numerosas oferendas como o holocausto (Levíticos 1:6,8,13), a oferta de manjares (Levíticos 2:6,14-23), a oferta pacífica (Levíticos 3:7,11-21), a oferta pelo pecado (Levíticos 4:1); a oferta pela culpa (Levíticos 5:14). Além das ofertas prescritas, os israelitas podiam apresentar outras ofertas voluntárias ao Senhor. Algumas destas eram repetidas em tempos determinados, ao passo que outras eram ocasionais. Quando por exemplo os israelitas empreenderam a construção do Tabernáculo no monte Sinai, trouxeram liberalmente suas oferendas para a fabricação da tenda e de seus móveis. Ficaram tão entusiasmados com o empreendimento que Moisés teve de ordenar que cessassem as oferendas (Êxodos 36:3-7);

9.    Devemos lembrar que tudo quanto possuímos pertence a Deus;

10.   Devemos servir ao Senhor de todo o coração,e não ao dinheiro (Mateus 6:19-24);

11.   A cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3:5);

12.   Nossos dízimos são destinados especialmente para promover o Reino de Deus:

o      Para o ministério da Igreja e a evangelização (I Cor. 9:4-14);

o      para ajudar aos necessitados (Gálatas 2:10);

o      para aprendermos a temer a Deus (Deuteronômio 14:22,23).

1.     Devemos dizimar com alegria (II Cor. 9:7);

2.     A abstinência ao dízimo chama maldições (Malaquias 3:9);

3.     A devolução do dízimo, desfaz as maldições do demônio devorador (Malaquias 3:11);

4.    Deus promete nos recompensar com bênçãos, de conformidade com o que temos dado (Malaquias 3:10-12).

VI. A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA

1. O governo da igreja.
O propósito de Deus era que houvesse uma sociedade de seus seguidores que comunicasse seu evangelho aos homens e o representasse no mundo. Nesse sentido ele ordenou os dois singelos ritos de batismo e comunhão. A organização originou-se das seguintes causas: primeira, oficiais da igreja foram escolhidos para resolver as emergências que surgiam, como, por exemplo, em atos 6:1-5; segunda, a possessão de dons espirituais separava certos indivíduos para a obra do ministério.

Vemos claramente que no Novo Testamento não há apoio para uma fusão das igrejas em uma máquina eclesiástica governada por uma hierarquia.

Nos dias primitivos não havia nenhum governo centralizado abrangendo toda a igreja. Cada igreja local era autônoma, pois administrava seus próprios negócios com liberdade. A autoridade de Paulo em relação as igrejas gentílicas era puramente espiritual, e não uma autoridade oficial tal como se outorga numa organização.

Embora que cada igreja fosse independente da outra, quanto à jurisdição, as igrejas do Novo Testamento mantinham relações cooperativas umas com as outras, mesmo tendo governo próprio, não por uma organização política que as reunisse todas elas, mas por uma comunhão fraternal mediante visitas de delegados, intercâmbio de cartas, e alguma assistência recíproca indefinida na escolha e consagração de pastores. (Rm. 15:26,27; 2Co.8:19; GI2:10; Rm. 15:1; 3 Jo. 8.)

1. Tipos de governo.

1. Igreja Nacional . Um exemplo é o da igreja Luterana nos países escandinavos.
2. Igreja Hierárquica Igreja Católica Romana.
3. Governo Federal. Sistema presbiteriano, em que a congregação investe de autoridade uma junta de presbíteros e, ocasionalmente, diáconos.
4. Congregacional. Como os batistas, em que a congregação decide a maioria de seus assuntos.



2. O Ministério da igreja
No Novo Testamento são reconhecidas duas classes de ministério:

-      O ministério geral e profético - geral, porque era exercido com relação às igrejas de modo geral mais do que em relação a uma igreja particular, e profético, por ser criado pela possessão de dons espirituais.

-      O ministério local e prático - local porque era limitado a uma igreja, e prático, porque tratava da administração da igreja.

A) O ministério geral e profético.

o      Apóstolos. Eram homens que receberam sua comissão do próprio Cristo em pessoa (Mt. 10:5; GI. 1:1).Os apóstolos levavam sua mensagem aos incrédulos (GI. 2:7,8)

o      Profetas. Eram os dotados do dom de expressão inspirada. Os profetas viajavam de igreja em igreja, não obstante, cada igreja tinha profetas que eram membros ativos dela.

o      Evangelistas . O evangelista reúne, ajunta. Ele também vai a igreja para evangelizar os santos. É, também um pregador do evangelho, diferente do mestre, pois fala pelo espírito para provocar uma resposta do coração.

o      Pastores. A palavra grega para pastor é a mesma que define pastor de ovelhas. Um pastor cuida do rebanho das ovelhas de Deus. O pastor fornece educação, alimento, cuidado e proteção.

o      Mestres. Eram os dotados de dons para exposição da palavra. Tal qual os profetas, muitos deles viajavam de igreja em igreja.

B) O ministério local e prático.
O ministério local. que era nomeado pela igreja, à base de certas qualidades (1 Tm. 3) incluía os seguintes: 1) Presbíteros ou anciãos. aos quais foi dado o título de ‘bispo", que significa supervisor, ou que serve de superintendente. Exerciam a superintendência geral sobre a igreja local, especialmente em relação ao cuidado pastoral e à disciplina. Seus deveres eram, geralmente de natureza espiritual. Às vezes se chamam "pastores". (Ef.4: 11, At. 20:28).

Durante o primeiro século cada comunidade cristã era governada por um grupo de anciãos ou bispos de modo que não havia um obreiro só fazendo para a igreja o que um pastor faz no dia de hoje. No princípio do terceiro século colocava-se um homem à frente de cada comunidade com o título de pastor ou bispo.

2) Associados com os presbíteros havia um número de obreiros ajudantes chamados diáconos (At. 6:1-4, 1Tm. 3:8-13, FiI.1:1) e diaconisas (Rm. 16:1, Fl. 4:3), cujo trabalho parece, geralmente ter sido de visitar e exercer o ministério prático entre os pobres e os necessitados (1Tm. 5:8-11). Os diáconos também ajudavam os anciãos na celebração da Ceia do Senhor.

VII. PROPÓSITOS DA IGREJA

1. Glorificar a Deus
2. Evangelizar
3. Produzir crentes. Maduros e santos
4. Cuidar das necessidades de seus membros
5. Praticar o bem no mundo

ANGELOLOGIA
(A DOUTRINA DOS ANJOS)


INTRODUÇÃO

Os anjos estão sujeitos ao governo divino, e o importante papel que têm desempenhado na história do homem, torna-os merecedores de referência especial e de um estudo especial, pois, nas Escrituras, sua existência é sempre considerada matéria pacífica. Desta forma, estaremos nos ocupando em estudar a partir do presente estudo sobre os anjos, ministros de Deus (Hb 1.14).

01. DEFINIÇÃO DO TERMO "ANJO"
A palavra portuguesa anjo possui origem no latim angelus , que por sua vez deriva-se do grego angelos . No idioma hebraico, temos malak . Seu significado básico é "mensageiro" (para designar a idéia de ofício de mensageiro). O grego clássico emprega o termo angelos para o mensageiro, o embaixador em assuntos humanos, que fala e age no lugar daquele que o enviou.

No AT, onde o termo malak ocorre 108 vezes, os anjos aparecem como seres celestiais, membros da corte de Yahweh, que servem e louvam a Ele (Ne 9.6; Jó 1.6), são espíritos ministradores (1Rs 19.5), transmitem a vontade de Deus (Dn 8.16,17)), obedecem a vontade de Deus (Sl 103.20), executam os propósitos de Deus (Nm 22.22), e celebram os louvores de Deus (Jó 38.7; Sl 148.2).

No NT, onde a palavra angelos aparece por 175 vezes, os anjos aparecem como representativos do mundo celestial e mensageiros de Deus. Funções semelhantes às do AT são atribuídas a eles, tais como: servem e louvam a Cristo (Fp 2:9-11; Hb 1.6), são espíritos ministradores (Lc 16.22; At 12:7-11; Hb 1.7,14), transmitem a vontade de Cristo (Mt 2:13,20; At 8:26), obedecem a vontade dEle (Mt 6:10), executam os Seus propósitos (Mt 13:39-42), e celebram os louvores de Cristo (Lc 2:13,14). Ali, os anjos estão vinculados a eventos especiais, tais como: a concepção de Cristo (Mt 1:20,21), Seu nascimento (Lc 2:10-12), Sua ressurreição (Mt 28:5,7) e Sua ascensão e Segunda Vinda (At 1:11).

O termo teológico apropriado para esse estudo que ora iniciamos é Angelologia (do grego angelos , "anjo" elogia , "estudo", "dissertação"). Angelologia se constitui, portanto, de doutrina específica dentro do contexto daquilo que denominados de Teologia Sistemática, a qual se ocupa em estudar a existência, as características, natureza moral e atividades dos anjos. Iniciaremos, portanto, pelo estudo da existência dos anjos.

02. SUA EXISTÊNCIA
Ao iniciarmos nosso estudo de Angelologia faz-se necessário que assentemos biblicamente a verdade da existência dos anjos.

A existência dos anjos, conforme veremos a partir de agora, é claramente demonstrada pelo ensino, tanto do Antigo, quanto do Novo Testamento.

a) Estabelecida pelo Ensino do Antigo Testamento

São inúmeros os textos do AT que comprovam a realidade da existência dos anjos. Queremos, no entanto, destacar apenas os que se seguem: Gn 32:1,2; Jz 6:11ss; 1Rs 19:5; Ne 9:6; Jó 1:6; 2:1; Sl 68:17; 91:11; 104:4; Is 6:2,3; Dn 8:15-17; Nos textos alistados anteriormente, vemos os anjos em suas funções principais de servir e louvar a Yahweh, transmitir as mensagens de Deus, obedecer Sua vontade, executar a vontade de Deus, e também como guerreiros.

b) Estabelecida pelo Ensino do Novo Testamento

No contexto do NT, os anjos não são apresentados simplesmente como "mensageiros de Deus", mas também como "ministros aos herdeiros da salvação" (Hb 1:14). Outrossim, a existência dos anjos é apresentada de maneira inequívoca no NT. Vejamos, por exemplo, os textos a seguir: Mt 13:39; 13:41; 18:10; 26:53; Mc 8:38; Lc 22:43; Jo 1:51; Ef 1:21; Cl 1:16; 2Ts 1:7; Hb 1:13,14; 12:22; 1Pe 3:22; 2Pe 2:11; Jd 9; Ap 12:7; 22:8,9.

ORGANIZAÇÃO, ORDENS E GRAUS ENTRE OS ANJOS

Em Judas 9 temos Miguel mencionado como um arcanjo. Vide Também 1 Tessalonicenses 4:16. "Arcanjo" significa o chefe dos anjos. Gabriel também parece ocupar um lugar relativamente alto entre os anjos. Vide Daniel 8:16; 9:16,21; Lucas 1:19.

A menção de tronos, domínios, principalidades e potestades entre as coisas invisíveis, em Colossenses 1:16, implica graus e organização entre os anjos. E em Efésios 1:21 e 3:10 temos a menção de regime, autoridade, potestade e domínio nos lugares celestiais. Das ordens nomeadas em Colossenses 1:16, E. C. Dargan, no seu comentário, representa "tronos" como "sendo o mais elevado, próximo a Deus e assim chamados, tanto por estarem perto de Deus e sustentarem o trono de Deus como por sentarem eles mesmos sobre tronos aproximando-se mais perto de Deus em glória e dignidade; depois "domínios", ou senhorios, aqueles que exercem poder ou senhorio sobre os inferiores ou homens; depois "principalidades", ou "principados", os de dignidade principesca; finalmente, "potestades", ou autoridades, aqueles que exercem poder ou autoridade sobre a ordem angélica mais baixa, logo acima do homem".

Consideramos mais satisfatório observar os "querubins" de Gênesis, Êxodo e Ezequiel, com os quais identificaríamos também os "serafins" de Isaias e as criaturas viventes do Apocalipse, não como seres atuais senão como aparências simbólicas, ilustrando verdades da atividade e do governo divino. As criaturas viventes do Apocalipse parece simbolizarem o louvor da criação inferior de Deus por causa deles serem "livrados do cativeiro da corrupção para a liberdade da glória dos filhos de Deus" (Rm 8:21). Os vinte e quatro anciãos associados às criaturas viventes parecem representar a humanidade redimida. E bom é notar que as criaturas viventes não se incluem entre aqueles redimidos para Deus. Essas, como representativas da criação inferior dando louvor a Deus, cumprem o Salmos 145:10, que diz: "Todas as Tuas obras Te louvarão, ó Senhor".

04. O ARCANJO MIGUEL
Pretendemos a partir de agora estudar a respeito de cinco classes especiais de anjos, a começar por Miguel, o Arcanjo.

No grego encontramos Michael , heb. mika‘el . O nome Miguel significa "quem é como El (Deus)?".

05. OS SERAFINS
O termo hebraico é saraph . Quanto à origem exata e a significação desse termo, não existe concordância entre os eruditos. Provavelmente, deriva-se da raiz hebraica saraph , cujo significado é "queimar", o que daria a idéia de que os Serafins são anjos rebrilhantes, uma vez que essa raiz também pode significar "consumir com fogo", mas também "rebrilhar" e "refletir".

Pelo que observamos no texto, parece que para Isaías os Serafins constituíam uma ordem de seres angélicos responsáveis por certas funções de vigilância e adoração. No entanto, parecem ser criaturas morais distintas, e não apenas projeções da imaginação ou personificação de animais. Suas qualidades morais eram empregadas exclusivamente no serviço de Deus.

06. OS QUERUBINS
No hebraico, temos keruhbim , plural de kerub . No grego cheroub . Palavra de etimologia incerta.

No AT esses seres são apresentados como simbólicos e celestiais. No livro de Gênesis, tinham a incumbência de guardar o caminho para a árvore da vida, no jardim do Éden (Gn 3:24). Uma função semelhante foi credita aos dois Querubins dourados, postos em cada extremidade do propiciatório (a tampa que cobria a arca no santíssimo lugar - Êx 25:18-22; Cf Hb 9:5), onde simbolicamente protegiam os objetos guardados na arca, e proviam, com suas asas estendidas, um pedestal visível para o trono invisível de Yahweh (veja Sl 80:1 e 99:1, para entender essa figura). No livro de Ezequiel (Ez 10), o trono-carruagem de Deus, que continuava sustentado por Querubins, tornava-se móvel. Também foram bordados Querubins nas cortinas e véus do Tabernáculo, bem como estampados nas paredes do Templo (Êx 26:31; 2Cr 3:7).

07. O ANJO GABRIEL
O vocábulo hebraico Gabriel significa "homem de Deus" (heb. geber , "varão" e El - forma abreviada de Elohim , "Deus").

No AT, Gabriel aparece apenas em Daniel, e ali como mensageiro celestial que surge na forma de um homem (Dn 8:16; 9:21). Suas funções são: revelar o futuro ao interpretar uma visão (Dn 8:17), e dar entendimento e sabedoria ao próprio Daniel (Dn 9:22).

No NT, Gabriel surge somente na narrativa de Lucas que descreve o nascimento de Cristo. Ali, ele é o mensageiro angelical que anuncia grandes eventos: o nascimento de João (Lc 1:11-20) e de Jesus (Lc 1:26-38). Também é apresentado como aquele que "assiste diante de Deus" (Lc 1:19). Destes casos, conclui-se que Gabriel é o portador das grandes mensagens divinas aos homens. Pode-se concluir, dizendo que na Bíblia, Gabriel é o "anjo mensageiro" e Miguel o "anjo guerreiro".

08. O ANJO DO SENHOR
Outro ensino veterotestamentário de grande importância, que por sua vez está estritamente relacionado com as Teofanias, são as aparições do Anjo do Senhor. Optamos por estudar, separadamente, este assunto, em virtude de sua importância crucial, uma vez que as aparições do Anjo do Senhor se constituem em Teofanias, mas especificamente Teofanias onde as aparições de Deus se davam de forma humana.

Desejamos, portanto, apresentar a seguir três argumentos bíblicos que comprovam, indubitavelmente, que o Anjo do Senhor é Jesus Cristo antes de encarnado.

Josué 5:14 - Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, diz a Palavra do Senhor que ele "...se prostrou sobre o seu rosto na terra, e O adorou, e disse-lhE: Que diz meu Senhor ao seu servo?". Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio Senhor (ou melhor, o Senhor Jesus como Segunda Pessoa da Trindade), o anjo (caso fosse simplesmente "um anjo") teria proibido a Josué de adorá-lo, como ocorreu em Ap 19:10 e Ap 22:8,9.

Jz 13:18 - Embora concordemos com o fato de que existem controvérsias a respeito desta passagem, reputamos a mesma como factual e elucidativa. Quando Manoá, pergunta ao Anjo do Senhor, o Seu nome, Ele responde: "...porque perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso ?" Uma comparação desta resposta com a passagem de Is 9:6, demonstra que o Anjo do Senhor que apareceu a Manoá é o Menino que nos fora dado de Isaías. Isto é, o Anjo do Senhor, cujo Nome é Maravilhoso (YHWH), é o próprio Senhor, e ao mesmo tempo o Menino que nos fora dado.

A terceira prova escriturística que queremos apresentar, é que no contexto neotestamentário, a Bíblia deixa de utilizar-se do termo "o Anjo do Senhor" como pessoa específica. Isto é demonstrado pelo fato de que o artigo definido masculino singular "o" deixa de ser utilizado, sendo substituído pelo artigo indefinido "um". Alguns exemplos disto, são os textos de Lc 1:11; At 12:7 e At 12:23, dentre muitos outros. Infelizmente, nem todas as ocorrências de Anjo do Senhor no NT, na versão ARC, se encontram com o artigo indefinido "um", o que ocorre na versão ARA nos textos citados e em outros correlatos.

Esta substituição possui um grande significado. Isto é, no contexto do NT, contemporâneo ou posterior à Encarnação, as manifestações angelicais não eram do Anjo do Senhor, mas meramente de um de Seus anjos, pois o Anjo do Senhor já havia sido manifestado na carne (1Tm 3:16).

09. DOUTRINA DE SATANÁS

A. Sua existência:

1. Ensinada em sete livros do Velho Testamento e reconhecido por todos os escritores do Novo Testamento.

2. Cristo reconheceu e ensinou a existência de Satanás (Mt 13:39; Lc 10:18 e 11:18).

O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos. (Mt 13:39)

E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. (Lc 10:18)

E, se também Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Pois dizeis que eu expulso os demônios por Belzebu. (Lc 11:18)

B. Sua personalidade [é uma pessoa]:

1. [tem] Intelecto (Mt 4; 2Co 11:3) -- cita as Escrituras.

2. [tem] Emoções (Ap 12) -- ira.

3. [tem] Arbítrio (resolução dependente da vontade) (2 Co 2:26 [erro de digitação?]; Is 14; Mt 25:41 e 2Tm 2:26) -- moralmente responsável.

... 3 E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. ... 6 E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. ... 9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. ... (Mt 4:3-11)

Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também ... (2 Co 11:3)

... 7 E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, ... 12 ... Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande IRA, sabendo que já tem pouco tempo. ... 17 E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente ... (Ap 12:7-17)

> ...> 13 E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. 14 Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo >... (Is 14:12-15>)

...> Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; (Mt 25:41) E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos. (2 Tm 2:26) C. Sua natureza:

1. Um ser criado (Ez 28:14,15) -- Portanto tem que responder perante seu criador.

2. Um ser espiritual (Ef 6:11,12).

3. Foi um Querubim (Ez 28:14).

4. O ser angelical mais elevado (Eze 28:12).

5. Limitações:

a. Ele é uma criatura e por conseguinte, não é nem onipotente, nem onipresente nem onisciente.

b. Pode ser resistido pelos salvos (Tg 4:7).

c. Deus lhe colocou certas limitações (Jó 1:12).

6. Traços da personalidade:

a. É um assassino (Jo 8:44a).

b. É um mentiroso (Jo 8:44b).

c. É um pecador confirmado (1Jo 3:8).

d. É um acusador (Ap 12:10).

e. É um adversário (1Pe 5:8).

... 15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. (Ez 28:14-15)

11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. 12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. (Ef 6:11-12) Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. (Ez 28:14)

Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. (Ez 28:12)

Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (Tg 4:7)

E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR. (Jó 1:12)

Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. (Jo 8:44)

Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. (1 Jo 3:8)

E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. (Ap 12:10)

Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; (1 Pe 5:8)

D. Nomes principais:

1. Satanás -- adversário (2Co 11:14).

2. Diabo -- caluniador (Mt 4:1).

3. Serpente -- enganador (Ap 12:9).

4. Lúcifer --portador de luz (Isa 14:12).

5. Maligno (1Jo 5:19).

6. Dragão (Apo 12:17).

7. Príncipe deste mundo (Jo 12:31).

8. O deus deste século (2Co. 4:4).

9. Acusador dos irmãos (Ap 12:10).

10. Belzebu -- príncipe dos demônios (Mt 12:24).

11. Belial (2Co 6:15).

E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. (2 Co 11:14)

Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. (Mt 4:1)

Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! (Is 14:12 Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno. (1 Jo 5:19)

E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo. (Ap 12:17)

Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. (Jo 12:31)

Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. (2 Co 4:4)

E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. (Ap 12:10)

Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios. (Mt 12:24)

E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? (2 Co 6:15)

E. Queda de Satanás:

(compare. Ezequiel 28 e Isaías 14)

1. Seu pecado (Isa 14:5 e 12-15) -- "Eu. . . ."

a. Eu subirei ao céu (Eu tirarei o lugar a Deus).

b. Eu exaltarei meu trono acima das estrelas de Deus (acima dos anjos).

c. Eu me assentarei no monte da congregação na banda dos lados do norte.

d. Eu subirei acima. . . nuvens (a glória de Deus).

e. Eu serei semelhante ao Altíssimo. (Satanás queria ser o possuidor dos céus e da terra.) - O seu pecado foi a soberba (1Ti 3:6) e pode ser caracterizado como o de falsificar Deus (ser semelhante ao Altíssimo) [através do engano, tentar simular e imitar o poder de Deus, para, assim, receber a adoração devida a Ele e tentar tomar-Lhe o lugar, tentar ser igual a Deus] .

.. 11 Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 12 Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. 13 Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardónia, topázio, diamante, turquesa, ónix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. 14 Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. 15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. 16 Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas. 17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. 18 Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem. 19 Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá. ... (Ez 28:1-26) ... 4 Então proferirás este provérbio contra o rei de Babilônia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada! 5 Já quebrantou o SENHOR o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores. 6 Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes, e que com ira dominava sobre as nações agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir. 7 Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando. 8 Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste ninguém sobe contra nós para nos cortar. 9 O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações. 10 Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós. 11 Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão. 12 Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! 13 E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. 14 Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. 15 E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo. 16 Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos? 17 Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos? (Is 14:1-32)

Já quebrantou o SENHOR o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores. (Is 14:5)

12 Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! 13 E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. 14 Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. 15 E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo. (Is 14:12-15)

2. Seu castigo:

a. Expulso da sua posição original do Céu (Ez 28:16).

b. No jardim do Éden (Gn. 3:14-15).

c. Na cruz (Jo 12:31).

d. Barrado totalmente o acesso ao Céu durante [a partir de a metade de] o período da Tribulação (Ap 12:7-13).

e. Confinado no abismo (Ap 20:2).

f. Lançado para dentro do Lago de Fogo (Ap 20:10). Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas. (Ez 28:16)

14 Então o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. 15 E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gn 3:14-15)

Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. (Jo 12:31)

7 E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; 8 Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. 9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. 10 E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. 11 E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte. 12 Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo. 13 E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem. (Ap 12:7-13)

Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. (Apocalipse 20:2)

E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. (Ap 20:10 ) F. Trabalho de Satanás relacionado com:


1. Deus:

a. Tenta opor-se ao plano de Deus em todas as áreas e por todos os meios possíveis.

b. Tenta falsificar o plano de Deus.

c. Tentou Cristo (Mt 4:3-11).

d. Possuiu o corpo de Judas para trair Cristo (Jo 13:27).

3 E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. 4 Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. 5 Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, 6 E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. 7 Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. 8 Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. 9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. 11 Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam. (Mt 4:3-11)

E, após o bocado, entrou nele Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa. (Jo13:27)



2. Descrentes:

a. Cega-lhes as mentes (2Co 4:4).

b. Rouba-lhes a Palavra dos seus corações (Lc 8:12).

c. Usa descrentes para se opor ao trabalho de Deus (Ap 2.13).

d. Reuni-los-á para a batalha do Armagedon (Ap 16:13-16).

e. Atualmente engana-os (Ap 20:3).

Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. (2 Co 4:4)

E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo, e tira-lhes do coração a palavra, para que não se salvem, crendo; (Lc 8:12)

Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. (Ap 2:13)

13 E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. 14 Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso. 15 Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas. 16 E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom. (Ap 16:13-16)

E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pós selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. (Ap 20:3)

3. Crentes:

a. Tenta os crentes para mentirem (At 5:3).

b. Acusa e calunia os crentes (Ap 12:10).

c. Pode impedir o trabalho de um salvo (1Te 2:18).

d. Tenta derrotar-nos através de demônios (Ef 6:12).

e. Tenta-nos para a imoralidade (1Co 7:5).

f. Semeia falsificadores entre os crentes (Mt 13:38,39).

g. Incita perseguição contra os crentes (Ap 2:10).

Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? (Atos 5:3 BRP)

E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. (Ap 12.10 )

Por isso bem quisemos uma e outra vez ir ter convosco, pelo menos eu, Paulo, mas Satanás no-lo impediu. (1 Ts 2.18 )

Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. (Ef 6.12 )

Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois vos ajuntai outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência. (1 Co 7.5 )

Mt 13.38-39 - 38 - O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno; 39 O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos.

Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. (Ap 2.10 )

4. Defesas do crente contra Satanás:

1. Intercessão de Cristo (Hb 7:25; Jo 17.15).

A DOUTRINA DOS ANJOS - ANGELOLOGIA (parte2)

2. Ter a atitude correta para com Satanás (1Pe 5.8 e Jd1:8,9).

3. Estar vigilantes contra Satanás (1Pe 5.8).

4. Tomar uma atitude de resistência contra Satanás, mas por vezes devemos fugir (Tg 4.7 e 2Tm 2:22).

5. Usar a armadura espiritual (Ef 6.11-18).

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. (Hb 7.25 )

Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. (João 17:15 BRP)

Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; (1 Pe 5.8 )

Jd 1.8-9-8-E, contudo, também estes, semelhantemente adormecidos, contaminam a sua carne, e rejeitam a dominação, e vituperam as dignidades. 9 Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda.

Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; (1 Pe 5.8)

Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (T g 4.7 )

FOGE também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor. (2 Timóteo 2:22 BRP)

11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. 12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. 14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; 15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. 17 Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18 Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, (Efésios 6:11-18 BRP)

16. Os anjos na história de Israel
Durante o tempo que se seguiu a monarquia judaica, os anjos tornam-se também eminentes na história do povo escolhido, algumas vezes livrando-os e outras castigando-os. Os anjos sempre estiveram presente na história de Israel, para transmitir a vontade de Deus para eles. Vejamos:

• Um anjo impediu que Abraão matasse Isaque – Gn.22.11-12
• Um anjo guiou Israel no deserto. Êx. 23.20-33
• Um anjo comissionou Gideão a libertar Israel do jugo dos midianitas – Jz. 6.11-14
• Um anjo feriu 70 mil escolhidos de Israel no tempo de Davi –II Sm. 24.14-17
• Um anjo acudiu Elias quando este fugia da fúria de Jezabel – I Rs. 19.5-7
• Durante o cativeiro babilônico um anjo livrou o profeta Daniel da Cova dos leões – Dn. 6.22
• Eliseu certa manhã viu-se cercado de anjos invisíveis aos olhos de seu criado, mas visíveis aos seus – II Rs. 6.14-17
• Um anjo ajudou ao profeta Zacarias na redação do seu livro – Zc. 1.9; 2.3; 4.5
• Um anjo subiu de Boquim e repreendeu os israelitas – Jz. 2.1-5
• Um anjo falou a Josué, quando este se encontrava ao pé de Jericó – Js. 5.13
• Um anjo apareceu ao Moisés do meio de uma sarça ardente – Êx. 3.2

A Bíblia ainda nos fornece vários exemplos em que os anjos estiveram presente na vida do povo eleito, seu ministério é vasto por todo o Antigo Testamento, eles afloram por toda Bíblia!

Estas aparições ou intervenções angelicais na história de Israel, são apenas manifestações tópicas, pois em outras ocasiões os anjos estiveram presentes, porém invisíveis aos olhos humanos. GLÓRIA DEUS!

17. Os anjos no ministério de Jesus
Durante toda sua vida terrena aqui, os anjos acompanharam a vida e o ministério de Jesus, os anjos estiveram com ele em todo tempo.

Vejamos:

• Os anjos anunciaram o seu nascimento – Lc. 2.9-15
• Os anjos serviram à Ele após a tentação no deserto – Mt. 4.11
• Os anjos anunciaram a sua ressurreição – Mt. 28.5-7
• Os anjos estiveram presente na sua ascensão vitoriosa aos céus – At. 1.11
• Os anjos voltarão com Ele em glória, por ocasião do arrebatamento da sua querida igreja – I Ts. 4.16; Jd. 14; Mt. 24.31

O doutor William Cooke, observa cuidadosamente como foi constante a assistência angelical ao Salvador encarnado durante sua vida e ministério aqui entre os homens.

Veja o que eles sentiram quando presenciavam cada detalhe da vida terrena e celestial do Salvador:

• DEUS ENCARNADO! Coisa nova para eles. Eles viram o filho em sua Divindade; mas nunca tinham o visto envolto em sua humanidade.

• DEUS COMO SERVO! Coisa no para eles. Eles o tinham visto como Governador do Universo: mas nunca como um súdito! Enfrentando satanás em conflito e prolongada tentação.

• DEUS TENTADO! Coisa nova para eles. Eles o tinham visto expulsando o arqui-rebelde de sua presença, atirando-o para a perdição mas nunca submetendo para ser tentado por ele.

• DEUS SOFRENDO ESCÁRNIO! Coisa nova para eles. Eles viram miríades de espíritos felizes adorando-o e amando-o; mas nunca o tinham visto pessoalmente insultado e maltratado por criaturas finitas.

• DEUS CRUCIFICADO! Coisa nova para eles. Eles o viram supremamente feliz e glorioso; mas vê-lo agonizando, ouvir aquele gemido agonizante: “Deus meu. Deus meu, porque me desamparaste?” ( Mt. 27.46b ). E contemplar aquele corpo sangrando, tudo para salvar o mundo que se revoltara contra ele! Que amor misterioso! Vê-lo depois de tudo isso entronizado e glorificado em sua forma suprema, era um fato novo na história moral do universo. Todas a s cenas eram cheias de interesse, de maravilhas e de mistério; uma gradação de maravilhas se sucedendo, até que culminaram na presença permanente do Deus-homem, resplandecente com uma glória que enche os Céu dos Céus. GLÓRIA DEUS! 18. Os anjos em relação à pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo

Embora os anjos sejam poderosos, e tenham um lindo ministério que mereça a nossa atenção e admiração, quando confrontamos eles com a pessoa de nosso Senhor Jesus, vimos que eles são inferiores nos seguintes aspectos:

• No nome – o nome de JESUS é mais excelente, e está acima de todo nome – cf. Fp. 2.9b; Hb. 1.4ss
• Na criação – os anjos são criaturas, Jesus é o Criador – Cl. 1.16,17 ; Hb. 1.7-14
• Na Salvação – os anjos são ministros da salvação; Jesus é o autor da Salvação – cf. At. 4.12
• Na adoração – os anjos são adoradores; Jesus é adorado – cf. Hb. 1.6; Ap. 19.10; 22.9

• No poder – os anjos são poderosos; Jesus tem todo poder – cf. Sl. 103.20; Mt. 28.18

19. Os anjos na obra da evangelização

Os anjos de algum modo estão envolvidos na evangelização, auxiliando o povo de Deus a cumprir o ide de Jesus – Mc. 16.15

Os anjos queriam pregar o evangelho – I Ped. 1.12, porém Deus reservou esta tarefa a sua igreja. Não tendo corpo os anjos não podem pregar, pois eles são espíritos – Hb. 1.14, devido a sua condição de espíritos, os anjos não podem testificar de milagres de Deus operados na sua vida, ou testificar que foi curado de alguma doença, nem dizer que recebeu livramento por parte de Deus, nem tão pouco dizer que foram perdoados de seus pecados, pois os mesmos não pecam, a Bíblia não fala em anjos que pecam, mas sim em anjos que pecaram, cf. Jd. 6

Mas se os anjos não podem pregar o evangelho será que os mesmos estão realmente envolvidos na pregação do mesmo? Respondemos que sim, por isso que pregamos nas praças, avenidas, ruas, etc., pois contamos com a presença destes ministros de Deus.

Vejamos alguns exemplos onde os anjos ajudaram na pregação do evangelho:

• Um anjo orientou a Felipe, e o resultado foi a conversão de uma preciosa alma para o Senhor Jesus – At. 8.26
• Um anjo tirou os apóstolos da prisão, e os ordenou que fossem pregar o evangelho de Jesus – At. 5.19-20
• Um anjo apareceu a Cornélio, e mandou que este chamasse a Pedro, e ele diria o que deveria fazer para que fosse salvo – At. 10.3-6

Evidentemente que a missão de pregar o evangelho está sobre a nossa responsabilidade, mas onde quer que vemos o evangelho transformar vida, cremos que de algum modo os anjos estejam totalmente envolvidos.

Conclusão: Amado irmão e irmã, creia que os anjos estão a nos guardar, pois eles são mensageiros de Deus – Hb.1.14, sua presença pode confortar em tempos de crise, por isso esta mensagem sobre os anjos é de grande conforto para os nossos dias, declara o Pr. Billy Graham, por isso não desanime, os anjos estão conosco, nós não estamos só neste mundo: Lembre-se há “milhões e milhões”, “milhares e milhares”, pois os carros ( anjos ) de Deus são vinte milhares, milhares de milhares – Sl. 68.17.

10. COMO DEVEMOS LIDAR COM O DIABO?

A Escritura reivindica prover tudo o que necessitamos para a salvação e santificação (2Tm 3:16-17 e 2Pe 1:3). Contudo, os próprios ensinadores [do movimento] da "Batalha Espiritual" admitem que não existe evidência bíblica que um filho de Deus possa ser demonizado. Se esse é o caso, então obviamente a Escritura não provê nenhum "passos para libertação da possessão demoníaca". Agora, Neil Anderson e C. Fred Dickenson estão nos dizendo que estão nos provendo aquilo que a Palavra de Deus nunca se concedeu nos ensinar. Donde estão estes homens obtendo tal informação? Da experiência -- a mesma fonte donde os carismáticos obtêm os seus ensinos antibíblicos.

1. Nas epístolas existem dez referências a demônios (a maioria relatando certos fatos), mas existem mais de cinqüenta referências para "a carne" como sendo o principal inimigo do crente. A perspectiva do Novo Testamento é que a maior área de conflito é na área da carne, e não na da influência demoníaca.

2. Alguns estão-nos dizendo que demônios têm nomes que refletem suas influências. Nomes tais como "luxúria", "assassinato", "inveja", "mexerico", etc. Contudo, em nenhum lugar na Bíblia nós encontramos qualquer suporte para este ensino. A Escritura explicitamente diz que estas ações são produto da carne (e.g. Gál. 5:19-21 [acima]).

3. Anderson clama que quando lidamos com demônios é um "embate da verdade", e não um "embate de poder". No entanto, quando Jesus ou os Apóstolos expulsavam demônios era sempre um embate de poder. Jesus nunca, nem uma só vez, tentou argumentar com um indivíduo endemoninhado. Nunca, nem uma só vez, Ele lhes pediu para [os demônios] acreditarem na [se renderem à] verdade. Ele sempre energicamente expulsava os demônios dessas pessoas. Ademais, nem uma só pessoa nos Evangelhos jamais veio até Jesus para ser liberta dos demônios. A razão óbvia é que quando um demônio controla alguém, essa pessoa perdeu a sua capacidade para escolher o bem. Em contraste, os ensinadores [do movimento] da "Batalha Espiritual" nos dizem que os crentes estão indo ter com eles em grande número, para serem libertos.

1. Amarrar Satanás

-- baseado na má interpretação de três passagens: Mt 12:29; 16:19 e 18:18. O contexto no entanto revela que Mt 12:29 é uma ilustração do poder pessoal de Cristo sobre Satanás, e não nosso poder. Ademais, Mt 16:19 e 18:18 estão no contexto de cumprir [plenamente] a vontade de Deus na terra, incluindo a disciplina pela igreja.

Ou, como pode alguém entrar em casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa? (Mt 12:29) E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra, acontecerá que já foi ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra acontecerá que já foi desligado nos céus (Mt 16:19).

Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra, acontecerá que já foi ligado no céu; e tudo o que desligardes na terra acontecerá que já foi desligado no céu. (Mt 18.18.)

2. Repreender o diabo

-- os crentes nunca são instruídos a repreender o diabo ou seus demônios. O Novo Testamento vê repreender como uma prerrogativa exclusiva de Jesus (Jd 9). Ademais, isto é marca dum falso profeta (2 Pe 2:4-12; Judas 1:8,9). Então, por que é que as pessoas repreendem o diabo? 2 Pe 2:12 e Judas 1:10 dizem que eles fazem isso porque não entendem o que estão fazendo. 2 Pe 2:10 sugere que fazem isso por causa da arrogância.

8 E, contudo, também estes, semelhantemente adormecidos, contaminam a sua carne, e rejeitam a dominação, e vituperam as dignidades. 9 Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. 10 Estes, porém, dizem mal do que não sabem; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem. (J d 8-10)

... 9 Assim sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados; 10 Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades; 11 Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. 12 Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, (2 Pe 2.4-12)

3. Orar o sangue
-- Esta frase ou idéia não é encontrada no Novo Testamento. O sangue de Cristo nos purifica/liberta do pecado.

4. Maldições herdadas -- quatro razões porque tal idéia é incorreta

a. A salvação nos liberta de todos os pecados -- incluindo pecados de ocultismo. A Bíblia não reconhece pecados de ocultismo como uma categoria especial, que não foi tratada na cruz.

b. Êx 20.5 se refere à escolha de cada geração em seguir os pecados dos seus ancestrais. Ez 18.10-20 diz que cada um de nós será tratado de acordo com os seus próprios pecado.

c. Êx 20.5-6 e D t 5.9-10 lidam com Israel -- não com a igreja.

d. Não existe nem um único exemplo na Bíblia de uma pessoa salva estar sob uma maldição satânica, que tenha que ser "quebrada" por exorcistas cristãos ou por uma confissão especial [distinta da confissão do nosso pecado e confissão de que Cristo é nosso Salvador e Senhor, confissões feitas na nossa salvação].

e. Espíritos territoriais.

5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 6 E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. (Êx 20.5-6)

9 Não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até à terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 10 E faço misericórdia a milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos. (D t 5.9-10)

... 14 E eis que também, se ele gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez e, vendo-os, não cometer coisas semelhantes ... 17 Desviar do pobre a sua mão, não receber usura e juros, cumprir os meus juízos, e andar nos meus estatutos, o tal não morrerá pela iniqüidade de seu pai; certamente viverá. ... 20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. (Ez 18.10-20)

INSTRUÇÕES BÍBLICAS CONCERNENTES AO LIDAR COM DEMÔNIOS

A. Que Satanás e seus demônios estão ativamente envolvidos em tentar destruir nossas vidas é evidente através de toda a Escritura

1Pe 5.8 talvez resume o esforço e objetivos de Satanás melhor que qualquer outra passagem na Bíblia A grande questão é como é que nós devemos lidar com seus furiosos ataques de emboscada? Hoje, alguns ensinam que devemos repreender ou amarrar Satanás.

Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; (1Pe 5.8)

B. Em referência a Satanás, é-nos ensinado que devemos ter um papel defensivo

Quando crentes tomam a ofensiva contra Satanás, estão ultrapassando as suas fronteiras legítimas, e se envolvendo em situações que o Senhor nunca tinha planejado para eles. Ao invés de instruções concernentes ao exorcismo, amarramento, repreensão, etc., são ensinados (nos únicos três locais no Novo Testamento onde instruções são dadas concernentes a lidar com Satanás) a resistir ao Diabo (1Pe 5.6-9; Tg 4.7 e Ef 6.10-18).

Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. (1Pe 5.6-9)

Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (Tg 4.7)

No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, (Ef 6.10-18) C. Somente a passagem em Efésios 6 nos ensina como resistir

i.e., vestindo a armadura de Deus. Paulo, como prisioneiro na altura que escreveu a epístola aos Efésios, observava diariamente a armadura protetora dos soldados que o guardavam. Usando a armadura como ilustração, Paulo explica-nos como podemos ficar firmes contras as astutas ciladas do Diabo. Seis peças da armadura são necessárias para a total proteção do crente contra os ataques de Satanás:

1. O Cinto da Verdade (6.14) --
O cinto era essencial para manter as outras peças da armadura no lugar e para assegurar a liberdade de movimento, segurando a longa túnica que os soldados usavam. A verdade aqui mencionada é a verdade objetiva da Palavra de Deus. Deus quer que sejamos completamente dominados e controlados pela verdade da Bíblia. É por causa de muitos Cristão não estarem completamente compenetrados com a absoluta verdade e autoridade final da Palavra de Deus que eles são ineficazes na batalha espiritual. Devemos tomar 2Tm 3.16,17 e 2 Pe 1:3 seriamente. Isto deve ser a nossa premissa.

Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; (Ef 6.14)

Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (2 Tm 3.16-17)

Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; (2 Pe 1.3)

2. A Couraça da Justiça (6.14) --
O [coração e demais] órgãos vitais de cada soldado Romano eram protegidos pela sua couraça. As pessoas necessitam de dois tipos de justiça que protegem seus pensamentos, emoções e vontades:

a. "Justiça oriunda da salvação" que é nos dada no momento da conversão (Rm. 4:5). Esta é a justiça de Cristo, e é-nos imputada sem mérito da nossa parte, quando confiamos em Cristo para o perdão dos nossos pecados.

b. "Justiça Pessoal" que se refere à justiça produzida nas nossas vidas pelo Espírito Santo. Isto toma lugar na vida dum crente quando reconhece o seu pecado e se volta para Cristo. Escolher viver "corretamente" é uma grande proteção.

Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; (Ef 6.14)

Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça. (Rm 4.5)

3. Sapatos do Evangelho da Paz (6.15) --
[o leitor] Irá notar que devemos ter os pés calçados na preparação do evangelho da paz. Isto fala da prontidão, firmeza de pés, mobilidade e proteção que advêm de termos o evangelho da paz. O que nos assegura a vitória final sobre Satanás é que temos paz com Deus (Rm 5.1,2). Portanto, podemos ficar firmes e inarredáveis porque nossos pés estão firmemente seguros na nossa inabalável relação com Deus.

E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; (Ef 6.15)

Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. (Rm 5:2)

4. Escudo da Fé (6.16) --

Isto fala não da "fé para salvação" (pois essas pessoas já estão salvas), mas de uma "fé viva", uma confiança nas promessas e no poder de Deus. A principal arma de Satanás é nos fazer duvidar da Palavra de Deus. É pela fé em Deus e na Sua Palavra que somos capazes de lidar com quaisquer artimanhas que Satanás possa levantar no nosso caminho. Somente por tirar nosso olhar de nós mesmos e voltá-lo para Deus, colocando nossa confiança n´Ele tanto para a vida quanto para a morte e eternidade, confiando somente na Sua Palavra de revelação e de promessa, é que é possível repelir a chuva de mísseis inflamados de Satanás.

Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. (Ef 6.16)
5. Capacete da Salvação (6.17) --
1Ts 5.8 clarifica o sentido da expressão. O autor está falando não do leitor da epístola tornar-se salvo, mas antes no leitor ter a "esperança da salvação". Quer isto dizer, termos a certeza absoluta da nossa salvação, não importa o quão feroz se possa tornar a batalha.

Não fosse pelo fato que, mesmo no meio das maiores dificuldades e perseguições, a segurança de salvação habita em nossos corações, poderíamos facilmente desertar da batalha. O capacete da salvação nos capacita a irmos para a batalha com completa confiança, não em nós, mas no nosso Deus (Fp 1.6).

Que Deus nos ajude a aprender pelos princípios da sua Palavra o modelo ideal de como devemos lidar com o mundo invisível e espiritual tanto dos anjos quanto dos demônios.

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus. Amém



A HISTORIA DA IGREJA

(BREVE RESUMO)

ROMANOS - Dominavam o mundo em 50 AD, possuíam uma administração eficiente em termos de governo e política. Religião predominantemente Cristã, “Paz Universal” (Pax Romana), tempo definitivo que acabaram-se as guerras, tornando as viagens mais seguras e cômodas.

GREGOS - Possuíam alta intelectualidade, Filosofias, no séc.III aC surgiu Sócrates discutindo assuntos relacionados a pensamentos cristãos, e o grande enfoque é a língua Grega que fora utilizada como universal, mais conhecida como KOINE ou dialeto comum.

JUDEUS - O Judaísmo, enquanto religião mais antiga e monoteístas, eram também mais bem organizados e possuíam os escritos do Pentateuco (Gen., Êx., Lev., Núm. e Deut.), onde continham relatos de vida com Deus. A dispersão dos Judeus em virtude dos Cativeiros, contribuíram para a expansão do cristianismo e a esperança de um Salvador.
APOSTASIA A NOVA RELIGIÃO

Romana - Seitas heréticas - helenistas, teologia espírita.

Judaica - Não acreditavam ser Jesus o Messias

Grega - Povo muito racional - Filosofias - Epicurísmo - superficial, interesseiros, egoístas,                      Estoicísmo - criteriosos, radicais em seus                          ensinos doutrinários.

Jesus mesmo, não veio constituir uma nova religião, até por que ele era Judeu e pertencia ao Judaísmo (Jo.1.12).
    Jesus ensinou o batismo com água para purificação, consagração do discipulado (formação de líderes), Ceia do Senhor em celebração de seus sacrifícios.
    Após a ascensão de Cristo e o dia de Pentecostes, iniciou-se o trabalho de propagação do evangelho. Vemos Pedro (considerado primeiro Papa). Logo surgiram os primeiros missionários.
    Com a igreja primitiva era na sua maioria pessoas pobres, não possuíam condições de construírem um templo próprio, assim iniciaram-se as reuniões domésticas.

AMBIENTE EM QUE CRESCIA A IGREJA

    Domínio do império Romano, decadência moral e organizacional (Províncias), desonestidade comercial, exploração da mão de obra escrava, prostituição, desvalor ao casamento.
    Com isto ocorrido, os inimigos Germânicos atacaram e dominaram os Governos outrora Romano e Dioclesiano observando a extensão das terras dividiram-na em quatro governos, sendo dois que ficariam em Roma e dois em Nicomédia, na Ásia Menor. Sua duração foi curta dado que Constantino veio e dominou todos, tornando-se único governante ou imperador.

APOLOGISTAS OU DEFENSORES INTELECTUAIS DO CRISTIANÍSMO

    Justino - Grego, Filósofo, depois de conhecer a Cristo, percorria todos os lugares que os filósofos ensinavam dizendo ser Cristo como verdade absoluta, até seu martírio (100 - 165).
    Tertuliano - Advogado, ao se converter para o cristianismo, já era dominador da verbalização e pensamentos extraordinários, colocou-se então em defesa dos cristão contra as falsas acusações, salientando o poder da verdade cristã. (160-320)
    Orígenes de Alexandria, cristão desde seu nascimento, grande mestre com apenas 18 anos, ensinava as verdades cristãs nas escolas para cristãos e não cristãos.


PERSEGUIÇÕES

    Nero, imperador de Roma (54-68), forçava os cristãos a cultuarem outros deuses decretado pelo Estado, os únicos dispensados deste decreto eram os judeus enquanto que os cristãos eram considerados anarquistas, sacrilégios, ateus e traidores ao Estado. (Ex. Mulçumanos com imposições no Oriente Médio quanto a adoração à Maomé).
    Eles temiam que os cristãos tornassem opositores políticos, dada a ministração da ceia ser efetuada com as portas fechadas, levando o governo a imaginar que estes fossem uma perigosa sociedade secreta. Foi esta uma das razões pelas quais Nero incendiou Roma e culpou os cristãos.
    Depois de um período de paz, veio o imperador Décio e seus dois sucessores em ( 250-260 AD) onde mataram vários cristãos e levaram muitos a se afastarem da fé com medo de morrerem. Logo em seguida veio a PAX LONGA ( 260-303), onde o povo novamente se fortaleceu, suportando a perseguição de Dioclesiano que teve menor duração.
ÉDITO DE TOLERÂNCIA

    Galério, imperador no Oriente, publicou em 311, seguido por Constantino e Licínio, imperadores do Ocidente e Oriente que publicaram o Édito de Tolerância de Milão, ou seja, liberdade religiosa e por fim a perseguição, com objetivo de conseguirem apoio político, onde mais tarde, Constantino tornar-se-ia PONTIFEX MAXIMUS, Sumo Sacerdote.
    Martinho, bispo de Tour, também contribuiu para o fortalecimento do Cristianismo dada sua formação, ao mesmo tempo Ulfilas realizava uma extraordinária obra missionária entre os Godos, traduzindo grande parte da Bíblia para a língua desses povos. Muitos iam para esta região dado o benefícios propostos aos cristãos, sendo, hospitais, hospícios para os estrangeiros, orfanatos, etc.). O cristianismo espalhou-se rapidamente nas regiões onde ainda não existia uma religião formada (Grécia, alto Egito, Norte da Itália, Espanha, França e nas terras ao longo do Reno e do Danúbio).
    Juliano, quando assumiu o Governo, pós Constantino, tentou restaurar o paganismo. Logo Teodósio, imperador cristão do oriente, decretou que todos súditos do governo deveriam aceitar a fé cristã como estabelecida pelo Concílio de Nicéia em 325AD.



DECLÍNIO MORAL

“Recomendo que assistam, Em Nome de Deus, que pode ser encontrado em qualquer locadora.”

    Com o declínio moral, surgiram as penas severas para ofensas menores, confissões públicas, jejuns e orações e para mais graves, excomunhão, que tinha-se como um doente de lepra.
    Surgiu ainda um movimento chamado Monaquísmo, composto por homens que em luta da santidade, acreditavam que para se obter Salvação, era necessário isolar-se, recolhendo-se em mosteiros, vivendo em pobres alojamentos, vestir-se sem conforto, alimentar-se muito pouco, flagelar-se em penitências e viver em celibato.
    Por volta do século VI, Bento de Nursia, na Itália, organizou como regra Beneditina, essas obrigações acima citadas.
    No Concílio de Nicéia e de Calcedônia, discutiam as divergências cristológicas como a Encarnação e a Trindade.
    Surgiram dois grandes homens, lutando pelo resgate da moral, Jerônimo e Agostinho.
    JERÔNIMO - 340 Viena, viveu numa cela de certo mosteiro de Belém, viveu até 420 estudando e escrevendo a tradução do A.T. para latim e revisou o N.T. em latim, depois conhecida como Vulgata.
    AGOSTINHO - Era filho de cristãos, mais ele era quase irreligioso. Em Milão ouviu a pregação de Ambrósio, nobre bispo, que abalou-o profundamente. Quando certo dia, estava no Jardim de sua casa e ouviu o filho do vizinho dizer-lhe: “Tolle, lege” (Toma e lê), tomou e abriu em Rm. 13.13,14, levou-o a conversão em 387. Oito anos mais tarde, tornou-se bispo de Hipona, cidade Africana.
    Os mártires eram transformados em Santos e adorados nos templos, com isso acreditavam que só a Igreja Católica tinha Salvação dado o Governo de 5 bispos, de Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém, só estes é que tinham os dons espirituais dado pelos Apóstolos.
    Pelo destaque do bispo de Roma e por acreditar na autoridade que Cristo delegou a Pedro sobre os outros apóstolos, viu-se a necessidade de eleger um único líder que seria chamado de Papa, que significa pai.
    Neste período surgiram várias correntes opositoras e até com os mesmos ideais sendo:
    - Igreja Nestoriana
    - Igreja Monofisistas - Armênia
                Jacobita
                Copta
    - Igreja Católica - Mariolatría e aos Santos
             Culto das Relíquias (ossos, algemas...), utilizados para expulsão de demônios.


CONQUISTAS DOS MULÇUMANOS

    Tinham Maomé como dedicado líder, religioso, que lutavam pelo objetivo principal, a devoção à um único Deus. Os árabes guerreiros conquistavam os povos e os obrigavam a adotarem sua religião como a única religião.
    CARLOS MAGNO - Reinava em paralelo com o Papa, coroado posteriormente pelo Papa Leão III como imperador de Roma.
    A Igreja na França, no Séc. VIII - “A maioria dos Sacerdotes era constituida de escravos foragidos ou criminosos que alcançaram a tonsura (corte específico), sem qualquer ordenação. Seus bispados eram considerados como propriedades particulares e abertamente vendidos a quem desse mais... O Arcebispo de Ruão não sabia ler; seu irmão de Tréves, nunca fôra ordenado... Embriaguez e adultério eram os menores vícios de um clero que tinha apodrecido até a medula.”
    SIMONIA - Venda dos o ofícios eclesiástico. Até o Papa a partir de 890, era vergonhoso.
    Logo que imperador Oto I (Séc. X ou ano 1000), o poder, durante 40 anos, escolhiam melhor os que exerceriam cargos eclesiásticos até quando Benedito IX cuja depravação, roubos assassínios finalmente provocaram uma revolta do povo romano que o expulsou reassumindo o poder do Papa.
    Guerra contra a Simonia e a Separação - Igreja e Governo.
    Outro objetivo restaurador era a obrigação do celibato para e clero, atingindo seus objetivos em 1049, o Papa Leão IX.
    O maior Papa da história foi Hildebrando em 1073, provocou grandes reformas como, tirar do poder do império a escolha do líder da Igreja o Papa e passando a ser escolhido por cardeais da própria igreja. Tirou ainda o poder dos reis, escolherem os Bispos e só a igreja. A Igreja Presbiteriana Escocesa em 1843 deixaram a Escócia e organizaram a igreja livre porque não admitiam que seus ministros fossem pelos Senhores Feudais.
    Logo que assumiu o papado, Hildebrando travou guerra contra os reis que não queriam abrir mão desta função de escolher os líderes e praticarem a Simonia.
    O imperador Henrique IV, imperador Germânico ou Santo império Romano, tirano e obstinado, resolveu enfrentar o Papa.
    Depois de conferências e ameaças, Hildebrando excomungou o imperador e o depôs do trono. Para não ser banido do trono definitivamente, pois excomunhão tinha um prazo de um ano. No termino deste prazo os nobres decidiram escolher um substituto para Henrique, eliminando-o de vez. Percebendo isso, Henrique pegou sua esposa e seu filho e caminharam 3 dias por montanhas e neves afim de reconciliar-se com o Papa, sem sucesso. Os povos se revoltavam com a severidade do Papa e uniram-se a Henrique para destronar o Papa, e Henrique IV reassumir o poder enquanto Hildebrando fugiu de Roma.
    Outro objetivo de Hildebrando era libertar o clero da abolição do casamento, pois um líder casado não poderia dedicar-se por completo a Igreja.

CONFISSÃO, PENDÊNCIAS E ABSOLVIÇÃO

    Todos eram obrigados a se confessar ao sacerdote pelo menos uma vez por ano. Foi decidido no concílio Lateranense de 1215, no papado de Inocêncio III sucessor de Hildebrando, tornou obrigatória a confissão anual, aqueles que alcançavam os anos da descrição.
    As pendências consistia em atos que envolviam sacrifícios como, por exemplo, jejuns, flagelações, peregrinações, etc. Os sacerdotes possuíam um livro com todas as penitências de acordo com os pecados. Os sacerdotes possuíam poderes divinos para perdoar o pecado livrando do purgatório dando cartas de indulgências.
    Excomunhão era aterrorizante, os fiéis perdiam os privilégios e eram isolados dos demais fiéis.
    INQUISIÇÃO - Organização eclesiástica destinada a indagar, descobrir e punir o que a Igreja considerava heresia ou discordância dos seus ensinos.
    SISTEMA SACRAMENTEL - Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema Unção, Ordem e Matrimônio, estes constituíam meio de Salvação.
    JOÃO WYCLIFF - (nasceu entre 1320 e 1330) O homem mais culto da universidade de Oxford, padre de Lutterworth. Sua primeira investidura foi contra o suposto direito do papa de cobrar impostos ou taxas na Inglaterra em segundo se opôs a doutrina da transubstanciação. Traduziu a Bíblia, da Vulgata (versão latina) para o Inglês.
    JOÃO HUSS - Desafiou em 1412 o papa João XXIII escrevendo um livro “Lei de Cristo” que declarava que o uso do N. T. era suficiente para guiar a igreja e que o papa deveria ser respeitado até quando estivesse em concordância com N. T.. Huss foi julgado negligentemente e condenado como Wycliff, como herege.
    MARTINHO LUTERO - (1483-1546) Alemão sempre religioso, estudou Direito e para infelicidade do pai e dos amigos, tornou-se monge entrando para o Convento dos Agostinhos em 1505, em Erfurt. Excedeu-se em Jejuns, vigílias, flagelações e procurava do seu confessor a absolvição para os mais leves pecados, até que o aconselharam a moderar a sua austeridade e a confessar-se menos vezes. Para livrar seu pai do purgatório, subiu de joelhos a Scala Sancta, a escadaria que se diz ter sido trazida da casa de Pilatos; repetindo a cada degrau o Pai nosso. Ao chegar no topo surgiu-lhe uma pergunta: “Quem sabe se tudo isto é verdade?”.
    Em 1513, enquanto lia a Epístola aos Romanos, em sua cela, encontrou estas palavras: “Mas o justo viverá da fé.” Isto lhe trouxe o que a tanto tempo vinha procurando.
    Em 1517, surgiu um homem chamado Tetzel, enviado pelo arcebispo de Mogúncia para vender as indulgências emitidas pelo Papa. Com o tráfico das indulgências, Lutero percebeu que o povo estava se distanciando dos ensinos a respeito de Deus, enfraquecendo seriamente a vida moral.
    Nas universidades medievais era costume opor-se, em lugares públicos, a defesa ou ataque de certas opiniões. Chegado o dia 31/10/1517, véspera do dia de Todos os Santos, quando enorme multidão compareceria à Igreja do Castelo, na cidade de Wittenberg, Lutero colocou às portas dessa igreja suas 95 Teses que tratavam do caso das indulgências.
    O Papa Leão X, intimou Lutero comparecer em Roma o que significaria morte na certa. Pela sua popularidade na Alemanha foi permitido que seu caso fosse estudado na própria Alemanha. Foi desafiado a um debate por um defensor da igreja onde Lutero afirmou que o Papa não tinha autoridade divina e que os Concílios eclesiásticos não eram infalíveis. Essas afirmações significaram seu rompimento definitivo e irrevogável com a igreja Papal.
   
HULRICO ZUINGLIO - Nasceu em 1484. Quando Lutero tinha apenas 52 dias de idade em Wildhaus, ao leste da Suiça. Tornou-se Sacerdote somente por haver na família outros clérigos. Em 1516 tomou o N T em Grego de Erasmo, copiou à mão as epístolas de Paulo e as lia constantemente. No lugar em que residia como Sacerdote ficou revoltado com a insensatez das superstições existentes ali sendo estimulado pela própria Igreja Romana.
    Em 1522 acometido por uma doença, aprofundava-se ainda mais a sua vida religiosa, distanciando do papado. Haja visto o Concílio de Zurique querer romper com controvérsias religiosas.
    Zuínglio propunha reforma onde: o sacerdócio de todos os Cristãos, declarou ainda que o homem é salvo pela fé em Deus e não pelas obras exigidas pela Igreja Romana. Exaltou a autoridade da Bíblia acima da da Igreja papal.
    Atacou o primado do papa, a missa (Eucaristia) e o celibato do clero, rompendo assim definitivamente com o papado. Lutou pela remoção de tudo que cheirasse à velha ordem religiosa, a começar pela remoção da cruz da mesa da comunhão.
    Um ponto de divergência entre Lutero e Zuínglio que não permitia a fusão de Luteranos e Zuínglianos, foi as diferenças no modo de ministração e crença da Eucaristia. Em 1531, Zuínglio morreu num campo de batalha.

    JOÃO CALVINO - (1509-1564) nasceu em Noyon, na Picardia - França. Seu pai era um rico Advogado ligado a nobreza e ao clero da sua terra. Com 14 anos de idade foi para Paris para realizar seus estudos preparatórios para a sua carreira eclesiástica. Ao completar 19 anos o pai decidiu que deveria estudar Direito, o que fez em Orleans. Com o falecimento de seu pai em 1531, resolveu estudar letras.João Calvino declarou-se protestante em 1533 e ao fim do ano teve que fugir de Paris acompanhado dos outros protestantes em virtude de uma feroz perseguição.
    Proporcionou grandes mudanças religiosas e educacional em Genebra chegando a ser Governador nos seus últimos 9 anos de vida. Serveto, médico espanhol, foi condenado a fogueira por Calvino dadas as heresias propostas por ele.

    GUERRA RELIGIOSA - Hungenotes (derivado de Rei Hugo)
                 Catarina de Médicis (Rainha regente)
    Matou dezenas de milhares protestantes e foi congratulada pelo Papa por esta atitude.

    JOÃO KNOX - Nasceu em 1515, foi um discípulo de João Calvino, tornou-se grande reformador da Escócia. Lutou duramente contra reis e nobres que queriam impor o catolicismo romano.

    JOÃO WESLEY - Fundador da Metodista, dado ser muito metódico. No começo não era reconhecida como igrejas, depois tornou-se Metodista Wesleyana onde na Inglaterra possuía muitos adeptos.
    Grande avivalista religioso na Inglaterra tendo apoio de seu irmão Carlos Wesley e Witfield.
O PENTECOSTALÍSMO NO BRASIL

    Começou em 1910 indo até 1950, quando surgiram no Brasil as duas principais Igrejas Pentecostais, que são as Assembléias de Deus e a Congregação Cristã do Brasil.
    Para entendermos melhor o Pentecostalísmo é necessário remontarmos ao ano de 1906, em Los Angeles Califórnia. Em Topeka, Charles Pahram defendia o batismo do Espírito Santo, e a idéia de falar em línguas, era um dos sinais que comprovavam o batismo. O Pregador Seymour, aluno de Charles Pahram, pregou na Igreja Evangélica de Nelly Terry em Los Angeles, enfatizando o batismo do Espírito Santo, baseado em At.2.4, e acabou sendo expulso de Nelly Terry. Após este ocorrido, Seymour começou a fazer reuniões onde um menino de 8 anos falou em línguas, seguido de outras pessoas que começaram o movimento Pentecostal na América.
    Um Pastor da Igreja Batista de Chicago, ao visitar uma das reuniões de Seymour, também falou em línguas.
    No Brasil, o pentecostalísmo está ligado diretamente ao movimento de Los Angeles e Chicago, pois em 1907, Louis Francescon recebeu o batismo do Espírito Santo e falou em línguas na Missão de William, H.Durhram, da Av. Norte, em Chicago. E em 1909 sentiu-se impulsionado a vir para o Brasil, onde São Paulo entrou em contato com uma Igreja Presbiteriana no Brás.
    Por causa do falar em línguas, foi mandado embora da Igreja Presbiteriana, foi quando fundou a segunda maior igreja pentecostal do Brasil, a Igreja Congregação Cristã do Brasil.
    A Assembléia de Deus, fundada 1911, por dois missionários Batistas, Daniel Berg e Gunarvingli que vieram em missões aportaram em Belém, espalhando-se pelo Nordeste e depois muito lentamente pelo Sul, chegando em São Paulo em 1927.
    Outras igrejas que fazem parte atualmente da evangelização do Brasil, e que vieram para cá na primeira metade do século são; Igreja do Evangelho Quadrangular da Cruzada Nacional de Evangelização. Em 1907, Aimee Semple McPhrson, ouviu Robert Semple pregar e converteu-se vindo a ter uma experiência de cura divina no ano seguinte com o Pr. Durhram, o mesmo que havia influenciado Daniel Berg e Louis Francescon, com isto, Aimee foi ser missionária na China onde não ficou muito tempo, voltando para o EUA, onde fundou na cidade de Los Angeles, a Igreja do Evangelho Quadrangular.
    Em 1952, a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, convidou Harold Williams e Raymond Boatright para pregações de cura divina no País, os missionários da Igreja do Evangelho Quadrangular, integraram então o Movimento da Cruzada Nacional de Evangelização, ocorrendo em São Paulo nos templos da Igreja presbiteriana Independente no bairro do Brás, Cambucí, nas cidades de Assis e Botucatu, espalhando-se logo o movimento através de tendas e lonas armadas em terrenos baldios, parecendo com Circos e como resultado no ano seguinte em 1953, organizou-se no Brasil como Igreja do Evangelho Quadrangular.
    Com o movimento de cura divina, abalou o país, envolvendo muitos pastores e líderes religiosos de várias outras denominações, como, Igreja Evangélica do Avivamento Bíblico, Igreja O Brasil para Cristo, Igreja de Cristo Pentecostal, vindo ser a Igreja do Evangelho Quadrangular o estopim da grande explosão pentecostal em nosso país.
    A Igreja Quadrangular recebeu este nome por causa da doutrina que segundo sua fundadora, afirmou que o evangelho repousa sobre quatro pilares, Cristo o Salvador, Cristo o batizador com o Espírito Santo, Cristo o Médico e Cristo o rei que há de voltar. Isto foi resultado de uma visão que a Pastora Aimee recebeu quando pregava para 8.000 pessoas em Oacland no ano de 1922.
    Em 1956 o Pastor Manoel de Mello, fundou a Igreja o Brasil para Cristo, onde seguia em estilo similar ao da Assembléia de Deus, onde o mesmo era membro, passando a evangelista da Cruzada nacional e depois então fundando sua própria igreja.
NATUREZA DA IGREJA

    Segundo Paul Minear, existem mais de 80 termos Neotestamentários que delineiam o significado e o propósito da Igreja.
- Povo de Deus (II Cor. 6.16; cf. Lv.26.12)
- Povo adquirido (I Pe.2.9,10; cf. Dt.10.15;05.1.10)
    Robert L. Saucy afirmou em uma de suas frases que a Igreja é “um povo chamado para fora por Deus, incorporado em Cristo e habitado pelo Espírito.”
- Povo eleito não predestinado, fazendo acepção de pessoas e sim um grupo que buscasse ativamente santificar os crentes e conformá-los à imagem de Cristo (Rm. 8.28,29)
- Santos - (I Cor.1.2)
- “Crentes” - termo grego pistoi (“os fiéis”), vivem continuamente em atitude de fé e não conforme a teoria Calvinista.
- “Irmãos” - gr. adelphoi, termo genérico (tanto faz homem ou mulher) chamados para amor não somente a Deus mais a seu próximo (I Jo.3.16). Posição de igualdade perante o Senhor (Mt.23.8), sem a existência de uma hierarquia.
- “Discípulos” - gr. mathêtai, aprendizes, alunos ou estudantes. Isto implica em o aluno não só prestar atenção no professor, mas ser imitador do caráter e a conduta do professor. (Jo.8.31). (Lc.14.26-33) não é fácil ser discípulo.
- CORPO DE CRISTO - (I Cor. 12.4-7,12-14; Cl.1.18) Unidade entre os membros.  Deus não convocou e dotou todos com os mesmos dons e sim cada  qual diferente, a fim de que se tenha um funcionamento melhor quando cada parte (membro) cumpre com eficiência o papel (convocação) a que foi destinado (I Cor. 12.7-11,27-33; cf Rm.12.4-8). Implica em ajudarmos um irmão a levar seu fardo (Gl.                 6.2) ou ajudar na restauração de quem caiu no pecado (Gl.6.1).
 “Um reino dividido não subside”.
            O último aspecto na figura do corpo de Cristo é o relacionamento                 entre o corpo e sua Cabeça. (Ef.1.22,23;5.23;4.15,16)

- TEMPLO DO ESPÍRITO - (I Cor. 3.11) fundamento em Cristo, estrutura, alicerce  (Ef. 2.20) fundamento dos apóstolos e dos profetas.  Pedra da esquina (Ef. 2.20,21;cf- I Pe. 2.6,7). Era esta a maior que as demais pedras onde ia descrito os nomes dos principais benfeitores e a data e que a partir dela orientava o desenvolvimento do projeto para o restante da edificação e dava simetria à obra inteira. As demais pedras ficavam ligadas a esta e chamadas por Pedro de Pedras vivas (gr. Lithoi Zântes)(I Pe.2.5). “Gerúndio” (ação contínua) O termo utilizado pelo Apóstolo Paulo em I Cor.3.6;II6.16ss. é “noos” que significa o Santuário interior, Santo dos Santos onde o Senhor manifesta a sua presença  de uma maneira especial e não como comumente que se refere ao templo inteiro inclusive os átrios.

- SACERDÓCIO DOS CRENTES - (I Pe. 2.5,9)

- NOIVA DE CRISTO - (Ef.5.23-32)

- REBANHO DO BOM PASTOR (Jo. 10.1-18)

- SARMENTOS DA VIDEIRA VERDADEIRA (Jo. 15.1-8)

- ASSEMBLÉIA DO POVO DE ISRAEL (At.7.38)

- ASSEMBLÉIA DOS CIDADÃOS DE UMA CIDADE PAGÃ (At.19.32,39,41)

- IGREJA OU ASSEMBLÉIA LOCAL (I Co.1.2)





PARACLETOLOGIA
(A DOUTRINA DO ESPIRITO SANTO)

Esta doutrina segue em ordem a doutrina de Jesus e a da salvação, por que é ele, o Espírito Santo que aplica a obra de Jesus nos corações dos homens. É um engano pensarmos que o Espírito Santo é uma força que influencia. O Espírito Santo é com certeza o próprio Deus Pai.


Os nomes do Espírito Santo

a.     ESPÍRITO – I Co 2. 10

• O termo grego "PNEUMA", aplicado ao Esp. Santo, tanto envolve o pensamento de "fôlego" como o de "vento". a.1. – Como fôlego – Jo 20. 22/ Gn 2. 7/ Sl 104. 30/ Jó 33. 4/ Ez 37. 1 – 10

a.2. – Como vento – Jo 3.6 – 8/ At 2 : 1 – 4 O Espírito é o hálito de Deus – a vida de Deus que dEle sai para vivificar.

OS SÍMBOLOS APLICADOS AO ESPÍRITO. SANTO.

      Ele é comparado com ÁGUA – Jo 7. 38 – 39; Jo 4. 14 – Ele vivifica

      Ele é comparado com ÓLEO – Lc 4.18; At 10. 38; 2 Co1. 21; I jo 2. 20 - Que Ele ilumina e prepara para o serviço de Deus.

      Ele é comparado com uma POMBA – MT 3. 16; Mc 1. 10; Lc 3. 22/ Jo 1. 32 sua pureza.

      Ele é comparado com um SELO – 2 Co 1. 22; Ef 1. 13 e 4: 30 É garantia de nossa redenção.

      Ele é comparado com VESTIMENTA – Lc 24. 49 – Cobrir de santidade.

      Ele é comparado a um PENHOR - 2 Co 1 22 e 5. 5; Ef 1. 14 – Ele nunca falha.

      Ele é comparado com FOGO – At 2. 3 – Ele aquece nossos corações.

      Ele é comparado com um SERVO – Gn 24 – Está sempre pronto a nos servir.

a.     ESPÍRITO SANTO – Lc 11. 13; Rm 1. 4

b.     O caráter moral essencial do Espírito é salientado nesse nome. Ele é SANTO (maior atributo de DEUS), em pessoa e caráter, e também é o autor direto da Santidade do homem. O nome Esp. Santo é tomado com toda freqüência, não por ser este mais Santo que os demais da Divindade, mas porque oficialmente sua Obra é Santificar.

c.     ESPÍRITO ETERNO – Hb 9. 14

• Assim como a eternidade é atributo ou característica da natureza de Deus, semelhantemente a eternidade é atributo do Esp. Santo como uma das distinções pessoais no Ser de Deus.

- NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM DEUS.

a.     O ESPÍRITO DE DEUS – Is 11. 2
b.     O ESPÍRITO DO SENHOR JEOVÁ – Is 61. 1
c.     O ESPÍRITO DO DEUS VIVO – 2 Co 3 : 3

NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM O FILHO DE DEUS.

a.     O ESPÍRITO DE CRISTO – Rm 8. 9/ At 2. 36
b.     O ESPÍRITO DE SEU FILHO - Gl 4. 6
c.     O ESPÍRITO DE JESUS – At 16. 6,7/ At 1. 1,2/ MT 28. 19; Fp 1. 19; At 2. 32,33/ Is 11. 2 com Hb 1. 9 -

Esse nome identifica o Messias Divino com o homem Jesus, e mostra a relação que o Esp. Santo sustenta com Ele, conforme aqui identificado.

– NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM OS HOMENS.

a.     ESP. PURIFICADOR – Is 4. 4/ Mt 3 . 11
b.     SANTO ESP. DA PROMESSA – Ef 1. 13; At 1. 4,5; At 2. 33
c.     ESP. DA VERDADE – Jo 15. 26; 14. 17, 16. 13; I Jo 4. 6, 5. 6
d.    ESP. DA VIDA – Rm 8. 2
e.     ESP. DA GRAÇA – Hb 10. 29
f.     ESP. DA GLÓRIA – I Pd 4: 13,14; Ef 3. 16 – 19; Rm 8. 16. 17
g.     O CONSOLADOR – Jo 14. 26. Jo 15. 26, 16. 7; I Jo 2. 2


1 - ESPÍRITO SANTO, SUA NATUREZA

Quem é o Espirito Santo?

A resposta a essa pergunta encontrar-se-á no estudo dos nomes que lhe foram dados, os símbolos que ilustram suas obras.

1- Os nomes do Espírito Santo.

a) Espirito de Deus.

O Espirito é o executivo da Divindade, operando tanto na esfera física como moral.

1- É o Espirito Santo divino no sentido absoluto.

Deus absoluto o Pai,   divino em seus Atributos; ele é eterno, onipresente, onipotente e onisciente, (Hb 9.14; Sl 139.7-10; Lc 1.35; 1 Co 2.10-11).

Obras divinas lhe são atribuídas, como sejam: criação, regeneração e ressurreição, (Gn 1:2; Jó 33:4; Jo 3:5-8; Rm 8.11).

2- O Espírito Santo é uma pessoa ou é apenas uma influência?

Muitas vezes descreve-se o Espírito duma maneira impessoal - como o Sopro que preenche, a Unção que unge, e o Fogo que ilumina e aquece, a Água que é derramada e o Dom do qual todos participam.

3- É o Espirito Santo uma personalidade distinta e separada de Deus?

Sim; o Espirito é o próprio Deus, que é Santo, por isso Espírito Santo de Deus, é dom de Deus aos homens. No entanto, o Espirito não é uma terceira pessoa independente de Deus. Ele é o único Deus operando nas esferas do pensamento, da vontade,da atividade. O fato é o Espírito de Deus em ação o grande mistério de suas manifestações e ofícios de um único Deus .

b) Espirito de Cristo. Rm 8:9.

Não há nenhuma distinção especial entre as expressões Espirito de Deus, Espirito de Cristo, e Espirito Santo. Há somente um Espirito Santo, da mesma maneira como há somente um Deus e um Filho. Mas o Espirito Santo tem muitos nomes que descrevem seus diversos ministérios.

c) Consolador. Esse é o título dado ao Espirito no Evangelho de João, 14 - 17.

Um estudo de fundo histórico destes capítulos revelará o significado do dom. Os discípulos haviam tomado sua ultima ceia com o Mestre. Os seus corações estavam tristes pensando na sua partida, e estavam oprimidos pelo sentimento de fraqueza e debilidade.

Quem nos ajudará quando ele partir?

Quem nos ensinará e nos guiará?

Quem estará conosco quando pregarmos e ensinarmos?

Como poderemos enfrentar um mundo hostil?

Cristo aquietou esses temores infundados com esta promessa: "Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre", (Jo 14.16).

ALOS PARACLITOS
ALOS =AO LADO
PARACLITOS =PARA=OUTRO
                      =CLITOS =IGUAL A MIM.
O ESPÍRITO DE DEUS RETORNANDO NUM NOVA MANIFESTAÇÃO, DEUS EM VOCÊ, EM NOS “CRISTO EM NÓS ESPERANÇA DA GLÓRIA”

d) Espirito Santo.

Ele é chamado Santo, porque Deus é Santo, Santo, Santo, e porque sua obra principal é a santificação. Necessitamos dum Salvador por duas razões: para fazer alguma coisa por nós, e alguma coisa em nós. Jesus fez o primeiro ao morrer por nós; e pelo Espirito Santo ele habita em nós, transmitindo às nossas almas a sua vida divina.

e) Espirito da promessa.

O Espirito é chamado assim porque sua graça e seu poder são umas das bênçãos principais prometidas no A.T., (Ez 36.7; Jl 2.28).

f) Espirito da verdade.

O propósito da Encarnação foi revelar o Pai; a missão do Consolador é revelar o Filho. O Espirito Santo é o Senhor Jesus Cristo gerado em nós.

g) Espirito da graça. Hb 10.29; Zc 2.10.

O Espirito Santo dá graça ao homem para que se arrependa, quando ele peleja com ele; concede o poder para santificação, perseverança e serviço.

h) Espirito da vida. Rm 8:2; Ap 11.11.

Um credo antigo dizia: "creio no Espirito Santo, o Senhor, e Doador da vida". O Espirito é a Divindade, Deus cujo oficio especial é a criação e a preservação da vida natural e espiritual, o Zoe  de Deus.

i) Espirito de adoção. Rm 8:15.

"Como Cristo é nossa testemunha no céu, assim aqui na terra o Espirito testifica com nosso espirito que somos filhos de Deus".

2 - Símbolos do Espirito Santo.

a) Fogo

- Is 4:4; Mt 3:11; Lc 3:16. O fogo ilustra limpeza, a purificação, a intrepidez ardente, e o zelo produzido pela unção do Espírito, Jr 20:9.

b) Vento

– Ez 37:7-10; Jo 3:8; At 2.2. O vento Simboliza a obra regeneradora do Espirito e é indicativo da sua misteriosa operação independente, penetrante, vivificante e purificante.

c) Água

- Êx 17:6; Ez 36.25-27; 47.1;Jo 3.5; 7:38-39. O Espirito é a fonte da água viva, a mais pura, e a melhor, porque é um verdadeiro rio de vida - inundando as nossas almas, e limpando a poeira do pecado. A água purifica, refresca, sacia a sede, e torna frutífero o estéril. Ela purifica o que está sujo e restaura a limpeza.

Qual é o significado da expressão "água viva"? É viva em contraste com as águas fétidas de cisternas e brejos: é água que salta, correndo sempre da sua fonte, sempre evidenciando vida.

d) Selo

- Ef 1:13; 2Tm 2:19. Essa ilustração exprime os seguintes pensamentos: 1- Possessão. A impressão dum selo dá as entender uma relação com o dono do selo, e é um sinal seguro de algo que lhe pertence. 2- A idéia de segurança também está incluída, Ap 7.3; Rm 8:16

e) Azeite

- O azeite é talvez, o mais comum e mais conhecido símbolo do Espirito. Quando se usava o azeite no ritual do A.T., falava-se de utilidade, frutificação, beleza, vida e transformação.

f) Pomba

- A pomba, como símbolo, significa brandura, doçura, amabilidade, inocência, suavidade, paz, pureza e paciência.

2 - O ESPIRITO NO ANTIGO TESTAMENTO

O Espirito Santo é revelado no A.T. de três maneiras:

1- Como Espirito criador ou cósmico, por cujo poder o universo e todos os seres foram criados;

2- como Espirito dinâmico ou doador de poder;

3- como Espirito regenerador, pelo qual a natureza humana é transformada.

- Espirito Criador

- O Espirito Santo é a terceira pessoa da Trindade por cujo poder o universo foi criado. Ele pairava por sobre a face das águas e participou da glória da criação, Gn 1.2; Jó 2613; Sl 36.6; 104.30.

- Espirito dinâmico que produz. O Espirito Criador criou o homem a fim de formar uma sociedade governada por Deus; em outras palavras, o reino de Deus. A operação dinâmica do Espirito criou duas classes de ministros:

1- obreiros para Deus, homens de ação, organizadores, executivos;

2- locutores para Deus, profetas e mestres.

a) Obreiros para Deus - Como exemplos de obreiros inspirados pelo Espirito, mencionamos: Josué; Nm 27.8-21; Otniel; José; Bezalael; ver At 6.3.

b) Locutores de Deus - O profeta de Israel, podemos dizer, era um locutor de Deus - um que recebia mensagens de Deus e as entregava ao povo.


3 - O ESPIRITO EM CRISTO

O Espírito é mencionado em conexão com as seguintes crises e aspectos do ministério de Cristo.

1- Nascimento

- O Espírito Santo é descrito como o agente na milagrosa concepção de Jesus, Mt 1.20;Lc 1.35. Jesus esteve relacionado com o Espirito de Deus desde o primeiro momento da sua existência humana. O Espirito Santo desceu sobre Maria, o Poder do Altíssimo cobriu-a com sua sombra, e aquele que dela nasceu foi dado o direito de ser chamado santo Filho de Deus.Portanto o Espírito Santo é o Pai de Jesus.

2 - Batismo

- Com o passar dos anos, começou uma nova relação com o Espirito. Aquele que havia sido concebido pelo Espirito e que era cônscio da morada do Espirito divino em sua pessoa foi ungido com o Espirito. Assim como o Espirito desceu sobre Maria na concepção, assim também no batismo o Espirito desceu sobre o Filho, ungindo-o como Profeta, Sacerdote e Rei. A primeira operação santificou sua humanidade; a segunda consagrou sua vida oficial.

3 - Ministério

- Logo foi levado pelo Espirito ao deserto, Mt.1.12, para ser tentado por Satanás. Ali ele venceu as sugestões do príncipe deste mundo, as quais o teriam tentado a fazer sua obra duma maneira egoísta, vangloriosa e num espirito mundano, e a usar seu poder conforme o curso de ação da ordem natural, Lc 4.18; 11:20; At 10.38.

4 - Crucificação

- O mesmo Espirito que o conduziu ao deserto e o sustentou ali, também lhe deu força para consumar seu ministério sobre a cruz, onde, "pelo Espirito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus", Hb 9.14. Ele foi à cruz com a unção ainda sobre ele, Hb 12.2.

5 - Ressurreição

- O Espirito Santo foi o agente vivificante na ressurreição de Cristo, Rm 1.4; 8.11. Alguns dias depois desse evento, Cristo apareceu a seus discípulos, soprou sobre eles, e disse: "Recebei o Espirito Santo", Jo 20.22; At 1.2. Uma comparação com Gn 2.7 indica que o sopro divino simboliza um ato criador. Mais tarde Cristo é descrito como um Espirito vivificante, ou o que dá vida, 1 Co 15.45.


6 - Ascensão

a) Notem os seguintes três graus na concessão do Espirito a Cristo:

1- Na sua concepção, o Espirito de Deus foi, desde esse momento, o Espirito de Jesus, o poder vivificante e santificador, pelo qual ingressou na sua carreira de Filho do homem e pelo qual viveu até o fim.

2- Com o passar dos anos começou uma nova relação com o Espirito.

3- Depois da ascensão, o Espirito veio a ser Espirito de Cristo no sentido de ser concedido a outros. Espirito veio para habitar em Cristo, não somente para suas próprias necessidades, mas também para que ele o derramasse sobre todos os crentes.

Todos os membros do corpo de Cristo, como reino de sacerdotes, participam da unção do Espirito que mana da sua cabeça, nosso Sumo Sacerdote que subiu aos céus.

4 - O ESPIRITO NA EXPERIÊNCIA HUMANA

Esta sessão concerne às várias operações do Espirito em relação com os homens.

1 - Convicção

- Em Jo 16:7-11; Jesus descreve a obra do Consolador em relação ao mundo. O Espirito agirá como "promotor de "Justiça", por assim dizer, trabalhando para conseguir uma condenação divina contra os que rejeitam a Cristo.

Convencer significa levar ao conhecimento verdades que de outra maneira seriam postas em dúvida ou rejeitadas, ou provar acusações feitas contra a conduta. Os homens não sabem o que é o pecado, a justiça e o juízo; portanto, precisam ser convencidos da verdade espiritual.

a) O pecado da incredulidade

- Quando Pedro pregou no dia de Pentecostes, ele nada disse acerca da vida licenciosa do povo, do seu mundanismo, ou de sua cobiça; ele não entrou em detalhes sobre sua depravação para envergonhá-los. O Pecado do qual os culpou, e do qual mandou que se arrependessem, foi a crucificação do Senhor da glória; o perigo do qual os avisou foi o de se recusarem a crer em Jesus.

b) A justiça de Cristo

- Jo 16.11. Jesus Cristo foi crucificado como malfeitor e impostor. Mas depois do dia de Pentecoste, o derramamento do Espirito e a realização do milagre em seu nome convenceram a milhares de judeus de que não somente ele era justo, mas também era a fonte única e o caminho da justiça, At 2.36,37.


c) O juízo sobre satanás

- Jo 16.11. Como se convencerão as pessoas na atualidade de que o crime será castigado? Pela descoberta do crime e seu subseqüente castigo; em outras palavras, pela demonstração da justiça. A cruz foi uma demonstração da verdade de que o poder de Satanás sobre a vida dos homens foi destruído, e de que sua completa ruína foi decretada, Hb 2.14-15; 1 Jo 3.8; Cl 2.15; Rm 16.20.

2 - Regeneração

- A obra criadora do Espirito sobre a alma ilustra-se pela obra criadora do Espirito de Deus no princípio sobre o corpo do homem. Voltemos a cena apresentada em Gn 2.7. Deus tomou do pó da terra e formou um corpo. Ali jazia inanimado e quieto esse corpo. Embora já estando no mundo, e rodeado por suas belezas, esse corpo não reagia porque não tinha vida. Não via, não ouvia, não entendia. Então, "Deus soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente". Como sucedeu com o corpo, assim também sucede com a alma.

O homem está rodeado pelo mundo espiritual e rodeado por Deus que não esta longe de nenhum de nós, At 17.27. No entanto, o homem vive e opera como se esse mundo de Deus não existisse, em razão de estar morto espiritualmente, não podendo reagir como devia. Mas quando o mesmo Senhor que vivificou o corpo vivifica a alma, a pessoa desperta para o mundo espiritual e começa a viver a vida espiritual.

3 - Habitação

- Jo 14.17; Rm 8.9; 1 Co 6.19; 2 Tm 1.14; 1 Jo 1.27; Cl 1.27; Ap 3.20. Deus está sempre e necessariamente presente em toda parte, nele vivem todos os homens; nele se movem e tem seu ser. Mas a habitação interior significa que Deus está presente duma maneira nova, mantendo uma relação pessoal com o indivíduo.

Pela fé e o arrependimento o homem volta-se para Deus e torna-se regenerado. A regeneração pelo Espirito envolve união com Deus e com Cristo, 1 Co 6.17, que é conhecida como habitação, 1 Co 6.19. Essa habitação do Espirito ou essa possessão do Espirito pelo homem é o distintivo do cristão do N.T., Rm 8.9; Jd 19.




4 - Santificação

- Na regeneração o Espírito Santo efetua uma mudança radical na alma, concedendo-lhe um novo principio de vida. Mas isso não significa que os filhos de Deus sejam imediatamente perfeitos. Permanece a debilidade hereditária adquirida; e ainda falta vencer o mundo, a carne e o diabo.

Se o Espírito de Deus operasse um só ato e depois se retirasse, indubitavelmente o convertido voltaria a seus antigos caminhos. Mas o Espírito continua a obra que começou. Aqueles que nasceram pela semente incorruptível da Palavra de Deus, 1Pe 1.23, devem desejar, o leite racional, 1Pe 2:2. Também o Espírito age diretamente sobre a alma, produzindo essas virtudes especiais do caráter cristão conhecidas como fruto do Espírito, Gl 5.22-23.

5 - Revestimento de poder

- Fatos concernentes a dotação de poder:

a) Sua natureza geral

- As seções anteriores trataram da obra regeneradora e santificadora do Espirito Santo; nesta seção trataremos de outro modo de operação: sua obra vitalizante. Esta ultima fase da obra do Espirito é apresentada na promessa de Cristo em At 1.8.

1 - A característica principal dessa promessa é poder para servir e não regeneração para a vida eterna.

2 - As palavra foram dirigidas a homens que já estavam em relação íntima com Cristo, Mt 10.1; Lc 10.20; Jo 15.23.

3 - Acompanhando o cumprimento dessa promessa, At 1.8 , houve manifestações sobrenaturais, At 2.1-4, das quais, a mais importante e comum foi o milagre de falar em outros idiomas.

4 - Esse revestimento é descrito como um batismo, At 1:5. Quando Paulo declara que somente há um batismo, Ef 4.5, ele se refere ao batismo literal nas águas. Tanto os judeus como os pagãos praticavam as lavagens cerimoniais, e João Batista havia administrado o batismo nas águas para arrependimento; mas Paulo declara que agora somente um batismo é válido diante de Deus, a saber, o batismo autorizado por Jesus e efetuado em nome da trindade - em outras palavras, o batismo cristão.

5 - Essa comunicação de poder é descrita como ser cheio do Espirito.

Aqueles que foram batizados com o Espirito Santo no dia de pentecostes também foram cheios do Espirito.

b) Suas características especiais

- Os fatos acima expostos nos levam a conclusão que o crente pode experimentar um revestimento de poder, experiência suplementar e subseqüente à conversão cuja manifestação inicial se evidencia pelo milagre de falar em língua por ele nunca aprendida.

c) A maneira da recepção

- Uma atitude correta é essencial.

Os primeiros crentes que receberam o Espirito Santo "perseveraram unânimes em oração e súplicas", At 1.14. O ideal seria a pessoa receber o derramamento de poder imediatamente após a conversão, mas realmente há várias circunstâncias duma e de outra natureza que tornam necessário algum tempo de espera diante do Senhor, At 8.15-17.

Visto que o batismo de poder é descrito como um dom, At 10.45, o crente pode requerer diante do trono da graça o cumprimento da promessa de Jesus, Lc 11.13. Isso com: Oração individual; Obediência, At 5.32, e, com a igreja em unanimidade.

6 – Glorificação

- Estará o Espirito Santo com o crente no céu?

Ou o Espirito o deixará após a morte?

A resposta é que o Espirito Santo no crente é como uma fonte de água que salta para a vida eterna, Jo 4.4. A habitação do Espirito representa apenas o principio da vida eterna, que será consumada na vida vindoura.

7 - Pecados contra o Espirito Santo

As benévolas operações do Espirito trazem grandes bênçãos, mas essas inferem responsabilidades correspondentes. Falando de modo geral, os crentes podem entristecer mentir á Pessoa do Espirito, e extinguir seu poder, Ef 4.30; At 5.3-4; 1Ts 5.19.

Os incrédulos podem blasfemar contra a Pessoa do Espirito e resistir ao seu poder, At 7.51; Mt 12.31-32. Em cada caso o contexto explicará a natureza do pecado.



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