segunda-feira, 2 de março de 2020




FESTAS DAS TROMBETA
FRANREZ









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2019
PREFÁCIO
Como devemos observar os dias de festividades e comemorações como cristãos? Quando sabemos que os Dias de comemorações e festividades são importantes e vitais para a humanidade e eminentemente aplicáveis ao nosso mundo moderno, e costumes social Cristão? Porque naturalmente e principalmente quando desejaríamos conhece-los, mais e guardá-los? Onde devemos celebrá-los? Devemos guardá-los em casa ou em algum tipo de culto religioso? Que devemos fazer nestes dias? Mas Deus importa-se se trabalharmos normalmente nesses dias ou devemos reservá-los para outros propósitos? Como a observância desses dias afetará a nossa família e a nossa profissão?  São muitos os questionamentos, suposições e dúvidas. Estas são questões importantes que temos de considerar uma vez que tomamos conhecimento das Festas de Deus. Examinemos alguns princípios bíblicos que devemos levar em conta ao lidarmos com os assuntos da vida cotidiana quanto a esse conhecimento. Algumas dessas festas têm maneiras específicas de observância que as diferenciam umas das outras. Por exemplo, a Páscoa envolve unicamente a participação do pão e do vinho como símbolos da morte de Cristo. Os Dias de Pães Asmos são os únicos dias de festa em que Deus nos diz para retirarmos o fermento de nossas casas. O Dia da Expiação é o único Dia Santo que se observa com um jejum. A correta observação destes dias inclui a aceitação destas distinções e cada um deles nos ensina lições espirituais.  Contudo, no conjunto, há princípios comuns que são aplicáveis à observação de todos os Dias Santos de Deus. Primeiro, temos que nos lembrar de que para Deus esses dias são santos. Essas “solenidades do SENHOR, que convocareis, serão santas convocações” disse Deus (Levítico 23:2). Deus é o único que pode fazer algo santo. Deus coloca esses dias em particular em um plano mais alto do que quaisquer outras celebrações imaginadas pelo homem. Qual é o destino dos que morrem sem conhecer realmente a Jesus Cristo, o Filho de Deus? Qual a esperança de bilhões de pessoas que viveram e morreram sem conhecer o propósito de Deus? As Escrituras mostram que elas não estão sem esperança. Ele os trará de volta à vida e lhes dará a oportunidade de vida eterna como seres espirituais no Reino de Deus.

Com fraternal afeto,
FRANREZ






INTRODUÇÃO
num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados.
I Co.15:52.
A Festa das Trombetas representa nada mais nada menos do que o regresso de Jesus Cristo à Terra.  Na 2ª vinda de Cristo em que terá lugar a ressurreição dos justos (Mateus.24:30-31; 1.Coríntios.15:51-52; 1.Tessalonicenses.4:16). Em conclusão: o significado da Festa das Trombetas aponta para:  Um alerta e um tempo para reflexão e arrependimento da humanidade antes que venha O Grande Rei Yeshua – Sofonias.1:14-16. A chegada  eminente do Dia do Senhor YHWH e a ressurreição dos justos (1ª ressurreição) – Daniel. 7:18. A restauração do Reino a Israel (a junção das duas casas, Efraim e Judá) – concretização da profecia de Daniel .2:44; Amós .4:12. Preparemo-nos pois e escutemos as trombetas que vêm soando desde o princípio do mundo, desde que o homem desobedeceu a Deus: ARREPENDEI-VOS! – Atos.3:19; 17:30-31; Joel.2:11-15; 1.Pedro.4:17-18; Marcos 1:15. Segue-se depois um período de dez dias de grande introspecção para que cada ser humano avalie a sua condição espiritual e abrace o concerto com YHWH (o concerto da salvação) através de Yeshua, O Messias. Ele também nos diz em Apocalipse.2:10 – “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. Homens e mulheres podem dedicar tempo a Deus para um determinado propósito, mas só Deus pode reservar um tempo como sagrado (Gênesis 2:3; Êxodo 20:8, 11). Quando exercemos o devido respeito e apreço por essas ocasiões semanais, mensais ou anuais, torna tempos muito especiais, e também honramos o próprio Deus ao reconhecermos Sua autoridade sobre nossas vidas. Entender este princípio é importante para adorarmos a Deus adequadamente. O nosso Criador deseja que todas as pessoas, voluntariamente e com fé, sigam todas as Suas instruções (Isaías 66:2). Uma atitude cooperativa e humilde contrasta com o estado de espírito daqueles que querem fazer o mínimo possível para sobreviver. O cerne da questão é se realmente cremos e amamos a Deus. O apóstolo João ilustrou a atitude que Deus deseja quando escreveu: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; e os Seus mandamentos não são pesados” (1 João 5:3 ACF). Mas como Deus quer que seja nosso procedimento hoje em dia? Consideremos a Sua instrução básica: “Estas são as solenidades do SENHOR, as santas convocações, que convocareis no seu tempo determinado…” (Levítico 23:4). Outras versões da Bíblia, usam a expressão “assembleias sagradas”, “ as santas assembleias”, mas o significado é o mesmo. Essas são convocações anuais em que devemos nos reunir com outros crentes. Como nos Cultos semanais, Deus ordena cultos especiais de adoração em cada um de nossos Dias. Deus revelou aos primeiros cristãos o princípio das reuniões nos nossos ajuntamentos e congregações a outras pessoas que têm o mesmo propósito: “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia [da vinda de Cristo] se aproxima” (Hebreus.10:19-25 ARA). Que melhor ocasião para encorajar e exortar um ao outro do que a dos dias que retratam o grande plano da salvação de Deus!  Quando nos reunimos nessas festividades e comemorações, nos presenteamos com a maravilhosa oportunidade de aprender mais acerca do plano de salvação de Deus. O oitavo capítulo de Neemias registra um exemplo impressionante do povo de Deus reunindo-se para celebrar a Festa das Trombetas (versículo 2). Durante o serviço religioso, os líderes “ensinavam ao povo na Lei… E leram o livro, na Lei de Deus, e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse” (Neemias 8:7-8). A Igreja primitiva continuou guardando essas festividades  de acordo com estes mesmos princípios, mas com muito mais entendimento espiritual (Atos 2 ; 1 Coríntios 5:6-8). Nos tempos de Neemias o povo precisava de encorajamento porque haviam negligenciado as festas de Deus. “E Neemias (que era o tirsata [governador]), e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao SENHOR, vosso Deus, pelo que não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei. Disse-lhes mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força” (Neemias 8:9-10).
Então, depois de aprender sobre a lei de Deus, “todo o povo se foi a comer, e a beber, e a enviar porções, e a fazer grandes festas, porque entenderam as palavras que lhes fizeram saber” (versículo 12). Esses dias especiais devem ser aproveitados por toda a família— todos os que participam!  Estes devem ser um tempo oportuno suficiente as atividades, comemorações e festividades juntos a todos os familiares e a família de Deus, com a alegria do conhecimento espiritual revelado a nós por Deus. Obedecendo a Deus e vivendo pela fé, com o intuito de nos alegrarmos adequadamente nos dias de celebração a Deus, nós não devemos realizar o nosso trabalho habitual (Levítico 23:3, 7-8, 21, 25, 35-36).  Deus é quem diz que esse tipo de esforço é permitido e apropriado (Êxodo.12:16). Contudo, haverá tempos renunciar a todo o trabalho regular, incluindo, é claro, a preparação de alimentos (Levítico 23:28 -31). Também demonstramos nossa obediência e compromisso com Deus providenciando um tempo de descanso do nosso trabalho para que possamos celebrarmos  e adorarmos. Com planejamento adequado e respeitosa comunicação com nossos patrões, certamente a maioria das pessoas pode organizar os detalhes necessários para tirar esses dias de folga. É nossa responsabilidade informar, com sabedoria e paciência, aos membros da família sobre a nossa decisão de observar as festividades e o trabalho de Deus na sua presença. Determinar à instrução de Deus é uma questão de fé. Como diz Paulo em 2 Coríntios 5:7: “Porque andamos por fé e não por vista”. Portanto, é importante para nós começarmos e guardarmos as celebrações e serviços na casa do Senhor  é assim que aprendemos de Deus em sua casa e em sua presença. Mesmo que inicialmente não compreendamos tudo, aprenderemos muito mais à medida que começarmos a observar temor do Senhor, que é o principio da sabedoria.  (comparar Salmos 111:10).
O CALENDÁRIO JUDEU
O Ano Lunar:  354 dias, e aproximadamente 8 horas – Luah (10 dias e 21 horas mais curto que o ano solar. Cada 3 anos, adicionam mais um mês). Conforme o calendário judaico estamos vivendo no ano 5,780. Porque o seu calendário é baseado no sistema lunar e não solar. Segundo o sistema lunar um ano contém ou 355 ou 354 dias, enquanto o sistema solar tem ou 365 ou 366 dias. As festas religiosas sempre caem nos dias conforme o calendário judaico, mas há sempre uma variação no calendário solar ou Gregoriano. O dia judaico começa ao por do sol e termina no mesmo no próximo dia. O ano contém 12 meses, com e uma exceção do ano bissexto. Em cada 19 anos, eles tem 7 anos bissextos. Os dias de festa anuais são um tempo de alegria, não apenas por conta de seu significado para nós, mas por causa da maravilhosa esperança que trazem para toda a humanidade. Observar os Dias Santos lembra-nos do grande amor de Deus pela humanidade. Adorar a Deus dessa maneira é uma alegria e prazer. Sem dúvida, essas festas são um maravilhoso presente de Deus para o Seu povo! Dos povos antigos, talvez nenhum foi mais interessado no seu calendário do que os judeus, que o usavam para controlar seus inúmeros dias santos. Um fato interessante é que contam os anos desde o tempo em que Deus criou o mundo. Assim o ano 1 judeu aconteceu 3.760 anos antes do ano 1 do nosso calendário atual, conhecido como calendário romano. O calendário judeu tem doze meses, como o romano. Mas há diferenças entre eles. Os meses não se chamam Janeiro, Fevereiro, etc.. Eles têm nomes adaptados do antigo calendário babilônico e são maiores do que os meses do calendário romano. A Bíblia contém nome de sete meses que os judeus usam até hoje, que são:
1. Kislev (Neemias 1:1; Zacarias 7:1)
2. Tebeth (Ester 2:16)
3. Shebat (Zacarias 1:7)
4. Adar (Ester 3:7; Ester 8:12)
5. Nisan (Neemias 2:1; Ester 3:7)
6. Sivan (Ester 8:9)
7. Elul (Neemias 6:15)
A Bíblia também menciona quatro nomes antigos que não estão mais em uso e que se relacionavam com agricultura ou plantas:
1. Abib (Êxodo 13:4)
2. Ziv (1 Reis 6:1, 37)
3. Ethanim (1 Reis 8:2)
4. Bul (1 Reis 6:38)
OS NOMES DE MESES SÃO DE ORIGEM BABILÔNICA
1. Nisan  / Abril.     (início do ano novo agrícola) criação do mundo.
2. Iyar / Maio.
3. Sivan / Junho.
4. Tammuz / Julho.
5. Ab /  Agosto.
6. Elul / Setembro.
7. Tishri / Outubro. (o ano religioso) saída do Egito.
8. Cheshvan / Novembro.
9. Kislev /  Dezembro
10. Teves /  Janeiro
11. Shebat / Fevereiro
12. Adar / Março.
 (Segundo Adar) / (Ano bissexto) “Veadar ou Adar sheni”  “Ibbur”
Segundo a tradição judaica, o primeiro era o ano da criação mas judeus modernos dizem que era o primeiro ano da civilização e não da criação. Nos E.U.A o calendário judaico é preparado com o horário de ascender as velas nos sábados. Porque há uma variação nos horários em cada cidade. E também o horário é diferente cada Sábado.
Rosh Hashanah: é o ano novo 1 de Tishri é designado como novo ano religioso (Setembro). 1 de Nisan é o começo do ano novo, ano civil ou agrícola (Abril) Lev. 23:24 / Exo. 12:1-2.
Conforme a tradição judaica, o mundo foi criado no ! de Tishri.
Tekiat Shofar: é literalmente tocando no chifre do carneiro. O dia de Rosh Hashanah é um muito sério na religião judaica. É considerado como um dia de julgamento quando Deus julga Israel e os povos. É celebrado dois dias e também o consideram um dia de renascença espiritual.
Segundo uma tradição rabínica Deus ordenou que Israel tocasse ou trombetas ou chifres do carneiro pelas seguintes razões:
1.    Para chamar o povo ao arrependimento.
2.    Para fazer lembrar o próprio Senhor que Ele fez uma aliança com Israel dando muita promessas para a semente de Abraão. (um meio de pedir misericórdia enfim).
3.    Para confundir satanás neste dia porque os rabinos pensavam que ele ia acusá-los neste dia.
O chifre usado no dia de Rosha Sahanah é o chifre de carneiro para trazer a memória do Senhor o sacrifício de Isaque pelo seu pai Abraão. Também um pedido para misericórdia.   Os meses judeus começam com a "lua nova", noite em que no ciclo lunar a lua não está visível no céu. Considerando que a lua nova ocorre a cada 29,5 dias, o ano tinha 354 dias. Não se sabe como os judeus fizeram para ajustar os 11 dias restantes. Mais tarde adicionaram um mês extra (chamado Veadar) sete vezes num período de 19 anos para que seus meses pudessem acompanhar os anos.
Muito importante de se ressaltar é que os meses tinham significados religiosos que marcavam importantes eventos em sua história. Consideravam sagrado o início de cada mês. Para eles, "a lua se levantará para a nação deles e o sol para o Messias" (Malaquias 4;2). Assim como a lua reflete a luz do sol, era esperado que Israel refletisse a luz do Messias para o mundo.  Essa é uma ideia que se aplica aos cristãos também. Podemos nos considerar "luas" que refletem a luz de Jesus para todos ao nosso redor. Durante o período de 400 anos entre o fim do Velho Testamento e o início do Novo Testamento, alguns líderes tentaram fazer com que Israel mudasse seu calendário, que passou a ter doze meses de trinta dias cada, o último com cinco dias extras adicionados. Esse calendário era mais preciso, embora o antigo ainda continue a ser aceito por eles. Os antigos judeus não se referiam às datas como fazemos hoje (por exemplo, 21 de agosto). Em vez disso, se queriam se referir a um dia especial contariam quando o evento relevante aconteceu , tal como o ano em que determinado rei começou a reinar. Essa é forma que frequentemente encontramos no Velho Testamento.  Os escritores do Novo testamento mantiveram essa prática. Algumas vezes também relacionavam os dias a algum evento do mundo romano (Lucas 1:5; João 12:1; Atos 18:12). Somente mais tarde, quando a reforma do calendário de Júlio César começou a ser amplamente aceita, começaram a se referir aos dias de uma maneira mais universal.
FESTAS JUDAICAS
Deus é o inventor da celebração e da adoração. Logo não é motivo de surpresa que desejasse que seu povo aproveitasse as festas. De fato, os judeus celebravam sete festas e festivais cada ano. Esses feriados são marcas espirituais importantes no calendário dos judeus.
• No que diz respeito à moral judaica, há uma concepção profundamente otimista e unitária do homem, porque Deus só pode tê-lo criado livre e responsável. Mas a relação homem-Deus pode ser rompida: isso é o pecado, que é visto como traição, e a única condição que se impõe para o perdão é a conversão do coração (ou Teshuva, o retorno a Deus).
•O que distingue a moral judaica é a sede e fome de justiça que satisfaça as exigências do homem.
•Outro elemento essencial no judaísmo é a esperança. Para os judeus, crer na vinda do Messias é esperar que virá um tempo chamado em hebraico "os dias do Messias", em que reinarão a paz, a justiça e a fraternidade. Esses dias serão uma benção para todas as nações. Jerusalém será o centro espiritual do universo, no qual se erguerá "uma casa de oração para todas as nações" (Isaías 56,7).
• As festas judaicas acontecem no ritmo das estações,
• Primavera e outono
• As festas da primavera foram cumpridas na morte e ressurreição de Cristo e no nascimento da Igreja como as primícias do Pentecostes
• As festas do outono ainda estão para ser cumpridas tipicamente quando Israel reunir-se novamente no do seu novo ano; quando tiver o seu perído de lamentação e purificação espiritual; e quando começar o milênio de bençãos
• Seu início é sempre ao entardecer
• “foi noite e manhã”
• As festas se dividem em três grupos
• As festas das peregrinações
• Páscoa  é a Festa dos Pães Asmos. A Páscoa ocorre no 14º de Nisan e a Festa dos Pães Asmos ocorre durante a semana seguinte. O propósito da combinação dessas festas é relembrar o livramento dos antigos hebreus do Egito (Êxodo 12:15).
• Pentecostes é a (Festa das Semanas).  Ocorre 50 dias após a Páscoa. É um tempo de alegria que originalmente marcou a colheita do trigo em Israel (Levítico 23:15-17).
• Festas das Tendas
• As festas solenes
• Rosh Hashanah  é o (Ano Novo Judaico). Ocorre no primeiro dia do mês Tishri. De acordo com os rabinos, este foi o dia em que Deus criou o mundo (mas a Bíblia não confirma isto).
• Yom Kippur  é o (Dia de Expiação). O décimo dia do mês Tishri não é para celebração, mas é solene e santo. A Bíblia dá regras complexas sobre o que os judeus poderiam fazer nesse dia (Levítico 16).
• As festas menores
 Succoth (Festa dos Tabernáculos). Dura uma semana, indo do 15º ao 22º dia de Tishri. É o tempo dos judeus se lembrarem do cuidado de Deus para com seu povo durante os quarenta anos no deserto (Levítico 23:39-43). Originalmente, também celebravam a colheita do outono.
 • Hanukkah (Festa da Dedicação). Esta celebração também dura uma semana, começando no 25º dia do mês Kislev. Não é mencionada no Velho Testamento porque celebra um evento ocorrido depois que o Velho Testamento foi escrito. Cerca de 150 anos antes de Cristo, os judeus conduzidos por Judas Macabeus foram vitoriosos sobre os sírios liderados por Antioco Epifânio. Hanukkah lembra aquela vitória.
• Purim. No 14º e 15º dias do mês Adar, os judeus celebram o festival que se reporta ao livro de Ester. Lá lemos como Deus livrou os judeus da destruição quando Mordecai e Ester frustraram o plano de Hamã (Ester 9).
• “Hagh” , “mô’dhê Yahweh”
A FESTA DOS TABERNÁCULOS
Acontecia uma vez por ano e era celebrada por sete dias.
Succoth (Festa dos Tabernáculos). Dura uma semana, indo do 15º ao 22º dia de Tishri. É o tempo dos judeus se lembrarem do cuidado de Deus para com seu povo durante os quarenta anos no deserto (Levítico 23:39-43). Originalmente, também celebravam a colheita do outono. “A Festa dos Tabernáculos celebrá-la-ás por sete dias, quando houveres recolhido da tua eira e do teu lagar.” (Deuteronómio 16:13)
Todas as famílias tinham que estar presentes.
“Se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva. Se a família dos egípcios não subir nem vier, não cairá sobre eles a chuva; virá a praga com que o Senhor ferirá as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos.” (Zacarias 14: 17,18)
Nenhuma pessoa poderia aparecer de mãos vazias.
“Três vezes no ano, todo o varão entre ti aparecerá perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e Festa dos Tabernáculos; porém não aparecerá de mãos vazias perante o Senhor...” (Deuteronómio 16:16)
Alegrava-se e agradecia-se pelas bênçãos já recebidas.
“Alegrar-te-ás, na tua festa, tu, e o teu filho, e a tua filha, e o teu servo, e a tua serva, e o levita, e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva que estão dentro das tuas cidades.” (Deuteronómio 16:14)


Recebia-se as bênções para o futuro.
“Sete dias celebrarás a festa ao Senhor, teu Deus, no lugar que o Senhor escolher, porque o Senhor, teu Deus, há-de abençoar-te em toda a tua colheita e em toda obra das tuas mãos, pelo que de todo te alegrarás.” (Deuteronómio 16:15)
O Senhor Jesus participou, juntamente com os Seus Irmãos.
“Mas, depois que seus irmãos subiram para a festa, então, subiu ele também, não publicamente, mas em oculto.” (João 7:10)
O Senhor Jesus fez referência ao Espírito Santo.
“No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou-se: se alguém tem sede venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito ate aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.” (João 7:37-39) Esse conjunto de festas não é o mesmo que celebramos, mas deve ter os mesmos propósitos e objetivos das nossas festividades e celebrações - permitir às pessoas interromperem suas rotinas e lembrarem-se de Deus. Assim como festejamos a Páscoa, nossas comemorações e outros dias especiais, renovamos nossa fé no Senhor de todos os tempos, passado, presente e futuro.  Assim como um relógio marca a passagem de minutos e horas, um calendário marca a passagem de unidades maiores de tempo - dias, semanas, meses, anos e mesmo séculos. Um calendário tem várias funções. Naturalmente é importante para manter controle dos eventos na história. Também regula as atividades humanas diárias tais como negócios, governo, agricultura e práticas religiosas. O calendário que usamos representa uma interação entre um conhecimento crescente do sistema solar e a tradição histórica e religiosa. Para os cristãos, o calendário pode nos lembrar da necessidade de "contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio" (Salmo 90:12).
AS FESTAS DE ISRAEL
As 3 festas maiores, celebrados anualmente em Israel: Exo. 23:14; 34:23; Lev 23; Num. 29;  Deut. 16.
a. A Páscoa e a do pães asmos  /  Pesaeh
b. A festa da Sega (Colheita)   / Shavuót
c. A Festa dos Tabernáculos   / Sucót
Existem outras festas, conforme o ensino Bíblico. Devemos estar as festa de Israel detalhadamente, lembrando que há um observação Bíblica mas também há certas modificações na observação delas entre os israelitas de hoje. Além disso existem certas festas que devem se consideradas como “extra Bíblicas.”
A)  PÁSCOA CONFORME A BÍBLIA
A instituição da Páscoa está registrada no livro de Exo. 12:1-20. Foi instituída no dia 10 de Nisan até dia 14 e no dia 14 a dia 21, observaram a dos pães asmos.
1. Um Cordeiro: Exo. 12:3-4
Deus lhes deu a ordem para sacrifica e um cordeiro. Um por cada família ou se a família for pequena o cordeiro poderia duas famílias.
2.  A Condição do Cordeiro: Exo. 12:5
a)  Havia de ser macho de anos.  b) Havia de ser sem defeito.
3. O Cordeiro foi guardado até o dia 14: Exo. 12:6 parte a.
4. O Cordeiro havia de ser imolado no crepúsculo da tarde: Exo. 12:6 parte b.
5.  Os Israelitas haviam de colocar o sangue do cordeiro em ambas as ombreiras e na verga da porta. Exodo. 12:7.
6.  Os Israelitas haviam de comer carne assada no fogo, pães asmos, e ervas amargas naquela noite.  Êxodo 12:8
7. Outras instruções a cerca de comida e a festa dos pães asmos.  Exodo 12:9-20.
Infelizmente, os israelitas não guardavam a páscoa como foram mandados. A Bíblia registra 5 eventos da observação da páscoa:
1.   No Egito quando a festa foi instituída  - Êxodo 12:1-20.
2.   Observada por Salmão - II Crônicas 8:12-13.
3.   Observada por Ezequias - II Crônicas 30.
4.   Observada por Josias  - II Reis 23:21-23 cf. II Crô. 35:1-19.
5.   Observada pelo Messias, Jesus Cristo - Lc 22:1-20; Mt 26:17-19.
6.   Cristo é a nossa Páscoa  - I Coríntios  5:7-8.

A PÁSCOA DE HOJE EM DIA
Houve tantas modificações na observação dessa festa que tecnicamente falando os israelitas não observando a páscoa e sim a festa dos pães amos. Até que eles observam a festa no dia 15 até 22 de Nisan. A festa é celebrada por 8 dias.
Israelitas usam um livrinho que contém a ordem de serviço que deve ser observada na noite de páscoa, chama-se “HAGGADAH SHEL PESSACH” (A NARRATIVA DA HISTÓRIA DA PÁSCOA). Para Israel é a história ou declaração da sua independência. Este, “Culto em Casa” chama-se o “SEDER” . (Ordem de serviço).
O festival de páscoa (pesach) começa na véspera de 15 de Nisan (Abril) e dura 8 dias
Na noite do dia 14 o chefe da família faz uma procura diligente na casa com uma vela na mão. Está a procura de “chametz” (levedura) porque não é licito Ter leveduras na casa durante esses 8 dias. Essa procura chama-se “Bedikat Chamatz”. De fato, a senhora da casa fez uma limpeza espiritual durante o mesmo dia e a casa é muito limpa. Porém, ela deixou de propósito alguns miolos de pão para ele achar. Os miolos de pão são embrulhados e queimados na manhã seguinte. Essa cerimônia é chamada de “Biur Chametz”. Ele era depois pedindo que Deus lhe perdoe se houver uma levedura que não foi achada.
Tecnicamente falando não é licito nem possuir alguma levedura durante pesach não só simplesmente limpar a casa. Então, judeus piedosos que são donos de lojas que vendem produtos de leveduras devem desembaraçar-se delas. Por isso inventaram uma cerimônia chamada: “Meekirat Chametz”.  (A venda de levedura). O judeu piedoso deve vender sua possessão de leveduras para um gentio. A transação é feita na presença de um rabino, geralmente, mas a possessão ‘devolvida depois do Pesach.  Na noite de páscoa, o pai volta da sinagoga para sua casa decorada para a festa. A família está vestida com a sua melhor roupa. A mesa está preparada em todos os símbolos tradicionais de pesach. A casa é bem iluminada para comemorar o fato que as casas dos seus antepassados tinham luz enquanto as dos egípcios estavam em trevas durante a nona praga. Exo. 10:21-23.
OS SÍMBOLOS NA MESA
1.  O Copo de Água Salgada: simboliza o Mar Vermelho e também as lágrimas dos seus antepassados quando eram escravos.
2.  Os Três Matzos: (pães asmos) cobertos com uma toalha branca, Lembrando aos pães asmos originais.
3.  4 Copos de Vinho Vermelho: simboliza o sangue do cordeiro.
4.  O Copo de Elias: Um copo de vinho é reservado para o profeta Elias. Também uma cadeira e a porta aberta para sua vinda. Existe uma tradição rabínica que Moisés virá na noite de Pesach. Isto simboliza a esperança dos Israelitas. Será que ele virá nesta noite? Tomará o vinho? Anunciará a chegada do Messias?
OS SÍMBOLOS NO PRATO DE PESACH
1. Um ovo: (o ovo cozido simboliza o sacrifício do cordeiro inteiro sem quebrar um osso do cordeiro).
2. Um osso: (simbolizando o cordeiro que não pode sacrificar sem o templo).
3. Charoseth: (uma mistura de maçã moída, nozes e vinho) simboliza a mistura usada para fazer os tijolos para Faraó.
4. As amargas: (ervas amargas significa geralmente vida amarga no Egito).
5. Os verdes: (provavelmente significa rábano silvestre). (rabanete silvestre).
O Sábado antes da páscoa chama-se “os sábados  há-gadel”  ou “o grande sábado”.
Os israelitas tem um culto em casa chamado “O Seder” (ordem de serviço) que já tinha mencionado. O seder se encontra no livro “Haggadah Shel Pesach”. A ordem de serviço é o seguinte:
1. Kaddesh
2. Rachtza  
3. Yachatz          
4. Maggid 
5. Motze-Natzah
6. Maror
7. Korach
8. Shulchan Aruch
9. Tzafon (Aphikomem)
10. Berech
11. Hallel
EXPLICAÇÃO DO SEDER
1. Kaddesh: (Oração de Santificação). Encher um copo de vinho (da redenção) “Abençoados és Tu, Jeová, nosso Deus, Rei do Universo, que criou o fruto da videira. Abençoado és Tu, ó Jeová, nosso Deus, que escolheste nos de entre todos os povos, e nos exaltastes de todas as línguas e nos santificaste com teu mandamentos, etc... Abençoado és Tu, Abençoados és Tu, Jeová, nosso Deus, Rei do Universo, porque preservaste vivos e nos sustentaste e nos trouxeste até está época de férias”. (Então todos tomam o primeiro copo de vinho).
2. Rachtza: (Lavagem das Mãos). Para qualificá-lo como sacerdote da ocasião, o chefe da família veste-se de um “Kittel” (um manto) e um “yarmulkeh”. Depois ele reclina num leito preparado.
3. Carpas: (Salsa, os Verdes). Salsa é distribuída entre os participantes. O chefe
Pronuncia uma benção e mergulha a salsa na água salgada. Isto representa o “hissope” que foi mergulhado no sangue e depois colocado na porta em Egito.
3. Yachatz: (Divisão). O Chefe  divide “Matzah” no meio e embrulha uma parte escondendo-a debaixo de uma almofada. O outro pedaço é colocado dinovo na mesa. O pedaço escondido chama-se “Aphikomem”. E é considerado precioso. Todos ficam em pé, seguram o prato de “Matzah”  e recitam: “Isto é o pão da aflição que nossos pais comeram no Egito. Deixem todos os que tem fome entrar e comer e os que estão em falta, entram para celebrar a páscoa. Hoje estamos celebrando-a em Jerusalém. Este ano, somos servos, no ano que vem, seremos livres na terra de Israel.”
4. Maggid: (Recital de Ação de Graças). Recitem, Então, os milagres e as bençãos que Deus fez no Egito quando os libertou. Orem para proteção no futuro e também que Deus os vingues. A Haggadah (narrativa) começa com quatro perguntas pelo membro mais moço da família.
INTRODUÇÃO: “COMO É QUE ESTA NOITE É DIFERENTE DO QUE TODAS AS OUTRAS?”
1.   Em todas as outras noites podemos comer pão levado (fermento) mas hoje a noite comemos só Matzah (pão asmo). Porque?
2.   Em todas as outras noites podemos comer qualquer tipo de ervas. Hoje a noite só ervas amargas. Porque?
3.   Em todas as outras noites, nem mergulhamos os verdes nenhuma vez. Hoje a noite até duas vezes. Porque?
4.   Em todas as outras noites, jantamos ou assentados ou reclinados mas hoje a noite todos jantam reclinados. Porque?
O Pai responde: “Éramos escravos no Egito... e ele relata a narrativa toda conforme o ensino de Torá (Ex. 13:8), exigindo uma aplicação pessoal da redenção, ele tem que louvar a Deus como se fosse a sua própria redenção do Egito. Entoam Salmos 113 e 114. (os copos de vinho são enchidos de novo e todos bebem).
5.  Motze-Natzah: (quebrar a Matzah). O chefe da família quebra a distribui pedaços de Matzah a todos.
6.  Maror: (ervas amargas). Cada pessoa recebe uma erva amarga que é então mergulhada no Charoseth e comida.
7.  Korach: (colocar o rábano silvestre). Todos colam dois pedaços de rábano silvestre entre Matzoth e mergulham-no na Charoseth, todos dizendo: “Em memória  de Hillel porque este famoso rabino o fez para cumprir”.  Ex. 12:8. Talvez fosse isto que Judas Iscariotes fez na noite em que traiu o Messias (Mat. 26:24-25 cf. João 13:30).
8.  Shulchan Aruch: (preparação da mesa). A mesa é preparada para jantar. Tradicionalmente servem peixe, sopa,  frango, etc... Torna-se uma festa de alegria em fim.
9. Tzafon: (escondido).  No fim de Seder, uma criança procura o “aphikomen”  que foi escondido antes. A criança que o encontra recebe um presente. Os Hebreus Cristãos vêem nisto, algo interessante. Para eles, os Matzoth representam a trindade. O pedaço no meio que é quebrado e escondido representa “O Filho de Deus, o Messias, cortado da terra (Daniel 9:26) escondido por enquanto e que há de voltar! Todos tem que comer  aphikomen”.   (Todos bebem do terceiro copo de vinho) cf. Mat. 26:26-29.
10. Berech: (A Benção de Graça). A graça é pronunciada depois de jantar e todos que lavar as mãos de novo e beber o terceiro copo (agora como está escrito em cima). Enchem, então o quarto copo de vinho que significa que há de vir. Neste momento, o filho mais velho deixe seu lugar para abrir a porta para Elias.
11.  Hallel: (Louvor). Cantam os Salmos 115 a 118. O Chefe da família ora dizendo: “Ó Deus de Abraão, Isaque e Jacó, quanto estamos pela sua promessa. Nós Te imploramos agora, mandou o Seu Ungido, O Filho de Davi. Tenha misericórdia sobre o Teu povo Israel. Recolha-nos conforme a Tua palavra e seremos o Teu povo, ficaremos satisfeitos como nos tempos antigos. Eis que tudo está pronto”.
(Uns momentos de silêncio... Todos esperando Elias)
Finalmente, a porta e fechada e o pai fala mais uma vez: “Até quando ó Deus, ficarás sempre bravo conosco? Quando tornarás a Ter misericórdia para conosco e nos restaurarás no Seu favor? Estamos sofrendo. Estamos espalhados entre os pagãs”. Eles nos zombam dizendo: “Onde está o seu Deus? Onde está as promessas da sua vida?”. Quase desanimamos mas estamos aguardando. Somos esquecidos e quase mortos mas temos confiança ainda. O Senhor, nosso Deus, que possa Te agradar par nos escolher logo, logo e nos restaurar no seu favor. Pelo menos, no ano que vem, permite que nós celebremos a páscoa em Jerusalém, Sua cidade. Bebem o quarto copo de vinho. O Seder termina com todos cantando “Chad Gadya” .
EXPLICAÇÃO DO CHAD GADYA: (UM CABRITO SÓ)
Chad Gadya: é um corinho escrito na última pagina de Haggadah Shel Pesach. Mas o corinho tem um significado especial.
O Pai Celeste comprou um cabrito (Israel) com o sangue de circuncisão e o sangue da páscoa (o cordeiro). O cabrito foi engolido pelo gato (Egito) que foi então conquistado pelo cachorro (Babilônia) que então foi conquistado pelo pedaço de pau (Mede Pérsia) e depois o fogo (Alexandre-Grécia) queimou o pau. Depois a água (Roma) apagou o fogo, tornando-se um império mundial. Mas o boi (os sarracenos) bebeu a água  e então, foi morto pelo carneiro (cruzadas religiosas) que então foi pegado pelo anjo da morte (os turcos) e finalmente a relâmpago (Deus) acaba com o anjo da morte e salva o cabrito.


PÁSCOA E A SANTA CEIA DO SENHOR
Mat. 26:17-30; Mar. 14:12-16; Luc. 22:7-23; I Cor. 11:23-29; João 13.
Nos ensinam que a Santa Ceia foi instituída na noite da Páscoa pelo Messias de Israel, o Senhor Jesus Cristo. Aparentemente, Jesus estava ensinando a seu discípulos que a Santa Ceia ia tomas lugar da Páscoa e que Ele mesmo desde então o Senhor Jesus é a nossa (dos filhos de Deus) Páscoa. I Cor. 5:7. Jesus observou a Páscoa exatamente do jeito que acabamos de estudar, mas quando Ele se levantou para partir a Matzah (aphikomen) e distribui-los aos discípulos, então, Ele instruiu a Santa Ceia dizendo que o pão representava o seu corpo, e mais tarde o vinho, o seu sangue.
Páscoa comemora a redenção física do Egito.
A Santa Ceia comemora a redenção espiritual do pecado.
Páscoa foi observada anualmente.
A Santa Ceia é observada livremente
Existem doutrinas falsas em relação a observação da Santa Ceia. Por exemplo: o concílio de Trento inventou a doutrina  de  transubstanciação (que os elementos, o pão e o vinho tornem-se no corpo e no sangue de Cristo).
Os luteranos e outros defendem a tese de consubstanciação (que a presença espiritual de Cristo acompanha os clementes). Mas conforme a Bíblia os elementos apenas representam ou simbolizam o corpo  e o sangue de Jesus. Nós mostramos Sua morte até que Ele venha, é simplesmente em memória de Dele.
Páscoa foi dada a Israel como uma festa a ser observada perpetuamente. Ex 12:14; Lv 23:14 etc...
A Santa Ceia foi dada a Igreja até que o Senhor volte. I Cor. 11:26.
O CORDEIRO DA PÁSCOA É O TIPO DO CORDEIRO DE DEUS (CRISTO)
1.   O cordeiro havia de ser sem mancha, guardado 4 dias (Ex. 12:5-6 cf. João 8:46; 18:38).
2.   O cordeiro assim provado foi sacrificado (Ex. 12:6 cf. João 12:24; Heb 9:22).
3.   O sangue do cordeiro havia de ser aplicado (Ex. 12:7 cf. João 3:36).
4.   O sangue do cordeiro pela fé (mais nada) evitou julgamento (Ex. 12:13 cf. I João 1:7). O sangue na porta foi o suficiente.
5.   A festa de Páscoa tipificou Cristo como Pão da Vida cf. A Santa Ceia. (Mat. 26:26-28 ; I Cor. 11:23-26).
A FESTA DAS SEMANAS  (SHAVUÓT)
A Festa de Shavuót no livro de orações dos judeus é intitulado “Z’man Maçan Toracenu.”  (A época em que foi dada a Lei). Regozijo da Lei.
Querendo ligar essa festa com algum evento histórico, como é no caso da páscoa, os israelitas dizem que a Lei de Moisés foi dada no dia de pentecostes. Mas a pergunta é: Se realmente foi dada a Lei de Deus neste dia? E como é que eles chegaram a essa conclusão?
Em Êxodo, capítulo 12 nós lemos que o povo saiu do Egito no dia 14 de Abril. (1 mês).
Em Êxodo, capítulo 19 vemos que os israelitas chegaram ao Monte Sinai no 1 de Junho. (3 mês). Em Êxodo, capítulo 19 mais a diante, aprendemos que o povo  israelita tinha de passar 3 dias ao  pé do monte, preparando-se para o que ia acontecer.
A LEI FOI DADA SÓ DEPOIS DE PASSADO TODO ESTE TEMPO.
Os israelitas viajaram dezesseis dias durante o primeiro mês, e vinte e nove no segundo, com mais um dia no terceiro, e passaram três dias esperando em preparativos. Somando estas cifras, chegamos ao total de quarenta e nove dias, o tempo que passou desde a saída do povo de Israel do Egito até no dia anterior a recepção da Lei. Assim no qüinquagésimo dia após a Páscoa, no próprio dia de Pentecostes o povo escolhido recebeu os 10 mandamentos. (50 dias depois do segundo dia de Páscoa).
COSTUMES OBSERVADOS EM RELAÇÃO A SHAVUÓT
1.  É costume comer os lacticínios no 1 dia de Shavuót porque Ex. 23:19 diz as primícias dos primeiros frutos da terra trarão á casa de Senhor teu Deus e sem interrupção prossegue Dizendo: “não cozerás o cabrito no leite de sua mão. Outra razão dada é: quando pais voltaram as sua tendas depois de terem recebido a lei, estavam com fome e não aguentavam esperar até que fosse preparada uma refeição e carne e portanto se satisfizeram comendo dos lacticínios que estavam a mão.”
2. É costume ler o livro de Rute nas sinagogas porque a história dela realizou-se nas épocas segas do trigo e cevada. E porque Rute, de vontade Livre, tomou si o julgo de Torá. E finalmente porque Rute veio a ser a avó do Rei Davi e este conforme a tradição judaica , faleceu no dia da festa do Shavuót.
Pois bem! Desde que é o aniversário da Lei é então, como já disse, consideração o nascimento de Judaísmo. Pentecostes só 50 dias após páscoa. Passaram 1500 anos depois da celebração da primeira Páscoa e a primeira Festa de Semanas ou Pentecostes. Profetas pregaram e escreveram falando sobre o Messias que viria para redimir Israel. Finalmente o Messias veio! Ensinava, pregava, curava, foi rejeitado e crucificado. Morreu e foi sepultado e ressuscitou! Mandou que seus discípulos esperassem até a promessa do Pai. Eles esperaram desde a Páscoa até Pentecostes e no qüinquagésimo dia estava reunidos num lugar quando de repente veio do céu um como de um vento impetuoso, encheu toda a casa onde estavam. Todos foram batizados e cheios do Espírito Santo.
A IGREJA DE CRISTO, NASCEU! O SEU ANIVERSÁRIO? É NO DIA DE PENTECOSTES!
FESTA DOS TABERNÁCULOS (SUCCOT)
Referencias na Bíblia:
Êxodo 23:16 parte (b); Deut. 16:13-15 e 17; Lev. 23:33-34.
- Conforme a Bíblia a festa foi observada durante 7 dias. 15 de Tishri (Set-Out) à dia 22.
- O primeiro dia, era o dia de santa convocação (dia de descanso).
- Ofereceram sacrifícios todos os dias (a tradição rabinica diz que sacrificaram 13 sacrifícios no primeiro dia, 12 no segundo etc... 70 para todas as nações).
- Ofertas queimadas no oitavo dia.
- Frutos das árvores.
- Ramos de palmeiras (lulevim).
- Habitaram em tendas de ramos 7 dias, (para lembrar que os pais assim fizeram).
Enfim era uma festa memorial e ação de graças para o fruto recolhido.
A Festa hoje em dia:
A. Começa no dia 15 de Tishri.
B. Observada pelos ortodoxos e conservadores por 9 dias. Adicionaram o nono dia porque a festa mudou o seu caráter. Comemoram no fim dela “Simchat Torá”, regozijo por Ter recebido a Lei Mosaica.
C. Observada em Israel e pelos reformados por 8 dias.
D. A festa é a considerada a mais alegre de todas. Os rabinos dizem: “quem nunca viu Jerusalém na época dessa festa não sabe o que significa regozijar mesmo.” (Eles bebem, cantam, dançam regozijam). Ë um festival de outono. Depois da ceifa realiza-se essa festa dando graças a Deus por tudo que foi ceifado e oram que Deus lhes de chuva o ano que vem.
A FESTA TINHA VÁRIOS NOMES
Chag Há-osif  - Festival da colheita. Lev. 23:29.    
Chag Há-succot  - Festival de tendas de ramos. Lev 23:42-43.
Chag Adonai - Festival de Deus. Lev. 23:39.
Hee Hag  -  O Festival. João 7:37.
A festa tinha o caráter agrícola: hoje em dia é mais ligada com a Lei e a Torá.
Símbolos usados na festas: As tendas de  ramos, o lilvou, o chrog , o cântaro de água usado pelo sacerdote.
• Os termos expressam um dia ou período de alegria religiosa
• Objetivos Históricos da Festas- Político, Manter a nação unida por meio de devoções regulares, Social, Renovar as amizades nas festas da colheita, Religioso, Adorar a Deus da aliança e lembrar o relacionamento com Ele baseado na aliança
• O propósito divino nas festas de Israel era trazer o elemento “Tempo” para o circuito de adoração.
• Eram os “encontros” do Senhor com Israel para comunhão, instrução e reflexão sobre o relacionamento e as responsabilidades da aliança.
• Nestas festas o homem não apenas reconhecia a Deus como o seu provedor, mas também relembrava o livre e ilimitado favor do Senhor para com um povo escolhido a quem Deus libertara por sua intervenção pessoal.
• A alegria expressa era sentida no coração.
• A entrega religiosa não era incompatível com o prazer nas coisas temporais as quais eram concebidas como dons da parte de Deus
• A resposta favorável do participante era religiosamente ética.
• O reconhecimento do pecado e a devoção a lei estavam igualmente envolvidos, através dos sacrifícios oferecidos
• Ser impedido de participar da festa era considerado uma perda e um impedimento ao privilégio
• Ser impedido de participar da festa era considerado uma perda e um impedimento ao privilégio
• O israelita comparecia as festas não apenas como beneficiário do favor Divino, mas também restituía ao Senhor conforme fora beneficiado
• A festa continha o elemento da lamentação, pois esses estavam envolvido na oferta pelo pecado.
• Não há linha clara de demarcação entre tristeza pelo pecado e a alegria do Senhor
• Observado em Levitico 23.3 para introduzir as festas anuais
• É o ponto central da vida de um judeu
• Objetivo: Dar descanso ao homem e animais e prover um período especial para Israel lembrar-se do Senhor que guarda a Aliança
• Ritual: Abster-se de todo trabalho.  Os sacerdotes deviam fazer ofertas diárias em dobro e apresentar novos pães da proposição no Tabernáculo
• Tipo: Tipificava os crentes descansando na obra concluída de Cristo – Hebreus 4.1-10
• 14 de Abibe (Marcço e Abril)
• Objetivo: Lembrar o livramento da servidão e morte no Egito e o fato de o Senhor tê-los aceitados como Seus “primogênitos”
• Ritual: Reunir todos os homens em frente ao Tabernáculo. Com as casas sem fermento, um cordeiro sem mácula seria sacrificado e comido pela família
• Tipo:  O cordeiro sacrificado tipificou a morte vicária de Cristo pelo pecado,
• 15 – 21 Abibe (março e abril)
• Objetivo: Lembrar como o Senhor tirou os israelitas apressadamente do Egito
• Ritual: Comer pão sem fermento, realizar várias assembleias; apresentar os sacrifícios exigidos
• Tipo: O pão asmo tipificou a vida de Cristo sem pecado, da qual todos os crentes se alimentam, em reflexão
• Segundo dia dos pães asmos, originalmente no domingo
• Objetivo: Dedicar ao Senhor toda a colheita da terra em que habitavam.
• Ritual: Os molhos das primícias, selecionados no décimo dia, eram movidos em oferecimento ao senhor no dia 16
• Tipo: As primícias tipificavam a ressurreição de Cristo como as primícias da ressurreição dos crentes (I Cor 15.20,23.
• 16 de Abibe, (domingo)
• Objetivo: Agradecer a colheita de cevada, dedicar a próxima colheita do trigo e lembrar o livramento da escravidão do Egito.
• Ritual:  Reunir os homens em frente ao Tabernáculo; apresentar ao senhor dois pães levedados (como alimento diário), e mostrar liberalidade para com o pobre.
• Tipo:  Dois pães tipificavam a dupla colheita do Espírito Santo , das primícias da Igreja e mais tarde de Israel (Tg 1.18; Ap 14.4)
• 1 de Tishri (mais ou menos em outubro)
• Objetivo: Marcar o início do ano civil e alertar a nação para o início do mês sagrado, com suas importantes atividades
• Ritual:  As trombetas soavam por muito mais tempo e com som mais alto do que nas outras luas novas, inclui orações com base no arrependimento e perdão
• Tipo: A nova reunião de Israel antes do dia de lamentação e regozijo Milenário
• 10 de Tishri (mais ou menos em outubro originalmente numa sexta-feira)
• A Festa Máxima dos Judeus.
• Objetivo:  Expiar quaisquer pecados ainda não expiados e simbolizar a eliminação divina desses pecados, purificando assim a nação por mais um ano
• Ritual: Chorar e afligir as suas almas; o sumo sacerdote oferecia um novilho e dos bodes, um bode para simbolizar a expiação e outro para levar sobre si todas as iniquidades do povo
• Tipo: Tipificava Cristo, que expiou todos os nosso pecados, pagando por eles e levando-os sobre si (Hb 10.23-26)
• 15 - 22 de Tishri (mais ou menos em outubro originalmente em duas quartas-feiras)
• Objetivo: Comemorar a peregrinação de Israel pelo deserto e o cuidado que
Deus lhes dispensou; regozijar-se com a colheita do ano que passou, e cumprir os votos de ofertas voluntárias e de agradecimento feitas durante o ano.
• Ritual:  Habitar em tendas de ramos; cumprir os votos do ano anterior; alegrar-se com os frutos e o agitar de ramos; os sacerdotes apresentavam ofertas especiais durante sete dias
• Tipo: Tipificava a alegria e a paz milenária de Israel após a sua purificação (Zacarias 14)
• 22 de Tishri
• Objetivo: Dia de convocação , descanso e apresentação de sacrifícios
• Ritual:  Comemorar o encerramento do ciclo das festas
• 14 E 15 de Adar (Fevereiro – março)
• Objetivo:  Lembrar os Israelitas o livramento da nação nos dias de Ester
• Ritual: Dia de alegria, de festas e trocas de banquetes
• Novembro e dezembro, por 8 dias
• Objetivo: Comemora-se a vitória dos Judeus em 165 a.c., quando reergueram o Templo de Jerusalém destruído pelos assírios
• Ritual: Acende-se um vela a cada dia num candelabro de 8 ramificações.
• Os judeus trocam presentes entre si, e as crianças recebem uma atenção especial nestes dias, Considerada uma das festas máximas do judaísmo
• Objetivo:  Comemora a data em que Deus, por intermédio de Moisés, deu ao povo libertado do Egito os Dez  Mandamentos
• 7º ano - Ano de descanso; campos sem cultivo.
• Descanso para a terra
• Lembrar que Deus é o verdadeiro provedor
• 50º ano
• Cancelamento de dívidas; Libertação de escravos e de servos obrigados por tempo limitado; Devolução de terras ao primeiro proprietário; Ajudar aos pobres; Estabilizar a sociedade
COSTUMES HEBRAICOS
Para tratar com todos os “Costumes Hebraicos”, seria necessário começar com a chamada de Abraão. .
1.    A aliança com Abraão e os seus descendentes.
2.    A lei (Aliança Mosaica – condicional) (3 partes: moral,  cerimonial, social).
3.    O Sábado (sua origem, seu desenvolvimento, hoje em dia).
4.    O tabernáculo.
5.    Os sacrifícios.
6.    O sacerdócio.
7.    As festas (Bíblicas / Extra Bíblicas).
8.    O templo (os templos).
9.    A sinagoga.
10.  As divisões em judaísmo.
11.  A Bíblica.
12.  O Talmud (A Mishna, A Gemara, A Kabala)
Os “Costumes Hebraicos” que foram observados estritamente antigamente, passaram  por várias modificações até que hoje em dia há uma grande diferença  na observação destes costumes.
 COSTUMES HEBRAICOS
1)  O Sábado.
2)  A Circuncisão.
3)  Casamento
4)  As Leis Dietéticas (Kosher).
5)  Bar Mitzvah (Confirmação como filho da lei).
6) Símbolos de Judaísmo (Estrela de Davi, Tefillin, Tallith,  etc...).
7)  A Sinagoga.
8)  As festas de Israel (Bíblicas e extra-bíblicas).
  O SÁBADO - O que mais distingue Israel e o povo judeu das nações  é a observação de Sábado. Então, o estudo de Sábado merece o mossa consideração. Vamos considerar a:
SUA ORIGEM
A primeira menção de Sábado ou o sétimo dia  e acha em Gênesis 2:2 –3. A Bíblia nos ensina que Deus santificou o sétimo dia e descansou de toda a sua obra com Criador nesse dia. Então, é bem claro que Deus santificou o sétimo dia para comemorar sua obra de criação. Êxodo 20:11. O povos antigos tinham o costume de observar os sábados, especialmente em Babilônia. Eles observaram os dias 7, 14, 19, 21, 28 de cada mês. Até o rei não podia fazer certas coisas no dia que eles chamaram sabatu. Mas em babilônia foi ligado com astrologia mais do que qualquer idéia de agradar Deus. Dia 19 foi observado também porque  19 adicionado com os 30 dias do mês anterior em 49 ou 7 x 7 o número sagrado.
SÁBADO E A NAÇÃO DE ISRAEL
Conforme o ensino em Êxodo 16:23-29, o Sábado já era uma  instituição, pelo que, quando os dez mandamentos forma transmitidos, o Sábado não foi proposto como se fosse uma nova Lei. Embora que a ideia de observar os Sábados foi comum antes da Lei, os seu detalhes específicos foram estabelecidos pela primeira vez no – conteúdo da Lei que foi entregue no Sinai para Israel. É importante notar – que a Lei, inclusive o Sábado, foi dado só a Israel. Êxodo 20:8-11. Em hebraico a palavra Sábado é shabbat: e significa: Cessar ou Descansar. Era para ser principalmente um dia de descanso de todo o trabalho e de todo um dia dedicado a renovação Espiritual e Adoração a Deus. Isto era o propósito do Sábado. A próxima menção do Sábado se encontra em Êxodo. 31:12-18. Aqui, vemos a importância  do Sábado na vista de Deus. Deus obrigou Israel a guardar os seus sábados com pena da morte se profanarem. Era para ser sinal entre Deus e Israel e como uma aliança perpétua em suas gerações. A ordem era guardar os sábados vem repetida muitas vezes no Antigo Testamento. Levitico 16:31; 19:3 e 30; 23: 3,  11, 15-16 , 32, 38;  24:8; 25:2, 4, 8; 26:2, 34-35, 43; etc. Será que Deus mataria alguém só por trabalhar um pouco no dia de Sábado? Vejamos o que aconteceu com um homem que violou o Sábado. Números 15:32-36. Os judeus observavam o Sábado de um modo geral. Não trabalhavam e dedicavam o seu dia para adoração do Senhor. Mas o descanso não era estritamente ou rigidamente observado. O povo viaja percorrendo a terra. Eles passavam sem as – restrições que vieram mais tarde. De fato a observação de Sábado degenerou tanto que foi um das maiores razões porque deus permitiu Nabucodonozor de atacar vencer Israel. (Jeremias 17:19-27). Os judeus começavam a dar mais ênfase sobre o Sábado de que nunca. Alguém  tem uma ideia  sobre o porque? Respostas: Em Babilônia foram despojados de seu templo e dos sacrifícios e da sua adoração cerimonial. Surgiam homens, tais como Esdras e Neemias que queiram obedecer os preceitos de Deus. Os preceitos como circuncisão e o Sábado podiam ser observados. Sendo assim, é claro, o porque circuncisão tornaram-se os primeiros símbolos de judaísmo. Podemos ver um grande contraste entre os que foram levados em cativeiro com os que foram na terra em relação ao Sábado. Vejamos o que Neemias encontrou quando voltou a Jerusalém. (Neemias 13:15-22). Um sacerdote, ficando na torre do tempo tocou a trombeta como o sinal de cessar o trabalho e começar o Sábado descanso. Nas outras cidades, um judeu no teto da sinagoga tocou sua trombeta seis vezes!
A Primeira vez: para os obreiros no campo ao redor de cessar os trabalhos.
A Segunda vez: as lojas na cidade fecharam-se.
A Terceira vez: avisou as senhoras da casa para tirar as panelas dos fogões e – embrulhá-las para preservar a comida quente, e para acender as velhas no Sábado. Depois veio um intervalo e a trombeta foi tocada três vezes em sucessão,  rapidamente que significava o começo do Sábado. Não era lícito para o trombeteiro levar a sua trombeta em baixo. Havia de deixá-lo no teto até a cessão do Sábado.  Durante esta época o Sábado foi uma ilha de descanso no mar de perseguições. Os judeus só tinham repouso e descanso no Sábado com sua família. Sexta-feira, cedo faziam uma limpeza da preparação para o Sábado. Usavam a mais bonita toalha sobre a mesa, e o melhor de tudo foi empregado naquela noite. Depois de jantar a família cantou z’miros – canções da mesa, honrando o Sábado, e compostas pelos poetas. Foi o costume de convidar uma visita para jantar especialmente um sábio que podia dar uma interpretação de um estudo na Tora. A comida mais providenciada era peixe ou ganso, bem temperado. Um tipo de pão especial foi feito para o Sábado, chamava-se challoth (challos) pão de Sábado. Nos tempos modernos foi introduzido o costume de Kabbolas Shabbot ou Saudação a Rainha que era o Sábado. Certos judeus piedosos se vestiram com a roupa mais fina que tinham e fizeram uma procissão  fora da cidade  para saudar o Sábado, cantando salmos e terminando com “venha a noiva, venha noiva!”. Uma das mais famosas canções até hoje o D’choch Dodi que significa.... venha amigo encontrar a noiva.  (Foram Kabbalistas que introduziram estes costumes). A Senhora da casa faz a cerimonia de ascender as velas, cobrindo os seus olhos com as mãos e recitando a bendição ou benção. O pai e os filhos cantam Shalon Alcichem. Como saudação aos dois anjos que acompanham cada judeu da sinagoga até em casa. O pai recita ultimo cap. de Provérbios horando as esposa. O pai lia também o Tora,  duas vezes em  hebraico e uma vez em aramaico. Há uma herança popular que as almas em Genhenna recebam descanso durante o Sábado de mas  quando o sábado terminar  precisam voltar a Genhenna.  A maioria dos judeus pensam que  o descanso do Sábado rigidamente observado pelo Esdras e Neemias e outros foi preservado somente porque a circunstâncias eram favoráveis. Mas desde as modificações do século 19 foi impossível observá-lo rigidamente. Um judeu Sr. Hayyim Shaues, autor do livro Jowish festival disse: as invenções revolucionaram comércio e industria numa maneira que transformou a vida econômica. Também a influência dos cristãos observando Domingo deixou com que os judeus não pudessem continuar observando Domingo deixou com que os judeus não pudessem  continuar observando o Sábado como antigamente. Somente os ultra-ortodóxos continuam tentando observar o Sábado rigidamente. Hoje em dia, a maioria dos judeus não o observe estritamente. Sr. Hayyim pensa que os judeus devem modificar as restrições, mais ainda continuar a observar o Sábado. Ele empregou a expressão, “precisamos por o novo vinho em garrafas velhas.” Conforme o ensino de Números 28:9-10, é o impossível até para os ortodóxos observarem o Sábado segundo a Lei. Não tem templo, nem o sacerdócio. Eles estão tentando observar o sábado como Talmud exige e não como a Bíblia. E a maioria dos judeus não conhecem nada do Talmud. O Talmud dá 1.521 regras sobre o Sábado. O ano júbilo teve início ao completarem 7 anos sabátisticos. (49anos). Levítico 25. O número de 7 é sagrado e os rabinos falam em 7 milênios divididos assim:
1.- 2000 de Adão à Abraão.
2. -2000 de Abraão a destruição do templo em 70.
3. -2000 da destruição do templo até a vinda do Messias.
4. -1000 e milênio sabático sob o reino do Messias.
HÁ UMA COINCIDÊNCIA COM A ESPERANÇA DOS CRENTES !
Sábado x Domingo
Sábado tem uma aplicação para crentes?
Domingo foi a invenção de um papa como alguns dizem?
Lembre-se da acusação dos fariseus contra o Senhor Jesus e os seus discípulos? (Mt 12: 1- 8). A questão de sábado e a circuncisão e a lei é resolvida para o crente pelo ensinamento do N.T.  (Col. 2:11; 16-17; Galatas; Romanos).
1.   O sétimo dia comemora a obra de criação. (Gen. 2:1-3). O primeiro dia comemora a obrada redenção. (Mat. 28:1-6)
2.   O Sábado era o sinal da aliança de Deus como o seu povo, Israel. (Êxodo 31:13) Domingo significa a comunhão entre a Igreja e o seu Senhor ressurreto. (Atos 20:7)
3.   A observação do Sábado foi obrigatória com a pena de morte. (Êxodo 31:14).  A observação do Domingo não é obrigatória, é voluntária.
4.     O Sábado era a parte essencial da dispensação da lei mosaica. O Domingo e representativo da dispensação da graça.
É verdade que o rei Constantino instituiu a lei de Domingo em 321 , mas isto não muda o fato que os crentes desde os dias dos apóstolos já tinham observado o Domingo, o primeiro dia da semana, dia do Senhor . Já pensou no problema dos hebreus cristãos em Israel. Sábado é o dia legal para descansar e adorar. Domingo é um de trabalho como qualquer outro. Vai condenar o hebreu cristãos por trabalhar Domingo e adorar no Sábado? Qual deve ser nossa posição? Romanos 14:1-12  (vs. 5,6). Como no caso de observar Sábado, muitos povos antigos observaram também o rito de circuncisão. Em sua significação original pode ter sido uma espécie de reconhecimento religioso associado aos poderes da reprodução humana; parece ter servido também de distintivo tribal. Essa é uma das muitas instâncias do método de Deus apropriar-se de uma prática, já existente, dedicando-a para Seus próprios propósitos. Porque a circuncisão tornou-se uma pedra de toque do judaísmo posterior. Na história depois do concerto que Deus fez com Abrão, ele exigiu que todos os descendentes machos de Abrão fossem circuncidados. Era para ser o sinal da aliança entre Deus e Israel.  Até os forasteiros entre o povo foram incluídos. Se alguém desobedeceu foi cortado do povo de Deus por ter quebrado a aliança. (Gen. 17:9-14). O mesmo capítulo registra a obediência de Abrão. Foi circuncidado, melhor circuncidou  assim mesmo e o seu filho, Ismael e todos os outros machos na sua casa. Abrão tinha 99 anos e Ismael 13 nos.  (Gen. 17:23-27). No tempo de Moisés, depois da saída do Egito, Deus disse a Moisés que seria obrigatório observar a pessoas em todas as suas gerações. Deus esclareceu que ninguém pode comer a páscoa se não fosse circuncidado.  Mas escravos estrangeiros puderam se tinham sido circuncidados. No caso do escravo foi obrigatório mas o estrangeiro que era hóspede havia de escolher, não foi obrigatório. (Êxodo 12:42-48).  Lembre-se que o costume de observar o Sábado foi posto ao lado pelos judeus durante a jornada no deserto. A observação de Sábado degenerou. Aconteceu também com o costume de circuncisão. Mas ao entrar na terra prometida, Deus mandou Josué circuncidar todos que não foram circuncidados no deserto. (Josué 5:1-9). Desde então hoje,  os judeus observam o ritual de circuncisão rigidamente. De fato, levaram em contemplo (desprezaram) os que não foram circundados. Como podemos ver nas atitudes dos:
- Pais de Sansão.  Juízes 14:3. 
- Sansão mesmo.  Juízes 15:18.
- Jonatas. I Samuel 14:6.
- Israel em geral (Jerusalém). Isaías 52:1.
“Nenhum incircunciso entrará na cidade de santa”. Jerusalém no milênio? Existiam exceções entre o povo judeu. Por causa de perseguições e desprezos, alguns queriam desfazer sua circuncisão, por meio de um operação cirúrgica.  Aconteceu sob as perseguições de Antíoco que prefigurou o anti-Cristo com a abominação de desolação.Paulo avisou aos Hebreus  cristãos para não desfazerem sua circuncisão simplesmente por que tinham aceito Jesus. (I Cor. 7:18-19). A cerimônia em cortar e prepúcio com uma faca ou com uma pedra aguda. Normalmente pertencia ao pai da família fazer mas até uma mulher podia (como no caso da esposa de Moisés quando ele tinha esquecido de circuncidar o seu filho). Êxodo 4:24-26 ; Lev. 12:3. Mas um gentio nunca podia, era de caráter estritamente religioso, A corrupção de pecado geralmente manifestou-se com a degeneração na vida sexual . Então a santificação da vida foi simbolizada pela purificação de órgão sexual  pela qual vida reproduzida. Deus exigiu pureza entre seu povo e a circuncisão tornou-se o sinal externo da aliança entro Israel e Deus. Figurativamente  falando, circuncisão simboliza a pureza de coração.  (Deut. 10:16; 30:6; Lev. 26:41; Jer. 4:4; 9:25; Ezeq. 44:7).
Borith Me’ilah – o pacto de circuncisão. O pai de família não a faz hoje. Um homem chamado, o Me’el, especializado faz o rito da circuncisão. A pessoa que segura a criança durante o ritual é chamada o sandek  (god-father = padrinho). A criança é colocada numa cadeira especial a cadeira de Elias. A tradição é que assim a criança, será curada mais rápido. Todos ficam em pé durante o ritual. Depois há uma festa em casa. Se realiza ainda no oitavo dia.  Por que no oitavo dia? Porque Deus mandou! Sugestões: ligado com o número 7. Sete dias completos, o novo ciclo começou com o oitavo dia e a criança entrou na aliança com Deus. Foi suposto antigamente que a criança não possuía sua experiência própria até no oitavo dia. Pessoalmente, creio que Deus tinha razão no sentido físico e também no sentido espiritual. (oitavo significa coisas novas, vida espiritual etc...). Cientificamente foi provado que no oitavo dia a coagulação é mais rápida. A epístola aos Gálatas nos revela que alguns judeus seguiam  o apóstolo Paulo em suas jornadas missionárias, cuja finalidade era par perverter o evangelho que Paulo pregava e pro os novos convertidos sob a lei de Moisés exigindo circuncisão. (Gal. 1:6-7). Os novos convertidos em Galácia estavam a insidiosa sugestão destes mestres judaizantes. Paulo escreveu a epístola para convencê-los da sua emancipação espiritual, e para enfatizar que fé em Cristo era suficiente para a salvação. A transição do judaísmo para o cristianismo foi um processo lento. Houve fariseus que creram (Atos 15:5) e alguns desses ensinavam que, antes de um gentio poder tornar-se Cristão, era lhe necessário tornar-se primeiramente judeu, submetendo-se à circuncisão e observando a lei judaica, tanto moral como ritual. Paulo frisa de modo muito agudo que a salvação é pela fé sem lei, sem circuncisão. Ele usa o próprio Abraão, como o crente típico, justificado, pela fé e não pela observação de regra qualquer. (Gal. 3:6-9) cf. (Rom. 4:1-14); (Gal. 3:17-19). Paulo apelou para que eles permanecessem na graça e na liberdade de Cristo. Ou a lei, ou Cristo não os dois. Como um mulher foi desobrigada da lei do seu marido por causa da morte, mesmo assim os crestes em Cristo já tendo morrido relativamente à lei, são desobrigados da lei. (Rom. 7:1-6). A questão foi tão que foi levada aos apóstolos em Jerusalém. Conclusão: os gentios não tem com a lei. (crentes). (Atos 15:1-21 e 28-29). Mas até eles não perceberam que nenhum crente (hebreu ou gentio) foi obrigado à lei.  Segundo o N.T. existe uma circuncisão cristã. Todos os crentes já são circuncidados. Foram circuncidados não fisicamente e sim espiritualmente quando arrependeram-se o receberam Jesus como o seu Salvador pessoal (Col. 2:11). A circuncisão fisicamente representa o que nos aconteceu. A circuncisão física era um certo da carne: a circuncisão espiritual é da mesma sorte uma operação pela qual é cortada toda a natureza carnal, descrita aqui como o despojamento do corpo da carne. (Col. 2:11 cf. Rom. 6:3-4; ICor. 12:13). Aconteceu a nossa circuncisão Espiritual quando nos fomos batizados pelo Espírito Santo no corpo de Cristo. Um símbolo da nossa identificação com Cristo na sua morte, no seu sepultamento e na sua ressurreição é o batismo. (Col. 2:12; Rom. 6:3-4).
CASAMENTO
1.    A Lei civil do país deve ser observada em primeiro lugar.
2.    A cerimônia tradicional depois.
A presença de um Minyon (grupo de 10 judeus) é o mister. Isto é a maneira de enfatizar que o casamento não é importante só para a vida do casal mas também é considerado importante para a comunidade. Antigamente a comunidade ajudava generosamente para as coisas
MATERIAIS PARA OS NOIVOS.
Na época é licito escolher para si mesmo sua noiva ou noivo mas antigamente não era assim. Cabia aos pais escolherem. Lembrem-se os exemplos Bíblicos como no caso de Abrão, Isaque etc... (Gen. 24 e Gen. 28).
OS SÍMBOLOS TRADICIONAIS LIGADOS COM O CASAMENTO
a. A Chupah          
(em português chama-se pelos vários nomes tais como: pálio, dessel, baldaquino e pavilhão). Não sei qual entre eles é o mais comum mas vou chamar de chupah como a pavilhão. Os noivos ficam em pé sob o chupah durante a cerimônia.  Esse pavilhão é feito de material muito fino de alta qualidade. Simboliza real porque os noivos são considerados como rei e rainha no dia do seu casamento.

b. O Anel   
Pode ser de ouro ou de prata mas deve ser muito simples. Simples para minimizar a diferença entre noivos pobres e noivos ricos. Tipicamente também a tradição judaica de igualdade. Na minha experiência já vi muitas senhoras judaicas usando os seus anéis mas também usando ao mesmo tempo anéis com muita jóias ou pedras caríssimas. Aparentemente, as judias não aguentavam ficar só com um anel simples. O anel simboliza a perfeição eterna. (Seja santificada a mim pela lei de Moisés e Israel).
c. O Documento do Casamento
Depois de colocar o anel  é lido esse documento de casamento que se chama o Ketubah. É o contrato das obrigações  mutuais entre o casal.
d. O copo de vinho
Os noivos bebam do mesmo copo no princípio da cerimonia e mais uma vez no fim. Antigamente usavam dois copos. O primeiro para simbolizar a vida de alegria, e o segundo significava a vida de sacrifícios. Bebendo juntos significava o destino comum do casal. 
e. Quebra do copo
A cerimônia está concluída quebrando o copo. O noivo quebra o copo pisando nele. Simboliza várias coisas:
1.       Faz lhes lembrar a destruição do templo.
2.       Faz lhes lembrar que a vida é frágil e transitória.
3.       Foi também para assustar os espíritos malignos, expulsando-os porque demônios tem ciúmes de qualquer alegria humana.
f. A   Benção Sacerdotal
Essa benção profunda se encontra em Números 6:24-27.
“O SENHOR TE ABENÇOE E TE GUARDE: O SENHOR FAÇA RESPLANDECER O SEU ROSTO SOBRE TI, E TENHA MISERICÓRDIA DE TI: O SENHOR SOBRE TI LEVANTE O SEU ROSTO, E TE DE PAZ.”


 g. Os hospedes
Tradicionalmente, era obrigatório para o hospede cumprimentar o noivo dizendo-lhe que ele escolheu uma noiva belíssima. Os rabinos ficavam perturbados, porque se essa descrição não podia ser aplicada, isto é se a noiva era feia mesmo, então os hospedes seriam culpados de testemunhas falsas violando a lei de Moisés. Tudo foi resolvido quando esses sábios concluíram que todas as noivas pudessem ser consideradas lindas e nos olhos do noivo dela sempre é a mais belíssima.
h.  Divórcio  
É raro entre os judeus. Eles dão muito ênfase sobre a unidade da família. Mesmo assim, conforme as leis judaicas se o divórcio for necessário será fácil obte-lo. De fato, o Talmud diz que pode divorciar-se de sua esposa se ela queimar o jantar. Mas continua dizendo que: “Se existe tão pouco entendimento e compreensão entre o casal que uma carne queimada leva tal importância então significa que já exista uma incompatibilidade básica. Na tradição judaica é considerado maior mal criar crianças num lar sem amor de que a necessidade das crianças enfrentarem o divórcio dos seus pais.
CHANUKAH HABBAYTH :   (DEDICAÇÃO DA CASA).
Isto é um costume,  que era observar sempre, mas que hoje em dia está sendo observados por poucos porque hoje muitos já abandonaram. É uma cerimonia pela qual a vida judaica começa num lar. Os recém casados colocam a nezuzah na porta com orações e bençãos pronunciadas.
A NEZUZAH :
É um oramento colocado no batente da porta de acordo com Deuteronômio 11:20, “E escreve-as nos umbrais de tua casa e nas tuas portas”.
As duas primeiras partes de “Shema”  que é Deut. 6:4-6  e 11:13-20. São escritas em Hebraico num pedaço de pergaminho, que então é enrolado e colocado em um recipiente de metal ou de madeira. É posto numa posição inclinada ao lado direito da porta dos lares dos judeus. A palavra  “Shaddai” ; está escrita no outro lado do pergaminho, e a letra “Sheen”  em Hebraico apareça através  da pequena abertura na Nezuzah.  A Nezuzah simboliza a família judaica e a sua lealdade a lei de Deus. Judeus piedosos tocam os sua lábios com o seu dedo e depois a Nezuzah quando entrarem ou saírem da porta.  A Nezuzah tornou-se um símbolo do lar judaico e um sinal da presença de Deus na casa. Infelizmente, a Nezuzah tem se degenerado num mero amuleto. Vejamos  em  Jeremias 31 33; Ezequiel 11:19-20 que desejo de Deus  que o seu povo escrevesse as leis nos seus corações. Um mero amuleto fora da casa nunca pode agradá-lo.
KASHRUS (KOSHER: A LEI DIETÉTICA).
Essas leis são baseadas em Lev. 11. Mas as regras talmúdicas vão muito além  do ensino do Torah. (Como sempre).
1.    Os animais precisam ser matados de uma maneira muito especial.
Um especialista, chamado Shochet, que é um profissional, usa uma faca de certa, medida, bem afiada para evitar crueldades e para que o sangue possa drenar ou esgotar mais rápido. Porque conforme o ensino do A.T. não era lícito comer carne que ainda continha sangue. Então, é preciso saturar a carne em água por uma hora e depois por mais meia hora em água salgada.
2.    Os dois jogos de louças.
Não é permitido comer produtos de leiteria até seis horas depois de comer a carne. Isto é baseado numa interpretação (errônea) de Êxodo23:19 ;  34:26 ;  e Deut. 14:21. É necessário usar um jogo de louças para carne e outro para produtos de leiteria. 
Lev. 11. Registra as verdadeiras leis dietéticas que Deus  deu a nação de Israel naquela época.  Os rabinos de hoje acre ditam que essas leis eram  temporárias (com a exceção dos ortodoxos). Foram dadas porque a nação não tinha meios de refrigeração. Quer dizer foi por razões higiênicas.
Qual é nossa  posição como crentes? Somos obrigados a observar Lev. 11? Pessoalmente, creio que os rabinos tem razão para dizer que essas leis foram temporárias. Porque, originalmente, a raça humana não recebeu ordem de recusar comidas.
Essa ordem não veio até depois e como lei foi dada aos Israelitas. Lembrem-se que faz parte da lei mosaica que também era temporária.
No certo sentido Deus estava fazendo lições ao seu povo, lições de objeto. Mostrou-lhes que deviam fazer diferença entre carne Kosher (limpa, pura) a carne treyfah (impura), ou  melhor proibido. A carne kosher representa o que é bom, enquanto a carne treyfah representa o mal.  Infelizmente muitos judeus ficam satisfeitos observando ao pé da letra adicionaram leis que Deus nunca lhes deu.  
Vejamos o que o Senhor Jesus disse aos fariseus (Marcos 7: 1-23) Mostrando-lhes claramente que a impureza da vida não tem nada a ver com a comida. Pode comparar Atos 10:9-10; onde Deus exigiu (numa visão) que o Apóstolo Pedro matasse e comesse animais proibidos antigamente. Foi para ensiná-lo que ele não deveria ficar com preconceitos contra os gentios. O Apostolo Paulo nos ensina em Rom. 14; a atitude que crentes devem manter neste sentimento. Devemos Ter  tolerância com irmãos cujas  convicções são diferentes do que as nossas.  A convicção de Apostolo Paulo era: “Eu sei, e disso estou persuadido no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura !” (Rom. 14:20; I Tim. 4:3-4).
Pois bem. Essa ideia do dois jogos de louças é uma invenção dos rabinos baseado na mal interpretação dos seguintes versos: Ex. 23:19;  34:26; Deut. 14:21). Estes trechos. “Não o cabrito leito da sua própria mãe.”
Os rabinos concluíram que este versículo significa que carne e leite na mesma louça não seria lícito. É meio difícil compreender sua interpretação. Pra mim, o verso simplesmente está dizendo que eu não devo matar um cabrito que ainda está alimentando-se da sua mãe. Que quer dizer não chegou a idade de ser sacrificado. Ou que seria melhor não cozerá o cabrito no leite da sua própria mãe. Ouviu falado também, que os pagã praticavam cozinhar um cabrito vivo elite da sua mãe ! E a advertência é que o povo Deus nunca pode imitar tal coisa. Seja qual for a interpretação certa, creio que a ideia de dois jogos de louça é longe dela!
BAR-MITZVAH (FILHO DA LEI O MANDAMENTO)
Estes costumes é observado pelos ortodoxos e conservadores. Quando um menino chegar ao seu décimo terceiro aniversário, é considerado qualificado a ser Bar-Mitzvah. Desde então é considerado responsável  perante a lei pelos seus atos e pelas suas obrigações religiosas. Nos Sábado (antes ou depois) do seu aniversário, o menino é chamado na sinagoga ao altar para ler um trecho da Torah em hebraico. Conforme a tradição, era necessário para o Bar-Mitzvah. dar um discurso Talmúdico. Hoje  em dia, é apenas necessário afirmar sua intenção de seguir judaísmo e declarar sua intenção de estruturar Torah. Depois da cerimônia na  sinagoga, realiza-se uma festa em casa. O menino receba muitos presentes dos pais e dos parentes e amigos. A origem deste costume é recente. Não passa 600 anos. Originou-se na Europa. Não é Bíblico. Recentemente, nos últimos 20 anos os reformados e alguns conservadores introduziram o costume de Bar-Mitzvah.  (Filha de mandamento) mas meninos e meninas fazem sua “confirmação”, quando tiverem 15 ou 16 anos, em grupos.
NETILAT YADAYIM (LAVAGEM DAS MÃOS)
Judeus piedosos lavem suas mãos várias vezes durante um dia. Lavem-nas ao acordarem, antes e depois das refeições e antes das orações.
RESPONSABILIDADES DOS PAIS
A Mulher (bath habbayith) é responsável para ascender as velas nos sábados e nas festas. Ela precisa orar e pronunciar bençãos na hora. Ela é responsável também para manter a casa. “kosher”. O pai, (Baal Habbayith) tem responsabilidade principalmente na sinagoga. Mas, também é responsável para a educação da sua família. Deut. 6:4-9. 
SÍMBOLOS
Há vários símbolos usados em judaísmo. Seria bom para crentes aprenderem quais são estes símbolos e o significado deles para que pudessem usá-los  como um ponto de contato ou método de aproximação.
A ESTRELA DE DAVI (MÔGEN DAVID)
A estrela de Davi talvez seja o símbolo mais conhecido. Ela é usada na Bandeira Nacional de Israel. Também se encontra nas sinagogas. Ë muito comum ver judias usando a estrela na correntinha do pescoço. As vezes, judeus usam a estrela num alfinete de gravata. A estrela tem dois triângulos entrelaçados. Um triângulo aponta para o céu e outro para a terra. Então, é uma estrela de seis pontas. Sua origem é obscura. Um rabino  diz que originou em Europa á 300 anos atrás. Afirma também que não é símbolo sagrado ou religioso apesar da ideia que era o símbolo  no escudo do rei Davi. Tornou-se muito popular na Europa. E os nazistas exigiram que todos os judeus usassem este símbolo como “um emblema de vergonha” . Facilitou a captura dos judeus quando nazistas queriam prende-los. Os judeus não deixaram de usá-los nos seus braços. Para eles era “um símbolo de orgulho” e é até hoje. Mesmo que os rabinos modernos afirmam que a estrela não tem nenhum significado religioso os hebreus cristãos vêem nela um significado muito interessante. Para eles a estrela representa o Deus Triuno e os homens nas suas três partes, corpo, alma e espírito. O triângulo voltado para terra, representa a Tri-Unidade de Deus, Pai, Filho, Espírito Santo pegando há outro triângulo que representa os homens e levando-os para o céu !

TEFILLIN   (FILACTÉRIOS)
Jesus menciona o uso de Tefillin em Mat. 23:1-5. Mas ELE disse que os costumes tornam-se mero símbolos de orgulho dos fariseus. Os Tefillin consistem em duas caixinhas de cor preta, e de uma ou duas polegadas quadradas com correias de couro segurando-as. As caixinhas contem pedaços de pergaminhos inscritos com versículos de Torah em hebraico.  Os trechos são os seguintes: Exo. 13:1-16 ; Deut. 6:4-9 ; 11:13-23 ; que proclamam a unidade de Deus, Sua providência e a restauração de Israel. Ortodoxos e Conservadores usam os Tefillin  todos  os dias úteis  nas suas orações de manhã. Não são usados nos sábados. Motivo de Tefillin? Para remover as distrações mundanas quando está preparando-se para orar. O trabalho de colocar as caixinhas no braço esquerdo e na testa exigia concentração. Uma caixinha colocada no braço esquerdo é mais perto do coração simboliza os laços de emoção da sua fé, enquanto a caixinha colocada na testa simboliza a aceitação intelectual  da Palavra de Deus. Um rabino disse que tudo mostra a consagração do nosso coração e das nossas mãos a vontade  de Deus.
TALLITH   (SHALE DE ORAÇÃO)
 O shale de oração é usado pelos ortodoxos em obediência a Lei Bíblica. É feito de tecido  de soda ou lã. É branco e azul que são as cores de Israel. O shale ou tallith  tem franjas nos quatros cantos  ou bolas chamadas, “tsitsis” conforme o ensinado Torah. (Números 15:37-40; Deut 22:12). Os judeus usam o Tallith nos cultos da manhã só. Geralmente, o judeu o seu tallith no dia do seu Bar-Mitzvah. Algumas congregações ortodoxas, entretanto, concedem o tallith só no dia do casamento. Originalmente, tallith era um símbolo de distinção, reservado pelos rabinos e escolares ou anciões. Hoje em dia, é símbolo de igualdade. Os judeus piedosos usam o tallith como mortalha e não sepultados nele.
YARMULHER (BOINA)
Os ortodoxos usam o yarmulkeh ou um chapéu sempre e não só durante as orações. O conservadores usam yarmulkeh  só nos atos de adoração. (orações e cultos). Os reformados, geralmente, não usam nos seus cultos. Não é bíblico e sim apenas tradição. Os rabinos tem opiniões diferentes em relação a origem de uso só yarmulkeh . Um diz que originou em tempo antigo simplesmente como proteção contra o sol Jerusalém. Mas o mesmo rabino diz: que arqueologia nos revela o que os judeus antigos não usavam chapéus ou yarmulkeh  quando oravam. Em fim o yarmulkeh  tornou-se um símbolo e reverencia.
Conforme o ensino do N.T. sabemos que é vergonha para homens orar ou pregar com a cabeça coberta e ao contrário para as mulheres. (1 Cor. 11: 1-5). Tradução de 300 anos aproximadamente.
A  MENORAH  (O CANDELABRO, CASTIÇAL)
O uso deste símbolo é baseado em Êxodo 25:31-40 e 37:17-24. A passagem que o candelabro ou castiçais foi feito para ficar no tabernáculo. Este trecho nos dá uma direção do candelabro. Tinha que ser:
- Um pedestal.
- Uma haste principal.
- Seis haste saindo da haste principal; três de um lado e três do outro.
- Tem flores, cálices e maçanetas.
Mas tudo foi feito de uma peça só de ouro batido. Hoje em dia, os menorahs que se encontram nas sinagogas não tem sete hastes conforme o ensino de alguns rabinos. Tem ou seis ou oito mas não sete. Porquê? Para lembrar a importância do tabernáculo e do tempo, os judeus resolviam não o candelabro exatamente como era antigamente. Isto é para mostrar o seu respeito do original e para honrá-lo. Judaísmo usa um outro candelabro especial que tem nove hastes. Uma delas é serva para as outras. Esta peça usada sempre na festa de Chanukah.    
A SINAGOGA
A palavra em grego é “sunagoge” e significa “ajuntamento de Povo”. E o chefe  da sinagoga em grego é “archesunagoger”  Até nos últimos vinte anos a palavra sinagoga denotava a casa de oração, para os judeus ortodoxos  enquanto a palavra templo significava a casa de oração dos judeus reformados. Mas hoje, em dia, pelo menos E.E. U.U. essa distinção não se aplica mais. As vezes, conservadores e reformados empregam a palavra sinagoga e as vezes conservadores usam a palavra templo.
a. A Origem da Sinagoga
A origem das sinagogas é obscura. Alguns pensam que teve sua origem no tempo de Moisés, mas não há provas. Outros pensam que a sinagoga originou no tempo do cativeiro  em Babilônia sob a liderança de Esdras. Isto é razoável porque estava fora do seu pais e do seu templo por 70 anos. Temos certeza absoluta que muitas sinagogas existem antes a destruição do templo em 70 D.C. por que há muitas referências no N.T. (Marcos 1:21;  6: 2 Lucas 4:16-31;  6:6;  13:10 etc.)
b. A função da Sinagoga
As sinagogas foram fundadas por vários motivos. Os motivos na ordem da sua importância são:
a. Casa de instrução e educação religiosa.
b. Casa de oração.
c. Casa de adoração.
d. Casa para funções da comunidade judaica.
e. Casa de atividades para a mocidade.
c.  A Descrição do Interior da Sinagoga.
1.   A Santa Arca: (Aron Há-kodesh) que é sempre colocada dentro de (Mizrah) que é parede para o lado leste na direção de Jerusalém.
2.   A Sefer Torah: (0 Rolo da Lei) Este rolo de pergaminho está escrito a mão e fica em pé dentro da Santa Arca. A Sefer é tirada e lida em todas as ocasiões religiosas que exigem a leitura como: nos sábados e nas Santas Festas.
3.   A Cortina: (Paroket) que é a cobertura da arca. Isto é para continuar o costume de ter a cortina divido o Santo dos Santos do Santo Lugar no Tabernáculo.
4.  Tabelas da Lei: (Luhot) Um desenho das tabelas fica na parede sobre a Arca. Isto simboliza o conteúdo da Arca.
5.  A coroa da Torah: (Keter Torah) De todas as coroas que existem no mundo a Coroa da Torah e a mais nobre. Para simbolizar isto, o rolo Da lei é coberto com fino veludo e as coroas são de prata.
6.  A Árvore da Vida: (Ez Hayim) Isto é como o nome dado aos cabos do rolo da lei. São feitos de madeira. Recebeu esse nome por causa de madeira. Recebeu esse nome por causa de expressão: “Ela (A Lei) é uma árvore da vida para todos que a segura.”
7.  O Apontador: (Yad) Este apontador é feito d prata e é usado pelo leitor das escrituras como um guia.
8.  A Luz Perpétua: (Ner Tamid) desde os tabernáculos até a sinagogas de hoje. Essa lâmpada que é suspeita sobre a arca. Simbolizada a Eterna fé  de Israel (conforme a opinião deles). É suspeita Sobre a arca para mostrar a dependência dos judeus sobre a lei.
9.   A Bima: (púlpito) simboliza o altar o fica em frente de arca. É na bima que os judeus oram e pregam as escrituras.
10. O Siddur: (Livro de oração) este livro contém todas as orações diárias, e para e as festa e aos sábados em ordem. Existe em outro livro de oração chamado o kolbo que contém todas as orações judaicas que existem.
11. Liturgia:
1.    Orações: começaram com o “Shema”  (Deut. 6:4-9; 11:13-31; Num.      15:37-41) o judeu piedoso recita o shema três vezes por dia. É considerada oração mais importante. As 18 bênçãos:  “Shemeneh Esreh” E Também chamado  “Amidah” pelo Sephardin porque significa “Em Pé”. Essas orações tem três ênfases, a glória de Deus, a esperança individual e coletivamente, e a gratidão pelas bênçãos já recebidas. As 18 benções são repetidas pelo Cantor ou Chazan para que a congregação não perca-as. É chamado  “Hazrat há-shaz” que significa: Repetição pelo representante da congregação.
2.    Leitura da Torah: A cerimônia de leitura começa quando alguém é chamado na frente para abrir a arca. Depois de uma oração, a arca é tirada e dada para o cantor (hazzan). Então, mais alguém é chamado na frente, chama-se “Aliyah” Essa honra é oferecida primeiramente a um “Cohen” (descendente dos sacerdotes dos sacerdotes). A segunda  “aliyah”  é oferecido ao “Levi”. As outras aos israelitas. Geralmente tem 7 “aliyahs” (chamadas para ler a Torah).
3.    Leitura da Haftorah: Isto é leitura da porção profética. 
4.    Benção sacerdotais: é chamada “Birita Kohanim”  orações pronunciadas pelos homens com o sobrenome, "Kohein” .
5.    A Volta de Torah para a Arca: Quando tirarem o Torah e quando é retornada a congregação canta e faz uma processão. Alguém é chamado e honrado com a tarefa de por a Torah na Arca.
6.    O Sermão: é pregado depois que o Torah é colocado na Arca. O sermão é chamado “Derashah” e deve ser uma interpretação da Lei, aplicada aos problemas de hoje.
7.    Musica: Por quase 500 anos depois da destruição de Jerusalém em 70  D.C. houve uma ausência de música para lamentar a destruição. No século 19 as sinagogas iniciaram de novo, na Europa. No século 20 algumas sinagogas usam música mas os ortodoxos continuam sem.
12. Os oficiais : (Rabinos)A Palavra significa “Professor ou mestre”. Antigamente um homem foi designado “Rabi: pelo outro “Rabi” de fama. Hoje em dia é necessário a sua formatura num “Yoshivah” (seminário teológico judaico).para ser digno deste cargo, o homem deve mostrar sinceridade e motivos, erudição judaica e ordenação.
Deveres: O rabi não pode ser casado, mas deve ser. Hoje em dia, o seu trabalho é bem semelhante a de um pastor . El é responsável para os cultos, para pregações para as cerimônias de nascimento, confirmação, casamento e morte, e para ser um guia espiritual.
O Cantor: (Chazen ou Hazzan) Ele é quase igual ministro de música com a exceção que deve ter uma voz treinada profissionalmente. Ele dirige o coro, lidera as orações que são entoadas. Ele prepara os candidatos para “Bar-Mitzvah” . Também tem, as vezes, algumas funções administrativas.
O Leitor Perito: (Baal kore) Ele é um técnico que a Lei as Escrituras cuidadosamente e com as intenções próprias.       
O Leitor Perito de Orações: (Baal Tefillah) Ele é um leigo e não foi treinado profissionalmente. Ele guia congregações em suas orações.
O Representante da Congregação em Oração: (Sheliah Zibbur) Ele responde para a congregação em suas orações.
O Zelador: (Shammash) Ele é responsável para os parafernais religiosas, a distribuição dos livros de oração e os shales de oração (tallith) etc...
 LIVROS SAGRADOS Conforme alguns rabinos não existem  (em um livro só) todas as leis que comprometeram os judeus. O livro que tenha mais perto é o “Shulchan Aruch”. Foi escrito, no século 16, pelo Sr. Joseph Caro.
1. Shulchan Aruch: (Século 16). Este livro contém todas as leis básicas e é aceito pela maioria dos ortodoxos. Porem, todos os ortodoxos o consideram  representante de toda a lei. Que deve incluir todos os códigos, e comentários as emendas, as respostas rabínicas em relação aos problemas da vida. Os reformados não aceitam o Shulchan Aruch e os conservadores já tem abandonados muitos ensinos neles. (O rabi, Morris Kertzer disse: “Até a Bíblia não pode ser considerada a regra da pratica religiosa imutável...muitas leis Bíblicas já foram reinterpretadas fora da existência...neste sentido, a lei rabinica e a bíblia não são idênticas.”) (What is a Jew p.75).
2. Os Talmuds: A palavra, Talmud significa “instrução”. Os Talmuds soa produtos de muitas gerações começando (conforme a tradição) com Esdras e sendo completados no ano 600 D.C. em Babilônia. Quer dizer levou mais ou menos 1000 anos para faze-los.
A.     A Mishna: Foi o primeiro comentário sobre a Lei (Pentateuco) também conhecido como “Halakah” que significa “linha de conduta” ou “regra religiosa”.
B.     Gemera: foi um comentário sobre a Mishna para explicá-la. A Gemera contém muita discussões, decisões e debates dos rabinos e escribas sobre o (Pentateuco) e a Mishna. Gemera  significa “completa”.
C.    Hagadah: a palavra significa “narração ou história”. Hagadah não é um livro em si apenas todas as partes de Halakah e Gemara que em homilias, narrações humanisticas.
D.    O Talmud: então, é composto destes três: A Mishna, Gemera, e A Hagadah
Existem dois Talmuds:
1. Talmud de Palestina também é conhecido como Talmud Jerusalém completado 400 D.C.
2.   Talmud de Babilônia completado 600 D.C. o mais importante.
O mais importante é o Talmud Babilônico tendo quase 2,500 páginas e é o Talmud de hoje enquanto o Talmud Jerusalém é bem menor e mal conhecido.
O CONTEÚDO DE TALMUD.
Contém: ética, leis, poesias, orações, rituais, sermões, folclore, lendas, comentários de escrituras e teologia. O Talmud pode ser considerado como uma enciclopédia de uma época do povo judeu.
EDUCAÇÃO NOS DIAS BÍBLICOS
Educação é o processo de ensino e aprendizagem. Pode ser formal ou casual; geralmente envolve um estudante adquirindo conhecimento sobre diferentes assuntos, aprendendo a raciocinar e a se desenvolver como pessoa. A Bíblia não fornece uma descrição profunda da educação judaica. Através de indícios espalhados nas Escrituras, bem como em outras fontes, conseguimos formar um quadro sobre o tema, que sem dúvida era de grande importância para os judeus dos tempos bíblicos. O propósito inicial da educação dos judeus era ensinar as crianças a melhor entender seu relacionamento com Deus. Os professores queriam que elas aprendessem a servir a Deus e a ter uma vida santa. Mais tarde, os educadores judeus começaram a acrescentar ensinamentos para aperfeiçoar o caráter de seus alunos num sentido amplo. Ensinavam sobre a história da nação, começando do passado quando Deus resgatou Seu povo. Para os judeus a educação acontecia de várias formas. As crianças no princípio recebiam ensinamentos de seus pais em casa. Aprendiam sobre sua religião freqüentando os cultos de adoração e participando de festas religiosas. Os meninos recebiam uma educação mais formal dos líderes religiosos, indo para a escola aprender as Escrituras e outros assuntos. A educação judaica refletia os valores da comunidade. Os judeus reconheciam que o conhecimento era importante, não tanto por projeta-los no mundo, mas principalmente porque poderia ajudá-los a conhecer e a amar a Deus. Para eles não havia separação entre religião e educação, o que se constitui num valioso modelo para nós. A melhor forma de educação é focada em Deus e nos ajuda a vir para mais perto Dele.
EDUCAÇÃO NO LAR
Os judeus consideravam os filhos uma grande alegria e um prêmio (Salmo 127:3-5). A educação dos filhos começava por volta dos três anos, quando já sabiam falar; orações e cânticos eram aprendidos por repetição, tal como hoje. Em casa, observavam os símbolos e práticas religiosos que propiciavam oportunidade de ensino. Aprendiam, por exemplo, sobre o menorá (candelabro de sete braços), símbolo da fé judaica. Eram encorajados a perguntar sobre o significado do ritual familiar anual da Páscoa (Êxodo 12:26-27) que ensinava sobre o poder de Deus nos assuntos humanos. Os pais tinham responsabilidades definidas na educação, O pai ensinava religião, a história do povo hebreu e uma profissão. Também deveria ensiná-lo a nadar e era responsável por encontrar uma esposa para seu filho. À mãe cabia ensinar suas filhas a serem obedientes e esposas capazes. As meninas aprendiam a cozinhar, fiar, tecer, tingir, cuidar de crianças e até dirigir escravos. Aprendiam a triturar grãos e às vezes ajudavam na colheita. Ocasionalmente ajudavam a cuidar das vinhas ou, se não havia irmãos, ajudavam a cuidar dos rebanhos. Deviam ter boas maneiras e alto padrão moral. Segundo o costume da comunidade judaica, as meninas tinham oportunidades educacionais formais restritas e não lhes era permitido estudar a Lei. Não obstante, algumas tinham educação de alto nível em casa, aprendendo música, dança, leitura, escrita e a manejar pesos e medidas. Nas famílias ricas, os filhos tinham tutores em casa.
EDUCAÇÃO RELIGIOSA
Começava em casa e continuava quando os filhos iam com seus pais aos cultos religiosos. No princípio o povo adorava no tabernáculo, depois no templo de Jerusalém e mais tarde em sinagogas locais; mas em todos esses lugares, as crianças podiam aprender sobre os rituais (como ofertas e sacrifícios) e do ensinamento ministrado pelos sacerdotes, levitas ou rabinos. Além disso, aprendiam sobre as Escrituras e sobre o que Deus queria do povo judeu; aprendiam sobre as festas anuais e festivais religiosos. Aprendiam que a Páscoa comemorava o livramento de seus ancestrais da escravidão no Egito. No Pentecostes o povo lembrava de Deus entregando a lei a Moisés no Monte Sinai. A Festa dos Tabernáculos, com suas barracas feitas de três galhos, comemorava a fidelidade de Deus aos judeus na sua jornada aparentemente infindável até a Terra Prometida. Participando dessas práticas religiosas, as crianças aprendiam não só sobre as tradições da nação mas também sobre a atuação de Deus em suas vidas.
PROFESSORES
Em Israel, os professores eram líderes religiosos - sacerdotes, profetas ou escribas - fato que refletia tanto a consideração de que gozavam como focava que a aprendizagem era primeiramente religiosa. Nos primeiros tempos, os sacerdotes instruíam o povo no conhecimento de Deus. Como oficiais da sinagoga, os levitas também ensinavam (Deuteronômio 33:10; II Crônicas 35:3). Mais tarde, antes da Diáspora, os profetas assumiram o papel de instrutores, ensinando a herança histórica do povo, criticando a injustiça e a conduta social imprópria. No século IV AC, os profetas passaram sua função de instrutores para os escribas, conhecidos como "doutores da lei" (Lucas 5:17); advogados (Mateus 22:35) e rabinos (23:8). Toda educação superior estava em suas mãos, que desenvolveram um complexo sistema de educação conhecido como "a tradição dos anciãos" (15:2-6).
TEMAS DE ESTUDO
Em Israel os alunos se familiarizavam com as Escrituras e aprendiam a ler, escrever e um pouco de aritmética. Algumas vezes estudavam o valor medicinal das ervas (I Reis 4:33). Todos os assuntos dentro de um pensamento com moldes bíblicos. Considerando que os antigos hebreus eram vistos como os melhores musicistas e cantores do Oriente Próximo, é provável que alguns judeus recebessem em casa instrução básica de canto e instrumentos musicais, tais como flauta e harpa. Embora os hinos hebreus não tenham sobrevivido na sua forma musical, certamente a teoria musical conhecida entre os cananeus era familiar aos cantores do templo. Especialmente durante o Exílio, grande ênfase foi dada em lembrar e preservar cerimônias e os costumes antigos para manter a identidade da cultura hebraica. Os cativos reconheciam a importância de manter viva sua herança nacional e a Lei durante os anos em que viveram em contato com uma cultura estrangeira. O Exílio trouxe mudanças fundamentais em todas as áreas da vida judaica. A educação foi estimulada pelo contato dos exilados com a sofisticada cultura dos babilônios. Escolas e bibliotecas na Babilônia existiram durante muitos séculos. O conhecimento de medicina, astronomia, matemática, arquitetura e engenharia dos mesopotâmios era muito superior ao dos judeus. Naquele ambiente intelectual, a literatura dos judeus assumiu um novo significado. Foi nesse período que surgiram os livros de Ezequiel e Daniel.
MÉTODOS DE ENSINO
Os judeus utilizavam o método de memorização de textos e palavras, desde que a criança aprendia a falar. Os alunos copiavam e recopiavam à mão com perfeição e precisão passagens da Lei. Cada trabalho escrito contendo um erro era considerado perigoso, uma vez que podia imprimir a palavra ou grafia errada na mente do aluno. A leitura em voz alta era recomendada como auxílio para a memorização. Além de ler, escrever e memorizar alguns outros métodos são conhecidos. Por exemplo, o uso de provérbios e parábolas - um recurso usado por Jesus mais tarde (Marcos 4:2). Um compartilhar de conhecimento ocorria em encontros de perguntas-e-respostas, tal como o que aconteceu quando Jesus, com doze anos, visitou o templo em Jerusalém (Lucas 2:46-47). Pouca informação se tem da educação nos primórdios da era cristã. Sabemos que Jesus sabia ler e interpretar as Escrituras e tinha conhecimento bastante para discutir teologia com os doutores do templo. Ele provavelmente aprendia em casa e recebia a educação elementar comum à maioria dos meninos judeus daquele tempo.
FARISEUS, QUEM SÃO?
Nome de uma das três principais seitas judaicas, juntamente com os saduceus e os essênios. Era a seita mais segura da religião judaíca, At 26. 5. Com certeza, a seita dos fariseus foi criada no período anterior à guerra dos macabeus com o fim de oferecer resistência ao espírito helênico que se havia manifestado entre os judeus tendente a adotar os costumes da Grécia. Todo quantos aborreciam a prática desses costumes pagãos, já tão espalhados entre o povo, foram levados a criar forte reação para observar estritamente as leis de Moisés. A feroz perseguição de Antíoco Epifanes contra eles, 175-164 AC levou-os a se organizarem em partido. Antíoco queria que os judeus abandonassem a sua religião em troca da fé idólatra da Grécia, tentou destruir as Santas Escrituras, e mandou castigar com a morte a quantos fossem encontrados com o livro da lei. Os hasideanos que eram homens valentes de Israel, juntamente com todos que se consagravam voluntariamente à defesa da lei, entraram na revolta dos macabeus como um partido distinto. Parece que este partido era o mesmo dos fariseus. Quando terminou a guerra em defesa de sua liberdade religiosa, passaram a disputar a supremacia política; foi então que os hasidianos se retraíram. Não se fala deles durante o tempo em que Jônatas e Simão dirigiam os negócios públicos dos judeus, 160-135 AC.
Os fariseus aparecem com este nome nos dias de João Hircano, 135-105. Este João Hircano pertencia à seita dos fariseus, da qual se separou para se tornar adepto das doutrinas dos saduceus. Seu filho e sucessor Alexandre Janeu, tentou exterminá-los à espada. Porém, sua esposa Alexandra que o sucedeu no governo no ano 78, reconhecendo que a força física era impotente para combater as convicções religiosas, favoreceu a seita dos fariseus. Daí por diante, a sua influência dominava a vida religiosa do povo judeu. Os fariseus sustentavam a doutrina da predestinação que consideravam em harmonia com o livre arbítrio. Criam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo e na existência do espírito; criam nas recompensas e castigos na vida futura, de acordo com o modo de viver neste mundo; que as almas dos ímpios eram lançadas em prisão eterna, enquanto que as dos justos, revivendo iam habitar em outros corpos, At 23. 8. Por estas doutrinas se distinguiam eles dos saduceus, mas não constituíam a essência do farisaísmo, que é o resultado final e necessário daquela concepção religiosa, que faz consistir a religião em viver de conformidade com a lei, prometendo a graça divina somente àqueles que fazem o que a lei manda. Deste modo, a religião consistia na prática de atos externos, em prejuízo das disposições do coração. A interpretação da lei e a sua aplicação aos pormenores da vida ordinária, veio a ser um trabalho de graves conseqüências; os doutores cresciam em importância para explicar a lei, e suas decisões eram irrevogáveis. Josefo, que também era fariseu, diz que eles, não somente aceitavam a lei de Moisés, interpretando-a com muita perícia, como também haviam ensinado ao povo mais práticas de seus antecessores, que não estavam escritas na lei de Moisés, e que eram as interpretações tradicionais dos antigos, que nosso Senhor considerou de importância secundária, Mt 15. 2, 3, 6.
A principio, quando era muito arriscado pertencer à seita dos fariseus; eram eles pessoas de grande valor religioso e constituíam a parte melhor da nação judaica. Subseqüentemente, tornou-se uma crença hereditária, professada por homens de caráter muito inferior que a ela se filiavam. Com o correr do tempo, os elementos essencialmente viciosos desta seita, desenvolveram-se a tal ponto de fazerem dos fariseus objeto de geral reprovação. João Batista, dirigindo-se a eles e aos saduceus, chamou-os  de raça de víboras. É muito conhecida a linguagem de Jesus, pela qual denunciou severamente estas seitas pela sua hipocrisia e orgulho, pelo modo por que desprezavam as coisas essenciais da lei para darem atenção a minúcias das práticas externas, Mt 5.20; 16.6,11,12; 23.1-39. Formavam uma corporação de intrigantes. Tomaram parte saliente na conspiração contra a vida de Jesus, Mc 3.6; Jo 11.47-57. Apesar disso, contavam-se em seu meio, homens de alto valor, sinceros e retos, como foi Paulo, quando a ela pertencia e de que se orgulhava, em defesa de sua pessoa, At 23.6; 26.5-7; Fp 3.5. Seu mestre Gamaliel também pertencia à mesma seita.
A VIDA DE JESUS
Jesus Cristo é o Messias, Salvador e fundador da igreja cristã. Para os cristãos, Ele é o Senhor de suas vidas. Embora tenha vivido na terra somente 33 anos, tem exercido grande impacto nas pessoas – mesmo naqueles que não crêem que Ele é o Filho de Deus. Jesus Cristo é descrito em detalhe na Bíblia – sua vida, obra e ensinamentos – nos Evangelhos, cada um focando diferentes ângulos. Mateus o apresenta como o esperado Rei do povo judeu. Marcos o mostra como servo de todos. Lucas tende a destacar seu caráter compassivo e bondoso para com os pobres. João descreve um relacionamento amoroso com Jesus. No entanto todos concordam que Jesus é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis.
A BREVE HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
O cristianismo é uma das chamadas grandes religiões. Tem aproximadamente 1,9 bilhão de seguidores em todo o mundo, incluindo católicos, ortodoxos e protestantes. Cristianismo  vem da palavra Cristo, que significa messias, pessoa consagrada, ungida. Do hebraico mashiah (o salvador) foi traduzida para o grego como khristos e para o latim como christus. A doutrina do cristianismo baseia-se na crença de que todo o ser humano é eterno, a exemplo de Cristo, que ressuscitou após sua morte. A fé cristã ensina que a vida presente é uma caminhada e que a morte é uma passagem para uma vida eterna e feliz para todos os que seguirem os ensinamentos de Cristo. Os ensinamentos estão contidos exclusivamente na Bíblia, dividida entre o Antigo e o Novo Testamento. O Antigo Testamento trata da lei judaica, ou Torah. Começa com relatos da criação e é todo permeado pela promessa de que Deus, revelado a Abraão, a Moisés e aos profetas enviaria à Terra seu próprio filho como Messias, o salvador. O Novo Testamento contém os ensinamentos de Cristo, escritos por seus seguidores. Os principais são os quatro evangelhos ("mensagem", "boa nova"), escritas pelos apóstolos Mateus, Marcos, Lucas e João. Também inclui os Atos dos Apóstolos (cartas e ensinamentos que foram passados de boca em boca no início da era cristã, com destaque para as cartas de Paulo) e o Apocalipse.
O nascimento do cristianismo se confunde com a história do império romano e com a história do povo judeu. Na sua origem, o cristianismo foi apontado como uma seita surgida do judaísmo e terrivelmente perseguida. Quando Jesus Cristo nasceu, por volta do ano 4 AC, na pequena cidade de Belém, próxima a Jerusalém, os romanos dominavam a Palestina. Os judeus viviam sob a administração de governadores romanos e, por isso, aspiravam pela chegado do Messias (criam que seria um grande homem de guerra e que governaria politicamente), apontado na Torá (VT)como o enviado que os libertaria da dominação romana. Até os 30 anos Jesus viveu anônimo em Nazaré, cidade situada no norte do atual Israel. Aos 33 anos seria crucificado em Jerusalém e ressuscitaria três dias depois. Em pouco tempo, aproximadamente três anos, reuniu seguidores (os 12 apóstolos) e percorreu a região pregando sua doutrina e fazendo milagres, como ressuscitar pessoas mortas e curar cegos, logo tornou-se conhecido de todos e grandes multidões o seguiam. Mas, para as autoridades religiosas judaicas ele era um blasfemo, pois autodenominava-se o Messias. Não tinha aparência e poder para ser o o líder que libertaria a região da dominação romana. Ele apenas pregava paz, amor ao próximo. Para os romanos, era um agitador popular.
Após ser preso e morto, a tendência era de que seus seguidores se dispersassem e seus ensinamentos fossem esquecidos. Ocorreu o contrário. É justamente nesse fato que se assenta a fé cristã. Como haviam antecipado os profetas no Antigo Testamento, Cristo ressuscitou, apareceu a seus apóstolos (Apóstolo quer dizer enviado.) que estavam escondidos e ordenou que se espalhassem pelo mundo pregando sua mensagem de amor, paz, restauração e salvação. O cristianismo firmou-se como uma religião de origem divina. Seu fundador era o próprio filho de Deus, enviado como salvador e construtor da história junto com o homem. Ser cristão, portanto, seria engajar-se na obra redentora de Cristo, tendo como base a fé em seus ensinamentos. Rapidamente, a doutrina cristã se espalhou pela região do Mediterrâneo e chegou ao coração do império romano. A difusão do cristianismo pela Grécia e Ásia Menor foi obra especialmente do apóstolo Paulo, que não era um dos 12 e teria sido chamado para a missão pelo próprio Jesus. As comunidades cristãs se multiplicaram. Surgiram rivalidades. Em Roma, muitos cristãos foram transformados em mártires, comidos por leões em espetáculos no Coliseu, como alvos da ira de imperadores atacados por corrupção e devassidão.
Em 313, o imperador Constantino se convenceu e não se converteu ao cristianismo mais concedeu liberdade de culto, o que facilitou a expansão da doutrina por todo o império. Antes de Constantino, as reuniões ocorriam em subterrâneos, as famosas catacumbas que até hoje podem ser visitadas em Roma. O cristianismo, mesmo firmando-se como de origem divina, é, como qualquer religião, praticado por seres humanos com liberdade de pensamento e diferentes formas de pensar. Desvios de percurso e situações históricas determinaram os rachas que dividiram o cristianismo em várias confissões (as principais são as dos católicos, protestantes e ortodoxos).
O primeiro grande racha veio em 1054, quando o patriarca de Constantinopla, Miguel Keroularios, rompeu com o papa, separando do cristianismo controlado por Roma as igrejas orientais, ditas ortodoxas. Bizâncio e depois Constantinopla (a Istambul de hoje, na Turquia), seria até 1453 a capital do império romano do Oriente, ou Império Bizantino. O império romano do Ocidente já havia caído muito tempo antes, em 476, marcando o início da Idade Média. E foi justamente na chamada Idade Média, ainda hoje um dos períodos mais obscuros da história, que o cristianismo enfrentou seus maiores desafios, produzindo acertos e erros. Essa caminhada culminou com o segundo grande racha, a partir de 1517. O teólogo alemão Martinho Lutero, membro da ordem religiosa dos Agostinianos, revoltou-se contra a prática da venda de indulgências e passou a defender a tese de que o homem somente se salva pela fé. Lutero é excomungado e funda a Igreja Luterana. Não reconhece a autoridade papal, nega o culto aos santos e acaba com a confissão obrigatória e o celibato dos padres e religiosos. Mas mantém os sacramentos do batismo e da eucaristia.Mais tarde, a chamada Reforma Protestante deu origem a outras inúmeras igrejas cristãs, cada uma com diferentes interpretações de passagens bíblicas ou de ensinamentos de Cristo.Outras levantadas pelo próprio Espírito Santo, dão continuidade aos propósito do Senhor Deus.


A BREVE HISTÓRIA DO POVO DE ISRAEL
A história do povo de Israel começa com Abraão, aproximadamente em 2.100 a.C. Ele morava na Mesopotâmia quando o Senhor o chamou e ordenou-lhe que andasse sobre a terra (Gn 12.1-9; 13.14-18). Andou por toda a terra de Canaã que seria futuramente a terra escolhida por Deus para seu povo habitar. Obediente e temente ao Senhor, Abraão foi honrado por Deus, como o Pai de um povo inumerável (Gn 15.4-6 ) . Nasceu Isaque (Gn 21.1-7), deste veio Jacó( Gn 25.19-26; 25.29-34; 27.27-30) e gerou a José (Gn 30.22-24), que mais tarde seria vendido como escravo ao faraó  (Gn 37), rei do Egito. José era fiel a Deus ( Gn 39.2-6,21-23 ) e não foi desamparado pelo Senhor. Tornou-se um homem querido pelo faraó (rei do Egito) e foi promovido a governador do Egito  ( Gn 41.37-46 ). Trouxe os seus familiares de Canaã onde havia uma grande fome (Gn 46.1-7 ). Do faraó receberam terras, para que as cultivassem ( Gn 47.5-12). Ali foram abençoados por Deus de uma forma extraordinária: prosperaram tanto e se tornaram tão ricos e tão numerosos que assustaram o reino egípcio. Resultado: foram subjugados militarmente e submetidos à escravidão (Ex 1.7-14).
O faraó ainda não estava satisfeito. Pretendia interromper de forma definitiva sua expansão: decidiu que todos os varões que nascessem nas famílias israelitas deveriam ser mortos ( Ex 1.15,16,22). E assim foi feito, e de forma cruel. Às meninas, no entanto, era dado o direito à vida. Um desses bebês, Moises, foi escondido por seus pais dos soldados egípcios. Os pais conseguiram isso durante três meses. Quando a vida do bebê passou a correr perigo iminente, seus pais o colocaram numa cesta e o soltaram no rio Nilo ( Ex 2.1-10 ). A filha do faraó viu o cestinho descendo nas águas e o choro do bebê. Ela tratou de resgatá-lo e o menino ganhou o nome de Moisés, ou Moschê, que pode significar "retirado" ou "nascido das águas"( Ex 2.5-9 ). A mãe de Moisés tornou-se sua ama ( Ex 2.9 ), ele cresceu e estudou dentro do reino egípcio, sempre muito bem tratado, apesar da filha do faraó saber que ele era filho de hebreus. Um dia, enquanto ainda vivia no reino, Moisés foi visitar seus "irmãos" hebreus e viu um deles ser ferido com crueldade por um egípcio. Irado, Moisés matou o egípcio e escondeu seu corpo na areia. Mas as notícias correram rapidamente: o faraó soube do crime e decidiu mandar matar Moisés. No entanto, ele conseguiu fugir para a terra de Midiã ( Ex 2.15 ). Foi ali que ele conheceria sua mulher, filha do sacerdote Reuel , chamada Zípora. Ela lhe deu um filho, que ganhou o nome de Gerson (que significa "hóspede")( Ex 2.21,22). "Porque sou apenas um hóspede em terra estrangeira", diz Moisés (Ex 2.22)
Passaram-se os anos, o faraó que perseguia Moisés morreu, mas os israelitas (ou hebreus) continuavam sob o jugo egípcio. Diz a Bíblia que Deus se compadeceu do sofrimento de seu povo e ouviu o seu clamor ( Ex 2.24 ). Deus apareceu para Moisés pela primeira vez numa sarça em chamas( Ex 3 ), no monte Horebe. E lhe disse: "... Eis que os clamores dos israelitas chegaram até mim, e vi a opressão que lhes fazem os egípcios. Vai, te envio ao faraó para tirar do Egito os israelitas, meu povo “(Ex 3.9-10). Em companhia de Arão, seu irmão voltou para o Egito e contatou o faraó. Este parecia inabalável na decisão de manter os hebreus escravos (Ex 5.1-5). Após ser atingido por dez pragas enviadas diretamente por Deus( Ex 7-12) .Permitiu que o povo finalmente fossem libertos, comeram a páscoa e partiram em direção ao deserto (Ex 12.37-51). Era aproximadamente 3 milhões de pessoas. Começava a caminhada em direção a Canaã. A Bíblia fala em 600 mil (homens, sem contar as mulheres e crianças, eram aproximadamente 3 milhões de pessoas) andando pelo deserto durante 40 anos, em direção à terra prometida( Ex 12.37 ).
NASCE O JUDAÍSMO
Nas quatro décadas da caminhada no deserto Deus falou diretamente com Moisés ( Ex 14.15 ...) e deu todas as leis a serem seguidas por seu "povo eleito" ( Ex 20.1-17 ). Os dez mandamentos, o conjunto de leis sociais e penais, as regras dos alimentos, os direitos sobre propriedades... Enfim, tudo foi transmitido por Deus a Moisés, que retransmitia cada palavra ao povo que o seguia. Era o nascimento do Judaísmo. A caminhada não foi fácil. O povo rebelou-se diversas vezes contra Moisés e contra o Senhor. A incredulidade e a desobediência dos israelitas eram tamanhas que, algumas passagens, Deus pondera em destruí-los e a dar a Moisés outro povo (a primeira vez que Deus "lamenta" ter criado a raça humana está em Gn 6.6). Mas Moisés não queria outro povo. Clamou novamente a Deus para que perdoasse os erros dos israelitas( Ex 32.9,10 ). Porém todos os adulto que saíram do Egito, exceto Calebe e Josué morreram no deserto. Moisés resistiu firme até à entrada de Canaã, infelizmente não pode entrar, apenas contemplou a terra (Dt 34.4,5 ) e foi levado por Deus. Josué tomou a direção do Povo e tomaram posse da terra Prometida. "Eis a terra que jurei a Abraão, Isaac e a Jacó dar à tua posteridade. Viste-a com os teus olhos, mas não entrarás nela (disse Deus). E Moisés morreu." (Dt 34. 4,5). "Não se levantou mais em Israel profeta comparável a Moisés, com quem o Senhor conversava face a face." (Dt 34.10). Foram grandes e difíceis batalhas, até tomarem posse por completo de Canaã. Inicialmente o povo era dirigido pelos juizes ( Gideão, Eli, Samuel, etc). Mas inconformados com esta situação e querendo assemelhar-se aos demais reinos pediram para si reis, Deus os atendeu( 1Sm 8.5 ). Levantou-se Saul o primeiro rei, que foi infiel ao Senhor ( 1Sm 10.24 ), em seguida Davi tornou-se rei, este sim segundo o coração do Pai ( 2Sm 2.1-7 ). Salomão foi o terceiro rei, homem muito sábio e abençoado, construiu o primeiro Templo. Após estes, muitos outros reis vieram, alguns fieis outros infiéis. Muitas vezes tornaram-se um povo sem Pátria. Inclusive nos últimos dois milênios eram um povo disperso pela terra. Somente em 1948 foi restabelecido o Estado de Israel. Os judeus seguem apenas as leis do Torah (Antigo Testamento) até nossos dias. Jesus Cristo não é aceito como filho de Deus. Os livros que o compõe o NT são desconsiderado pela religião judaica. Ainda esperam pelo nascimento do Messias! Hoje, e apenas uma Nação a mais no planeta e não detém para si nenhuma das promessas bíblicas. As referências existente na Palavra a respeito de Israel, certamente refere-se ao povo formado pelo Eleitos de Deus, espalhados sobre a terra.
A HISTÓRIA DO NOVO TESTAMENTO
DA CRIAÇÃO DO MUNDO AO NASCIMENTO DE JESUS
A história do Novo Testamento começou muito tempo antes do nascimento de Jesus. Em realidade, só podemos entender bem muitos dos incidentes narrados no NT quando conhecemos esta longa história.  Ela começa com a criação do mundo – incluindo Adão e Eva. Havendo eles pecado e desobedecido à ordem de Deus, deteriorou-se o meio ambiente perfeito em que foram criados. E assim tem início a história da redenção humana, operada por Deus -  que culminou na vida, morte e ressurreição de Jesus.  A história continua com Deus chamando a Abraão por volta do ano 2000 aC. Deus chamou Abraão para deixar o lar, dirigir-se a uma nova terra, e tornar-se o pai de “uma grande nação” (Gn 12.2-3) – Israel.  Num período de tempo relativamente curto, os descendentes de  Abraão acharam-se no Egito. Logo o número desses descendentes tornou-se uma ameaça a faraó – o governante do Egito -  e ele ordenou que fossem escravizados.  Foi nessa época que Moisés recebeu o chamado para tirar Israel da escravidão do Egito e conduzi-lo à terra Prometida de Canaã. Em seguida ao êxodo do Egito (cerca de 1450 aC) Israel recebeu a Lei – as leis e as instituições sociais que a nova nação devia observar, incluindo os Dez mandamentos. Recusando-se os temerosos israelitas a entrar na Terra Prometida conforme Deus ordenara, o Senhor os condenou a peregrinar no deserto, ao sul de Canaã, por mais de 40 anos.  Josué, sucessor de Moisés, foi quem introduziu Israel na Terra Prometida. Esta conquista se fez com violência (o livro de Josué conta a história).  Após a morte de Josué, “ ...cada uma fazia o que achava mais reto” (Jz 21.25), e foi necessário que Deus suscitasse juízes. Eles chamaram o povo ao arrependimento e derrotaram os opressores de Israel (o livro de Juízes narra a história). Saul foi o primeiro rei de Israel. Davi, seu sucessor, escolheu Jerusalém como capital, fazendo-a ao mesmo tempo o centro político e espiritual da nação. Salomão o sucedeu; este consolidou o reino recebido de seu pai e construiu o grande templo de Jerusalém. Conhecido por sua sabedoria, foi também um dirigente insensato; seu amor ao luxo, às mulheres bonitas e às alianças políticas, tiveram efeito desastroso pra a nação.
Após a morte de Salomão seguiu-se uma guerra civil sangrenta, e a nação dividiu-se em Israel ao norte e Judá ao Sul. Elas caíram na idolatria e no pecado, e Deus suscitou profetas – homens que declaravam a vontade do Senhor ao seu povo – para chamá-los ao arrependimento. Ambas as nações ignoraram as advertências dos profetas, e finalmente os inimigos destruíram ambas (Israel foi destruída pela Assíria em 723 aC e Judá pela Babilônia em 586 aC. Os seus dirigentes foram tomados cativos e enviados ao exílio). Mais tarde, muitos descendentes dos exilados regressaram à Palestina. Um grupo retornou em 538 aC e reconstruiu o templo; outro voltou em 444 aC e reconstruiu os muros de Jerusalém sob a liderança de Esdras e Neemias.  Israel voltou à velha prática do pecado e da indiferença; e com o término do Período do Antigo Testamento, ouvimos a voz do profeta Malaquias condenando os caminhos pecaminosos do povo.
PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
 Os 400 anos decorridos desde a profecia de Malaquias até à vinda de Cristo são conhecidos como Período Intertestamentário. Os livros de Macabeus, que descrevem a revolta macabéia e o caos na Palestina, e os escritos de Josefo, historiador do primeiro século da era cristã, são as principais fontes de informação sobre esse período.  O livro de Daniel deu uma visão prévia desses anos. Através dos olhos da profecia Daniel esboçou os principais acontecimentos políticos dessa época. Daniel viveu durante a ascensão da Babilônia como potência mundial. Ele viu o reino desaparecer e ser substituído pelo governo medo-persa. Em sua visão profética Daniel viu, portanto, a ascensão de outras grandes forças que dominariam o período intermediário dos Testamentos: Alexandre, os Ptolomeus do Egito, os Selêucidas da Síria, os Macabeus e os Romanos.



O ÚLTIMO PERÍODO PERSA ( ATÉ 331 AC).
O AT encerra-se com o Império Persa ainda no poder. Ciro havia permitido aos judeus voltar à terra para reconstruir o templo (538 aC). Ester, judia, havia ascendido à proeminência no palácio do rei persa (470 aC). Esdras (456 aC) e Neemias (443 aC) haviam voltado ao país e instituído reformas.  Nada aconteceu na Palestina de muito interesse internacional no restante do governo persa. O sumo sacerdote judeu governava o país e o ofício passou a ser altamente cobiçado. Ocorreram diversas disputas infames pelo posto. Numa ocasião um sumo sacerdote matou o irmão quando este buscava o posto para si. O governador persa ficou tão estarrecido por este ato que impôs uma pesada multa sobre a população.
O PERÍODO DE ALEXANDRE MAGNO (335-323 AC).
Ao governo persa seguiu-se a ascensão  de Alexandre ao poder sobre um vasto império, incluindo a Palestina. Filipe da Macedônia, seu pai, havia estendido o governo sobre toda a Grécia e se preparava para uma grande guerra com a Pérsia, quando foi assassinado. Sucedeu-o seu filho Alexandre então com apenas 20 anos de idade, e dentro de pouco tempo acabou com o poder da Pérsia.  Em 335 aC Alexandre deu início a seu memorável reinado de doze anos. Depois de consolidar o governo em sua terra natal, ele rumou para o leste conquistando a Síria, a Palestina, o Egito e, finalmente, a própria Pérsia. Ele buscou conquistar terras mais ao leste, porém suas tropas se recusaram a faze-lo. Morreu na Babilônia em 323 aC. Em seus trinta e três anos de vida ele deixou um marco indelével na história.
A ERA DOS PTOLOMEUS (323-204 AC).
Ninguém sucedeu a Alexandre. Finalmente, quatro de seus generais dividiram o império. Dois deles, Ptolomeu e Seleuco I, envolver-se-iam no governo da Palestina. Depois de algumas lutas entre esses generais, o Egito caiu nas mãos de Ptolomeu Sóter. A Palestina também foi acrescentada ao seu quinhão. No início ele foi duro com os judeus. Mais tarde ele os empregou em várias partes de seu reino, muitas vezes em altos postos.  Seu sucessor, Ptolomeu Filadelfo, foi um dos mais eminentes deles. Amável para com os judeus, promoveu as artes e desenvolveu o império em todos os aspectos. As Escrituras  Hebraicas fora traduzidas para o grego durante o seu reinado na cidade egípcia  de Alexandria. A Septuaginta, como se denominou essa versão, podia ser lida, em todo o império.  Com o passar do tempo, cresceram as rivalidades entre os reis  do Egito (Ptolomeus) e os reis da Síria (Selêucidas). A rivalidade atingiu o clímax nos reinados de Ptolomeu Filópater (222-204 aC) e de Antíoco o Grande, da Síria (223-187 aC). Filópater venceu a Antíoco numa batalha nas proximidades de Gaza. Em sua volta da batalha, Filópater visitou Jerusalém e decidiu entra no Santo dos Santos no templo. Embora o sumo sacerdote tentasse dissuadi-lo, ele fez a tentativa. Relata Josefo que ao aproximar-se do Santo Lugar, foi tomado de tal terror que saiu do templo.  Visto que os judeus lhe faziam oposição, Filópaper  retirou-lhes os privilégios, multou-os, e começou a persegui-los. Capturando em Alexandria todos os judeus que pôde, trancafiou-nos num hipódromo cheio de elefantes embriagados. Esperava que os elefantes caíssem sobre os judeus, esmagando-os. Não foi o que aconteceu. Enfurecidos, os elefantes escaparam, matando muitos dos espectadores. Filópater interpretou isso como um sinal de Deus a favor dos judeus e parou de persegui-los. Ao morrer, em 204 aC, sucedeu-o seu filho Ptolomeu Epifânio, com apenas cinco anos de idade. Antíoco o Grande, da Síria, aproveitou a oportunidade para arrebatar do Egito o controle da Palestina.
O PERÍODO SÍRIO (204-166 AC)
Os egípcios enviaram uma embaixada a Roma pedindo-lhe ajuda contra Antíoco. Acedendo ao pedido, Roma mandou um exército, que a principio não obteve êxito. Finalmente, porém, eles obrigaram Antíoco a evacuar toda a região ao ocidente e ao norte das montanhas do Taurus. Numa incursão ao oriente para financiar a guerra, Antíoco foi morto pelos habitantes da província de Elimais enquanto saqueava um templo de Júpiter. O reinado de seu sucessor Seleuco Filópater não apresentou nenhum fato de relevo. Mas com  a ascensão de Antíoco Epifânio (“a manifestação de Deus”), teve início uma das mais sombrias épocas da história judaica. Onias, exercia o sacerdócio em Jerusalém quando Epifânio começou a reinar. Visto que os gregos desejavam helenizar os judeus, Epifânio vendeu o cargo de sumo sacerdote ao irmão de Onias, por trezentos e sessenta talentos. Onias fugiu da cidade. O usurpador mudou de nome; de Jesus passou a chamar-se Jasão, colaborando dessa maneira com Antíoco em seu esforço de impor a cultura e religião grega aos judeus. Os velhos costumes hebreus e suas práticas religiosas foram desestimulados; judeus foram enviados a Tiro a fim de tomar parte nos jogos em homenagem ao deus pagão Hércules, e em seu altar eram oferecidos sacrifícios. Finalmente, Menelau, outro irmão, fez oferta maior que a de Jasão pelo sacerdócio e intensificou o ataque ao judaísmo.  Com a ida de Antíoco Epifânio ao Egito para sufocar o levante, correu o boato de que ele fora morto e os judeus começaram a celebrar o fato com grande alegria. Sabedor disso, ele voltou a Jerusalém, sitiou e tomou a cidade, e massacrou quarenta mil judeus. Para mostrar seu desprezo pela religião judaica, entrou no Santo dos Santos, sacrificou uma porca sobre o altar, e espargiu o sangue sobre o edifício. Por sua ordem o templo passou a ser templo do Zeus Olímpio; proibiram-se  culto e os sacrifícios judaicos que foram substituídos pelos ritos pagãos. Proibiu-se a circuncisão, e a mera posse de uma cópia da Lei se tornou ofensa punível com a morte.
Os judeus resistiram. Um homem chamado Eleazar, idoso escriba de elevada posição, foi morto porque se recusou a comer carne de porco. Um após outro, a mãe e seus sete filhos tiveram a língua cortada, os dedos das mãos e dos pés amputados, e lançados num tacho fervente. Um grupo de resistentes, em número aproximado de mil pessoas, foi atacado  no sábado. Recusando-se a quebrar as proibições sabáticas, foram mortos sem luta. Uma família de classe sacerdotal, chamada asmoneus, resistiu vigorosamente aos éditos. Quando os emissários da Síria tentaram fazer cumprir os decretos de Epifânio, Matatias, pai da família chamada macabeus, recusou-se a adorar os deuses pagãos. Havendo-se apresentado outro cidadão para oferecer sacrifício no altar aos deuses pagãos. Matatias matou-o então ele conduziu um bando à região desértica onde Davi havia, por tantos anos, eludido a Saul. Aos poucos cresceu o número dos que se puseram ao lado dos macabeus. Os Sírios laçaram três campanhas contra esses fiéis judeus, uma pelo próprio Antíoco Epifânio; mas nenhuma teve êxito. Algum tempo depois morreu Epifânio e irrompeu a guerra civil. Judas Macabeu, que sucedera a seu pai Matatias, estendeu seu controle sobre grande parte da palestina, incluindo partes de Jerusalém. Três anos após o dia de sua profanação, o templo foi purificado e os sírios estabeleceram a paz com os judeus.
A ERA MACABÉIA (166-37 AC)
Judas Macabeu não gozou de paz por muito tempo, e sem mais delongas apelou para os romanos, pedindo assistência  contra a Síria. Judas morreu em combate antes de chegar ajuda, seu irmão Jônatas tomou-lhe o lugar. Por causa da fraqueza da Síria, Jônatas tornou-se o comandante da Judéia. Ao morrer foi sucedido por outro irmão, Simão, que também apelou para Roma em busca de socorro. Os romanos fizeram Simão governador da Judéia, e seu trono passou a ser hereditário.Por esse tempo os partidos dos fariseus e dos saduceus eram rivais. Simão teve como sucessor seu filho João Hircano, que primeiro se filiou a uma e depois a outra das seitas oponentes. Não demorou o estouro da guerra civil quando seus dois netos, Hircano e Aristóbulo, lutavam pelo trono vago por sua morte. Os romanos preferiram Hircano, e Pompeu, general romano, tomou Jerusalém de Aristóbulo.  Os cercos, as batalhas, os homicídios e os massacres que se seguiram marcam um período de turbulência na história judaica. Embora presenteados com a oportunidade de restaurar Israel e uma posição de grande poder e influência,  desperdiçaram-na com lutas entre famílias.
A DOMINAÇÃO ROMANA (37 AC ATÉ O PERÍODO DO NT)
Pompeu, Crasso e Júlio César reinaram sobre Roma como o primeiro triunvirato, mas Júlio César logo se tornou o governador único. Ele recolocou Hircano no trono em Jerusalém e nomeou a Antípatro, cidadão da Iduméia, como proucurador sob as ordens de Hircano. Os dois filhos de Antípatro, Faselo e Herodes tornaram-se  governadores da Judéia e da Galiléia. No ano seguinte Antípatro foi envenenado; três anos mais tarde Júlio César foi assassinado em Roma. Um novo triunvirato - Otávio (sobrinho de César), Marco Antonio e Lépido - passou a governar Roma. Antonio governava a Síria e o Oriente. Favoreceu a Herodes, e esta amizade levou essa família edomita à ascensão ao poder. Herodes casou-se com Mariana, neta de Hircano, e tornou-se parte da família macabéia. Mais ou menos por esse tempo surgiu um novo distúrbio no país. Antígono, filho de Aristóbulo, conquistou sucesso passageiro ao  cortar as orelhas de Hircano, o sumo sacerdote, impossibilitando-o de exercer o ofício. Na luta seguinte Herodes foi pressionado por Antígono, e teve de fugir para a fortaleza chamada Masada em busca de segurança. Depois ele foi a Roma, descreveu aos romanos a desordem dominante, e foi nomeado rei. Antígono foi morto, e isso acabou  para sempre com o governo dos macabeus ou asmoneus. Pouco tempo depois do suicídio de  Antonio no Egito, Herodes estendeu seu poder na Judéia. Vivia sob o pavor de que um descendente dos macabeus subisse em poder para tomar-lhe o trono. Tendo Aristóbulo, irmão de Mariana, sido nomeado sumo sacerdote, sua popularidade fez com que Herodes mandasse afogá-lo. Mariana ficou enfurecida, e Herodes mandou executá-la. Nos anos seguintes ele tornou-se cada vez mais vingativo, e seus atos sangrentos provocaram a ira dos judeus. Para acalmar a hostilidade dos Judeus, ele deu início a um programa de obras públicas. Seu principal  empreendimento foi a reconstrução do templo. Mas com isso não terminaram os problemas de Herodes, nem os da nação. Ele estava cercado por um grupo de homens que exploravam sua paranóia. Seus dois filhos, à semelhança de sua mãe Mariana, vítima da ira paterna, forma estrangulados. Em certa ocasião um grande número de fariseus tiveram o mesmo destino. Outros atos igualmente sangrentos continuaram durante o seu reinado. Perto do fim da vida, esse governante dominado pelo medo ordenou o massacre dos infantes em Belém quando nasceu Jesus, o rival Rei dos judeus.
A HISTÓRIA DO NOVO TESTAMENTO II
OS GOVERNANTES. PERÍODO 4 AC A 70 DC
Os romanos permaneceram como governantes supremos da Palestina durante os tempos do Novo Testamento. A família de Herodes, juntamente com os procuradores romanos nomeados, governava sob a autoridade de Roma. O Novo Testamento inicia-se com o nascimento de Jesus. Herodes o Grande era rei, mas seu governo aproximava-se do fim. Os últimos anos de seu reinado foram cheios de conspiração e contra conspiração enquanto os membros de sua família disputava o poder. Poucos antes do nascimento de Jesus ele havia executado os dois filhos que tivera com Mariana. Outro filho, Antípatro, conspirou contra Herodes e foi executado apenas cinco dias antes da morte do pai, no ano 4 aC. Para os romanos Herodes foi um rei vassalo digno de confiança e capaz, mas para os judeus ele foi um tirano egoísta. Sucederam-no seus filhos. Arquelau (4aC - 6 dC) governou na Judéia. O menos estimado dos filhos de Herodes, ele foi cruel e despótico. As queixas dos Judeus contra ele finalmente o levaram ao exílio. Herodes Antipas (4 aC - 39 dC) foi nomeado tetrarca da Galiléia e da Peréia. Este orgulhoso e hábil governante foi menos brutal que Arquelau, mas assassinou João Batista que denunciara seu casamento com Herodias. Favorecido pelo imperador romano Tibério (14 - 37 dC), foi exilado no ano 39 dC por ordem de Calígula (37 - 41 dC).   Filipe (4 aC - 34 dC), terceiro filho de Herodes, foi tetrarca das regiões da Ituréia e Traconites (Lc 3.1). Filipe parece ter sido um governante relativamente justo e benevolente. Sua capital era Cesaréia de Filipe (Mt 16.13; Mc 8.27), e as moedas que ele cunhou foram as primeiras moedas judaicas a trazer a efígie humana (a de Augusto ou de Tibério). Morreu no ano 34 dC e seu território foi afinal acrescentado ao de Herodes Agripa I. Após o exílio de Arquelau, sua tetrarquia (Judéia, Samaria e Iduméia) foi governada por procuradores romanos (6 - 41 dC) Quirino, governador da Síria, chegou à Judéia no ano 6 dC a fim de alistar o povo para efeitos de tributação. Este ato provocou os patriotas da Judéia, mas as autoridades judaicas os acalmaram por algum tempo. Contudo, Judas, o galileu, liderou o povo na revolta contra os romanos e contra Herodes. Logo foi morto (At 5.37) é possível que seus seguidores constituíssem o partido dos Zelotes (Lc 6.15; At 1.13). Os procuradores da Judéia eram diretamente responsáveis perante Roma. Morando em Cesaréia, eles vinham a Jerusalém em ocasiões especiais, como as festas anuais. Augusto dava aos seus procuradores prazos curtos, mas Tibério os deixava no cargo por mais tempo, para que o povo não fosse explorado com tanta freqüência pelos recém-chegados. Pilatos foi o quinto procurador e também o mais conhecido por causa da crucificação de Jesus. Governante inflexível e severo, ele foi brutal para os judeus. Seu massacre sem justificativa dos adoradores  samaritanos e outras execuções causaram-lhe a queda em 36 dC.
Herodes Agripa I alcançou a proeminência em 37-44 dC e despojou os procuradores de seus poderes. Como herdeiro da família dos macabeus, ou asmoneus, e em virtude de sua observância da Lei, ele era estimado entre os fariseus. Esta estima ou popularidade era por sua hostilidade aos cristãos (At 12). Morreu repentinamente no ano de 44 dC, e seu reino voltou a ser governado pelos procuradores. As condições pioraram sob os procuradores até que precipitaram a rebelião judaica contra o governo romano em 66-70 dC.  Fadus (44-46 dC)  Cometeu o engano de reclamar a custódia das vestes dos sumos sacerdotes, o que resultou num breve levante. As vestes estiveram nas mãos dos romanos desde 6-36 dC, mas haviam estado nas mãos dos judeus desde 36 dC até o tempo de Fadus. Alexandre (46-48 dC) Crucificou os dois filhos de Judas, o galileu, Tiago e Simão, por se haverem rebelado. Cumanus (48-52 dC) Governou uma era até mais tumultuosa. Havendo um soldado romano feito um gesto indecente durante a Páscoa, irromperam levantes e  diversas pessoas foram mortas. Noutra ocasião, um soldado fez em pedaços um rolo da Lei e Cumanus foi obrigado a executá-lo depois que uma multidão de judeus chegou a Cesaréia para protestar. Tais incidentes levaram-no, afinal ao exílio. Félix (52-60 dC) Era francamente hostil aos judeus, e suas ações finalmente degeneraram em guerra.  Suas drásticas providências para frear os zelotes, um grupo de patriotas judeus favoráveis à guerra contra os romanos, não fizeram outra coisa senão aumentar a popularidade do grupo entre o povo. Foi dentre eles que surgiram os sicários, ou assassinos. Esses judeus fanáticos assassinaram muita gente, incluindo o sumo sacerdote Jônatas. O Método de Félix de governar pelo terror e assassínio uniu os fanáticos com as massas e isto fez com que fosse chamado de volta a Roma. Festo (60-62 dC) Herdou uma situação descontrolada. Ele tentou pacificar o interior, a zona rural, mas o fervor dos fanáticos religiosos e políticos crescia. Festo morreu durante seu mandato, e em Jerusalém a anarquia predominou por completo. Foi nessa ocasião que mataram  Tiago, irmão de Jesus. Levantaram-se sumos sacerdotes rivais, competindo pela autoridade; e seus adeptos travaram batalhas campais nas ruas. Albino (62-64 dC) Quando ele chegou a Jerusalém, deliberadamente agravou o problema para promover-se a si próprio em vez de tentar restaurar a ordem. Prendeu muitos, mas pôs em liberdade os que lhe dessem suborno bastante grande.
Floro ( 64-66 dC) Relata Josefo que o sucessor de Albino, era tão mau e violento que fazia Albino parecer um benfeitor público. Floro saqueava cidades inteiras. Permitia aos ladrões que pagassem suborno para o livre exercício de sua profissão. Por conseguinte, a nação judaica caiu numa situação intolerável. Desde 68 até 70 dC eles travaram uma guerra heróica que terminou em trágica derrota em 70 dC, quando a cidade e o templo foram invadidos e destruídos.
A IGREJA PRIMITIVA
A palavra igreja vem do grego ekklesia, que tem origem em kaleo ("chamo ou convosco"). Na literatura secular, ekklesia referia-se a uma assembléia de pessoas, mas no Novo Testamento (NT) a palavra tem sentido mais especializado. A literatura secular podia usar a apalavra ekklesia para denotar um levante, um comício, uma orgia ou uma reunião para qualquer outra finalidade. Mas o NT emprega ekklesia com referência à reunião de crentes cristãos para adorar a Cristo. Que é a igreja? Que pessoas constituem esta "reunião"? Que é que Paulo pretende dizer quando chama a igreja de "corpo de Cristo"? Para responder plenamente a essas perguntas, precisamos entender o contexto social e histórico da igreja do NT. A igreja  primitiva surgiu no cruzamento das culturas hebraicas e helenística.  Quarenta dias depois de sua ressurreição, Jesus deu instruções finais aos discípulos e ascendeu ao céu (At 1.1-11). Os discípulos voltaram a Jerusalém e se recolheram durante alguns dias para jejum e oração, aguardando o ES, o qual Jesus disse que viria. Cerca de 120 pessoas seguidores de Jesus aguardavam. Cinqüenta dias após a Páscoa, no dia de Pentecoste, um som como um vento impetuoso encheu a casa onde o grupo se reunia. Línguas de fogo pousaram sobre cada um deles e começaram a falar em línguas diferente da sua conforme o Espírito Santo os capacitava. Os visitantes estrangeiros ficaram surpresos ao ouvir os discípulo falando em suas próprias línguas. Alguns zombaram, dizendo que deviam estar embriagados (At 2.13).
Mas Pedro fez calar a multidão e explicou que estavam dando testemunho do derramamento do Espírito Santo predito pelos profetas do Antigo Testamento (AT) (At 2.16-21; Jl 2.28-32). Alguns dos observadores estrangeiros perguntaram o que deviam fazer para receber o Espírito Santo. Pedro disse: " Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo " (At 2.38). Cerca de 3 mil pessoas aceitaram a Cristo como seu Salvador naquele dia (Atos 2.41). Durante alguns anos Jerusalém foi o centro da igreja. Muitos judeus acreditavam que os seguidores de Jesus eram apenas outra seita do judaísmo. Suspeitavam que os cristãos estavam tentando começar um nova "religião de mistério" em torno  de Jesus de Nazaré. É verdade que muitos dos cristãos primitivos continuaram a cultuar no templo (At 3.1) e alguns insistiam em que os convertidos gentios deviam ser circuncidados (At 15). Mas os dirigentes judeus logo perceberam que os cristãos eram mais do que uma seita. Jesus havia dito aos judeus que Deus faria uma Nova Aliança com aqueles que lhe fossem fiéis (Mt 16.18);  ele havia selado esta aliança com seu próprio sangue (Lc 22.20). De modo que os cristãos primitivos proclamavam com ousadia haverem herdados os privilégios  que Israel conhecera outrora. Não eram simplesmente uma parte de Israel - eram o novo Israel (Ap 3.12; 21.2; Mt 26.28; Hb 8.8; 9.15). "Os líderes judeus tinham um medo de arrepiar, porque este novo e estranho ensino não era um judaísmo estreito, mas fundia o privilégio de Israel na alta revelação de um só Pai de todos os homens." (Henry Melvill Gwatkin, Early Church History,  pag 18).
A COMUNIDADE DE JERUSALÉM.
Os primeiros cristãos formavam uma comunidade estreitamente unida em Jerusalém após o dia de Pentecoste. Esperavam que Cristo voltasse muito em breve. Os cristãos de Jerusalém repartiam todos os seus bens materiais (At 2.44-45). Muitos vendiam suas propriedades e davam à igreja o produto da venda, a qual distribuía esses recursos entre o grupo ( At  4.34-35). Os cristãos de Jerusalém ainda iam ao templo para orar (At 2.46), mas começaram a partilhar  a Ceia do Senhor em seus próprios lares (At 2.42-46). Esta refeição simbólica trazia-lhes à mente sua nova aliança com Deus, a qual Jesus havia feito sacrificando seu próprio corpo e sangue. Deus operava milagres de cura por intermédio desses primeiros cristãos. Pessoas enfermas reuniam-se no templo de sorte que os apóstolo pudessem tocá-las em seu caminho para a oração (At 5.12-16). Esses milagres convenceram muitos de que os cristãos estavam verdadeiramente servindo a Deus. As autoridades do templo, num esforço por suprimir o interesse das pessoas na nova religião, prenderam os apóstolos. Mas Deus enviou um anjo para libertá-los (At 5.17-20),  o que provocou mais excitação. A igreja crescia com tanta rapidez que os apóstolos tiveram de nomear sete homens para distribuir víveres às viúvas necessitadas. O dirigente desses homens era Estevão, "homem cheio de fé e do  Espírito Santo" (At 6.5). Aqui vemos o começo do governo eclesiástico. Os apóstolos tiveram de delegar alguns de seus deveres a outros dirigentes. À medida que o tempo passava, os ofícios da igreja foram dispostos numa estrutura um tanto complexa.

O ASSASSÍNIO DE ESTEVÃO.
Certo dia um grupo de judeus apoderou-se de Estevão e, acusando-o de blasfêmia, o levou à presença do conselho do sumo sacerdote. Estevão fez uma eloqüente defesa da fé cristã, explicando como Jesus cumpriu as antigas profecias referentes ao Messias que libertaria seu povo da escravidão do pecado. Ele denunciou os judeus como "traidores e assassinos" do filho de Deus (At 7.52). Erguendo os olhos para o céu, ele exclamou que via a Jesus em pé à destra de Deus ( At 7.55). Isso enfureceu os judeus, que o levaram para fora da cidade e o apedrejaram (At 7.58-60). Esse fato deu início a uma onde de perseguição que levou muitos cristãos a abandonarem Jerusalém (At 8.1). Alguns desses cristãos estabeleceram-se entre os gentios de Samaria, onde fizeram muitos convertidos (At 8.5-8). Estabeleceram congregações em diversas cidades gentias, como Antioquia da Síria. A princípio os cristãos hesitavam em receber os gentios na igreja, porque eles viam a igreja como um cumprimento da profecia judaica. Não obstante, Cristo havia instruído seus seguidores a fazer "discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28.19). Assim, a conversão dos gentios foi "tão-somente o cumprimento da comissão do Senhor, e o resultado natural de tudo o que havia acontecido..." (Gwatkin, Early Church History, p. 56). Por conseguinte, o assassínio de Estevão deu início a uma era de rápida expansão da igreja.
ATIVIDADES MISSIONÁRIAS
Cristo havia estabelecido sua igreja na encruzilhada do mundo antigo. As rotas comerciais traziam mercadores e embaixadores através da Palestina, onde eles entravam em contato com o evangelho. Dessa maneira, no livro de Atos vemos a conversão de oficiais de Roma (At 10.1-48), da Etiópia ( At 8.26-40), e de outras terras. Logo depois da morte de Estevão, a igreja deu início a uma atividade sistemática para levar o evangelho a outras nações. Pedro visitou as principais cidades da Palestina, pregando tanto a judeus como aos gentios. Outros foram para a Fenícia, Chipre e Antioquia da Síria. Ouvindo que o evangelho era bem recebido nessas regiões, a igreja de Jerusalém enviou a Barnabé para incentivar os novos cristãos em Antioquia (At 11.22-23). Barnabé, a seguir, foi para Tarso em busca do jovem convertido Saulo (Paulo) e o levou para a Antioquia, onde ensinaram na igreja durante um ano (At 11.26). Um profeta por nome Ágabo predisse que o Império Romano sofreria uma grande fome sob o governo do Imperador Cláudio. Herodes Agripa estava perseguindo a igreja em Jerusalém; Ele já havia executado a Tiago, irmão de João, e tinha lançado Pedro na prisão (At 12.1-4). Assim os cristãos de Antioquia coletaram dinheiro para enviar a seus amigos em Jerusalém, e despacharam Barnabé e Paulo com o socorro. Os dois voltaram de Jerusalém levando um jovem chamado João Marcos (At 12.25). Por esta ocasião, diversos evangelistas haviam surgido no seio da igreja de Antioquia, de modo que a congregação enviou Barnabé e Paulo numa viagem missionária à Ásia Menor (At 13-14). Esta foi a primeira de três grandes viagens missionárias que Paulo  fez para levar o evangelho aos recantos longínquos do Império Romano. Os primeiros missionários cristãos concentraram seus ensinos na Pessoa e obra de Jesus Cristo. Declararam que ele era o servo impecável e Filho de Deus que havia dado sua vida para expiar os pecados de todas as pessoas que depositavam sua confiança nele (Rm 5.8-10). Ele era aquele a quem Deus ressuscitou dos mortos para derrotar o poder do pecado (Rm 4.24-25; 1Co 15.17).
GOVERNO ECLESIÁSTICO
A princípio, os seguidores de Jesus não viram a necessidade de desenvolver um sistema de governo da Igreja. Esperavam que Cristo voltasse em breve, por isso tratavam os problemas internos à medida  que surgiam - geralmente de um modo muito informal. Mas o tempo em que Paulo escreveu suas cartas às igrejas, os cristãos reconheciam a necessidade de organizar o seu trabalho. O NT não nos dá um quadro pormenorizado deste governo da igreja primitiva. Evidentemente, um ou mais presbíteros presidiam os negócios de cada congregação (Rm 12.6-8; 1Ts 5.12; Hb 13.7,17,24), exatamente como os anciãos faziam nas sinagogas judaicas. Esses anciãos (ou presbíteros) eram escolhidos pelo Espírito Santo (At 20.28), mas os apóstolos os nomeavam (At 14.23). Por conseguinte, o Espírito Santo trabalhava por meio dos apóstolos ordenando líderes pra o ministério. Alguns  ministros chamados  evangelistas parecem ter viajado de uma congregação para outra, como faziam os apóstolos. Seu título significa "homens que manuseiam o evangelho". Alguns têm achado que eram todos representantes pessoais dos apóstolos, como Timóteo o foi de Paulo; outros supõem que obtiveram esse nome por manifestarem  um dom especial de evangelização. Os anciãos assumiam os deveres pastorais normais entre as visitas desses evangelistas.
Algumas cartas do NT referem-se a bispos na igreja primitiva. Isto é um bocado confuso, visto que esses "bispos" não formavam uma ordem superior da liderança eclesiástica como ocorre em algumas igrejas onde o título é usado hoje. Paulo lembrou aos presbíteros de Éfeso que eles eram bispos (At 20.28), e parece que ele usa os termos presbítero e bispo intercambiavelmente (Tt 1.5-9). Tanto os bispos como os presbíteros estavam encarregados de supervisar uma congregação. Evidentemente, ambos os termos se referem aos mesmos ministros  da igreja primitiva, a saber, os presbíteros. Paulo e os demais apóstolos reconheceram que o ES concedia habilidades especiais de liderança a certas pessoas (1Co 12.28). Assim, quando conferiam um título oficial a um irmão ou irmã em Cristo, estavam confirmando o que o Espírito Santo já havia feito.
A igreja primitiva não possuía um centro terrenal de poder. Os cristãos entendiam que Cristo era o centro de todos os seus poderes (At 20.28). O ministério significava servir em humildade, em vez de governar de uma posição elevada (Mt 20.26-28). Ao tempo em que Paulo escreveu suas epístolas pastorais, os cristãos reconheciam a importância de preservar  os ensinos de Cristo por intermédio de ministros que se devotavam a estudo especial, "que maneja bem a palavra da verdade"  (2Tm 2.15). A igreja primitiva não oferecia poderes mágicos, por meio de rituais ou de qualquer outro modo. Os cristãos convidavam os incrédulos para fazer parte de seu grupo, o corpo de Cristo  (Ef 1.23),  que seria salvo como um todo. Os apóstolos e os evangelistas proclamavam que Cristo voltaria para o seu povo, a "noiva" de Cristo (Ap 21.2; 22.17). Negavam que indivíduos pudessem obter poderes especiais de Cristo para seus próprios fins egoístas (At 8.9-24; 13.7-12).
PADRÕES DE ADORAÇÃO.
Visto que os cristãos primitivos adoravam juntos, estabeleceram padrões de adoração que diferiam muito dos cultos da sinagoga. Não temos um quadro claro da adoração Cristã primitiva até 150 dC, quando Justino Mártir descreveu os cultos típicos de adoração. Sabemos que a igreja primitiva realizava seus serviços no domingo, o primeiro dia sa semana. Chamavam-no de "o Dia do Senhor" porque foi o dia em que Cristo ressurgiu dos mortos. Os primeiros cristãos reuniam-se no templo em Jerusalém, nas sinagogas, ou nos lares ( At 2.46; 13.14-16; 20.7-8). Alguns estudiosos crêem que a referência aos ensino de Paulo na escola de Tirano (At 19.9) indica que os primitivos cristãos às vezes alugavam prédios de escola ou outras instalações. Não temos prova alguma de que os cristãos tenham construído instalações especial para seus cultos de adoração durante mais de um século após o tempo de Cristo. Onde os cristãos eram perseguidos, reuniam-se em lugares secretos como as catacumbas (túmulos subterrâneos) de Roma. Creem os eruditos que os primeiros cristãos adoravam nas noites de domingo, e que seu culto girava em torno da Ceia do Senhor. Mas nalgum  ponto os cristãos começavam a manter dois cultos de adoração no domingo, conforme descreve Justino Mártir - um bem cedo de manhã e outro ao entardecer. As horas eram escolhidas por questão de segredo e para atender às pessoas trabalhadoras que não podiam comparecer aos cultos de adoração durante o dia.
ORDEM DO CULTO
Geralmente o culto matutino era uma ocasião de louvor, oração e pregação. O serviço improvisado de adoração dos cristãos no Dia de Pentecoste sugere um padrão de adoração que podia ter sido geralmente adotado. Primeiro, Pedro leu as Escrituras. Depois pregou um sermão que aplicou as Escrituras à situação presente dos adoradores (At 2.14-36). As pessoas que aceitavam a Cristo eram batizadas, seguindo o exemplo do próprio Senhor.  Os adoradores participavam dos cânticos, dos testemunhos ou de palavras de exortação        (1Co 14.26).
A CEIA DO SENHOR
Os primitivos cristãos tomavam a refeição simbólica da Ceia do Senhor para  comemorar a Última Ceia, na qual Jesus e seus discípulos observaram a tradicional festa judaica da Páscoa. Os temas dos dois eventos eram os mesmo. Na Páscoa os judeus regozijavam-se porque Deus os havia libertado de seus inimigos e aguardavam com expectação o futuro como filhos de Deus. Na  Ceia do Senhor, os cristãos celebravam o modo como Jesus os havia libertado do pecado e expressavam sua esperança pelo dia quando Cristo voltaria   (1Co 11.26).  A princípio, a Ceia do Senhor era uma refeição completa que os cristãos partilhavam em suas casas. Cada convidado trazia um prato para a mesa comum. A refeição começava  com oração e com o comer de pedacinhos de um único pão que representava o corpo partido de Cristo. Encerrava-se a refeição com outra oração e a seguir participavam de uma taça de vinho, que representava o sangue vertido de Cristo. Algumas pessoas conjeturavam que os cristãos estavam participando de um rito secreto quando observavam a Ceia do Senhor, e inventaram estranhas histórias a respeito desses cultos. O imperador Trajano proscreveu essas reuniões secretas por volta do ano 100 dC. Nesse tempo os cristãos começaram a observar a Ceia do Senhor durante o culto matutino de adoração, aberto ao público.
BATISMO
O batismo era um acontecimento comum da adoração cristã no templo de Paulo  (Ef 4.5). Contudo, os cristãos não foram os primeiros a celebrar o batismo. Os judeus batizavam seus convertidos gentios; algumas seitas judaicas praticavam o batismo como símbolo de purificação, e João Batista fez dele uma importante parte de seu ministério. O NT não diz se Jesus batizava regularmente seus convertidos, mas numa ocasião, pelo menos, antes da prisão de João, ele foi encontrado batizando. Em todo o caso, os primitivos cristãos eram batizados em nome de Jesus, seguindo o seu próprio exemplo (Mc 1.10; Gl 3.27). Parece que os primitivos cristãos interpretavam o significado do batismo de vários modos - como símbolo da morte de uma pessoa para o pecado (Rm 6.4; Gl 2.12), da purificação de pecados (At 22.16; Ef 5.26), e da nova vida em Cristo (At 2.41; Rm 6.3). De quando em quando toda a família de um novo convertido era batizada (At 10.48; 16.33; 1Co 1.16), o que pode significar o desejo da pessoa de consagrar a Cristo tudo quanto tinha.
CALENDÁRIO ECLESIÁSTICO
O NT não apresenta evidência alguma de que a igreja primitiva observava quaisquer dias santos, a não ser sua adoração no primeiro dia da semana (At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10). Os cristãos não observam o domingo como dia de descanso até ao quarto século de nossa era, quando o imperador Constantino designou-o como um dia santo para todo o Império Romano. Os primitivos cristãos não confundiam o domingo com o sábado judaico, e não faziam tentativa alguma para aplicar a ele a legislação referente ao sábado. O historiador Eusébio diz-nos que os cristãos celebravam a Páscoa desde os tempos apostólicos; 1Co 5.6-8 talvez se refira a uma Páscoa cristã na mesma ocasião da Páscoa judaica. Por volta do ano 120 dC, a igreja de Roma mudou a celebração para o domingo após a Páscoa judaica enquanto a igreja Ortodoxa Oriental continuou a celebrá-la na Páscoa Judaica.
CONCEITO DO NT SOBRE A IGREJA.
É interessante pesquisar vários conceitos de igreja no NT. A Bíblia refere-se aos primeiros cristãos como família e templo de Deus, como rebanho e noiva de Cristo, como sal, como fermento, como pescadores, como baluarte sustentador da verdade de Deus, de muitas outras maneiras. Pensava-se na igreja como uma comunidade mundial única de crentes, da qual cada congregação local era afloramento e amostra. Os primitivos escritores cristãos muitas vezes se referiam à igreja como o "corpo de Cristo" e o "novo Israel".  Esses dois conceitos revelam muito da compreensão que os primitivos cristãos tinha da sua missão no mundo.


O CORPO DE CRISTO
Paulo descreve a igreja como "um só corpo em Cristo" (Rm 12.5) e "seu corpo" (Ef 1.23). Em outras palavras, a igreja encerra numa comunhão única de vida divina todos os que são unidos a Cristo pelo Espírito Santo mediante a fé. Esses participam da ressurreição  (Rm 6.8), e são a um tempo chamados e capacitados  para continuar seu ministério de servir e sofrer para abençoar a outros (1Co 12.14-26). Estão ligados numa comunidade que personifica o reino de Deus no mundo. Pelo fato de estarem ligados a outros cristãos, essas pessoas entendiam que o que faziam com seus próprios corpos e capacidades era muito importante (Rm 12.1; 1Co 6.13-19; 2Co 5.10). Entendiam que as várias raças e classes tornam-se uma em Cristo (1Co 12.3; Ef  2.14-22), e deviam aceitar-se e amar-se uns aos outros de um modo que revelasse tal realidade. Descrevendo a igreja com o corpo de Cristo, os primeiros cristãos acentuaram que Cristo era o cabeça da igreja (Ef 5.23). Ele orientava as ações da igreja e merecia todo o louvor que ela recebia. Todo o poder da igreja para adorar e servir era dom de Cristo.
- O Novo Israel: Os primitivos cristãos identificavam-se com Israel, povo escolhido de Deus. Acreditavam que a vinda e o ministério  de Jesus cumpriram a promessa de Deus aos patriarcas (Mt 2.6; Lc 1.68; At 5.31), e sustentavam que Deus havia estabelecido uma Nova Aliança com os seguidores de Jesus (2Co 3.6; Hb 7.22, 9.15). Deus, sustentavam eles, havia estabelecido seu novo Israel na base da salvação pessoal, e não  em linhagem de família. Sua igreja era uma nação espiritual que transcendia a todas as heranças culturais e nacionais. Quem quer que depositasse fé na Nova Aliança de Deus, rendesse a vida a Cristo, tornava-se descendente espiritual de Abraão e, como tal, passava a fazer parte do "novo Israel" (Mt 8.11; Lc 13.28-30; Rm 4.9-25; Gl 3-4; Hb 11-12).
-Características Comuns: Algumas qualidades comuns emergem das muitas imagens da igreja que encontramos no NT. Todas elas mostram que a igreja existe porque Deus trouxe à existência. Cristo comissionou seus seguidores a levar avante a sua obra, e essa é a razão da existência da igreja. As várias imagens que o NT apresenta da igreja acentuam que o Espírito Santo a dota de poder e determina a sua direção. Os membros da igreja participam de uma tarefa comum e de um destino comum sob a orientação do Espírito. A igreja é uma entidade viva e ativa. Ela participa dos negócios deste mundo; demonstra o modo de vida que Deus tenciona para todas as pessoas, e proclamam a Palavra de Deus para a era presente. A unidade e a pureza espirituais da igreja estão em nítido contraste com a inimizade e a corrupção do mundo. É responsabilidade da igreja em todas as congregações particulares mediante as quais ela se torna visível, praticar a unidade, o amor e  cuidado de um modo que mostre que Cristo vive verdadeiramente naqueles que são membros do seu corpo, de sorte que a vida deles é a vida de Cristo neles.
JUÍZES E REIS DE ISRAEL/JUDÁ
Após a morte de Josué  e dos anciãos, veio uma situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos divinos (Jz 2.12-15). E em conseqüência disso certas pessoas foram escolhidas por intervenção divina, para governarem a nação como juízes ou libertadores. Não tinham poder de fazer novas leias, mas somente o de julgarem em conformidade com a lei de Moisés. Havia neles, também o poder executivo, embora a sua jurisdição se estendesse somente algumas vezes a certa parte do país. Não tinha estipêndio estabelecido, mas o povo estava acostumado a levar-lhes  presentes, ou oferendas. Esta forma de governo durou desde a morte de Josué até à escolha de Saul para ser rei, compreendendo um espaço de 460 anos.
Samuel foi o mais notável dos juízes, parecendo que na última parte de sua vida ele se limitava a exercer principalmente a missão de profeta. Sendo Saul rei, finalizou a forma teocrática de governo (1Sm 8.7). A pessoa do juiz era considerada santa e sagrada, de modo que consultá-lo era o mesmo que “consultar a Deus” (Ex 18.15). Era ele divinamente dirigido, não temendo então a face de ninguém. Além dos juízes supremos, havia anciãos da cidade, que constituíam um tribunal de justiça, com o poder de resolver pequenas causas da localidade (Dt 16.18).
OS PRINCIPAIS JUÍZES FORAM QUINZE
1- Otniel (Jz 3.9) – De Judá, livrou a Israel do rei da mesopotâmia;
2- Eúde (Jz 3.15) – Expulsou os amonitas e os moabitas;
3- Sangar (Jz 3.31) – Matou 600 filisteus e salvou a Israel;
4- Débora (Jz 4.5) – Associada a Baraque, guiando a Naftali e Zebulom à vitória contra os cananeus;
5- Gideão (Jz 6.36) – Expulsou os midianitas do território de Israel;
6- Abimeleque (Jz 9.1) – Pseudo libertador sem autoridade divina;
7- Tola (Jz 10.1) – Subjugou os amonitas;
8- Jair (Jz 10.3) – Subjugou os amonitas;
9- Jefté (Jz 11.11) – Subjugou os amonitas;
10- Ibsã (Jz 12.8) – Perseguiu os filisteus;
11- Elom (Jz 12.11) – Perseguiu os filisteus;
12- Abdom (Jz 12.13) – Perseguiu os filisteus;
13- Sansão (jz 16.30) – Perseguiu os filisteus;
14- Eli (1Sm 4.18) – Julgou a Israel como sumo sacerdote;
15- Samuel (1Sm 7.15) – Agiu principalmente como profeta.
REIS
Na história dos hebreus sucedeu o governo teocrático (Juizes). A monarquia, foi uma concessão de Deus (1Sm 8.7;12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8.22,23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9.6), equivale à rejeição  da teocracia (1Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1Sm 8.7; Is 33.22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25.23). A monarquia constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos. Quando a coroa era colocada na cabeça do rei, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2Sm 5.3; 1Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência; e confirmavam a sua palavra com um beijo de homenagem (1Sm 10.1). Os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais, e do produto dos rebanhos. Aos reis pertencia a décima parte da produção; recebiam também, os tributos que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico; os presentes dados pelos súditos; e os despojos da guerra e as contribuições  das nações conquistadas. Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem seus bens.
OS REIS ANTES DA DIVISÃO
1-  Saul (por volta de 1.060 aC) 1Sm 10.1
2-  Davi (+/- 1.020 aC) 2Sm 2.1
3-  Salomão (980 aC)  1Rs 1.39
REIS DE ISRAEL
1- Jeroboão I (937 aC)  1Rs 11.28
2- Nadabe (915 aC)  1Rs 14.20
3- Baasa ( 914 aC) 1Rs 15.16
4- Elá (891 aC) 1Rs 16.8
5- Zinri (890 aC) 1Rs 16.15
6- Onri (890 aC) 1Rs 16.16
7- Acabe (876 aC) 1Rs 16.29
8- Acazias (856 aC) 1Rs 22.40
9- Jeorão ou Jorão (854 aC) 2Rs 1.17
10-  Jeú (842 aC)  1Rs 19.16
11-  Joacaz (814 aC) 2Rs 10.35
12-  Jeoás (797 aC) 2Rs 13.10
13-  Jeroboão II (781 aC) 2Rs 14.23
14-  Zacarias (741 aC) 2Rs 14.29
15-  Salum (741 aC) 2Rs 15.10
16-  Manaém (740 aC) 2Rs 15.14
17-  Pecalias (737 aC) 2Rs 15.23
18-  Peca (736 aC) 2Rs 15.25
19-  Oséias (730 aC) 2Rs 15.30
REIS DE JUDÁ
1- Reoboão (937 aC) 1Rs 11.43
2- Abias (920 aC) 1Rs 14.31
3- Asa (917 aC) 1Rs 15.8
4- Josafá (878 aC) 1Rs 15.24
5- Jeorão (851 aC) 2Cr 21.1
6- Acazias (843 aC) 2Rs 8.25
7- Atalias (rainha) (842 aC) 2Rs 8.26
8- Joás (836 aC) 2Rs 11.2
9- Amazias (796 aC) 2Rs 14.1
10-  Uzias ou Azarias (777 aC) 2Rs 14.21
11-  Jotão (750 aC) 2Rs 15.5
12-  Acaz (734 aC) 2Rs 15.38
13-  Ezequias (727 aC) 2Rs 16.20
14-  Manasses (697 aC) 2Rs 21.1
15-  Amon (642 aC) 2Rs 21.19
16-  Josias (640 aC) 1Rs 13.2
17-  Joacaz ou Salum (608 aC) 2Rs 23.30
18-  Joaquim (608 aC) 2Rs 23.34
19-  Jeoaquim ou Jeconias (598 aC) 2Rs 24.6
20-  Zedequias ou Matanias ( 598 aC) 2 Rs 24.17
MARIA, MÃE DE JESUS
Maria, a virgem, mãe de Jesus. Todas as informações a seu respeito, somente as Escrituras é que no-las  dá. Diz ela que no sexto mês após a concepção de João Batista foi enviado o anjo Gabriel a Nazaré, cidade ou aldeia da Galiléia, a uma virgem chamada Maria, que ali morava, desposada com um carpinteiro de nome José, Lucas 1.26,27, reconhecido como descendente de Davi. Não se diz que a virgem também o fosse; muitos acreditam que também pertencia à mesma linhagem, porque, diz o anjo, que o filho que ia nascer dela receberia o “trono de seu pai Davi”, e que “foi feito da linhagem de Davi, segundo a carne”, Romanos 1.3; 2Timoteo 2.8 cp. Atos 2.30. Além disso, a opinião de muitos doutores é que a genealogia de Cristo, como a dá em Lucas, Lucas 3.23-38, é pelo lado materno, vindo de Eli, que se supõe ser o pai dela. Como quer que seja, o anjo Gabriel saudou a Maria, dizendo: “Salve! Agraciada; o Senhor é contigo”, anunciando-lhe  que ela teria um filho a quem deveria chamar Jesus. “Este sra grande, será chamado Filho do Altíssimo; Deus o Senhor lhe dará o trono de Davi, seu pai, ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim”, Lucas 1.32,33. Quando Maria perguntou como se faria isso, visto não conhecer varão, o anjo lhe respondeu: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus”, Lucas 1.35. Estas declarações revelaram a Maria que ela foi escolhida para ser a mãe do Messias. Com humildade, aceitou a honra que Deus misteriosamente lhe concedia. Para seu conforto o anjo Gabriel a informou de que a sua parenta Isabel ia também ser mãe, pelo que Maria se apressou a caminhar para as montanhas a uma cidade de Judá, onde moravam Zacarias e sua mulher Isabel. À sua entrada Isabel cientificou-se da honra que ia receber e por uma inspiração de momento proferiu o cântico de louvor. Por sua vez, Maria entoou o hino de graças denominado “A Magnífica”, Lucas 1.46-55. Isto nos dá a entender a profunda piedade e a solene alegria com que estas santas mulheres contemplaram o poder e a graça de Deus que por seu intermédio ia realizar as antigas promessas feitas a Israel, e trazer a salvação ao mundo. Maria permaneceu em casa de Isabel até pouco antes do nascimento de João Batista, e voltou para Nazaré. Revelada que foi a origem de sua concepção, a José por meio de um sonho, quando ele pensava em deixá-la secretamente, Mateus 1.18-21. Deus ordenou-lhe que a recebesse por mulher, e que ela teria um filho que se chamaria Jesus, porque ele salvaria seu povo dos pecados deles, Mateus 1.24,25, em virtude do que havia dito o Senhor pelo profeta Isaías que ele nasceria da uma Virgem; José obedeceu reverentemente; recebeu-a por mulher, e não a conheceu enquanto não deu à luz ao seu primogênito, e lhe pôs por nome Jesus, Mateus 1.24,25. Pelo casamento, a Virgem ficou abrigada de más suspeitas e o filho que lhe nasceu foi tido como filho de José, segundo a lei, e como tal herdeiro de Davi. O nascimento deu-se em Belém. Um decreto de César Augusto ordenou que todo o mundo se alistasse, em virtude do qual, José teve de ir à cidade de Davi, como seu descendente, acompanhado de sua esposa Maria. Não encontrando lugar na hospedaria foram obrigados a abrigar-se em uma estrebaria. Ali nasceu Jesus; sua mãe o enfaixou e o deitou em uma manjedoura, Lucas 2.7. Com reverente e confiante assombro, Maria ouviu a narração dos pastores, relatando a visão dos anjos e o cântico que tinham ouvido, anunciando paz ao mundo pelo nascimento do Salvador. Portanto ela ainda não sabia que seu filho era Deus que se fez carne; apenas sabia que ele ia ser o Messias, e com verdadeira piedade esperava que Deus lhe desse luz sobre a missão de seu filho. No quadragésimo dia depois de nascido o menino, José e Maria o levaram a Jerusalém para o apresentarem diante do Senhor e oferecerem no templo o que a lei ordenava às mães, Levitico 11.2,6,8. Os animais oferecidos deviam ser um par de rolas, ou dois pombinhos, indicando as humildes condições da família. Ao apresentarem o menino no templo, encontraram o velho Simeão que se regozijou pelo nascimento do Messias, porém profetizou a sua mãe que ela teria grandes dores e tristezas pelo que a ele havia de acontecer, Lucas 2.35. Parece que, depois disto, José e Maria voltaram para Belém, Mateus 2.11. Ali foram ter os magos do oriente que vieram adorar a Jesus, Mateus 2.1-11. Em seguida o casal fugiu para o Egito levando o menino, regressando mais tarde para Nazaré em obediência a instruções divinas. Ali deveria ele dedicar-se à educação do filho da promessa que lhe havia sido confiado, e cujo futuro era objeto de constante cuidado.
Um dos traços do caráter de Maria desenha-se quando o menino tinha doze anos. Piedosamente em companhia de seu esposo, ia anualmente a Jerusalém por ocasião da festa da páscoa, Lucas 2.41, se bem que as mulheres não estavam sujeitas a esta obrigação, Êxodo 23.17. Com igual piedade, José e Maria levaram consigo o menino, logo que ele atingiu a idade, quando era costume que as crianças deveriam comparecer ao templo. A sua demora na casa de Deus e as suas palavras na discussão com os doutores, foi motivo de causar maior espanto a seus pais. “E sua mãe conservava todas estas palavras no seu coração”, Lucas 2.51. Maria ainda não havia compreendido toda a grandeza real de seu filho, nem de que modo realizaria a sua missão. Com reverência e cheia de confiança ia cumprindo o seu dever, educando o menino para o serviço de Deus, o que ela realmente fez enquanto ele esteve debaixo de sua autoridade. Se os “Irmãos do Senhor” eram, como é provável, filhos de José e de Maria, nascidos depois que Jesus apareceu, Maria deveria ter sido mãe de grande família. O evangelho também fala das irmãs de Jesus, Marcos 6.3. Nada mais se diz a respeito te Maria até ao princípio do ministério público de Jesus. Aparece então nas bodas de Caná de Galiléia, João 2.1-10. Evidentemente regozijou-se  em ver que seu filho assumia as funções do oficio messiânico, e, sem reservas, creu nele. Imprudentemente, porém, ela pretendeu dirigir os seus atos, o que provocou da parte dele uma repreensão respeitosa. Maria devia compreender que, na sua obra, ela participava apenas como sua companheira. Na qualidade de filho, prestava-lhe reverência, porém na qualidade de Messias e Salvador ele só a poderia ter como discípula, precisando igualmente, com os demais, a salvação que ele veio trazer ao mundo. Verdade semelhante se repete em outra ocasião quando ela aparece, Mateus 12.46-50; Marcos 3.31-35; Lucas 8.19-21. No grande dia das parábolas, estando ele ensinando o povo, Maria e os irmãos de Jesus desejavam vê-lo, talvez com o intuito de afastá-lo dos perigos que a oposição lhe criava. Respondendo, fez notar que as relações espirituais entre ele e seus discípulos eram mais importantes do que os laços de família. “Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, e irmã e mãe”, Mateus 12.50. Enquanto Cristo prosseguia em seu ministério, sua mãe e seus irmãos, parece que continuavam a morar em Nazaré. No ato da crucifixão, aparece Maria com outras mulheres, perto da cruz. Ao contrário dos irmãos de Jesus, João 7.5, ela sempre creu na missão salvadora de seu filho, e por isso não é de estranhar que o acompanhasse ate a última e fatal jornada a Jerusalém. Dominada pelo amor de mãe, e pelos afetos de um discípulo, contemplou-o pregado à cruz e nesta hora de suprema angústia, ele dirigiu-lhe a palavra entregando-a aos cuidados do amado discípulo João, que desde essa hora a levou para sua casa, João 19.25-27. Depois da assunção de Jesus, ela se encontra, na companhia dos apóstolos no quarto alto de Jerusalém, Atos 1.14, e nada mais nos diz a Escritura a seu respeito. Não se sabe, quando e de que modo morreu. O seu túmulo vê-se no vale de Cedrom, mas não se pode crer na sua legitimidade, por falta de bons testemunhos. Há muitas lendas a respeito de Maria, nenhuma, porém, digna de fé. A Escritura apresenta-a como simples modelo de fé e de piedade.
O MINISTÉRIO DOS APÓSTOLOS
A história bíblica termina no livro de Atos, que descreve o ministério da igreja primitiva. Em Atos vemos como a mensagem concernente a Jesus - a mensagem da redenção - propagou-se de Jerusalém até Roma, centro do mundo Ocidental.
O livro de Atos mostra a expansão da igreja
a) Em Jerusalém;
b) De Jerusalém para a Judéia, Samaria e região.
c) De Antioquia até Roma.
a) A Igreja em Jerusalém - As primeiras experiências dos discípulos de Jesus em Jerusalém revelam muita coisa acerca da igreja primitiva. O livro de Atos mostra com que zelo esses cristãos divulgaram as notícias a respeito de Jesus.
O livro inicia-se numa colina próxima a Jerusalém, onde Jesus estava prestes a ascender ao céu. Ele disse aos discípulos: "...ao descer sobre vós o ES, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra" (At 1.8). Esse era o plano de Jesus para evangelizar o mundo. Poucos dias mais tarde os discípulos substituíram Judas, que se havia matado depois de trair a Jesus. Escolheram a Matias para completar o grupo dos doze. Então o Cristo ressurreto deu à igreja seu ES, que capacitou os cristãos a cumprirem a tarefa de âmbito mundial (At 1.8).
Pedro falou à igreja no dia de Pentecoste, revelando a importância de Cristo como Senhor da salvação (At 2.14-40). O ES revestiu a igreja de poder para operar sinais e maravilhas que confirmavam a veracidade dessa mensagem (At 2.43). Especialmente significativa foi a cura de um mendigo operado pelos apóstolos à porta do templo ( At 3.1-10), o que colocou os apóstolos em conflito com as autoridades judaicas. A igreja mantinha estreita comunhão entre seus membros. Compartilhavam as refeições em seus lares; também adoravam juntos e repartiam os seus bens (At 2.44-46; 4.32-34). À medida que a igreja continuava a crescer, as autoridades governamentais começara a perseguir abertamente os cristãos. Pedro e alguns dos apóstolos foram presos, mas um anjo os libertou; convocados perante as autoridades, estas lhes deram ordens de parar com a pregação a respeito de Jesus (At 5.17-29). Os cristãos, porém, recusaram-se a obedecer; continuaram pregando, muito embora as autoridades religiosas os espancassem e os laçassem na prisão diversas vezes. A igreja crescia com tanta rapidez que os apóstolos precisaram de auxílio em algumas questões práticas de administração eclesiástica, principalmente no atendimento às viúvas. Para a execução desta tarefa ordenaram sete diáconos.
b) De Jerusalém para toda a Judéia - A segunda fase do crescimento da igreja começou com uma violenta perseguição dos cristãos em Jerusalém. Quase todos os crentes fugiram da cidade (At 8.1). Por onde quer que fossem, os cristãos davam testemunho, e o ES usava esse testemunho a fim de conquistar outras pessoas para Cristo (At 8.3...). Por exemplo, um dos sete auxiliares, chamado Filipe, conversou com um diplomata etíope; esse homem tornou-se cristão e levou as boas novas para sua pátria ( At 8.26-39). A esta altura a Bíblia descreve a conversão de Saulo de Tarso. Antes de converter-se, Saulo perseguia a Igreja. Ele obteve cartas das autoridades judaicas em Jerusalém que o autorizava a ir a Damasco efetuar a prisão dos cristãos ali e matá-los. No caminho, Cristo derrubou-o por terra e o desafiou. Saulo rendeu-se e assim começou uma nova vida na qual ele devia usar seu nome romano, Paulo em lugar de Saulo, o nome judaico. Paulo cheio do ES começou a pregar a respeito de Jesus na sinagoga judaica, e os dirigentes judeus o expulsaram de Damasco. Algum tempo depois (Gl 1.17-2.2), ele foi pra Jerusalém, onde estabeleceu uma relação com os apóstolos. Devemos notar também que o ministério de Pedro, que foi especialmente marcado por milagres. Em Lida ele curou um homem chamado Enéias (At 9.32-35). Em Jope, Deus o usou para ressuscitar Dorcas (At 9.36-42). Por fim, recebeu de Deus uma visão que o convocava para Cesaréia, onde apresentou o evangelho aos gentios (At 10.9-48). Ele foi o líder máximo dos apóstolos e seu ministério reanimou o entusiasmo da igreja primitiva. Apóstolo era uma pessoa a quem Cristo havia escolhido para um treinamento especial no ministério ( Gl 1.12). Os apóstolos lançaram o alicerce da igreja mediante a pregação do evangelho de Cristo (Ef 2.20; 1Co 3.10-11; Jd 3-21). Deus usou Pedro para abrir a porta da salvação aos gentios.  Neste ponto a narrativa bíblica volta-se brevemente para a expansão do evangelho entre os gentios em Antioquia (At 11.19-30). É quando lemos acerca do martírio de Tiago em Jerusalém, e de como Pedro foi miraculosamente liberto da prisão. (At 12.1-19)
c) De Antioquia até Roma - O restante do livro de Atos descreve a expansão da igreja por intermédio do Apóstolo Paulo. Barnabé levou Paulo para Antioquia (At 11.19-26). Aí o ES chamou a Barnabé e a Paulo para serem missionários, e a igreja os ordenou para essa tarefa (At 13.1-3). Eles começavam pregando numa sinagoga judaica. Por conseguinte, a igreja primitiva constituía-se, antes de tudo, de convertidos dentre os judeus e de pessoas "tementes a Deus" (gentios que adoravam com os judeus). Na primeira viagem houve um dramático confronto com o diabo quando Deus usou a Paulo para derrotar o mágico (feiticeiro) Elimas (At 13.6-12). O jovem João Marcos acompanhava a Paulo e a Barnabé, mas, de Perge, resolveu voltar a Jerusalém, fato que deve ter causado grande desapontamento a Paulo (At 15.38). No sermão que Paulo proferiu na sinagoga em Antioquia da Pisídia (At 13.16-41) ele faz um resumo da história da redenção, acentuando seu cumprimento em Jesus. Ele declarou:  crer em Cristo é o único meio de libertar-se do pecado e da morte (At 13.38,39). Em listra, judeus hostis instigaram as multidões de sorte que Paulo foi apedrejado e dado por morto (At 14.8-19). A viagem terminou com Paulo e Barnabé voltando a Antioquia, onde relataram tudo quanto Deus havia feito por intermédio deles, e como a fé se espalhara entre os gentios (At 14.26-28). Mais tarde, surgiu na igreja uma séria desinteligência. Alguns cristãos argumentavam que os gentios convertidos tinha de observar as leis do AT, de modo especial a da circuncisão. O problema foi levado perante o concílio da igreja de Antioquia e de Jerusalém. Deus dirigiu esse concílio (reunido em Jerusalém) para declarar que os gentios não tinham de guarda a Lei a fim de serem salvos. Mas instruíram aos novos conversos a que se abstivessem de comer coisas sacrificadas aos ídolos, sangue e animais sufocados (At 15.1-29), para não escandalizarem os judeus. O concílio enviou uma carta a Antioquia; a igreja leu-a e a aceitou com sendo a vontade de Deus.
Não demorou muito, Paulo resolveu visitar todas as igrejas que ele e Barnabé haviam estabelecido na primeira viagem missionária. E assim teve início a segunda viagem missionária (At 15.40-41), desta vez em companhia de Silas. Observe-se, especialmente, a visão que Deus deu a Paulo em Trôade, convocando-os para a Macedônia (At 16.9-10). Na Macedônia eles conduziram à fé pessoas "tementes a Deus" (gentios que criam em Deus) e também judeus. Um dia os missionários defrontaram-se com uma jovem escrava possuída do demônio. Seus donos auferiam lucro da capacidade que tinha a jovem de adivinhar. Paulo expulsou os demônios da jovem. e ela perdeu seus poderes, por isso seus senhores prenderam-nos (At 16.19-24). Na prisão, Paulo e Silas pregaram ao carcereiro. Foram libertados de manhã e se dirigiram para Tessalônica, onde muitos se converteram sob seu ministério. A seguir foram para Beréia, onde também alcançaram grande êxito (At 17.10-12). Em Atenas, Paulo pregou um grande sermão aos filósofos na colina de Marte. A próxima parada foi Corinto, onde Paulo e seus amigos permaneceram por um ano e meio. Daqui voltaram para Antioquia, passando por Jerusalém (At 18.18-22). Todo esse tempo, Paulo e seus companheiros continuaram a pregar nas sinagogas, e enfrentaram a oposição de alguns judeus que rejeitaram o evangelho (At 18.12-17). A terceira viagem missionária abrangeu muitas das mesmas cidades que Paulo havia visitado na segunda. Ele fez, também, uma rápida visita às igreja da Galácia e da Frígia (At 18.23).
Em Efeso ele batizou doze dos discípulos de João Batista que haviam aceitado a Cristo, os quais receberam o ES (At 19.1-7). Durante quase dois anos ele pregou na escola de Tirano (At 19.9-10). De Éfeso, ele foi para a Macedônia e, finalmente, voltou a Filipos. Depois de uma breve estada nesta cidade, ele viajou para Trôade, onde um jovem chamado Êutico pegou no sono durante o sermão de Paulo e caiu de uma janela do terceiro andar, sendo dado por morto. Deus operou por meio de Paulo para trazer Êutico de volta à vida (At 20.7-12). Dali os missionários foram para Cesaréia, passando por Mileto. Em Cesaréia o profeta Ágabo predisse o perigo que aguardava a Paulo em Jerusalém; ali ele enfrentou dificuldades e prisão. A Bíblia registra um discurso que ele fez ali em defesa de sua fé (At 22.1-21). Finalmente, as autoridades religiosas conseguiram enviá-lo para Roma a fim de ser julgado. A caminho, o navio que o transportava naufragou na ilha de Malta. Aqui  foi picado por uma cobra venenosa, mas não sofreu dano algum (At 28.7-8). Depois de passar três meses em Malta, ele e seus guardas navegaram para Roma.
O Livro de Atos encerra com as atividades de Paulo em Roma. Lemos que ele pregou aos principais judeus (At 28.17-20). Durante dois anos morou numa casa alugada, continuando a pregar às pessoas que o visitavam (At 28.30-31).  Encerra-se a história da redenção registrada na Bíblia. O Evangelho tinha sido eficazmente plantado em solo gentio, e a maioria das Epístolas havia sido escritas. A igreja estava no processo de separar-se da sinagoga judaica e tornar-se um organização distinta.
O MINISTÉRIO DO APOSTOLO PAULO
Paulo começou, na sinagoga de Damasco, a dar testemunho de sua fé recém-encontrada. O tema de sua mensagem concernente a Jesus era: “Este é o Filho de Deus” (At 9:20). Mas Paulo tinha de aprender amargas lições antes que pudesse apresentar-se como líder cristão confiável e eficiente. Descobriu que as pessoas não se esquecem com facilidade; os erros do homem podem persegui-lo por um longo tempo, mesmo depois que ele os tenha abandonado. Muitos dos discípulos suspeitavam de Paulo, e seus ex-companheiros de perseguições o odiavam. Ele pregou por breve tempo em Damasco, foi-se para a Arábia e depois voltou para Damasco. A segunda tentativa de Paulo de pregar em Damasco igualmente não teve bom resultado. Um ano ou dois haviam decorrido desde a sua conversão, mas os judeus se lembravam de como ele havia desertado de sua primeira missão em Damasco. O ódio contra ele inflamou-se de novo e “deliberaram entre si tirar-lhe a vida” (At 9:23). A dramática história da fuga de Paulo por sobre a muralha, num cesto, tem prendido a imaginação de muitos. Os dias de preparação de Paulo não estavam terminados. O relato que ele faz aos gálatas continua, dizendo: “Decorridos três anos, então subi a Jerusalém. . .“ (Gl 1:18). Ali ele encontrou a mesma hostil recepção que teve em Damasco. Uma vez mais foi obrigado a fugir. Paulo desapareceu por alguns anos. Esses anos que ele passou escondido deram-lhe convicções amadurecidas e estatura espiritual de que ele necessitaria em seu ministério.
Em Antioquia, os gentios estavam sendo convertidos a Cristo. A Igreja em Jerusalém teve de decidir como cuidar desses novos crentes. Foi então que Barnabé se lembrou de Paulo e se dirigiu a Tarso à sua procura (At 11:25). Barnabé já tinha sido instrumento na apresentação de Paulo em Jerusalém, num esforço por afastar suspeita contra ele. A esses dois homens foi confiada a tarefa de levar socorro à Judéia onde os seguidores de Jesus estavam passando fome. Quando Barnabé e Paulo voltaram a Antioquia, missão cumprida, trouxeram consigo o jovem João, apelidado Marcos, sobrinho de Barnabé (At 12:25).

AS VIAGENS MISSIONÁRIAS
A jovem e florescente igreja de Antioquia resolve enviar a Barnabé e a Paulo como missionários. O primeiro porto de escala na primeira viagem missionária foi Salamina, na ilha de Chipre, terra natal de Barnabé. Este fato, juntamente com a freqüente apresentação que a Bíblia faz desses missionários como “Barnabé e Saulo” indica que Paulo desempenhava papel secundário. Esta era a viagem de Barnabé; Paulo exercia o segundo posto de comando, e os dois tinham “João [Marcos] como auxiliar” (At 13:5). O êxito de seus esforços missionários nessa ilha incentivaram Paulo e seus parceiros a avançar para território mais difícil. Fizeram uma viagem mais longa por mar, desta vez até Perge, já em terras continentais da Ásia Menor. Dali Paulo pretendia viajar pelo interior numa missão perigosa até à Antioquia da Pisídia. Mas, exatamente neste ponto, aconteceu algo que causou muita dor de cabeça aos três. O ajudante, João Marcos, “apartando-se deles, voltou para Jerusalém” (At 13:13), onde morava. A Bíblia não nos diz por quê, embora seja natural conjeturar que lhe faltaram coragem e confiança. A súbita mudança dos planos de Marcos causaria, mais tarde, conflito entre Paulo e Barnabé. Em Antioquia, Paulo tomou-se o porta-voz e criou-se um padrão conhecido de todos. Alguns criam em sua mensagem e se regozijavam; outros a rejeitavam e provocavam oposição. Aconteceu pela primeira vez em Antioquia, depois em Icônio. Em Listra ele foi apedrejado e dado por morto (At 14:19), mas sobreviveu e pôde prosseguir até à cidade de Derbe. A visita de Paulo e Barnabé a Derbe completou a sua primeira viagem. Logo Paulo resolveu percorrer de novo a difícil rota sobre a qual ele tinha vindo, a fim de fortalecer, encorajar e organizar os grupos cristãos que ele e Barnabé haviam estabelecido. Nisto discernimos o plano de Paulo de estabelecer congregações nas principais cidades do Império. Ele não deixava seus convertidos desorganizados e sem liderança capaz, mas, pelo mesmo motivo, não permanecia muito tempo num só lugar.
Os judeus muitas vezes faziam convertidos entre os gentios, mas estes eram mantidos numa posição de “segunda classe”. A não ser que estivessem preparados para submeter-se à circuncisão e aceitar a interpretação da Lei segundo os fariseus, eles permaneciam à margem da congregação judaica. Mesmo que chegassem a esse ponto, o fato de não terem nascido judeus ainda os barrava de usufruir completa comunhão. Assim, qual seria a relação dos convertidos gentios com a comunidade cristã? Paulo e Barnabé viajaram a Jerusalém a fim de conferenciar com os dirigentes ali a respeito desse problema fundamental. Em Jerusalém, Paulo expôs as suas convicções e saiu vencedor. A descrição da controvérsia que o próprio Paulo apresenta aos gálatas declara que lhe estenderam “a destra de comunhão” e igualmente a Barnabé. Os dirigentes da igreja concordaram em que “nós fôssemos para os gentios” (Gl 2:9). Após a conferência de Jerusalém, Paulo e Barnabé “demoraram-se em Antioquia, ensinando e pregando,.. . a palavra do Senhor” (Atos 15:35). Aqui, dois incidentes causaram severas tensões às relações de trabalho de Paulo com Pedro e Barnabé. O primeiro desses incidentes surgiu dos mesmos problemas que provocaram a conferência de Jerusalém. A conferência havia liberado os gentios do regulamento judaico da circuncisão. Contudo, não havia decidido se os cristãos de origem judaica poderiam comer com os convertidos gentios. Pedro tomou posição ao lado de Paulo nessa praxe, o que envolvia relaxar os regulamentos dos judeus com vistas a alimentos. Na realidade, Pedro deu o exemplo comendo com gentios. Mais tarde, porém, ele “afastou-se e, por fim, veio a apartar-se” (Gl 2:12), e Barnabé se deixou levar “pela dissimulação deles” (v. 13).
Paulo, considerando esses atos como nova ameaça à sua missão entre os gentios, recorreu a uma medida drástica. “Resisti-lhe [a Pedro] face a face, porque se tornara repreensível” (Gálatas 2:11). Ele fez isso “na presença de todos” (v. 14). Em outras palavras, ele recorreu à censura pública. Esse incidente ajuda-nos a entender o segundo, que Lucas registra em Atos 15:36-40. Barnabé desejava que o jovem Marcos os acompanhasse na segunda viagem missionária; Paulo opôs-se à ideia. E a narrativa diz que “houve entre eles tal desavença que vieram a separar-se” (v. 39). Não sabemos se Paulo e Barnabé voltaram a encontrar-se. Eles concordaram em discordar” e empreenderam viagens, cada um para seu lado. Sem dúvida o evangelho foi desse modo promovido mais do que se tivessem permanecido juntos. Então “Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu. . . E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas” (Atos 15:40, 41). Depois de nova visita a Derbe, o último ponto visitado na primeira viagem, Paulo e seu grupo prosseguiram até Listra para ver seus convertidos nesta cidade. Aqui Paulo encontrou um jovem cristão chamado Timóteo (Atos 16:1), e viu nele um substituto potencial para Marcos. O que aconteceu aqui redimiu Paulo de qualquer acusação de não se mostrar disposto a depositar confiança em homens mais moços do que ele. Em 1 Tm 1:2 dirigiu-se ao jovem Timóteo “verdadeiro filho”, e na segunda epístola fala dele como “amado filho” (2 Tm 1:2). Na segunda epístola lemos também: “pela recordação que guardo da tua fé, a mesma que primeiramente habitou em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também em ti” (2 Tm 1:5). Esta referência pode significar que a família de Timóteo fora ganha para Cristo por Paulo e Barnabé na sua primeira viagem. Por certo, quando Paulo voltou, ele quis que Timóteo “fosse em sua companhia” (At 16:3). Este mesmo versículo acrescenta que Paulo “circuncidou-o por causa dos judeus”. Era esta atitude coerente com o julgamento anterior de Paulo sobre Pedro? Ou se devia ao fato de ter ele aprendido a não criar problemas desnecessários? De qualquer modo, uma vez que Timóteo era meio-judeu, esta decisão evitaria problemas muitas vezes. Paulo sabia como lutar por um principio e como ceder por conveniência quando não estava em jogo nenhum princípio. Paulo sustentava que a circuncisão não era necessária à salvação (cf. Gálatas), mas estava pronto para circuncidar um judeu cristão como uma questão de conveniência.  Quando o grupo de evangelistas (dirigido de algum modo não especificado pelo Espírito Santo — At 16:6-8) chegou a Trôade e se pôs a contemplar o outro lado da estreita península, deve ter ponderado sobre a perspectiva de avançar sua campanha ao continente europeu. A decisão foi tomada quando “à noite, sobreveio a Paulo uma visão, na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16:9). A resposta de Paulo foi imediata.    O grupo navegou para a Europa. Muitos escritores têm sugerido que esse “varão macedônio” pode ter sido o médico Lucas. De qualquer maneira, parece que neste ponto ele entrou no drama de viagem, porque agora ele começa a referir-se aos missionários como “nós”. A viagem continuou ao longo da grande estrada romana que corre para o Ocidente através das principais cidades da Macedônia — desde Filipos até Tessalônica, e de Tessalônica a Beréia. Durante três semanas, Paulo falou na sinagoga de Tessalônica; depois foi para Atenas, centro da erudição grega, e cidade onde dominava a idolatria (At 17:16). Incansável, ele partiu para Corinto.
   Sua primeira e grande missão no mundo gentio estendeu-se por quase três anos. Depois ele voltou a Antioquia. Após uma curta permanência em Antioquia, Paulo partiu em sua terceira viagem missionária no ano 52 d.C. Desta vez suas primeiras paradas foram na Galácia e na Frígia. Depois de visitar as igrejas em Derbe, Listra, Icônio e Antioquia, ele resolveu fazer algum trabalho missionário intensivo em Éfeso, a capital da província romana da Ásia. Estrategicamente localizada para comércio, era superada somente por Roma, Alexandria e Antioquia em tamanho e importância. Como resultado dos trabalhos de Paulo ali, ela tornou-se a terceira mais importante cidade na história do Cristianismo primitivo — Jerusalém, Antioquia, depois Éfeso. Paulo chegou a Éfeso para empreender o que provou ser as mais extensas e exitosas de suas atividades missionárias em qualquer localidade. Mas esses anos lhe foram estrênuos. Visto que ele sustentava a si próprio trabalhando em sua profissão, seus dias eram longos. Seguindo o costume dos trabalhadores de um clima tão quente, ele levantava-se antes de raiar o dia e começava a trabalhar. As horas da tarde ele as empregava no ensino e pregação, e é provável que também as horas vespertinas. Isto ele fez “diariamente” durante “dois anos”. Em sua própria descrição desses trabalhos, Paulo acrescenta que ele não só ensinava em público, mas “também de casa em casa” (At 20:20). Teve êxito — muito bom êxito. Somos informados de “milagres extraordinários” (At 19:11) ocorridos durante esses dias agitados em Éfeso. A nova fé causou tal impacto sobre a cidade que “muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos” (At 19:19). Isso suscitou o ódio dos adoradores pagãos, temerosos de que os cristãos solapassem a influência de sua religião. Depois de três invernos em Éfeso, Paulo passou o seguinte em Corinto, em concordância com a promessa e a esperança expressas em 1 Co 16:5-7. Ali Paulo fez outros preparativos para uma visita a Roma. Escreveu uma carta, dizendo aos cristãos de Roma: “Muito desejo ver-vos, . . . muitas vezes me propus ir ter convosco” (Rm 1:11, 13), e “penso em fazê-lo quando em viagem para a Espanha” (Rm 15:24). Paulo ignorou as advertências sobre os perigos que o ameaçavam se ele aparecesse de novo em Jerusalém. Ele achava que era decisivo voltar em pessoa, como portador da oferta das congregações gentias. Ele estava “pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus” (At 21:13). De modo que Paulo foi de novo a Jerusalém, e Lucas escreve que “os irmãos nos receberam com alegria” (At 21:17). Mas espreitando nas sombras estava uma comissão de recepção com intenções diferentes.
PAULO PRESO E JULGADO
Os cristãos de Jerusalém ficaram felizes ao ouvir o relatório de Paulo sobre a divulgação da fé cristã. Contudo, alguns cristãos judeus duvidaram da sinceridade de Paulo. Para mostrar seu respeito pela tradição judaica, Paulo juntou-se a quatro homens que cumpriam um voto de nazireu no templo. Alguns judeus da Ásia agarraram Paulo e falsamente o acusaram de introduzir gentios no templo (At 21:27-29). O tribuno da guarnição romana levou Paulo em custódia para impedir um levante. Ao saber que Paulo era cidadão romano, o tribuno retirou-lhe as cadeias e pediu aos judeus que convocassem o Sinédrio para interrogá-lo. Paulo percebeu que a multidão enfurecida poderia matá-lo. Assim, ele disse ao Sinédrio que fora preso por ser fariseu e crer na ressurreição dos mortos. Esta afirmação dividiu o Sinédrio em suas facções de fariseus e saduceus, e o comandante romano teve de salvar Paulo de novo. Ouvindo dizer que os judeus tramavam uma emboscada contra Paulo, o comandante enviou-o de noite a Cesaréia, onde ficou guardado no palácio de Herodes. Paulo passou dois anos presos aí.
Quando os acusadores de Paulo chegaram, acusaram-no de haver tentado profanar o templo e de ter criado uma revolta civil em Jerusalém (At 24:1-9). Félix, procurador romano, exigiu mais provas do tribuno em Jerusalém. Mas antes que estas chegassem, Félix foi substituído por um novo procurador, Pórcio Festo. Este novo oficial pediu aos acusadores de Paulo que viessem de novo a Cesaréia. Ao chegarem, Paulo fez valer os seus direitos como cidadão romano de apresentar seu caso perante César. Enquanto aguardava o navio para Roma, Paulo teve oportunidáde de defender a sua causa perante o rei Agripa II que visitava Festo. O capítulo 26 de Atos registra o discurso de Paulo no qual ele contou de novo os eventos de sua vida até aquele ponto. Festo entregou Paulo aos cuidados de um centurião chamado Júlio, que estava levando um navio carregado de prisioneiros para a cidade imperial. Após uma viagem acidentada, o navio naufragou na ilha de Malta. Três meses depois, Paulo e os demais prisioneiros tomaram outro navio para Roma. Os cristãos de Roma viajaram quase cinqüenta quilômetros para dar as boas-vindas a Paulo (At 28:15). Em Roma Paulo foi posto sob prisão domiciliar, e em At 28:30 lemos que ele alugou uma casa por dois anos enquanto aguardava que César ouvisse o seu caso. O Novo Testamento não nos fala da morte de Paulo. Muitos estudiosos modernos crêem que César libertou o apóstolo, e que ele empenhou-se em mais trabalho missionário antes de ser preso pela segunda vez e executado. Dois livros escritos antes do ano 200 d.C. — a Primeira Epístola de Clemente e os Atos de Paulo — asseveram que isso aconteceu. Indicam que Paulo foi decapitado em Roma perto do fim do reinado do imperador Nero (c. 67 d.C.).
A PERSONALIDADE DO APOSTOLO
As epístolas de Paulo são o espelho de sua alma. Revelam seus motivos íntimos, suas mais profundas paixões, suas convicções fundamentais. Sem a sobrevivência das cartas de Paulo, ele seria para nós uma figura vaga, confusa. Paulo estava mais interessado nas pessoas e no que lhes acontecia do que em formalidades literárias. A medida que lemos os escritos de Paulo, notamos que suas palavras podem vir aos borbotões, como no primeiro capítulo da carta aos Gálatas. As vezes ele irrompe abruptamente para mergulhar numa nova linha de pensamento. Nalguns pontos ele toma um longo fôlego e dita uma sentença quase sem fim. Temos em 2 Co 10:10 uma pista de como as epístolas de Paulo eram recebidas e consideradas. Mesmo seus inimigos e críticos reconheciam o impacto do que ele tinha para dizer, pois sabemos que comentavam: “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes.. (2 Co 10:10). Líderes fortes, como Paulo, tendem a atrair ou repelir os que eles buscam influenciar. Paulo tinha tanto seguidores devotados quanto inimigos figadais. Como conseqüência, seus contemporâneos mantinham opiniões variadíssimas a seu respeito. Os mais antigos escritos de Paulo antedata a maioria dos quatro Evangelhos. Refletem-no como um homem de coragem (2 Co 2:3), de integridade e elevados motivos (vv. 4-5), de humildade (v. 6), e de benignidade (v. 7). Paulo sabia diferençar entre sua própria opinião e o “mandamento do Senhor” (1 Co 7:25). Era humilde bastante para dizer “se­gundo minha opinião” sobre alguns assuntos (1 Co 7:40). Ele estava bem cônscio da urgência de sua comissão (1 Co 9:16-17), e do fato de não estar fora do perigo de ser “desqualificado” por sucumbir à tentação (1Co 9.27). Ele se recorda com pesar de que outrora perseguia a Igreja de Deus (1Co 15.9).
No capítulo 16 da carta aos Romanos, Paulo demostra sua atitude generosa  para com os seus colaboradores. Ele era um homem que amava e prezava as pessoas e tinha em alto apreço a comunhão dos crentes. Na carta aos Colossenses vemos quão afetivo e amistoso Paulo poderia ser, mesmo com cristãos com os quais ainda não se havia encontrado. “Gostaria, pois, que saibais, quão grande luta venho mantendo por vós. . . e por quantos não me viram face a face”, escreve ele (Cl 2:1). Na carta aos Colossenses lemos também a respeito de um homem chamado Onésimo, escravo fugitivo (Cl 4:9; Fm 10), que evidentemente havia acrescentado ao furto o crime de abandonar o seu dono, Filemom. Agora Paulo o havia conquistado para a fé cristã e o persuadira de voltar ao seu senhor. Mas conhecendo a severidade do castigo imposto aos escravos fugitivos, o apóstolo desejava convencer a Filemom a tratar Onésimo como irmão. Aqui vemos Paulo, o reconciliador. E tudo isso ele fez a favor de um homem que estava no degrau mais baixo da escada da sociedade romana. Contraste essa atitude com o comportamento do jovem Saulo guardando as vestes dos apedrejadores de Estevão. Observe quão profundamente Paulo havia mudado em sua atitude para com as pessoas. Nesses escritos vemos Paulo como amigo generoso, afetivo, um homem de grande fé e coragem — mesmo em face de circunstâncias extremas. Ele estava totalmente comprometido com Cristo, quer na vida, quer na morte. Seu testemunho é profundamente firmado nas realidades espirituais: “Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura, como de fome; assim de abundância, como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:12-13).


A VIDA DO APÓSTOLO PAULO
“Ele era um homem de pequena estatura”, afirmam os Atos de Paulo, escrito apócrifo do segundo século, “parcialmente calvo, pernas arqueadas, de compleição robusta, olhos próximos um do outro, e nariz um tanto curvo.” Se esta descrição merecer crédito, ela fala um bocado mais a respeito desse homem natural de Tarso, que viveu quase sete décadas cheias de acontecimentos após o nascimento de Jesus. Ela se encaixaria no registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto. “As cartas, com efeito, dizem, são graves   e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível” (2 Co 10:10). Sua verdadeira aparência teremos de deixar por conta dos artistas, pois não sabemos ao certo. Matérias mais importantes, porém, demandam atenção — o que ele sentia, o que ele ensinava, o que ele fazia. Sabemos o que esse homem de Tarso chegou a crer acerca da pessoa e obra de Cristo, e de outros assuntos cruciais para a fé cristã. As cartas procedentes de sua pena, preservadas no Novo Testamento, dão eloquente testemunho da paixão de suas convicções e do poder de sua lógica. Aqui e acolá em suas cartas encontramos pedacinhos de autobiografia. Também temos, nos Atos dos Apóstolos, um amplo esboço das atividades de Paulo. Lucas, autor dos Atos, era médico e historiador gentio do primeiro século. Assim, enquanto o teólogo tem material suficiente para criar intérminos debates acerca daquilo em que Paulo acreditava, o historiador dispõe de parcos registros. Quem se der ao trabalho de escrever a biografia de Paulo descobrirá lacunas na vida do apóstolo que só poderão ser preenchidas por conjeturas. A semelhança de um meteoro brilhante, Paulo lampeja repentinamente em cena como um adulto numa crise religiosa, resolvida pela conversão. Desaparece por muitos anos de preparação. Reaparece no papel de estadista missionário, e durante algum tempo podemos acompanhar seus movimentos através do horizonte do primeiro século. Antes de sua morte, ele flameja até entrar nas sombras além do alcance da vista.
SUA JUVENTUDE
Antes, porém, que possamos entender Paulo, o missionário cristão aos gentios, é necessário que passemos algum tempo com Saulo de Tarso, o jovem fariseu. Encontramos em Atos a explicação de Paulo sobre sua identidade: “Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante da Cilícia” (At 21:39). Esta afirmação nos dá o primeiro fio para tecermos o pano de fundo da vida de Paulo. Da Cidade de Tarso. No primeiro século, Tarso era a principal cidade da província da Cilícia na parte oriental da Ásia Menor. Embora localizada cerca de 16 km no interior, a cidade era um importante porto que dava acesso ao mar por via do rio Cnido, que passava no meio dela. Ao norte de Tarso erguiam-se imponentes, cobertas de neve, as montanhas do Tauro, que forneciam a madeira que constituía um dos principais artigos de comércio dos mercadores tarsenses. Uma im­portante estrada romana corria ao norte, fora da cidade e através de um estreito desfiladeiro nas montanhas, conhecido como “Portas Cilicianas”. Muitas lutas militares antigas foram travadas nesse passo entre as montanhas. Tarso era uma cidade de fronteira, um lugar de encontro do Leste e do Oeste, e uma encruzilhada para o comércio que fluía em ambas as direções, por terra e por mar. Tarso possuía uma preciosa herança. Os fatos e as lendas se entremesclavam, tornando seus cidadãos ferozmente orgulhosos de seu passado. O  general romano Marco Antônio concedeu-lhe o privilégio de libera civitas (“cidade livre”) em 42 a.C. Por conseguinte, embora fizesse parte de uma província romana, era autônoma, e não estava sujeita a pagar tributo a Roma. As tradições democráticas da cidade-estado grega de longa data estavam estabelecidas no tempo de Paulo. Nessa cidade cresceu o jovem Saulo. Em seus escritos, encontramos reflexos de vistas e cenas de Tarso de quando ele era rapaz. Em nítido contraste com as ilustrações rurais de Jesus, as metáforas de Paulo têm origem na vida citadina. O reflexo do sol mediterrânico nos capacetes e lanças romanos teriam sido uma visão comum em Tarso durante a infância de Saulo. Talvez fosse este o fundo histórico para a sua ilustração concernente à guerra cristã, na qual ele insiste em que “as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas” (2 Co 10:4). Paulo escreve de “naufragar” (1 Tm 1:19), do “oleiro” (Rm 9:21), de ser conduzido em “triunfo”      (2 Co 2:14). Ele compara o “tabernáculo terrestre” desta vida a um edifício de Deus, casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (2 Co 5:1). Ele toma a palavra grega para teatro e, com audácia, aplica-a aos apóstolos, dizendo: “nos tornamos um espetáculo (teatro) ao mundo” (1 Co­ 4:9). Tais declarações refletem a vida típica da cidade em que Paulo passou os anos formativos da sua meninice. Assim as vistas e os sons deste azafamado porto marítimo formam um pano de fundo em face do qual a vida e o pensamento de Paulo se tornaram mais compreensíveis. Não é de admirar que ele se referisse a Tarso como “cidade não insignificante”. Os filósofos de Tarso eram quase todos estóicos. As ideias estóicas, embora essencialmente pagãs, produziram alguns dos mais nobres pensadores do mundo antigo. Atenodoro de Tarso é um esplêndido exemplo. Embora Atenodoro tenha morrido no ano 7 d.C., quando Saulo não passava de um menino pequeno, por muito tempo o seu nome permaneceu como herói em Tarso. E quase impossível que o jovem Saulo não tivesse ouvido algo a respeito dele.
Quanto, exatamente, foi o contato que o jovem Saulo teve com esse mundo da filosofia em Tarso? Não sabemos; ele não no-lo disse. Mas as marcas da ampla educação e contato com a erudição grega o acompanham quando homem feito. Ele sabia o suficiente sobre tais questões para pleitear diante de toda sorte de homens a causa que ele representava. Também estava cônscio dos perigos das filosofias religiosas especulativas dos gregos. “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens... e não segundo Cristo”, foi sua advertência à igreja de Colossos (Cl 2:8). Cidadão Romano. Paulo não era apenas “cidadão de uma cidade não insignificante”, mas também cidadão romano. Isso nos dá ainda outra pista para o fundo histórico de sua meninice. Em AT.22:24-29 vemos Paulo conversando com um centurião romano e com um tribuno romano. (Centurião era um militar de alta patente no exército romano com 100 homens sob seu comando; o tribuno, neste caso, seria um comandante militar.) Por ordens do tribuno, o centurião estava prestes a açoitar Paulo. Mas o Apóstolo protestou: “Ser-vos-á porventura lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?” (At 22:25). O centurião levou a notícia ao tribuno, que fez mais inquirição. A ele Paulo não só afirmou sua cidadania romana mas explicou como se tornara tal: “Por direito de nascimento” (At 22:28). Isso implica que seu pai fora cidadão romano. Podia-se obter a cidadania romana de vários modos. O tribuno, ou comandante, desta narrativa, declara haver “comprado” sua cidadania por “grande soma de dinheiro” (At 22:28). No mais das vezes, porém, a cidadania era uma recompensa por algum serviço de distinção fora do comum ao Império Romano, ou era concedida quando um escravo recebia a liberdade.
A cidadania romana era preciosa, pois acarretava direitos e privilégios especiais como, por exemplo, a isenção de certas formas de castigo. Um cidadão romano não podia ser açoitado nem crucificado. Todavia, o relacionamento dos judeus com Roma não era de todo feliz. Raramente os judeus se tornavam cidadãos romanos. Quase todos os judeus que alcançaram a cidadania moravam fora da Palestina. De Descendência Judaica. Devemos, também, considerar a ascendência judaica de Paulo e o impacto da fé religiosa de sua família. Ele se descreve aos cristãos de Filipos como “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu” (Fp 3:5). Noutra ocasião ele chamou a si próprio de “israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1). Dessa forma Paulo pertencia a uma linhagem que remontava ao pai de seu povo, Abraão. Da tribo de Benjamim saíra o primeiro rei de Israel, Saul, em consideração ao qual o menino de Tarso fora chamado Saulo. A escola da sinagoga ajudava os pais judeus a transmitir a herança religiosa de Israel aos filhos. O menino começava a ler as Escrituras com apenas cinco anos de idade. Aos dez, estaria estudando a Mishna com suas interpretações emaranhadas da Lei. Assim, ele se aprofundou na história, nos costumes, nas Escrituras e na língua do seu povo. O vocabulário posterior de Paulo era fortemente colorido pela linguagem da Septuaginta, a Bíblia dos judeus helenistas. Dentre os principais “partidos” dos judeus, os fariseus eram os mais estritos (veja o capítulo 5, “Os Judeus nos Tempos do Novo Testamento”). Estavam decididos a resistir aos esforços de seus conquistadores romanos de impor-lhes novas crenças e novos estilos de vida. No primeiro século eles se haviam tornado a “aristocracia espiritual” de seu povo. Paulo era fariseu, “filho de fariseus” (At 23.6). Podemos estar certos, pois, de que seu preparo religioso tinha raízes na lealdade aos regulamentos da Lei, conforme a interpretavam os rabinos. Aos treze anos ele devia assumir responsabilidade pessoal pela obediência a essa Lei. Saulo de Tarso passou em Jerusalém sua virilidade “aos pés de Gamaliel”, onde foi instruído “segundo a exatidão da lei. . .“ (At 22:3). Gamaliel era neto de Hillel, um dos maiores rabinos judeus. A escola de Hilel era a mais liberal das duas principais escolas de pensamento entre os fariseus. Em Atos 5:33-39 temos um vislumbre de Gamaliel, descrito como “acatado por todo o povo.” Exigia-se dos estudantes rabínicos que aprendessem um ofício de sorte que pudessem, mais tarde, ensinar sem tornar-se um ônus para o povo. Paulo escolheu uma indústria típica de Tarso, fabricar tendas de tecido de pêlo de cabra. Sua perícia nessa profissão proporcionou-lhe mais tarde um grande incremento em sua obra missionária. Após completar seus estudos com Gamaliel, esse jovem fariseu provavelmente voltou para sua casa em Tarso onde passou alguns anos. Não temos evidência de que ele se tenha encontrado com Jesus ou que o tivesse conhecido durante o ministério do Mestre na terra. Da pena do próprio Paulo bem como do livro de Atos vem-nos a informação de que depois ele voltou a Jerusalém e dedicou suas energias à perseguição dos judeus que seguiam os ensinamentos de Jesus de Nazaré. Paulo nunca pôde perdoar-se pelo ódio e pela violência que caracterizaram sua vida durante esses anos. “Porque eu sou o menor dos apóstolos”, escreveu ele mais tarde, “. . . pois persegui a igreja de Deus” (1 Co 15:9). Em outras passagens ele se denomina “perseguidor da igreja” (Fp 3:6), “como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava” (Gl 1:13). Uma referência autobiográfica na primeira carta de Paulo a Timóteo jorra alguma luz sobre a questão de como um homem de consciência tão sensível pudesse participar dessa violência contra o seu próprio povo. “. . . noutro tempo era blasfemo e perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade” (1 Tm 1:13). A história da religião está repleta de exemplos de outros que cometeram o mesmo erro. No mesmo trecho, Paulo refere a si próprio como “o principal” dos pecadores” (1 T 1:15), sem dúvida alguma por ter ele perseguido a Cristo e seus seguidores.  A Morte de Estevão. Não fora pelo modo como Estevão morreu (At 7:54-60), o jovem Saulo podia ter deixado a cena do apedrejamento sem comoção alguma, ele que havia tomado conta das vestes dos apedrejadores. Teria parecido apenas outra execução legal. Mas quando Estevão se ajoelhou e as pedras martirizantes choveram sobre sua cabeça indefensa, ele deu testemunho da visão de Cristo na glória, e orou: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:60). Embora essa crise tenha lançado Paulo em sua carreira como caçador de hereges, é natural supor que as palavras de Estevão tenham permanecido com ele de sorte que ele se tornou “caçado” também —caçado pela consciência. Uma Carreira de Perseguição. Os eventos que se seguiram ao martírio de Estevão não são agradáveis de ler. A história é narrada num só fôlego: “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (Atos 8:3).
A CONVERSÃO
A perseguição em Jerusalém na realidade espalhou a semente da fé. Os crentes se dispersaram e em breve a nova fé estava sendo pregada por toda a parte (cf. Atos 8:4). “Respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor” (Atos 9:1), Saulo resolveu que já era tempo de levar a campanha a algumas das “cidades estrangeiras” nas quais se abrigaram os discípulos dispersos. O comprido braço do Sinédrio podia alcançar a mais longínqua sinagoga do império em questões de religião. Nesse tempo, os seguidores de Cristo ainda eram considerados como seita herética. Assim, Saulo partiu para Damasco, cerca de 240 km distante, provido de credenciais que lhe dariam autoridade para, encontrando os “que eram do caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (Atos 9:2).Que é que se passava na mente de Saulo durante a viagem, dia após dia, no pó da estrada e sob o calor escaldante do sol?  A auto-revelação intensamente pessoal de Romanos 7:7-13 pode dar-nos uma pista. Vemos aqui a luta de um homem consciencioso para encontrar paz mediante a observância de todas as pormenorizadas ramificações da Lei. Isso o libertou? A resposta de Paulo, baseada em sua experiência, foi negativa. Pelo contrário, tornou-se um peso e uma tensão intoleráveis. A influência do ambiente helertístico de Tarso não deve ser menosprezada ao tentarmos encontrar o motivo da frustração interior de Saulo. Depois de seu retorno a Jerusalém, ele deve ter achado irritante o rígido farisaísmo, muito embora professasse aceitá-lo de todo o coração. Ele havia respirado ar mais livre durante a maior parte de sua vida, e não poderia renunciar à liberdade a que estava acostumado. Contudo, era de natureza espiritual o motivo mais profundo de sua tristeza. Ele tentara guardar a Lei, mas descobrira que não poderia fazê-lo em virtude de sua natureza pecaminosa decaída. De que modo, pois, poderia ele ser reto para com Deus? Com Damasco à vista, aconteceu uma coisa momentosa. Num lampejo cegante, Paulo se viu despido de todo o orgulho e presunção, como perseguidor do Messias de Deus e do seu povo. Estevão estivera certo, e ele errado. Em face do Cristo vivo, Saulo capitulou. Ele ouviu uma voz que dizia: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues;. . . levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (At 9:5-6). E Saulo obedeceu. Durante sua estada na cidade, “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu nem bebeu” (Atos 9:9). Um discípulo residente em Damasco, por nome Ananias, tornou-se amigo e conselheiro, um homem que não teve receio de crer que a conversão de Paulo’ fora autêntica. Mediante as orações de Ananias, Deus restaurou a vista a Paulo. Depois de Jesus, Paulo deve ser a pessoa mais influente na história da fé cristã. A conversão de um inimigo zeloso dos cristãos para um advogado incansável do evangelho, se classifica entre uma das histórias mais dramáticas das escrituras. Seus anos de ministério o levaram a inúmeras cidades na Ásia Menor e na Europa. Ele também escreveu treze cartas que estão incluídas no Novo Testamento.  Apesar de ter nascido em Tarso, Paulo testifica que cresceu em Jerusalém e que estudou sob a tutela de Gamaliel (Atos 22:3). Não é muito claro quando que Paulo chegou a Jerusalém, mas é provável que ele tenha começado os seus estudos rabínicos entre seus 13 e 20 anos.
SAULO O PERSEGUIDOR
Pouco tempo depois dos eventos que mudaram o mundo, a ressurreição de Jesus e o pentecostes, os membros de certas sinagogas em Jerusalém, inclusive uma sinagoga da Cilícia (Atos 6:9), da terra nativa de Paulo, resolveram anular a nova igreja. Eles lutaram contra a sabedoria e o espírito (6:10) de Estevão (6:5,8). Eles o acusaram de blasfêmia diante do sinédrio (6:11-15) e, depois de sua defesa eloqüente (7:1-53), arrastaram-no para fora da cidade, aonde ele foi apedrejado até a morte. Ele se tornou o primeiro mártir cristão.  O registro não revela inteiramente qual era o papel de Paulo nesses procedimentos, mas sabemos que ele era um participante ativo. As testemunhas contra Estevão, que eram encarregados de jogar as pedras na execução, "puseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo" (Atos 7:58). A morte de Estevão iniciou os eventos que resultariam na conversão e na empreitada de Paulo como o apóstolo dos gentios. Mas, naquele tempo, Paulo era um líder dos opressores da igreja. Ele respirava ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor (Atos 9:1); ele perseguiu a igreja de Deus e tentou destruí-la (Gálatas 1:13) prendendo mulheres e homens cristãos (Atos 22:4) em muitas cidades.
A CONVERSÃO E O CHAMADO
Paulo recebeu cartas do sumo sacerdote em Jerusalém, endereçadas às sinagogas em Damasco, autorizando-o a prender os crentes de lá e trazê-los a Jerusalém para julgamento (Atos 9:1-2). Quando ele estava perto de Damasco, uma luz vinda do céu "a qual excedia o esplendor do sol" apareceu em volta de Paulo e os que estavam viajando com ele, e eles caíram no chão (26:13-14). Somente Paulo, no entanto, podia ouvir a voz de Jesus, que lhe dizia que ele seria o instrumento escolhido por Cristo para trazer as boas novas aos gentios (26:14-18). Paulo foi guiado até Damasco, temporariamente cego (9:8). Lá, o discípulo Ananias e a comunidade cristã o ajudaram através do evento inquietador de sua conversão (9:10-22). Depois de um curto período com a igreja de lá, Paulo começou a proclamar a Cristo ressurreto publicamente, e os judeus ameaçaram Paulo de morte (9:20-22). Ele foi protegido pelos que criam e escapou de seus perseguidores (9:23-25). A conversão de Paulo foi de uma importância tão revolucionária e duradoura que há três relatos detalhados desse evento no livro de Atos (Atos 9:1-19; 22:1-21; 26:1-23). Paulo se refere a ela muitas vezes nas suas próprias cartas (1 Coríntios 9:1; 15:8; Gálatas 1:15-16; Efésios 3:3; Filipenses 3:12). A transformação deste perseguidor zeloso de Jesus Cristo em o defensor chefe do evangelho (1 Coríntios 3:10; 1 Timóteo 1:13) mudaria profundamente o curso da história mundial.
OS ANOS FINAIS E O MARTÍRIO
Se assumirmos que Paulo é o autor das cartas pastorais (1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito), podemos traçar o provável curso dos eventos dos últimos anos de Paulo. Romanos 15:28 mostra que a intenção de Paulo era entregar as arrecadações e ir em direção a Roma e depois para a Espanha. O fato de ele ter sido preso em Jerusalém não só atrapalhou seus planos mas também o fez perder tempo que ele queria gastar em outro lugar. Nós sabemos que algum tempo depois de 61 D.C., Paulo deixou Tito em Creta (Tito 1:5) e viajou através de Mileto, sul de Éfeso. Viajando em direção a Macedônia, Paulo visitou Timóteo em Éfeso (1 Timóteo 1:3). No caminho, Paulo deixou seu manto e seus livros com Carpo em Trôade (2 Timóteo 1:3). Isso indica que a intenção dele era voltar ali para pegar as suas coisas.  De Macedônia, Paulo escreveu sua carta afetuosa porém apreensiva a Timóteo (62-64 D.C). Ele havia decidido passar o inverno em Nicópolis (Tito 3:12), noroeste de Corinto, mas ainda se encontrava na Macedônia quando escreveu esta carta a Tito. Essa carta é parecida com 1 Timóteo, mas com um tom mais rigoroso. Nela há uma última referência ao eloqüente e zeloso Apolo (Tito 3:13), que ainda trabalhava para o evangelho por mais de dez anos depois de ter conhecido Paulo em Éfeso (Atos 18:24). Neste ponto da história o caminho de Paulo é desconhecido. Ele pode ter passado o inverno em Nicópolis, mas ele não retornou a Trôade como ele havia planejado (2 Timóteo 4:13).  Em algum ponto os romanos provavelmente o prenderam novamente, pois ele passou um inverno em Roma na Mamertime Prison, passando frio na cela gelada de pedra enquanto escrevia a sua segunda carta a Timóteo (66-67 D.C). Ele podia estar antecipando isso quando pediu para Timóteo lhe trazer o seu manto (2 Timóteo 4:13,21). Nós só podemos especular quais eram as acusações contra Paulo; alguns sugerem que Paulo e os outros cristãos podiam ter sido acusados (falsamente) de terem incendiado Roma. Era, no entanto, contra a lei pregar a fé cristã. A proteção que havia sido dada aos judeus tinha sido retirada dessa nova religião estranha. Paulo sentiu o peso dessa perseguição. Muitos o abandonaram (2 Timóteo 4:16), inclusive todos os seus colegas na Ásia (1:15) e Demas que amava ao mundo (4:10). Apenas Lucas, o médico e autor do livro de Lucas e Atos, estava com ele quando ele escreveu a sua segunda carta a Timóteo (4:11). Crentes fiéis que estavam escondidos em Roma também manteram contato (1:16; 4:19, 21).  Ele pediu a Timóteo que viesse ao seu encontro em Roma (4:11), e aparentemente Timóteo foi. O pedido de Paulo que Timóteo o trouxesse seus livros e o seu pergaminho indica que ele estava estudando a palavra até o fim. O apóstolo Paulo teve duas audiências diante dos romanos. Na sua primeira defesa só o Senhor ficou do seu lado (2 Timóteo 4:16). Lá não só ele se defendeu como também defendeu o evangelho, ainda na esperança que os gentios escutassem sua mensagem. Aparentemente não houve um veredicto, e Paulo foi "livre da boca do leão" (4:17). Apesar de Paulo saber que morreria em breve, ele não temeu. Ele foi assegurado que o Senhor o daria a coroa da justiça no último dia (4:8). Finalmente, o apóstolo em si escreveu encorajar todos os que criam "O Senhor seja com o teu espírito. A graça seja convosco" (2 Timóteo 4:22, RSV). Depois disso, a escritura não menciona mais Paulo.  Nada sabemos sobre a segunda audiência de Paulo, mas provavelmente resultou em sentença de morte.  Não temos nenhum relato escrito do fim de Paulo, mas foi provavelmente executado antes da morte de Nero no verão de 68 D.C.. Como um cidadão romano, ele deve ter sido poupado das torturas que os seus companheiros de mártir haviam sofrido recentemente. A tradição diz que ele foi decapitado fora de Roma e enterrado perto dali. A sua morte libertou Paulo "partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" (Filipenses 1:23).
O PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
A Expressão “400 anos de silêncio”, freqüentemente empregada para descrever o período entre os últimos eventos do A.T. e o começo dos acontecimentos do N.T. não é correta nem apropriada. Embora nenhum profeta inspirado se tivesse erguido em Israel durante aquele período, e o A.T. já estivesse completo aos olhos dos judeus, certos acontecimentos ocorreram que deram ao judaísmo posterior sua ideologia própria e, providencialmente, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a proclamação do Seu evangelho. Por cerca de um século depois da época de Neemias, o império Persa exerceu controle sobre a Judéia. O período foi relativamente tranqüilo, pois os persas permitiam aos judeus o livre exercício de suas instituições religiosas. A Judéia era dirigida pelo sumo sacerdotes, que prestavam contas ao governo persa, fato que, ao mesmo tempo, permitiu aos judeus uma boa medida de autonomia e rebaixou o sacerdócio a uma função política. Inveja, intriga e até mesmo assassinato tiveram seu papel nas disputas pela honra de ocupar o sumo sacerdócio. Joanã, filho de Joiada (Ne 12.22), é conhecido por ter assassinado o próprio irmão, Josué, no recinto do templo. A Pérsia e o Egito envolveram-se em constantes conflitos durante este período, e a Judéia, situada entre os dois impérios, não podia escapar ao envolvimento. Durante o reino de Artaxerxes III muitos judeus engajaram-se numa rebelião contra a Pérsia. Foram deportados para Babilônia e para as margens do mar Cáspio.
ALEXANDRE, O GRANDE
Em seguida à derrota dos exércitos persas na Ásia Menor (333 AC), Alexandre marchou para a Síria e Palestina. Depois de ferrenha resistência, Tiro foi conquistada e Alexandre deslocou-se pra o sul, em direção ao Egito. Diz a lenda que quando Alexandre se aproximava de Jerusalém o sumo sacerdote Jadua foi ao seu encontro e lhe mostrou as profecias de Daniel, segundo as quais o exército grego seria vitorioso (Dn 8). Essa narrativa não é levada a sério pelos historiadores, mas é fato que Alexandre tratou singularmente bem aos judeus. Ele lhes permitiu observarem suas leis, isentou-os de impostos durante os anos sabáticos e, quando construiu Alexandria no Egito (331 AC), estimulou os judeus a se estabelecerem ali e deu-lhes privilégios comparáveis aos seus súditos gregos.


A JUDÉIA SOB OS PTOLOMEUS
Depois da morte de Alexandre (323 AC), a Judéia, ficou sujeita, por algum tempo a Antígono, um dos generais de Alexandre que controlava parte da Ásia Menor. Subseqüentemente, caiu sob o controle de outro general, Ptolomeu I (que havia então dominado o Egito), cognominado Soter, o Libertador, o qual capturou Jerusalém num dia de sábado em 320 AC Ptolomeu foi bondoso para com os judeus. Muitos deles se radicaram em Alexandria, que continuou a ser um importante centro da cultura e pensamento judaicos por vários séculos. No governo de Ptolomeu II (Filadelfo) os judeus de Alexandria começaram a traduzir a sua Lei, i.e., o Pentateuco, para o grego. Esta tradução seria posteriormente conhecida como a Septuaginta, a partir da lenda de que seus setenta (mais exatamente 72 - seis de cada tribo) tradutores foram sobrenaturalmente inspirados para produzir uma tradução infalível. Nos subseqüentes todo o Antigo Testamento foi incluído na Septuaginta.
A JUDÉIA SOB OS SELÊUCIDAS
Depois de aproximadamente um século de vida dos judeus sob o domínio dos Ptolomeus, Antíoco III (o Grande) da Síria conquistou a Síria e a Palestina aos Ptomeus do Egito (198 AC). Os governantes sírios eram chamados selêucidas porque seu reino, construído sobre os escombros do império de Alexandre, fora fundado por Seleuco I (Nicator). Durante os primeiros anos de domínio sírio, os selêucidas permitiram que o sumo sacerdote continuasse a governar os judeus de acordo com suas leis. Todavia, surgiram conflitos entre o partido helenista e os judeus ortodoxo. Antíoco IV (Epifânio) aliou-se ao partido helenista e indicou para o sacerdócio um homem que mudara seu nome de Josué para Jasom e que estimulava o culto a Hércules de Tiro. Jasom, todavia, foi substituído depois de dois anos por uma rebelde chamado Menaém (cujo nome grego era Menelau). Quando partidários de Jasom entraram em luta com os de Menelau, Antíoco marcho contra Jerusalém, saqueou o templo e matou muitos judeus (170 AC). As liberdades civis e religiosas foram suspensas, os sacrifícios diários forma proibidos e um altar a Júpiter foi erigido sobre o altar do holocausto. Cópias das Escrituras foram queimadas e os judeus foram forçadas a comer carne de porco, o que era proibido pela Lei. Uma porca foi oferecida sobre ao altar do holocausto para ofender ainda mais a consciência religiosa dos judeus.


OS MACABEUS
Não demorou muito para que os judeus oprimidos encontrassem um líder para sua causa. Quando os emissários de Antíoco chegaram à vila de Modina, cerca de 24 quilômetros a oeste de Jerusalém, esperavam que o velho sacerdote, Matatias, desse bom exemplo perante o seu povo, oferecendo um sacrifício pagão. Ele, porém, além de recusar-se a fazê-lo, matou um judeu apóstata junto ao altar e o oficial sírio que presidia a cerimonia. Matatias fugiu para a região montanhosa da Judéia e, com a ajuda de seus filhos, empreendeu uma luta de guerrilhas contra os sírios. Embora os velho sacerdote não tenha vivido para ver seu povo liberto do jugo sírio, deixou a seus filhos o término da tarefa. Judas, cognominado “o Macabeu”, assumiu a liderança depois da morte do pai. Por volta de 164 AC Judas havia reconquistado Jerusalém, purificado o templo e reinstituído os sacrifícios diários. Pouco depois das vitórias de Judas, Antíoco morreu na Pérsia. Entretanto, as lutas entre os Macabeus e os reis selêucidas continuaram por quase vinte anos. Aristóbulo I foi o primeiro dos governantes Macabeus a assumir o título de “Rei dos Judeus”. Depois de um breve reinado, foi substituído pelo tirânico Alexandre Janeu, que, por sua vez, deixou o reino para sua mãe, Alexandra. O reinado de Alexandra foi relativamente pacífico. Com a sua morte, um filho mais novo, Aristóbulo II, desapossou seu irmão mais velho. A essa altura, Antípater, governador da Iduméia, assumiu o partido de Hircano, e surgiu a ameaça de guerra civil. Conseqüentemente, Roma entrou em cena e Pompeu marchou sobre a Judéia com as suas legiões, buscando um acerto entre as partes e o melhor interesse de Roma. Aristóbulo II tentou defender Jerusalém do ataque de Pompeu, mas os romanos tomaram a cidade e penetraram até o Santo dos Santos. Pompeu, todavia, não tocou nos tesouros do templo.
ROMA
Marco Antônio apoiou a causa de Hircano. Depois do assassinato de Júlio Cesar e da morte de Antípater (pai de Herodes), que por vinte anos fora o verdadeiro governante da Judéia, Antígono, o segundo filho de Aristóbulo, tentou apossar-se do trono. Por algum tempo chegou a reina em Jerusalém, mas Herodes, filho de Antípater, regressou de Roma e tornou-se rei dos judeus com apoio de Roma. Seu casamento com Mariamne, neta de Hircano, ofereceu um elo com os governantes Macabeus. Herodes foi um dos mais cruéis governantes de todos os tempos. Assassinou o venerável Hircano (31 AC) e mandou matar sua própria esposa Mariamne e seus dois filhos. No seu leito de morte, ordenou a execução de Antípater, seu filho com outra esposa. Nas Escrituras, Herodes é conhecido como o rei que ordenou a morte dos meninos em Belém por temer o Rival que nascera para ser Rei dos Judeus.
GRUPOS RELIGIOSOS DOS JUDEUS
Quando, seguindo-se à conquista de Alexandre, o helenismo mudou a mentalidade do Oriente Médio, alguns judeus se apegaram ainda mais tenazmente do que antes à fé de seus pais, ao passo que outros se dispuseram a adaptar seu pensamento às novas idéias que emanavam da Grécia. Por fim, o choque entre o helenismo e o judaísmo deu origem a diversas seitas judaicas.
OS FARISEUS
Os fariseus eram os descendentes espirituais dos judeus piedosos que haviam lutado contra os helenistas no tempo dos Macabeus. O nome fariseu, “separatista”, foi provavelmente dado a eles por seu inimigos, para indicar que eram não-conformistas. Pode, todavia, ter sido usado com escárnio porque sua severidade os separava de seus compatriotas judeus, tanto quanto de seus vizinhos pagãos. A lealdade à verdade às vezes produz orgulho e ate mesmo hipocrisia, e foram essas perversões do antigo ideal farisaico que Jesus denunciou. Paulo se considerava um membro deste grupo ortodoxo do judaísmo de sua época. (Fp 3.5).
SADUCEUS
O partido dos saduceus, provavelmente denominado assim por causa de Zadoque, o sumo sacerdote escolhido por Salomão (1Rs 2.35), negava autoridade à tradição e olhava com suspeita para qualquer revelação posterior à Lei de Moisés. Eles negavam a doutrina da ressurreição, e não criam na existência de anjos ou espíritos (At 23.3). Eram, em sua maioria, gente de posses e posição, e cooperavam de bom grado com os helenistas da época. Ao tempo do N.T. controlavam o sacerdócio e o ritual do templo. A sinagoga, por outro lado, era a cidadela dos fariseus.
ESSÊNIOS
O essenismo foi uma reação ascética ao externalismo dos fariseus e ao mudanismo dos saudceus. Os essênios se retiravam da sociedade e viviam em ascetismo e celibato. Davam atenção à leitura e estudo das Escrituras, à oração e às lavagens cerimoniais. Suas posses eram comuns e eram conhecidos por sua laboriosidade e piedade. Tanto a guerra quanto a escravidão era contrárias a seus princípios. O mosteiro em Qumran, próximo às cavernas em que os Manuscrito do Mar Morto foram encontrados, é considerado por muitos estudiosos como um centro essênio de estudo no deserto da Judéia. Os rolos indicam que os membros da comunidade haviam abandonado as influências corruptas das cidades judaicas para prepararem, no deserto, “o caminho do Senhor”. Tinham fé no Messias que viria e consideravam-se o verdadeiro Israel para quem Ele viria.
ESCRIBAS
Os escribas não eram, estritamente falando, uma seita, mas sim, membros de uma profissão. Eram, em primeiro lugar, copista da Lei. Vieram a ser considerados autoridades quanto às Escrituras, e por isso exerciam uma função de ensino. Sua linha de pensamento era semelhante à dos fariseus, com os quais aparecem freqüentemente associados no N.T.
HERODIANOS
Os herodianos criam que os melhores interesses do judaísmo estavam na cooperação com os romanos. Seu nome foi tirado de Herodes, o Grande, que procurou romanizar a Palestina em sua época. Os herodianos eram mais um partido político que uma seita religiosa. A opressão política romana, simbolizada por Herodes, e as reações religiosas expressas nas reações sectárias dentro do judaísmo pré-cristão forneceram o referencial histórico no qual Jesus veio ao mundo. Frustrações e conflitos prepararam Israel para o advento do Messias de Deus, que veio na “plenitude do tempo” (Gl 4.4)
O SACERDOTE NOS TEMPOS DA BÍBLIA
Ministro investido de autoridade. Às vezes denota um ministro de estado, assistente responsável junto do rei, 2Sm 8.18. Em 2Sm 20.26, o oficial Jair é denominado sacerdote de Davi; e em 1Cr 18.17, os filhos de Davi são os primeiros depois do rei. Em 1Rs 4.5, diz-se que o sacerdote Zabude era intimo, ou amigo do rei. Freqüentemente os ministros do santuário são denominados sacerdotes levíticos, porquanto o sentido da palavra kohen, ministro, sacerdote, exige qualidades descritivas. Um ministro devidamente autorizada, para oficiar perante uma divindade, em favor de um povo e tomar parte em outros ritos, chama-se sacerdote. A função essencial a seu cargo era a de mediador entre Deus e o homem. Em geral, formavam os sacerdotes uma classe de funcionários muito distinta entre as nações da antiguidade, como no Egito, em Midiã na Filístia, na Grécia, em Roma, etc. Gn 47.22; Ex 2.16; 1Sm 6.2; At 14.13. Na falta de uma corporação regularmente organizada, o ofício de sacerdote era exercido desde tempos imemoriais, por indivíduos particulares, tais como, Caím e Abel; pelos patriarcas em favor de suas famílias, ou da tribo, como Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Jó, bem assim os chefes de uma corporação, ou de um povo. No tempo do êxodo havia indivíduos investidos destas prerrogativas por direito natural, por causa  da crescente necessidade do momento, em conseqüência do aumento da população e das influências do sacerdócio egípcio, Ex 19.22. Mesmo depois de organizado o sacerdócio levítico, homens havia que, fora desta corporação, também exerciam as funções de sacerdote. Quando Deus mesmo dispensava a mediação dos sacerdotes ordenados, e se revelava imediatamente a um indivíduo estranho à corporação sacerdotal, tal pessoa sentia-se no direito de oferecer sacrifícios, sem que fosse necessária a intervenção dos mediadores regularmente ordenado, Jz 6.18,24,26; 13.16. Quando, por motivos políticos, tornava-se impossível aos que habitavam no reino do norte, utilizarem-se do ministério dos sacerdotes levíticos, o pai de família, ou outra pessoa indicada, de acordo com a lei primitiva, levantava o altar e oferecia sacrifícios a Jeová, 1Rs.18.30.
Quando o povo hebreu se organizou em nação no Sinai, levantou-se o tabernáculo e o servo do santuário foi organizado de acordo com a dignidade de Jeová de modo a não ficar devendo nada às mais cultas nações da Antigüidade. Daí nasceu a necessidade de um corpo sacerdotal. Arão e seus filhos foram designados para este cargo que se perpetuou na família, e a ela restringido, Ex 28.1; 40.12-15; Nm 16.40; cp. 17 e 18.1-18; cp. Dt 10.6; 1Rs 8.4; Ed 2.36 e seg. Todos os filhos de Arão eram sacerdotes, salvo nos casos de deformidades físicas, Lv 21.16 e seg. Quando a Escritura se refere à classe sacerdotal, emprega as expressões - sacerdotes, ou filhos de Arão, aludindo à descendência deste sacerdote, 2Cr 26.18; 29.21; 35.14; cp. Nm 3.3; 10.8; Js 21.19; Ne 10.38, ou sacerdote da linhagem de Levi aludindo à tribo a que pertenciam, Dt 17.9,18; 18.1; Js 3.3; 8.33; 2Cr 23.18; 30.27; Jr 33.18,21; cp. Ex 38.21, ou ainda como sacerdotes e levitas, filhos de Sadoque, designando o ramo da família de que descendiam, Ez 44.15; cp. 43.19. Este modo de referir-se à classe dos sacerdotes, como acabamos de ver nas passagens citadas, era muito comum no tempo em que se fazia questão fechada em distinguir as funções dos sacerdotes e dos levitas, como se vê na história em que os ministros do altar no tabernáculo e no templo, e aqueles que traziam o Urim e Tumim, também pertenciam à família de Arão. As obrigações dos sacerdotes eram, em geral, de três categorias: I. Ministrar no santuário diante do Senhor, II. ensinar o povo a guardar a lei de Deus e, III. tomar conhecimento da vontade divina, consultando o Urim e Tumim, Ex 28.30; Ed 2.63; Nm 16.40; 18.5; 2Cr 15.3; Jr 18.18; Ez 7.26; Mq 3.11. O sacerdote estava sujeito a leis especiais, Lv 10.8 e seg. Em referência ao casamento, só poderia tomar mulher que fosse de sue própria nação, mulher virgem ou viúva, que não fosse divorciada, e cuja genealogia fosse tão regular como a dos próprios sacerdotes, 21.7; Ed 10. 18,19. As vestimentas consistiam de calções curtos desde os rins até as coxas; uma camisa estreita, tecida de alto a baixo e sem costura, descendo até aos artelhos e apertada na cinta por um cíngulo bordado, simbolicamente ornamentado; uma tiara em forma cônica, tudo feito de linho fino e branco, Ex 28.40-42. Os sacerdotes e outros oficiais de serviço religioso costumavam vestir um éfode de linho, sem bordados e sem os adornos custosos como o que usava o sumo sacerdote, 1Sm 2.18; 22.18; 2Sm 4.14. Por ocasião da conquista de Canaã, atendendo as necessidades atuais dos descendentes de Arão, que sem dúvida já estavam na terceira geração, porém mais especialmente em atenção as necessidades futuras, separaram-se treze cidades para sua residência e criação de seus gados, Js 21.10-19. Davi dividiu os sacerdotes em vinte e quatro classes. Exceto por ocasião das grandes festividades em que todos eles tinham de oficiar; cada uma das classes oficiava uma semana de cada vez, substituída em cada sábado de tarde, antes do sacrifício, 1Cr 24.1-19; 2Rs 11.5-9. Parece que destas vinte e quatro classes, somente quatro voltaram de Babilônia com Zorobabel, Ed 2.36-38, porém, o antigo número foi reconstruído, segundo parece, cp. Lc 1.5-9. Havia distinções no corpo sacerdotal. O supremo pontífice era o sumo sacerdote; seguia-se o segundo sacerdote, 2Rs 25.18, que provavelmente era denominado o pontífice da casa de Deus, 2Cr 31.13; Ne 11.11, e o magistrado do templo, At 4.1; 5.24. Os pontífices de que fala o Novo Testamento eram os sumos sacerdotes, membros da família dos antigos sacerdotes e funcionavam irregularmente. A lei que regulava o acesso às funções do sumo sacerdócio havia caído em olvido em conseqüência das perturbações políticas e do domínio estrangeiro. Os pontífices eram investidos em seu oficio ou dele despojados à mercê dos governos dominantes.
OS SADUCEUS
Nome de um partido oposto à seita dos fariseus. Compunha-se de um número comparativamente reduzido de homens educados, ricos e de boa posição social. A julgar pela sua ortografia, a palavra saduceu deriva-se de Zadoque, que em grego se escrevia Sadouk. Dizem os rabinos que o partido tirou o nome de Zadok, seu fundador, que viveu pelo ano 300 A. C. Porém, compondo-se este partido de elementos da alta aristocracia sacerdotal, crê-se geralmente que o nome Zadoque se refere ao sacerdote de igual nome que oficiava no reinado de Davi, e em cuja família se perpetuou a linha sacerdotal até a confusão política na época dos Macabeus. Os descendentes deste Zadoque tinham o nome de zadoquitas ou saduceus. Em oposição aos fariseus, acérrimos defensores das tradições dos antigos, os saduceus limitavam o seu credo às doutrinas que encontravam no texto sagrado. Sustentavam que só a palavra da lei escrita os obrigava, defendiam o direito do juizo privado na interpretação da lei; cingiam-se à letra das escrituras mesmo nos casos mais severos da administração da justiça. Distinguiam-se dos fariseus nos seguintes pontos (1) Negavam a ressurreição e juízo futuro, afirmavam que a alma morre com o corpo Mt 22. 23-33; At 23. 8; (2) Negavam a existência dos anjos e dos espíritos, At 23. 8; (3) Negavam o fatalismo em defesa do livre arbítrio, ensinando que todas as nossas ações estão sujeitas ao poder da vontade, de modo que nós somos a causa dos atos bons; que os males que sofremos resultam de nossa própria insensatez, e que Deus não intervém nos atos de nossa vida, quer sejam bons, quer não. Negavam a imortalidade e a ressurreição, baseando-se na ausência destas doutrinas na lei mosaica, não defendiam a fé patriarcal na existência do sheol, não só por não se achar bem defendida, como por não conter os germes das doutrinas bíblicas acerca da ressurreição do corpo e das recompensas futuras. Não se pode negar que os patriarcas criam na existência futura da alma além da morte. Negando a existência da alma e dos espíritos, os saduceus entravam em conflito com a angelogia do Judaísmo elaborada no seu tempo, e ainda iam ao outro extremo: não se submetiam ao ensino da lei, Ex 3.2; 14.19. A principio, provavelmente, davam relevo à doutrina a respeito da Interferência divina nas ações humanas, punindo-as ou recompensando-as neste mundo, de acordo com seu caráter moral. Se realmente ensinavam, como afirma Josefo, que Deus não intervém em nossos atos, bons ou maus, repudiavam os ensinos claros da lei de Moisés em que professavam crer, Gn 3. 17; 4.7; 6.5-7. É possível que começassem negando as doutrinas expressamente ensinadas na letra da Escritura. E, rendendo-se à influência da filosofia grega, adotaram os princípio, aristotélicos, recusando-se a aceitar qualquer doutrina que não pudesse ser provada pela razão pura.
Quanto à origem e desenvolvimento dos saduceus, Schurer é de parecer que a casa sacerdotal de Zadoque, que estava à testa dos negócios da Judéia no quarto e terceiro século A. C. quando sob o domínio persa e grego, começou, talvez inconscientemente, a colocar a política acima das considerações religiosas. No tempo de Esdras e de Neemias, a família do sumo sacerdote era mundana e inclinada a consentir na junção de judeus com os gentios. No tempo de Antíoco Epifanes, grande número de sacerdotes amava a cultura grega, entre eles contavam-se os sumos sacerdotes Jasom, Menelau e Alcimus. O povo postou-se ao lado dos Macabeus para defender a pureza da religião de Israel. Quando este partido triunfou, os Macabeus tomaram conta do sacerdócio e obrigaram os zadoquitas a se retirarem para as fileiras da política, onde continuaram a desprezar os costumes e as tradições dos antigos e a favorecer a cultura e a civilização grega. João Hircano, Aristóbulo e Alexandre Janeu, 135-78 A. C. deram apoio aos saduceus, de modo que a direção dos negócios políticos estava. em grande parte em suas mãos, durante o domínio dos romanos e de Herodes, visto serem os sacerdotes deste período, membros da seita doa saduceus, At 5. 17. Os saduceus, e assim mesmo os fariseus, que iam ao encontro de João Batista no deserto, foram por ele denominados raça de víboras, Mt 3. 7. Unidos aos fariseus, pediram a Jesus que lhes fizesse ver algum prodígio do céu, Mt 16. 1-4. Contra estas duas seitas, Jesus preveniu a seus discípulos. Os saduceus tentaram a Jesus, propondo-lhe um problema a respeito da ressurreição. A resposta de Jesus reduziu-os ao silêncio. Ligaram-se com os sacerdotes e com o magistrado do templo para perseguirem a Pedro e a João, At 4.1-22. Tanto os fariseus como os saduceus achavam-se no sinédrio, quando acusavam a Paulo, que, aproveitando-se das suas divergências de doutrina, habilmente os atirou uns contra os outros.
OS SADUCEUS
Nome de um partido oposto à seita dos fariseus. Compunha-se de um número comparativamente reduzido de homens educados, ricos e de boa posição social. A julgar pela sua ortografia, a palavra saduceu deriva-se de Zadoque, que em grego se escrevia Sadouk. Dizem os rabinos que o partido tirou o nome de Zadok, seu fundador, que viveu pelo ano 300 A. C. Porém, compondo-se este partido de elementos da alta aristocracia sacerdotal, crê-se geralmente que o nome Zadoque se refere ao sacerdote de igual nome que oficiava no reinado de Davi, e em cuja família se perpetuou a linha sacerdotal até a confusão política na época dos Macabeus. Os descendentes deste Zadoque tinham o nome de zadoquitas ou saduceus. Em oposição aos fariseus, acérrimos defensores das tradições dos antigos, os saduceus limitavam o seu credo às doutrinas que encontravam no texto sagrado. Sustentavam que só a palavra da lei escrita os obrigava, defendiam o direito do juizo privado na interpretação da lei; cingiam-se à letra das escrituras mesmo nos casos mais severos da administração da justiça. Distinguiam-se dos fariseus nos seguintes pontos (1) Negavam a ressurreição e juízo futuro, afirmavam que a alma morre com o corpo Mt 22. 23-33; At 23. 8; (2) Negavam a existência dos anjos e dos espíritos, At 23. 8; (3) Negavam o fatalismo em defesa do livre arbítrio, ensinando que todas as nossas ações estão sujeitas ao poder da vontade, de modo que nós somos a causa dos atos bons; que os males que sofremos resultam de nossa própria insensatez, e que Deus não intervém nos atos de nossa vida, quer sejam bons, quer não. Negavam a imortalidade e a ressurreição, baseando-se na ausência destas doutrinas na lei mosaica, não defendiam a fé patriarcal na existência do sheol, não só por não se achar bem defendida, como por não conter os germes das doutrinas bíblicas acerca da ressurreição do corpo e das recompensas futuras. Não se pode negar que os patriarcas criam na existência futura da alma além da morte. Negando a existência da alma e dos espíritos, os saduceus entravam em conflito com a angelogia do Judaísmo elaborada no seu tempo, e ainda iam ao outro extremo: não se submetiam ao ensino da lei, Ex 3.2; 14.19. A principio, provavelmente, davam relevo à doutrina a respeito da Interferência divina nas ações humanas, punindo-as ou recompensando-as neste mundo, de acordo com seu caráter moral. Se realmente ensinavam, como afirma Josefo, que Deus não intervém em nossos atos, bons ou maus, repudiavam os ensinos claros da lei de Moisés em que professavam crer, Gn 3. 17; 4.7; 6.5-7. É possível que começassem negando as doutrinas expressamente ensinadas na letra da Escritura. E, rendendo-se à influência da filosofia grega, adotaram os princípio, aristotélicos, recusando-se a aceitar qualquer doutrina que não pudesse ser provada pela razão pura.
Quanto à origem e desenvolvimento dos saduceus, Schurer é de parecer que a casa sacerdotal de Zadoque, que estava à testa dos negócios da Judéia no quarto e terceiro século A. C. quando sob o domínio persa e grego, começou, talvez inconscientemente, a colocar a política acima das considerações religiosas. No tempo de Esdras e de Neemias, a família do sumo sacerdote era mundana e inclinada a consentir na junção de judeus com os gentios. No tempo de Antíoco Epifanes, grande número de sacerdotes amava a cultura grega, entre eles contavam-se os sumos sacerdotes Jasom, Menelau e Alcimus. O povo postou-se ao lado dos Macabeus para defender a pureza da religião de Israel. Quando este partido triunfou, os Macabeus tomaram conta do sacerdócio e obrigaram os zadoquitas a se retirarem para as fileiras da política, onde continuaram a desprezar os costumes e as tradições dos antigos e a favorecer a cultura e a civilização grega. João Hircano, Aristóbulo e Alexandre Janeu, 135-78 A. C. deram apoio aos saduceus, de modo que a direção dos negócios políticos estava. em grande parte em suas mãos, durante o domínio dos romanos e de Herodes, visto serem os sacerdotes deste período, membros da seita doa saduceus, At 5. 17. Os saduceus, e assim mesmo os fariseus, que iam ao encontro de João Batista no deserto, foram por ele denominados raça de víboras, Mt 3. 7. Unidos aos fariseus, pediram a Jesus que lhes fizesse ver algum prodígio do céu, Mt 16. 1-4. Contra estas duas seitas, Jesus preveniu a seus discípulos. Os saduceus tentaram a Jesus, propondo-lhe um problema a respeito da ressurreição. A resposta de Jesus reduziu-os ao silêncio. Ligaram-se com os sacerdotes e com o magistrado do templo para perseguirem a Pedro e a João, At 4.1-22. Tanto os fariseus como os saduceus achavam-se no sinédrio, quando acusavam a Paulo, que, aproveitando-se das suas divergências de doutrina, habilmente os atirou uns contra os outros.
OS SAMARITANOS
O sentido desta palavra na única passagem do Antigo Testamento, 2Rs 17.29, aplica-se a um indivíduo pertencente ao antigo reino do norte de Israel. Em escritos posteriores, significa um individuo natural do distrito de Samaria, na Palestina central, Lc 17.11. De onde veio a raça, ou como se originou a nacionalidade samaritana? Quando Sargom tomou Samaria levou para o cativeiro, segundo ele diz, 27.280 de seus habitantes, deixando ainda alguns israelitas no pais. Sabendo que eles conservavam o espírito de rebelião, planejou um meio de os desnacionalizar, estabelecendo ali colônias de habitantes da Babilônia, de Emate, 2Rs 17.24, e da Arábia. Estes elementos estrangeiros levaram consigo a sua idolatria. A população deixada em Samaria era insuficiente para o cultivo das terras, interrompido pelas guerras, de modo que as feras começaram a invadir as povoações e a se multiplicarem espantosamente, servindo na mão de Deus de azorrague para aquele povo. Os leões mataram alguns dos novos colonizadores. Estes atribuíram o fato a um castigo do deus da terra que não sabiam como apaziguar, e neste sentido pediram instruções ao rei da Assíria, que lhes mandou um sacerdote dos que havia entre os israelitas levados para o cativeiro. Este foi residir em Betel e começou a instruir o povo nas doutrinas de Jeová, porém, não conseguiu que os gentios abandonassem a idolatria de seus antepassados. Levantaram imagens de seus deuses nos lugares altos de Israel combinando a idolatria com o culto de Jeová, 2Rs 17.25-33. Este regime híbrido de adoração permaneceu até a queda de Jerusalém, 34-41.       Asor-Hadã continuou a política de seu avô Sargom, Ed 4.2, e o grande e glorioso Asenafar, que talvez seja Assurbanipal, completou a obra de seus antecessores, acrescentando à população existente, mais gente vinda de Elã e de outros lugares, 9, 10.
A nova província do império assírio decaia. Josias mesmo, ou seus emissários, percorreram todo o país, destruindo por toda a parte os lugares altos, 2Cr 34.6,7, onde havia altares da idolatria. O culto pagão decrescia sob a influência dos israelitas que ficaram no país, e por causa do ensino dos sacerdotes. A ação renovadora de Josias foi mais um golpe. Anos depois, alguns dentre os samaritanos, costumavam ir a Jerusalém para visitar o templo e fazer adoração, Jr 41.5. Quando Zorobabel voltou do exílio, trazendo consigo bandos de cativos para Jerusalém, os samaritanos pediram licença para tomar parte na construção do templo, alegando que haviam adorado o Deus de Israel desde os dias de Asor-Hadã, Ed 4.2. Desde muito que a maior parte dos judeus sentiam repugnância em manter relações sociais e religiosas com os samaritanos, sentimento este Josefo, que, no tempo em que os anos corriam, Ed 4.3; Lc 9. 52, 53; Jo 4.9. Os samaritanos não tinham sangue puro de hebreus, nem religião judaica. Diz Josefo, que, no tempo em que os judeus prosperavam, os samaritanos pretendiam possuir alianças de sangue; mas em tempos de adversidade, repudiavam tais alianças, dizendo-se descendentes dos emigrantes assírios. Tendo Zorobabel, Josué e seus associados rejeitado a oferta dos samaritanos para auxiliar a reconstrução do templo, não mais tentaram conciliações com os judeus, antes pelo contrário, empenharam-se em obstar a conclusão da obra, Ed 4.1-10, e mais tarde procuravam impedir o levantamento dos muros por Neemias, Ne 4.1-23. O cabeça deste movimento era certo Sanabalá Horonita, cujo genro havia sido expulso do sacerdócio por Neemias. O sogro, com certeza, fundou o templo samaritano sobre o monte Gerizim, para servir ao dignitário deposto em Jerusalém. Daqui em diante, todos os elementos indisciplinados da Judéia, procuravam o templo rival de Samaria, onde eram recebidos de braços abertos. Enquanto durou a perseguição promovida por Antíoco Epifanes contra os judeus, declaravam não pertencer  à mesma raça, e agradavam ao tirano, mostrando desejos de que o seu templo do monte Gerizim fosse dedicado a Júpiter, defensor dos estrangeiros. Pelo ano 129 AC João Hircano tomou Siquém e o monte Gerizim, e destruiu o templo samaritano; porém os antigos adoradores continuaram a oferecer culto no monte onde existiu o edifício sagrado. Prevalecia ainda este costume no tempo de Jesus, Jo 5.20,21. Neste tempo, as suas doutrinas não deferiam muito na sua essência, das doutrinas dos Judeus e especialmente da seita dos saduceus. Partilhavam da crença na vinda do Messias, Jo 4.25, mas somente aceitavam os cinco livros de Moisés. O motivo principal que levou os samaritanos a receber tão alegremente o evangelho pregado por Filipe, foram os milagres por ele operados, At 8.5,6. Outro motivo, sem dúvida concorreu para o mesmo resultado, é que, ao contrário das doutrinas dos judeus, o Cristianismo seguia os ensinos  e os exemplos de seu fundador, admitindo os samaritanos aos mesmos privilégios que gozavam os judeus convertidos ao Evangelho, Lc 10.29-37; 17.16-18; Jo 4.1-42.



SINAGOGA
A sinagoga era a casa de adoração dos judeus. Era um prédio ou um lugar usado pelos judeus para se encontrar, estudar e orar.
AS ORIGENS E A HISTÓRIA PRIMITIVA
Não sabemos exatamente como ou quando a sinagoga começou. O templo onde os judeus adoravam em Jerusalém foi destruído pelos babilônios em 586 A.C. O povo que permaneceu na cidade e em volta dela ainda precisava se encontrar para adorar. Eles queriam continuar ensinando a lei e a mensagem dos profetas. Os judeus de outros lugares tinham necessidades parecidas.  As sinagogas devem ter tido a sua origem em tal situação. Em Neemias 8:1-8 a comunidade de exilados se juntou em Jerusalém. Esdras, o escriba, trouxe a lei, a leu de um púlpito de madeira e deu a interpretação para que o povo entendesse a leitura. Quando Esdras abençoou o Senhor, o povo abaixou suas cabeças e adorou. Esses se tornaram os elementos básicos da adoração na sinagoga.  A primeira evidência clara de uma sinagoga vem do Egito no século 3 A.C.
AS SINAGOGAS NA ÉPOCA DO NOVO TESTAMENTO
As escrituras dão a impressão de muitas sinagogas existentes na Palestina. Jesus freqüentemente ensinava em sinagogas (veja Mateus 4:23; Mateus 9:35), especialmente durante o seu ministério galileu. Em João 18:20, Jesus falou em seu julgamento diante do sumo sacerdote: "Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se congregam," (RSV). O livro de Atos se refere a sinagogas em Jerusalém (Atos 6:9), Damasco (Atos 9:2), Chipre (Atos 13:5), Antioquia (Atos 13:14; 14:1), Macedônia e Grécia (Atos 17:1, 10, 17; 18:4) e Éfeso (Atos 19:8)
A ADORAÇÃO NA SINAGOGA
Os evangelhos e o livro de Atos geralmente falam da reunião do povo judeu no sábado para adorar na sinagoga. As pessoas também se encontravam para adorar no segundo e no quinto dia da semana. O culto na sinagoga começava com a confissão da fé recitando Deuteronômio 6:4-9, 11:13-21 e Números 15:37-41, seguido de oração e leitura das escrituras. A leitura da lei era básica (veja Atos 15:21) e era feita de acordo com um ciclo de três anos. Os profetas também eram lidos, mas mais casualmente. Ai vinham as interpretações. Conforme o conhecimento do hebraico bíblico foi diminuindo na Palestina, uma tradução em aramaico das escrituras era lida depois da leitura em hebraico. Depois disso um discurso era dado. Qualquer um que fosse qualificado poderia falar ao povo, como fazia Jesus e o apóstolo Paulo. O culto terminava com uma benção.
FUNÇÕES JUDICIAIS
O trabalho da sinagoga também incluía a administração da justiça. Aqueles que infringiam a lei ou que eram acusados de atos contrários a lei judaica eram trazidos diante dos anciãos da sinagoga. Eles podiam, em circunstâncias extremas, excluir o ofensor da sinagoga (veja João 9:22, 34-35; 12:42) ou mandar que ele fosse açoitado. Jesus avisou os seus discípulos para estarem preparados para enfrentar qualquer uma das duas situações (Mateus 10:17; João 16:2). Saul, como perseguidor dos cristãos, enviou cartas endereçadas a sinagoga de Damasco. Foi-lhe dada autorização para prender cristãos e trazê-los de volta a Jerusalém (Atos 9:2).  A leitura da lei era o significado central de adoração. Os ensinamentos da lei, especialmente para crianças, era intimamente associada com a sinagoga.  O Novo Testamento se refere (Marcos 5:22, Lucas 13:14; Atos 18:8, 17) a dois cargos em particular na sinagoga. O "governador da sinagoga" que era responsável pela ordem e pela seleção do leitor da escritura. Um atendente (Lucas 4:20) tirava e guardava os rolos da escritura. Mais tarde uma pessoa foi escolhida como líder de oração.
O SINÉDRIO
O sinédrio era o conselho de juízes - uma espécie de corte suprema - que operava em Israel por volta da época de Jesus. Durante o período em que o sinédrio existia, outras nações reinavam sobre Israel. Esse corpo de líderes consistia de 71 membros e fazia seus negócios em Jerusalém.  O nome sinédrio vem das palavras grega sin (junto) e edrio (sentar). Esse termo é usado vinte e duas vezes no Novo Testamento.  No Novo Testamento, o sinédrio aparece de uma maneira negativa. O evangelho nos diz que foi esse o grupo que colocou Jesus em julgamento. No livro de Atos vemos o sinédrio investigando e perseguindo a crescente igreja cristã.
SUMO SACERDOTES
O Sinédrio era comandado por um presidente que era conhecido como "o sumo sacerdote". Normalmente os saduceus eram os sumo sacerdotes, que eram os homens mais poderosos do Sinédrio. Um sumo sacerdote era o capitão do templo e o outro supervisionava os procedimentos e comandava o guarda do templo (Atos 5:24-26). Os outros serviam de tesoureiros, controlando os salários dos sacerdotes e trabalhadores e monitorando a vasta quantia de dinheiro que vinha através do templo.
OS ANCIÃOS
A Segunda categoria principal dos membros do sinédrio eram os anciãos. Esses homens representavam a aristocracia sacerdotal e financeira na Judéia. Leigos distintos como com José Arimtéia (Marcos 15:43), dividiam a visão conservadora dos saduceus e davam a assembléia à diversidade de um parlamento moderno.
ESCRIBAS
Os membros mais recentes do sinédrio eram os escribas. A maioria deles eram fariseus. Eles eram advogados profissionais treinados em teologia, direito e filosofia. Eles eram organizados em grêmios e normalmente seguiam rabinos ou professores célebres. Gamaliel, um escriba famoso do sinédrio, que aparece no Novo Testamento (Atos 5:34), foi o erudito que instruiu o apóstolo Paulo (Atos 22:3).
NOS DIAS DE JESUS
Nós sabemos mais sobre alguns aspectos do Sinédrio nos dias de Jesus do que sabemos sobre ele antes ou depois. Uma coisa que sabemos é a extensão de sua influência. Oficialmente, o Sinédrio tinha só tinha jurisdição na Judéia. Mas na prática ele tinha influência na província da Galiléia e até mesmo em Damasco (Atos 22:5). O trabalho do conselho era basicamente julgar assuntos da lei judaica quando surgiam discórdias. Em todos os casos, sua decisão era final. Eles julgavam acusações de blasfêmia como nos casos de Jesus (Mateus 26:65) e Estevão (Atos 6:12-14) e também participavam na justiça criminal. Ainda não sabemos se o sinédrio tinha o poder de punição capital. O filósofo judeu Filo, indica que no período romano o sinédrio podia julgar violações ao templo. Isso explica as mortes de Estevão (Atos 7:58-60) e Thiago. Gentios que eram pegos ultrapassando o recinto do templo eram avisados sobre uma pena de morte automática. Porém, o Novo Testamento e o Talmude discordam de Filo nesse ponto de vista. No julgamento de Jesus, as autoridades estavam convencidas em envolver o governador romano Pilatos, que por si só poderia mandar matar Jesus (João 18:31). De acordo com o Talmude, o sinédrio perdeu o privilegio de executar punição capital "quarenta anos antes da destruição do templo" ou por volta da época da morte de Jesus.

O TABERNÁCULO
Um tabernáculo é como uma igreja, um lugar para encontrar Deus. O tabernáculo era a estrutura que os israelitas construíam para a adoração. Depois do Êxodo, o povo israelita acabou vagando pelo deserto por quarenta anos. Juntamente com os Dez Mandamentos, Deus deu a Moisés instruções bem detalhadas em Êxodo (capítulos 25-40) de como o povo tinha que construir o tabernáculo e adorar a Deus. Apesar de ser muito luxuosa, essa estrutura era completamente portátil.  Toda vez que os israelitas mudavam o seu acampamento de lugar, o tabernáculo mudava com eles. Por ser portátil, o tabernáculo também servia como um símbolo de que Deus andava com o povo de Israel.  Moisés ia ao tabernáculo para determinar a vontade de Deus para o povo. Mais tarde, um templo (que não era portátil) foi construído pelo rei Salomão com o mesmo layout do tabernáculo.  O tabernáculo era diariamente usado como o meio em que o povo se relacionava com Deus. Incenso e outras coisas eram oferecidas a Deus juntamente com orações e louvores. Deus também estabeleceu dias específicos como o dia da expiação quando o povo e os sacerdotes fariam tarefas especiais ou sacrifícios especiais para Deus.  O tabernáculo se tornou o centro da comunidade israelita enquanto eles estavam no deserto. Quando eles acampavam, o lugar do acampamento de cada tribo era determinado pela localização do tabernáculo.  Os levitas ficavam em volta do tabernáculo e as famílias de Moisés e de Arão sempre acampavam ao leste, na frente da entrada. Mesmo na mudança, o tabernáculo permanecia central, com seis tribos na frente e seis tribos seguindo a trás.
O ÁTRIO
A descrição do tabernáculo na bíblia começa com o quarto de dentro - o Santo dos Santos também traduzido como Santíssimo Lugar.  No entanto quando começou a construção do tabernáculo, as partes de fora foram feitas primeiro. Dessa maneira é que vamos descrever o tabernáculo - de fora para dentro. A bíblia deixa muito claro que a intenção é que esse fosse um lugar santo para se reunir. Todos os materiais usados eram raros e valiosos, indicando que qualquer coisa associada a Deus era para ser da melhor qualidade. As paredes da tenda eram feitas de madeira de acácia que cresce naturalmente no Oriente Médio.  Quando o tabernáculo era desmontado para ser movido, muitas famílias tinham trabalhos específicos.  O tabernáculo era cercado por um átrio cercado (Êxodo 27:9-21). A moldura da cerca era feita de acácia coberta por prata e descansava numa base de bronze. Cortinas de linho cobriam essa moldura de fora. Elas eram penduradas em ganchos de prata de uma vara de prata. A entrada, na face leste do átrio, era coberta por cortinas bordadas com cores as cores azul, roxa e escarlate.
O ALTAR DE SACRIFíCIO
Nesse átrio estavam o lavatório e o altar. O altar se era o primeiro objeto localizado na entrada do átrio. Os pecadores não podiam entrar diante da presença de Deus, eles tinham que oferecer um sacrifício por seus pecados.  É claro que os cristãos acreditam que Jesus Cristo foi o sacrifício pelos pecados de todo o mundo, então podemos entrar na presença de Deus sendo humildes e pedindo perdão. Mas nos tempos do Velho Testamento, coisas - geralmente animais e grãos - eram oferecidos a Deus como parte da redenção dos pecados. Esse altar foi desenhado para queimar sacrifícios. O altar foi construído de madeira oca e coberto por bronze. Isso o tornava leve o suficiente, apesar de seu tamanho, para ser carregado em varas cobertas de bronze que passavam por argolas em bronze nas suas beiradas (Êxodo 27:1-8). Uma grelha de bronze ficava no meio do altar para permitir que o ar fluísse para dentro do fogo. Baldes para as cinzas, ganchos para a carne, as bacias para recolher o sangue e as panelas também eram feitas de bronze. Nos cantos do altar havia dois chifres também cobertos por bronze. Esses chifres podem ter sido úteis para amarrar os animais que seriam sacrificados, e eles também eram simbólicos. Como sinal de proteção uma pessoa em Israel podia ir ao altar e bater nos chifres.  Em tempos modernos, pessoas que se sentem ameaçadas ainda procuram um santuário numa igreja quando elas sentem que não há proteção ou justiça em qualquer outro lugar.
O LAVATÓRIO
Entre o altar e a tenda da congregação do tabernáculo havia um lavatório ou pia de bronze (Êxodo 30:17-21). A sua localização - na entrada da tenda da congregação - evitava que as partes interiores do tabernáculo se contaminassem com poeira. Deus é santo, e ele exigia que os sacerdotes se limpassem antes de começarem a ministrar na tenda do tabernáculo. O lavatório era feito de bronze e espelhos. As mulheres que serviam na entrada do átrio do tabernáculo doaram os espelhos.
O LUGAR SANTO
O Lugar Santo era a primeira parte da tenda de dentro do tabernáculo. Os sacerdotes podiam entrar ali para fazer as suas rotinas diárias no lugar do povo de Deus. Dentro do Santíssimo Lugar havia três peças importantes de mobília.
A MESA DO PÃO DA PRESENÇA
Essa mesa era feita de madeira de acácia coberta de ouro (Êxodo 25:23-30). Quando o tabernáculo era transportado, a mesa podia ser levada em varas que passavam dentro de argolas de ouro nas pontas da mesa. Pratos,louças, jarras e tigelas de ouro eram colocadas em cima da mesa. Provavelmente isso era relacionado com ofertas de bebida. Cada sábado, doze bisnagas de pão eram colocadas nessa mesa, simbolizando a provisão de Deus para as doze tribos de Israel.
O CANDELABRO DE OURO
A base para as lâmpadas tinha sete hastes para segurar as lâmpadas (Êxodo 25:31-39). Elas queimavam só o mais puro azeite de oliva e tudo era feito do mais puro ouro. As hastes tinham o formato da flor de amêndoa com botões e pétalas. É provável que as lâmpadas eram feitas para queimar continuamente.
O ALTAR DO INCENSO
O incenso era algo que soltava um aroma agradável a Deus (Êxodo 30:1-10). O incenso também simbolizava a oração, como ainda é nas igrejas episcopal, católica e ortodoxa. Diferentemente do altar de sacrifício no átrio, esse altar era feito madeira de acácia coberta de ouro, não bronze, e não era usada para sacrifícios. No entanto, como no altar de bronze, havia chifres em cada canto e argolas e varas para carregá-lo.  Neste altar o sacerdote queimava o incenso toda manhã e toda noite e todo ano no dia da expiação os chifres eram ungidos com óleo.
NO SANTO DOS SANTOS ESTAVA:
A ARCA DA ALIANÇA
A arca era uma caixa de madeira, como um baú, coberto em puro ouro (Êxodo 25:10-16) por dentro e por fora. A arca representava a presença de Deus com a nação de Israel. Uma arca era uma mobília religiosa comum naquela época no Oriente Médio, mas essa arca era diferente.  Na maioria das religiões pagãs, o baú continha uma estátua da divindade sendo adorada. Neste caso, a arca continha três itens que mostravam como Deus se relacionava com o seu povo: as tábuas com os dez mandamentos (a orientação de Deus), a vara de Arão (a autoridade de Deus) e uma jarra de maná (a provisão de Deus para necessidades diárias do Seu povo).  A arca era portátil como tudo no tabernáculo. Varas compridas de madeira cobertas de ouro passavam por argolas de ouro em cada canto. Essas varas não podiam ser removidas nunca conforme Deus assim havia instruído (Êxodo 25:15).
O PROPICIATÓRIO
O lugar da expiação dos pecados era no tampo da arca. Era o lugar onde eles achavam que Deus estava assentado. Esse assento era um bloco de ouro puro que ficava em cima da arca (Êxodo 25:17-22). Desta maneira, Deus e sua misericórdia estavam acima da lei que ficava dentro da arca. Havia dois querubins que ficavam um de cada lado do bloco, olhando para o lado de dentro. Todo ano no dia da expiação (Levítico 23:26-31), sangue era espirrado no lugar da expiação no tampo da arca mostrando assim como o sangue do sacrifício se relacionava com a misericórdia de Deus.
O TABERNÁCULO
Tenda provisória, onde o Senhor falava a seu povo, Ex 33.7-10. Construção portátil, em forma de tenda, que Deus ordenou a Moisés fizesse para servir de sua morada no meio do povo de Israel, Ex 25.8,9, donde lhe veio o nome de habitação, Ex 25.9; 26.1, lugar onde Jeová falava a seu povo, Ex 41.34,35, onde se achavam depositadas as tábuas da lei ou o testemunho, “o tabernáculo do testemunho”, Ex 38.21; cp. 25.21,22; Nm 9.15, também denominado “casa do Senhor”, Ex 34.26; Js 6.24.  Os materiais para construção do tabernáculo foram adquiridos ali mesmo em larga quantidade. As madeiras vieram das florestas do deserto. Deram os homens e as mulheres os braceletes, as arrecadas, os anéis e os ornatos dos braços; todos os vasos de ouro foram postos à parte para donativos do Senhor. Se algum tinha Jacinto, púrpura e escarlata, linho fino e pelos de cabra, peles de carneiro, metais de prata e de cobre, paus de cetim para vários usos, tudo ofereceram ao Senhor. Os príncipes ofereceram pedras cornelinas e pedras preciosas para o éfode, Ex 35.21-29. O largo dispêndio de metais preciosos para uma construção temporária ficou plenamente justificado, uma vez que todos os materiais tinham de ser aproveitados, quando se procedesse à construção permanente. O Senhor dá a Moisés as instruções minuciosamente para a edificação do tabernáculo, a começar pela arca, que era o ponto central para o encontro de Jeová com o seu povo, Ex 25.22.
Feições essenciais e permanentes: a arca, a mesa dos pães da proposição e o candeeiro de ouro, Ex 25.10-40, símbolo de cousas celestiais, Hb 9.23. Seguem-se os pormenores, Ex 26.1-37; para o altar dos sacrifícios, Ex 27.1-8; para a localização do átrio, Ex 27.9-19. O candeeiro deveria ser alimentado com azeite puro de oliveira para conservá-lo sempre aceso, Ex 27.20,21. O cap. 25.30 de Êxodo fala sobre os pães da proposição que deveriam estar sempre na presença de Deus.
Aproximação a Deus, por mediação do sacerdócio. Sua instituição, Ex 28.1; suas vestes, Ex 28.2-43, modo de sua consagração, Ex 29.1-36. Depois de criada a ordem sacerdotal, vêm as especificações referentes ao altar, Ex 29.37, e ao sacrifício perpétuo, Ex 29.38-42.
Passa em seguida para o altar dos incensos, Ex 30.1-10, simbolizando a adoração que o povo santificado oferece a seu Deus. Somente neste lugar é que se fala do altar dos perfumes em separado dos demais objetos que ornavam o tabernáculo. Deveria ocupar logicamente o ponto em que o povo oferecia as suas adorações ao Senhor. Em outros lugares, figura ele em conjunto com as outras peças na ordem seguinte: a arca, a mesa, o candeeiro, o altar dos incensos e o altar dos sacrifícios, como se diz em relação a estes objetos, Ex 37.25-28, na enumeração de todas as peças, Ex 39.38. nas instruções sobre a maneira de levantar o tabernáculo, Ex 40.5, e na história final de sua elevação.
Provisões para as necessidades do culto: A contribuição de meio siclo preço do resgate de cada pessoa, Ex 30.11-16, a bacia de bronze, Ex 30.17-21 as santas unções de óleo, Ex 30.22-33, e o incenso, Ex 30.34-38.
O tabernáculo formava um paralelogramo de 18 m de comprimento por 6 m de largo, com entrada pelo lado do oriente. A parte traseira e os dois lados eram feitos com 48 tábuas, 20 de cada lado e 8 nos fundos, das quais, duas formavam os ângulos, todas cobertas de ouro.  As tábuas apoiavam-se em bases de prata duas em cada tábua, ligadas entre si por barrotes de pau de cetim; cinco para conterem as tábuas a um lado do tabernáculo outros cinco para o outro lado, e cinco para o lado ocidental, presos a argolas de ouro, Ex 26.15-30.  Toda a frente servia de entrada, onde se erguiam cinco colunas de pau de cetim douradas, cujos capitéis eram de ouro e as bases de bronze, de onde pendia um véu de jacinto e de púrpura. O interior dividia-se em duas secções, separadas por uma cortina suspensa de quatro colunas douradas, com capitéis de ouro e bases de prata, Ex 26.32,37. Os dois compartimentos ficavam na parte ocidental, onde se achava o santo dos santos e o santuário, ou lugar santo, Ex 26.16.
AS QUATRO CORTINAS
- A coberta e os lados tinham uma cortina de linho retorcido de cor de jacinto, de púrpura e de escarlata com querubins. Esta cortina era feita em dez pedaços, cinco pedaços eram enlaçados uns com os outros, e os outros cinco se uniam do mesmo modo, de sorte que formavam duas peças que se prendiam entre si. Uma formava a coberta e três lados do santo dos santos, e a outra, a coberta e outros dois lados do santuário.
- A principal coberta externa do Tabernáculo, era de pelos de cabra e consistia de onze cobertas estreitas. Estas onze cobertas se ajuntavam umas às outras, formando duas secções: uma com cinco, e outra com seis, A parte formada pelas cinco cobria o teto e três lados do santo dos santos; a mais larga cobria o teto e os lados do santuário.
- A terceira coberta era de peles de carneiro, tintas de vermelho.
- À entrada do santuário pendia um véu e outro em frente do santo dos santos. Cada um deles era de cor de jacinto, de púrpura e de escarlata, e de linho fino retorcido, com lavores de bordados, com figuras de querubins, para indicar que ninguém se poderia aproximar da presença de Jeová.
O tabernáculo ocupava um átrio retangular de 100 côvados de comprimento na direção de leste a oeste, e de 50 de largura de norte para sul, cercado por vinte colunas de cada lado com outras tantas bases de bronze e capitéis de prata, cada uma separada da outra, 5 côvados, com cortinas de linho retorcido. Na entrada do átrio havia uma coberta de vinte côvados, de jacinto, de púrpura, de escarlata tinta duas vezes, e de linho fino retorcido, com quatro colunas e outras tantas bases, Ex 27.9-18.  O tabernáculo ocupava a metade da parte ocidental do átrio; o mar de bronze e o altar dos sacrifícios ficavam na outra metade para o lado do oriente sem coberta alguma A arca era o ponto de convergência de todo o cerimonial e ocupava o santo dos santos. No santuário, bem defronte do véu que o separava do santo dos santos, erguia-se o altar dos incensos, que, não obstante, também pertencia ao oráculo, 1Rs 6.22; Hb 9.3,4. Neste mesmo apartamento estava a mesa dos pães da proposição ao lado direito, e ao lado esquerdo, o candeeiro de ouro. Fora do átrio, estava o mar de bronze e o altar dos sacrifícios.  A dedicação do tabernáculo fez-se no primeiro dia do segundo ano depois que os israelitas saíram do Egito. Durante o dia, cobria-o uma nuvem, e durante a noite, pairava sobre ele uma coluna de fogo, enquanto durou a viagem pelo deserto. Quando se levantava acampamento, os levitas se encarregavam de desmontar o tabernáculo e de novo o levantarem em outro lugar, Ex caps. 26; 27.9-19; 35.4-36; 38; 40.1-38. Enquanto durou a conquista de Canaã, a arca permaneceu no campo em Gilgal. Depois de se estabelecerem na terra prometida, Josué levantou o tabernáculo em Silo, onde permaneceu em todo o tempo dos juizes, Js 18.1.  Parece que em torno do santuário havia dependências destinadas aos sacerdotes e à guarda das ofertas que o povo fazia ao Senhor, 1Sm 3.3; cp. acampamento dos levitas em torno dele, Nm 3.23,29,35. Estas dependências com certeza Eram protegidas de modo diverso, por que era o tabernáculo. Fala-se em tendas, 2Sm 7.6, em porta do tabernáculo do testemunho, Js 19.51; 1Sm 2.22, em habitação de Jeová, Js 22.19,29; Jz 19.18; 1Sm 1.7,24; 3.15. Quando os filisteus tomaram a arca, o tabernáculo perdeu toda a sua glória e todo o seu valor, Sl 78.60. No reinado de Saul a arca esteve em Nobe, 1Sm 21.1. No reinado de Davi e no de Salomão, até à construção do templo, o tabernáculo estava num alto que havia em Gabaom, 1Cr 16.39; 21.29. Depois que Salomão edificou o templo, segundo o modelo do tabernáculo, porém em mais largas proporções, tudo que havia no tabernáculo foi transferido pra ele. 1Rs 8.4; 2Cr 5.5.

FESTA DOS PÃES ASMOS- 15 dias
PENTECOSTES Pelo menos -2 meses
DIA DAS TROMBETAS Impossível determinar
DIA DA EXPIAÇÃO- 10 dias
FESTA CABANAS/TABERNÁCULOS- 15 dias
OITAVO GRANDE DIA- 22 dias
Ou seja. Com base nos dados acima, podemos ver, que para sabermos quando serão as festas da primavera, estamos dependentes do aparecimento da lua de aviv. A lua de aviv decretará o início do primeiro mês, e também o início do ano bíblico, logo o 1º dia de aviv será quando a lua se torna visível no céu. Contudo, vemos que até à Pascoa ainda restam catorze dias. Ou seja, é possível saber com uma antecedência de catorze dias, quando será a Páscoa; com uma antecedência de 15 dias quando será a festa dos asmos; e com pelo menos 2 meses de antecedência quando será o Pentecostes, isto porque todas as festas da Primavera, dependem da lua de aviv/1º mês. Assim como as festas de Outono dependem da lua do sétimo mês. A Festas das Trombetas aponta para a segunda vinda do Messias, Yeshua, e é possível que exista aqui uma relação bastante interessante; Na medida em que a Festa das Trombetas é a única festa que é impossível decretar de antemão o seu dia exacto, relacionemos então isso com as Palavras de Yeshua: Mateus 24:36 “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai.” Mesmo que saibamos mais ou menos em que dia se dará (neste caso no dia da Festa das Trombetas num ano que somente o Eterno sabe), tal facto estará sempre dependente do aparecimento da lua, e isso dependerá unicamente da vontade de YHWH, não há cálculos que possam determinar isso. Atos 1:7 "E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder." Mateus 24:31 "E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus." Atentemos bem para o texto acima de Mateus, vemos que:
- "a lua não dará a sua luz" (não é especificado quantos dias isto durará, mas isso fará com seja impossível determinar o início do sétimo mês) mas vemos que logo após isso;
- "aparecerá no céu o sinal [a lua que determinará o cumprimento profético da Festa das Trombetas] do Filho do homem";
- que virá ao som da sétima e última trombeta; Depois desta breve introdução, iremos então falar da Festa que está às portas, e que ocorrerá assim que a lua nova se tornar visível nos céus (o primeiro feixe luminoso do quarto crescente).E Falou YHWH a Moisés, dizendo: “No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memória (não uma sombra) de jubilação, SANTA CONVOCAÇÃO. Nenhuma obra servil fareis…” (Levítico 23:23-25). "Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos." (Apocalipse10:7) É-nos mostrado aqui aquele abençoado e iminente acontecimento no Plano de Redenção do Altíssimo, quando Yeshua haMaschiach vier outra vez, nas nuvens, com alarido, com voz de arcanjo, e com a Trombeta de YHWH (1ª Tessalonicensses 4:14-17). Será “ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptiveis, e nós seremos transformados” (1ª Coríntios 15:52).Jamais ganharíamos a vida eterna se Yeshua não retornasse para ressuscitar os mortos – e, se não houver ressurreição, “os que dormiram em Yeshua estão perdidos” (1ª Coríntios 15:18). Na sétima ou última trombeta (Apocalipse 11:15-19) o Messias Yeshua, intervirá diretamente nos assuntos do mundo. A trombeta tinha várias funções, e uma delas era declarar alarme, logo é associada também a símbolo de guerra. Ele virá em tempo de guerra mundial – quando as nações estarão enfurecidas! Tão logo que o trabalho de reunir as primícias esteja completo, no final desta presente era (retratada em Pentecostes), Yeshua começa a reedificar o tabernáculo de David (Actos 15:16) – para estender a Sua mão, pela segunda vez, para recuperar o remanescente do Seu povo (Isaías 11:11) – e buscar, até encontrar, as Suas ovelhas perdidas e sem salvação – porque os ministros das igrejas deste mundo, falharam em fazê-lo durante este período (Ezequiel 34:1-14). Isaías 27:13 “E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos (a Casa de Israel/Reino do Norte/Efraim) pela terra da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito, tornarão a vir, e adorarão ao Senhor no monte santo em Jerusalém.” Quando será Israel reunido? Ao som da última trombeta, na segunda vinda de Yeshua haMaschiach. Devido ao facto das congregações terem esquecido o Festival das Trombetas, muitos acham que o retorno de parte dos judeus para a Terra Santa, e o estabelecimento agora, de uma nação chamada de Israel é o cumprimento desta profecia. Essa foi apenas parte do cumprimento da profecia, pois o pleno cumprimento, só se dará na segunda vinda do Messias A directa intervenção de Yeshua na administração do mundo será o próximo acontecimento no Plano de Redenção. E talvez a gloriosa segunda vinda de Yeshua venha a ocorrer, seja em que ano for, no dia da Festa das Trombetas – quem sabe? Enquanto não podemos dizer com certeza, podemos aventar essa possibilidade. A crucificação deu-se no dia de Páscoa – no dia exato! Ele subiu ao Pai no dia das Primícias, O Espírito Santo veio, e começou a selecionar as primícias da salvação, no dia exato do Pentecostes. Se não estivessem aqueles 120 discípulos a observar este sábado anual – se eles não tivessem reunidos em santa convocação – a congregação não teria recebido a bênção do Espirito Santo. É bom lembrar que Yeshua nos advertiu para que vigiássemos relativamente à Sua segunda vinda. Será possível recebermos a bênção na segunda vinda de Yeshua se não estivermos preparados para nos encontrarmo-nos com eles, e observando a Festa das Trombetas, tal como a Igreja Apostólica estava a guardar a Festa do Pentecostes? Mateus 25:1-13 “Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas. As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro. Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir. Não podemos naturalmente dizer, mas segundo as evidências e correspondências da Palavra nos acontecimentos passados, e sabendo que as Festas Solenes são também sombras de eventos que se dariam na pessoa de Yeshua, é bem possível que a segunda vinda do Messias seja num dia de Festa, neste caso, o das Trombetas. As Escrituras revela-nos de forma detalhada a Segunda Vinda do Messias Yeshua com poder supremo para estabelecer o reino de YHWH sobre a terra. No entanto, o mundo parece não entender quase nada acerca deste evento profético e da solenidade ou santa convocação anual que o retrata! Façamos uma reflexão! Dentro de poucos anos, YHWH enviará o seu filho, Yeshua haMaschiach, novamente à terra – agora para salvar a humanidade da destruição em massa; para pôr fim ao sofrimento e à desgraça humana, e trazer a paz – a Shalom Verdadeira – a felicidade e a alegria para toda a humanidade. Ele virá governar e julgar todas as nações e dar início ao pacífico e feliz mundo vindouro, em hebraico: “Olam Habá”. O que é muito diferente da doutrina que o “céu é o galardão do salvo”, que já tivemos oportunidade de abordar nos estudos anteriores. Uma Nova Civilização Durante 6.000 anos, desde o pecado de Adão, YHWH tem permitido que os seres humanos sofram as consequências dos seus próprios erros. Agora o homem está em posição de destruir toda a vida deste planeta, com o desenvolvimento de armas de destruição maciça (armas químicas, e nucleares). A menos que Yeshua retorne à terra para restaurar o governo de YHWH e pôr um fim à arte da guerra, nenhum ser humano sobreviverá! Do Plano-Mestre do Elohim Todo-Poderoso de 7.000 anos para a salvação, os primeiros 6.000 foram entregues ao homem para que ele fizesse o que desejasse. Durante esse período, as civilizações têm-se desenvolvido com base no caminho de Satanás, que está sobre o trono da terra. Yeshua quando retornar, porá fim ao governo de Satanás, dando início aos 1.000 anos de governo do reino de YHWH sobre a terra. Uma Nova civilização com base na Lei/Torá/Instrução de YHWH dominará a terra. A Festa das Trombetas num certo sentido, é o ponto focal, ou a Santa Convocação central no Plano de Elohim Todo Poderoso. Não retrata somente a época terrível da desgraça e guerra que se abaterão sobre esta geração, mas também mostra a intervenção do Messias Yeshua para salvar a vida do extermínio, e estabelecer o reino de YHWH. Esta Solenidade também mostranos a segunda Vinda de Yeshua para ressuscitar as primícias dentre os mortos. Enquanto os discípulos olhavam Yeshua subindo ao céu, dois anjos disseramlhes que Ele voltaria (Actos 1:11). “Virei outra vez”, disse Yeshua aos Seus discípulos (João14:3). Há 2000 anos, Yeshua veio, como um humilde mensageiro, anunciar a boa nova da vinda do Reino de YHWH. Mas, da segunda vez, Ele virá com todo o poder e glória para estabelecer o Reino de YHWH. O significado das Trombetas Sete é o número especial de YHWH, que significa acabamento e perfeição. O sétimo mês do calendário bíblico contém os últimos dias de festa que resumem o Plano Mestre da Salvação de YHWH. O primeiro dia do sétimo mês assinala o começo das fases finais do Plano de YHWH. Levítico 23:24: “Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação”. Foi desta cerimónia que a Festa das Trombetas tomou o nome que tem. A declaração em hebraico “um memorial com sonido de trombetas” significa um “memorial de triunfo, ou brado de alegria (com trombetas).” Além das trombetas de prata (chatsotserah, em hebraico) que eram tocadas na Festa, um outro instrumento era regularmente tocado. A tradição hebraica preserva o registo de que a buzina de chifre de carneiro (shofar em hebraico) era anualmente tocada no primeiro dia do sétimo mês – na Festa das Trombetas (Yom Teruah, no hebraico) – Talmude, “Rosh Hashana” Mishnah 26b.
As trombetas de prata podiam produzir uma variedade de notas musicais, mas o chifre de carneiro produzia somente um som penetrante ou agudo. Este som agudo é sempre referido nas Escrituras como um brado, ou ruído – que não tinha conotação musical mas funcionava como uma advertência. Jeremias 4:19-21: “Ah, entranhas minhas, entranhas minhas! Estou com dores no meu coração! O meu coração se agita em mim. Não posso me calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra. Destruição sobre destruição se apregoa; porque já toda a terra está destruída; de repente foram destruídas as minhas tendas, e as minhas cortinas num momento. Até quando verei a bandeira, e ouvirei a voz da trombeta?” A trombeta ou o shofar, era usada como brado de guerra. Esse som provocava temor aos que o ouviam porque eles sabiam que o horror da guerra era iminente! É o aviso de uma crise iminente que distingue a Festa das Trombetas dos outros dias Santos de YHWH. É este aviso de guerra que dá à alegre Festa das Trombetas a sua nota contrastante de solenidade. Yeshua Pleiteia com as Nações No livro do Apocalipse estão narrados mais ou menos de forma cronológica as grandes revelações para esta geração, e no qual encontramos a profecia das sete trombetas, simbólicas dos terríveis e cataclismos eventos mundiais que ocorrerão pouco antes do retorno de Yeshua. O tempo estabelecido para as sete trombetas – é o tempo da ira de YHWH contra a humanidade rebelde (Apocalipse 6:16-17). O tempo da ira de YHWH, é o tempo quando o Altíssimo intervém nos assuntos do mundo para puni-lo pela sua maldade! É tempo de YHWH pleitear contra toda a carne na linguagem que a humanidade conhece. É o tempo da intervenção sobrenatural de Yeshua nos negócios do mundo, anunciada por meio de espantosos e sobrenaturais sinais no céu (vs. 12-16). Os homens que levam uma vida de pecado estarão aterrorizados de medo e irão esconder-se de YHWH quando perceberem que é Ele que está a intervir sobrenaturalmente (vs. 15-16). A próxima etapa depois de aparecerem estes sinais da vinda de Yeshua (Apocalipse 7:1). Estes quatro ventos são aqueles que sopram as quatro primeiras das sete trombetas. As trombetas anunciam a intervenção directa de YHWH nos negócios do mundo para poupar a humanidade da destruição total – a vida humana e animal. YHWH protegerá os Seus servos fiéis (Apocalipse 7:2-3). Quem são estes servos de YHWH? (vs 4-8). Compare-se com Actos 26:7, onde os membros da Congregação Apostólica, os do Caminho, dos dias de Paulo são mostrados como israelitas convertidos, e organizados em 12 tribos. Existe também um grande número de pessoas que vão ser chamadas durante a grande tribulação (Apocalipse 7:9-14). Estas pessoas arrepender-se-ão dos seus pecados, durante ou prestes ao final da grande tribulação (vs. 14). A grande e incontável multidão formada de todas as nações referidas no vs 9, arrependese dos seus velhos hábitos pecaminosos e volta para o Elohim Todo Poderoso numa entrega total e pessoal. YHWH lava os seus pecados com o sangue de Yeshua haMashiach – o Cordeiro Pascal, (vs .14). “Estes são”, declarou um dos anciãos no trono de YHWH, “os que vieram da grande tribulação”, Estas multidões receberão a vida eterna e servirão a YHWH dia e noite no Seu templo (vs 15). Apocalipse 8:1-6 fala-nos da protecção aos selados pelo Espírito Santo das pragas anunciadas pelas trombetas que soarão no dia de YHWH. Que o Altíssimo nos livre do que está anunciado no vs. 7. Todo o capítulo 8 revela-nos grandes cataclismos que sacudirão toda a humanidade (vs. 13). Estes três ais envolvem três importantes batalhas finais, cada qual tão terrível que o Elohim Todo-Poderoso as denomina “ais”. Cada batalha é tão destrutiva que somente YHWH será capaz de reparar os danos causados pelos exércitos dos homens sobre a face da terra. Na terceira batalha – no terceiro “ai” e última trombeta – toda a humanidade será salva da extinção. Somente por milagre de YHWH. Se o Pai não interviesse, os homens destruiriam o último vestígio de vida humana da face da terra. Estes terríveis eventos fazem da Festa das Trombetas um dia solene. Mas para nós ou para aqueles que começaram a obedecer agora ao governo de YHWH, é um tempo de regozijo. As sociedades desordenadas que imperam hoje serão abolidas, e o reino de YHWH será estabelecido por Yeshua haMaschiach. Que acontecerá quando a sétima trombeta tocar e o terceiro ai começar? (Apocalipse 11:14-15). Será uma época de verdadeiro regozijo no céu (16-17). Mas qual será a reação das nações deste mundo (vs 18). Yeshua, o nosso Governante, não será automaticamente aceite pelas nações em guerra, como o Rei da terra. O mundo organizado em Nações Unidas – de todas as nações das profecias bíblicas – reunir-se-á num esforço conjunto com a besta, colocando os seus exércitos na Terra Santa para desafiar Yeshua.  A besta já fez todo um trabalho de confusão, e de prodígios anteriores que confundiram toda a humanidade excepto o remanescente dos fiéis (desenvolveremos noutro estudo), este impostor convence o mundo que o impostor é o que veio depois dele. O mundo então considerará Yeshua como inimigo e estarão furiosos por Ele ter vindo dominar todos os governos da terra. Esta é a batalha culminante, que decidirá o resultado da “Terceira Guerra Mundial” É este o tempo da intervenção de YHWH o tempo da Sua justa ira contra a humanidade rebelde (Apocalipse.11:18). Existem outras passagens que falam deste tempo (Apocalipse 15:1). Tal como o sétimo selo está dividido nas sete últimas trombetas, assim a sétima trombeta está dividida nas sete últimas pragas. Estas pragas finalmente esmagarão toda a rebelião e levarão a humanidade a se ajoelhar numa atitude de arrependimento. Assim seja Altíssimo! A Festa das Trombetas de YHWH retrata o tempo destes e outros culminantes acontecimentos e ao estabelecimento do Reino. Os Seus servos fiéis se regozijarão na segunda vinda de Yeshua, Eles compreenderão o que está acontecendo nos assuntos do mundo porque têm observado a Festa das Trombetas – o Dia Santo no Plano Mestre de YHWH para a salvação que retrata o retorno de Yeshua para governar de Jerusalém todas as nações. Colheita das Primícias na Ultima Trombeta Porque é que os eleitos de YHWH se regozijarão ao som da sétima trombeta, quando todas as nações da terra estarão de luto? (Mateus 24:30-31). Quando Yeshua retornar à terra com o brado de um arcanjo e a trombeta de YHWH, que acontecerá àqueles que fielmente obedeceram ao governo de YHWH? (1ª Coríntios 15:52 – 1ª Tessalonicenses 4:16-17). Quando acontecerá a mudança para a imortalidade – será ao som da última trombeta. 1ª Corintios 15:52; “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” Quando o apóstolo Paulo usa o pronome “nós” ele refere-se aos verdadeiros crentes que entregaram a sua vida a YHWH em obediência à sua Lei/Torah/Instrução, e receberam o Espírito Santo. Estes são os “escolhidos” que serão levantados da morte para receberem a imortalidade na primeira ressurreição, bem como aqueles “eleitos” que ainda estejam vivos na segunda vinda de Yeshua (Apocalipse 20:4-6). As primícias da salvação terão a grande honra de ser assistentes do Messias Yeshua na obra maravilhosa de construção da nova civilização. Eles reinarão com Yeshua, ajudando (Apocalipse 5:9-10) a fazer a maior colheita espiritual durante e depois do Milénio. O Elohim Todo-Poderoso tem Seus discípulos fiéis como encarregados de advertir os descendentes modernos da antiga Israel da sua punição iminente por causa dos seus graves pecados (Ezequiel 33:1-20). Hoje, YHWH vem advertindo esta geração através dos Seus próprios chamados e escolhidos a quem comissionou para fazer a advertência – para tocar a trombeta da guerra iminente. A Festa das Trombetas é um dia de regozijo – e, como o Sábado semanal, é Santo (Neemias 8:2, 9-12). Nos dias de Esdras, a congregação de Israel – a Igreja ou Assembleia do chamado Velho Testamento – Observava a Festa das Trombetas (Neemias 8:1-2). Esdras leu para o povo a Lei/Torah/Instrução durante a Festa das Trombetas. Este é o nosso propósito, alertar, e tentar explicar como vamos entendendo, e de tudo o que nos vem parar às mãos retemos o que é Bom (1ª Tessalonicenses 5:21 – Apoc. 2:25) e empenhamo-nos na pregação com todas as nossas forças (Eclesiastes 9:10), tentando ser sempre fiel ao Shemá (Deuteronómio 6:4-5). Eclesiastes 9:10 “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”. “Ouve, Israel, YHWH é o Teu Elohim, YHWH é UM. Amarás, pois, YHWH teu Elohim de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” Deuteronómio 6:4-5. Guardemos a Festa das Trombetas, pois essa foi a instrução do Eterno para todo o Israel. Ora se somos de Yeshua, somos descendência de Abraão e herdeiros conforme a Promessa (Gálatas 3:29), nisto não há judeu nem grego, mas um (povo) em Yeshua (Gálatas 3:28). Atentemos para os seus mandamentos, para que não sejamos culpados do sangue de Yeshua, que pagou um alto preço para nos resgatar do pecado.  Hebreus 6:4-6 “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.” Lembra-te amigo que estás a ler isto. O Dia das Trombetas é um dia de Santa Convocação, em que nenhum trabalho deverá ser feito, logo, deverá ser observado como se fosse um sábado semanal. Lembra-te que as trombetas têm vindo a tocar, mas poucos lhes têm dado ouvidos. “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Apocalipse 3:20 A trombeta toca, Ele bate à porta, mas poucos querem ouvir a trombeta, e poucos querem abrir a porta. Perdoa-nos Pai Santo as nossas falhas, e vem soar o shofar (trombeta) nos ouvidos daqueles que ainda dormem, e também nos nossos, para que nunca nos esqueçamos quem somos (Deuteronómio 7:6; Apocalipse 1:6; Apocalipse 14:2). Shalom para todos, e que o Eterno permita que todos nós possamos observar da melhor forma possível este grande dia do Plano de Salvação de YHWH para a humanidade.




A FESTA DAS TROMBETAS
(Yom Teruah – dia de soprar as trombetas.
Zikhron Teruah – dia do grito ou de gritaria: a voz do shofar)
No mundo hebraico existem duas designações para este dia:
• A primeira relaciona-se com o calendário civil, Rosh Ha-shanah (que significa Cabeça do Ano) e corresponde ao 1º dia do ano civil no calendário de Israel – Tishri – 1º mês do ano1; é, por tradição, considerada a data do início da criação do mundo, embora do ponto de vista litúrgico, Tishri seja considerado o 7º mês. Coincide com Setembro/Outubro, conforme os anos do calendário gregoriano.
• A segunda, a verdadeira, pois é apontada pelo próprio Senhor YHWH, designa o dia da Festa como Yom Teruah (Dia do soprar das trombetas, o “Shofar” – chifre de carneiro; dia do grito ou gritaria); traduz a verdadeira essência espiritual da festa que YHWH instituiu de acordo com o Seu calendário e que se explica de seguida. Neste dia especial que ocorrerá em breve (toque da 7ª trombeta de Deus, Yom Teruah) com a segunda vinda do Rei eterno Senhor Yeshua, ocorrerá a primeira. Este é um dia assinalado no calendário rabínico-farisaico. Como já é do nosso conhecimento, não nos devemos orientar pelas marcações que os homens fizeram há cerca de 1.700 anos atrás com base em cálculos matemáticos e astronómicos (em Babilónia), mas pela indicação dos sinais dados no início de cada mês pelo próprio Deus através da Lua Nova, i.e. através do Calendário de YHWH.  ressurreição e a coroação de Yeshua como Rei sobre todas as nações – Daniel 7:14
– “E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos,nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído”. Como era habitual em Israel, o rei era coroado no 1º dia do 7º mês – Tishri. A cerimónia de entronização (já feita no céu com Yeshua) envolvia quatro aspectos sequenciais, o que virá também a acontecer no dia glorioso da Sua segunda vinda – pois Yeshua veio primeiro como profeta e servo (Cordeiro de Deus), foi depois ressuscitado como Sumo-Sacerdote, e virá finalmente como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19:11-16):
1. Sai o decreto – Salmo 2:6-7
2. Cerimónia da tomada do trono e entrega do ceptro – Génesis 49:10;
2.Samuel 5:3; 1.Reis 1:39-40, 45-46; Apocalipse 4:1-4; 9-11; Hebreus 1:8
3. A aclamação – 1.Reis 1:34; 2.Reis 11:12; Salmo 47:1-7
4. Os súbditos do Rei prestam-Lhe juramento de fidelidade – Salmo 50:4-5. Desde sempre o soar das trombetas esteve associado a sinais de perigo ou de chamamento da congregação para que atenda a um evento especial; soa como aviso, alarme, perigo, chamada para a reunião, para a assembleia, conforme muitas passagens bíblicas o confirmam; e.g. Números 10:1-10. Esta solenidade deve ser celebrada no 1º dia do mês 7º do calendário hebraico – (Tishri), conforme está em Levítico. 23:23-25 e em Números 29:1: “Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação. Nenhum trabalho servil fareis, mas oferecereis oferta queimada a YHWH”. Esta é a única festividade que é celebrada num dia de Lua Nova, por isso também é conhecida como a Festa da Lua Nova (Rosh Chodesh) – Salmo 81:3-4: “Tocai a trombeta na lua nova, no tempo apontado da nossa solenidade. Porque isto é um estatuto para Israel, e uma lei do Deus de Jacob”. Para além do toque do shofar (feitas de chifres de carneiro) neste dia, em todo o Israel, eram também tocadas as trombetas de prata (Chat-zotzrah) que Deus mandara fazer: Números 10:2, 10. Que significado tem hoje a Festa da Trombetas para o povo de Deus? Este dia significa:
• O anúncio de Deus dado a Israel (e a todos os povos) do julgamento vindouro, o Julgamento do Santo de Israel, YHWH, sobre toda a humanidade, o qual deverá ocorrer no Dia da Expiação, dez dias mais tarde, pelo que o povo é chamado a lembrar-se do seu Deus e a arrepender-se dos seus atos, antes que venha o Seu julgamento: Salmo 51:17 – “Os sacrifícios para À semelhança com o costume antigo nas aldeias em Portugal, quando se tocavam os “sinos a rebate”. Identificado pelo aparecimento da Lua Nova conforme já se explicou.  Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus”. Amós 4:12 – “Portanto, assim te farei, ó Israel! E porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus”. Será que cada um de nós está a preparar o seu coração em obediência, humildade e contrição para se apresentar perante O Deus Todo Poderoso?
• O soar das trombetas de Deus que apela ainda à chamada ao arrependimento. Será no dia do toque da 7ª trombeta que YHWH intervirá global e diretamente nos acontecimentos deste mundo, pondo fim ao atual estado de pecado e desobediência em que o mundo se encontra – 1.Tessalonicenses 4:16-17 – “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”. E em 1.Coríntios 15:51-52 – “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. Estes ensinamentos mostram-nos com clareza que a primeira ressurreição (ou a ressurreição dos justos) ocorrerá com a vinda gloriosa de Yeshua, quando a 7ª trombeta soar, num dia em que se celebra o estatuto de Deus do Dia das Trombetas.
• Aponta-nos ainda a tradição judaica que foi neste dia que Isaac iria ser oferecido em holocausto a YHWH, por seu pai Abraão, quando YHWH proporcionou um animal no seu lugar. Esta trombeta de que nos fala Paulo aqui, é a 7ª e última trombeta que se encontra descrita em Apocalipse 8:2 e 11:15, e que assinala o início do Reino Milenar do Messias, em que os reinos deste mundo passarão para Ele e para os Seus escolhidos – Apocalipse 11:15 – “E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre”. Acerca do grande Dia do Senhor YHWH diz-nos a Palavra de Deus que será um dia de júbilo para os escolhidos, os que esperam o seu regresso e lavaram os seus vestidos no sangue do Cordeiro, mas dia de condenação para os que não aceitaram a “Salvação de YHWH”, sobre os quais cairá a irá do Altíssimo: Mateus.24:30-31 – “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” Ver também Apocalipse 20:5-6; Daniel 12:1-3. Não confundir a Palavra de Deus e as Suas profecias verdadeiras com um erro doutrinal que se tornou muito popular há cerca de 150 anos a esta parte e que nos fala do “arrebatamento da igreja” antes que ocorra o chamado período da grande tribulação do tempo do fim. O verdadeiro arrebatamento só ocorrerá na vinda de Yeshua como Rei eterno. Isaías 27:12-13 – “E será naquele dia que YHWH debulhará seus cereais desde as correntes do rio, até ao rio do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos... tornarão a vir, e adorarão a YHWH no monte santo em Jerusalém”. O profeta fala-nos aqui dos que “andavam perdidos”. Que significa isto? Não andávamos todos perdidos, desviados do caminho de Deus? Sim, é verdade, todos nos desviámos desse Caminho santo. Mas, muitos, pela graça de Deus, voltaram a encontrar esse Caminho e a andar Nele (Yeshua). Não nos disse Yeshua, O Messias, que veio buscar o que se havia perdido? E não mandou Ele os Seus discípulos senão às ovelhas perdidas da Casa de Israel? Vemos então que essas ovelhas estão a voltar ao aprisco do seu Pastor. E estas, quais filhos pródigos, são as que ouviram a Sua voz, a voz da Sua trombeta e se arrependeram. Estes serão os que receberão o galardão da vida eterna por Cristo, quando soar a 7ª trombeta e os santos ressuscitarem com novos corpos incorruptíveis: 1.Coríntios 15:52; 1.Tessalonicenses 4:16.Mas antes que a 7ª trombeta de Deus soe, muitas outras vêm soando através da pregação da Palavra, sem que os homens lhes queiram dar ouvidos ou entender a sua importância. Não vamos entrar numa descrição do significado das anteriores trombetas apontadas no Livro de Apocalipse, porque essas vêm soando já há muito e o mundo não as quer ouvir e estão associadas a grandes acontecimentos que se produziram ou ainda hão de produzir no mundo antes do toque da 7ª trombeta e da vinda do Glorioso e Eterno Rei Senhor Yeshua. Porém, cada vez que um profeta ou obreiro de Deus fala chamando o povo ao arrependimento está a fazer soar a trombeta de Deus. Os acontecimentos que a humanidade está a viver também foram e estão a ser determinados pelas trombetas que YHWH manda soar cada uma ao tempo determinado por Ele. Uma longa descrição de acontecimentos catastróficos encontram-se associados às 6 trombetas de Apocalipse e que, por si só, merece um estudo separado deste. Sabemos porém, que grandes castigos ainda virão, e que serão causados pelo homem; mas, apesar dos castigos que estão associados ao soar destas trombetas, o homem blasfemará o Nome de Deus e não se arrependerá dos seus maus caminhos: Apocalipse 9:21; 16:9, 11. Segundo a Bíblia, podemos ainda ler acerca das trombetas de Deus terem soado em numerosas ocasiões especiais da vida do povo de Deus, a Sua Israel:
• Quando O Senhor entregou a Lei dos 10 Mandamentos a Moisés (Êxodo.19:14.19).
• No decurso da conquista de Jericó em que as trombetas íam tocando adiante da Arca do Concerto, durante 6 dias, e ao 7º dia rodearam a cidade 7 vezes e os muros da cidade caíram; tudo o que lá estava dentro foi anátema ao Uma perfeita analogia com os “dias do fim”, em que Deus deixou o homem governar este mundo durante 6.000 anos. Porém, quando Ele vier e a 7ª trombeta soar, todo o sistema iníquo criado pelo homem e por Satanás cairá por terra, dando então ocasião a um governo de paz, justiça e harmonia baseado na eterna Lei de YHWH que durará mil anos. Senhor e morto (homens, mulheres, crianças e animais); só escapou Raab e a sua família e os seus pertences porque albergaram os espias de Israel; repare-se no significado dos 6 dias de cerco com trombetas (6.000 anos de governo do homem em que YHWH não interfere, mas faz soar as Suas trombetas) e no 7º dia, apontando para o Milénio do governo de Cristo sobre todas as nações da terra, o dia da vitória final do Grande Rei Eterno.
• Chamamento/aviso final à humanidade para que se arrependa, sempre que O Senhor YHWH tocar a trombeta (Zacarias 9:14; Isaías 18:3; Sofonias 1:14-16).
• Para assinalar o encerramento da era atual de pecado e desobediência Apocalipse Cap.8 e 9.
• Na 2ª vinda de Cristo em que terá lugar a ressurreição dos justos (Mateus.24:30-31; 1.Coríntios 15:51-52; 1.Tessalonicenses 4:16). Em conclusão: o significado da Festa das Trombetas aponta para:  Um alerta e um tempo para reflexão e arrependimento da humanidade antes que venha O Grande Rei Yeshua – Sofonias 1:14-16. A chegada  eminente do Dia do Senhor YHWH e a ressurreição dos justos (1ª ressurreição) – Daniel 7:18. A restauração do Reino a Israel (a junção das duas casas, Efraim e Judá) – concretização da profecia de Daniel 2:44; Amós 4:12. Preparemo-nos pois e escutemos as trombetas que vêm soando desde o princípio do mundo, desde que o homem desobedeceu a Deus: ARREPENDEI-VOS! – Atos.3:19; 17:30-31; Joel 2:11-15; 1.Pedro 4:17-18; Marcos 1:15. Segue-se depois um período de dez dias de grande introspecção para que cada ser humano avalie a sua condição espiritual e abrace o concerto com YHWH (o concerto da salvação) através de Yeshua, O Messias. Ele também nos diz em Apocalipse,2:10 – “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”.
A FESTA DAS TROMBETAS REPRESENTA O REGRESSO DE JESUS CRISTO À TERRA
A Festa das Trombetas dá início às festas do outono — e representa o culminar da presente era do homem e o início de uma época fantástica durante a qual Deus vai agir de forma muito mais direta nos eventos mundiais. As festas anteriores constituem respostas pessoais às obras de Deus nas pessoas que Ele chama e escolhe. Mas o Dia das Trombetas anuncia formalmente a intervenção de Deus nos assuntos da humanidade a nível global. A Festa das Trombetas representa um ponto crítico na história mundial. Esta festa também marca em particular o princípio da terceira e última temporada festiva (Êxodo.23:14; Deuteronômio.16:16), a qual inclui os últimos quatro Dias Santos do ano. O regresso de Jesus Cristo! A Festa das Trombetas representa nada mais nada menos do que o regresso de Jesus Cristo à Terra, para instaurar o Reino de Deus! O livro de Apocalipse revela a sequência de acontecimentos chocantes na Terra, representados por anjos soando uma série de sete trombeta.  O toque do sétimo e último anjo significa que “os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo” (Apocalipse.11:15). O regresso de Jesus Cristo é o último e mais significativo acontecimento associado com o toque profético das trombetas. Sem dúvida, de todas as profecias da Bíblia esta anuncia a notícia mais animadora para este mundo cansado e cheio de pecado! A Festa das Trombetas também marca o cumprimento futuro de muitas profecias do Antigo Testamento, que falam sobre a vinda de um Messias como rei para reger com poder e autoridade. O conceito de um Messias conquistador estava na mente dos apóstolos, logo após à ressurreição de Jesus. Quando Ele apareceu-lhes naqueles primeiros dias, eles fizeram-Lhe perguntas, tais como: “Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?” (Atos.1:6). Mesmo no Seu ministério terreno, Jesus Cristo falou distintamente sobre  Sua primeira e segunda vinda. Quando Pôncio Pilatos, governador da Judeia, interrogou-O antes da crucificação, Jesus disse claramente que não veio para governar naquela época. Jesus disse a Pilatos: “O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui.” Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: “Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade” (João.18:36-37). Depois da ressurreição de Jesus Cristo, os apóstolos falaram com entusiasmo sobre o cumprimento das promessas de Jesus. Eles conheciam as profecias messiânicas como a de Isaías, que descreve de um tempo durante o qual “o principado [o governo] está sobre os Seus ombros” e “do incremento deste principado [deste governo] e da paz, não haverá fim” (Isaías.9:6-7). Respondendo à pergunta dos apóstolos quando perguntado se estabeleceria dentro em breve o Reino, Jesus disse-lhes: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (Atos.1:7). Todavia, Cristo disse-lhes para se concentrarem na propagação do evangelho — a boa nova — em todo o mundo. Mais tarde, em seu devido tempo, os apóstolos perceberam que a segunda vinda de Cristo não seria iminente. Muitas as escrituras descrevem a ansiedade dos santos por aguardar o regresso de Cristo. Por que usar o simbolismo de Trombetas? A emoção desse Dia Santo, que retrata acontecimentos monumentais, é captada no simbolismo dessa festa. A antiga Israel a festejava com “uma reunião sagrada, celebrada com toques de trombeta” (Levítico.23:24, NVI). Qual é o significado dos sons dramáticos que acompanham a observância deste dia? Para nos ajudar a entender o simbolismo das trombetas, vamos analisar o uso desse instrumento musical na Bíblia. Deus instruiu a antiga Israel a usar corretamente as trombetas — naquele dia, um chifre oco de um animal, conhecido como shofar — para comunicar mensagens importantes. Um toque de uma trombeta de prata significava um chamado à reunião para os líderes de Israel. E dois toques eram para reunir todas as pessoas (Números.10:3-4). Deus também usou um shofar para anunciar seu encontro com Israel quando desceu ao Monte Sinai (Êxodo.19:16). Trombetas também podiam soar como um aviso. Números 10:9 declara: “Quando na vossa terra sairdes a pelejar contra o inimigo, que vos aperta, também tocareis as trombetas”. Neste caso, as trombetas significavam um aviso de perigo e guerra iminente. As trombetas também podiam ter um som festivo: “Semelhantemente, no dia da vossa alegria, e nas vossas solenidades, e nos princípios dos vossos meses, também tocareis as trombetas…e vos serão por lembrança perante vosso Deus” (Números.10:10). Na antiguidade, por sua capacidade de transmitir sons a grandes distâncias, os trombetas eram excelentes instrumentos para atrair a atenção das pessoas. Em conexão com essa festa, o Salmo.81:3 exorta: “Tocai a trombeta na Festa da Lua Nova, na lua cheia, dia da nossa festa” (ARA).

O DIA DA EXPIAÇÃO: REMOÇÃO DA CAUSA
DO PECADO E RECONCILIAÇÃO COM DEUS
Ampliando o significado das trombetas. Os escritores do Novo Testamento trouxeram mais compreensão ao significado do toque das trombetas. Vejamos o que diz Paulo acerca do regresso de Jesus Cristo: “Porque o mesmo Senhor  descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares” (1 Tessalonicenses.4:16-17). Paulo também falou do dia em que as primícias, representado por Pentecostes, ressuscitarão para a imortalidade. Em 1 Coríntios.15:52 ele diz que isso irá acontecer: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Coríntios.15:52). Assim, o som impetuoso dessa última trombeta vai despertar os mortos! Ainda que a festa das Trombetas não seja mencionada pelo nome no Novo Testamento, não temos um motivo plausível para não guardar esse Dia Santo. Pelo contrário, a Igreja primitiva usou as escrituras hebraicas para fundamentar a doutrina (2 Timóteo.3:16). Assim como com os Dez Mandamentos (Tiago.2:10-11), cada uma das festas estão íntima e intrinsicamente relacionadas entre si. Quando as observamos, conseguimos compreender o desenvolvimento do notável plano de Deus para a humanidade. Não devemos ignorar nenhum de Seus Dias Santos. O ensinamento profético de Jesus. Próximo do fim do ministério terreno de Cristo, os apóstolos perguntaram-Lhe sobre o fim desta era. Em Mateus.24:3 lemos: “No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século” (ARA). Anteriormente, Daniel tinha profetizado sobre o estabelecimento do Reino de Deus e como os santos, o povo de Deus, herdaria esse reino (Daniel.2:44; 7:18). Daniel, como também os apóstolos, não entendeu quando esse Reino viria. Jesus, na Sua resposta a Seus discípulos, explicou  sobre uma série de eventos que aconteceriam até Seu retorno. Ele mencionou engano religioso, guerras, fomes, doenças, terremotos e outras calamidades (Mateus.24:4-13). Ele caracterizou o tempo de Seu retorno como uma era de ódio e anarquia. Neste cenário, Jesus disse: “Este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (versículo 14). Detalhes adicionais do livro de Apocalipse Mais tarde Jesus Cristo revelou muitos mais detalhes acerca desse importante assunto. O livro de Apocalipse é descrito como a “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer” (Apocalipse.1:1). Aqui, através do apóstolo João, Cristo relata novamente os mesmos acontecimentos que descrevera a Seus discípulos décadas atrás. Porém, agora Jesus usa o simbolismo da abertura gradual de vários selos (Apocalipse 6). Depois disso, ao começar a ira de Deus contra as nações desobedientes, Jesus profetizou o derramamento de sete pragas sobre o mundo pecaminoso, anunciando cada uma ao som de uma trombeta (Apocalipse.8-9). E, enfim, Deus enviará duas “testemunhas”, ou “profetas”, para proclamar a Sua verdade a um mundo rebelde (Apocalipse 11). Esse testemunho profético é comparado a um aviso ao som da trombeta (Isaías.58:1). Tragicamente, esta sociedade ímpia rejeitará e matará esses dois servos de Deus (versículos 7-10). Esses acontecimentos dramáticos preparam o caminho para que o sétimo anjo soe a trombeta e Jesus Cristo regresse e assuma o governo de toda a Terra (Apocalipse 11:15). Sobre esse mesmo cenário, Mateus 24 diz que “logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (versículos29-31). Acontecimentos sem precedentes no regresso de Cristo Inacreditavelmente, quando Jesus Cristo regressar ao Monte das Oliveiras, em Jerusalém, as nações da Terra vão se reunir para combatê-Lo (Zacarias.14:1-4). Apocalipse.19:19 descreve essa iminente batalha: “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele [Jesus Cristo] que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército”. Por que vão querer lutar contra o Messias? Os exércitos tentarão destruir Cristo porque Satanás enganou todo o mundo (Apocalipse.12:9). A influência do diabo vá instigar as nações a lutarem contra Cristo, assim que Ele regressar. E também acontecerá que no momento do retorno de Cristo Seus fiéis seguidores serão ressuscitados para a imortalidade. Em Apocalipse.20:5 isso é descrito como a “primeira ressurreição”, que é também uma “ressurreição melhor” (Hebreus.11:35). Essa transformação a uma vida imortal era a esperança dos primeiros cristãos e continua sendo a ardente esperança de quem entende o plano de Deus. Na epístola aos romanos, Paulo descreve essa ressurreição como uma gloriosa libertação da escravidão: “Porque a ardente expectação da criatura [da criação] espera a manifestação dos filhos de Deus…na esperança de que também a mesma criatura [criação] será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus (Romanos.8:21)…E não só ela [a criação], mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Romanos.8:19, 21, 23). Vemos que, apesar dos trágicos eventos que virão, a boa nova é que Deus intervirá para salvar a humanidade e guiá-la para o Seu abundante caminho de vida. Jesus Cristo voltará para ressuscitar Seus seguidores e para estabelecer o governo perfeito de Deus sobre a Terra. Esse é o maravilhoso e inspirador significado da Festa das Trombetas. Cristo nos ensinou a orar “venha o Teu reino” (Mateus.6:10). E, certamente, precisamos urgentemente da resposta dessa oração! O Dia da Expiação. A Remoção da Causa do Pecado e a Reconciliação com Deus á vimos — através do simbolismo da Páscoa — que o sangue derramado por Cristo expia nossos pecados passados. Na verdade a expiação é um ato de reconciliação. O Dia da Expiação simboliza a reconciliação de Deus para com toda a humanidade. O Dia da Expiação: Remoção da Causa do Pecado e Reconciliação com Deus. Se estivermos reconciliados com Deus, através do sacrifício de Cristo, por que precisamos de outro Dia Santo para nos instruir sobre a reconciliação? Se já estamos reconciliados, qual a necessidade de jejuar, como é ordenado no Dia da Expiação? (Levítico.23:27; Atos 27:9). Qual é o significado especial deste dia no plano mestre de Deus para a salvação da humanidade? O Dia da Expiação e a Páscoa nos ensinam acerca do perdão dos pecados e da nossa reconciliação com Deus através do sacrifício de Cristo. Entretanto, a Páscoa representa a redenção do primogênito e, portanto, aplica-se mais diretamente aos cristãos, que Deus chamou nesta era, enquanto o Dia da Expiação tem implicações universais. Além disso, o Dia da Expiação representa um passo adicional e essencial no plano de salvação de Deus, que não se encontra no simbolismo da Páscoa. Este passo ocorre antes da humanidade desfrutar da verdadeira paz na Terra. Todos nós sofremos com as trágicas consequências do pecado. Mas o pecado não acontece sem causa, e Deus mostra, claramente, essa causa no simbolismo associado com o Dia da Expiação.
O DEUS DESTE SÉCULO CEGOU OS ENTENDIMENTOS DOS INCRÉDULOS SATANÁS: O AUTOR DO PECADO
O Dia da Expiação não envolve apenas o perdão dos pecados. Ele também representa a remoção da principal causa do pecado — Satanás e os seus demônios. Enquanto Deus não retirar o principal instigador do pecado, a humanidade continuará caindo em desobediência e sofrimento. Embora a nossa natureza humana tenha seu papel em nossas falhas, o diabo, Satanás, é quem tem mais responsabilidade nisso, pois nos instiga a desobedecer a Deus. Apesar de muitos duvidarem da existência do diabo, a Bíblia revela que Satanás é um ser poderoso e invisível e que pode influenciar toda a humanidade. Apocalipse.12:9 diz que a sua influência é tão grande que ele “engana todo o mundo.” O diabo consegue cegar as pessoas quanto ao entendimento da verdade de Deus. Assim o apóstolo Paulo explica aos coríntios: “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Coríntios.4:3-4). Paulo também nos ensina que Satanás influenciou todo o ser humano a trilhar o caminho da desobediência. Ele diz o seguinte acerca daqueles que foram chamados para a Igreja: “Noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência” (Efésios.2:2). Paulo avisa os coríntios que Satanás pode apresentar-se como alguém justo: “Não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras” (2 Coríntios.11:14-15). Jesus Cristo declara abertamente que Satanás trouxe o pecado e a rebelião ao mundo. Em João.8:44 Cristo afirmou àqueles que eram contra Seu ensinamento: “Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”. Através  dessas escrituras vemos o poder e a influência de Satanás. Paulo adverte sobre os métodos enganosos do diabo: “Temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Coríntios.11:3). Os cristãos que batalham continuamente para resistir a Satanás e parar de pecar travam uma batalha espiritual contra o diabo e seus demônios. Paulo disse: “Nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo de escuridão” (Efésios.6:12 .BLH). Aqui, Paulo explica que Jesus Cristo nos livrará da influência do Maligno (versículos.13-18). Evidentemente, Deus é muitíssimo mais poderoso que Satanás, mas temos que fazer nossa parte resistindo ativamente ao diabo e à influência da carne. O Dia da Expiação aponta para um tempo futuro em que Satanás será derrotado e nunca mais poderá influenciar e enganar a humanidade (Apocalipse.20:1-3). Levítico 16 mostra Deus instruindo a antiga Israel a observar o Dia da Expiação. Embora os cristãos não precisem oferecer sacrifícios de animais, este capítulo amplia consideravelmente o nosso entendimento do plano de Deus. Observe que o sacerdote selecionava dois bodes para uma oferta de pecado, e apresentava-os perante o SENHOR (versículos 5,7). Arão, o sumo-sacerdote, lançava sortes sobre os dois bodes para selecionar um “para o SENHOR”, o qual era oferecido em sacrifício (versículos 8-9). Este bode representava Jesus Cristo, que viria a ser morto para pagar a pena por nossos pecados. O outro bode tinha um fim completamente diferente: “Mas o bode sobre que cair a sorte para ser bode emissário apresentar-se-á vivo perante o SENHOR, para fazer expiação com ele, para enviá-lo ao deserto como bode emissário” (versículo 10).  Repare-se que este bode não era morto. O sumo-sacerdote “porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e o homem enviará o bode ao deserto” (versículos 21-22). O sacerdote escolhia por sorte o “bode emissário”, ou Azazel, que é o termo usado nos manuscritos originais em hebraico. Muitos eruditos identificam Azazel como sendo o nome de um demônio que habita no deserto ( O Dicionário Bíblico do Intérprete [ Interpreter’s Dictionary of the Bible, ] Vol. 1, p. 326). O bode Azazel representa Satanás, responsável pelos pecados da humanidade (versículo 22), pois ele é quem engana e induz a humanidade ao erro. O sumo-sacerdote impunha as mãos sobre esse bode e confessava sobre ele a maldade, a rebelião e os pecados do povo. Por que fazia isso? Porque, como atual governante do mundo, o diabo é responsável pela perversidade de seduzir e coagir a humanidade ao pecado. “O envio do bode com todos os pecados sobre ele… significava a remoção completa dos pecados do povo, entregando-os, por assim dizer, ao espírito maligno a quem pertenciam” ( O Comentário Bíblico Volume Único [ The One Volume Bible Commentary, ] p. 95). Um bode expiatório, no linguajar moderno, refere-se a alguém acusado inocentemente por erros de outros. Portanto, esse termo não pode ser aplicado adequadamente a Satanás, o diabo, em seu sentido atual, não é um bode expiatório. Satanás não está sendo culpado injustamente pelos pecados, pois ele é justamente responsável por induzir a humanidade ao erro ao longo de milhares de anos de história. O simbolismo do bode vivo é semelhante ao destino de Satanás e seus demônios, os quais Deus tirará de suas posições de poder ao iniciar o reino milenar de Jesus Cristo sobre as nações. O livro de Apocalipse descreve esse acontecimento: “E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem” (Apocalipse.20:1-3). Assim, o diabo e os seus demônios, que durante milhares de anos induziram a humanidade a todo tipo de perversidade imaginável, serão levados a um lugar de isolamento (versículo 3). A total reconciliação mundial com Deus não poderá ocorrer enquanto a fonte de tanta transgressão e sofrimento — Satanás — não for removida.
O DIA DA EXPIAÇÃO TEMPO
 DE RECONCILIAÇÃO
 Agora veja as instruções específicas sobre quando e como se guardar essa festa. Deus diz: “Aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação, e afligireis a vossa alma …” (Levítico.23:27). Como Ele “aflige a sua alma” nesse dia? Afligir deriva do hebraico anah, que significa “ser afligido, ser abatido, ser humilde, ser manso” ( Dicionário Expositivo Completo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento , “Ser Humilde, Aflito” por Vine [ Vine’s Complete Expository Dictionary of Old and New Testament Words, “To Be Humbled, Afflicted”]). A mesma palavra é usada em relação ao jejum, em Salmos.35:13 e Esdras 8:21. Jejuar significa abster-se de comida e bebida (Ester.4:16). Por que Deus nos diz para jejuar especificamente durante vinte e quatro horas? O jejum expressa o nosso humilde desejo de nos aproximar de Deus. O Dia da Expiação representa um tempo vindouro de reconciliação, depois de Satanás ter sido expulso e o mundo ter sido devastado por acontecimentos horríveis que levaram a essa situação, quando a humanidade humildemente arrependida, será finalmente reconciliada com Deus. Poucos compreendem a razão correta do jejum. O jejum não é para atrair a atenção de Deus para nossos desejos. Não jejuamos para receber algo de Deus, exceto Sua abundante misericórdia e perdão pelas nossas fraquezas. O jejum ajuda-nos a lembrar quão temporária é a nossa existência física. Sem alimento e água, morremos dentro de pouco tempo. O jejum nos ajuda a entender o quanto realmente precisamos de Deus como Criador e Sustentador da vida. Devemos sempre jejuar no Dia da Expiação com um estado de espírito voltado ao arrependimento. Observe a atitude exemplar de Daniel durante um jejum: “Eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza. E orei ao SENHOR, meu Deus, e confessei” (Daniel.9:3-4). A Igreja primitiva guardou o Dia da Expiação. Mais de trinta anos depois da morte de Cristo, Lucas ainda se referia ao tempo e às estações mencionando esse dia, dizendo que “tendo-se tornado a navegação perigosa, e já passado o tempo do Dia do Jejum” (Atos.27:9, ARA). Quase todos os comentários e dicionários da Bíblia concordam que este “Jejum” se refere ao Dia da Expiação.

Há ainda outra lição importante advinda do Dia da Expiação. Vimos que o bode sacrificado representava o sacrifício de Jesus Cristo em nosso lugar, quem pagou a pena de morte por nós pelos nossos pecados. Mas Jesus Cristo não permaneceu morto; Ele voltou à vida. Então, o que nos ensina o Dia da Expiação sobre o papel de Cristo depois de Sua ressurreição? Levítico.16:15-19 descreve uma cerimônia solene que era realizada uma só vez ao ano no Dia da Expiação. O sumo-sacerdote levava o sangue do bode degolado para o santuário — a parte mais sagrada do tabernáculo — e para o propiciatório. O propiciatório simbolizava o próprio trono do Deus Todo-Poderoso. O sumo-sacerdote exercia a função que Cristo realiza para os cristãos arrependidos. Cristo, tendo ascendido ao próprio trono de Deus pelo sangue do Seu sacrifício, intercede por nós – assim Ele tem feito desde a Sua ressurreição – pois Ele é o nosso sumo-sacerdote. A epístola aos hebreus esclarece esse simbolismo. “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação [física], nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário , havendo efectuado uma eterna redenção” (Hebreus.9:11-12). Em virtude do sacrifício de Cristo, nós temos acesso direto ao verdadeiro propiciatório — o trono do nosso misericordioso e amado Deus. Isto foi dramática e miraculosamente demonstrado no momento da morte de Cristo, quando “o véu do templo”, que impedia a entrada no Santíssimo Lugar [Santo dos Santos], “se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mateus.27:51; Marcos 15:38). Esta pesada cortina da entrada do Santíssimo foi rasgada ao meio como um testemunho dramático do acesso que agora temos ao trono de Deus. Em Hebreus, muitos versículos mencionam a função de Cristo como Sumo-sacerdote e intercessor. Devido ao Seu sacrifício por nós, agora podemos ir “com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hebreus.4:16). Assim, o Dia da Expiação descreve a reconciliação amorosa que todas as pessoas podem ter com Deus através do sacrifício de Cristo. E também mostra a notável verdade de que Satanás, o autor do pecado, eventualmente será removido para que toda a humanidade possa finalmente alcançar a reconciliação com Deus. O Dia da Expiação serve como um passo preparatório e vital em antecipação ao marco seguinte do glorioso plano dos Dias Santos de Deus, representado de forma espetacular pela Festa dos Tabernáculos.



A TRADIÇÃO INVALIDA OS MANDAMENTOS
DE DEUS; ENSINAMENTOS DE JESUS CRISTO
Substituindo o Pecado Pelo Pão da Vida, Imediatamente depois da Páscoa vem uma festa que descreve o passo seguinte na execução do plano mestre de Deus. Depois de Deus ter perdoado os nossos pecados, através do sacrifício de Cristo, como podemos continuar evitando o pecado, visto que temos que viver em novidade de vida? Como podemos viver como o povo redimido de Deus? Vamos encontrar essa resposta no notável simbolismo da Festa dos Pães Asmos. Quando Deus libertou Israel da escravidão no Egito, Ele disse ao Seu povo: “Sete dias comereis pães asmos”, (Êxodo.12:15). O versículo 39 explica mais: “E cozeram bolos asmos da massa que levaram do Egito, porque não se tinha levedado, porquanto foram lançados do Egito; e não se puderam deter, nem prepararam comida”. O fermento é um agente de levedura que faz com que a massa de pão cresça. O processo de fermentação do pão leva tempo. Os israelitas não tiveram tempo para isso quando deixaram o Egito, por isso cozeram e comeram pães sem fermento. Aquilo que começou por uma necessidade continuou ao longo de uma semana. De forma apropriada, Deus chamou esse tempo de Festa dos Pães Asmos (Levítico.23:6), ou Dias dos Pães Asmos (Atos.12:3). Quando Jesus veio à Terra como ser humano, Ele observou esses sete dias da festa — às vezes chamada pelos judeus de Festa da Páscoa por causa da proximidade da Páscoa com os Dias dos Pães Asmos. Jesus observou-a quando criança e continuou depois de adulto (Lucas 2:41; Mateus. 26:17). A Igreja primitiva, seguindo o exemplo das práticas religiosas de Cristo, também a observou. Deus entregou Suas primeiras instruções referentes a essa festa quando os israelitas se preparavam para deixar o Egito. “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo. Sete dias comereis pães asmos; ao primeiro dia, tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel. E, ao primeiro dia, haverá santa convocação; também, ao sétimo dia, tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vós” (Êxodo.12:14-16). Portanto, esta era uma festa que durava sete dias, sendo que o primeiro e o sétimo dia eram sábados ou dias santos anuais. Anualmente, conforme os israelitas observavam esta festa, eles eram lembrados que Deus libertou seus antepassados da escravidão no Egito. O Criador instruiu: “Guardai, pois, a Festa dos Pães Asmos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito” (Êxodo.12:17). O êxodo do Egito permanece uma razão fundamental para que se observar essa festa até hoje. Assim como Deus libertou a antiga Israel, Ele nos livra de nossos pecados e dificuldades.  Agora observe o ensinamento de Jesus Cristo sobre o fermento, que expande o significado dessa festa. Durante o Seu ministério Cristo realizou dois milagres nos quais alimentou milhares de pessoas. Depois de um desses incidentes, os Seus discípulos, que estavam contornando o Mar da Galileia, se esqueceram de trazer pão. Então, Jesus disse-lhes: “Adverti e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus” (Mateus.16:6). Os discípulos pensaram que Jesus se referia à falta de pão. Mas, Ele estava aproveitando a ocasião para ensiná-los, chamando à atenção para o simbolismo do fermento. Cristo perguntou-lhes: “Como não compreendestes que não vos falei a respeito do pão, mas que vos guardásseis do fermento dos fariseus e saduceus? Então, compreenderam que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus” (Mateus.16:5-12). Alguns dos membros da elite religiosa do tempo de Cristo ensinavam e praticavam tradições criadas pelo homem que eram realmente contrárias à lei de Deus e, portanto, pecaminosas. E Jesus disse-lhes o seguinte: “E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus. Hipócritas…” (Mateus.15:6-7). Os Dias dos Pães Asmos nos fazem lembrar que, com a ajuda de Deus, devemos remover e evitar todos os tipos de pecado — simbolizado pelo fermento — e viver de acordo com os mandamentos de Deus em todos os aspectos de nossa vida. Durante a Festa dos Pães Asmos, ao usar também a comparação do pecado ao fermento, o apóstolo Paulo ensinou as mesmas lições espirituais que Jesus tinha ensinado Ao repreender a congregação dos coríntios por causa de suas divisões, invejas e tolerância ao comportamento sexual impróprio, Paulo escreveu-lhes: “Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Limpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade” (1ro Corintios.5:6-8). A igreja em Corinto óbvia e indubitavelmente guardava a Festa dos Pães Asmos, a qual Paulo sempre aludia. Contudo, Paulo serviu-se da obediência fiel dos coríntios em guardar fisicamente a festa (removendo o fermento de suas casas) para encorajá-los a celebrá-la com o devido entendimento e intuito espiritual. Hoje em dia, o ato de remover fermento de nossas casas por sete dias, lembra-nos que, através da oração, da ajuda e da compreensão divina, também devemos reconhecer, expulsar e evitar o pecado. A Festa dos Pães Asmos é, portanto, um período de reflexão pessoal. Devemos meditar em nossas atitudes e conduta e pedir a Deus que nos ajude a reconhecer e superar nossas fraquezas. Em 2 Corintios.13:5, Paulo falou dessa autorreflexão extremamente necessária quando disse à igreja de Corinto: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados”.
LIÇÕES ESPIRITUAIS; EU SOU O PÃO DA VIDA
Nós aprendemos praticando. Nós aprendemos lições espirituais fazendo coisas físicas. Cumprir a tarefa de retirar o fermento de nossas casas nos lembra de vigiar atentamente os pensamentos e ações pecaminosos para que possamos evitá-los. Deus sabe que, apesar das nossas boas intenções, todos nós pecamos. Muitos anos depois de sua conversão, Paulo descreveu a poderosa tendência humana ao pecado: “Acho, então, esta lei em mim: que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado” (Romanos.7:21-25). Paulo sabia que a vida em si mesma é uma batalha contra o pecado. A Bíblia fala do “pecado que tão de perto nos rodeia” (Hebreus.12:1). Nós temos a nossa parte na luta para vencer o pecado. Contudo, devemos confiar na ajudar de Deus. Paulo explicou isso aos filipenses, dizendo-lhes: “Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Filipenses.2:12-13). De fato, Paulo não encerrou sua discussão sobre a luta contra o pecado, no sétimo capítulo do livro de Romanos, nessa observação, aparentemente sem esperança, de permanecer escravizado ao pecado. Ele prosseguiu no próximo capítulo para mostrar que podemos nos libertar do caminho do pecado e da morte — com a ajuda de Cristo e através do Espírito Santo de Deus. O fato de guardar os Dias dos Pães Asmos nos ajuda a entender a necessidade crucial da ajuda de Jesus Cristo para vencermos as nossas fraquezas. E isso se reflete no segundo aspecto de como Deus ordena que essa festa seja observada — comer pão sem fermento durante sete dias. Mas qual é o significado desse pão sem fermento que comemos? Para remover efetivamente o pecado e impedi-lo de voltar para nossas vidas, precisamos fazer algo — devemos substituir nossas fraquezas humanas e tendências pecaminosas por algo muito melhor. E aprendemos isso com as instruções de Deus para comer pão sem fermento durante toda a festa. O que representa  esse pão asmo?  O próprio Jesus explica no sexto capítulo do livro de João. À medida que a Festa dos Pães Asmos se aproximava, e pouco depois de Cristo realizar um grande milagre para alimentar milhares de pessoas (versículos 4-13), observe o que Ele disse à multidão que O seguia, além de algumas declarações no último capítulo da Páscoa: “Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará…Moisés não vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo… “Eu Sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede…Eu Sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra”. “Eu Sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo…Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre” (João. 6:27-58). Observe os diferentes termos que Jesus aplicou a Si mesmo — “ o verdadeiro pão do céu”, “o pão de Deus”, “o pão da vida” e “o pão vivo que desceu do céu”. Ele enfatizou que esse “pão” providenciado por Deus faria muito mais do que satisfazer sua fome física, como Ele fez ao alimentá-los, de forma milagrosa. Isso satisfaria a fome espiritual, que é muito mais profunda, e preencheria o vazio espiritual que existe em todo ser humano.
A FESTA DE PENTECOSTES: OS PRIMEIROS
 FRUTOS DA COLHEITA DE DEUS
Os Primeiros Frutos da Colheita de Deus. No processo de revelação de Seu plano de salvação para a humanidade, Deus estabeleceu os Seus Dias Santos em torno das estações de colheitas no Oriente Médio (Levítico 23:9-16; Êxodo.23:14-16). Tal como o Seu povo realizava suas colheitas durante essas épocas festivas, assim os Dias Santos de Deus nos mostram como Ele está colhendo pessoas para a vida eterna em Seu Reino. Os Dias Santos estão intrinsecamente ligados quanto ao seu significado. E, juntos, eles  revelam gradualmente como Deus trabalha com a humanidade. Inicialmente, vimos a Páscoa simbolizando a entrega de Cristo por nós para perdão de nossos pecados. Também aprendemos como os Dias dos Pães Asmos nos ensinam que temos de remover e evitar o pecador em nossas ações e atitudes. O Dia Santo que se segue, Pentecostes, está fundamentado nesse importante entendimento. Essa festa é conhecida por diversos nomes, que são derivados de seu significado e cálculo [isto é, a necessidade de se fazer uma contagem para chegar nesse dia]. Ela é conhecida como Festa da Sega (Êxodo 23:16), porque representa os primeiros frutos (Números.28:26) colhidos como resultado do trabalho da colheita de cereal da Primavera na antiga Israel (Êxodo 23:16). E também se chama Festa das Semanas (Exodo.34:22), em virtude de se contar sete semanas mais um dia (cinquenta dias ao todo) para se determinar a celebração desta festa (Levitico.23:16). Semelhantemente, no Novo Testamento, que foi escrito em grego, ela é conhecida por Pentecostes (Pentekostos no original), que significa “quinquagésimo” (“Pentecostes”, Dicionário Expositivo Completo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento de Vine). Entre os judeus o nome mais popular festa é Festa das Semanas, ou shavuot, em hebraico. a maioria do povo judeu, ao celebrar essa festa, lembra-se de um dos maiores acontecimentos da história: a revelação da lei de Deus no Monte Sinai. Mas Pentecostes não significa somente a entrega da lei, pois também mostra — através de um grande milagre ocorrido na primeira celebração de Pentecostes da Igreja primitiva — como manter a intenção espiritual das leis de Deus.
O DOM DO PENTECOSTES: O ESPÍRITO SANTO
Deus escolheu o primeiro Pentecostes, depois da ressurreição de Jesus Cristo, para derramar o Espírito Santo sobre cento e vinte fiéis (Atos.1:15). “Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos.2:1-4). O milagre de falar em línguas ocorreu quando havia uma multidão de pessoas em Jerusalém, e cada visitante ouviu o sermão dos discípulos em sua própria língua (versículos 6-11). Aquele espantoso acontecimento demonstrava a presença do Espírito Santo. A princípio, as pessoas que testemunharam aquele fenômeno milagroso ficaram estupefatas, e algumas  atribuíram isso a uma possível embriaguez daqueles  cristãos (Atos.2:12-13). Então, corajosamente e cheio do Espírito Santo, o apóstolo Pedro explicou à multidão que aquilo tinha a ver com um cumprimento da profecia de Joel: “E há de ser que, depois, derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne” (Atos.2:17; Joel 2:28). Pedro explicou como os seus ouvintes também poderiam receber esse Espírito: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (Atos 2:38-39). Deus utilizou esses milagres e o sermão de Pedro para acrescentar três mil pessoas à Sua Igreja em um só dia. Todos esses conversos foram batizados e receberam o Espírito Santo (versículos 40-41). A partir desse ponto crucial, o Espírito de Deus passou a estar disponível a todos aqueles que, verdadeiramente, se arrependam e sejam devidamente batizados. O Dia de Pentecostes é uma lembrança anual de que Deus derramou o Seu Espírito para estabelecer a Sua Igreja, um grupo de fiéis guiados pelo Seu Espírito. Humanamente falando, nós ainda pecamos e não importa o quanto nos esforcemos (1 Reis.8:46; Romanos.3:23). Ao reconhecer esta fraqueza inerente ao ser humano, Deus lamentou em Deuteronômio.5:29: “Quem dera que eles tivessem tal coração que me temessem e guardassem todos os meus mandamentos todos os dias, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos, para sempre!”. Deus explica aqui que o problema da humanidade se encontra no coração.  O  fato de conhecermos a lei não nos capacita a pensar como Deus. Ter pensamentos, atitudes e ações puras está além da compreensão e capacidade do homem sem um elemento adicional: o Espírito de Deus .
A maneira de pensar de Deus produz paz, alegria e cuidado para com os outros. Jesus elogiou um mestre religioso que citou corretamente a essência da lei de Deus: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo” (Luca.10:27). Este homem citou Deuteronômio.6:5 e Levitico.19:18, que são dois livros do Pentateuco. Jesus aqui confirma que as escrituras do Antigo Testamento são baseadas nestes dois grandes princípios de amor (Mateus.22:40). A essência da lei de Deus é amor (Romanos.13:8-10; 1 Tessalonicenses.4:9). Deus decretou os Seus mandamentos porque nos ama. Ao escrever aos irmãos, que tinham o Espírito de Deus, João disse: “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e guardamos os Seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; e os Seus mandamentos não são pesados” (1 João.5:2-3, ACF). Porque o Espírito de Deus agora residia na Igreja, os seus membros podiam expressar amor genuíno. Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós… Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João. 13:34-35). O dom do Espírito Santo de Deus no Dia de Pentecostes tornou possível à Igreja expressar completamente os mandamentos de amor de Deus
JESUS CRISTO A VIDA ETERNA
Os primeiros frutos (as primícias) são os primeiros produtos agrícolas a crescer e a amadurecer. Ao longo da Bíblia, Deus usa a analogia das colheitas — e, particularmente, em Pentecostes, as primícias — para ilustrar aspectos do Seu plano de salvação. Israel celebrava este dia ao findar a Primavera, depois das segas da cevada e do trigo. Uma oferta especial das primícias de cevada amadurecida durante os Dias dos Pães Asmos, chamada o molho da oferta movida, marcava o início dessas ceifas, as quais continuavam durante os cinquenta dias seguintes até Pentecostes (Levitico.23:11). Essa colheita primaveril era a dos primeiros frutos do ciclo anual agrícola. No Novo Testamento, uma das primeiras lições dessas colheitas é a de que Jesus Cristo “ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem” (1 Corintios 15:20). O molho da oferta movida representava Jesus Cristo, que foi o “primogênito de toda a criação” e o “primogênito dentre os mortos” (Colossenses.1:15, 18). Ele apresentou-se a Deus Pai, como um tipo ou modelo das primícias no domingo depois de Sua ressurreição; no mesmo dia, durante os Dias dos Pães Asmos, em que as primícias da cevada madura, da sega da primavera, eram movidas perante Deus. Cedo, no primeiro dia da semana (na manhã de domingo), quando ainda estava escuro, e Jesus já havia ressuscitado, Maria Madalena foi ao sepulcro, e  viu que a pedra que bloqueava a entrada fora retirada (João.20:1). Ela correu e foi informar a Pedro e a João que Jesus não mais estava no túmulo. Estes dois homens correram para a tumba e verificaram que Jesus desaparecera (João.20:2-10). Depois que Pedro e João foram embora, Maria Madalena continuou do lado de fora do sepulcro de Jesus (versículo 11). Enquanto ela chorava, Jesus apareceu-lhe, mas não permitiu que O tocasse, porque Ele “ainda não tinha subido” ao Pai (João.20:17). Mais tarde, no mesmo dia, Jesus apareceu novamente. Desta vez, Ele permitiu que algumas mulheres O tocassem (Mateus. 28:9). As Suas próprias palavras demonstram que, entre o tempo em que foi visto por Maria Madalena e o tempo em que permitiu que as mulheres O tocassem, Cristo ao céu para ser aceito pelo Pai. Assim, a cerimônia do molho da oferta movida, que Deus deu à antiga Israel, representa a aceitação de Jesus Cristo por Seu Pai como “as primícias dos que dormem” (1 Corintios 15:20).
A IGREJA COMO AS PRIMÍCIAS
Lemos em Romanos.8:29 que Jesus Cristo é “o primogênito entre muitos irmãos”. Contudo, a Igreja do Novo Testamento também é considerada primícias. Ao falar sobre o Pai, Tiago disse: “Segundo a Sua vontade, Ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das Suas criaturas” (Tiago.1:18). O Espírito de Deus em nós é que nos identifica e nos santifica — separando-nos como cristãos. Paulo escreveu: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle ”, e “ Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus ” (Romanos.8:9,14). Paulo também se refere aos irmãos como aqueles que têm “as primícias do Espírito” (versículo 23). Ele alude a diversos cristãos do primeiro século como as primícias do chamado de Deus (Romanos.16:5; 1 Corinthians 16:15). A importância de os escritores da Bíblia chamarem essas pessoas de primícias de Deus torna-se evidente quando analisamos João.14:6. Nesta passagem, Jesus disse: “Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim”. Através dos séculos, quantas pessoas  realmente aceitaram e praticaram o caminho de vida que Jesus Cristo ensinou? Até hoje,  grande parte da humanidade simplesmente ouviu falar pouco ou quase nada sobre Jesus Cristo.. Então como Deus vai oferecer a salvação a essas pessoas?  Poucas pessoas compreendem que Deus tem um plano metódico, simbolizado pelos Seus Dias Santos, para salvar toda a humanidade, oferecendo a todos a vida eterna em Seu Reino. Nesta era, estamos apenas no princípio da colheita para o Reino de Deus. O apóstolo Paulo compreendia isso: “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem…Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Coríntios.15:22-23). Quem for chamado e escolhido por Deus agora vai fazer parte das primícias de Deus com Cristo (Tiago.1:18). A Bíblia diz que Deus é quem chama as pessoas (João. 6:44; 6:65). Por conseguinte, o nosso Criador controla o tempo de Sua colheita. Quando Deus fundou a Sua Igreja, entregando o Seu Espírito a alguns crentes no dia de Pentecostes, cinquenta dias após a ressurreição de Jesus, Ele estava expandindo a Sua colheita espiritual. Era o início daquilo que Joel profetizou, ou seja, de que Deus derramaria o Seu Espírito em “toda a carne” (Joel.2:28-29; Atos.2:14-17).
O Espírito Santo em ação. A vinda do Espírito Santo mudou dramaticamente a vida dos primeiros cristãos. O livro de Atos está repleto de registros do notável impacto espiritual na sociedade ao redor da Igreja primitiva. A transformação foi tão evidente que os incrédulos acusavam os cristãos de “alvoroçar o mundo” (Atos 17:6). Isso demonstra como era miraculoso e dinâmico o poder do Espírito Santo. Para captar completamente o quanto o Espírito de Deus pode atuar em nós, temos que compreender o que é o Espírito Santo. Ele não é uma pessoa que, juntamente com Deus Pai e o Filho Jesus Cristo, formam uma “Santa Trindade”. Nas Escrituras o Espírito Santo é descrito como o poder de Deus atuando em nossas vidas (Atos 1:8; Romanos 15:13, 19), sendo o mesmo poder que atuou no ministério de Jesus Cristo (Lucas.4:14; Atos 10:38). Esse poder divino faz com que sejamos “guiados pelo Espírito de Deus” (Romanos 8:14). E foi esse mesmo poder que transformou as vidas dos primeiros cristãos e é o poder que atua na Igreja hoje. Paulo disse a Timóteo que o Espírito de Deus é o “espírito de…poder e de amor e de moderação” (2 Timóteo.1:7, ARA). O Pentecostes tem a função de lembrar, anualmente, que o nosso Criador ainda opera milagres, concedendo o Seu Espírito aos primeiros frutos de Sua colheita espiritual, e fortalecendo-os com poder para continuar a Sua obra neste mundo.
O SENHOR JESUS CRISTO REINA SOBRE TODA A TERRA
Jesus Cristo Reina sobre Toda a Terra. No seu primeiro sermão inspirado, depois de ter recebido o Espírito Santo no Dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro resumiu a instrução de Deus para a humanidade dizendo: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, o qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio” (Atos 3:19-21). Mas o que são esses “tempos de refrigério” e “tempos de restauração” de que falou Pedro? O plano de Deus para a humanidade inclui uma restauração. A Festa dos Tabernáculos simboliza o processo de restauração, o qual começa com o regresso de Jesus Cristo, representado pela Festa dos Tabernáculos, e a expulsão de Satanás, representada pelo Dia de Expiação. Uma vez que ocorram estes eventos, como representados pelos Dias Santos anteriores, a base estará pronta para a restauração da paz e da harmonia com Deus. Os sete dias da Festa dos Tabernáculos (Levítico 23:34-35) representam o reino de Jesus Cristo de mil anos sobre a Terra, depois de Sua segunda vinda (ver Apocalipse 20:4). Este período é chamado, muitas vezes, de o Milênio, que simplesmente significa “mil anos”.

Esta festa também reflete o “descanso” simbolizado pelo sábado semanal (Hebreus 4:1-11), que celebra a grande colheita da humanidade, quando todas as pessoas então vivas aprenderão os caminhos de Deus. A humanidade finalmente será restaurada a um relacionamento correto com Deus (Isaías 11:9-10). No princípio, Deus criou a humanidade para cooperar com Ele em um belo relacionamento caracterizado pelo amor, pela paz e pela obediência às Suas leis. Quando completou a Sua criação “viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31). Esse tempo de paz e harmonia terminou abruptamente por causa da intervenção de Satanás e da desobediência do homem (Gênesis 3:1-6). A desobediência afastou a humanidade do caminho de Deus (versículos 21-24). Assim a Bíblia descreve esse trágico incidente: “E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gênesis 6:5). O rompimento desse relacionamento entre Deus e o homem tem persistido através da história até hoje. Paulo refletiu sobre essa condição: “O pecado entrou no mundo por meio de um só homem [Adão], e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana porque todos pecaram” (Romanos 5:12 BLH). Paulo sabia que Jesus Cristo tinha fechado a brecha criada pela desobediência do homem: “Porque, assim como a morte veio por um homem [Adão], também a ressurreição dos mortos veio por um homem [Cristo]. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1 Coríntios 15:21-22).
A RESTAURAÇÃO DO MUNDO
Deus usou o profeta Isaías para revelar partes do Seu magnífico plano para restaurar o mundo. O livro de Isaías foi escrito durante um tempo em que Israel sofria a punição por sua contínua desobediência e foi inspirado por Deus para dar encorajamento à nação através da promessa de um mundo melhor no futuro. Depois ler na sinagoga uma das profecias de Isaías, Jesus Cristo reconheceu que Isaias recebeu um entendimento especial: “Isaías disse isso quando viu a Sua glória e falou dEle” (João 12:41). Isaías não só profetizou do ministério de Cristo na terra, como também escreveu do regresso de Cristo em poder e glória (Isaías 66:15-16). A base do governo messiânico de Jesus será a lei de Deus. Pois, assim Isaías profetizou: “E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do SENHOR no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Isaías 2:2-3).
O MUNDO DE PAZ E ABUNDÂNCIA
Após regressar, Cristo fará com que a criação volte à sua total harmonia com Deus, e a paz jamais voltará a ser exceção. O rei Davi disse: “Muita paz têm os que amam a tua lei” (Salmos 119:165). Imagine-se como será o mundo quando todos souberem da lei de Deus e viverem de acordo com ela! Evidentemente, será preciso mais do que conhecimento para se alcançar essa transformação. Uma mudança espiritual ocorrerá nas pessoas. Deus, falando por intermédio de Ezequiel, descreve como isso acontecerá: “E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ezequiel 36:26-27). O Espírito Santo influenciará as pessoas a obedecer, voluntária e entusiasticamente a Deus de todo o seu coração. Elas vão começar a se interessar mais pelas outras do que por elas próprias. Começarão a ver as outras pessoas como “superiores a si mesmo” (Filipenses 2:3). O seu objetivo será o de ajudar o seu semelhante em vez de cuidar do seu próprio interesse. Não haverá mais roubo. O desrespeito pela propriedade e os sentimentos dos outros vão acabar. E o mundo finalmente viverá em paz, porque as nações “converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças, em foices; não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear” (Isaías 2:4; Miquéias 4:3). Durante esse período de mil anos, Deus mudará até a natureza dos animais selvagens, refletindo a paz que virá sobre a sociedade. Descrevendo esse tempo idílico, Isaías 11:7-9 diz: “A vaca e a ursa pastarão juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da Minha santidade…”
A GRANDEZA E O REINO DO MESSIAS
Deus também vai curar as enfermidades físicas das pessoas. Isaías 35:5-10, profetiza sobre isto: “Então, os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão…os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará.” E o mais importante será a cura espiritual que acontecerá. Isaías profetiza que Jesus Cristo completará a cura que começou durante o Seu ministério na Terra: “O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado …” (Isaías 61:1-3, ARA; Lucas 4:18-19). Os maus resultados acumulados por gerações que viveram nos caminhos pecaminosos de Satanás serão revertidos. A festa dos Tabernáculos também se chama Festa da Colheita (Êxodo 23:16). Este nome significa a conclusão da colheita agrícola anual de Israel. Neste cenário disse Deus: “Vos alegrareis perante o SENHOR, vosso Deus” (Deuteronômio 12:12, 18; 14:26). Essa Festa é uma ocasião para celebrar a abundância dada por Deus. Esse mesmo tema da generosa colheita continua na futura realização dessa festa. Através de Isaías, Deus diz que o deserto se tornará terra produtiva: “Águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo. E a terra seca se transformará em tanques, e a terra sedenta, em mananciais de águas” (Isaías 35:6-7). Nessa altura a terra produzirá abundantes colheitas. “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que o que lavra alcançará ao que sega, e o que pisa as uvas, ao que lança a semente; e os montes destilarão mosto, e todos os outeiros se derreterão” (Amós 9:13).
O SIGNIFICADO DE TABERNÁCULOS
O nome Festa dos Tabernáculos deriva da ordem que Deus deu à antiga Israel para erguer “tabernáculos” temporários, às vezes chamados de “barracas” ou “cabanas”, para viverem durante a festa. Os israelitas deixavam as suas casas e construíam residências temporárias (do hebraico succah que significa “barraca de ramos entrelaçados”) para nelas residirem enquanto festejavam perante Deus. Isto recordava-lhes de sua libertação da escravidão e de quando viveram em tendas quando Deus os tirou do Egito (Levítico 23:34, 41-43). Contrastando completamente com o sofrimento da escravidão essa festa ressalta o descanso, a paz e a prosperidade ao satisfazer as necessidades do povo, inclusive de estrangeiros, viúvas e pobres. A Bíblia realça que, tal como as cabanas ou residências temporárias, a nossa vida física é transitória. Os registros do apóstolo Paulo refletem esse tema: “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu” (2 Coríntios 5:1-2). O livro de Hebreus relata exemplos de muitos servidores fiéis de Deus através dos séculos, e conclui: “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando- as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (Hebreus 11:13). A Festa dos Tabernáculos é uma lembrança anual do nosso estado temporário e de que também nós “buscamos uma pátria” (versículo 14). Esta lição é reforçada quando viajamos para algum local da Festa dos Tabernáculos e celebramos o festival em habitações temporárias como hotéis e acampamentos.  Essa festa nos lembra que, independente de nossas posses materiais, ainda somos mortais com uma necessidade de ser transformados para obter a vida eterna (1 Coríntios 15:50-54). Nos registros da visão conhecida por “transfiguração,” Jesus deu um vislumbre do Reino de Deus a Pedro, Tiago e João. Cristo apareceu em glória e falava com Moisés e Elias. A reação imediata de Pedro foi sugerir que fossem feitos rapidamente três tabernáculos (cabanas). Tudo indica que ele compreendeu a importância da ligação entre tabernáculos e a nossa busca pela vida eterna no Reino de Deus (ver Mateus 17:1-9; Lucas 9:27-36).
O MILÊNIO REIS E SACERDOTES
O julgamento dos habitantes da Terra que vão viver durante os mil anos, como retrata a Festa dos Tabernáculos, (Isaías 2:4; 51:4-5) começará logo após Cristo trazer “muitos filhos à glória” (Hebreus 2:10). Estas escrituras mostram que esse julgamento é um tempo de oportunidade universal para salvação. Por isso, Deus determinou mil anos em que os santos ressuscitados, as primícias da colheita de Deus, reinarão com Cristo na Terra como reis e sacerdotes para que muitos outros possam entrar no Reino de Deus (Apocalipse 5:10; 20:6). Jesus prometeu que “ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações” (Apocalipse 2:26). Aqueles que Deus ressuscitar, no regresso de Cristo, terão a estupenda oportunidade de trabalhar com Ele para ajudar todas as nações a desenvolverem um relacionamento com Deus. A base para essa relação começa com a instrução da lei de Deus e dos próprios Dias Santos. Observe as palavras de Zacarias: “E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrarem a Festa dos Tabernáculos” (Zacarias 14:16 ACF). Outros profetas descrevem esse período como uma era em que a lei de Deus cobrirá a Terra “como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9; Habacuque 2:14). Muitos ajudarão a Jesus Cristo nesse programa educacional universal que tem o objetivo de auxiliar aos outros a compreender o caminho de Deus. Ao falar sobre esse tempo, Isaías diz que os “…instruidores nunca mais fugirão de ti, como voando com asas; antes, os teus olhos verão a todos os teus mestres. E os teus ouvidos ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda” (Isaías 30:20-21). A oportunidade de ajudar a outros a compreender e a reconciliar-se com Deus é um maravilhoso chamado. E aquele que fizer parte desse processo será chamado “Reparador das Roturas e Restaurador de Veredas para Morar” (Isaías 58:12). Atualmente, Deus está chamando algumas pessoas para sair deste mundo e tornar-se Seu povo escolhido, santificado e redimido (2 Coríntios 6:16; 7:1). Essas pessoas devem viver uma vida exemplar enquanto Deus as prepara para servirem durante e depois do reino milenar de Cristo. “Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma,” escreveu o apóstolo Pedro, “tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem” (1 Pedro 2:11-12).
UMA ESCOLHA A FAZER
Através de todo Seu plano para salvar a humanidade, Deus nunca força alguém a obedece-lo. Todas as pessoas são livres para escolher o que farão e se aceitarão ou rejeitarão o Seu caminho de vida. Depois desses mil anos, Deus permitirá a Satanás testar as convicções espirituais dos habitantes da Terra. Apoc. 20:7-10 descreve esse tempo. Deus soltará o diabo da prisão e permitirá que ele engane aqueles que não estão convictos da perfeita retidão do caminho de Deus. Então, Deus destruirá, com fogo, os que seguirem a Satanás nessa rebelião. O esforço fútil do diabo terminará em um fracasso. Essa última e trágica rebelião contra Deus resultará em nada e a influência destrutiva e enganadora de Satanás sobre a humanidade chegará ao fim. Agora, o palco está pronto para os acontecimentos descritos por outro Dia Santo. A Festa dos Tabernáculos oferece uma maravilhosa oportunidade de salvação para os que ficarem vivos no regresso de Cristo, bem como para os seus descendentes físicos, durante o Milênio. Mas, o que vai acontecer com milhões de pessoas das gerações passadas que viveram e morreram  sem nunca compreender — ou até mesmo ouvir — a verdade de Deus?   Embora a Festa das Trombetas não seja mencionada pelo nome no Novo Testamento, o tema desse dia — o soar de trombetas anunciando o regresso de Jesus Cristo. Apesar do zelo missionário de muitos ao longo dos séculos, muito mais pessoas foram “perdidas” do que “salvas”. Se Deus é realmente todo poderoso, por que tantos nem chegaram a ouvir falar do evangelho da salvação? O retrato tradicional do conflito entre Deus e Satanás pela humanidade coloca Deus como perdedor nessa luta. A Vida Eterna é oferecida a Todos, essa passagem em particular levanta questões difíceis para quem crer que Deus está tentando desesperadamente salvar o mundo inteiro agora. Se esse é o único período de salvação, então temos de concluir que a missão de Cristo para salvar a humanidade vem sendo um fracasso. Afinal, ao longo dos séculos milhares de milhões de pessoas viveram e morreram sem nunca terem ouvido falar o nome de Jesus Cristo. Até mesmo hoje,  morrem diariamente milhares de seres humanos sem nunca ouvir falar de Cristo. Qual é o destino dessas pessoas? O que Deus tem em mente para quem nunca creu em Cristo ou nunca compreendeu qualquer verdade de Deus? Como elas se encaixam no plano de Deus? Será que elas estão perdidas para sempre e não têm nenhuma esperança de salvação?
Não devemos duvidar do poder de salvação de Deus! Examinemos algumas suposições comuns e alcancemos o entendimento da maravilhosa solução do nosso Criador!  Paulo nos diz que Deus “ quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1 Timoteo.2:4). Pedro acrescenta que Deus é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pe. 3:9). Este é o objetivo prioritário de Deus em relação à humanidade: Ele deseja que tantos quantos possível se arrependam, tomem conhecimento da verdade e recebam a Sua oferta de salvação! Jesus explicou como isso acontecerá. João.7:1-14 descreve como Jesus foi para Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos. Ele apareceu publicamente e disse às pessoas. “Se alguém tem sede, que venha a Mim e beba. Quem crê em Mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” (João.7:37-38). A mensagem de Cristo aqui registrada, muito provavelmente, foi proferida à volta do pôr do sol do sétimo e último dia da Festa dos Tabernáculos e ao começo do oitavo dia (os Dias Sagrados de Deus começam com o pôr do sol e terminam no seguinte pôr do sol). Os eruditos se dividem se teria sido no sétimo dia ou no dia seguinte. Isto porque Levítico 23 diz que a Festa dos Tabernáculos dura sete dias, mas que é seguida imediatamente por um Dia Santo Anual, o “oitavo” dia (versículos 33-36, 39). No entanto o peso da evidência e a sequência dos acontecimentos indicam que o capítulo 7 de João descreve  eventos à volta do pôr-do-sol do sétimo dia e ao começo do oitavo dia (os Dias Sagrados de Deus começam com o pôr do sol e terminam no seguinte pôr do sol). O capítulo conclui com as pessoas retornando às suas casas ao anoitecer daquele dia. O tema do ensinamento de Cristo continua no capítulo 8 (que é claramente a manhã seguinte, versículo 2) e inclui a oferta de salvação a toda a humanidade. Em Levitico. 23:39, vemos que este dia segue imediatamente a Festa dos Tabernáculos, mas é uma festa separada com seu próprio e distinto significado. Com base nas palavras de Cristo (em João.7:37) e no tema da oferta de salvação a toda a humanidade, às vezes, esta festa é chamada de o “Último Grande Dia”, embora o Antigo Testamento simplesmente a chame de “o oitavo dia”. Qual foi o significado do ensinamento de Cristo sobre a “água viva”? Nos seus dias, segundo a tradição, durante a Festa dos Tabernáculos, os sacerdotes traziam vasos de ouro com água do tanque de Siloé, no lado sul de Jerusalém, e derramavam sobre o altar no templo. Essa alegre celebração ao som de trombetas marcava essa cerimônia enquanto o povo cantava as palavras de Isaías: “E vós, com alegria, tirareis águas das fontes da salvação” (Is.12:3). E, donde todos podiam ouvi-Lo, Jesus deu uma lição sobre essa água (ao fim do sétimo dia, início do oitavo), revelando que todos aqueles que estivessem com sede podiam ir até Ele para serem refrescados — para sempre. A água representava, na analogia de Cristo, o Espírito Santo de Deus, o qual aqueles que acreditavam em Jesus receberiam (João.7:39). Ele mostrava que as necessidades básicas da sede e da fome espiritual somente podiam ser satisfeitas por Ele, que é “o pão da vida” (João.6:48) e a fonte da água viva.  Mas quando isso aconteceria? Em seis meses, os próprios compatriotas de Cristo pressionariam as autoridades romanas a executá-Lo. E cerca de quarenta anos depois, o templo e todas as suas cerimônias, incluindo as descritas acima, chegaram ao fim pelas mãos das legiões romanas. A humanidade ainda está faminta e sedenta pela mensagem trazida por Cristo, e pelos significado de viver justamente para encontrar a verdadeira felicidade. A promessa de Deus de derramar Seu Espírito sobre toda a carne (Joel.2:28) ainda não foi cumprida, exceto em uma maneira pequena e preliminar entre os poucos que Ele chamou nesta era. Milhares de milhões de pessoas morreram sem satisfazerem suas mais profundas necessidades espirituais. Quando elas serão renovadas pelo poder vivificante do Espírito de Deus?


UMA RESSURREIÇÃO FÍSICA O ESPÍRITO VIVIFICANTE
PARA UMA OPORTUNIDADE DE SALVAÇÃO
Para encontrar a resposta, devemos analisar novamente uma questão que os discípulos trouxeram a Cristo logo antes de Sua ascensão: “Senhor, restaurarás Tu neste tempo o reino a Israel?” (Atos.1:6). Quando os discípulos falaram dessa restauração, eles a entenderam no contexto das muitas profecias de uma nação reunificada de Israel sob o governo vindouro do Messias.  Essa profecia está em Ezequiel 37. Essa escritura descreve a visão de Ezequiel de um vale cheio de ossos. Deus pergunta: “Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos?”, Ao que o profeta responde: “SENHOR Deus, tu o sabes” (versículo 3, ARA). Deus então diz aos ossos: “Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o SENHOR” (versículos 5-6, ARA). Nesta visão acontece uma ressurreição física. O relato reconhece a desesperada situação em que essas pessoas se encontravam: “Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados” (versículo 11, ARA).O grande Espírito Vivificante se apresenta novamente criando e dando forma a profecia, “ E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres,”Ef.4:11 “ do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor.”Ef.4:16,que profeticamente pode ser interpretado como, a igreja remida de Cristo. OSSOS= Crentes,evangeista, discípulos, sustenta e dá forma ao corpo físico. NERVOS= Mestres, totalmente ligado e comandado pelo celebro( o CABEÇA). CARNE= Pastores, musculo proteger aos membros em geral. PELE= Apostolo, cobertura do corpo contato e sensibilidade com o externo segurança e proteção para o corpo. ESPÍRITO= Profeta sensibilidade e intimidade com o Eterno seu Criador, contudo, oferece-lhes a esperança de uma ressurreição e o dom do Espírito Santo num cenário de uma nação reunificada e vivificada. Nessa dramática visão, a antiga Israel serve de modelo para todos os povos que Deus ressuscitará à vida física. Diz Deus: “Eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo Meu… porei em vós o Meu Espírito, e vivereis” (versículos 12, 14). Neste tempo futuro, Deus disponibilizará gratuitamente a água espiritual vivificadora do Seu Espírito Santo. Deus promete: “Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua … O meu tabernáculo estará com eles; Eu serei o Seu Deus, e eles serão o Meu povo” (Ez.37:26-27). O apóstolo Paulo também se referiu a esse futuro evento: “Digo, pois: porventura, rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum! Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o Seu povo, que antes conheceu” (Rm.11:1-2). Como Paulo escreveu ainda: “E, assim, todo o Israel será salvo” (Rm.11:26). Isso não significa até o último indivíduo, pois alguns acabarão rejeitando a oferta de salvação de Deus. Mas está claro que a maior parte da nação será salva. Entretanto, não apenas Israel, mas todos os que nunca tiveram a oportunidade de beber da água viva da Palavra de Deus e do Seu Espírito Santo finalmente poderão fazê-lo (Rm.9:22-26). Deus lhes oferecerá a oportunidade da vida eterna.
O JULGAMENTO DO GRANDE TRONO BRANCO
Em Apoc. 20:5, João escreve: “Os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram.” Aqui, João faz uma clara distinção entre a primeira ressurreição, que ocorre no momento da segunda vinda de Cristo (versículos 4, 6), e a segunda ressurreição, que acontecerá no fim do reino milenar de Cristo. Lembre-se que a primeira ressurreição é para a vida eterna. Em contraste, Deus ressuscita estes na segunda ressurreição para uma existência física, com carne e sangue. João relata essa mesma segunda ressurreição para a vida física descrita por Ezequiel: “Vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um, segundo as suas obras” (versículos11-13). Os mortos que estão diante do Criador são todos aqueles que morreram sem nunca conhecer o verdadeiro Deus. Como na visão de Ezequiel dos ossos secos voltando à vida, essas pessoas saem de suas sepulturas e começam a conhecer o Seu Deus. Os livros (biblia em grego, donde provém a palavra Bíblia) são as Escrituras, a única fonte do conhecimento da vida eterna. Finalmente, todos terão uma oportunidade de entender completamente o plano de salvação de Deus. Essa ressurreição física não é uma segunda oportunidade para a salvação. Para essas pessoas realmente é a primeira oportunidade para conhecer o Criador. Os ressuscitados são “julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros” (versículo 12). Este julgamento envolverá um período de avaliação durante o qual eles terão a oportunidade de ouvir, compreender e crescer no caminho de vida de Deus, e os seus nomes serão escritos no Livro da Vida (versículo 15). Durante esse tempo, bilhões de pessoas terão acesso à vida eterna. Esta última festa do ano mostra quão profundos e  abrangentes são os misericordiosos julgamentos de Deus. Jesus Cristo falou da maravilhosa verdade representada por esse dia quando comparou três cidades daquela época, que falharam em responder aos Seus miraculosos feitos, com três cidades do mundo antigo: “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido com pano de saco grosseiro e com cinza. Por isso, eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no Dia do Juízo, do que para vós. E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Porém eu vos digo que haverá menos rigor para os de Sodoma, no Dia do Juízo, do que para ti” (Mateus.11:21-24). Os habitantes de Tiro, Sidom e Sodoma da antiguidade,  cidades que atraíram a ira de Deus por suas depravações, receberão misericórdia no dia de julgamento. Ao contrário de Corazim, de Betsaida e de Cafarnaum, estas cidades de tempos antigos tiveram pouca oportunidade de conhecer Deus. No entanto, Ele finalmente ressuscitará essas pessoas logo após os primeiros mil anos do reinado de Cristo sobre o mundo, incluindo-as no tempo do julgamento, quando até mesmo aqueles que viveram em eras passadas serão reconciliados com Deus. Em exemplos semelhantes, Jesus se refere ao povo da antiga cidade pagã de Nínive, à rainha do Sul (de Sabá) do tempo de Salomão e, uma vez mais, a Sodoma e Gomorra da antiguidade, que servem como o epítome da maldade (Mateus 10: 14-15; 12:41-42). Deus não tolera a perversão e o pecado, mas é evidente que Ele não concluiu Seu trabalho na vida das pessoas dessas gerações antigas. Isto requer que eles sejam ressuscitados, trazido à vida física de novo, e finalmente, instruídas em Seus caminhos. Jesus estava descrevendo uma época em que pessoas de todas as eras passadas. E  as pessoas falecidas da antiga cidade assíria de Nínive e a bíblica “rainha do sul” da época de Salomão se levantarão com as pessoas de Sua geração e viverão ao mesmo tempo…e, juntas, toda entenderão a verdade sobre quem era Cristo e o propósito da vida. Será um tempo de conhecimento universal de Deus. Desde o menor até o maior, todos O conhecerão (Hb.8:11). Essas pessoas, mencionadas especificamente por Jesus mencionou e muitíssima outras, finalmente terão sua oportunidade de salvação. Esse último período de julgamento conclui o plano de Deus para salvar o mundo. Será um tempo de amor, de profunda misericórdia e do insondável julgamento de Deus. A oportunidade de beber das águas vivificantes do Espírito Santo realmente saciará a mais profunda sede de homens e mulheres. Esse tempo de justo julgamento trará de volta à vida aqueles que já haviam sido esquecidos pela humanidade, mas que nunca foram esquecidos por Deus. Ele os trará de volta à vida e lhes dará a oportunidade de vida eterna como seres espirituais no Reino de Deus Deus fará com que o Seu plano se realize e trará muitos filhos à glória (Hebreus.2:10). Sua promessa de derramar o Seu Espírito sobre toda a carne será totalmente cumprida. As águas que saciam a sede do Espírito Santo estarão disponíveis a todos no tempo representado pelo Oitavo Dia, a última das festas anuais de Deus. Essas festas bíblicas representam um plano maravilhoso! Estaríamos completamente desnorteados sem o entendimento delas!
QUAL SERÁ O FIM DESSAS COISAS?
"Assim diz o Senhor... Eu sou o primeiro, e eu sou o último..." (Isa.44:6).
Deus já escreveu, tanto o primeiro como o último capítulo da história de todas as coisas. No livro de Gênesis lemos acerca da origem de todas as coisas do universo, da vida, do homem, da sociedade humana, do pecado e da morte. Nas Escrituras proféticas, mui especialmente no livro do Apocalipse, revela-se como essas coisas alcançarão seu alvo máximo e a consumação. Muitos, como Daniel, perguntam assim: "Qual será o fim dessas coisas?" (Dan.12:8). Somente Deus pode responder à pergunta e a resposta se encontra nas Escrituras. A morte é a separação da alma do corpo pela qual o homem é introduzido no mundo invisível. Essa experiência descreve-se como "dormir" (João.11:11; Deut. 31:16), o desfazer da casa terrestre deste Tabernáculo (2Cor. 5:1), deixar este tabernáculo (2Ped. 1:4), Deus pedindo a alma (Luc. 12:20), seguir o caminho por onde não tornará (Jo 16:22), ser congregado ao seu povo (Gên. 49:33), descer ao silêncio (Sal. 115:17), expirar (Atos 5:10), tornar-se em pó (Gên.3:19), fugir como a sombra (Jo 14:2), e partir (Fil. 1:23). A morte é o primeiro efeito externo ou manifestação visível do pecado, e será o último efeito do pecado, do qual seremos salvos. (Rom. 5:12; 1Cor. 15:26.) O Salvador aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho, (2Tim. 1:10.) A palavra "abolir" significa anular ou tornar negativo. A morte fica anulada como sentença condenatória e a vida é oferecida a todos. Entretanto, embora a morte física continue a manifestar-se, ela torna-se uma porta que conduz a vida para aqueles que aceitam a Cristo. Qual a conexão entre a morte e a doutrina da imortalidade? Há dois termos, "imortalidade" e "incorrupção" que se usam em referência à ressurreição do corpo, (1Cor.15:53,54.) A imortalidade significa não estar sujeito à morte, e nas Escrituras emprega-se em referência ao corpo e não à alma (embora esteja implícita a imortalidade da alma. Mesmo os cristãos estão sujeitos à morte por serem mortais os seus corpos. Depois da ressurreição e do arrebatamento da igreja, os cristãos desfrutarão da imortalidade. Isto é, receberão corpos glorificados que não estarão sujeitos à morte. Os ímpios também serão ressuscitados. Mas isso quer dizer que desfrutarão dessa imortalidade do corpo? Não; sua inteira condição é a de morte, e separação de Deus. Embora tenham existência, não gozam de comunhão com Deus e nem da glorificação do corpo, a qual realmente constitui a imortalidade. Conscientemente existirão numa condição de sujeição à morte. A sua ressurreição não é a "ressurreição da vida", mas a "ressurreição para a condenação" (João 5:29). Se a "imortalidade", à qual se referem as Escrituras, se referisse ao corpo, como se justificaria a referência à imortalidade da alma? Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a morte é a separação do corpo e da alma; o corpo morre e volta ao pó, a alma ou o espírito continua a existir conscientemente no mundo invisível dos espíritos desencarnados. Assim o homem é mortal, estando o seu corpo sujeito à morte, embora seja imortal a sua alma, que sobrevive à morte do corpo. Qual a distinção entre imortalidade e vida eterna? A imortalidade é futura (Rom. 2:7; 1Cor. 15:53,54), e refere-se à glorificação dos nossos corpos mortais na ocasião da ressurreição. A vida eterna refere-se principalmente ao espírito do homem: é uma possessão que não é afetada pela morte do corpo. A vida eterna alcançará sua perfeição na vinda de Cristo, e será vivida em um corpo glorificado que a morte não mais poderá destruir. Todos os cristãos, quer vivos quer falecidos, já possuem a vida eterna, mas somente na ressurreição terão alcançado a imortalidade
O ESTADO INTERMEDIÁRIO
Pela frase "estado intermediário" queremos dizer o estado dos mortos no período entre o falecimento e a ressurreição. Deve ser observado que os justos não receberão sua recompensa final nem os ímpios seu castigo final, enquanto não se realizarem as suas respectivas ressurreições. Ambas as classes estão num estado intermediário, aguardando esse evento. Os cristãos falecidos vão estar "com o Senhor", mas não recebem ainda o galardão final. O estado intermediário dos justos descreve-se como um estado de descanso (Apo. 14:13), de espera e repouso (Apo. 6:10,11), de serviço (Apo. 7:15), e de santidade (Apo. 7:14).
Os ímpios também passam para um estado intermediário, onde aguardam o castigo final, que se realizará depois do juízo do Grande Trono Branco, quando a Morte e o Hades serão lançados no lago de fogo. (Apo. 20:14.)
OPINIÕES ERRÔNEAS
Purgatório.  A Igreja Católica Romana ensina que mesmo os mais fiéis precisam dum processo de purificação antes de se tornarem aptos para entrar na presença de Deus. Também adotam essa opinião certos protestantes que, crendo na doutrina de "uma vez salvo, salvo para sempre", embora reconhecendo a palavra divina "sem a santidade ninguém verá o Senhor", concluem que haja um "purgatório" onde os crentes carnais e imperfeitos se purifiquem da sua escória. Esse processo, segundo dizem, realizar-se-á durante o Milênio enquanto os vencedores estão reinando com Cristo. Todavia, não existem nas Escrituras evidências para tal doutrina, e existem muitas evidências contrárias a ela. Assim escreveu John S. Banks, erudito metodista: As Escrituras falam da felicidade intermediária dos mortos em Cristo. (Luc.16:22; 23:3; 2Cor.6:6,8.) Certamente os cristãos em geral, depois de longo tempo de crescimento na graça, estão tão aptos para o céu quanto o malfeitor penitente  ao lado de Cristo, ou quanto. Lázaro mencionado na parábola. Também as Escrituras atribuem ao sangue de Cristo ilimitada eficácia. Se, de fato, as Escrituras ensinassem tal estado intermediário, diríamos que seu poder purificador seria originário da expiação de Cristo, corno dizemos dos meios de graça no estado presente; mas, uma vez que as Escrituras não ensinam tal doutrina, podemos apenas considerar esse estado como obra de super erro (mais do que o exigido, extra). Essa doutrina tenta prover o que já está amplamente provido. O Novo Testamento reconhece apenas duas classes de pessoas; as salvas e as não-salvas. O destino de cada classe determina-se agora, na vida presente, que é o único período probatório. Com a morte termina esse período probatório, seguindo-se o julgamento segundo as obras praticadas no corpo. (Heb. 9:27; 2 Cor. 5:10.)
O espiritismo ensina que é possível alguém comunicar-se com os espíritos de pessoas falecidas, sendo essas comunicações conseguidas por meio dum "médium". Mas notemos:  A Bíblia proíbe, expressamente, consultar tais "médiuns"; a própria proibição indica a presença do mal e o perigo de tal prática. (Lev. 19:31; 20:6, 7; Isa. 8:19.) É inútil os espíritas citarem o exemplo de Saul, visto que esse desafortunado pereceu por ter consultado a feiticeira, (1Crôn.10:13.) Os mortos estão sob o controle de Deus, o Senhor da vida e da morte, e, por conseguinte, não podem estar sujeitos aos médiuns. Vide, por exemplo, (Apo. 1:18; Rom. 14:9.) Os espíritas citam o caso da pitonisa que evocou o espírito de Samuel e o relato da aparição de Moisés e Elias no Monte da Transfiguração. Mesmo que fosse Samuel que aparecera a Saul, seria por divina permissão, e o mesmo poderíamos dizer acerca de Moisés e Elias. A passagem que relata o caso do rico e Lázaro prova que aos mortos não é permitido comunicar-se com os vivos. (Luc. 16.)  Embora muitos fenômenos espíritas hajam sido provados fraudulentos, existe neles alguma realidade. Visto que os mortos não se pode comunicar com os vivos, somos obrigados a concluir que as manifestações espíritas são resultados de forças estranhas psíquicas ou que as mensagens têm sua origem em espíritos mentirosos e sedutores, (1Reis 22:22; 1Tim. 4:1.) Muitos dos que abraçam o espiritismo ou consultam médiuns são os que perderam sua fé cristã. Aqueles que crêem nas Escrituras gozam de suficiente luz para iluminar as regiões do além túmulo.
Sono da alma. Certos grupos, como os Adventistas do Sétimo Dia, crêem que a alma permanecerá num estado inconsciente até à ressurreição. Essa crença, conhecida como "sono da alma", é também adotada por indivíduos em outros grupos religiosos. É verdade que a Bíblia descreve a morte como um sono, mas isso em razão de o crente, ao falecer, perder a consciência para com o mundo cheio de fadiga e sofrimento e acordar num reino de paz e felicidade. O Antigo Testamento ensina que, embora o corpo entre na sepultura, o espírito que se separou do corpo entra no Seol (traduzido "inferno" na versão de Almeida), onde vive em estado consciente. (Vide Isa. 14:9-11; Sal. 16:10; Luc. 16:23; 23:43; 2Cor. 5:8; Fs. 1:23; Apo. 6:9.)
A RESSURREIÇÃO
Importância da ressurreição. Os coríntios, como os demais gregos, eram um povo de grande capacidade intelectual, e amantes de especulações filosóficas. Ao ler-se os primeiros dois capítulos da primeira Epístola aos Coríntios, nos quais Paulo declara a imensurável superioridade da revelação sobre a especulação humana, observamos que alguns dos membros da igreja de Corinto também eram partidários dessas especulações. Dotado de penetração incomum, ele previu que, sob a influência do espírito grego, o Evangelho poderia dissipar-se em lindo, porém impotente sistema de filosofia e ética. De fato, já se havia manifestado essa tendência. Alguns dos membros da igreja em Corinto estavam influenciados por uma antiga doutrina grega de imortalidade, a qual ensinava que ao morrer o corpo pereceria para sempre, mas que a alma continuaria a existir.
Em verdade, dizia esse ensino, era bom que o corpo perecesse pois só servia como estorvo e impedimento à alma. Ensinava-se na igreja de Corinto que, apesar de a alma ou o espírito viver depois da morte, o corpo era destruído para sempre e não seria ressuscitado; que a única ressurreição que o homem experimentaria seria a ressurreição espiritual da alma, ressurreição de sua morte nos delitos e pecados. (Vide Efés. 2:1, compare 2Tim.2:17,18.) O apóstolo desafiou a veracidade desse ensino, dizendo: "Se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?" (1Cor. 15:12). Tomando esse erro como ponto de partida, Paulo expôs a doutrina verdadeira, entregando ao mundo o grande capítulo da ressurreição (1Coríntios 15). Como base do seu argumento a doutrina bíblica sobre o homem, a qual, em contradição à doutrina pagã, declara que o corpo humano é suscetível de santificação (1Cor. 6:13-20), redenção e está incluído na salvação do homem. No princípio Deus criou tanto o espírito como o corpo, e quando o espírito e o corpo se uniram como unidade vivente, o homem tomou-se em "alma vivente". O homem foi criado imortal no sentido de que ele não precisava morrer, mas mortal no sentido de que poderia morrer se desobedecesse a Deus. Se o homem tivesse permanecido fiel, ele se teria desenvolvido ao máximo sobre a terra e, então, possivelmente teria sido trasladado, pois a trasladação parece ser o meio perfeito que Deus usa para remover da terra os seres humanos. Mas o homem pecou, perdeu o direito à árvore da vida, e em resultado disso começou a morrer, processo que culminou na separação do espírito do corpo. E a morte física foi a expressão externa da morte espiritual, a qual é a consequência do pecado. Visto que o homem se compõe tanto de alma como de corpo, a sua redenção deve incluir a vivificação de ambos, da alma e do corpo. Embora o homem se torne justo perante Deus e vivo espiritualmente (Ef. 2:1), seu corpo morrerá como resultado da sua herança racial de Adão. Mas desde que o corpo é parte integrante de sua personalidade, sua salvação e sua imortalidade não se completam enquanto seu corpo não for ressuscitado e glorificado. Assim ensina o Novo Testamento. (Vide Rom.13:11; 1Cor.15:53,54; Fil.3:20,21.) O argumento de Paulo nos versos 13 a 19 é o seguinte: Ensinar que não há ressurreição é ferir a realidade da salvação e a esperança da imortalidade. Ele desenvolve o argumento da seguinte maneira: se não há ressurreição do corpo, então Cristo, que tomou para si um corpo humano, não ressurgiu dentre os mortos. Se Cristo não ressurgiu dentre os mortos, então a pregação de Paulo é vã; pior ainda, é falsa e enganosa. Se a pregação é vã, então também são vãs a fé e a esperança daqueles que a aceitam. Se Cristo de fato não ressuscitou dentre os mortos, então não há salvação do pecado; pois de que maneira poderíamos saber que sua morte foi realmente expiatória diferente de qualquer outra morte a não ser que ele ressuscitasse? E se o corpo do Mestre não ressuscitou, que esperança haverá para aqueles que nele confiam? E se todas essas suposições fossem verdadeiras, então o sacrifício, a autonegação, e o sofrimento por causa de Cristo teriam sido em vão (Vs. 19, 30-32.)
Natureza da ressurreição. É relativamente fácil declarar a fato da ressurreição, mas ao tentarmos explicar como Cristo foi ressuscitado encontramos grande dificuldade, pois se trata de leis misteriosas, sobrenaturais, além da compreensão das nossas mentes. Entretanto, sabemos que a ressurreição do corpo será caracterizada pelos seguintes aspectos:
Relação. Haverá alguma relação com o velho corpo, fato que Paulo ilustra pela comparação do grão de trigo, (1Cor. 15:36, 37.) O grão é lançado na terra, morre, e o ato de dissolução fertiliza o germe da vida no grão, de maneira que se transforma em linda e viçosa planta. "Somente pela dissolução das partículas da matéria na semente torna-se produtivo o germe de vida (o que jamais se observou pelo microscópio)." Qual o poder que vitaliza o corpo humano, tornando-o capaz da gloriosa transformação do corpo ressurreto? O Espírito Santo! (Vide 1Cor. 6:19.) Falando de ressurreição, Paulo expressa as palavras de 2Cor. 5:5, que um erudito na língua grega assim traduziu: " Para essa mudança fui preparado por Deus, que me deu Seu Espírito como sinal e primeira porção."
Realidade. Certas pessoas não se interessam em ir para o céu, pensando que a vida ali será uma existência insubstancial e vaga. Ao contrário, a existência no céu será tão real quanto a presente, de fato, ainda mais real. Os corpos glorificados serão reais e tangíveis e havemos de conhecer-nos e conversar uns com os outros, e estaremos plenamente ocupados em atividades celestiais. Jesus no seu corpo ressuscitado era muito real para seus discípulos; embora glorificado, era ele o mesmo Jesus.
Incorrupção. "Levantado em incorrupção e em poder", o corpo ressuscitado será livre de enfermidade, dor, debilidade, e da morte. (Apo. 21:4.)
Glória. Nossos velhos corpos são perecíveis, sujeitos à corrupção e ao cansaço, porque são corpos "naturais", próprios para uma existência imperfeita num mundo imperfeito; mas o corpo de ressurreição será próprio para a gloriosa imortalidade no céu. Quando Pedro o Grande, da Rússia, trabalhava como mecânico na Holanda, a fim de aprender a arte da construção naval, ele usava a roupa humilde de mecânico; mas, ao voltar ao seu palácio, ele vestia-se com os trajes reais ornados de jóias. Assim o espírito do homem, originalmente inspirado por Deus, agora passa uma existência dentro dum corpo perecível (Fil. 3:21); mas na ressurreição será revestido de um corpo glorioso, próprio para ver a Deus face a face. Poderá atravessar o espaço com a rapidez de relâmpago, em razão da enorme energia com que estará dotado.
Sutileza, isto é, o poder de penetrar as substâncias sólidas. Ao andarmos pela terra em um corpo glorificado, não seremos impedidos por coisas mínimas como sejam um muro ou uma montanha, simplesmente os atravessaremos! (Vide João 20:26.) Existem muitas coisas que não entendemos e não podemos entendê-las ainda, acerca da vida futura; "ainda não é manifesto o que havemos de ser". Entretanto, isto sabemos: "agora somos filhos de Deus", e... "quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos" (1João 3:1,2).
A VIDA FUTURA
Ao estudar-se o ensino do Antigo Testamento concernente à vida futura, deve-se ter em mente que a obra redentora de Cristo tem exercido grande efeito sobre a nossa relação com a morte e a vida. Cristo "aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo Evangelho" (2Tim.1:10). Cristo trouxe plenitude de luz e absoluta confiança quanto à vida vindoura. Ele também efetuou uma grande libertação dos santos do tempo do Antigo Testamento, que estavam guardados no estado intermediário, libertação que lhes proporcionou muito mais felicidade. Muito embora a revelação vétero-testamentária não seja tão ampla quanto a do Novo Testamento, concernente à vida apos a morte, encontramos ali a referida doutrina. A doutrina do Antigo Testamento sobre a imortalidade baseia-se na relação entre o homem e Deus. O homem, criado à imagem de Deus, é dotado de capacidade para conhecer a Deus e com ele ter comunhão. Isso significa que o homem é mais do que animal, e que sua existência ultrapassa os limites do tempo. Foi criado para viver e não para morrer. Mas o pecado trouxe a morte ao mundo e, assim, ao homem. A morte, no seu aspecto físico, é a separação do corpo da alma. A morte, entretanto, não implica extinção da alma. O Antigo Testamento consistentemente ensina que a personalidade do homem sobrevive a morte. O corpo do homem era depositado na sepultura enquanto a alma ia para o lugar denominado "Seol" (traduzido "inferno", "o poço", e "a sepultura") a morada dos espíritos dos finados. Prova-se que o "Seol" não era o céu pelo fato de ser descrito como estando "em baixo" (Prov. 15:24), terra mais baixa (Ezeq. 32:18), e o meio do inferno (desceram) (Ezeq. 32:21). Que não era um lugar de felicidade suprema, prova-se pelas seguintes descrições: um lugar sem lembrança de Deus (Sal. 6:5), de crueldade (Cant. de Salomão 8:6, Versão Brasileira), lugar de dor (Jo 24:19 Versão Brasileira), lugar de tristeza (Sal. 18:5 Versão Brasileira), e era um lugar do qual aparentemente ninguém voltava. Jo 7:9 (Versão Brasileira).* O Seol, não desfrutando do brilho da pessoa de Cristo ressuscitado, é um lugar sombrio que inspira receio, e, por conseguinte, alguns dos santos do Antigo Testamento receavam ir para esse lugar como a criança receia entrar num quarto escuro. (Vide o Sal. 88 e Isa. 38.) Seol era habitado tanto pelos justos (Jo 14:13; Sal. 88:3; Gên. 37:34,35) como pelos ímpios (Prov. 5:3-5; 7:27; Jo 24:19; Sal. 31:17). Do caso do rico e Lázaro concluímos que havia duas seções no Seol um lugar de sofrimento para os ímpios (Luc. 16:23,24) e outro para os justos, um lugar de descanso e conforto (Luc. 16:25). Contudo, os santos do Antigo Testamento não estavam sem esperança. O Santo de Deus, o Messias, desceria ao Seol; o povo de Deus seria redimido do Seol. (Sal. 16:10; 49:15; Versão Brasileira.) Essa profecia cumpriu-se quando Cristo, após sua morte, desceu ao mundo inferior dos espíritos dos finados (Mat 12:40; Luc. 23:42,43), e libertou do Seol os santos do Antigo Testamento, levando-os consigo para o Paraíso celestial. (Efés. 4:8-10.) Essa passagem parece indicar que houve uma mudança nesse mundo dos espíritos, e que o lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição foi trasladado para as regiões celestiais. (Efés. 4:8; 2Cor. 12:2.) Desde então, os espíritos dos justos sobem para o céu e os espíritos dos ímpios descem para a condenação. (Apo. 20:13,14.) Outras evidências do ensino do Antigo Testamento sobre a vida futura são as seguintes:
1) A frase "congregado ao seu povo" (Gên. 25:8) ou "aos pais", usada por Abraão, Moisés, Arão e Davi, deve referir-se à existência consciente após a morte e ao sepultamento, pois esses homens não foram enterrados nos túmulos ancestrais.
2) As trasladações de Enoque e Elias provam com certeza a existência duma vida futura de felicidade na presença de Deus.
3) As palavras de Cristo em Mat. 22:32 representam meramente uma forte expressão da própria crença dos judeus. De outra forma nenhuma influência teriam sobre os ouvintes.
4) A doutrina da ressurreição dentre os mortos é claramente exposta no Antigo Testamento. (Jo 19:26; Dan. 12:1,2.) 5) Quando Jacó disse: "Com choro hei de descer ao meu filho até a sepultura"  (literalmente "Seol", e assim traduzida na Versão Brasileira) (Gên.37:35), de maneira nenhuma ele se referia à sepultura literal, pois ele supunha que o corpo de José fora devorado por uma fera.

ENSINO DO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento reconhece a existência no além túmulo, na qual a vida espiritual continua sob novas e melhores condições. Entrar nessa vida é o supremo alvo do homem. (Mar. 9:43.) Aceitando o próprio Cristo, o crente já na vida presente passou da morte para a vida. (João 3;36.) Isso, entretanto, é somente o princípio; sua plenitude pertence à existência que começa com a "ressurreição da vida". (João 5:29.) Existe uma vida vindoura (1Tim. 4:8); agora está oculta, mas se manifestará quando Cristo, que é nossa vida, aparecer (Col. 3:4). Cristo dará a coroa da vida prometida àqueles que o amam (Tia. 1:12). Mesmo o estado dos que faleceram em Cristo é algo melhor do que a presente vida nele (Fil. 1:21). Mas a plenitude de vida, qual terra da Promissão, e o seu direito de primogenitura como filhos de Deus, serão revelados na vinda de Cristo. (Rom. 8:17; Gál. 4:7.) A morte física não pode interromper a comunhão entre o cristão e seu Senhor. "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá (João 11:25,26). Com essas palavras Jesus assegurou a Marta e Maria que seu irmão não havia perecido, mas estava seguro. Com efeito, Jesus dizia o seguinte: "Eu amava vosso irmão e com ele tive doce comunhão. Compreendendo quem eu sou, lembrando o meu poder, pensais que eu permitiria à morte interromper essa comunhão, que para nós ambos era uma grande delicia?" Existem muitos argumentos formais a favor da imortalidade. Mais do que a lógica fria o que mais satisfaz é justamente saber que estamos em comunhão com Deus e com o seu Cristo. Vamos imaginar o caso dum crente fiel que durante muitos anos gozou de preciosa comunhão com o Filho de Deus, ouviu sua voz e sentiu sua presença. Agora que ele está prostrado no leito de morte ouviremos então o Filho de Deus dizer-lhe: "Andamos juntos, gozamos de doce comunhão, mas chegou a hora do eterno adeus"? Não, assim não aconteceria! Aqueles que estão "em Cristo" (1Tess. 4:14-17) não podem ser separados dele nem pela vida e nem pela morte (Rom. 8:38). Para aquele que viveu conscientemente na presença de Cristo, ser separado de Cristo pela morte é coisa impossível. Para aqueles que estão unidos ao amor de Deus, é inconcebível separar-se desse amor para entrar num estado do nada e desolação. Cristo diz a todos os crentes: "Está Lázaro, está alguém, unido a mim? Ele confia em minha pessoa? Tudo que sou e todo o poder que em mim reside operarão em sua vida. Teu irmão está unido a mim pelos laços da confiança e do amor, e visto que eu sou a Ressurreição e a Vida, esse poder operará nele."
O DESTINO DOS JUSTOS
Natureza do céu. Os justos são destinados à vida eterna na presença de Deus. Deus criou o homem para ser ele conhecido pelo homem, amado e servido por ele no presente mundo, como também gozar eternamente de sua presença no mundo vindouro. O cristão durante a sua vida terrestre experimenta pela fé a presença do Deus invisível, mas na vida vindoura essa experiência da fé tornar-se-á um fato consumado. Ele verá a Deus face a face, terá a experiência que alguns teólogos chamam a "Visão Beatifica".
OS VÁRIOS TÍTULOS USADOS PARA DESCREVER O CÉUS
Paraíso (literalmente, jardim), lembrando-nos a felicidade e o contentamento dos nossos primeiros pais ao participarem de comunhão e conversação com o Senhor Deus. (Apo. 2:7; 2Cor. 12:4)
"Casa de meu Pai", com suas muitas mansões (João 14:2) expondo o conforto, descanso e comunhão do lar.
O país celestial, a caminho do qual estamos viajando, como Israel naquele tempo se destinava a Canaã, a Terra da Promissão. (Heb. 11:13-16.)
Uma cidade, sugerindo a ideia duma sociedade organizada. (Heb. 11:10; Apo. 21:2.) Devemos distinguir as seguintes três fases na condição dos cristãos que partiram desta vida: primeira, existe um estado intermediário de descanso enquanto aguardam a ressurreição; segunda, depois da ressurreição segue-se o juízo sobre as obras (2Cor. 5:10; 1Cor. 3:10-15); terceira, ao fim do Milênio descerá do céu a Nova Jerusalém, o lar final dos remidos (Apoc. 21). A Nova Jerusalém descerá do céu, faz parte do céu, e, portanto, é o céu no pleno sentido da palavra. Sempre que Deus se revela pela sua presença pessoal e glória celeste, ai é céu, e dessa maneira podemos descrever a Nova Jerusalém. (Apo. 22:3,4.) Por que desce essa cidade do céu? O propósito final de Deus é trazer o céu à terra. (Vide Deut. 11:21.) Ele tornará "a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra" (Efés. 1:10); então Deus será "tudo em todos" (1Cor. 15:28).
Embora a Nova Jerusalém não chegue até a terra, ela será visível aos moradores terrestres, pois "as nações andarão à sua luz" (Apo. 21:24).
2. Necessidade do céu.
O estudo das religiões revela o fato de que a alma humana instintivamente crê que existe céu. Esse instinto foi implantado no coração do homem pelo próprio Deus, o Criador dos instintos humanos. Os argumentos que provam a existência da vida futura não são formulados principalmente para que os homens acreditem nessa vida, mas porque os homens já acreditam, e desejam trazer a inteligência sujeita às mais profundas instituições do coração. Também o céu é essencial às exigências da justiça. Os sofrimentos dos justos sobre a terra e a prosperidade dos ímpios exigem um estado futuro no qual se faça plena justiça. A Bíblia ensina que tal lugar existe. Platão, o mais sábio dos gregos, opinou que a vida futura era uma probabilidade, e aconselhou os homens a colherem as melhores opiniões a respeito, e a embarcar nelas como que numa balsa, e navegar perigosamente os mares da vida, "a não ser que com mais segurança pudesse achar um navio melhor, ou uma palavra divina". Essa palavra divina que os sábios desejaram são as Escrituras Sagradas, nas quais se ensina a existência da vida futura, não como opinião ou teoria, mas como fato absoluto.
3. As bênçãos do céu.
(a) Luz e beleza. (Apo. 21:23; 2:5.) A melhor linguagem humana é inadequada para descrever as gloriosas realidades da vida futura. Nos caps. 21 e 22 do Apocalipse o Espírito emprega linguagem que nos ajuda a compreender algo das belezas do outro mundo. A toupeira que vive no buraco na terra não pode compreender como é a vida da águia que se eleva acima das altas montanhas. Vamos imaginar um mineiro que nascesse em uma mina 500 metros abaixo da superfície e que ai passasse todos os seus dias, sem nunca ter visto a superfície da terra. Como seria difícil tentar descrever-lhe as delicias visuais de verdes árvores, campos floridos, rios, pomares, picos de montanhas, e o céu estrelado. Ele nada disso apreciaria, pois seus olhos não viram, seus ouvidos não ouviram e não entrou em seu coração o conhecimento dessas coisas.
(b) Plenitude de conhecimento, (1Cor. 13:12.) O sentimento expresso pelo sábio Sócrates ao dizer: "Uma coisa sei, é que nada sei", tem sido repetido pelos sábios daquele tempo. O homem está rodeado dos mistérios e anseia pela sabedoria. No céu esse anseio será satisfeito absolutamente; os mistérios do universo serão desvendados; problemas teológicos difíceis desvanecerão. Então gozaremos de melhor qualidade de conhecimento, o conhecimento de Deus.
(c) Descanso. (Apo. 14:13; 21:4.) Pode-se formar certa concepção do céu contrastando-o com as desvantagens da vida presente. Pense em tudo que neste mundo provoca: fadiga, dor, luta e tristeza, e considere que no céu essas coisas não nos perturbarão.
(d) Servir. Existem pessoas acostumadas a uma vida muito ativa que não se interessam pelo céu, pensando que o céu seja lugar de inatividade, onde seres etéreos passem o tempo tocando harpa. Essa, porém, não é uma concepção exata. É verdade que os redimidos tocarão harpas, pois o céu é lugar de música. "Haverá trabalho a fazer também. "... Estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo." "(Apo. 7:15); "... e os seus servos o servirão"... (Apo. 22:3). Aquele que colocou o homem no primeiro paraíso, com instruções sobre como cuidar dele, certamente não deixará o homem sem ter o que fazer no segundo paraíso.
(e) Gozo. (Apo. 21:4.) O maior prazer experimentado neste mundo, mesmo que ampliado um milhão de vezes, ainda não expressaria o gozo que espera os filhos de Deus nesse reino. Se um poderoso rei, possuidor de ilimitadas riquezas, quisesse construir um palácio para sua noiva, esse palácio seria tudo quanto a arte e os recursos pudessem prover. Deus ama seus filhos infinitamente mais que qualquer ser humano. Possuindo recursos inexauríveis, ele pode fazer um lar cuja beleza ultrapasse tudo quanto a arte e imaginação humanas poderiam conceber. "Vou preparar-vos lugar."
(f) Estabilidade. O gozo do céu será eterno. De fato, a permanência é uma das necessidades para que a felicidade seja perfeita. Por muito gloriosas que sejam a beleza e a felicidade celestiais, saber que essas coisas acabariam já é suficiente para que o gozo perca sua perfeição. Lembrar-se de que inevitavelmente tudo findará , seria um empecilho ao gozo perfeito. Todos desejam o estado permanente: saúde permanente, paz permanente e prosperidade permanente. A instabilidade e insegurança são temidas por todos. Mas a felicidade no céu é justamente a divina promessa de que o seu gozo nunca há de terminar nem diminuir de intensidade.
(g) Gozos Sociais. (Heb. 12:22, 23; 1Tess. 4:13-18) Por natureza, o homem é um ser social. O homem solitário é anormal. Se na vida presente os gozos sociais proporcionam tanta felicidade, como não será muito mais gloriosa a amável comunhão social no céu. Nas relações humanas, mesmo as pessoas mais chegadas a nós têm suas faltas e características que destroem a sua personalidade. No céu os amigos e parentes não terão faltas. Os gozos sociais nesta vida fazem-se acompanhar de desapontamento. Muitas vezes os próprios familiares nos causam grandes tristezas; as amizades acabam e o amor desvanece. Mas no céu não haverá os mal-entendidos e nenhuma rixa; tudo será bom e belo, sem sombra e sem defeito, cheio de sabedoria celestial e resplandecente com a glória de Deus.
(h) Comunhão com Cristo. (João 14:3; 2Cor. 5:8; Fil. 1:23.) "Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso" (1Ped. 1:8). Naquele dia seremos como ele é; os nossos corpos serão como o seu glorioso corpo; nós o veremos face a face; aquele que pastoreou o seu povo no vale das lágrimas, no céu conduzirá esse povo de gozo em gozo, de glória em glória, e de revelação em revelação.
VI. O DESTINO DOS ÍMPIOS.
1. O ensino bíblico.
O destino dos ímpios é estar eternamente separados de Deus e sofrer eternamente o castigo que se chama a segunda morte. Devido à sua natureza terrível, é um assunto diante do qual se costuma recuar; entretanto, é necessário tomar conhecimento dele, pois é uma das grandes verdades da divina revelação. Por essa razão o manso e amoroso Cristo avisou os homens dos sofrimentos no inferno. Sua declaração acerca da esperança do céu aplica-se também à existência do inferno "se não fosse assim, eu vo-lo teria dito" (João 14:2). O inferno é um lugar de: extremo sofrimento (Apo. 20:10), onde é lembrado e sentido o remorso (Luc. 16:19-31), inquietação (Luc. 16:24), vergonha e desprezo (Dan. 12:2), vil companhia (Apo. 21:8) e desespero (Prov. 11:7, Mat. 25:41).
2. Opiniões errôneas.
(a) O universalismo ensina que todos os homens, no fim, serão salvos, argumentando que Deus é amoroso demais para excluir alguém do céu. Essa teoria é refutada pelas seguintes passagens: Rom. 6:23; Luc. 16:19-31; João 3:36 e outras. Na realidade, é a misericórdia de Deus que exclui do céu o ímpio, pois este não se acomodaria no ambiente celestial como também o justo não teria prazer em estar no inferno.
(b) O restauracionismo. A doutrina da restauração de todas as coisas ensina que o inferno não é eterno, e, sim, apenas uma experiência temporária que tem por fim purificar o pecador para que possa entrar no céu. Se assim fosse, então o fogo infernal teria mais poder do que o sangue de Cristo. Também, a experiência nos ensina que a punição, em si, não regenera; ela pode restringir mas não transformar. Os partidários dessa escola de pensamento afirmam que a palavra "eterno", na língua grega, significa "duração de século ou época" e não duração sem fim. Mas, segundo Mat. 25:41, se a punição dos ímpios tiver fim, então o terá também a felicidade dos justos. Assim comenta o Dr. Maclaren: Reverentemente aceitando as palavras de Cristo como palavras de perfeito amor e sabedoria infalível, este autor... receia que, na avidez de discutir a duração, o fato solene da realidade da futura retribuição seja ofuscado, e os homens discutam sobre o "terror do Senhor" a ponto de não sentirem mais receio a seu respeito. Os hábitos tendem a se fixar. A tendência do caráter é tornar-se permanente; não há razão para crer que Deus futuramente, mais do que no presente, obrigue a pessoa a ser salva.
(c) Segundo período probatório. Ensina que todos, no tempo entre a morte e a ressurreição, terão outra oportunidade para aceitar a salvação. As Escrituras, entretanto, ensinam que na morte já se fixou o destino do homem. (Heb. 9:27.) Além disso, quantos aceitarão a presente oportunidade se pensarem que haverá outra? E, segundo as leis da natureza humana, se negligenciarem a primeira oportunidade, estarão menos dispostos a aceitar a segunda.
(d) Aniquilamento. Ensina que Deus aniquilará os ímpios. Os partidários dessa doutrina citam 2Tess. 1:9 e outras passagens que afirmam que os ímpios serão destruídos. Contudo, o sentido da palavra, como usada nas Escrituras, não é "aniquilar", mas causar ruína. Se a palavra perdição (Almeida) nesse verso significa aniquilar, então a palavra "eterna" no mesmo verso seria supérflua, pois aniquilamento só pode ser eterno. Também citam passagens que expõem a morte como a pena do pecado. Mas, nesses casos, refere-se à morte espiritual e não à morte física, e morte espiritual significa separação de Deus. A promessa de vida feita ao obediente não significa o dom de "existência", pois esse dom todos os homens o possuem. E se a vida, como um galardão, não significa mera existência, então a morte também não significa mera perda
VII. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO.
1. O fato de sua vinda.
O fato da segunda vinda de Cristo é mencionado mais de 300 vezes no Novo Testamento. Paulo refere-se ao evento umas cinqüenta vezes. Alguém já disse que a segunda vinda é mencionada oito vezes mais do que a primeira. Epístolas inteiras (Cl e 2Tess.) e capítulos inteiros (Mat. 24, Mat. 13) são dedicados ao assunto. Sem dúvida, é uma das doutrinas mais importantes do Novo Testamento.
2. A maneira de sua vinda.
Será de maneira pessoal (João 14:3; Atos 1:10,11; 1Tess. 4:16; Apo. 1:7; 22:7), literal (Atos 1:10; 1Tess. 4:16, 17; Apo. 1:7; Zac. 14:4), visível (Heb. 9:28; Fps. 3:20; Zac. 12:10) e gloriosa (Mat. 16:27; 25:31; 2Tess. 1:7-9; Gál. 3:4). Há interpretações que procuram evitar a opinião de que a vinda de Cristo seja literal e pessoal. Alguns ensinam que a morte é a segunda vinda de Cristo. Mas a Bíblia mostra que a segunda vinda é o contrário da morte, pois os mortos em Cristo ressuscitarão nessa ocasião. Com a morte iremos para Cristo, mas na sua vinda ele virá para nos buscar. Certas passagens (Mat. 16:28; Fil. 3:20) perdem seu significado se substituíssemos morte por segunda vinda. Finalmente, a morte é um inimigo, enquanto a vinda de Cristo é a gloriosa esperança. Alguns sustentam que a segunda vinda foi a descida do Espírito no dia de Pentecoste. Outros ensinam que Cristo veio no tempo da destruição de Jerusalém no ano 70 A.D., mas em cada um desses casos não houve ressurreição dos mortos, nem o arrebatamento dos vivos, nem outros eventos preditos que acompanharão o segundo advento.
3. O Tempo da sua vinda.
Tentativas houve para determinar a data da vinda de Cristo, mas em nenhuma delas o Senhor veio na hora marcada pelos homens! Ele declarou que o tempo exato de sua vinda está oculto nos conselhos divinos. (Mat. 24:36-42; Mar. 13:21, 22.) é bom que seja assim. Quem gostaria de saber com antecedência a hora exata de sua morte? Tal conhecimento teria o efeito de perturbar e inutilizar a pessoa. Basta que saibamos que a morte pode vir a qualquer instante; portanto, devemos trabalhar "enquanto é dia pois a noite vem quando ninguém pode trabalhar". O mesmo raciocínio serve quanto ao fim da presente dispensação. Esse dia também não nos foi revelado, mas sabemos quê será repentino (1Cor. 15:52; Mat. 24:27) e inesperado (2Ped. 3:4; Mat. 24:48-51; Apo. 16:15). O Senhor avisa seus servos: "Negociai até que eu venha" Damos em seguida uma visão geral do ensino de Cristo sobre o tempo da sua vinda: após a destruição de Jerusalém os judeus serão desterrados entre todas as nações, expulsos de sua terra, a qual passará a ser subjugada pelos gentios até ao fim dos tempos, quando Deus julgará as nações gentias (Luc. 21:24). Durante esse período os servos de Cristo levarão sua obra avante (Luc. 19:11-27) pregando o Evangelho a todas as nações (Mat. 24:14). Será um tempo de demora durante o qual muitas vezes a igreja será tentada a duvidar do retomo do seu Senhor (Luc. 18:1-8), quando alguns se prepararão e outros se tornarão negligentes, enquanto o Noivo demora (Mat. 25:1-11). Ministros infiéis desviar-se-ão, dizendo consigo mesmos: "O meu Senhor tarda a vir" (Luc. 12:45).
"Muito tempo depois" (Mat. 25:19), "… meia-noite (Mat. 25:6), ‹a hora e no dia dos quais nenhum dos seus discípulos sabe (Mat. 24:36, 42,50), o Senhor repentinamente aparecerá para ajuntar seus servos e julgá-los segundo as suas obras (Mat. 25:19; e 2Cor. 5:10). Mais tarde, depois de ter sido pregado universalmente o Evangelho e após o mundo havê-lo rejeitado, quando o povo estiver vivendo completamente ignorante quanto à iminente catástrofe, como nos dias de Noé (Mat. 24:37-39) e nos dias da destruição de Sodoma (Luc. 17:28, 29) virá o Filho do homem em glória e poder para julgar as nações do mundo e sobre elas reinar (Mat. 25:31-46).
4. Sinais de sua vinda.
As Escrituras ensinam que a aparição de Cristo inaugurando a Idade Milenial será precedida por um tempo agitado de transição, no qual haverá distúrbios físicos, guerras, crises econômicas, declínio moral, apostasia religiosa, infidelidade, pânico geral e perplexidade. A última parte desse período transitório chama-se "A Grande Tribulação", durante a qual o mundo inteiro estará sob o domínio dum governo contra Deus e anticristão. Crentes em Deus serão brutalmente perseguidos, e a nação judaica, em particular, passará pela fornalha da aflição.
5. O propósito de sua vinda.
(a) Em relação à igreja. Assim escreve o Dr. Pardington: Assim como a primeira vinda do Senhor se estendeu sobre um período de 30 anos, assim a segunda vinda influirá em vários eventos. Na primeira vinda ele foi revelado como o Menino de Belém; mais tarde como o Cordeiro de Deus, ao ser batizado, e como o Redentor no Calvário. Na segunda vinda aparecerá aos seus secreta e repentinamente para trasladá-los às Bodas do Cordeiro. Essa aparição chama-se o arrebatamento ou "Parousia" (que significa "aparição" ou "presença" ou "chegada" na língua grega). Nessa ocasião os crentes serão julgados para determinar as suas recompensas por serviços prestados (Mat. 25:14-30). Após o arrebatamento, segue-se um período de terrível tribulação, que terminará na revelação, ou manifestação aberta de proveniente do céu, quando ele estabelecerá seu reino messiânico sobre a terra.
(b) Em relação a Israel. Aquele que é a Cabeça e Salvador da igreja, do povo do céu, é também o prometido Messias de Israel, do povo terrestre. Como Messias, ele libertará esse povo da tribulação, congregá-lo-á dos quatro cantos da terra, restaurá-lo-á na sua antiga terra e sobre ele reinará como seu, há muito prometido, Rei sobre a Casa de Davi.
(c) Em relação ao anticristo. O espírito do anticristo já está no mundo (1João 4:3; 2:18; 2:22), mas ainda virá outro anticristo final (2Tess. 2:3). Nos últimos dias ele se levantará dentre o velho mundo (Apo. 13:1) e tornar-se-á o soberano sobre um Império Romano ressuscitado que dominará todo o mundo. Assumirá grande poder político (Dan. 7:8, 25), comercial (Dan. 8:25; Apo. 13:16, 17) e religioso (Apo. 17:1-15). Ele será anti-Deus e anti-Cristo, e perseguirá os cristãos numa tentativa de extinguir o Cristianismo. (Dan. 7:25; 8:24; Apo. 13:7, 15). Sabendo que os homens desejam ter alguma religião, ele estabelecerá um culto baseado na divindade do homem e na supremacia do Estado. Como personificação desse Estado, ele exigirá o culto do povo, e formará um sacerdócio para fazer cumprir e promulgar esse culto. (2Tess. 2:9,10; Apo. 13: 12-15.) O anticristo levará ao extremo a doutrina da supremacia do Estado, a qual ensina que o governo é o supremo poder, em torno do qual tudo, incluindo a própria consciência do homem, tem que lhe estar subordinado. Visto que não existe poder ou lei mais elevados do que o Estado, segundo eles, Deus e sua lei precisam ser abolidos para se prestar culto ao Estado. A primeira tentativa para estabelecer o culto ao Estado está registrada em Daniel cap. 3. Nabucodonosor orgulhou-se do poderoso império que edificara. "não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei?..." (Dan. 4:30). Tão deslumbrado ficou ele diante do poderio e governos humanos, que o Estado para ele se tomou como um deus. Que melhor maneira para impressionar os homens com sua glória, do que ordenar-lhes que o símbolo desse governo fosse venerado! Portanto, ele edificou uma grande imagem dourada e mandou que todos os povos se prostrassem diante dela, sob pena de morte. A imagem não foi a de uma divindade local, mas representava o próprio Estado. Recusar cultuar a imagem era considerado ateísmo ou traição. Ao instituir essa nova religião, Nabucodonosor como que dizia ao povo: "Quem vos deu as belas cidades, as boas estradas, e belos jardins? O Estado! Quem vos provê de alimentos e serviço, quem funda escolas e patrocina templos? O Estado! Quem vos defende dos ataques dos inimigos? O Estado! não será então o Estado, esse poderio, um deus? Portanto, que maior deus quereis do que vosso exaltado governo? Prostrai-vos perante o símbolo da grande Babilônia!" E se Deus não o tivesse humilhado do seu orgulho blasfemo (Dan. 4:28-37), Nabucodonosor talvez teria exigido o culto de sua própria pessoa como chefe do Estado. Como os três filhos hebreus (Dan. 3) foram perseguidos por se recusarem a curvar-se perante a imagem de Nabucodonosor, assim os cristãos do primeiro século sofreram porque se recusaram a render homenagens divinas à imagem de César. Havia tolerância de todas as religiões no Império Romano, mas sob a condição de que fosse venerada a imagem de César como símbolo do Estado. Os cristãos foram perseguidos, não tanto por sua lealdade a Cristo, mas porque se recusaram a adorar a César e dizer: "César é Senhor." Recusaram-se a cultuar o Estado como deus. A Revolução francesa oferece outro exemplo dessa política. Deus e Cristo foram lançados fora e um deus, ou deusa, se fez da "Pátria" (o Estado). Assim disse um dos lideres: "O Estado é supremo em todas as coisas. Quando o Estado se pronuncia, a igreja não tem nada a dizer." A lealdade ao Estado elevou-se à posição de religião. A assembléia decretou que em todas as vilas fossem levantados altares com a seguinte inscrição: "O cidadão nasce, vive e morre por La Patrie." Preparou-se um ritual para batismos, casamentos e enterros civis. A religião do Estado possuía seus hinos e orações, seus jejuns e festas. O Novo Testamento reconhece o governo humano como divinamente ordenado para a manutenção da ordem e da justiça. O cristão, por conseguinte, deve lealdade à sua pátria. Tanto a igreja como o estado têm sua parte no programa divino, e cada qual deve limitar-se à sua esfera. Deus deve receber o que lhe pertence, e César deve receber o que lhe pertence. Mas acontece que muitas vezes César exige coisas que são de Deus, resultando que a igreja, muito contra sua vontade, entra em choque com o governo. As Escrituras prevêem que esses conflitos futuramente chegarão ao seu ponto máximo. A última civilização será anti-Deus, e o anticristo, seu chefe, o ditador mundial, tornará as leis desse superestado supremas sobre todas as demais leis", e exigirá o culto à sua pessoa como a personificação do Estado. As mesmas Escrituras predizem a vitória de Deus e que sobre as ruínas do império mundial" anticristão, ele levantará seu reino no qual Deus é supremo — o Reino de Deus. (Dan. 2:34, 35, 44; Apo. 11:15; 19:11-21.)
(d) Em relação às nações. As nações serão julgadas, os reinos do mundo destruídos, e todos os povos estarão sujeitos ao Rei dos reis. (Dan. 2:44; Miq. 4:1; Isa. 49:22, 23; Jer. 23:5; Luc. 1:32; Zac. 14:9; Isa. 24:23; Apo. 11:15.) Cristo regerá as nações com vara de ferro; tirará toda a opressão e injustiça da terra e inaugurará a Idade áurea de mil anos. (Sal. 2:7-9; 72; Isa. 11:1-9; Apo. 20:6.) "Depois virá o fim, quando houver entregado o reino a Deus, o Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda potestade e força" (1Cor. 15:24). Há três estágios na obra de Cristo como Mediador: Sua obra como Profeta, cumprida durante seu ministério terrestre; sua obra como Sacerdote, começada na cruz e continuada durante a dispensação atual; e sua obra como Rei, começando com a sua vinda e continuando durante o Milênio. Depois do Milênio ter cumprido sua obra de unir a humanidade a Deus, de forma que os habitantes do céu e da terra formem uma só grande família onde Deus será tudo e estará em todos. (Efés. 1:10; 3:14, 15.) Contudo, Cristo continuará a reinar como o Deus-homem, e partilhar do governo divino, pois "o seu reino não terá fim" (Luc. 1:33).









O REINO DE DEUS NO FUTURO - II  O ARREBATAMENTO – SEGUNDA PARTE
Leitura: Mt. 24.36-46

Versículo para Memorizar: Mt. 24.46, “Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.”

Introdução – Como estudamos na última lição o arrebatamento é o próximo grande evento escatológico. Cristo virá nas nuvens para tirar com ímpeto os Cristãos mortos e vivos ao Seu encontro nos ares antes do período da tribulação. Nessa lição estudaremos mais sobre esse assunto glorioso.

O Alarido, A Voz e Uma Trombeta – I Ts 4.16

Quando Jesus terminou a Sua obra de redenção, sendo ressurrecto da morte, Ele subiu com júbilo, ao som de trombeta de um Vencedor (Sl. 47.5; At. 1.9-11). Naquela ocasião os anjos instruíram aos que presenciaram essa volta corporal de Cristo que Ele virá da mesma maneira (At. 1.11).

Esse júbilo, ou alarido é uma exclamação urgente. Este alarido é acompanhado com a voz de um arcanjo, uma referência ao próprio Jesus (Jo 5.28, “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.”) e com a trombeta de Deus. As trombetas eram usadas para chamar Israel para reunir nas ocasiões solenes (Lv. 25.9; Nm. 10.2). A trombeta é mencionada acompanhando o alarido e a voz de arcanjo. Podemos concluir que essa ocasião é solene e marcada com a manifestação do poder divino de Jesus. A voz de Deus era distinguida como trombeta (Êx. 19.16; Ap. 1.10).

O alarido, a voz e a trombeta manifestam a magnificência da glória de Jesus quando volta para receber os Seus nos ares. Simboliza também a solenidade desta manifestação. Desde que Jesus vem com a Sua glória, e desde que o pecador está destituído desta glória (Rm. 3.23), a sua necessidade de estar em Cristo antes desta ocasião é enfatizada. Quando Cristo voltar para levar com ímpeto os Seus não terá tempo para o pecador sondar o seu coração, buscar o arrependimento dos seus pecados, ou pedir que Deus lhe ajude a sua incredulidade. Como uma exclamação urgente é de repente, assim é urgente que o pecador se arrependa e crê em Cristo já.

Haverá elementos nesta ocasião que não podemos saber, mas é certo que a manifestação da glória do Jesus Vencedor nos ares é imediata e real. Como essa voz divina principiou a criação (Gn. 1.3-25), ela traz vida eterna aos Cristãos (II Co. 4.6, “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.”). Como essa voz poderosa ressurgiu Lázaro dos mortos, assim ressuscitará os que morreram em Cristo e chamará para Si mesmo todos os Seus que estão vivos naquele dia para sempre estarmos com Ele (I Ts. 4.16-18). Ouvirá essa voz naquele dia? Submeter-se-á essa voz hoje?

As Mudanças que os Cristãos Terão no Momento do Arrebatamento – I Co. 15.51-53; I Jo. 3.1-3

Instantaneamente os corpos dos Cristãos mortos e vivos serão mudados na ocasião do arrebatamento. Essa mudança é grandemente desejada pelos Cristãos durante todo o tempo que estão nessa terra (Rm 8.23, “E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.”). Essa ardente esperança pela qual gememos é provocada pela nossa constante desonra humilhante diante do Salvador pela nossa falta de fé e as inseguranças e ignomínia por pecar enquanto nesse corpo (Rm. 7.18-21; Gl. 5.17; II Co. 5.6-8). O arrebatamento marca o livramento desse corpo de pecado, ou seja, a redenção do nosso corpo. O arrebatamento traz à realidade essa bem-aventurada esperança pela qual gememos. A promessa é: “seremos como Ele” (I Jo. 3.2). A realidade dessa promessa é confirmada no próprio arrebatamento.

Essa mudança é de corruptível à incorruptibilidade, de mortal à imortalidade (I Co. 15.51-53), de vergonha à glória, de corpo abatido a um corpo glorioso, da imagem do Adão caído à imagem de Cristo vitorioso (Sl. 17.15; Fp. 3.20-21, “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.”; I Jo. 3.1-3).

O Cristão tem certeza dessas mudanças gloriosas, pois o penhor, o Espírito Santo no Cristão, garante que tudo que foi prometido será uma realidade - II Co. 1.22, “O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações.”; Ef. 1.13-14, “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória.” Há tanta certeza no coração do Cristão quanto há a presença do Espírito Santo na vida do Cristão.

Sendo adotado na família de Deus, o Cristão será glorificado com Cristo (Rm. 8.15-23). Os olhos naturais não agüentam ver toda a glória de Deus no ressurrecto e glorificado Cristo, mas, quando o Cristão for glorificado, será possível adorar e cultuar o Salvador sem limitações ou barreiras, Sl. 17.15, “Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar.” (I Jo 3.1-3). Aquilo que o Cristão deseja em vida, ou seja, a sua conformidade à imagem de Cristo, será uma realidade gloriosa através do arrebatamento.

Não somente o corpo será transformado, mas, a natureza velha será vencida uma vez para sempre (I Co. 15.53-54). Portanto a capacidade moral mudará também. A mente não será desviada pela tentação. A vontade não terá uma luta entre a carne e o espírito, e, portanto, terá um desejo único: plena obediência ao SENHOR. O coração jamais será dividido entre o mundo e o Reino de Deus. Imodéstia, blasfêmias, injustiças, perseguição, dor, aborrecimentos, irritações estarão no passado, nunca nos perturbando outra vez.


Portanto, está em Cristo Jesus (I Co 15.57)?

A Iminência do Arrebatamento

A passagem de Mateus 24 é uma das passagens da Bíblia que mais explica o arrebatamento e o tempo da tribulação. Outras passagens são Marcos 13 e Apocalipse 6.1-19.21. Nessas passagens os eventos do arrebatamento, o período da tribulação e a revelação de Cristo na terra serão claramente tratados. Com toda a clareza uma data específica não é dada na resposta à indagação: “Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt. 24.3). Mas, um aviso é dado: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.” (Mt. 24.42). A iminência, ou a possibilidade da vinda de Cristo ser imediata para os Seus é uma certeza. Jesus não estipulou uma data, nem profetizou que alguém daria uma data ou hora no futuro para saber quando Ele voltaria. Contrariamente, Ele ensinou que não saberemos a hora. Não sabendo a hora, Cristo exortou os Seus a vigiar, pois Ele voltará numa hora “em que não penseis” (Mt. 24.44). A bem-aventurança não é por saber a hora, mas por ser achado obediente quando Ele vier (Mt. 24.46, “Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.”).

Pelo arrebatamento ser iminente, devemos investir o que temos na obra hoje, entesourando nos céus as nossas riquezas (Mt. 6.20; Lc. 21.34-36). Também devemos nos animar na obra sendo perseverantes (Fp. 3.20; I Ts. 1.9-10; 5.6), e puros hoje (Tt. 2.12-14), pois logo a batalha cessará (II Tm. 4.7-8).

Existe uma vinda de Cristo que não é iminente, e não devemos vigiar por esta (II Ts. 2.1-3). Esta é aquela quando Ele volta depois da apostasia, da manifestação do anticristo, e dos outros eventos da tribulação (II Ts. 2.4-12). Os Cristãos de Tessalônica estavam inquietados por alguns eruditos terem ensinado diferentemente do que o Apóstolo Paulo havia ensinado anteriormente. Foram levados a pensar que numa data muito próxima Cristo viria na Sua glória, e, juntamente com outras doutrinas errôneas, se essa data passasse em branco, faria a fé de muitos enfraquecer. Mas Paulo conforta-lhes dizendo que a doutrina que ensinou anteriormente era de Deus e não precisavam preocupar-se com esse ensino errado, pois aquela vinda em glória com os Seus viria somente depois dos eventos da tribulação (Ap 19.11-21).

Ser achado servindo fielmente o Senhor na Sua vinda ti incentiva a algo? Ti avisa de algo?
A TROMBETA DE DEUS






Texto :  I Tes 4. 16,17  ; I Cor 15. 52


1º - Estes dois textos são paralelos
2º - São os únicos textos que fazem alusão e que trazem pormenores sobre o arrebatamento
3º -  É chamada a Ultima trombeta – é o fim da dipensação da Graça

Deus está na contagem regressiva , é a última hora da igreja a trombeta vai soar

Este texto apresenta uma tripla convocação - Jesus descerá do céu :

Não adianta os ateus, os filósofos, estes crentes gelados, o seu vizinho, o seu amigo cru,
satanás, toda secretaria do inferno tentar impedir
Jesus virá buscar a sua igreja
Quando um chefe de Estado esta para visitar um país ele é anunciado – Ele esta chegando

1 º - Com um alarido
2º -  Com voz de arcanjo
3º - Com trombeta de Deus

1º - Na mente de qualquer ser humano o Arrebatamento é inconcebível, impossível, inimaginável
2º - Preste atenção, em uma linguagem clara é o sumiço da igreja – Você vai subir, sumir , sair daqui

1º - Porque o mesmo Senhor descerá do céu – Jesus virá pessoalmente sobre os ares

É o mesmo, que criou todas as coisas, sustenta tudo pelo poder da sua palavra
Princípio de todas as coisas, Eterna Sabedoria, Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte
que nasceu em Belém, andou pelas praias da Galiléia, que curou a muitos, que repreendeu os demônios, que falou ao vento e o mar e eles se calaram, que subiu ao Calvário, que morreu e ressucitou ao terceiro dia, ascendeu ao céu e prometeu voltar

O Senhor não enviará um anjo ou qualquer outro emissário para fazer isso,
Ele virá pessoalmente.

Na primeira vinda ele virá sozinho
Na primeira vinda ele virá nas nuvens
O mundo não acredita, o mundo não crê, somos doidos , pirados, malucos, mas ele virá

(Isaías 60:2)- Porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o SENHOR virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti.

2º - Jesus virá com alarido

O que é o alarido ?  Palavra de ordem : Grito usado pelo General  para convocar os soldados

Pai olha para o filho e diz : Chegou a hora

(MT 25:34) -  Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;

3º - Jesus virá Com voz de Arcanjo

Este arcanjo é Miguel – Quem é como Deus ?
Miguel lutou contra os demônios e veio ajudar Gabriel, para que este pudesse confirmar a Daniel que suas orações haviam sido atendidas (Dn 10.12-14 e 21).
Lutou com Satanás pelo corpo de Moisés: ( Jd )
Miguel receberá a ordem e dirá -  Anjos podem tocar

4º - Jesus virá com trombeta de Deus

  Somente os salvos ouvirão o som da trombeta

(Não vai dar tempo de colocar  a vida em ordem, trocar a capa, tirar a máscara da mentira,engano

         Hoje você engana, mente, faz contenda, compra e não paga, é relaxado com a obra de Deus, faz o que quer, veste o que quer, anda como quer, se prostitui, e acha que está tudo certo - Mas naquele dia .,..aí, ai, ai...
         Jesus vai mostrar quem é e quem não é , quem tem e quem nãotem, quem pode e quem não pode, quem vai entrar e quem não vai
         A palavra preparar em grego é Kosméo ( cosmético )
         Não vai adiantar mais querer colocar a mascara de crente

Mateus 24:31)  E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.

O tempo utilizado na definição é um piscar de olhos (400 milésimos de segundo ou 2/5 de segundo)

(I Corintios 15:51) - Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; (I Corintios 15:52) - Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. (I Corintios 15:53) - Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.

1º - Os mortos serão ressuscitados ; tumulos se abrindo e se transformando em um corpo incorruptível
2º - Nós seremos transformados

Aguenta firme irmão, irmã : Vale apena

(I Pedro 4:13)-   Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.

A alegria do noivo , a alegria da noiva, os abraços , os comprimentos, Valeu a pena ...

(João 17:24)-    Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.

(Apocalipse 21:3) - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. (Apocalipse 21:4) - E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. (Apocalipse 21:5) - E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. (Apocalipse 21:6) - E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. (Apocalipse 21:7) - Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

O REI VITORIOSO

Em Apocalipse 19:11-21, são descritos ainda mais detalhes do Aparecimento de Jesus Cristo:

1.     Virá acompanhado da esposa

Jd. 14 ... Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos.
Apoc. 19 : 14 E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro.

2.      Virá acompanhado pelos anjos
Mat. 25 : 31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos santos anjos, com Ele, então, se assentarão no trono da sua glória.
11. E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. 12. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo.13. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. 14. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. 15. E da suaboca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. 16. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores. 17. E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus; 18. Para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes. 19. E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. 20. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. (21) E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes

II. A TERRA É CONVOCADA A CONTEMPLAR A VINDA TRIUNFAL DO CORDEIRO DE DEUS – V. 11-21

1. A Aparição do Rei Celestial – v. 11 - • João vê Jesus vindo vitoriosamente do céu. O céu se abre.

A terra está vivendo tempos de angústias e desespero. É a grande tribulação.
Engano satânico, enfermidade e destruição. O anticristo e o falso profeta estão enganando, oprimindo e perseguindo a igreja de Deus.

Mas Jesus aparece como o conquistador. Ele aparece em glória, em majestade.
2. A descrição do Rei Celestial – v. 11-13, 15-16

2.1. Ele é Fiel e Verdadeiro – v. 11 – Em contraste com o anticristo que é falso e enganador.

2.2. Ele é aquele que a tudo vê – v. 12 – Seus olhos são como chama de fogo. Nada ficará oculto do seu profundo julgamento. Ele vai julgar as suas palavras, as suas obras e os segredos do seu coração. Aqueles que escaparam do juízo dos homens não escaparão do juízo de Cristo.

2.3. Ele é o vencedor supremo – v. 12 – “Na sua cabeça há muitos diademas” – Ele tem na sua cabeça a coroa do vencedor e do conquistador. Quando ele entrou em Jerusalém, ele cavalgou um jumentinho. Ele entrou como servo. Mas agora ele cavalga um cavalo branco. Ele tem na sua cabeça muitas coroas, símbolo da sua vitória suprema sobre todos os reis.
2.4. Ele é o Deus de mistério– v. 12 – “Ele tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo” – Isso revela que Jesus é insondável, inescrutável. (Ap 2.17; Ap 3. 11,12,13)

2.5. Ele é o Verbo de Deus  – v. 13 – “o seu nome se chama o Verbo de Deus”. Deus criou o universo através da sua Palavra. Agora Deus vai julgar o mundo através da sua Palavra. Jesus é o grande juiz de toda a terra.

2.6. Ele é o conquistador de vitórias – v. 13,15 – Seu manto está manchado de sangue, (sacrifício pelo pecado; vitória sobre a morte ). Agora ...Ele vem para o julgamento. Ele vem para colocar os seus inimigos debaixo dos seus pés. Filp 2. 9-11 -  Ele vem para estabelecer o seu Reino. Ele vem para derrotar o diabo e as suas hostes. Ele vai destruir o anticristo com o sopro da sua boca. Esta espada não é o evangelho, mas a sua glória e aparição que destruirá o inimigo (2 Ts 2:8).

2.7. Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores – v. 16 – Deus o exaltou sobremaneira. Deus lhe deu um nome que está acima de todo nome. Diante dele todo joelho vai se dobrar. Todos os reis da terra se prostarão. Ele vai assentar-se no trono da sua glória. Ele vai julgar as nações. Ele vai julgar os reis da terra. Ele vai julgar grandes e pequenos, ricos e pobres, religiosos e ateus. Todo joelho vai ter que se dobrar. Os déspotas, os tiranos, os imperadores, os feiticeiros, os papas, os pecadores.

Nas batalhas da antiguidade, o rei que perdia a guerra, ao se render, prostrava-se diante do rei vencedor, mostrando naquele ato que, a partir daquele momento, era seu escravo.
Todos os nomes acima nos céus, na terra e abaixo da terra se dobrarão diante do nome de Jesus, prostrando-se ante a sua majestosa presença.

Pessoas que se destacaram de tal forma, nas mais diversas áreas da vida, ao ponto de influenciar gerações subseqüentes. Nomes como: Platão, Aristóteles, Sócrates (Filosofia); Sidharta Gautama, Mãomé, Mahattma Gandhi, Confúcio (religião); Alexandre o Grande, Atila, Gengis Kan, Napoleão ,Adolf Hitler, Mussolini, Fidel Castro, Mao Tsetung, Che Guevara, Getúlio Vargas , Tancredo Neves (política).

4. A ira do Rei Celestial – v. 15-21

4.1. Ele repreenderá e julgará as nações com a Sua Palavra – v. 15 – Quando Jesus vier na sua majestade e glória, ele se assentará no seu trono e julgará as nações. Ele separará uns dos outros como o pastor separa o cabrito das suas ovelhas. Ele chamar os seus escolhidos e vai dizer: “Vinde benditos de meu Pai...”. Mas ele vai sentenciar os ímpios: “Apartai-vos de mim malditos para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.

4.2. Ele vai desbaratar os exércitos do anticristo e lançá-lo no lago de fogo – v. 17-21 – Jesus Cristo destruirá o anticristo com a manifestação da sua vinda e com o sopro da sua boca. Todos os olhos da terra o verão e se lamentarão sobre ele. Aquele será o grande dia da ira de Deus. O grande dia do juízo. Haverá grande angústia e perplexidade entre as nações. Aquele será dia de trevas e não de luz para os poderosos deste mundo. Ninguém poderá escapar. Ninguém poderá fugir.

O anticristo, o falso profeta, o diabo, a grande Babilônia, os ímpios e a própria morte serão lançados no lago de fogo. Cristo estabelecerá o seu Reino de forma final e completa. Os céus, então, se desfarão abrasados. Haverá novos céus e nova terra. A eternidade vastíssima e insondável será estabelecida. Todos aqueles cujos nomes não forem encontrados no livro da vida do Cordeiro serão lançados no lago do fogo. Enquanto os inimigos de Deus serão atormentados por toda a eternidade, a igreja desfrutará da intimidade de Cristo nas bodas do Cordeiro para todo o sempre. A igreja reinará com Cristo para sempre.

A BATALHA DO ARMAGEDOM


A Batalha do Armagedon será um evento incrível, algo extraordinário, um mega evento nunca visto em toda a história.

Pense agora ver o céu se abrindo e o REI DA GLÓRIA aparecendo no céu para derrotar o Anticristo e o seu exército. Será uma batalha fenomenal e uma vitoria gloriosa e extraordinária pelo Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

A batalha de Armagedom

Esta batalha é profetizada como o acontecimento mais catastrófico e devastador da história humana. Devido o derramamento de sangue que espargirá pela face da terra, e a quantidade de mortos que serão alcançados.

Quer as pessoas acreditem que acontecerá ou não, elas logo se identificam com a magnitude do seu simbolismo, não adianta o homem querer fugir desta realidade que nos informa a palavra de Deus. Esta realidade é comentado direta e indiretamente na literatura, no cinema, na propaganda, nos debates políticos, sermões e comentários culturais.

O conflito de Armagedom será uma batalha real?

1.      Armagedom será um evento real de proporções trágicas para aqueles que desafiam a Deus.
2.      Será uma reunião de forças militares reais no Oriente Médio, numa das terras mais disputadas de todos os tempos – uma terra que nunca conheceu a paz duradoura.
3.      Armagedom será também uma batalha espiritual entre as forças do bem e as do mal.
4.      A batalha do Armagedom se refere a uma guerra necessária entre Jesus e as hostes malignas de Satanás.
5.      Esta guerra se faz necessária por causa das ambições perversas da humanidade e sua fonte de poder, que é Satanás
Cristo Glorioso e o seu exército descendo a terra, e todo olho o verá.


(Mateus 24:30) - Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

(Apocalipse 1:7) - Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.

(Joel 3:9) - Proclamai isto entre os gentios; preparai a guerra, suscitai os fortes; cheguem-se, subam todos os homens de guerra. (Joel 3:10) - Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte. (Joel 3:11) - Ajuntai-vos, e vinde, todos os gentios em redor, e congregai-vos. Ó SENHOR, faze descer ali os teus fortes; (Joel 3:12) - Suscitem-se os gentios, e subam ao vale de Jeosafá; pois ali me assentarei para julgar todos os gentios em redor. (Joel 3:13) - Lançai a foice, porque já está madura a seara; vinde, descei, porque o lagar está cheio, e os vasos dos lagares transbordam, porque a sua malícia é grande. (Joel 3:14) - Multidões, multidões no vale da decisão; porque o dia do SENHOR está perto, no vale da decisão.(Joel 3:15) - O sol e a lua enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor. (Joel 3:16) - E o SENHOR bramará de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; e os céus e a terra tremerão, mas o SENHOR será o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel.


A batalha será no Vale do Armagedom

O que é um Vale?

      Depressão alongada, mais ou menos larga, cavada por um rio ou geleira
      Depressão ou planície entre montes ou no sopé de um monte.
      Várzea ou planície à beira de um rio. 


O que significa "Armagedom"?

         A palavra ARMAGEDOM significa Monte de Megido -"lugar de tropas".
         Também conhecido como a Planície ou Vale de Jezreel,
         Conhecido como planície de Esdraelom (nome grego),

Planície ou vale de Megido, é chamado assim por causa da cidade de Megido que fica a oeste da planície. A cidade natal de Jesus, Nazaré, fica ao norte do vale de Megido.

Segundo alguns arqueólogos o Vale do Megido tem 22Km de largura por 32Km de comprimento


1.      Nesse amplo e espaçoso lugar, os exércitos do anticristo estarão congregados para o ataque decisivo contra Jerusalém.
2.      O anticriso, o falso profeta e o próprio Satanás inspirarão os exércitos de todo o planeta para invadir a região da Palestina a fim de eliminar todos os judeus do mundo e também para lutar contra Jesus Cristo.
3.      Será uma reunião de forças militares reais no Oriente Médio, numa das terras mais disputadas de todos os tempos -  uma terra que nunca conheceu paz duradoura.
4.      Armagedom será também uma batalha espiritual entre as forças do bem e as do mal.


Quando será a Batalha do Armagedom?

O próprio Jesus descreve quando será esta batalha


Mateus 24:29-31:"E, logo depois da tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus."

1.      Logo depois da Tribulação e antes do Milênio, acontecerá o Aparecimento Glorioso de Jesus Cristo.
2.      O anticristo, o falso profeta e o próprio Satanás juntamente com os exércitos da terra estarão em batalha com os exércitos dos judeus, e Cristo vem para libertá-los desta catástrofe.

 Apocalipse 16:12-16 -  o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso. Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas. E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom."

O rio Eufrates secará, o que permitirá que exércitos do oriente consiga chegar ao vale de Megido por terra. Os "reis do oriente" aqui descritos se referem aos países do leste asiático, como China e Japão entre outras potências bélicas.
Outro ponto importante descrito nestes versículos, é que o diabo, o anticristo e o falso profeta (a "trindade satânica") expelirão três espíritos imundos pela boca, que têm aparência de rãs.

Estes três espíritos imundos são responsáveis por convencer a todos os exércitos a se encontrarem no vale de Megido para a batalha.

Neste mesmo lugar, Satanás e seus demônios já se encontraram com Deus antes.

Desde o vale de Megido, é possível avistar três montanhas:

O monte Carmelo, o monte Gilboa e o monte Tabor.

Foi exatamente no monte Carmelo que aconteceu a competição de Deus e Elias contra Baal e seus profetas demoníacos, dominados pelo espírito de Jezabel (1 Reis 18:19).

Foi exatamente uma batalha entre Deus e Satanás, e não somente a batalha de Elias contra toda a nação.
Esta batalha terminará, obviamente, com uma vitória esmagadora de Jesus Cristo sobre todos os exércitos. Haverá uma matança muito grande
O monte das Oliveiras: o primeiro lugar onde Jesus aparecerá a todos em sua segunda vinda.
Ao final o Anticristo e seu exército cercarão a Jerusalém para a destruir, o que parecerá ser inevitável:
"Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado da cidade. (3) E o SENHOR sairá, e pelejará contra estas nações, como pelejou, sim, no dia da batalha." (Zacarias 14:2-3)

Jesus pelejará por Israel

Pare para imaginar a cena Apocalíptica agora:

Em Apocalipse 19:11-21, são descritos alguns detalhes da saída de Jesus com seus exércitos do céu:


A preparação de Jesus Cristo – O Rei dos reis que coisa extraordinária, que visão inexplicável

Jesus se preparando para a batalha

Apoc. 19.


1.     Quem é o Rei?

11. E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. 12. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo.

2.     Suas vestes e seu nome?

13. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.

3.     Seus exércitos? A palavra está no plural são exércitos, não exército. ( Anjos e igreja)

14. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro.

Virá acompanhado da esposa – Eu quero estar lá e você?

Jd. 14 ... Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos.

Virá acompanhado pelos anjos

Mat. 25 : 31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos santos anjos, com Ele, então, se assentarão no trono da sua glória.

4.     Sua arma? Perceba que a arma dele ainda sai da boca é a palavra

15. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.

5.     Este Rei não é apenas um Rei ele é Rei dos reis e Senhor dos senhores

16. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.


6.     Os flagelos da batalha

17. E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus; 18. Para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes.

7.     Os oponentes do Rei

19. E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.

8.     Resultado final

20. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes


(Mateus 24:30) - Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

Imagine o impacto de Jesus, pousando no monte das Oliveiras, será tão forte que o monte se dividirá em dois.

(Zacarias 14:1) -  EIS que vem o dia do SENHOR, em que teus despojos se repartirão no meio de ti. (Zacarias 14:2) - Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado da cidade. (Zacarias 14:3) - E o SENHOR sairá, e pelejará contra estas nações, como pelejou, sim, no dia da batalha. (Zacarias 14:4) - E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul. (Zacarias 14:5) - E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos contigo. Continua depois...

TROMBETAS E TAÇAS DO APOCALIPSE
As Trombetas    As Taças
1ª – Terça parte da terra(8:7)       1ª – Adoradores da besta naterra (16:1-2)
2ª – Terça parte do mar se torna em sangue (8:8-9)      2ª – O mar se torna em sangue (16:3)
3ª – Terça parte dos rios e das fontes se torna amargosa (8:10-11)        3ª Os rios e as fontes se tornam em sangue (16:4-7)
4ª – Terça parte do sol, da lua e das estrelas escurece (8:12)        4ª – O sol queima os homens com fogo (16:8-9)
5ª – O rei dos gafanhotos traz escuridão e tormento aos homens ímpios (9:1-11)   5ª – O reino da besta se torna em trevas; oshomens ímpios sofrem dor (16:10-11)
6ª – Os anjos atados junto ao Eufrates soltam oexército (9:13-19) 6ª – O Eufrates seca para preparar o caminho dos reis para a peleja (16:12-16)
7ª – Cumprir-se-á o mistério de Deus (10:7); Chegou aira de Deus contra asnações para destruir os que destroem a terra;Relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada (11:15-19)  7ª – Feito está! (16:17);Caíram as cidades dasnações; Deus dá o cálice da sua ira; Relâmpagos, vozes, trovões e terremoto(16:18-19)














5ª, 6ª e 7ª TAÇAS DO APOCALIPSE


5ª, 6ª e 7ª TAÇAS DO APOCALIPSE
5ª Taça: (Apocalipse 16:10) - E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor [latejante em aflição].. (Apocalipse 16:11) - E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas(úlceras), blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras. [pelas coisas que fizeram]

1.     Taça derramada sobre a besta - Haverá trevas sobre o reino do anticristo
2.     O trono da besta e o seu reino se tornam tenebrosos a ponto de causarem grande dor na terra.
3.     O trono da besta que significa o centro do governo anticristo isto é, uma vez que o governo do anticristo cai, todos os seus seguidores entram em pânico, em colapso e profundo sofrimento;
4.     Úlcera, sede, forte calor. Blasfemam de Deus e Não se arrependem.

É importante perceber que as feridas da primeira taça ainda estão fazendo efeito sobre os homens. Contudo, os versículos acima enfatizam que as feridas pioram com a escuridão do reino da besta.

Ainda muitos insistirão em não confessar a soberania de Deus.

Este julgamento de Deus visa o reino do anticristo, porque a ira de Deus foi despertada porque o anticristo se auto-declarou deus.

(Isaías 43:10) - Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. (Isaías 43:11) - Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador.

Não tem besta fera, que sai do mar, que sai da terra , anticristo, diabo, Eu sou Deus e ponto final.
Enquanto tem escuridão aqui , falta de sol ... lá no céu

(Malaquias 4:2) - Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.

6ª Taça: (Apocalipse 16:12) - E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. Apocalipse 16:13) - E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs.(Apocalipse 16:14) - Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo (todos) , para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso. (Apocalipse 16:15) - Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.16.  E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom.

Isto significa a intervenção de Deus em tempos de extremo sofrimento e perseguição contra o povo de Deus, em que Deus desce para intervir;

1.     Taça derramada sobre o grande Rio Eufrates (Ap 9.14) Cavaleiros diabólicos
      2.    O grande rio Eufrates secou-se.
3.     O maior banhador de águas do Oriente.
4.      A secagem do rio Eufrates é uma preparação para a vinda dos reis do oriente (leste asiático).
5.      Os "reis do oriente" aqui mencionados são muito provavelmente a China. Esta é a única referência sobre a China em toda a Bíblia.

Geograficamente, o rio Eufrates separa o Oriente Médio do resto da Ásia. Ao secar, os chineses poderão vir, com seus exércitos, também por terra, até chegarem ao vale de Megido ou Armagedom, para a última batalha contra Jesus Cristo.

Acredita-se que os reis do oriente sejam mesmo os chineses pelas fortes razões abaixo:
1.      A China é o país mais populoso do mundo (cerca de 1,3 bilhão de habitantes)
2.      É um país avançadíssimo em tecnologia.
3.      É avançadíssimo também em poder bélico.
4.      A China tem o maior exército de homens, a maior força armada do mundo - Exército Popular de Libertação . O conjunto das Forças Armadas Chinesas (é admirado, invejado)
5.      Mas são “apenas”  - 2 milhões e 325 mil soldados
6.      1.600.000 no Exército,
7.      225.000 na Marinha,
8.      400.000 na Força Aérea
9.      100.000 no 2º Corpo de Artilharia.
10.    Esta é a razão que todos os países do mundo temem e evitam entrar em atrito com os chineses
11.    A China é o único país com um regime comunista forte
12.    Há 180 anos, Napoleão Bonaparte chegou a declarar o seguinte: “Quando a China acordar, o mundo irá tremer!”
13.    A China sempre perseguiu e matou cristãos ao longo da história. Na China, é proibido o ensino da Bíblia a menores de 18 anos. Portanto, é um país cujos líderes odeiam a Jesus Cristo
Os 3 espíritos imundos saem da boca da Trindade satânica.

MOTIVO : Seduzir e ajuntar os reis da terra para a peleja do ARMAGEDOM.

Aqui temos a guerra que antecede ao juízo final, quando os agentes do dragão se unirão numa peleja contra a igreja de Cristo;

ANÚNCIO DO ARMAGEDOM.

7ª Taça : (Apocalipse 16:16) - E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom.  (Apocalipse 16:17) - E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito [Terminou! Está cumprido! Chegou ao final!. (Apocalipse 16:18) - E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto. (Apocalipse 16:19) - E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilônia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira.  (Apocalipse 16:20) - E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam. (Apocalipse 16:21) - E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva; porque a sua praga era mui grande.

1.     Taça derramada sobre o ar
2.     A ultima taça anuncia um grande terremoto nunca visto na terra
3.     O maior terremoto da história da humanidade, seguido de uma chuva de pedras

A Babilônia é dividida em 3 partes devido o grande terremoto

Este terremoto será violentíssimo e de nível mundial e desmontará a Babilônia (aqui citada como "grande cidade") em três partes, por causa da ira de Deus.

 É o último dos julgamentos. O santuário exclama: "Está feito!"

Após o terremoto, pedras cairão do céu sobre os homens.

"Um talento" é uma medida de massa e equivale a cerca de 35 a 50 kg. Ainda sim, os homens continuam a blasfemar de Deus e não reconhecem seu Senhorio.
1.      Terminam os julgamentos de Deus sobre a terra.
2.      Tudo está preparado para o Aparecimento Glorioso de Jesus Cristo.

Ainda sim, os homens continuam a blasfemar de Deus e não reconhecem seu Senhorio.
(Malaquias 4:1) - PORQUE eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. (Malaquias 4:2) - Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.

(Apocalipse 21:3) - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. (Apocalipse 21:4) - E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. (Apocalipse 21:5) - E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. (Apocalipse 21:6) - E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. (Apocalipse 21:7) - Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Continua depois...


AS 7 TAÇAS DO APOCALIPSE - DA 1ª À 4ª

O Calice da ira de Deus - O derramamento das 7 taças

(João 3:19) - E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.

(II Tessalonicenses 1:9) - Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder,

Corintios 3:17) - Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.

(Hebreus 10:31) - Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.

Mas para os adoradores do Cântico de Moisés, do Cântico do Cordeiro, do Cântico da Vitória

É só glória ......

(Apocalipse 15:8) - E o templo encheu-se com a fumaça da glória de Deus e do seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos.

1.      Deus deve ser adorado
2.      Quando adoramos a glória de Deus invade o templo

(Apocalipse 21:3) - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. (Apocalipse 21:4) - E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. (Apocalipse 21:5) - E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. (Apocalipse 21:6) - E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. (Apocalipse 21:7) - Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

A 7ª trombeta tem no seu conteúdo as setes taças

Já estudamos aqui Os 7 Selos, As 7 Trombetas e Hoje estudaremos As 7Taças:
Este julgamento é o último dos três julgamentos que o Senhor enviará à terra durante o período de Tribulação. Será uma punição especialmente focada no anticristo e a todos aqueles que aceitaram sua marca.

O julgamento das taças ocorrerá durante a segunda metade dos sete anosde Tribulação (42 meses finais), período este chamado de "A Grande Tribulação".

Sete Anjos saem do santuário são aplicadores do juízo das SETE taças .

“E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai sobre a  terra as sete taças da ira de Deus.” Apocalipse 16.1.

Temos aqui a consumação do juízo de Deus sobre os adoradores da Besta e da sua imagem, as pragas são semelhantes as do capítulo 8, porém aqui elas têm um caráter destruidor, mortal;
1ª Taça: (Apocalipse 16:2) - E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.

1.     Este primeiro julgamento atinge somente aos que optaram e receberam a marca da besta.
2.     É importante lembrar que a marca da besta é uma escolha consciente, ou seja, a pessoa tem a escolha de recebê-la ou não.
3.     Após escolher a marca, a pessoa perderá, de uma vez por todas, a sua chance de salvação.
4.     Nestes últimos 42 meses (3 anos e ½ , quem optou por Jesus e não recebeu a marca, e ainda não foi morto (guilhotinado) pelo anticristo, não será afetado por estas feridas).
5.     A Taça É derramada sobre a terra

Feridas, ÚLCERAS nos adoradores da besta - doenças incuráveis, de enfermidades mortais

Enquanto eles recebem o nome e  o nº da Besta , lá no céu :

(Apocalipse 3:11) - Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. (Apocalipse 3:12) - A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome. (Apocalipse 3:13) - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

2ª Taça: (Apocalipse 16:3) - E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente.

1.     Taça derramado sobre o mar
2.     O mar será um instrumento do juízo de Deus contra todos os adoradores da besta;
3.     Apoc 8 : 8-11 – já tinha morrido (um terço)
4.     Todo o mar se transformará em sangue em estado de putrefação (como de morto).
5.     Como conseqüência, toda vida marinha morrerá.
6.     O odor que se espalhará pelos mares será insuportável.
Enquanto aqui o mar está poluído, sujo , ...lá no céu

(Apocalipse 22:1) - E MOSTROU-ME o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

Há um rio: cujas correntes alegram a cidade de Deus - Sl. 46:4

Esse rio é o fluxo contínuo: da graça - glória - poder de Deus no meio do povo salvo

3ª Taça: (Apocalipse 16:4) - E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. (Apocalipse 16:5) - E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas. (Apocalipse 16:6) - Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores. (Apocalipse 16:7) - E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó SENHOR Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos. (sentenças, decisões)

1.     Taça derramado sobre o rios e fontes de águas
2.     Imediatamente após a terceira taça, o mundo inteiro fica sem água para beber.
3.     Os rios são amaldiçoados e se transformam em sangue para aplicar a ira de Deus
4.     O alvo deste julgamento é o anticristo.
5.     Como ele derramou o sangue de muitos crentes matando-os, agora Deus dá a ele o que ele quer: sangue, e sangue de morto.

Este julgamento cumpre a súplica dos crentes em Apocalipse 6:10:

 "E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador [Deus Soberano], não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?"
Enquanto tem sede aqui , falta de água... lá no céu

(Apocalipse 21:5) - E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. (Apocalipse 21:6) - E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. (Apocalipse 21:7) - Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

4ª Taça:  (Apocalipse 16:8) - E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse (queimasse) os homens com fogo [feroz e incandescente]. (Apocalipse 16:9) - E os homens foram abrasados com grandes calores (fogo), e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram [não sentiram qualquer tipo de lamentação, contrição e arrependimento por sua rebeldia, recusando-se a deixarem seus caminhos] para lhe darem glória.

1.     Taça derramado sobre o sol
2.     O sol abrasou os homens com fogo. O sol passa a queimar os seres humanos
3.     O sol servirá aos propósitos de Deus e queimará os homens da terra
4.     Deus aumenta a temperatura do sol, de modo que todos os homens passam a ser queimados quando expostos aos raios solares.
5.     Mesmo assim, muitos ainda blasfemarão contra Deus e não se arrependerão

Aqui é um ponto interessante: A Palavra diz que toda língua confessará que o Senhor é Deus

(Romanos 14:11) - Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.
(Filipenses 2:10) - Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, (Filipenses 2:11) - E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai.

Querendo ou não querendo todos vão ter que confessar que Jesus Cristo é o Senhor: Ateu, comunista, nazista, feiticeiro, filósofo, cientistas, antropólogos, professores, demônios, satanás ... Todos
As primeiras 4 taças atacaram a natureza, as próximas são confrontos diretos com o Reino do Anticristo.



 TODA HONRA, TODA GLÓRIA SEJA DADA AO ÚNICO DEUS, QUE ERA, QUE É, QUE HÁ DE VIR O DEUS TODO PODEROS, REI DE REIS E SENHOR DE SENHORES BENDITO ETERNAMENTE DESDE HOJE COMO PARA TODO SEMPRE, AMÉM
O Senhor já vos tem abençoado
Abraço fraternal
FRANREZ
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