FESTAS DAS TROMBETA
FRANREZ
2
2019
PREFÁCIO
Como devemos observar os
dias de festividades e comemorações como cristãos? Quando sabemos que os Dias
de comemorações e festividades são importantes e vitais para a humanidade e
eminentemente aplicáveis ao nosso mundo moderno, e costumes social Cristão? Porque
naturalmente e principalmente quando desejaríamos conhece-los, mais e
guardá-los? Onde devemos celebrá-los? Devemos guardá-los em casa ou em algum
tipo de culto religioso? Que devemos fazer nestes dias? Mas Deus importa-se se
trabalharmos normalmente nesses dias ou devemos reservá-los para outros
propósitos? Como a observância desses dias afetará a nossa família e a nossa
profissão? São muitos os
questionamentos, suposições e dúvidas. Estas são questões importantes que temos
de considerar uma vez que tomamos conhecimento das Festas de Deus. Examinemos
alguns princípios bíblicos que devemos levar em conta ao lidarmos com os
assuntos da vida cotidiana quanto a esse conhecimento. Algumas dessas festas
têm maneiras específicas de observância que as diferenciam umas das outras. Por
exemplo, a Páscoa envolve unicamente a participação do pão e do vinho como
símbolos da morte de Cristo. Os Dias de Pães Asmos são os únicos dias de festa
em que Deus nos diz para retirarmos o fermento de nossas casas. O Dia da
Expiação é o único Dia Santo que se observa com um jejum. A correta observação
destes dias inclui a aceitação destas distinções e cada um deles nos ensina
lições espirituais. Contudo, no
conjunto, há princípios comuns que são aplicáveis à observação de todos os Dias
Santos de Deus. Primeiro, temos que nos lembrar de que para Deus esses dias são
santos. Essas “solenidades do SENHOR, que convocareis, serão santas convocações”
disse Deus (Levítico 23:2). Deus é o único que pode fazer algo
santo. Deus coloca esses dias em particular em um plano mais alto do que
quaisquer outras celebrações imaginadas pelo homem. Qual
é o destino dos que morrem sem conhecer realmente a Jesus Cristo, o Filho de
Deus? Qual a esperança de bilhões de pessoas que viveram e morreram sem
conhecer o propósito de Deus? As Escrituras mostram que elas não estão sem
esperança. Ele os trará de volta à vida e lhes dará a oportunidade de vida
eterna como seres espirituais no Reino de Deus.
Com
fraternal afeto,
FRANREZ
INTRODUÇÃO
“num momento, num abrir e fechar de
olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão
ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados.”
I Co.15:52.
A Festa das Trombetas
representa nada mais nada menos do que o regresso de Jesus Cristo à Terra.
Na 2ª vinda de Cristo em que
terá lugar a ressurreição dos justos (Mateus.24:30-31; 1.Coríntios.15:51-52;
1.Tessalonicenses.4:16). Em conclusão: o significado da Festa das Trombetas
aponta para: Um alerta e um tempo para
reflexão e arrependimento da humanidade antes que venha O Grande Rei Yeshua –
Sofonias.1:14-16. A chegada eminente do
Dia do Senhor YHWH e a ressurreição dos justos (1ª ressurreição) – Daniel.
7:18. A restauração do Reino a Israel (a junção das duas casas, Efraim e Judá)
– concretização da profecia de Daniel .2:44; Amós .4:12. Preparemo-nos pois e
escutemos as trombetas que vêm soando desde o princípio do mundo, desde que o
homem desobedeceu a Deus: ARREPENDEI-VOS! – Atos.3:19; 17:30-31; Joel.2:11-15;
1.Pedro.4:17-18; Marcos 1:15. Segue-se depois um período de dez dias de grande
introspecção para que cada ser humano avalie a sua condição espiritual e abrace
o concerto com YHWH (o concerto da salvação) através de Yeshua, O Messias. Ele
também nos diz em Apocalipse.2:10 – “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa
da vida”. Homens e mulheres podem dedicar tempo a Deus para um determinado
propósito, mas só Deus pode reservar um tempo como sagrado (Gênesis 2:3; Êxodo
20:8, 11). Quando exercemos o devido respeito e apreço por essas ocasiões
semanais, mensais ou anuais, torna tempos muito especiais, e também honramos o
próprio Deus ao reconhecermos Sua autoridade sobre nossas vidas. Entender este
princípio é importante para adorarmos a Deus adequadamente. O nosso Criador
deseja que todas as pessoas, voluntariamente e com fé, sigam todas as Suas
instruções (Isaías 66:2). Uma atitude cooperativa e humilde contrasta com o
estado de espírito daqueles que querem fazer o mínimo possível para sobreviver.
O cerne da questão é se realmente cremos e amamos a Deus. O apóstolo João
ilustrou a atitude que Deus deseja quando escreveu: “Porque este é o amor de
Deus: que guardemos os Seus mandamentos; e os Seus mandamentos não são pesados”
(1 João 5:3 ACF). Mas como Deus quer que seja nosso procedimento hoje em dia?
Consideremos a Sua instrução básica: “Estas são as solenidades do SENHOR, as
santas convocações, que convocareis no seu tempo determinado…” (Levítico 23:4).
Outras versões da Bíblia, usam a expressão “assembleias sagradas”, “ as santas
assembleias”, mas o significado é o mesmo. Essas são convocações anuais em que
devemos nos reunir com outros crentes. Como nos Cultos semanais, Deus ordena
cultos especiais de adoração em cada um de nossos Dias. Deus revelou aos
primeiros cristãos o princípio das reuniões nos nossos ajuntamentos e
congregações a outras pessoas que têm o mesmo propósito: “Guardemos firme a
confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.
Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas
obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos
admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia [da vinda de Cristo] se
aproxima” (Hebreus.10:19-25 ARA). Que melhor ocasião para encorajar e exortar
um ao outro do que a dos dias que retratam o grande plano da salvação de Deus! Quando nos reunimos nessas festividades e
comemorações, nos presenteamos com a maravilhosa oportunidade de aprender mais
acerca do plano de salvação de Deus. O oitavo capítulo de Neemias registra um
exemplo impressionante do povo de Deus reunindo-se para celebrar a Festa das
Trombetas (versículo 2). Durante o serviço religioso, os líderes “ensinavam ao
povo na Lei… E leram o livro, na Lei de Deus, e declarando e explicando o
sentido, faziam que, lendo, se entendesse” (Neemias 8:7-8). A Igreja primitiva
continuou guardando essas festividades de acordo com estes mesmos princípios, mas com
muito mais entendimento espiritual (Atos 2 ; 1 Coríntios 5:6-8). Nos tempos de
Neemias o povo precisava de encorajamento porque haviam negligenciado as festas
de Deus. “E Neemias (que era o tirsata [governador]), e o sacerdote Esdras, o
escriba, e os levitas que ensinavam ao povo disseram a todo o povo: Este dia é
consagrado ao SENHOR, vosso Deus, pelo que não vos lamenteis, nem choreis.
Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei. Disse-lhes mais: Ide, e
comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada
preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não
vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força” (Neemias 8:9-10).
Então, depois de aprender
sobre a lei de Deus, “todo o povo se foi a comer, e a beber, e a enviar
porções, e a fazer grandes festas, porque entenderam as palavras que lhes
fizeram saber” (versículo 12). Esses dias especiais devem ser aproveitados por
toda a família— todos os que participam! Estes devem ser um tempo oportuno suficiente as
atividades, comemorações e festividades juntos a todos os familiares e a
família de Deus, com a alegria do conhecimento espiritual revelado a nós por
Deus. Obedecendo a Deus e vivendo pela fé, com o intuito de nos alegrarmos
adequadamente nos dias de celebração a Deus, nós não devemos realizar o nosso
trabalho habitual (Levítico 23:3, 7-8, 21, 25, 35-36). Deus é quem diz que esse tipo de esforço é
permitido e apropriado (Êxodo.12:16). Contudo, haverá tempos renunciar a todo o
trabalho regular, incluindo, é claro, a preparação de alimentos (Levítico 23:28
-31). Também demonstramos nossa obediência e compromisso com Deus
providenciando um tempo de descanso do nosso trabalho para que possamos
celebrarmos e adorarmos. Com
planejamento adequado e respeitosa comunicação com nossos patrões, certamente a
maioria das pessoas pode organizar os detalhes necessários para tirar esses
dias de folga. É nossa responsabilidade informar, com sabedoria e paciência,
aos membros da família sobre a nossa decisão de observar as festividades e o
trabalho de Deus na sua presença. Determinar à instrução de Deus é uma questão
de fé. Como diz Paulo em 2 Coríntios 5:7: “Porque andamos por fé e não por
vista”. Portanto, é importante para nós começarmos e guardarmos as celebrações
e serviços na casa do Senhor é assim que
aprendemos de Deus em sua casa e em sua presença. Mesmo que inicialmente não
compreendamos tudo, aprenderemos muito mais à medida que começarmos a observar temor
do Senhor, que é o principio da sabedoria. (comparar Salmos 111:10).
O CALENDÁRIO JUDEU
O Ano Lunar: 354 dias, e aproximadamente 8 horas – Luah
(10 dias e 21 horas mais curto que o ano solar. Cada 3 anos, adicionam mais um
mês). Conforme o calendário judaico estamos vivendo no ano 5,780. Porque o seu
calendário é baseado no sistema lunar e não solar. Segundo o sistema lunar um
ano contém ou 355 ou 354 dias, enquanto o sistema solar tem ou 365 ou 366 dias.
As festas religiosas sempre caem nos dias conforme o calendário judaico, mas há
sempre uma variação no calendário solar ou Gregoriano. O dia judaico começa ao
por do sol e termina no mesmo no próximo dia. O ano contém 12 meses, com e uma
exceção do ano bissexto. Em cada 19 anos, eles tem 7 anos bissextos. Os dias de
festa anuais são um tempo de alegria, não apenas por conta de seu significado
para nós, mas por causa da maravilhosa esperança que trazem para toda a
humanidade. Observar os Dias Santos lembra-nos do grande amor de Deus pela
humanidade. Adorar a Deus dessa maneira é uma alegria e prazer. Sem dúvida,
essas festas são um maravilhoso presente de Deus para o Seu povo! Dos povos
antigos, talvez nenhum foi mais interessado no seu calendário do que os judeus,
que o usavam para controlar seus inúmeros dias santos. Um fato interessante é
que contam os anos desde o tempo em que Deus criou o mundo. Assim o ano 1 judeu
aconteceu 3.760 anos antes do ano 1 do nosso calendário atual, conhecido como
calendário romano. O calendário judeu tem doze meses, como o romano. Mas há
diferenças entre eles. Os meses não se chamam Janeiro, Fevereiro, etc.. Eles
têm nomes adaptados do antigo calendário babilônico e são maiores do que os
meses do calendário romano. A Bíblia contém nome de sete meses que os judeus
usam até hoje, que são:
1. Kislev (Neemias 1:1;
Zacarias 7:1)
2. Tebeth (Ester 2:16)
3. Shebat (Zacarias 1:7)
4. Adar (Ester 3:7; Ester
8:12)
5. Nisan (Neemias 2:1; Ester
3:7)
6. Sivan (Ester 8:9)
7. Elul (Neemias 6:15)
A Bíblia também menciona
quatro nomes antigos que não estão mais em uso e que se relacionavam com
agricultura ou plantas:
1. Abib (Êxodo 13:4)
2. Ziv (1 Reis 6:1, 37)
3. Ethanim (1 Reis 8:2)
4. Bul (1 Reis 6:38)
OS NOMES DE MESES SÃO DE ORIGEM BABILÔNICA
1. Nisan / Abril.
(início do ano novo agrícola) criação do mundo.
2. Iyar / Maio.
3. Sivan / Junho.
4. Tammuz / Julho.
5. Ab / Agosto.
6. Elul / Setembro.
7. Tishri / Outubro. (o ano
religioso) saída do Egito.
8. Cheshvan / Novembro.
9. Kislev / Dezembro
10. Teves / Janeiro
11. Shebat / Fevereiro
12. Adar / Março.
(Segundo Adar) / (Ano bissexto) “Veadar ou
Adar sheni” “Ibbur”
Segundo a tradição judaica,
o primeiro era o ano da criação mas judeus modernos dizem que era o primeiro
ano da civilização e não da criação. Nos E.U.A o calendário judaico é preparado
com o horário de ascender as velas nos sábados. Porque há uma variação nos
horários em cada cidade. E também o horário é diferente cada Sábado.
Rosh Hashanah: é o ano novo
1 de Tishri é designado como novo ano religioso (Setembro). 1 de Nisan é o
começo do ano novo, ano civil ou agrícola (Abril) Lev. 23:24 / Exo. 12:1-2.
Conforme a tradição judaica,
o mundo foi criado no ! de Tishri.
Tekiat Shofar: é
literalmente tocando no chifre do carneiro. O dia de Rosh Hashanah é um muito
sério na religião judaica. É considerado como um dia de julgamento quando Deus
julga Israel e os povos. É celebrado dois dias e também o consideram um dia de
renascença espiritual.
Segundo uma tradição
rabínica Deus ordenou que Israel tocasse ou trombetas ou chifres do carneiro
pelas seguintes razões:
1. Para chamar o povo ao arrependimento.
2. Para fazer lembrar o próprio Senhor que Ele
fez uma aliança com Israel dando muita promessas para a semente de Abraão. (um
meio de pedir misericórdia enfim).
3. Para confundir satanás neste dia porque os
rabinos pensavam que ele ia acusá-los neste dia.
O chifre usado no dia de
Rosha Sahanah é o chifre de carneiro para trazer a memória do Senhor o
sacrifício de Isaque pelo seu pai Abraão. Também um pedido para
misericórdia. Os meses judeus começam com a "lua
nova", noite em que no ciclo lunar a lua não está visível no céu.
Considerando que a lua nova ocorre a cada 29,5 dias, o ano tinha 354 dias. Não
se sabe como os judeus fizeram para ajustar os 11 dias restantes. Mais tarde
adicionaram um mês extra (chamado Veadar) sete vezes num período de 19 anos para
que seus meses pudessem acompanhar os anos.
Muito importante de se
ressaltar é que os meses tinham significados religiosos que marcavam
importantes eventos em sua história. Consideravam sagrado o início de cada mês.
Para eles, "a lua se levantará para a nação deles e o sol para o
Messias" (Malaquias 4;2). Assim como a lua reflete a luz do sol, era
esperado que Israel refletisse a luz do Messias para o mundo. Essa é uma ideia que se aplica aos cristãos
também. Podemos nos considerar "luas" que refletem a luz de Jesus
para todos ao nosso redor. Durante o período de 400 anos entre o fim do Velho
Testamento e o início do Novo Testamento, alguns líderes tentaram fazer com que
Israel mudasse seu calendário, que passou a ter doze meses de trinta dias cada,
o último com cinco dias extras adicionados. Esse calendário era mais preciso,
embora o antigo ainda continue a ser aceito por eles. Os antigos judeus não se
referiam às datas como fazemos hoje (por exemplo, 21 de agosto). Em vez disso,
se queriam se referir a um dia especial contariam quando o evento relevante
aconteceu , tal como o ano em que determinado rei começou a reinar. Essa é
forma que frequentemente encontramos no Velho Testamento. Os escritores do Novo testamento mantiveram
essa prática. Algumas vezes também relacionavam os dias a algum evento do mundo
romano (Lucas 1:5; João 12:1; Atos 18:12). Somente mais tarde, quando a reforma
do calendário de Júlio César começou a ser amplamente aceita, começaram a se
referir aos dias de uma maneira mais universal.
FESTAS
JUDAICAS
Deus é o inventor da
celebração e da adoração. Logo não é motivo de surpresa que desejasse que seu
povo aproveitasse as festas. De fato, os judeus celebravam sete festas e
festivais cada ano. Esses feriados são marcas espirituais importantes no
calendário dos judeus.
• No que diz respeito à
moral judaica, há uma concepção profundamente otimista e unitária do homem,
porque Deus só pode tê-lo criado livre e responsável. Mas a relação homem-Deus
pode ser rompida: isso é o pecado, que é visto como traição, e a única condição
que se impõe para o perdão é a conversão do coração (ou Teshuva, o retorno a
Deus).
•O que distingue a moral
judaica é a sede e fome de justiça que satisfaça as exigências do homem.
•Outro elemento essencial no
judaísmo é a esperança. Para os judeus, crer na vinda do Messias é esperar que
virá um tempo chamado em hebraico "os dias do Messias", em que
reinarão a paz, a justiça e a fraternidade. Esses dias serão uma benção para
todas as nações. Jerusalém será o centro espiritual do universo, no qual se
erguerá "uma casa de oração para todas as nações" (Isaías 56,7).
• As festas judaicas
acontecem no ritmo das estações,
• Primavera e outono
• As festas da primavera
foram cumpridas na morte e ressurreição de Cristo e no nascimento da Igreja
como as primícias do Pentecostes
• As festas do outono ainda
estão para ser cumpridas tipicamente quando Israel reunir-se novamente no do
seu novo ano; quando tiver o seu perído de lamentação e purificação espiritual;
e quando começar o milênio de bençãos
• Seu início é sempre ao
entardecer
• “foi noite e manhã”
• As festas se dividem em
três grupos
• As festas das
peregrinações
• Páscoa é a Festa dos Pães Asmos. A Páscoa ocorre no
14º de Nisan e a Festa dos Pães Asmos ocorre durante a semana seguinte. O
propósito da combinação dessas festas é relembrar o livramento dos antigos
hebreus do Egito (Êxodo 12:15).
• Pentecostes é a (Festa das
Semanas). Ocorre 50 dias após a Páscoa.
É um tempo de alegria que originalmente marcou a colheita do trigo em Israel
(Levítico 23:15-17).
• Festas das Tendas
• As festas solenes
• Rosh Hashanah é o (Ano Novo Judaico). Ocorre no primeiro dia
do mês Tishri. De acordo com os rabinos, este foi o dia em que Deus criou o
mundo (mas a Bíblia não confirma isto).
• Yom Kippur é o (Dia de Expiação). O décimo dia do mês
Tishri não é para celebração, mas é solene e santo. A Bíblia dá regras
complexas sobre o que os judeus poderiam fazer nesse dia (Levítico 16).
• As festas menores
• Succoth (Festa dos Tabernáculos). Dura uma
semana, indo do 15º ao 22º dia de Tishri. É o tempo dos judeus se lembrarem do
cuidado de Deus para com seu povo durante os quarenta anos no deserto (Levítico
23:39-43). Originalmente, também celebravam a colheita do outono.
• Hanukkah (Festa da Dedicação). Esta
celebração também dura uma semana, começando no 25º dia do mês Kislev. Não é
mencionada no Velho Testamento porque celebra um evento ocorrido depois que o
Velho Testamento foi escrito. Cerca de 150 anos antes de Cristo, os judeus
conduzidos por Judas Macabeus foram vitoriosos sobre os sírios liderados por
Antioco Epifânio. Hanukkah lembra aquela vitória.
• Purim. No 14º e 15º dias
do mês Adar, os judeus celebram o festival que se reporta ao livro de Ester. Lá
lemos como Deus livrou os judeus da destruição quando Mordecai e Ester
frustraram o plano de Hamã (Ester 9).
• “Hagh” , “mô’dhê Yahweh”
A FESTA DOS TABERNÁCULOS
Acontecia
uma vez por ano e era celebrada por sete dias.
Succoth (Festa dos
Tabernáculos). Dura uma semana, indo do 15º ao 22º dia de Tishri. É o tempo dos
judeus se lembrarem do cuidado de Deus para com seu povo durante os quarenta
anos no deserto (Levítico 23:39-43). Originalmente, também celebravam a colheita
do outono. “A Festa dos Tabernáculos celebrá-la-ás por sete dias, quando
houveres recolhido da tua eira e do teu lagar.” (Deuteronómio 16:13)
Todas
as famílias tinham que estar presentes.
“Se alguma das famílias da
terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não
virá sobre ela a chuva. Se a família dos egípcios não subir nem vier, não cairá
sobre eles a chuva; virá a praga com que o Senhor ferirá as nações que não
subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos.” (Zacarias 14: 17,18)
Nenhuma
pessoa poderia aparecer de mãos vazias.
“Três vezes no ano, todo o
varão entre ti aparecerá perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher, na
Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e Festa dos Tabernáculos; porém
não aparecerá de mãos vazias perante o Senhor...” (Deuteronómio 16:16)
Alegrava-se
e agradecia-se pelas bênçãos já recebidas.
“Alegrar-te-ás, na tua
festa, tu, e o teu filho, e a tua filha, e o teu servo, e a tua serva, e o
levita, e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva que estão dentro das tuas
cidades.” (Deuteronómio 16:14)
Recebia-se
as bênções para o futuro.
“Sete dias celebrarás a
festa ao Senhor, teu Deus, no lugar que o Senhor escolher, porque o Senhor, teu
Deus, há-de abençoar-te em toda a tua colheita e em toda obra das tuas mãos,
pelo que de todo te alegrarás.” (Deuteronómio 16:15)
O
Senhor Jesus participou, juntamente com os Seus Irmãos.
“Mas, depois que seus irmãos
subiram para a festa, então, subiu ele também, não publicamente, mas em
oculto.” (João 7:10)
O
Senhor Jesus fez referência ao Espírito Santo.
“No último dia, o grande dia
da festa, levantou-se Jesus e exclamou-se: se alguém tem sede venha a mim e
beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de
água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que
nele cressem; pois o Espírito ate aquele momento não fora dado, porque Jesus
não havia sido ainda glorificado.” (João 7:37-39) Esse conjunto de festas não é
o mesmo que celebramos, mas deve ter os mesmos propósitos e objetivos das
nossas festividades e celebrações - permitir às pessoas interromperem suas
rotinas e lembrarem-se de Deus. Assim como festejamos a Páscoa, nossas
comemorações e outros dias especiais, renovamos nossa fé no Senhor de todos os
tempos, passado, presente e futuro. Assim
como um relógio marca a passagem de minutos e horas, um calendário marca a
passagem de unidades maiores de tempo - dias, semanas, meses, anos e mesmo
séculos. Um calendário tem várias funções. Naturalmente é importante para
manter controle dos eventos na história. Também regula as atividades humanas
diárias tais como negócios, governo, agricultura e práticas religiosas. O
calendário que usamos representa uma interação entre um conhecimento crescente
do sistema solar e a tradição histórica e religiosa. Para os cristãos, o
calendário pode nos lembrar da necessidade de "contar os nossos dias, para
que alcancemos coração sábio" (Salmo 90:12).
AS FESTAS DE ISRAEL
As 3 festas maiores,
celebrados anualmente em Israel: Exo. 23:14; 34:23; Lev 23; Num. 29; Deut. 16.
a. A Páscoa e a do pães
asmos /
Pesaeh
b. A festa da Sega
(Colheita) / Shavuót
c. A Festa dos
Tabernáculos / Sucót
Existem outras festas,
conforme o ensino Bíblico. Devemos estar as festa de Israel detalhadamente, lembrando
que há um observação Bíblica mas também há certas modificações na observação
delas entre os israelitas de hoje. Além disso existem certas festas que devem
se consideradas como “extra Bíblicas.”
A) PÁSCOA CONFORME A BÍBLIA
A instituição da Páscoa está
registrada no livro de Exo. 12:1-20. Foi instituída no dia 10 de Nisan até dia
14 e no dia 14 a dia 21, observaram a dos pães asmos.
1. Um Cordeiro: Exo. 12:3-4
Deus lhes deu a ordem para
sacrifica e um cordeiro. Um por cada família ou se a família for pequena o
cordeiro poderia duas famílias.
2. A Condição do Cordeiro: Exo. 12:5
a) Havia de ser macho de anos. b) Havia de ser sem defeito.
3. O Cordeiro foi guardado
até o dia 14: Exo. 12:6 parte a.
4. O Cordeiro havia de ser
imolado no crepúsculo da tarde: Exo. 12:6 parte b.
5. Os Israelitas haviam de colocar o sangue do
cordeiro em ambas as ombreiras e na verga da porta. Exodo. 12:7.
6. Os Israelitas haviam de comer carne assada no
fogo, pães asmos, e ervas amargas naquela noite. Êxodo 12:8
7. Outras instruções a cerca
de comida e a festa dos pães asmos.
Exodo 12:9-20.
Infelizmente, os israelitas
não guardavam a páscoa como foram mandados. A Bíblia registra 5 eventos da
observação da páscoa:
1. No Egito quando a festa foi instituída - Êxodo 12:1-20.
2. Observada por Salmão - II Crônicas 8:12-13.
3. Observada por Ezequias - II Crônicas 30.
4. Observada por Josias - II Reis 23:21-23 cf. II Crô. 35:1-19.
5. Observada pelo Messias, Jesus Cristo - Lc
22:1-20; Mt 26:17-19.
6. Cristo é a nossa Páscoa - I Coríntios
5:7-8.
A PÁSCOA DE HOJE EM DIA
Houve tantas modificações na
observação dessa festa que tecnicamente falando os israelitas não observando a
páscoa e sim a festa dos pães amos. Até que eles observam a festa no dia 15 até
22 de Nisan. A festa é celebrada por 8 dias.
Israelitas usam um livrinho
que contém a ordem de serviço que deve ser observada na noite de páscoa,
chama-se “HAGGADAH SHEL PESSACH” (A NARRATIVA DA HISTÓRIA DA PÁSCOA). Para
Israel é a história ou declaração da sua independência. Este, “Culto em Casa”
chama-se o “SEDER” . (Ordem de serviço).
O festival de páscoa
(pesach) começa na véspera de 15 de Nisan (Abril) e dura 8 dias
Na noite do dia 14 o chefe
da família faz uma procura diligente na casa com uma vela na mão. Está a
procura de “chametz” (levedura) porque não é licito Ter leveduras na casa
durante esses 8 dias. Essa procura chama-se “Bedikat Chamatz”. De fato, a
senhora da casa fez uma limpeza espiritual durante o mesmo dia e a casa é muito
limpa. Porém, ela deixou de propósito alguns miolos de pão para ele achar. Os
miolos de pão são embrulhados e queimados na manhã seguinte. Essa cerimônia é
chamada de “Biur Chametz”. Ele era depois pedindo que Deus lhe perdoe se houver
uma levedura que não foi achada.
Tecnicamente falando não é
licito nem possuir alguma levedura durante pesach não só simplesmente limpar a
casa. Então, judeus piedosos que são donos de lojas que vendem produtos de
leveduras devem desembaraçar-se delas. Por isso inventaram uma cerimônia
chamada: “Meekirat Chametz”. (A venda de
levedura). O judeu piedoso deve vender sua possessão de leveduras para um
gentio. A transação é feita na presença de um rabino, geralmente, mas a
possessão ‘devolvida depois do Pesach.
Na noite de páscoa, o pai volta da sinagoga para sua casa decorada para
a festa. A família está vestida com a sua melhor roupa. A mesa está preparada
em todos os símbolos tradicionais de pesach. A casa é bem iluminada para
comemorar o fato que as casas dos seus antepassados tinham luz enquanto as dos
egípcios estavam em trevas durante a nona praga. Exo. 10:21-23.
OS SÍMBOLOS NA MESA
1. O Copo de Água Salgada: simboliza o Mar
Vermelho e também as lágrimas dos seus antepassados quando eram escravos.
2. Os Três Matzos: (pães asmos) cobertos com uma
toalha branca, Lembrando aos pães asmos originais.
3. 4 Copos de Vinho Vermelho: simboliza o sangue
do cordeiro.
4. O Copo de Elias: Um copo de vinho é reservado
para o profeta Elias. Também uma cadeira e a porta aberta para sua vinda.
Existe uma tradição rabínica que Moisés virá na noite de Pesach. Isto simboliza
a esperança dos Israelitas. Será que ele virá nesta noite? Tomará o vinho?
Anunciará a chegada do Messias?
OS SÍMBOLOS NO PRATO DE
PESACH
1. Um ovo: (o ovo cozido
simboliza o sacrifício do cordeiro inteiro sem quebrar um osso do cordeiro).
2. Um osso: (simbolizando o
cordeiro que não pode sacrificar sem o templo).
3. Charoseth: (uma mistura
de maçã moída, nozes e vinho) simboliza a mistura usada para fazer os tijolos
para Faraó.
4. As amargas: (ervas
amargas significa geralmente vida amarga no Egito).
5. Os verdes: (provavelmente
significa rábano silvestre). (rabanete silvestre).
O Sábado antes da páscoa
chama-se “os sábados há-gadel” ou “o grande sábado”.
Os israelitas tem um culto
em casa chamado “O Seder” (ordem de serviço) que já tinha mencionado. O seder
se encontra no livro “Haggadah Shel Pesach”. A ordem de serviço é o seguinte:
1. Kaddesh
2. Rachtza
3. Yachatz
4. Maggid
5. Motze-Natzah
6. Maror
7. Korach
8. Shulchan Aruch
9. Tzafon (Aphikomem)
10. Berech
11. Hallel
EXPLICAÇÃO DO SEDER
1. Kaddesh: (Oração de
Santificação). Encher um copo de vinho (da redenção) “Abençoados és Tu, Jeová,
nosso Deus, Rei do Universo, que criou o fruto da videira. Abençoado és Tu, ó
Jeová, nosso Deus, que escolheste nos de entre todos os povos, e nos exaltastes
de todas as línguas e nos santificaste com teu mandamentos, etc... Abençoado és
Tu, Abençoados és Tu, Jeová, nosso Deus, Rei do Universo, porque preservaste
vivos e nos sustentaste e nos trouxeste até está época de férias”. (Então todos
tomam o primeiro copo de vinho).
2. Rachtza: (Lavagem das
Mãos). Para qualificá-lo como sacerdote da ocasião, o chefe da família veste-se
de um “Kittel” (um manto) e um “yarmulkeh”. Depois ele reclina num leito
preparado.
3. Carpas: (Salsa, os
Verdes). Salsa é distribuída entre os participantes. O chefe
Pronuncia uma benção e
mergulha a salsa na água salgada. Isto representa o “hissope” que foi
mergulhado no sangue e depois colocado na porta em Egito.
3. Yachatz: (Divisão). O
Chefe divide “Matzah” no meio e embrulha
uma parte escondendo-a debaixo de uma almofada. O outro pedaço é colocado
dinovo na mesa. O pedaço escondido chama-se “Aphikomem”. E é considerado precioso.
Todos ficam em pé, seguram o prato de “Matzah”
e recitam: “Isto é o pão da aflição que nossos pais comeram no Egito.
Deixem todos os que tem fome entrar e comer e os que estão em falta, entram
para celebrar a páscoa. Hoje estamos celebrando-a em Jerusalém. Este ano, somos
servos, no ano que vem, seremos livres na terra de Israel.”
4. Maggid: (Recital de Ação
de Graças). Recitem, Então, os milagres e as bençãos que Deus fez no Egito
quando os libertou. Orem para proteção no futuro e também que Deus os vingues.
A Haggadah (narrativa) começa com quatro perguntas pelo membro mais moço da
família.
INTRODUÇÃO: “COMO É QUE ESTA
NOITE É DIFERENTE DO QUE TODAS AS OUTRAS?”
1. Em todas as outras noites podemos comer pão
levado (fermento) mas hoje a noite comemos só Matzah (pão asmo). Porque?
2. Em
todas as outras noites podemos comer qualquer tipo de ervas. Hoje a noite só
ervas amargas. Porque?
3. Em todas as outras noites, nem mergulhamos
os verdes nenhuma vez. Hoje a noite até duas vezes. Porque?
4. Em todas as outras noites, jantamos ou assentados
ou reclinados mas hoje a noite todos jantam reclinados. Porque?
O Pai responde: “Éramos
escravos no Egito... e ele relata a narrativa toda conforme o ensino de Torá
(Ex. 13:8), exigindo uma aplicação pessoal da redenção, ele tem que louvar a
Deus como se fosse a sua própria redenção do Egito. Entoam Salmos 113 e 114.
(os copos de vinho são enchidos de novo e todos bebem).
5. Motze-Natzah: (quebrar a Matzah). O chefe da
família quebra a distribui pedaços de Matzah a todos.
6. Maror: (ervas amargas). Cada pessoa recebe
uma erva amarga que é então mergulhada no Charoseth e comida.
7. Korach: (colocar o rábano silvestre). Todos
colam dois pedaços de rábano silvestre entre Matzoth e mergulham-no na
Charoseth, todos dizendo: “Em memória de
Hillel porque este famoso rabino o fez para cumprir”. Ex. 12:8. Talvez fosse isto que Judas
Iscariotes fez na noite em que traiu o Messias (Mat. 26:24-25 cf. João 13:30).
8. Shulchan Aruch: (preparação da mesa). A mesa
é preparada para jantar. Tradicionalmente servem peixe, sopa, frango, etc... Torna-se uma festa de alegria
em fim.
9. Tzafon: (escondido). No fim de Seder, uma criança procura o
“aphikomen” que foi escondido antes. A
criança que o encontra recebe um presente. Os Hebreus Cristãos vêem nisto, algo
interessante. Para eles, os Matzoth representam a trindade. O pedaço no meio
que é quebrado e escondido representa “O Filho de Deus, o Messias, cortado da
terra (Daniel 9:26) escondido por enquanto e que há de voltar! Todos tem que
comer aphikomen”. (Todos bebem do terceiro copo de vinho) cf.
Mat. 26:26-29.
10. Berech: (A Benção de
Graça). A graça é pronunciada depois de jantar e todos que lavar as mãos de
novo e beber o terceiro copo (agora como está escrito em cima). Enchem, então o
quarto copo de vinho que significa que há de vir. Neste momento, o filho mais
velho deixe seu lugar para abrir a porta para Elias.
11. Hallel: (Louvor). Cantam os Salmos 115 a 118.
O Chefe da família ora dizendo: “Ó Deus de Abraão, Isaque e Jacó, quanto
estamos pela sua promessa. Nós Te imploramos agora, mandou o Seu Ungido, O
Filho de Davi. Tenha misericórdia sobre o Teu povo Israel. Recolha-nos conforme
a Tua palavra e seremos o Teu povo, ficaremos satisfeitos como nos tempos
antigos. Eis que tudo está pronto”.
(Uns momentos de silêncio...
Todos esperando Elias)
Finalmente, a porta e
fechada e o pai fala mais uma vez: “Até quando ó Deus, ficarás sempre bravo
conosco? Quando tornarás a Ter misericórdia para conosco e nos restaurarás no
Seu favor? Estamos sofrendo. Estamos espalhados entre os pagãs”. Eles nos
zombam dizendo: “Onde está o seu Deus? Onde está as promessas da sua vida?”.
Quase desanimamos mas estamos aguardando. Somos esquecidos e quase mortos mas
temos confiança ainda. O Senhor, nosso Deus, que possa Te agradar par nos
escolher logo, logo e nos restaurar no seu favor. Pelo menos, no ano que vem,
permite que nós celebremos a páscoa em Jerusalém, Sua cidade. Bebem o quarto
copo de vinho. O Seder termina com todos cantando “Chad Gadya” .
EXPLICAÇÃO DO CHAD GADYA: (UM
CABRITO SÓ)
Chad Gadya: é um corinho
escrito na última pagina de Haggadah Shel Pesach. Mas o corinho tem um
significado especial.
O Pai Celeste comprou um
cabrito (Israel) com o sangue de circuncisão e o sangue da páscoa (o cordeiro).
O cabrito foi engolido pelo gato (Egito) que foi então conquistado pelo
cachorro (Babilônia) que então foi conquistado pelo pedaço de pau (Mede Pérsia)
e depois o fogo (Alexandre-Grécia) queimou o pau. Depois a água (Roma) apagou o
fogo, tornando-se um império mundial. Mas o boi (os sarracenos) bebeu a
água e então, foi morto pelo carneiro
(cruzadas religiosas) que então foi pegado pelo anjo da morte (os turcos) e
finalmente a relâmpago (Deus) acaba com o anjo da morte e salva o cabrito.
PÁSCOA E A SANTA CEIA DO SENHOR
Mat. 26:17-30; Mar.
14:12-16; Luc. 22:7-23; I Cor. 11:23-29; João 13.
Nos ensinam que a Santa Ceia
foi instituída na noite da Páscoa pelo Messias de Israel, o Senhor Jesus
Cristo. Aparentemente, Jesus estava ensinando a seu discípulos que a Santa Ceia
ia tomas lugar da Páscoa e que Ele mesmo desde então o Senhor Jesus é a nossa
(dos filhos de Deus) Páscoa. I Cor. 5:7. Jesus observou a Páscoa exatamente do
jeito que acabamos de estudar, mas quando Ele se levantou para partir a Matzah
(aphikomen) e distribui-los aos discípulos, então, Ele instruiu a Santa Ceia
dizendo que o pão representava o seu corpo, e mais tarde o vinho, o seu sangue.
Páscoa comemora a redenção
física do Egito.
A Santa Ceia comemora a
redenção espiritual do pecado.
Páscoa foi observada anualmente.
A Santa Ceia é observada
livremente
Existem doutrinas falsas em
relação a observação da Santa Ceia. Por exemplo: o concílio de Trento inventou
a doutrina de transubstanciação (que os elementos, o pão e
o vinho tornem-se no corpo e no sangue de Cristo).
Os luteranos e outros
defendem a tese de consubstanciação (que a presença espiritual de Cristo
acompanha os clementes). Mas conforme a Bíblia os elementos apenas representam
ou simbolizam o corpo e o sangue de
Jesus. Nós mostramos Sua morte até que Ele venha, é simplesmente em memória de
Dele.
Páscoa foi dada a Israel
como uma festa a ser observada perpetuamente. Ex 12:14; Lv 23:14 etc...
A Santa Ceia foi dada a
Igreja até que o Senhor volte. I Cor. 11:26.
O CORDEIRO DA PÁSCOA É O TIPO DO CORDEIRO DE DEUS
(CRISTO)
1. O cordeiro havia de ser sem mancha, guardado
4 dias (Ex. 12:5-6 cf. João 8:46; 18:38).
2. O cordeiro assim provado foi sacrificado
(Ex. 12:6 cf. João 12:24; Heb 9:22).
3. O sangue do cordeiro havia de ser aplicado
(Ex. 12:7 cf. João 3:36).
4. O sangue do cordeiro pela fé (mais nada)
evitou julgamento (Ex. 12:13 cf. I João 1:7). O sangue na porta foi o
suficiente.
5. A festa de Páscoa tipificou Cristo como Pão
da Vida cf. A Santa Ceia. (Mat. 26:26-28 ; I Cor. 11:23-26).
A FESTA DAS SEMANAS
(SHAVUÓT)
A Festa de Shavuót no livro
de orações dos judeus é intitulado “Z’man Maçan Toracenu.” (A época em que foi dada a Lei). Regozijo da
Lei.
Querendo ligar essa festa
com algum evento histórico, como é no caso da páscoa, os israelitas dizem que a
Lei de Moisés foi dada no dia de pentecostes. Mas a pergunta é: Se realmente
foi dada a Lei de Deus neste dia? E como é que eles chegaram a essa conclusão?
Em Êxodo, capítulo 12 nós
lemos que o povo saiu do Egito no dia 14 de Abril. (1 mês).
Em Êxodo, capítulo 19 vemos
que os israelitas chegaram ao Monte Sinai no 1 de Junho. (3 mês). Em Êxodo,
capítulo 19 mais a diante, aprendemos que o povo israelita tinha de passar 3 dias ao pé do monte, preparando-se para o que ia
acontecer.
A LEI FOI DADA SÓ DEPOIS DE PASSADO TODO ESTE
TEMPO.
Os israelitas viajaram
dezesseis dias durante o primeiro mês, e vinte e nove no segundo, com mais um
dia no terceiro, e passaram três dias esperando em preparativos. Somando estas
cifras, chegamos ao total de quarenta e nove dias, o tempo que passou desde a
saída do povo de Israel do Egito até no dia anterior a recepção da Lei. Assim
no qüinquagésimo dia após a Páscoa, no próprio dia de Pentecostes o povo
escolhido recebeu os 10 mandamentos. (50 dias depois do segundo dia de Páscoa).
COSTUMES OBSERVADOS EM RELAÇÃO A SHAVUÓT
1. É costume comer os lacticínios no 1 dia de
Shavuót porque Ex. 23:19 diz as primícias dos primeiros frutos da terra trarão
á casa de Senhor teu Deus e sem interrupção prossegue Dizendo: “não cozerás o
cabrito no leite de sua mão. Outra razão dada é: quando pais voltaram as sua
tendas depois de terem recebido a lei, estavam com fome e não aguentavam
esperar até que fosse preparada uma refeição e carne e portanto se satisfizeram
comendo dos lacticínios que estavam a mão.”
2. É costume ler o livro de
Rute nas sinagogas porque a história dela realizou-se nas épocas segas do trigo
e cevada. E porque Rute, de vontade Livre, tomou si o julgo de Torá. E
finalmente porque Rute veio a ser a avó do Rei Davi e este conforme a tradição
judaica , faleceu no dia da festa do Shavuót.
Pois bem! Desde que é o
aniversário da Lei é então, como já disse, consideração o nascimento de
Judaísmo. Pentecostes só 50 dias após páscoa. Passaram 1500 anos depois da
celebração da primeira Páscoa e a primeira Festa de Semanas ou Pentecostes.
Profetas pregaram e escreveram falando sobre o Messias que viria para redimir
Israel. Finalmente o Messias veio! Ensinava, pregava, curava, foi rejeitado e
crucificado. Morreu e foi sepultado e ressuscitou! Mandou que seus discípulos
esperassem até a promessa do Pai. Eles esperaram desde a Páscoa até Pentecostes
e no qüinquagésimo dia estava reunidos num lugar quando de repente veio do céu
um como de um vento impetuoso, encheu toda a casa onde estavam. Todos foram
batizados e cheios do Espírito Santo.
A IGREJA DE CRISTO, NASCEU! O SEU ANIVERSÁRIO? É NO
DIA DE PENTECOSTES!
FESTA DOS TABERNÁCULOS (SUCCOT)
Referencias na Bíblia:
Êxodo 23:16 parte (b); Deut.
16:13-15 e 17; Lev. 23:33-34.
- Conforme a Bíblia a festa
foi observada durante 7 dias. 15 de Tishri (Set-Out) à dia 22.
- O primeiro dia, era o dia
de santa convocação (dia de descanso).
- Ofereceram sacrifícios
todos os dias (a tradição rabinica diz que sacrificaram 13 sacrifícios no
primeiro dia, 12 no segundo etc... 70 para todas as nações).
- Ofertas queimadas no
oitavo dia.
- Frutos das árvores.
- Ramos de palmeiras
(lulevim).
- Habitaram em tendas de
ramos 7 dias, (para lembrar que os pais assim fizeram).
Enfim era uma festa memorial
e ação de graças para o fruto recolhido.
A Festa hoje em dia:
A. Começa no dia 15 de
Tishri.
B. Observada pelos ortodoxos
e conservadores por 9 dias. Adicionaram o nono dia porque a festa mudou o seu
caráter. Comemoram no fim dela “Simchat Torá”, regozijo por Ter recebido a Lei
Mosaica.
C. Observada em Israel e
pelos reformados por 8 dias.
D. A festa é a considerada a
mais alegre de todas. Os rabinos dizem: “quem nunca viu Jerusalém na época
dessa festa não sabe o que significa regozijar mesmo.” (Eles bebem, cantam, dançam
regozijam). Ë um festival de outono. Depois da ceifa realiza-se essa festa
dando graças a Deus por tudo que foi ceifado e oram que Deus lhes de chuva o
ano que vem.
A FESTA TINHA VÁRIOS NOMES
Chag Há-osif - Festival da colheita. Lev. 23:29.
Chag Há-succot - Festival de tendas de ramos. Lev 23:42-43.
Chag Adonai - Festival de
Deus. Lev. 23:39.
Hee Hag - O
Festival. João 7:37.
A festa tinha o caráter
agrícola: hoje em dia é mais ligada com a Lei e a Torá.
Símbolos usados na festas:
As tendas de ramos, o lilvou, o chrog ,
o cântaro de água usado pelo sacerdote.
• Os termos expressam um dia
ou período de alegria religiosa
• Objetivos Históricos da Festas-
Político, Manter a nação unida por meio de devoções regulares, Social, Renovar
as amizades nas festas da colheita, Religioso, Adorar a Deus da aliança e
lembrar o relacionamento com Ele baseado na aliança
• O propósito divino nas
festas de Israel era trazer o elemento “Tempo” para o circuito de adoração.
• Eram os “encontros” do
Senhor com Israel para comunhão, instrução e reflexão sobre o relacionamento e
as responsabilidades da aliança.
• Nestas festas o homem não
apenas reconhecia a Deus como o seu provedor, mas também relembrava o livre e
ilimitado favor do Senhor para com um povo escolhido a quem Deus libertara por
sua intervenção pessoal.
• A alegria expressa era
sentida no coração.
• A entrega religiosa não
era incompatível com o prazer nas coisas temporais as quais eram concebidas
como dons da parte de Deus
• A resposta favorável do
participante era religiosamente ética.
• O reconhecimento do pecado
e a devoção a lei estavam igualmente envolvidos, através dos sacrifícios
oferecidos
• Ser impedido de participar
da festa era considerado uma perda e um impedimento ao privilégio
• Ser impedido de participar
da festa era considerado uma perda e um impedimento ao privilégio
• O israelita comparecia as
festas não apenas como beneficiário do favor Divino, mas também restituía ao Senhor
conforme fora beneficiado
• A festa continha o
elemento da lamentação, pois esses estavam envolvido na oferta pelo pecado.
• Não há linha clara de
demarcação entre tristeza pelo pecado e a alegria do Senhor
• Observado em Levitico 23.3
para introduzir as festas anuais
• É o ponto central da vida
de um judeu
• Objetivo: Dar descanso ao
homem e animais e prover um período especial para Israel lembrar-se do Senhor
que guarda a Aliança
• Ritual: Abster-se de todo
trabalho. Os sacerdotes deviam fazer
ofertas diárias em dobro e apresentar novos pães da proposição no Tabernáculo
• Tipo: Tipificava os
crentes descansando na obra concluída de Cristo – Hebreus 4.1-10
• 14 de Abibe (Marcço e
Abril)
• Objetivo: Lembrar o
livramento da servidão e morte no Egito e o fato de o Senhor tê-los aceitados
como Seus “primogênitos”
• Ritual: Reunir todos os
homens em frente ao Tabernáculo. Com as casas sem fermento, um cordeiro sem
mácula seria sacrificado e comido pela família
• Tipo: O cordeiro sacrificado tipificou a morte
vicária de Cristo pelo pecado,
• 15 – 21 Abibe (março e
abril)
• Objetivo: Lembrar como o
Senhor tirou os israelitas apressadamente do Egito
• Ritual: Comer pão sem
fermento, realizar várias assembleias; apresentar os sacrifícios exigidos
• Tipo: O pão asmo tipificou
a vida de Cristo sem pecado, da qual todos os crentes se alimentam, em reflexão
• Segundo dia dos pães
asmos, originalmente no domingo
• Objetivo: Dedicar ao
Senhor toda a colheita da terra em que habitavam.
• Ritual: Os molhos das
primícias, selecionados no décimo dia, eram movidos em oferecimento ao senhor no
dia 16
• Tipo: As primícias
tipificavam a ressurreição de Cristo como as primícias da ressurreição dos
crentes (I Cor 15.20,23.
• 16 de Abibe, (domingo)
• Objetivo: Agradecer a
colheita de cevada, dedicar a próxima colheita do trigo e lembrar o livramento
da escravidão do Egito.
• Ritual: Reunir os homens em frente ao Tabernáculo;
apresentar ao senhor dois pães levedados (como alimento diário), e mostrar
liberalidade para com o pobre.
• Tipo: Dois pães tipificavam a dupla colheita do
Espírito Santo , das primícias da Igreja e mais tarde de Israel (Tg 1.18; Ap
14.4)
• 1 de Tishri (mais ou menos
em outubro)
• Objetivo: Marcar o início
do ano civil e alertar a nação para o início do mês sagrado, com suas
importantes atividades
• Ritual: As trombetas soavam por muito mais tempo e com
som mais alto do que nas outras luas novas, inclui orações com base no
arrependimento e perdão
• Tipo: A nova reunião de
Israel antes do dia de lamentação e regozijo Milenário
• 10 de Tishri (mais ou
menos em outubro originalmente numa sexta-feira)
• A Festa Máxima dos Judeus.
• Objetivo: Expiar quaisquer pecados ainda não expiados e
simbolizar a eliminação divina desses pecados, purificando assim a nação por
mais um ano
• Ritual: Chorar e afligir
as suas almas; o sumo sacerdote oferecia um novilho e dos bodes, um bode para
simbolizar a expiação e outro para levar sobre si todas as iniquidades do povo
• Tipo: Tipificava Cristo,
que expiou todos os nosso pecados, pagando por eles e levando-os sobre si (Hb
10.23-26)
• 15 - 22 de Tishri (mais ou
menos em outubro originalmente em duas quartas-feiras)
• Objetivo: Comemorar a
peregrinação de Israel pelo deserto e o cuidado que
Deus lhes dispensou;
regozijar-se com a colheita do ano que passou, e cumprir os votos de ofertas
voluntárias e de agradecimento feitas durante o ano.
• Ritual: Habitar em tendas de ramos; cumprir os votos
do ano anterior; alegrar-se com os frutos e o agitar de ramos; os sacerdotes
apresentavam ofertas especiais durante sete dias
• Tipo: Tipificava a alegria
e a paz milenária de Israel após a sua purificação (Zacarias 14)
• 22 de Tishri
• Objetivo: Dia de
convocação , descanso e apresentação de sacrifícios
• Ritual: Comemorar o encerramento do ciclo das festas
• 14 E 15 de Adar (Fevereiro
– março)
• Objetivo: Lembrar os Israelitas o livramento da nação
nos dias de Ester
• Ritual: Dia de alegria, de
festas e trocas de banquetes
• Novembro e dezembro, por 8
dias
• Objetivo: Comemora-se a
vitória dos Judeus em 165 a.c., quando reergueram o Templo de Jerusalém
destruído pelos assírios
• Ritual: Acende-se um vela
a cada dia num candelabro de 8 ramificações.
• Os judeus trocam presentes
entre si, e as crianças recebem uma atenção especial nestes dias, Considerada
uma das festas máximas do judaísmo
• Objetivo: Comemora a data em que Deus, por intermédio de
Moisés, deu ao povo libertado do Egito os Dez
Mandamentos
• 7º ano - Ano de descanso;
campos sem cultivo.
• Descanso para a terra
• Lembrar que Deus é o
verdadeiro provedor
• 50º ano
• Cancelamento de dívidas;
Libertação de escravos e de servos obrigados por tempo limitado; Devolução de terras
ao primeiro proprietário; Ajudar aos pobres; Estabilizar a sociedade
COSTUMES HEBRAICOS
Para tratar com todos os
“Costumes Hebraicos”, seria necessário começar com a chamada de Abraão. .
1. A aliança com Abraão e os seus
descendentes.
2. A lei (Aliança Mosaica – condicional) (3
partes: moral, cerimonial, social).
3. O Sábado (sua origem, seu desenvolvimento,
hoje em dia).
4. O tabernáculo.
5. Os sacrifícios.
6. O sacerdócio.
7. As festas (Bíblicas / Extra Bíblicas).
8. O templo (os templos).
9. A sinagoga.
10. As divisões em judaísmo.
11. A Bíblica.
12. O Talmud (A Mishna, A Gemara, A Kabala)
Os “Costumes Hebraicos” que
foram observados estritamente antigamente, passaram por várias modificações até que hoje em dia há
uma grande diferença na observação
destes costumes.
COSTUMES
HEBRAICOS
1) O Sábado.
2) A Circuncisão.
3) Casamento
4) As Leis Dietéticas (Kosher).
5) Bar Mitzvah (Confirmação como filho da lei).
6) Símbolos de Judaísmo
(Estrela de Davi, Tefillin, Tallith,
etc...).
7) A Sinagoga.
8) As festas de Israel (Bíblicas e
extra-bíblicas).
O SÁBADO - O que mais distingue Israel e o povo judeu
das nações é a observação de Sábado. Então,
o estudo de Sábado merece o mossa consideração. Vamos considerar a:
SUA ORIGEM
A primeira menção de Sábado
ou o sétimo dia e acha em Gênesis 2:2
–3. A Bíblia nos ensina que Deus santificou o sétimo dia e descansou de toda a
sua obra com Criador nesse dia. Então, é bem claro que Deus santificou o sétimo
dia para comemorar sua obra de criação. Êxodo 20:11. O povos antigos tinham o
costume de observar os sábados, especialmente em Babilônia. Eles observaram os
dias 7, 14, 19, 21, 28 de cada mês. Até o rei não podia fazer certas coisas no
dia que eles chamaram sabatu. Mas em babilônia foi ligado com astrologia mais
do que qualquer idéia de agradar Deus. Dia 19 foi observado também porque 19 adicionado com os 30 dias do mês anterior
em 49 ou 7 x 7 o número sagrado.
SÁBADO E A NAÇÃO DE ISRAEL
Conforme o ensino em Êxodo
16:23-29, o Sábado já era uma
instituição, pelo que, quando os dez mandamentos forma transmitidos, o
Sábado não foi proposto como se fosse uma nova Lei. Embora que a ideia de observar
os Sábados foi comum antes da Lei, os seu detalhes específicos foram
estabelecidos pela primeira vez no – conteúdo da Lei que foi entregue no Sinai
para Israel. É importante notar – que a Lei, inclusive o Sábado, foi dado só a
Israel. Êxodo 20:8-11. Em hebraico a palavra Sábado é shabbat: e significa:
Cessar ou Descansar. Era para ser principalmente um dia de descanso de todo o
trabalho e de todo um dia dedicado a renovação Espiritual e Adoração a Deus.
Isto era o propósito do Sábado. A próxima menção do Sábado se encontra em
Êxodo. 31:12-18. Aqui, vemos a importância
do Sábado na vista de Deus. Deus obrigou Israel a guardar os seus
sábados com pena da morte se profanarem. Era para ser sinal entre Deus e Israel
e como uma aliança perpétua em suas gerações. A ordem era guardar os sábados
vem repetida muitas vezes no Antigo Testamento. Levitico 16:31; 19:3 e 30; 23:
3, 11, 15-16 , 32, 38; 24:8; 25:2, 4, 8; 26:2, 34-35, 43; etc. Será
que Deus mataria alguém só por trabalhar um pouco no dia de Sábado? Vejamos o
que aconteceu com um homem que violou o Sábado. Números 15:32-36. Os judeus
observavam o Sábado de um modo geral. Não trabalhavam e dedicavam o seu dia
para adoração do Senhor. Mas o descanso não era estritamente ou rigidamente
observado. O povo viaja percorrendo a terra. Eles passavam sem as – restrições
que vieram mais tarde. De fato a observação de Sábado degenerou tanto que foi
um das maiores razões porque deus permitiu Nabucodonozor de atacar vencer
Israel. (Jeremias 17:19-27). Os judeus começavam a dar mais ênfase sobre o
Sábado de que nunca. Alguém tem uma ideia sobre o porque? Respostas: Em Babilônia foram
despojados de seu templo e dos sacrifícios e da sua adoração cerimonial.
Surgiam homens, tais como Esdras e Neemias que queiram obedecer os preceitos de
Deus. Os preceitos como circuncisão e o Sábado podiam ser observados. Sendo
assim, é claro, o porque circuncisão tornaram-se os primeiros símbolos de
judaísmo. Podemos ver um grande contraste entre os que foram levados em
cativeiro com os que foram na terra em relação ao Sábado. Vejamos o que Neemias
encontrou quando voltou a Jerusalém. (Neemias 13:15-22). Um sacerdote, ficando
na torre do tempo tocou a trombeta como o sinal de cessar o trabalho e começar
o Sábado descanso. Nas outras cidades, um judeu no teto da sinagoga tocou sua
trombeta seis vezes!
A Primeira vez: para os
obreiros no campo ao redor de cessar os trabalhos.
A Segunda vez: as lojas na
cidade fecharam-se.
A Terceira vez: avisou as
senhoras da casa para tirar as panelas dos fogões e – embrulhá-las para
preservar a comida quente, e para acender as velhas no Sábado. Depois veio um
intervalo e a trombeta foi tocada três vezes em sucessão, rapidamente que significava o começo do
Sábado. Não era lícito para o trombeteiro levar a sua trombeta em baixo. Havia
de deixá-lo no teto até a cessão do Sábado.
Durante esta época o Sábado foi uma ilha de descanso no mar de
perseguições. Os judeus só tinham repouso e descanso no Sábado com sua família.
Sexta-feira, cedo faziam uma limpeza da preparação para o Sábado. Usavam a mais
bonita toalha sobre a mesa, e o melhor de tudo foi empregado naquela noite.
Depois de jantar a família cantou z’miros – canções da mesa, honrando o Sábado,
e compostas pelos poetas. Foi o costume de convidar uma visita para jantar
especialmente um sábio que podia dar uma interpretação de um estudo na Tora. A
comida mais providenciada era peixe ou ganso, bem temperado. Um tipo de pão
especial foi feito para o Sábado, chamava-se challoth (challos) pão de Sábado.
Nos tempos modernos foi introduzido o costume de Kabbolas Shabbot ou Saudação a
Rainha que era o Sábado. Certos judeus piedosos se vestiram com a roupa mais
fina que tinham e fizeram uma procissão
fora da cidade para saudar o
Sábado, cantando salmos e terminando com “venha a noiva, venha noiva!”. Uma das
mais famosas canções até hoje o D’choch Dodi que significa.... venha amigo
encontrar a noiva. (Foram Kabbalistas
que introduziram estes costumes). A Senhora da casa faz a cerimonia de ascender
as velas, cobrindo os seus olhos com as mãos e recitando a bendição ou benção.
O pai e os filhos cantam Shalon Alcichem. Como saudação aos dois anjos que
acompanham cada judeu da sinagoga até em casa. O pai recita ultimo cap. de
Provérbios horando as esposa. O pai lia também o Tora, duas vezes em
hebraico e uma vez em aramaico. Há uma herança popular que as almas em Genhenna
recebam descanso durante o Sábado de mas quando o sábado terminar precisam voltar a Genhenna. A maioria dos judeus pensam que o descanso do Sábado rigidamente observado
pelo Esdras e Neemias e outros foi preservado somente porque a circunstâncias
eram favoráveis. Mas desde as modificações do século 19 foi impossível
observá-lo rigidamente. Um judeu Sr. Hayyim Shaues, autor do livro Jowish
festival disse: as invenções revolucionaram comércio e industria numa maneira
que transformou a vida econômica. Também a influência dos cristãos observando
Domingo deixou com que os judeus não pudessem continuar observando Domingo
deixou com que os judeus não pudessem
continuar observando o Sábado como antigamente. Somente os
ultra-ortodóxos continuam tentando observar o Sábado rigidamente. Hoje em dia,
a maioria dos judeus não o observe estritamente. Sr. Hayyim pensa que os judeus
devem modificar as restrições, mais ainda continuar a observar o Sábado. Ele
empregou a expressão, “precisamos por o novo vinho em garrafas velhas.”
Conforme o ensino de Números 28:9-10, é o impossível até para os ortodóxos
observarem o Sábado segundo a Lei. Não tem templo, nem o sacerdócio. Eles estão
tentando observar o sábado como Talmud exige e não como a Bíblia. E a maioria
dos judeus não conhecem nada do Talmud. O Talmud dá 1.521 regras sobre o
Sábado. O ano júbilo teve início ao completarem 7 anos sabátisticos. (49anos).
Levítico 25. O número de 7 é sagrado e os rabinos falam em 7 milênios divididos
assim:
1.- 2000 de Adão à Abraão.
2. -2000 de Abraão a
destruição do templo em 70.
3. -2000 da destruição do
templo até a vinda do Messias.
4. -1000 e milênio sabático
sob o reino do Messias.
HÁ UMA COINCIDÊNCIA COM A ESPERANÇA DOS CRENTES !
Sábado
x Domingo
Sábado tem uma aplicação
para crentes?
Domingo foi a invenção de um
papa como alguns dizem?
Lembre-se da acusação dos
fariseus contra o Senhor Jesus e os seus discípulos? (Mt 12: 1- 8). A questão
de sábado e a circuncisão e a lei é resolvida para o crente pelo ensinamento do
N.T. (Col. 2:11; 16-17; Galatas;
Romanos).
1. O sétimo dia comemora a obra de criação.
(Gen. 2:1-3). O primeiro dia comemora a obrada redenção. (Mat. 28:1-6)
2. O Sábado era o sinal da aliança de Deus como
o seu povo, Israel. (Êxodo 31:13) Domingo significa a comunhão entre a Igreja e
o seu Senhor ressurreto. (Atos 20:7)
3. A observação do Sábado foi obrigatória com a
pena de morte. (Êxodo 31:14). A
observação do Domingo não é obrigatória, é voluntária.
4. O Sábado era a parte essencial da
dispensação da lei mosaica. O Domingo e representativo da dispensação da graça.
É verdade que o rei
Constantino instituiu a lei de Domingo em 321 , mas isto não muda o fato que os
crentes desde os dias dos apóstolos já tinham observado o Domingo, o primeiro
dia da semana, dia do Senhor . Já pensou no problema dos hebreus cristãos em
Israel. Sábado é o dia legal para descansar e adorar. Domingo é um de trabalho
como qualquer outro. Vai condenar o hebreu cristãos por trabalhar Domingo e
adorar no Sábado? Qual deve ser nossa posição? Romanos 14:1-12 (vs. 5,6). Como no caso de observar Sábado,
muitos povos antigos observaram também o rito de circuncisão. Em sua
significação original pode ter sido uma espécie de reconhecimento religioso
associado aos poderes da reprodução humana; parece ter servido também de
distintivo tribal. Essa é uma das muitas instâncias do método de Deus
apropriar-se de uma prática, já existente, dedicando-a para Seus próprios
propósitos. Porque a circuncisão tornou-se uma pedra de toque do judaísmo
posterior. Na história depois do concerto que Deus fez com Abrão, ele exigiu
que todos os descendentes machos de Abrão fossem circuncidados. Era para ser o
sinal da aliança entre Deus e Israel. Até os forasteiros entre o povo foram
incluídos. Se alguém desobedeceu foi cortado do povo de Deus por ter quebrado a
aliança. (Gen. 17:9-14). O mesmo capítulo registra a obediência de Abrão. Foi
circuncidado, melhor circuncidou assim
mesmo e o seu filho, Ismael e todos os outros machos na sua casa. Abrão tinha
99 anos e Ismael 13 nos. (Gen.
17:23-27). No tempo de Moisés, depois da saída do Egito, Deus disse a Moisés
que seria obrigatório observar a pessoas em todas as suas gerações. Deus
esclareceu que ninguém pode comer a páscoa se não fosse circuncidado. Mas escravos estrangeiros puderam se tinham
sido circuncidados. No caso do escravo foi obrigatório mas o estrangeiro que
era hóspede havia de escolher, não foi obrigatório. (Êxodo 12:42-48). Lembre-se que o costume de observar o Sábado
foi posto ao lado pelos judeus durante a jornada no deserto. A observação de
Sábado degenerou. Aconteceu também com o costume de circuncisão. Mas ao entrar
na terra prometida, Deus mandou Josué circuncidar todos que não foram circuncidados
no deserto. (Josué 5:1-9). Desde então hoje,
os judeus observam o ritual de circuncisão rigidamente. De fato, levaram
em contemplo (desprezaram) os que não foram circundados. Como podemos ver nas
atitudes dos:
- Pais de Sansão. Juízes 14:3.
- Sansão mesmo. Juízes 15:18.
- Jonatas. I Samuel 14:6.
- Israel em geral
(Jerusalém). Isaías 52:1.
“Nenhum incircunciso entrará
na cidade de santa”. Jerusalém no milênio? Existiam exceções entre o povo
judeu. Por causa de perseguições e desprezos, alguns queriam desfazer sua
circuncisão, por meio de um operação cirúrgica.
Aconteceu sob as perseguições de Antíoco que prefigurou o anti-Cristo com
a abominação de desolação.Paulo avisou aos Hebreus cristãos para não desfazerem sua circuncisão
simplesmente por que tinham aceito Jesus. (I Cor. 7:18-19). A cerimônia em
cortar e prepúcio com uma faca ou com uma pedra aguda. Normalmente pertencia ao
pai da família fazer mas até uma mulher podia (como no caso da esposa de Moisés
quando ele tinha esquecido de circuncidar o seu filho). Êxodo 4:24-26 ; Lev.
12:3. Mas um gentio nunca podia, era de caráter estritamente religioso, A
corrupção de pecado geralmente manifestou-se com a degeneração na vida sexual .
Então a santificação da vida foi simbolizada pela purificação de órgão
sexual pela qual vida reproduzida. Deus
exigiu pureza entre seu povo e a circuncisão tornou-se o sinal externo da
aliança entro Israel e Deus. Figurativamente
falando, circuncisão simboliza a pureza de coração. (Deut. 10:16; 30:6; Lev. 26:41; Jer. 4:4;
9:25; Ezeq. 44:7).
Borith Me’ilah – o pacto de
circuncisão. O pai de família não a faz hoje. Um homem chamado, o Me’el,
especializado faz o rito da circuncisão. A pessoa que segura a criança durante
o ritual é chamada o sandek (god-father
= padrinho). A criança é colocada numa cadeira especial a cadeira de Elias. A
tradição é que assim a criança, será curada mais rápido. Todos ficam em pé
durante o ritual. Depois há uma festa em casa. Se realiza ainda no oitavo
dia. Por que no oitavo dia? Porque Deus
mandou! Sugestões: ligado com o número 7. Sete dias completos, o novo ciclo
começou com o oitavo dia e a criança entrou na aliança com Deus. Foi suposto
antigamente que a criança não possuía sua experiência própria até no oitavo
dia. Pessoalmente, creio que Deus tinha razão no sentido físico e também no
sentido espiritual. (oitavo significa coisas novas, vida espiritual etc...).
Cientificamente foi provado que no oitavo dia a coagulação é mais rápida. A
epístola aos Gálatas nos revela que alguns judeus seguiam o apóstolo Paulo em suas jornadas
missionárias, cuja finalidade era par perverter o evangelho que Paulo pregava e
pro os novos convertidos sob a lei de Moisés exigindo circuncisão. (Gal.
1:6-7). Os novos convertidos em Galácia estavam a insidiosa sugestão destes
mestres judaizantes. Paulo escreveu a epístola para convencê-los da sua
emancipação espiritual, e para enfatizar que fé em Cristo era suficiente para a
salvação. A transição do judaísmo para o cristianismo foi um processo lento.
Houve fariseus que creram (Atos 15:5) e alguns desses ensinavam que, antes de
um gentio poder tornar-se Cristão, era lhe necessário tornar-se primeiramente
judeu, submetendo-se à circuncisão e observando a lei judaica, tanto moral como
ritual. Paulo frisa de modo muito agudo que a salvação é pela fé sem lei, sem
circuncisão. Ele usa o próprio Abraão, como o crente típico, justificado, pela
fé e não pela observação de regra qualquer. (Gal. 3:6-9) cf. (Rom. 4:1-14);
(Gal. 3:17-19). Paulo apelou para que eles permanecessem na graça e na
liberdade de Cristo. Ou a lei, ou Cristo não os dois. Como um mulher foi
desobrigada da lei do seu marido por causa da morte, mesmo assim os crestes em
Cristo já tendo morrido relativamente à lei, são desobrigados da lei. (Rom.
7:1-6). A questão foi tão que foi levada aos apóstolos em Jerusalém. Conclusão:
os gentios não tem com a lei. (crentes). (Atos 15:1-21 e 28-29). Mas até eles
não perceberam que nenhum crente (hebreu ou gentio) foi obrigado à lei. Segundo o N.T. existe uma circuncisão cristã.
Todos os crentes já são circuncidados. Foram circuncidados não fisicamente e
sim espiritualmente quando arrependeram-se o receberam Jesus como o seu
Salvador pessoal (Col. 2:11). A circuncisão fisicamente representa o que nos
aconteceu. A circuncisão física era um certo da carne: a circuncisão espiritual
é da mesma sorte uma operação pela qual é cortada toda a natureza carnal,
descrita aqui como o despojamento do corpo da carne. (Col. 2:11 cf. Rom. 6:3-4;
ICor. 12:13). Aconteceu a nossa circuncisão Espiritual quando nos fomos
batizados pelo Espírito Santo no corpo de Cristo. Um símbolo da nossa identificação
com Cristo na sua morte, no seu sepultamento e na sua ressurreição é o batismo.
(Col. 2:12; Rom. 6:3-4).
CASAMENTO
1. A Lei civil do país deve ser observada em
primeiro lugar.
2. A cerimônia tradicional depois.
A presença de um Minyon
(grupo de 10 judeus) é o mister. Isto é a maneira de enfatizar que o casamento
não é importante só para a vida do casal mas também é considerado importante
para a comunidade. Antigamente a comunidade ajudava generosamente para as
coisas
MATERIAIS PARA OS NOIVOS.
Na época é licito escolher
para si mesmo sua noiva ou noivo mas antigamente não era assim. Cabia aos pais
escolherem. Lembrem-se os exemplos Bíblicos como no caso de Abrão, Isaque
etc... (Gen. 24 e Gen. 28).
OS SÍMBOLOS TRADICIONAIS LIGADOS COM O CASAMENTO
a. A Chupah
(em português chama-se pelos
vários nomes tais como: pálio, dessel, baldaquino e pavilhão). Não sei qual
entre eles é o mais comum mas vou chamar de chupah como a pavilhão. Os noivos
ficam em pé sob o chupah durante a cerimônia.
Esse pavilhão é feito de material muito fino de alta qualidade.
Simboliza real porque os noivos são considerados como rei e rainha no dia do
seu casamento.
b. O Anel
Pode ser de ouro ou de prata
mas deve ser muito simples. Simples para minimizar a diferença entre noivos
pobres e noivos ricos. Tipicamente também a tradição judaica de igualdade. Na
minha experiência já vi muitas senhoras judaicas usando os seus anéis mas
também usando ao mesmo tempo anéis com muita jóias ou pedras caríssimas.
Aparentemente, as judias não aguentavam ficar só com um anel simples. O anel
simboliza a perfeição eterna. (Seja santificada a mim pela lei de Moisés e
Israel).
c. O Documento do Casamento
Depois de colocar o
anel é lido esse documento de casamento
que se chama o Ketubah. É o contrato das obrigações mutuais entre o casal.
d. O copo de vinho
Os noivos bebam do mesmo
copo no princípio da cerimonia e mais uma vez no fim. Antigamente usavam dois
copos. O primeiro para simbolizar a vida de alegria, e o segundo significava a
vida de sacrifícios. Bebendo juntos significava o destino comum do casal.
e. Quebra do copo
A cerimônia está concluída
quebrando o copo. O noivo quebra o copo pisando nele. Simboliza várias coisas:
1. Faz lhes lembrar a destruição do templo.
2. Faz lhes lembrar que a vida é frágil e
transitória.
3. Foi também para assustar os espíritos
malignos, expulsando-os porque demônios tem ciúmes de qualquer alegria humana.
f. A Benção Sacerdotal
Essa benção profunda se
encontra em Números 6:24-27.
“O SENHOR TE ABENÇOE E TE
GUARDE: O SENHOR FAÇA RESPLANDECER O SEU ROSTO SOBRE TI, E TENHA MISERICÓRDIA
DE TI: O SENHOR SOBRE TI LEVANTE O SEU ROSTO, E TE DE PAZ.”
g. Os
hospedes
Tradicionalmente, era
obrigatório para o hospede cumprimentar o noivo dizendo-lhe que ele escolheu
uma noiva belíssima. Os rabinos ficavam perturbados, porque se essa descrição
não podia ser aplicada, isto é se a noiva era feia mesmo, então os hospedes
seriam culpados de testemunhas falsas violando a lei de Moisés. Tudo foi
resolvido quando esses sábios concluíram que todas as noivas pudessem ser
consideradas lindas e nos olhos do noivo dela sempre é a mais belíssima.
h. Divórcio
É raro entre os judeus. Eles
dão muito ênfase sobre a unidade da família. Mesmo assim, conforme as leis
judaicas se o divórcio for necessário será fácil obte-lo. De fato, o Talmud diz
que pode divorciar-se de sua esposa se ela queimar o jantar. Mas continua
dizendo que: “Se existe tão pouco entendimento e compreensão entre o casal que
uma carne queimada leva tal importância então significa que já exista uma
incompatibilidade básica. Na tradição judaica é considerado maior mal criar
crianças num lar sem amor de que a necessidade das crianças enfrentarem o
divórcio dos seus pais.
CHANUKAH HABBAYTH : (DEDICAÇÃO DA CASA).
Isto é um costume, que era observar sempre, mas que hoje em dia
está sendo observados por poucos porque hoje muitos já abandonaram. É uma
cerimonia pela qual a vida judaica começa num lar. Os recém casados colocam a
nezuzah na porta com orações e bençãos pronunciadas.
A NEZUZAH :
É um oramento colocado no
batente da porta de acordo com Deuteronômio 11:20, “E escreve-as nos umbrais de
tua casa e nas tuas portas”.
As duas primeiras partes de
“Shema” que é Deut. 6:4-6 e 11:13-20. São escritas em Hebraico num
pedaço de pergaminho, que então é enrolado e colocado em um recipiente de metal
ou de madeira. É posto numa posição inclinada ao lado direito da porta dos
lares dos judeus. A palavra “Shaddai” ;
está escrita no outro lado do pergaminho, e a letra “Sheen” em Hebraico apareça através da pequena abertura na Nezuzah. A Nezuzah simboliza a família judaica e a sua
lealdade a lei de Deus. Judeus piedosos tocam os sua lábios com o seu dedo e
depois a Nezuzah quando entrarem ou saírem da porta. A Nezuzah tornou-se um símbolo do lar judaico
e um sinal da presença de Deus na casa. Infelizmente, a Nezuzah tem se
degenerado num mero amuleto. Vejamos
em Jeremias 31 33; Ezequiel
11:19-20 que desejo de Deus que o seu
povo escrevesse as leis nos seus corações. Um mero amuleto fora da casa nunca
pode agradá-lo.
KASHRUS (KOSHER: A LEI DIETÉTICA).
Essas leis são baseadas em
Lev. 11. Mas as regras talmúdicas vão muito além do ensino do Torah. (Como sempre).
1. Os animais precisam ser matados de uma
maneira muito especial.
Um especialista, chamado
Shochet, que é um profissional, usa uma faca de certa, medida, bem afiada para
evitar crueldades e para que o sangue possa drenar ou esgotar mais rápido.
Porque conforme o ensino do A.T. não era lícito comer carne que ainda continha
sangue. Então, é preciso saturar a carne em água por uma hora e depois por mais
meia hora em água salgada.
2. Os dois jogos de louças.
Não é permitido comer
produtos de leiteria até seis horas depois de comer a carne. Isto é baseado
numa interpretação (errônea) de Êxodo23:19 ;
34:26 ; e Deut. 14:21. É
necessário usar um jogo de louças para carne e outro para produtos de
leiteria.
Lev. 11. Registra as
verdadeiras leis dietéticas que Deus deu
a nação de Israel naquela época. Os
rabinos de hoje acre ditam que essas leis eram
temporárias (com a exceção dos ortodoxos). Foram dadas porque a nação
não tinha meios de refrigeração. Quer dizer foi por razões higiênicas.
Qual é nossa posição como crentes? Somos obrigados a
observar Lev. 11? Pessoalmente, creio que os rabinos tem razão para dizer que
essas leis foram temporárias. Porque, originalmente, a raça humana não recebeu
ordem de recusar comidas.
Essa ordem não veio até
depois e como lei foi dada aos Israelitas. Lembrem-se que faz parte da lei
mosaica que também era temporária.
No certo sentido Deus estava
fazendo lições ao seu povo, lições de objeto. Mostrou-lhes que deviam fazer
diferença entre carne Kosher (limpa, pura) a carne treyfah (impura), ou melhor proibido. A carne kosher representa o
que é bom, enquanto a carne treyfah representa o mal. Infelizmente muitos judeus ficam satisfeitos
observando ao pé da letra adicionaram leis que Deus nunca lhes deu.
Vejamos o que o Senhor Jesus
disse aos fariseus (Marcos 7: 1-23) Mostrando-lhes claramente que a impureza da
vida não tem nada a ver com a comida. Pode comparar Atos 10:9-10; onde Deus
exigiu (numa visão) que o Apóstolo Pedro matasse e comesse animais proibidos
antigamente. Foi para ensiná-lo que ele não deveria ficar com preconceitos
contra os gentios. O Apostolo Paulo nos ensina em Rom. 14; a atitude que
crentes devem manter neste sentimento. Devemos Ter tolerância com irmãos cujas convicções são diferentes do que as
nossas. A convicção de Apostolo Paulo
era: “Eu sei, e disso estou persuadido no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de
si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura !”
(Rom. 14:20; I Tim. 4:3-4).
Pois bem. Essa ideia do dois
jogos de louças é uma invenção dos rabinos baseado na mal interpretação dos
seguintes versos: Ex. 23:19; 34:26;
Deut. 14:21). Estes trechos. “Não o cabrito leito da sua própria mãe.”
Os rabinos concluíram que
este versículo significa que carne e leite na mesma louça não seria lícito. É
meio difícil compreender sua interpretação. Pra mim, o verso simplesmente está
dizendo que eu não devo matar um cabrito que ainda está alimentando-se da sua
mãe. Que quer dizer não chegou a idade de ser sacrificado. Ou que seria melhor
não cozerá o cabrito no leite da sua própria mãe. Ouviu falado também, que os
pagã praticavam cozinhar um cabrito vivo elite da sua mãe ! E a advertência é
que o povo Deus nunca pode imitar tal coisa. Seja qual for a interpretação
certa, creio que a ideia de dois jogos de louça é longe dela!
BAR-MITZVAH (FILHO DA LEI O MANDAMENTO)
Estes costumes é observado
pelos ortodoxos e conservadores. Quando um menino chegar ao seu décimo terceiro
aniversário, é considerado qualificado a ser Bar-Mitzvah. Desde então é considerado responsável perante a lei pelos seus atos e pelas suas
obrigações religiosas. Nos Sábado (antes ou depois) do seu aniversário, o
menino é chamado na sinagoga ao altar para ler um trecho da Torah em hebraico.
Conforme a tradição, era necessário para o Bar-Mitzvah.
dar um discurso Talmúdico. Hoje em dia,
é apenas necessário afirmar sua intenção de seguir judaísmo e declarar sua
intenção de estruturar Torah. Depois da cerimônia na sinagoga, realiza-se uma festa em casa. O
menino receba muitos presentes dos pais e dos parentes e amigos. A origem deste
costume é recente. Não passa 600 anos. Originou-se na Europa. Não é Bíblico.
Recentemente, nos últimos 20 anos os reformados e alguns conservadores
introduziram o costume de Bar-Mitzvah. (Filha de mandamento) mas meninos e meninas
fazem sua “confirmação”, quando tiverem 15 ou 16 anos, em grupos.
NETILAT YADAYIM (LAVAGEM DAS MÃOS)
Judeus piedosos lavem suas
mãos várias vezes durante um dia. Lavem-nas ao acordarem, antes e depois das
refeições e antes das orações.
RESPONSABILIDADES DOS PAIS
A Mulher (bath habbayith) é
responsável para ascender as velas nos sábados e nas festas. Ela precisa orar e
pronunciar bençãos na hora. Ela é responsável também para manter a casa.
“kosher”. O pai, (Baal Habbayith) tem responsabilidade principalmente na sinagoga.
Mas, também é responsável para a educação da sua família. Deut. 6:4-9.
SÍMBOLOS
Há vários símbolos usados em
judaísmo. Seria bom para crentes aprenderem quais são estes símbolos e o
significado deles para que pudessem usá-los
como um ponto de contato ou método de aproximação.
A ESTRELA DE DAVI (MÔGEN DAVID)
A estrela de Davi talvez
seja o símbolo mais conhecido. Ela é usada na Bandeira Nacional de Israel.
Também se encontra nas sinagogas. Ë muito comum ver judias usando a estrela na
correntinha do pescoço. As vezes, judeus usam a estrela num alfinete de
gravata. A estrela tem dois triângulos entrelaçados. Um triângulo aponta para o
céu e outro para a terra. Então, é uma estrela de seis pontas. Sua origem é
obscura. Um rabino diz que originou em Europa
á 300 anos atrás. Afirma também que não é símbolo sagrado ou religioso apesar
da ideia que era o símbolo no escudo do
rei Davi. Tornou-se muito popular na Europa. E os nazistas exigiram que todos
os judeus usassem este símbolo como “um emblema de vergonha” . Facilitou a
captura dos judeus quando nazistas queriam prende-los. Os judeus não deixaram
de usá-los nos seus braços. Para eles era “um símbolo de orgulho” e é até hoje.
Mesmo que os rabinos modernos afirmam que a estrela não tem nenhum significado
religioso os hebreus cristãos vêem nela um significado muito interessante. Para
eles a estrela representa o Deus Triuno
e os homens nas suas três partes, corpo, alma e espírito. O triângulo voltado para
terra, representa a Tri-Unidade de Deus, Pai, Filho, Espírito Santo pegando há
outro triângulo que representa os homens e levando-os para o céu !
TEFILLIN
(FILACTÉRIOS)
Jesus menciona o uso de
Tefillin em Mat. 23:1-5. Mas ELE disse que os costumes tornam-se mero símbolos
de orgulho dos fariseus. Os Tefillin consistem em duas caixinhas de cor preta,
e de uma ou duas polegadas quadradas com correias de couro segurando-as. As
caixinhas contem pedaços de pergaminhos inscritos com versículos de Torah em
hebraico. Os trechos são os seguintes:
Exo. 13:1-16 ; Deut. 6:4-9 ; 11:13-23 ; que proclamam a unidade de Deus, Sua
providência e a restauração de Israel. Ortodoxos e Conservadores usam os
Tefillin todos os dias úteis
nas suas orações de manhã. Não são usados nos sábados. Motivo de
Tefillin? Para remover as distrações mundanas quando está preparando-se para
orar. O trabalho de colocar as caixinhas no braço esquerdo e na testa exigia
concentração. Uma caixinha colocada no braço esquerdo é mais perto do coração
simboliza os laços de emoção da sua fé, enquanto a caixinha colocada na testa
simboliza a aceitação intelectual da
Palavra de Deus. Um rabino disse que tudo mostra a consagração do nosso coração
e das nossas mãos a vontade de Deus.
TALLITH
(SHALE DE ORAÇÃO)
O shale de oração é usado pelos ortodoxos em
obediência a Lei Bíblica. É feito de tecido
de soda ou lã. É branco e azul que são as cores de Israel. O shale ou
tallith tem franjas nos quatros
cantos ou bolas chamadas, “tsitsis”
conforme o ensinado Torah. (Números 15:37-40; Deut 22:12). Os judeus usam o
Tallith nos cultos da manhã só. Geralmente, o judeu o seu tallith no dia do seu
Bar-Mitzvah. Algumas congregações ortodoxas, entretanto, concedem o tallith só
no dia do casamento. Originalmente, tallith era um símbolo de distinção,
reservado pelos rabinos e escolares ou anciões. Hoje em dia, é símbolo de
igualdade. Os judeus piedosos usam o tallith como mortalha e não sepultados
nele.
YARMULHER (BOINA)
Os ortodoxos usam o yarmulkeh
ou um chapéu sempre e não só durante as orações. O conservadores usam
yarmulkeh só nos atos de adoração.
(orações e cultos). Os reformados, geralmente, não usam nos seus cultos. Não é
bíblico e sim apenas tradição. Os rabinos tem opiniões diferentes em relação a
origem de uso só yarmulkeh . Um diz que originou em tempo antigo simplesmente
como proteção contra o sol Jerusalém. Mas o mesmo rabino diz: que arqueologia
nos revela o que os judeus antigos não usavam chapéus ou yarmulkeh quando oravam. Em fim o yarmulkeh tornou-se um símbolo e reverencia.
Conforme o ensino do N.T.
sabemos que é vergonha para homens orar ou pregar com a cabeça coberta e ao
contrário para as mulheres. (1 Cor. 11: 1-5). Tradução de 300 anos
aproximadamente.
A MENORAH (O CANDELABRO, CASTIÇAL)
O uso deste símbolo é baseado
em Êxodo 25:31-40 e 37:17-24. A passagem que o candelabro ou castiçais foi
feito para ficar no tabernáculo. Este trecho nos dá uma direção do candelabro.
Tinha que ser:
- Um pedestal.
- Uma haste principal.
- Seis haste saindo da haste
principal; três de um lado e três do outro.
- Tem flores, cálices e
maçanetas.
Mas tudo foi feito de uma
peça só de ouro batido. Hoje em dia, os
menorahs que se encontram nas sinagogas não tem sete hastes conforme o
ensino de alguns rabinos. Tem ou seis ou oito mas não sete. Porquê? Para
lembrar a importância do tabernáculo e do tempo, os judeus resolviam não o
candelabro exatamente como era antigamente. Isto é para mostrar o seu respeito
do original e para honrá-lo. Judaísmo usa um outro candelabro especial que tem
nove hastes. Uma delas é serva para as outras. Esta peça usada sempre na festa
de Chanukah.
A SINAGOGA
A palavra em grego é “sunagoge” e significa “ajuntamento de
Povo”. E o chefe da sinagoga em grego é “archesunagoger” Até nos últimos vinte anos a palavra sinagoga
denotava a casa de oração, para os judeus ortodoxos enquanto a palavra templo significava a casa
de oração dos judeus reformados. Mas hoje, em dia, pelo menos E.E. U.U. essa
distinção não se aplica mais. As vezes, conservadores e reformados empregam a
palavra sinagoga e as vezes conservadores usam a palavra templo.
a. A Origem da Sinagoga
A origem das sinagogas é
obscura. Alguns pensam que teve sua origem no tempo de Moisés, mas não há provas.
Outros pensam que a sinagoga originou no tempo do cativeiro em Babilônia sob a liderança de Esdras. Isto
é razoável porque estava fora do seu pais e do seu templo por 70 anos. Temos
certeza absoluta que muitas sinagogas existem antes a destruição do templo em
70 D.C. por que há muitas referências no N.T. (Marcos 1:21; 6: 2 Lucas 4:16-31; 6:6;
13:10 etc.)
b. A função da Sinagoga
As sinagogas foram fundadas
por vários motivos. Os motivos na ordem da sua importância são:
a. Casa de instrução e educação
religiosa.
b. Casa de oração.
c. Casa de adoração.
d. Casa para funções da
comunidade judaica.
e. Casa de atividades para a
mocidade.
c. A Descrição do Interior da Sinagoga.
1. A
Santa Arca: (Aron Há-kodesh) que é sempre colocada dentro de (Mizrah) que é
parede para o lado leste na direção de Jerusalém.
2. A
Sefer Torah: (0 Rolo da Lei) Este rolo de pergaminho está escrito a mão e
fica em pé dentro da Santa Arca. A Sefer é tirada e lida em todas as ocasiões
religiosas que exigem a leitura como: nos sábados e nas Santas Festas.
3. A
Cortina: (Paroket) que é a cobertura da arca. Isto é para continuar o
costume de ter a cortina divido o Santo dos Santos do Santo Lugar no
Tabernáculo.
4. Tabelas
da Lei: (Luhot) Um desenho das tabelas fica na parede sobre a Arca. Isto
simboliza o conteúdo da Arca.
5. A coroa da Torah: (Keter
Torah) De todas as coroas que existem no mundo a Coroa da Torah e a mais nobre.
Para simbolizar isto, o rolo Da lei é coberto com fino veludo e as coroas são
de prata.
6. A
Árvore da Vida: (Ez Hayim) Isto é como o nome dado aos cabos do rolo da
lei. São feitos de madeira. Recebeu esse nome por causa de madeira. Recebeu
esse nome por causa de expressão: “Ela (A Lei) é uma árvore da vida para todos
que a segura.”
7. O
Apontador: (Yad) Este apontador é feito d prata e é usado pelo leitor das
escrituras como um guia.
8. A Luz
Perpétua: (Ner Tamid) desde os tabernáculos até a sinagogas de hoje. Essa
lâmpada que é suspeita sobre a arca. Simbolizada a Eterna fé de Israel (conforme a opinião deles). É
suspeita Sobre a arca para mostrar a dependência dos judeus sobre a lei.
9. A
Bima: (púlpito) simboliza o altar o fica em frente de arca. É na bima que
os judeus oram e pregam as escrituras.
10. O Siddur: (Livro de oração) este livro contém todas as orações
diárias, e para e as festa e aos sábados em ordem. Existe em outro livro de
oração chamado o kolbo que contém todas as orações judaicas que existem.
11. Liturgia:
1. Orações:
começaram com o “Shema” (Deut. 6:4-9;
11:13-31; Num. 15:37-41) o judeu
piedoso recita o shema três vezes por dia. É considerada oração mais
importante. As 18 bênçãos: “Shemeneh
Esreh” E Também chamado “Amidah” pelo
Sephardin porque significa “Em Pé”. Essas orações tem três ênfases, a glória de
Deus, a esperança individual e coletivamente, e a gratidão pelas bênçãos já
recebidas. As 18 benções são repetidas pelo Cantor ou Chazan para que a
congregação não perca-as. É chamado
“Hazrat há-shaz” que significa: Repetição pelo representante da
congregação.
2. Leitura
da Torah: A cerimônia de leitura começa quando alguém é chamado na frente
para abrir a arca. Depois de uma oração, a arca é tirada e dada para o cantor
(hazzan). Então, mais alguém é chamado na frente, chama-se “Aliyah” Essa honra
é oferecida primeiramente a um “Cohen” (descendente dos sacerdotes dos
sacerdotes). A segunda “aliyah” é oferecido ao “Levi”. As outras aos
israelitas. Geralmente tem 7 “aliyahs” (chamadas para ler a Torah).
3. Leitura
da Haftorah: Isto é leitura da porção profética.
4. Benção
sacerdotais: é chamada “Birita Kohanim”
orações pronunciadas pelos homens com o sobrenome, "Kohein” .
5. A
Volta de Torah para a Arca: Quando tirarem o Torah e quando é retornada a
congregação canta e faz uma processão. Alguém é chamado e honrado com a tarefa
de por a Torah na Arca.
6. O
Sermão: é pregado depois que o Torah é colocado na Arca. O sermão é chamado
“Derashah” e deve ser uma interpretação da Lei, aplicada aos problemas de hoje.
7. Musica:
Por quase 500 anos depois da destruição de Jerusalém em 70 D.C. houve uma ausência de música para
lamentar a destruição. No século 19 as sinagogas iniciaram de novo, na Europa.
No século 20 algumas sinagogas usam música mas os ortodoxos continuam sem.
12. Os oficiais : (Rabinos)A Palavra significa “Professor ou mestre”.
Antigamente um homem foi designado “Rabi: pelo outro “Rabi” de fama. Hoje em
dia é necessário a sua formatura num “Yoshivah” (seminário teológico
judaico).para ser digno deste cargo, o homem deve mostrar sinceridade e
motivos, erudição judaica e ordenação.
Deveres: O rabi não pode ser
casado, mas deve ser. Hoje em dia, o seu trabalho é bem semelhante a de um
pastor . El é responsável para os cultos, para pregações para as cerimônias de
nascimento, confirmação, casamento e morte, e para ser um guia espiritual.
O
Cantor: (Chazen ou Hazzan) Ele é quase igual ministro de música
com a exceção que deve ter uma voz treinada profissionalmente. Ele dirige o
coro, lidera as orações que são entoadas. Ele prepara os candidatos para
“Bar-Mitzvah” . Também tem, as vezes, algumas funções administrativas.
O
Leitor Perito: (Baal kore) Ele é um técnico que a Lei as
Escrituras cuidadosamente e com as intenções próprias.
O
Leitor Perito de Orações: (Baal Tefillah) Ele é um leigo e não
foi treinado profissionalmente. Ele guia congregações em suas orações.
O
Representante da Congregação em Oração: (Sheliah Zibbur) Ele
responde para a congregação em suas orações.
O
Zelador: (Shammash) Ele é responsável para os parafernais religiosas,
a distribuição dos livros de oração e os shales de oração (tallith) etc...
LIVROS SAGRADOS
Conforme alguns rabinos não existem (em
um livro só) todas as leis que comprometeram os judeus. O livro que tenha mais
perto é o “Shulchan Aruch”. Foi escrito, no século 16, pelo Sr. Joseph Caro.
1. Shulchan Aruch: (Século 16). Este livro contém todas as leis
básicas e é aceito pela maioria dos ortodoxos. Porem, todos os ortodoxos o
consideram representante de toda a lei.
Que deve incluir todos os códigos, e comentários as emendas, as respostas
rabínicas em relação aos problemas da vida. Os reformados não aceitam o
Shulchan Aruch e os conservadores já tem abandonados muitos ensinos neles. (O
rabi, Morris Kertzer disse: “Até a Bíblia não pode ser considerada a regra da
pratica religiosa imutável...muitas leis Bíblicas já foram reinterpretadas fora
da existência...neste sentido, a lei rabinica e a bíblia não são idênticas.”)
(What is a Jew p.75).
2. Os Talmuds: A palavra, Talmud significa “instrução”. Os Talmuds soa
produtos de muitas gerações começando (conforme a tradição) com Esdras e sendo
completados no ano 600 D.C. em Babilônia. Quer dizer levou mais ou menos 1000
anos para faze-los.
A. A Mishna: Foi o primeiro comentário sobre
a Lei (Pentateuco) também conhecido como “Halakah” que significa “linha de
conduta” ou “regra religiosa”.
B. Gemera: foi um comentário sobre a Mishna
para explicá-la. A Gemera contém muita discussões, decisões e debates dos
rabinos e escribas sobre o (Pentateuco) e a Mishna. Gemera significa “completa”.
C. Hagadah:
a palavra significa “narração ou história”. Hagadah não é um livro em si apenas
todas as partes de Halakah e Gemara que em homilias, narrações humanisticas.
D. O
Talmud: então, é composto destes três: A Mishna, Gemera, e A Hagadah
Existem dois Talmuds:
1. Talmud de Palestina também é conhecido como Talmud Jerusalém
completado 400 D.C.
2. Talmud
de Babilônia completado 600 D.C. o mais importante.
O mais importante é o Talmud
Babilônico tendo quase 2,500 páginas e é o Talmud de hoje enquanto o Talmud
Jerusalém é bem menor e mal conhecido.
O CONTEÚDO DE TALMUD.
Contém: ética, leis,
poesias, orações, rituais, sermões, folclore, lendas, comentários de escrituras
e teologia. O Talmud pode ser considerado como uma enciclopédia de uma época do
povo judeu.
EDUCAÇÃO NOS DIAS BÍBLICOS
Educação é o processo de
ensino e aprendizagem. Pode ser formal ou casual; geralmente envolve um
estudante adquirindo conhecimento sobre diferentes assuntos, aprendendo a
raciocinar e a se desenvolver como pessoa. A Bíblia não fornece uma descrição
profunda da educação judaica. Através de indícios espalhados nas Escrituras,
bem como em outras fontes, conseguimos formar um quadro sobre o tema, que sem
dúvida era de grande importância para os judeus dos tempos bíblicos. O
propósito inicial da educação dos judeus era ensinar as crianças a melhor
entender seu relacionamento com Deus. Os professores queriam que elas
aprendessem a servir a Deus e a ter uma vida santa. Mais tarde, os educadores judeus
começaram a acrescentar ensinamentos para aperfeiçoar o caráter de seus alunos
num sentido amplo. Ensinavam sobre a história da nação, começando do passado
quando Deus resgatou Seu povo. Para os judeus a educação acontecia de várias
formas. As crianças no princípio recebiam ensinamentos de seus pais em casa.
Aprendiam sobre sua religião freqüentando os cultos de adoração e participando
de festas religiosas. Os meninos recebiam uma educação mais formal dos líderes
religiosos, indo para a escola aprender as Escrituras e outros assuntos. A
educação judaica refletia os valores da comunidade. Os judeus reconheciam que o
conhecimento era importante, não tanto por projeta-los no mundo, mas
principalmente porque poderia ajudá-los a conhecer e a amar a Deus. Para eles
não havia separação entre religião e educação, o que se constitui num valioso
modelo para nós. A melhor forma de educação é focada em Deus e nos ajuda a vir
para mais perto Dele.
EDUCAÇÃO NO LAR
Os judeus consideravam os
filhos uma grande alegria e um prêmio (Salmo 127:3-5). A educação dos filhos
começava por volta dos três anos, quando já sabiam falar; orações e cânticos
eram aprendidos por repetição, tal como hoje. Em casa, observavam os símbolos e
práticas religiosos que propiciavam oportunidade de ensino. Aprendiam, por
exemplo, sobre o menorá (candelabro de sete braços), símbolo da fé judaica.
Eram encorajados a perguntar sobre o significado do ritual familiar anual da
Páscoa (Êxodo 12:26-27) que ensinava sobre o poder de Deus nos assuntos humanos.
Os pais tinham responsabilidades definidas na educação, O pai ensinava
religião, a história do povo hebreu e uma profissão. Também deveria ensiná-lo a
nadar e era responsável por encontrar uma esposa para seu filho. À mãe cabia
ensinar suas filhas a serem obedientes e esposas capazes. As meninas aprendiam
a cozinhar, fiar, tecer, tingir, cuidar de crianças e até dirigir escravos.
Aprendiam a triturar grãos e às vezes ajudavam na colheita. Ocasionalmente
ajudavam a cuidar das vinhas ou, se não havia irmãos, ajudavam a cuidar dos
rebanhos. Deviam ter boas maneiras e alto padrão moral. Segundo o costume da
comunidade judaica, as meninas tinham oportunidades educacionais formais
restritas e não lhes era permitido estudar a Lei. Não obstante, algumas tinham educação
de alto nível em casa, aprendendo música, dança, leitura, escrita e a manejar
pesos e medidas. Nas famílias ricas, os filhos tinham tutores em casa.
EDUCAÇÃO RELIGIOSA
Começava em casa e
continuava quando os filhos iam com seus pais aos cultos religiosos. No
princípio o povo adorava no tabernáculo, depois no templo de Jerusalém e mais
tarde em sinagogas locais; mas em todos esses lugares, as crianças podiam
aprender sobre os rituais (como ofertas e sacrifícios) e do ensinamento
ministrado pelos sacerdotes, levitas ou rabinos. Além disso, aprendiam sobre as
Escrituras e sobre o que Deus queria do povo judeu; aprendiam sobre as festas
anuais e festivais religiosos. Aprendiam que a Páscoa comemorava o livramento
de seus ancestrais da escravidão no Egito. No Pentecostes o povo lembrava de
Deus entregando a lei a Moisés no Monte Sinai. A Festa dos Tabernáculos, com
suas barracas feitas de três galhos, comemorava a fidelidade de Deus aos judeus
na sua jornada aparentemente infindável até a Terra Prometida. Participando
dessas práticas religiosas, as crianças aprendiam não só sobre as tradições da
nação mas também sobre a atuação de Deus em suas vidas.
PROFESSORES
Em Israel, os professores
eram líderes religiosos - sacerdotes, profetas ou escribas - fato que refletia
tanto a consideração de que gozavam como focava que a aprendizagem era
primeiramente religiosa. Nos primeiros tempos, os sacerdotes instruíam o povo
no conhecimento de Deus. Como oficiais da sinagoga, os levitas também ensinavam
(Deuteronômio 33:10; II Crônicas 35:3). Mais tarde, antes da Diáspora, os
profetas assumiram o papel de instrutores, ensinando a herança histórica do
povo, criticando a injustiça e a conduta social imprópria. No século IV AC, os
profetas passaram sua função de instrutores para os escribas, conhecidos como
"doutores da lei" (Lucas 5:17); advogados (Mateus 22:35) e rabinos
(23:8). Toda educação superior estava em suas mãos, que desenvolveram um
complexo sistema de educação conhecido como "a tradição dos anciãos"
(15:2-6).
TEMAS DE ESTUDO
Em Israel os alunos se
familiarizavam com as Escrituras e aprendiam a ler, escrever e um pouco de
aritmética. Algumas vezes estudavam o valor medicinal das ervas (I Reis 4:33).
Todos os assuntos dentro de um pensamento com moldes bíblicos. Considerando que
os antigos hebreus eram vistos como os melhores musicistas e cantores do
Oriente Próximo, é provável que alguns judeus recebessem em casa instrução
básica de canto e instrumentos musicais, tais como flauta e harpa. Embora os
hinos hebreus não tenham sobrevivido na sua forma musical, certamente a teoria
musical conhecida entre os cananeus era familiar aos cantores do templo.
Especialmente durante o Exílio, grande ênfase foi dada em lembrar e preservar
cerimônias e os costumes antigos para manter a identidade da cultura hebraica.
Os cativos reconheciam a importância de manter viva sua herança nacional e a
Lei durante os anos em que viveram em contato com uma cultura estrangeira. O
Exílio trouxe mudanças fundamentais em todas as áreas da vida judaica. A educação
foi estimulada pelo contato dos exilados com a sofisticada cultura dos
babilônios. Escolas e bibliotecas na Babilônia existiram durante muitos
séculos. O conhecimento de medicina, astronomia, matemática, arquitetura e
engenharia dos mesopotâmios era muito superior ao dos judeus. Naquele ambiente
intelectual, a literatura dos judeus assumiu um novo significado. Foi nesse
período que surgiram os livros de Ezequiel e Daniel.
MÉTODOS DE ENSINO
Os judeus utilizavam o
método de memorização de textos e palavras, desde que a criança aprendia a
falar. Os alunos copiavam e recopiavam à mão com perfeição e precisão passagens
da Lei. Cada trabalho escrito contendo um erro era considerado perigoso, uma
vez que podia imprimir a palavra ou grafia errada na mente do aluno. A leitura
em voz alta era recomendada como auxílio para a memorização. Além de ler,
escrever e memorizar alguns outros métodos são conhecidos. Por exemplo, o uso
de provérbios e parábolas - um recurso usado por Jesus mais tarde (Marcos 4:2).
Um compartilhar de conhecimento ocorria em encontros de perguntas-e-respostas,
tal como o que aconteceu quando Jesus, com doze anos, visitou o templo em
Jerusalém (Lucas 2:46-47). Pouca informação se tem da educação nos primórdios
da era cristã. Sabemos que Jesus sabia ler e interpretar as Escrituras e tinha
conhecimento bastante para discutir teologia com os doutores do templo. Ele
provavelmente aprendia em casa e recebia a educação elementar comum à maioria
dos meninos judeus daquele tempo.
FARISEUS, QUEM SÃO?
Nome de uma das três
principais seitas judaicas, juntamente com os saduceus e os essênios. Era a
seita mais segura da religião judaíca, At 26. 5. Com certeza, a seita dos
fariseus foi criada no período anterior à guerra dos macabeus com o fim de
oferecer resistência ao espírito helênico que se havia manifestado entre os
judeus tendente a adotar os costumes da Grécia. Todo quantos aborreciam a
prática desses costumes pagãos, já tão espalhados entre o povo, foram levados a
criar forte reação para observar estritamente as leis de Moisés. A feroz
perseguição de Antíoco Epifanes contra eles, 175-164 AC levou-os a se
organizarem em partido. Antíoco queria que os judeus abandonassem a sua
religião em troca da fé idólatra da Grécia, tentou destruir as Santas Escrituras,
e mandou castigar com a morte a quantos fossem encontrados com o livro da lei.
Os hasideanos que eram homens valentes de Israel, juntamente com todos que se
consagravam voluntariamente à defesa da lei, entraram na revolta dos macabeus
como um partido distinto. Parece que este partido era o mesmo dos fariseus.
Quando terminou a guerra em defesa de sua liberdade religiosa, passaram a
disputar a supremacia política; foi então que os hasidianos se retraíram. Não
se fala deles durante o tempo em que Jônatas e Simão dirigiam os negócios
públicos dos judeus, 160-135 AC.
Os fariseus aparecem com
este nome nos dias de João Hircano, 135-105. Este João Hircano pertencia à
seita dos fariseus, da qual se separou para se tornar adepto das doutrinas dos
saduceus. Seu filho e sucessor Alexandre Janeu, tentou exterminá-los à espada.
Porém, sua esposa Alexandra que o sucedeu no governo no ano 78, reconhecendo
que a força física era impotente para combater as convicções religiosas,
favoreceu a seita dos fariseus. Daí por diante, a sua influência dominava a
vida religiosa do povo judeu. Os fariseus sustentavam a doutrina da
predestinação que consideravam em harmonia com o livre arbítrio. Criam na
imortalidade da alma, na ressurreição do corpo e na existência do espírito;
criam nas recompensas e castigos na vida futura, de acordo com o modo de viver
neste mundo; que as almas dos ímpios eram lançadas em prisão eterna, enquanto
que as dos justos, revivendo iam habitar em outros corpos, At 23. 8. Por estas
doutrinas se distinguiam eles dos saduceus, mas não constituíam a essência do
farisaísmo, que é o resultado final e necessário daquela concepção religiosa,
que faz consistir a religião em viver de conformidade com a lei, prometendo a
graça divina somente àqueles que fazem o que a lei manda. Deste modo, a
religião consistia na prática de atos externos, em prejuízo das disposições do
coração. A interpretação da lei e a sua aplicação aos pormenores da vida
ordinária, veio a ser um trabalho de graves conseqüências; os doutores cresciam
em importância para explicar a lei, e suas decisões eram irrevogáveis. Josefo,
que também era fariseu, diz que eles, não somente aceitavam a lei de Moisés,
interpretando-a com muita perícia, como também haviam ensinado ao povo mais
práticas de seus antecessores, que não estavam escritas na lei de Moisés, e que
eram as interpretações tradicionais dos antigos, que nosso Senhor considerou de
importância secundária, Mt 15. 2, 3, 6.
A principio, quando era
muito arriscado pertencer à seita dos fariseus; eram eles pessoas de grande
valor religioso e constituíam a parte melhor da nação judaica.
Subseqüentemente, tornou-se uma crença hereditária, professada por homens de
caráter muito inferior que a ela se filiavam. Com o correr do tempo, os
elementos essencialmente viciosos desta seita, desenvolveram-se a tal ponto de
fazerem dos fariseus objeto de geral reprovação. João Batista, dirigindo-se a
eles e aos saduceus, chamou-os de raça
de víboras. É muito conhecida a linguagem de Jesus, pela qual denunciou
severamente estas seitas pela sua hipocrisia e orgulho, pelo modo por que
desprezavam as coisas essenciais da lei para darem atenção a minúcias das
práticas externas, Mt 5.20; 16.6,11,12; 23.1-39. Formavam uma corporação de
intrigantes. Tomaram parte saliente na conspiração contra a vida de Jesus, Mc
3.6; Jo 11.47-57. Apesar disso, contavam-se em seu meio, homens de alto valor,
sinceros e retos, como foi Paulo, quando a ela pertencia e de que se orgulhava,
em defesa de sua pessoa, At 23.6; 26.5-7; Fp 3.5. Seu mestre Gamaliel também
pertencia à mesma seita.
A VIDA DE JESUS
Jesus Cristo é o Messias,
Salvador e fundador da igreja cristã. Para os cristãos, Ele é o Senhor de suas
vidas. Embora tenha vivido na terra somente 33 anos, tem exercido grande
impacto nas pessoas – mesmo naqueles que não crêem que Ele é o Filho de Deus.
Jesus Cristo é descrito em detalhe na Bíblia – sua vida, obra e ensinamentos –
nos Evangelhos, cada um focando diferentes ângulos. Mateus o apresenta como o
esperado Rei do povo judeu. Marcos o mostra como servo de todos. Lucas tende a
destacar seu caráter compassivo e bondoso para com os pobres. João descreve um
relacionamento amoroso com Jesus. No entanto todos concordam que Jesus é o
Senhor dos senhores e o Rei dos reis.
A BREVE HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
O cristianismo é uma das
chamadas grandes religiões. Tem aproximadamente 1,9 bilhão de seguidores em
todo o mundo, incluindo católicos, ortodoxos e protestantes. Cristianismo vem da palavra Cristo, que significa messias,
pessoa consagrada, ungida. Do hebraico mashiah (o salvador) foi traduzida para
o grego como khristos e para o latim como christus. A doutrina do cristianismo
baseia-se na crença de que todo o ser humano é eterno, a exemplo de Cristo, que
ressuscitou após sua morte. A fé cristã ensina que a vida presente é uma
caminhada e que a morte é uma passagem para uma vida eterna e feliz para todos
os que seguirem os ensinamentos de Cristo. Os ensinamentos estão contidos
exclusivamente na Bíblia, dividida entre o Antigo e o Novo Testamento. O Antigo
Testamento trata da lei judaica, ou Torah. Começa com relatos da criação e é
todo permeado pela promessa de que Deus, revelado a Abraão, a Moisés e aos
profetas enviaria à Terra seu próprio filho como Messias, o salvador. O Novo
Testamento contém os ensinamentos de Cristo, escritos por seus seguidores. Os
principais são os quatro evangelhos ("mensagem", "boa
nova"), escritas pelos apóstolos Mateus, Marcos, Lucas e João. Também
inclui os Atos dos Apóstolos (cartas e ensinamentos que foram passados de boca em
boca no início da era cristã, com destaque para as cartas de Paulo) e o
Apocalipse.
O nascimento do cristianismo
se confunde com a história do império romano e com a história do povo judeu. Na
sua origem, o cristianismo foi apontado como uma seita surgida do judaísmo e
terrivelmente perseguida. Quando Jesus Cristo nasceu, por volta do ano 4 AC, na
pequena cidade de Belém, próxima a Jerusalém, os romanos dominavam a Palestina.
Os judeus viviam sob a administração de governadores romanos e, por isso, aspiravam
pela chegado do Messias (criam que seria um grande homem de guerra e que
governaria politicamente), apontado na Torá (VT)como o enviado que os libertaria
da dominação romana. Até os 30 anos Jesus viveu anônimo em Nazaré, cidade
situada no norte do atual Israel. Aos 33 anos seria crucificado em Jerusalém e
ressuscitaria três dias depois. Em pouco tempo, aproximadamente três anos,
reuniu seguidores (os 12 apóstolos) e percorreu a região pregando sua doutrina
e fazendo milagres, como ressuscitar pessoas mortas e curar cegos, logo
tornou-se conhecido de todos e grandes multidões o seguiam. Mas, para as
autoridades religiosas judaicas ele era um blasfemo, pois autodenominava-se o
Messias. Não tinha aparência e poder para ser o o líder que libertaria a região
da dominação romana. Ele apenas pregava paz, amor ao próximo. Para os romanos,
era um agitador popular.
Após ser preso e morto, a
tendência era de que seus seguidores se dispersassem e seus ensinamentos fossem
esquecidos. Ocorreu o contrário. É justamente nesse fato que se assenta a fé
cristã. Como haviam antecipado os profetas no Antigo Testamento, Cristo
ressuscitou, apareceu a seus apóstolos (Apóstolo quer dizer enviado.) que
estavam escondidos e ordenou que se espalhassem pelo mundo pregando sua mensagem
de amor, paz, restauração e salvação. O cristianismo firmou-se como uma
religião de origem divina. Seu fundador era o próprio filho de Deus, enviado
como salvador e construtor da história junto com o homem. Ser cristão,
portanto, seria engajar-se na obra redentora de Cristo, tendo como base a fé em
seus ensinamentos. Rapidamente, a doutrina cristã se espalhou pela região do
Mediterrâneo e chegou ao coração do império romano. A difusão do cristianismo
pela Grécia e Ásia Menor foi obra especialmente do apóstolo Paulo, que não era
um dos 12 e teria sido chamado para a missão pelo próprio Jesus. As comunidades
cristãs se multiplicaram. Surgiram rivalidades. Em Roma, muitos cristãos foram
transformados em mártires, comidos por leões em espetáculos no Coliseu, como
alvos da ira de imperadores atacados por corrupção e devassidão.
Em 313, o imperador
Constantino se convenceu e não se converteu ao cristianismo mais concedeu
liberdade de culto, o que facilitou a expansão da doutrina por todo o império.
Antes de Constantino, as reuniões ocorriam em subterrâneos, as famosas
catacumbas que até hoje podem ser visitadas em Roma. O cristianismo, mesmo
firmando-se como de origem divina, é, como qualquer religião, praticado por
seres humanos com liberdade de pensamento e diferentes formas de pensar. Desvios
de percurso e situações históricas determinaram os rachas que dividiram o
cristianismo em várias confissões (as principais são as dos católicos,
protestantes e ortodoxos).
O primeiro grande racha veio
em 1054, quando o patriarca de Constantinopla, Miguel Keroularios, rompeu com o
papa, separando do cristianismo controlado por Roma as igrejas orientais, ditas
ortodoxas. Bizâncio e depois Constantinopla (a Istambul de hoje, na Turquia),
seria até 1453 a capital do império romano do Oriente, ou Império Bizantino. O
império romano do Ocidente já havia caído muito tempo antes, em 476, marcando o
início da Idade Média. E foi justamente na chamada Idade Média, ainda hoje um
dos períodos mais obscuros da história, que o cristianismo enfrentou seus
maiores desafios, produzindo acertos e erros. Essa caminhada culminou com o
segundo grande racha, a partir de 1517. O teólogo alemão Martinho Lutero,
membro da ordem religiosa dos Agostinianos, revoltou-se contra a prática da
venda de indulgências e passou a defender a tese de que o homem somente se
salva pela fé. Lutero é excomungado e funda a Igreja Luterana. Não reconhece a
autoridade papal, nega o culto aos santos e acaba com a confissão obrigatória e
o celibato dos padres e religiosos. Mas mantém os sacramentos do batismo e da
eucaristia.Mais tarde, a chamada Reforma Protestante deu origem a outras
inúmeras igrejas cristãs, cada uma com diferentes interpretações de passagens
bíblicas ou de ensinamentos de Cristo.Outras levantadas pelo próprio Espírito
Santo, dão continuidade aos propósito do Senhor Deus.
A BREVE HISTÓRIA DO POVO DE ISRAEL
A história do povo de Israel
começa com Abraão, aproximadamente em 2.100 a.C. Ele morava na Mesopotâmia
quando o Senhor o chamou e ordenou-lhe que andasse sobre a terra (Gn 12.1-9;
13.14-18). Andou por toda a terra de Canaã que seria futuramente a terra
escolhida por Deus para seu povo habitar. Obediente e temente ao Senhor, Abraão
foi honrado por Deus, como o Pai de um povo inumerável (Gn 15.4-6 ) . Nasceu
Isaque (Gn 21.1-7), deste veio Jacó( Gn 25.19-26; 25.29-34; 27.27-30) e gerou a
José (Gn 30.22-24), que mais tarde seria vendido como escravo ao faraó (Gn 37), rei do Egito. José era fiel a Deus (
Gn 39.2-6,21-23 ) e não foi desamparado pelo Senhor. Tornou-se um homem querido
pelo faraó (rei do Egito) e foi promovido a governador do Egito ( Gn 41.37-46 ). Trouxe os seus familiares de
Canaã onde havia uma grande fome (Gn 46.1-7 ). Do faraó receberam terras, para
que as cultivassem ( Gn 47.5-12). Ali foram abençoados por Deus de uma forma
extraordinária: prosperaram tanto e se tornaram tão ricos e tão numerosos que
assustaram o reino egípcio. Resultado: foram subjugados militarmente e
submetidos à escravidão (Ex 1.7-14).
O faraó ainda não estava
satisfeito. Pretendia interromper de forma definitiva sua expansão: decidiu que
todos os varões que nascessem nas famílias israelitas deveriam ser mortos ( Ex
1.15,16,22). E assim foi feito, e de forma cruel. Às meninas, no entanto, era
dado o direito à vida. Um desses bebês, Moises, foi escondido por seus pais dos
soldados egípcios. Os pais conseguiram isso durante três meses. Quando a vida
do bebê passou a correr perigo iminente, seus pais o colocaram numa cesta e o
soltaram no rio Nilo ( Ex 2.1-10 ). A filha do faraó viu o cestinho descendo
nas águas e o choro do bebê. Ela tratou de resgatá-lo e o menino ganhou o nome
de Moisés, ou Moschê, que pode significar "retirado" ou "nascido
das águas"( Ex 2.5-9 ). A mãe de Moisés tornou-se sua ama ( Ex 2.9 ), ele
cresceu e estudou dentro do reino egípcio, sempre muito bem tratado, apesar da
filha do faraó saber que ele era filho de hebreus. Um dia, enquanto ainda vivia
no reino, Moisés foi visitar seus "irmãos" hebreus e viu um deles ser
ferido com crueldade por um egípcio. Irado, Moisés matou o egípcio e escondeu
seu corpo na areia. Mas as notícias correram rapidamente: o faraó soube do
crime e decidiu mandar matar Moisés. No entanto, ele conseguiu fugir para a
terra de Midiã ( Ex 2.15 ). Foi ali que ele conheceria sua mulher, filha do
sacerdote Reuel , chamada Zípora. Ela lhe deu um filho, que ganhou o nome de
Gerson (que significa "hóspede")( Ex 2.21,22). "Porque sou
apenas um hóspede em terra estrangeira", diz Moisés (Ex 2.22)
Passaram-se os anos, o faraó
que perseguia Moisés morreu, mas os israelitas (ou hebreus) continuavam sob o
jugo egípcio. Diz a Bíblia que Deus se compadeceu do sofrimento de seu povo e ouviu
o seu clamor ( Ex 2.24 ). Deus apareceu para Moisés pela primeira vez numa
sarça em chamas( Ex 3 ), no monte Horebe. E lhe disse: "... Eis que os
clamores dos israelitas chegaram até mim, e vi a opressão que lhes fazem os
egípcios. Vai, te envio ao faraó para tirar do Egito os israelitas, meu povo
“(Ex 3.9-10). Em companhia de Arão, seu irmão voltou para o Egito e contatou o
faraó. Este parecia inabalável na decisão de manter os hebreus escravos (Ex
5.1-5). Após ser atingido por dez pragas enviadas diretamente por Deus( Ex
7-12) .Permitiu que o povo finalmente fossem libertos, comeram a páscoa e
partiram em direção ao deserto (Ex 12.37-51). Era aproximadamente 3 milhões de
pessoas. Começava a caminhada em direção a Canaã. A Bíblia fala em 600 mil
(homens, sem contar as mulheres e crianças, eram aproximadamente 3 milhões de
pessoas) andando pelo deserto durante 40 anos, em direção à terra prometida( Ex
12.37 ).
NASCE O JUDAÍSMO
Nas quatro décadas da
caminhada no deserto Deus falou diretamente com Moisés ( Ex 14.15 ...) e deu
todas as leis a serem seguidas por seu "povo eleito" ( Ex 20.1-17 ).
Os dez mandamentos, o conjunto de leis sociais e penais, as regras dos
alimentos, os direitos sobre propriedades... Enfim, tudo foi transmitido por
Deus a Moisés, que retransmitia cada palavra ao povo que o seguia. Era o
nascimento do Judaísmo. A caminhada não foi fácil. O povo rebelou-se diversas
vezes contra Moisés e contra o Senhor. A incredulidade e a desobediência dos
israelitas eram tamanhas que, algumas passagens, Deus pondera em destruí-los e
a dar a Moisés outro povo (a primeira vez que Deus "lamenta" ter
criado a raça humana está em Gn 6.6). Mas Moisés não queria outro povo. Clamou
novamente a Deus para que perdoasse os erros dos israelitas( Ex 32.9,10 ).
Porém todos os adulto que saíram do Egito, exceto Calebe e Josué morreram no
deserto. Moisés resistiu firme até à entrada de Canaã, infelizmente não pode
entrar, apenas contemplou a terra (Dt 34.4,5 ) e foi levado por Deus. Josué
tomou a direção do Povo e tomaram posse da terra Prometida. "Eis a terra
que jurei a Abraão, Isaac e a Jacó dar à tua posteridade. Viste-a com os teus
olhos, mas não entrarás nela (disse Deus). E Moisés morreu." (Dt 34. 4,5).
"Não se levantou mais em Israel profeta comparável a Moisés, com quem o
Senhor conversava face a face." (Dt 34.10). Foram grandes e difíceis
batalhas, até tomarem posse por completo de Canaã. Inicialmente o povo era
dirigido pelos juizes ( Gideão, Eli, Samuel, etc). Mas inconformados com esta
situação e querendo assemelhar-se aos demais reinos pediram para si reis, Deus
os atendeu( 1Sm 8.5 ). Levantou-se Saul o primeiro rei, que foi infiel ao
Senhor ( 1Sm 10.24 ), em seguida Davi tornou-se rei, este sim segundo o coração
do Pai ( 2Sm 2.1-7 ). Salomão foi o terceiro rei, homem muito sábio e abençoado,
construiu o primeiro Templo. Após estes, muitos outros reis vieram, alguns
fieis outros infiéis. Muitas vezes tornaram-se um povo sem Pátria. Inclusive
nos últimos dois milênios eram um povo disperso pela terra. Somente em 1948 foi
restabelecido o Estado de Israel. Os judeus seguem apenas as leis do Torah
(Antigo Testamento) até nossos dias. Jesus Cristo não é aceito como filho de
Deus. Os livros que o compõe o NT são desconsiderado pela religião judaica.
Ainda esperam pelo nascimento do Messias! Hoje, e apenas uma Nação a mais no
planeta e não detém para si nenhuma das promessas bíblicas. As referências
existente na Palavra a respeito de Israel, certamente refere-se ao povo formado
pelo Eleitos de Deus, espalhados sobre a terra.
A HISTÓRIA DO NOVO TESTAMENTO
DA CRIAÇÃO DO MUNDO AO NASCIMENTO DE JESUS
A história do Novo Testamento
começou muito tempo antes do nascimento de Jesus. Em realidade, só podemos
entender bem muitos dos incidentes narrados no NT quando conhecemos esta longa
história. Ela começa com a criação do
mundo – incluindo Adão e Eva. Havendo eles pecado e desobedecido à ordem de
Deus, deteriorou-se o meio ambiente perfeito em que foram criados. E assim tem
início a história da redenção humana, operada por Deus - que culminou na vida, morte e ressurreição de
Jesus. A história continua com Deus
chamando a Abraão por volta do ano 2000 aC. Deus chamou Abraão para deixar o
lar, dirigir-se a uma nova terra, e tornar-se o pai de “uma grande nação” (Gn
12.2-3) – Israel. Num período de tempo
relativamente curto, os descendentes de
Abraão acharam-se no Egito. Logo o número desses descendentes tornou-se
uma ameaça a faraó – o governante do Egito -
e ele ordenou que fossem escravizados.
Foi nessa época que Moisés recebeu o chamado para tirar Israel da
escravidão do Egito e conduzi-lo à terra Prometida de Canaã. Em seguida ao
êxodo do Egito (cerca de 1450 aC) Israel recebeu a Lei – as leis e as
instituições sociais que a nova nação devia observar, incluindo os Dez
mandamentos. Recusando-se os temerosos israelitas a entrar na Terra Prometida
conforme Deus ordenara, o Senhor os condenou a peregrinar no deserto, ao sul de
Canaã, por mais de 40 anos. Josué,
sucessor de Moisés, foi quem introduziu Israel na Terra Prometida. Esta
conquista se fez com violência (o livro de Josué conta a história). Após a morte de Josué, “ ...cada uma fazia o
que achava mais reto” (Jz 21.25), e foi necessário que Deus suscitasse juízes.
Eles chamaram o povo ao arrependimento e derrotaram os opressores de Israel (o
livro de Juízes narra a história). Saul foi o primeiro rei de Israel. Davi, seu
sucessor, escolheu Jerusalém como capital, fazendo-a ao mesmo tempo o centro
político e espiritual da nação. Salomão o sucedeu; este consolidou o reino
recebido de seu pai e construiu o grande templo de Jerusalém. Conhecido por sua
sabedoria, foi também um dirigente insensato; seu amor ao luxo, às mulheres
bonitas e às alianças políticas, tiveram efeito desastroso pra a nação.
Após a morte de Salomão
seguiu-se uma guerra civil sangrenta, e a nação dividiu-se em Israel ao norte e
Judá ao Sul. Elas caíram na idolatria e no pecado, e Deus suscitou profetas –
homens que declaravam a vontade do Senhor ao seu povo – para chamá-los ao
arrependimento. Ambas as nações ignoraram as advertências dos profetas, e
finalmente os inimigos destruíram ambas (Israel foi destruída pela Assíria em
723 aC e Judá pela Babilônia em 586 aC. Os seus dirigentes foram tomados
cativos e enviados ao exílio). Mais tarde, muitos descendentes dos exilados
regressaram à Palestina. Um grupo retornou em 538 aC e reconstruiu o templo;
outro voltou em 444 aC e reconstruiu os muros de Jerusalém sob a liderança de
Esdras e Neemias. Israel voltou à velha
prática do pecado e da indiferença; e com o término do Período do Antigo
Testamento, ouvimos a voz do profeta Malaquias condenando os caminhos pecaminosos
do povo.
PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
Os 400 anos decorridos desde a profecia de
Malaquias até à vinda de Cristo são conhecidos como Período Intertestamentário.
Os livros de Macabeus, que descrevem a revolta macabéia e o caos na Palestina,
e os escritos de Josefo, historiador do primeiro século da era cristã, são as
principais fontes de informação sobre esse período. O livro de Daniel deu uma visão prévia desses
anos. Através dos olhos da profecia Daniel esboçou os principais acontecimentos
políticos dessa época. Daniel viveu durante a ascensão da Babilônia como
potência mundial. Ele viu o reino desaparecer e ser substituído pelo governo
medo-persa. Em sua visão profética Daniel viu, portanto, a ascensão de outras
grandes forças que dominariam o período intermediário dos Testamentos:
Alexandre, os Ptolomeus do Egito, os Selêucidas da Síria, os Macabeus e os
Romanos.
O ÚLTIMO PERÍODO PERSA ( ATÉ 331 AC).
O AT encerra-se com o
Império Persa ainda no poder. Ciro havia permitido aos judeus voltar à terra
para reconstruir o templo (538 aC). Ester, judia, havia ascendido à
proeminência no palácio do rei persa (470 aC). Esdras (456 aC) e Neemias (443
aC) haviam voltado ao país e instituído reformas. Nada aconteceu na Palestina de muito
interesse internacional no restante do governo persa. O sumo sacerdote judeu
governava o país e o ofício passou a ser altamente cobiçado. Ocorreram diversas
disputas infames pelo posto. Numa ocasião um sumo sacerdote matou o irmão
quando este buscava o posto para si. O governador persa ficou tão estarrecido
por este ato que impôs uma pesada multa sobre a população.
O PERÍODO DE ALEXANDRE MAGNO (335-323 AC).
Ao governo persa seguiu-se a
ascensão de Alexandre ao poder sobre um
vasto império, incluindo a Palestina. Filipe da Macedônia, seu pai, havia
estendido o governo sobre toda a Grécia e se preparava para uma grande guerra
com a Pérsia, quando foi assassinado. Sucedeu-o seu filho Alexandre então com
apenas 20 anos de idade, e dentro de pouco tempo acabou com o poder da Pérsia. Em 335 aC Alexandre deu início a seu
memorável reinado de doze anos. Depois de consolidar o governo em sua terra
natal, ele rumou para o leste conquistando a Síria, a Palestina, o Egito e,
finalmente, a própria Pérsia. Ele buscou conquistar terras mais ao leste, porém
suas tropas se recusaram a faze-lo. Morreu na Babilônia em 323 aC. Em seus
trinta e três anos de vida ele deixou um marco indelével na história.
A ERA DOS PTOLOMEUS (323-204 AC).
Ninguém sucedeu a Alexandre.
Finalmente, quatro de seus generais dividiram o império. Dois deles, Ptolomeu e
Seleuco I, envolver-se-iam no governo da Palestina. Depois de algumas lutas
entre esses generais, o Egito caiu nas mãos de Ptolomeu Sóter. A Palestina
também foi acrescentada ao seu quinhão. No início ele foi duro com os judeus.
Mais tarde ele os empregou em várias partes de seu reino, muitas vezes em altos
postos. Seu sucessor, Ptolomeu
Filadelfo, foi um dos mais eminentes deles. Amável para com os judeus, promoveu
as artes e desenvolveu o império em todos os aspectos. As Escrituras Hebraicas fora traduzidas para o grego
durante o seu reinado na cidade egípcia
de Alexandria. A Septuaginta, como se denominou essa versão, podia ser
lida, em todo o império. Com o passar do
tempo, cresceram as rivalidades entre os reis
do Egito (Ptolomeus) e os reis da Síria (Selêucidas). A rivalidade
atingiu o clímax nos reinados de Ptolomeu Filópater (222-204 aC) e de Antíoco o
Grande, da Síria (223-187 aC). Filópater venceu a Antíoco numa batalha nas
proximidades de Gaza. Em sua volta da batalha, Filópater visitou Jerusalém e
decidiu entra no Santo dos Santos no templo. Embora o sumo sacerdote tentasse
dissuadi-lo, ele fez a tentativa. Relata Josefo que ao aproximar-se do Santo
Lugar, foi tomado de tal terror que saiu do templo. Visto que os judeus lhe faziam oposição,
Filópaper retirou-lhes os privilégios,
multou-os, e começou a persegui-los. Capturando em Alexandria todos os judeus
que pôde, trancafiou-nos num hipódromo cheio de elefantes embriagados. Esperava
que os elefantes caíssem sobre os judeus, esmagando-os. Não foi o que
aconteceu. Enfurecidos, os elefantes escaparam, matando muitos dos
espectadores. Filópater interpretou isso como um sinal de Deus a favor dos
judeus e parou de persegui-los. Ao morrer, em 204 aC, sucedeu-o seu filho
Ptolomeu Epifânio, com apenas cinco anos de idade. Antíoco o Grande, da Síria,
aproveitou a oportunidade para arrebatar do Egito o controle da Palestina.
O PERÍODO SÍRIO (204-166 AC)
Os egípcios enviaram uma
embaixada a Roma pedindo-lhe ajuda contra Antíoco. Acedendo ao pedido, Roma
mandou um exército, que a principio não obteve êxito. Finalmente, porém, eles
obrigaram Antíoco a evacuar toda a região ao ocidente e ao norte das montanhas
do Taurus. Numa incursão ao oriente para financiar a guerra, Antíoco foi morto
pelos habitantes da província de Elimais enquanto saqueava um templo de
Júpiter. O reinado de seu sucessor Seleuco Filópater não apresentou nenhum fato
de relevo. Mas com a ascensão de Antíoco
Epifânio (“a manifestação de Deus”), teve início uma das mais sombrias épocas
da história judaica. Onias, exercia o sacerdócio em Jerusalém quando Epifânio
começou a reinar. Visto que os gregos desejavam helenizar os judeus, Epifânio
vendeu o cargo de sumo sacerdote ao irmão de Onias, por trezentos e sessenta
talentos. Onias fugiu da cidade. O usurpador mudou de nome; de Jesus passou a
chamar-se Jasão, colaborando dessa maneira com Antíoco em seu esforço de impor
a cultura e religião grega aos judeus. Os velhos costumes hebreus e suas práticas
religiosas foram desestimulados; judeus foram enviados a Tiro a fim de tomar
parte nos jogos em homenagem ao deus pagão Hércules, e em seu altar eram
oferecidos sacrifícios. Finalmente, Menelau, outro irmão, fez oferta maior que
a de Jasão pelo sacerdócio e intensificou o ataque ao judaísmo. Com a ida de Antíoco Epifânio ao Egito para
sufocar o levante, correu o boato de que ele fora morto e os judeus começaram a
celebrar o fato com grande alegria. Sabedor disso, ele voltou a Jerusalém,
sitiou e tomou a cidade, e massacrou quarenta mil judeus. Para mostrar seu
desprezo pela religião judaica, entrou no Santo dos Santos, sacrificou uma
porca sobre o altar, e espargiu o sangue sobre o edifício. Por sua ordem o
templo passou a ser templo do Zeus Olímpio; proibiram-se culto e os sacrifícios judaicos que foram
substituídos pelos ritos pagãos. Proibiu-se a circuncisão, e a mera posse de
uma cópia da Lei se tornou ofensa punível com a morte.
Os judeus resistiram. Um
homem chamado Eleazar, idoso escriba de elevada posição, foi morto porque se
recusou a comer carne de porco. Um após outro, a mãe e seus sete filhos tiveram
a língua cortada, os dedos das mãos e dos pés amputados, e lançados num tacho
fervente. Um grupo de resistentes, em número aproximado de mil pessoas, foi
atacado no sábado. Recusando-se a
quebrar as proibições sabáticas, foram mortos sem luta. Uma família de classe
sacerdotal, chamada asmoneus, resistiu vigorosamente aos éditos. Quando os
emissários da Síria tentaram fazer cumprir os decretos de Epifânio, Matatias,
pai da família chamada macabeus, recusou-se a adorar os deuses pagãos.
Havendo-se apresentado outro cidadão para oferecer sacrifício no altar aos
deuses pagãos. Matatias matou-o então ele conduziu um bando à região desértica
onde Davi havia, por tantos anos, eludido a Saul. Aos poucos cresceu o número
dos que se puseram ao lado dos macabeus. Os Sírios laçaram três campanhas
contra esses fiéis judeus, uma pelo próprio Antíoco Epifânio; mas nenhuma teve
êxito. Algum tempo depois morreu Epifânio e irrompeu a guerra civil. Judas
Macabeu, que sucedera a seu pai Matatias, estendeu seu controle sobre grande
parte da palestina, incluindo partes de Jerusalém. Três anos após o dia de sua
profanação, o templo foi purificado e os sírios estabeleceram a paz com os
judeus.
A ERA MACABÉIA (166-37 AC)
Judas Macabeu não gozou de
paz por muito tempo, e sem mais delongas apelou para os romanos, pedindo
assistência contra a Síria. Judas morreu
em combate antes de chegar ajuda, seu irmão Jônatas tomou-lhe o lugar. Por
causa da fraqueza da Síria, Jônatas tornou-se o comandante da Judéia. Ao morrer
foi sucedido por outro irmão, Simão, que também apelou para Roma em busca de
socorro. Os romanos fizeram Simão governador da Judéia, e seu trono passou a
ser hereditário.Por esse tempo os partidos dos fariseus e dos saduceus eram
rivais. Simão teve como sucessor seu filho João Hircano, que primeiro se filiou
a uma e depois a outra das seitas oponentes. Não demorou o estouro da guerra
civil quando seus dois netos, Hircano e Aristóbulo, lutavam pelo trono vago por
sua morte. Os romanos preferiram Hircano, e Pompeu, general romano, tomou
Jerusalém de Aristóbulo. Os cercos, as
batalhas, os homicídios e os massacres que se seguiram marcam um período de
turbulência na história judaica. Embora presenteados com a oportunidade de
restaurar Israel e uma posição de grande poder e influência, desperdiçaram-na com lutas entre famílias.
A DOMINAÇÃO ROMANA (37 AC ATÉ O PERÍODO DO NT)
Pompeu, Crasso e Júlio César
reinaram sobre Roma como o primeiro triunvirato, mas Júlio César logo se tornou
o governador único. Ele recolocou Hircano no trono em Jerusalém e nomeou a
Antípatro, cidadão da Iduméia, como proucurador sob as ordens de Hircano. Os
dois filhos de Antípatro, Faselo e Herodes tornaram-se governadores da Judéia e da Galiléia. No ano
seguinte Antípatro foi envenenado; três anos mais tarde Júlio César foi
assassinado em Roma. Um novo triunvirato - Otávio (sobrinho de César), Marco
Antonio e Lépido - passou a governar Roma. Antonio governava a Síria e o
Oriente. Favoreceu a Herodes, e esta amizade levou essa família edomita à
ascensão ao poder. Herodes casou-se com Mariana, neta de Hircano, e tornou-se
parte da família macabéia. Mais ou menos por esse tempo surgiu um novo distúrbio
no país. Antígono, filho de Aristóbulo, conquistou sucesso passageiro ao cortar as orelhas de Hircano, o sumo
sacerdote, impossibilitando-o de exercer o ofício. Na luta seguinte Herodes foi
pressionado por Antígono, e teve de fugir para a fortaleza chamada Masada em
busca de segurança. Depois ele foi a Roma, descreveu aos romanos a desordem
dominante, e foi nomeado rei. Antígono foi morto, e isso acabou para sempre com o governo dos macabeus ou
asmoneus. Pouco tempo depois do suicídio de
Antonio no Egito, Herodes estendeu seu poder na Judéia. Vivia sob o
pavor de que um descendente dos macabeus subisse em poder para tomar-lhe o
trono. Tendo Aristóbulo, irmão de Mariana, sido nomeado sumo sacerdote, sua
popularidade fez com que Herodes mandasse afogá-lo. Mariana ficou enfurecida, e
Herodes mandou executá-la. Nos anos seguintes ele tornou-se cada vez mais
vingativo, e seus atos sangrentos provocaram a ira dos judeus. Para acalmar a
hostilidade dos Judeus, ele deu início a um programa de obras públicas. Seu
principal empreendimento foi a
reconstrução do templo. Mas com isso não terminaram os problemas de Herodes,
nem os da nação. Ele estava cercado por um grupo de homens que exploravam sua
paranóia. Seus dois filhos, à semelhança de sua mãe Mariana, vítima da ira
paterna, forma estrangulados. Em certa ocasião um grande número de fariseus
tiveram o mesmo destino. Outros atos igualmente sangrentos continuaram durante
o seu reinado. Perto do fim da vida, esse governante dominado pelo medo ordenou
o massacre dos infantes em Belém quando nasceu Jesus, o rival Rei dos judeus.
A HISTÓRIA DO NOVO TESTAMENTO II
OS GOVERNANTES. PERÍODO 4 AC A 70 DC
Os romanos permaneceram como
governantes supremos da Palestina durante os tempos do Novo Testamento. A
família de Herodes, juntamente com os procuradores romanos nomeados, governava
sob a autoridade de Roma. O Novo Testamento inicia-se com o nascimento de
Jesus. Herodes o Grande era rei, mas seu governo aproximava-se do fim. Os
últimos anos de seu reinado foram cheios de conspiração e contra conspiração
enquanto os membros de sua família disputava o poder. Poucos antes do
nascimento de Jesus ele havia executado os dois filhos que tivera com Mariana.
Outro filho, Antípatro, conspirou contra Herodes e foi executado apenas cinco
dias antes da morte do pai, no ano 4 aC. Para os romanos Herodes foi um rei
vassalo digno de confiança e capaz, mas para os judeus ele foi um tirano
egoísta. Sucederam-no seus filhos. Arquelau (4aC - 6 dC) governou na Judéia. O
menos estimado dos filhos de Herodes, ele foi cruel e despótico. As queixas dos
Judeus contra ele finalmente o levaram ao exílio. Herodes Antipas (4 aC - 39
dC) foi nomeado tetrarca da Galiléia e da Peréia. Este orgulhoso e hábil
governante foi menos brutal que Arquelau, mas assassinou João Batista que
denunciara seu casamento com Herodias. Favorecido pelo imperador romano Tibério
(14 - 37 dC), foi exilado no ano 39 dC por ordem de Calígula (37 - 41 dC). Filipe (4 aC - 34 dC), terceiro filho de
Herodes, foi tetrarca das regiões da Ituréia e Traconites (Lc 3.1). Filipe
parece ter sido um governante relativamente justo e benevolente. Sua capital
era Cesaréia de Filipe (Mt 16.13; Mc 8.27), e as moedas que ele cunhou foram as
primeiras moedas judaicas a trazer a efígie humana (a de Augusto ou de
Tibério). Morreu no ano 34 dC e seu território foi afinal acrescentado ao de
Herodes Agripa I. Após o exílio de Arquelau, sua tetrarquia (Judéia, Samaria e
Iduméia) foi governada por procuradores romanos (6 - 41 dC) Quirino, governador
da Síria, chegou à Judéia no ano 6 dC a fim de alistar o povo para efeitos de
tributação. Este ato provocou os patriotas da Judéia, mas as autoridades
judaicas os acalmaram por algum tempo. Contudo, Judas, o galileu, liderou o
povo na revolta contra os romanos e contra Herodes. Logo foi morto (At 5.37) é
possível que seus seguidores constituíssem o partido dos Zelotes (Lc 6.15; At
1.13). Os procuradores da Judéia eram diretamente responsáveis perante Roma.
Morando em Cesaréia, eles vinham a Jerusalém em ocasiões especiais, como as
festas anuais. Augusto dava aos seus procuradores prazos curtos, mas Tibério os
deixava no cargo por mais tempo, para que o povo não fosse explorado com tanta
freqüência pelos recém-chegados. Pilatos foi o quinto procurador e também o mais
conhecido por causa da crucificação de Jesus. Governante inflexível e severo,
ele foi brutal para os judeus. Seu massacre sem justificativa dos
adoradores samaritanos e outras
execuções causaram-lhe a queda em 36 dC.
Herodes Agripa I alcançou a
proeminência em 37-44 dC e despojou os procuradores de seus poderes. Como
herdeiro da família dos macabeus, ou asmoneus, e em virtude de sua observância
da Lei, ele era estimado entre os fariseus. Esta estima ou popularidade era por
sua hostilidade aos cristãos (At 12). Morreu repentinamente no ano de 44 dC, e
seu reino voltou a ser governado pelos procuradores. As condições pioraram sob
os procuradores até que precipitaram a rebelião judaica contra o governo romano
em 66-70 dC. Fadus (44-46 dC) Cometeu o engano de reclamar a custódia das
vestes dos sumos sacerdotes, o que resultou num breve levante. As vestes
estiveram nas mãos dos romanos desde 6-36 dC, mas haviam estado nas mãos dos
judeus desde 36 dC até o tempo de Fadus. Alexandre (46-48 dC) Crucificou os
dois filhos de Judas, o galileu, Tiago e Simão, por se haverem rebelado. Cumanus
(48-52 dC) Governou uma era até mais tumultuosa. Havendo um soldado romano
feito um gesto indecente durante a Páscoa, irromperam levantes e diversas pessoas foram mortas. Noutra ocasião,
um soldado fez em pedaços um rolo da Lei e Cumanus foi obrigado a executá-lo
depois que uma multidão de judeus chegou a Cesaréia para protestar. Tais
incidentes levaram-no, afinal ao exílio. Félix (52-60 dC) Era francamente
hostil aos judeus, e suas ações finalmente degeneraram em guerra. Suas drásticas providências para frear os
zelotes, um grupo de patriotas judeus favoráveis à guerra contra os romanos,
não fizeram outra coisa senão aumentar a popularidade do grupo entre o povo.
Foi dentre eles que surgiram os sicários, ou assassinos. Esses judeus fanáticos
assassinaram muita gente, incluindo o sumo sacerdote Jônatas. O Método de Félix
de governar pelo terror e assassínio uniu os fanáticos com as massas e isto fez
com que fosse chamado de volta a Roma. Festo (60-62 dC) Herdou uma situação
descontrolada. Ele tentou pacificar o interior, a zona rural, mas o fervor dos
fanáticos religiosos e políticos crescia. Festo morreu durante seu mandato, e
em Jerusalém a anarquia predominou por completo. Foi nessa ocasião que
mataram Tiago, irmão de Jesus.
Levantaram-se sumos sacerdotes rivais, competindo pela autoridade; e seus
adeptos travaram batalhas campais nas ruas. Albino (62-64 dC) Quando ele chegou
a Jerusalém, deliberadamente agravou o problema para promover-se a si próprio
em vez de tentar restaurar a ordem. Prendeu muitos, mas pôs em liberdade os que
lhe dessem suborno bastante grande.
Floro ( 64-66 dC) Relata
Josefo que o sucessor de Albino, era tão mau e violento que fazia Albino
parecer um benfeitor público. Floro saqueava cidades inteiras. Permitia aos
ladrões que pagassem suborno para o livre exercício de sua profissão. Por
conseguinte, a nação judaica caiu numa situação intolerável. Desde 68 até 70 dC
eles travaram uma guerra heróica que terminou em trágica derrota em 70 dC,
quando a cidade e o templo foram invadidos e destruídos.
A IGREJA PRIMITIVA
A palavra igreja vem do
grego ekklesia, que tem origem em kaleo ("chamo ou convosco"). Na
literatura secular, ekklesia referia-se a uma assembléia de pessoas, mas no
Novo Testamento (NT) a palavra tem sentido mais especializado. A literatura
secular podia usar a apalavra ekklesia para denotar um levante, um comício, uma
orgia ou uma reunião para qualquer outra finalidade. Mas o NT emprega ekklesia
com referência à reunião de crentes cristãos para adorar a Cristo. Que é a
igreja? Que pessoas constituem esta "reunião"? Que é que Paulo
pretende dizer quando chama a igreja de "corpo de Cristo"? Para
responder plenamente a essas perguntas, precisamos entender o contexto social e
histórico da igreja do NT. A igreja
primitiva surgiu no cruzamento das culturas hebraicas e
helenística. Quarenta dias depois de sua
ressurreição, Jesus deu instruções finais aos discípulos e ascendeu ao céu (At
1.1-11). Os discípulos voltaram a Jerusalém e se recolheram durante alguns dias
para jejum e oração, aguardando o ES, o qual Jesus disse que viria. Cerca de
120 pessoas seguidores de Jesus aguardavam. Cinqüenta dias após a Páscoa, no
dia de Pentecoste, um som como um vento impetuoso encheu a casa onde o grupo se
reunia. Línguas de fogo pousaram sobre cada um deles e começaram a falar em
línguas diferente da sua conforme o Espírito Santo os capacitava. Os visitantes
estrangeiros ficaram surpresos ao ouvir os discípulo falando em suas próprias
línguas. Alguns zombaram, dizendo que deviam estar embriagados (At 2.13).
Mas Pedro fez calar a
multidão e explicou que estavam dando testemunho do derramamento do Espírito
Santo predito pelos profetas do Antigo Testamento (AT) (At 2.16-21; Jl
2.28-32). Alguns dos observadores estrangeiros perguntaram o que deviam fazer
para receber o Espírito Santo. Pedro disse: " Arrependei-vos, e cada um de
vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão dos vossos pecados, e
recebereis o dom do Espírito Santo " (At 2.38). Cerca de 3 mil pessoas
aceitaram a Cristo como seu Salvador naquele dia (Atos 2.41). Durante alguns
anos Jerusalém foi o centro da igreja. Muitos judeus acreditavam que os
seguidores de Jesus eram apenas outra seita do judaísmo. Suspeitavam que os
cristãos estavam tentando começar um nova "religião de mistério" em
torno de Jesus de Nazaré. É verdade que
muitos dos cristãos primitivos continuaram a cultuar no templo (At 3.1) e
alguns insistiam em que os convertidos gentios deviam ser circuncidados (At
15). Mas os dirigentes judeus logo perceberam que os cristãos eram mais do que
uma seita. Jesus havia dito aos judeus que Deus faria uma Nova Aliança com
aqueles que lhe fossem fiéis (Mt 16.18);
ele havia selado esta aliança com seu próprio sangue (Lc 22.20). De modo
que os cristãos primitivos proclamavam com ousadia haverem herdados os
privilégios que Israel conhecera
outrora. Não eram simplesmente uma parte de Israel - eram o novo Israel (Ap 3.12;
21.2; Mt 26.28; Hb 8.8; 9.15). "Os líderes judeus tinham um medo de
arrepiar, porque este novo e estranho ensino não era um judaísmo estreito, mas
fundia o privilégio de Israel na alta revelação de um só Pai de todos os
homens." (Henry Melvill Gwatkin, Early Church History, pag 18).
A COMUNIDADE DE JERUSALÉM.
Os primeiros cristãos
formavam uma comunidade estreitamente unida em Jerusalém após o dia de
Pentecoste. Esperavam que Cristo voltasse muito em breve. Os cristãos de
Jerusalém repartiam todos os seus bens materiais (At 2.44-45). Muitos vendiam
suas propriedades e davam à igreja o produto da venda, a qual distribuía esses
recursos entre o grupo ( At 4.34-35). Os
cristãos de Jerusalém ainda iam ao templo para orar (At 2.46), mas começaram a
partilhar a Ceia do Senhor em seus
próprios lares (At 2.42-46). Esta refeição simbólica trazia-lhes à mente sua
nova aliança com Deus, a qual Jesus havia feito sacrificando seu próprio corpo
e sangue. Deus operava milagres de cura por intermédio desses primeiros
cristãos. Pessoas enfermas reuniam-se no templo de sorte que os apóstolo
pudessem tocá-las em seu caminho para a oração (At 5.12-16). Esses milagres
convenceram muitos de que os cristãos estavam verdadeiramente servindo a Deus.
As autoridades do templo, num esforço por suprimir o interesse das pessoas na
nova religião, prenderam os apóstolos. Mas Deus enviou um anjo para libertá-los
(At 5.17-20), o que provocou mais
excitação. A igreja crescia com tanta rapidez que os apóstolos tiveram de
nomear sete homens para distribuir víveres às viúvas necessitadas. O dirigente
desses homens era Estevão, "homem cheio de fé e do Espírito Santo" (At 6.5). Aqui vemos o
começo do governo eclesiástico. Os apóstolos tiveram de delegar alguns de seus
deveres a outros dirigentes. À medida que o tempo passava, os ofícios da igreja
foram dispostos numa estrutura um tanto complexa.
O ASSASSÍNIO DE ESTEVÃO.
Certo dia um grupo de judeus
apoderou-se de Estevão e, acusando-o de blasfêmia, o levou à presença do
conselho do sumo sacerdote. Estevão fez uma eloqüente defesa da fé cristã,
explicando como Jesus cumpriu as antigas profecias referentes ao Messias que
libertaria seu povo da escravidão do pecado. Ele denunciou os judeus como
"traidores e assassinos" do filho de Deus (At 7.52). Erguendo os
olhos para o céu, ele exclamou que via a Jesus em pé à destra de Deus ( At
7.55). Isso enfureceu os judeus, que o levaram para fora da cidade e o
apedrejaram (At 7.58-60). Esse fato deu início a uma onde de perseguição que
levou muitos cristãos a abandonarem Jerusalém (At 8.1). Alguns desses cristãos
estabeleceram-se entre os gentios de Samaria, onde fizeram muitos convertidos
(At 8.5-8). Estabeleceram congregações em diversas cidades gentias, como
Antioquia da Síria. A princípio os cristãos hesitavam em receber os gentios na
igreja, porque eles viam a igreja como um cumprimento da profecia judaica. Não
obstante, Cristo havia instruído seus seguidores a fazer "discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo" (Mt 28.19). Assim, a conversão dos gentios foi "tão-somente o
cumprimento da comissão do Senhor, e o resultado natural de tudo o que havia
acontecido..." (Gwatkin, Early Church History, p. 56). Por conseguinte, o
assassínio de Estevão deu início a uma era de rápida expansão da igreja.
ATIVIDADES MISSIONÁRIAS
Cristo havia estabelecido
sua igreja na encruzilhada do mundo antigo. As rotas comerciais traziam
mercadores e embaixadores através da Palestina, onde eles entravam em contato
com o evangelho. Dessa maneira, no livro de Atos vemos a conversão de oficiais
de Roma (At 10.1-48), da Etiópia ( At 8.26-40), e de outras terras. Logo depois
da morte de Estevão, a igreja deu início a uma atividade sistemática para levar
o evangelho a outras nações. Pedro visitou as principais cidades da Palestina,
pregando tanto a judeus como aos gentios. Outros foram para a Fenícia, Chipre e
Antioquia da Síria. Ouvindo que o evangelho era bem recebido nessas regiões, a
igreja de Jerusalém enviou a Barnabé para incentivar os novos cristãos em
Antioquia (At 11.22-23). Barnabé, a seguir, foi para Tarso em busca do jovem
convertido Saulo (Paulo) e o levou para a Antioquia, onde ensinaram na igreja
durante um ano (At 11.26). Um profeta por nome Ágabo predisse que o Império
Romano sofreria uma grande fome sob o governo do Imperador Cláudio. Herodes
Agripa estava perseguindo a igreja em Jerusalém; Ele já havia executado a
Tiago, irmão de João, e tinha lançado Pedro na prisão (At 12.1-4). Assim os
cristãos de Antioquia coletaram dinheiro para enviar a seus amigos em Jerusalém,
e despacharam Barnabé e Paulo com o socorro. Os dois voltaram de Jerusalém
levando um jovem chamado João Marcos (At 12.25). Por esta ocasião, diversos
evangelistas haviam surgido no seio da igreja de Antioquia, de modo que a
congregação enviou Barnabé e Paulo numa viagem missionária à Ásia Menor (At
13-14). Esta foi a primeira de três grandes viagens missionárias que Paulo fez para levar o evangelho aos recantos
longínquos do Império Romano. Os primeiros missionários cristãos concentraram
seus ensinos na Pessoa e obra de Jesus Cristo. Declararam que ele era o servo
impecável e Filho de Deus que havia dado sua vida para expiar os pecados de
todas as pessoas que depositavam sua confiança nele (Rm 5.8-10). Ele era aquele
a quem Deus ressuscitou dos mortos para derrotar o poder do pecado (Rm 4.24-25;
1Co 15.17).
GOVERNO ECLESIÁSTICO
A princípio, os seguidores
de Jesus não viram a necessidade de desenvolver um sistema de governo da
Igreja. Esperavam que Cristo voltasse em breve, por isso tratavam os problemas
internos à medida que surgiam - geralmente
de um modo muito informal. Mas o tempo em que Paulo escreveu suas cartas às
igrejas, os cristãos reconheciam a necessidade de organizar o seu trabalho. O
NT não nos dá um quadro pormenorizado deste governo da igreja primitiva.
Evidentemente, um ou mais presbíteros presidiam os negócios de cada congregação
(Rm 12.6-8; 1Ts 5.12; Hb 13.7,17,24), exatamente como os anciãos faziam nas
sinagogas judaicas. Esses anciãos (ou presbíteros) eram escolhidos pelo Espírito
Santo (At 20.28), mas os apóstolos os nomeavam (At 14.23). Por conseguinte, o
Espírito Santo trabalhava por meio dos apóstolos ordenando líderes pra o
ministério. Alguns ministros chamados evangelistas parecem ter viajado de uma
congregação para outra, como faziam os apóstolos. Seu título significa
"homens que manuseiam o evangelho". Alguns têm achado que eram todos
representantes pessoais dos apóstolos, como Timóteo o foi de Paulo; outros
supõem que obtiveram esse nome por manifestarem
um dom especial de evangelização. Os anciãos assumiam os deveres
pastorais normais entre as visitas desses evangelistas.
Algumas cartas do NT
referem-se a bispos na igreja primitiva. Isto é um bocado confuso, visto que
esses "bispos" não formavam uma ordem superior da liderança
eclesiástica como ocorre em algumas igrejas onde o título é usado hoje. Paulo
lembrou aos presbíteros de Éfeso que eles eram bispos (At 20.28), e parece que
ele usa os termos presbítero e bispo intercambiavelmente (Tt 1.5-9). Tanto os
bispos como os presbíteros estavam encarregados de supervisar uma congregação.
Evidentemente, ambos os termos se referem aos mesmos ministros da igreja primitiva, a saber, os presbíteros.
Paulo e os demais apóstolos reconheceram que o ES concedia habilidades
especiais de liderança a certas pessoas (1Co 12.28). Assim, quando conferiam um
título oficial a um irmão ou irmã em Cristo, estavam confirmando o que o
Espírito Santo já havia feito.
A igreja primitiva não
possuía um centro terrenal de poder. Os cristãos entendiam que Cristo era o
centro de todos os seus poderes (At 20.28). O ministério significava servir em
humildade, em vez de governar de uma posição elevada (Mt 20.26-28). Ao tempo em
que Paulo escreveu suas epístolas pastorais, os cristãos reconheciam a importância
de preservar os ensinos de Cristo por
intermédio de ministros que se devotavam a estudo especial, "que maneja
bem a palavra da verdade" (2Tm
2.15). A igreja primitiva não oferecia poderes mágicos, por meio de rituais ou
de qualquer outro modo. Os cristãos convidavam os incrédulos para fazer parte
de seu grupo, o corpo de Cristo (Ef
1.23), que seria salvo como um todo. Os
apóstolos e os evangelistas proclamavam que Cristo voltaria para o seu povo, a
"noiva" de Cristo (Ap 21.2; 22.17). Negavam que indivíduos pudessem
obter poderes especiais de Cristo para seus próprios fins egoístas (At 8.9-24;
13.7-12).
PADRÕES DE ADORAÇÃO.
Visto que os cristãos
primitivos adoravam juntos, estabeleceram padrões de adoração que diferiam
muito dos cultos da sinagoga. Não temos um quadro claro da adoração Cristã
primitiva até 150 dC, quando Justino Mártir descreveu os cultos típicos de
adoração. Sabemos que a igreja primitiva realizava seus serviços no domingo, o
primeiro dia sa semana. Chamavam-no de "o Dia do Senhor" porque foi o
dia em que Cristo ressurgiu dos mortos. Os primeiros cristãos reuniam-se no
templo em Jerusalém, nas sinagogas, ou nos lares ( At 2.46; 13.14-16; 20.7-8).
Alguns estudiosos crêem que a referência aos ensino de Paulo na escola de
Tirano (At 19.9) indica que os primitivos cristãos às vezes alugavam prédios de
escola ou outras instalações. Não temos prova alguma de que os cristãos tenham
construído instalações especial para seus cultos de adoração durante mais de um
século após o tempo de Cristo. Onde os cristãos eram perseguidos, reuniam-se em
lugares secretos como as catacumbas (túmulos subterrâneos) de Roma. Creem os
eruditos que os primeiros cristãos adoravam nas noites de domingo, e que seu
culto girava em torno da Ceia do Senhor. Mas nalgum ponto os cristãos começavam a manter dois
cultos de adoração no domingo, conforme descreve Justino Mártir - um bem cedo
de manhã e outro ao entardecer. As horas eram escolhidas por questão de segredo
e para atender às pessoas trabalhadoras que não podiam comparecer aos cultos de
adoração durante o dia.
ORDEM DO CULTO
Geralmente o culto matutino
era uma ocasião de louvor, oração e pregação. O serviço improvisado de adoração
dos cristãos no Dia de Pentecoste sugere um padrão de adoração que podia ter
sido geralmente adotado. Primeiro, Pedro leu as Escrituras. Depois pregou um
sermão que aplicou as Escrituras à situação presente dos adoradores (At
2.14-36). As pessoas que aceitavam a Cristo eram batizadas, seguindo o exemplo
do próprio Senhor. Os adoradores participavam
dos cânticos, dos testemunhos ou de palavras de exortação (1Co 14.26).
A CEIA DO SENHOR
Os primitivos cristãos
tomavam a refeição simbólica da Ceia do Senhor para comemorar a Última Ceia, na qual Jesus e seus
discípulos observaram a tradicional festa judaica da Páscoa. Os temas dos dois
eventos eram os mesmo. Na Páscoa os judeus regozijavam-se porque Deus os havia
libertado de seus inimigos e aguardavam com expectação o futuro como filhos de
Deus. Na Ceia do Senhor, os cristãos
celebravam o modo como Jesus os havia libertado do pecado e expressavam sua
esperança pelo dia quando Cristo voltaria
(1Co 11.26). A princípio, a Ceia
do Senhor era uma refeição completa que os cristãos partilhavam em suas casas.
Cada convidado trazia um prato para a mesa comum. A refeição começava com oração e com o comer de pedacinhos de um
único pão que representava o corpo partido de Cristo. Encerrava-se a refeição
com outra oração e a seguir participavam de uma taça de vinho, que representava
o sangue vertido de Cristo. Algumas pessoas conjeturavam que os cristãos
estavam participando de um rito secreto quando observavam a Ceia do Senhor, e
inventaram estranhas histórias a respeito desses cultos. O imperador Trajano
proscreveu essas reuniões secretas por volta do ano 100 dC. Nesse tempo os
cristãos começaram a observar a Ceia do Senhor durante o culto matutino de
adoração, aberto ao público.
BATISMO
O batismo era um
acontecimento comum da adoração cristã no templo de Paulo (Ef 4.5). Contudo, os cristãos não foram os
primeiros a celebrar o batismo. Os judeus batizavam seus convertidos gentios;
algumas seitas judaicas praticavam o batismo como símbolo de purificação, e
João Batista fez dele uma importante parte de seu ministério. O NT não diz se
Jesus batizava regularmente seus convertidos, mas numa ocasião, pelo menos,
antes da prisão de João, ele foi encontrado batizando. Em todo o caso, os
primitivos cristãos eram batizados em nome de Jesus, seguindo o seu próprio
exemplo (Mc 1.10; Gl 3.27). Parece que os primitivos cristãos interpretavam o
significado do batismo de vários modos - como símbolo da morte de uma pessoa
para o pecado (Rm 6.4; Gl 2.12), da purificação de pecados (At 22.16; Ef 5.26),
e da nova vida em Cristo (At 2.41; Rm 6.3). De quando em quando toda a família
de um novo convertido era batizada (At 10.48; 16.33; 1Co 1.16), o que pode
significar o desejo da pessoa de consagrar a Cristo tudo quanto tinha.
CALENDÁRIO ECLESIÁSTICO
O NT não apresenta evidência
alguma de que a igreja primitiva observava quaisquer dias santos, a não ser sua
adoração no primeiro dia da semana (At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10). Os cristãos
não observam o domingo como dia de descanso até ao quarto século de nossa era,
quando o imperador Constantino designou-o como um dia santo para todo o Império
Romano. Os primitivos cristãos não confundiam o domingo com o sábado judaico, e
não faziam tentativa alguma para aplicar a ele a legislação referente ao
sábado. O historiador Eusébio diz-nos que os cristãos celebravam a Páscoa desde
os tempos apostólicos; 1Co 5.6-8 talvez se refira a uma Páscoa cristã na mesma
ocasião da Páscoa judaica. Por volta do ano 120 dC, a igreja de Roma mudou a
celebração para o domingo após a Páscoa judaica enquanto a igreja Ortodoxa
Oriental continuou a celebrá-la na Páscoa Judaica.
CONCEITO DO NT SOBRE A IGREJA.
É interessante pesquisar
vários conceitos de igreja no NT. A Bíblia refere-se aos primeiros cristãos
como família e templo de Deus, como rebanho e noiva de Cristo, como sal, como
fermento, como pescadores, como baluarte sustentador da verdade de Deus, de
muitas outras maneiras. Pensava-se na igreja como uma comunidade mundial única
de crentes, da qual cada congregação local era afloramento e amostra. Os
primitivos escritores cristãos muitas vezes se referiam à igreja como o
"corpo de Cristo" e o "novo Israel". Esses dois conceitos revelam muito da
compreensão que os primitivos cristãos tinha da sua missão no mundo.
O CORPO DE CRISTO
Paulo descreve a igreja como
"um só corpo em Cristo" (Rm 12.5) e "seu corpo" (Ef 1.23).
Em outras palavras, a igreja encerra numa comunhão única de vida divina todos
os que são unidos a Cristo pelo Espírito Santo mediante a fé. Esses participam
da ressurreição (Rm 6.8), e são a um
tempo chamados e capacitados para
continuar seu ministério de servir e sofrer para abençoar a outros (1Co
12.14-26). Estão ligados numa comunidade que personifica o reino de Deus no
mundo. Pelo fato de estarem ligados a outros cristãos, essas pessoas entendiam
que o que faziam com seus próprios corpos e capacidades era muito importante
(Rm 12.1; 1Co 6.13-19; 2Co 5.10). Entendiam que as várias raças e classes
tornam-se uma em Cristo (1Co 12.3; Ef
2.14-22), e deviam aceitar-se e amar-se uns aos outros de um modo que
revelasse tal realidade. Descrevendo a igreja com o corpo de Cristo, os
primeiros cristãos acentuaram que Cristo era o cabeça da igreja (Ef 5.23). Ele
orientava as ações da igreja e merecia todo o louvor que ela recebia. Todo o
poder da igreja para adorar e servir era dom de Cristo.
- O Novo Israel: Os
primitivos cristãos identificavam-se com Israel, povo escolhido de Deus.
Acreditavam que a vinda e o ministério
de Jesus cumpriram a promessa de Deus aos patriarcas (Mt 2.6; Lc 1.68;
At 5.31), e sustentavam que Deus havia estabelecido uma Nova Aliança com os
seguidores de Jesus (2Co 3.6; Hb 7.22, 9.15). Deus, sustentavam eles, havia
estabelecido seu novo Israel na base da salvação pessoal, e não em linhagem de família. Sua igreja era uma
nação espiritual que transcendia a todas as heranças culturais e nacionais.
Quem quer que depositasse fé na Nova Aliança de Deus, rendesse a vida a Cristo,
tornava-se descendente espiritual de Abraão e, como tal, passava a fazer parte
do "novo Israel" (Mt 8.11; Lc 13.28-30; Rm 4.9-25; Gl 3-4; Hb 11-12).
-Características Comuns:
Algumas qualidades comuns emergem das muitas imagens da igreja que encontramos
no NT. Todas elas mostram que a igreja existe porque Deus trouxe à existência.
Cristo comissionou seus seguidores a levar avante a sua obra, e essa é a razão
da existência da igreja. As várias imagens que o NT apresenta da igreja
acentuam que o Espírito Santo a dota de poder e determina a sua direção. Os
membros da igreja participam de uma tarefa comum e de um destino comum sob a
orientação do Espírito. A igreja é uma entidade viva e ativa. Ela participa dos
negócios deste mundo; demonstra o modo de vida que Deus tenciona para todas as
pessoas, e proclamam a Palavra de Deus para a era presente. A unidade e a
pureza espirituais da igreja estão em nítido contraste com a inimizade e a
corrupção do mundo. É responsabilidade da igreja em todas as congregações
particulares mediante as quais ela se torna visível, praticar a unidade, o amor
e cuidado de um modo que mostre que
Cristo vive verdadeiramente naqueles que são membros do seu corpo, de sorte que
a vida deles é a vida de Cristo neles.
JUÍZES E REIS DE ISRAEL/JUDÁ
Após a morte de Josué e dos anciãos, veio uma situação anárquica,
em que não havia obediência aos mandamentos divinos (Jz 2.12-15). E em
conseqüência disso certas pessoas foram escolhidas por intervenção divina, para
governarem a nação como juízes ou libertadores. Não tinham poder de fazer novas
leias, mas somente o de julgarem em conformidade com a lei de Moisés. Havia
neles, também o poder executivo, embora a sua jurisdição se estendesse somente
algumas vezes a certa parte do país. Não tinha estipêndio estabelecido, mas o
povo estava acostumado a levar-lhes
presentes, ou oferendas. Esta forma de governo durou desde a morte de
Josué até à escolha de Saul para ser rei, compreendendo um espaço de 460 anos.
Samuel foi o mais notável
dos juízes, parecendo que na última parte de sua vida ele se limitava a exercer
principalmente a missão de profeta. Sendo Saul rei, finalizou a forma
teocrática de governo (1Sm 8.7). A pessoa do juiz era considerada santa e
sagrada, de modo que consultá-lo era o mesmo que “consultar a Deus” (Ex 18.15).
Era ele divinamente dirigido, não temendo então a face de ninguém. Além dos
juízes supremos, havia anciãos da cidade, que constituíam um tribunal de
justiça, com o poder de resolver pequenas causas da localidade (Dt 16.18).
OS PRINCIPAIS JUÍZES FORAM QUINZE
1- Otniel (Jz 3.9) – De Judá, livrou a Israel do rei da mesopotâmia;
2- Eúde (Jz 3.15) – Expulsou os amonitas e os moabitas;
3- Sangar (Jz 3.31) – Matou 600 filisteus e salvou a Israel;
4- Débora (Jz 4.5) – Associada a Baraque, guiando a Naftali e Zebulom
à vitória contra os cananeus;
5- Gideão (Jz 6.36) – Expulsou os midianitas do território de Israel;
6- Abimeleque (Jz 9.1) – Pseudo libertador sem autoridade divina;
7- Tola (Jz 10.1) – Subjugou os amonitas;
8- Jair (Jz 10.3) – Subjugou os amonitas;
9- Jefté (Jz 11.11) – Subjugou os amonitas;
10- Ibsã (Jz 12.8) – Perseguiu os filisteus;
11- Elom (Jz 12.11) – Perseguiu os filisteus;
12- Abdom (Jz 12.13) – Perseguiu os filisteus;
13- Sansão (jz 16.30) – Perseguiu os filisteus;
14- Eli (1Sm 4.18) – Julgou a Israel como sumo sacerdote;
15- Samuel (1Sm 7.15) – Agiu principalmente como profeta.
REIS
Na história dos hebreus
sucedeu o governo teocrático (Juizes). A monarquia, foi uma concessão de Deus
(1Sm 8.7;12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que
já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8.22,23), e na escolha de
Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9.6), equivale à rejeição da teocracia (1Sm 8.7), visto como o Senhor
era o verdadeiro rei da nação (1Sm 8.7; Is 33.22). A própria terra era
conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25.23). A monarquia constituída
era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos
primogênitos. Quando a coroa era colocada na cabeça do rei, ele formava então
um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2Sm 5.3;
1Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência; e confirmavam a sua
palavra com um beijo de homenagem (1Sm 10.1). Os rendimentos reais provinham
dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais, e do produto dos rebanhos. Aos
reis pertencia a décima parte da produção; recebiam também, os tributos que
pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico; os presentes
dados pelos súditos; e os despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas. Além disso, tinha o
rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de
aumentarem seus bens.
OS REIS ANTES DA DIVISÃO
1- Saul (por
volta de 1.060 aC) 1Sm 10.1
2- Davi
(+/- 1.020 aC) 2Sm 2.1
3- Salomão
(980 aC) 1Rs 1.39
REIS DE ISRAEL
1- Jeroboão I (937 aC) 1Rs
11.28
2- Nadabe (915 aC) 1Rs 14.20
3- Baasa ( 914 aC) 1Rs 15.16
4- Elá (891 aC) 1Rs 16.8
5- Zinri (890 aC) 1Rs 16.15
6- Onri (890 aC) 1Rs 16.16
7- Acabe (876 aC) 1Rs 16.29
8- Acazias (856 aC) 1Rs 22.40
9- Jeorão ou Jorão (854 aC) 2Rs 1.17
10- Jeú
(842 aC) 1Rs 19.16
11- Joacaz
(814 aC) 2Rs 10.35
12- Jeoás (797 aC) 2Rs 13.10
13- Jeroboão
II (781 aC) 2Rs 14.23
14- Zacarias
(741 aC) 2Rs 14.29
15- Salum (741
aC) 2Rs 15.10
16- Manaém
(740 aC) 2Rs 15.14
17- Pecalias
(737 aC) 2Rs 15.23
18- Peca (736
aC) 2Rs 15.25
19- Oséias (730 aC) 2Rs 15.30
REIS DE JUDÁ
1- Reoboão (937 aC) 1Rs 11.43
2- Abias (920 aC) 1Rs 14.31
3- Asa (917 aC) 1Rs 15.8
4- Josafá (878 aC) 1Rs 15.24
5- Jeorão (851 aC) 2Cr 21.1
6- Acazias (843 aC) 2Rs 8.25
7- Atalias (rainha) (842 aC) 2Rs 8.26
8- Joás (836 aC) 2Rs 11.2
9- Amazias (796 aC) 2Rs 14.1
10- Uzias
ou Azarias (777 aC) 2Rs 14.21
11- Jotão (750
aC) 2Rs 15.5
12- Acaz (734
aC) 2Rs 15.38
13- Ezequias
(727 aC) 2Rs 16.20
14- Manasses
(697 aC) 2Rs 21.1
15- Amon (642 aC) 2Rs 21.19
16- Josias
(640 aC) 1Rs 13.2
17- Joacaz
ou Salum (608 aC) 2Rs 23.30
18- Joaquim
(608 aC) 2Rs 23.34
19- Jeoaquim
ou Jeconias (598 aC) 2Rs 24.6
20- Zedequias
ou Matanias ( 598 aC) 2 Rs 24.17
MARIA, MÃE DE JESUS
Maria, a virgem, mãe de
Jesus. Todas as informações a seu respeito, somente as Escrituras é que
no-las dá. Diz ela que no sexto mês após
a concepção de João Batista foi enviado o anjo Gabriel a Nazaré, cidade ou
aldeia da Galiléia, a uma virgem chamada Maria, que ali morava, desposada com
um carpinteiro de nome José, Lucas 1.26,27, reconhecido como descendente de
Davi. Não se diz que a virgem também o fosse; muitos acreditam que também pertencia
à mesma linhagem, porque, diz o anjo, que o filho que ia nascer dela receberia
o “trono de seu pai Davi”, e que “foi feito da linhagem de Davi, segundo a
carne”, Romanos 1.3; 2Timoteo 2.8 cp. Atos 2.30. Além disso, a opinião de
muitos doutores é que a genealogia de Cristo, como a dá em Lucas, Lucas
3.23-38, é pelo lado materno, vindo de Eli, que se supõe ser o pai dela. Como
quer que seja, o anjo Gabriel saudou a Maria, dizendo: “Salve! Agraciada; o
Senhor é contigo”, anunciando-lhe que
ela teria um filho a quem deveria chamar Jesus. “Este sra grande, será chamado
Filho do Altíssimo; Deus o Senhor lhe dará o trono de Davi, seu pai, ele
reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim”, Lucas
1.32,33. Quando Maria perguntou como se faria isso, visto não conhecer varão, o
anjo lhe respondeu: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo
te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer
será chamado Filho de Deus”, Lucas 1.35. Estas declarações revelaram a Maria
que ela foi escolhida para ser a mãe do Messias. Com humildade, aceitou a honra
que Deus misteriosamente lhe concedia. Para seu conforto o anjo Gabriel a
informou de que a sua parenta Isabel ia também ser mãe, pelo que Maria se apressou
a caminhar para as montanhas a uma cidade de Judá, onde moravam Zacarias e sua
mulher Isabel. À sua entrada Isabel cientificou-se da honra que ia receber e
por uma inspiração de momento proferiu o cântico de louvor. Por sua vez, Maria
entoou o hino de graças denominado “A Magnífica”, Lucas 1.46-55. Isto nos dá a
entender a profunda piedade e a solene alegria com que estas santas mulheres
contemplaram o poder e a graça de Deus que por seu intermédio ia realizar as
antigas promessas feitas a Israel, e trazer a salvação ao mundo. Maria
permaneceu em casa de Isabel até pouco antes do nascimento de João Batista, e
voltou para Nazaré. Revelada que foi a origem de sua concepção, a José por meio
de um sonho, quando ele pensava em deixá-la secretamente, Mateus 1.18-21. Deus
ordenou-lhe que a recebesse por mulher, e que ela teria um filho que se
chamaria Jesus, porque ele salvaria seu povo dos pecados deles, Mateus 1.24,25,
em virtude do que havia dito o Senhor pelo profeta Isaías que ele nasceria da
uma Virgem; José obedeceu reverentemente; recebeu-a por mulher, e não a
conheceu enquanto não deu à luz ao seu primogênito, e lhe pôs por nome Jesus,
Mateus 1.24,25. Pelo casamento, a Virgem ficou abrigada de más suspeitas e o
filho que lhe nasceu foi tido como filho de José, segundo a lei, e como tal
herdeiro de Davi. O nascimento deu-se em Belém. Um decreto de César Augusto
ordenou que todo o mundo se alistasse, em virtude do qual, José teve de ir à
cidade de Davi, como seu descendente, acompanhado de sua esposa Maria. Não
encontrando lugar na hospedaria foram obrigados a abrigar-se em uma estrebaria.
Ali nasceu Jesus; sua mãe o enfaixou e o deitou em uma manjedoura, Lucas 2.7.
Com reverente e confiante assombro, Maria ouviu a narração dos pastores,
relatando a visão dos anjos e o cântico que tinham ouvido, anunciando paz ao
mundo pelo nascimento do Salvador. Portanto ela ainda não sabia que seu filho
era Deus que se fez carne; apenas sabia que ele ia ser o Messias, e com
verdadeira piedade esperava que Deus lhe desse luz sobre a missão de seu filho.
No quadragésimo dia depois de nascido o menino, José e Maria o levaram a
Jerusalém para o apresentarem diante do Senhor e oferecerem no templo o que a
lei ordenava às mães, Levitico 11.2,6,8. Os animais oferecidos deviam ser um
par de rolas, ou dois pombinhos, indicando as humildes condições da família. Ao
apresentarem o menino no templo, encontraram o velho Simeão que se regozijou
pelo nascimento do Messias, porém profetizou a sua mãe que ela teria grandes
dores e tristezas pelo que a ele havia de acontecer, Lucas 2.35. Parece que,
depois disto, José e Maria voltaram para Belém, Mateus 2.11. Ali foram ter os
magos do oriente que vieram adorar a Jesus, Mateus 2.1-11. Em seguida o casal
fugiu para o Egito levando o menino, regressando mais tarde para Nazaré em
obediência a instruções divinas. Ali deveria ele dedicar-se à educação do filho
da promessa que lhe havia sido confiado, e cujo futuro era objeto de constante
cuidado.
Um dos traços do caráter de
Maria desenha-se quando o menino tinha doze anos. Piedosamente em companhia de
seu esposo, ia anualmente a Jerusalém por ocasião da festa da páscoa, Lucas
2.41, se bem que as mulheres não estavam sujeitas a esta obrigação, Êxodo
23.17. Com igual piedade, José e Maria levaram consigo o menino, logo que ele
atingiu a idade, quando era costume que as crianças deveriam comparecer ao
templo. A sua demora na casa de Deus e as suas palavras na discussão com os
doutores, foi motivo de causar maior espanto a seus pais. “E sua mãe conservava
todas estas palavras no seu coração”, Lucas 2.51. Maria ainda não havia
compreendido toda a grandeza real de seu filho, nem de que modo realizaria a
sua missão. Com reverência e cheia de confiança ia cumprindo o seu dever,
educando o menino para o serviço de Deus, o que ela realmente fez enquanto ele
esteve debaixo de sua autoridade. Se os “Irmãos do Senhor” eram, como é
provável, filhos de José e de Maria, nascidos depois que Jesus apareceu, Maria
deveria ter sido mãe de grande família. O evangelho também fala das irmãs de
Jesus, Marcos 6.3. Nada mais se diz a respeito te Maria até ao princípio do
ministério público de Jesus. Aparece então nas bodas de Caná de Galiléia, João
2.1-10. Evidentemente regozijou-se em
ver que seu filho assumia as funções do oficio messiânico, e, sem reservas,
creu nele. Imprudentemente, porém, ela pretendeu dirigir os seus atos, o que
provocou da parte dele uma repreensão respeitosa. Maria devia compreender que,
na sua obra, ela participava apenas como sua companheira. Na qualidade de
filho, prestava-lhe reverência, porém na qualidade de Messias e Salvador ele só
a poderia ter como discípula, precisando igualmente, com os demais, a salvação
que ele veio trazer ao mundo. Verdade semelhante se repete em outra ocasião
quando ela aparece, Mateus 12.46-50; Marcos 3.31-35; Lucas 8.19-21. No grande
dia das parábolas, estando ele ensinando o povo, Maria e os irmãos de Jesus
desejavam vê-lo, talvez com o intuito de afastá-lo dos perigos que a oposição
lhe criava. Respondendo, fez notar que as relações espirituais entre ele e seus
discípulos eram mais importantes do que os laços de família. “Todo aquele que
fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, e irmã e mãe”,
Mateus 12.50. Enquanto Cristo prosseguia em seu ministério, sua mãe e seus
irmãos, parece que continuavam a morar em Nazaré. No ato da crucifixão, aparece
Maria com outras mulheres, perto da cruz. Ao contrário dos irmãos de Jesus,
João 7.5, ela sempre creu na missão salvadora de seu filho, e por isso não é de
estranhar que o acompanhasse ate a última e fatal jornada a Jerusalém. Dominada
pelo amor de mãe, e pelos afetos de um discípulo, contemplou-o pregado à cruz e
nesta hora de suprema angústia, ele dirigiu-lhe a palavra entregando-a aos
cuidados do amado discípulo João, que desde essa hora a levou para sua casa,
João 19.25-27. Depois da assunção de Jesus, ela se encontra, na companhia dos
apóstolos no quarto alto de Jerusalém, Atos 1.14, e nada mais nos diz a
Escritura a seu respeito. Não se sabe, quando e de que modo morreu. O seu
túmulo vê-se no vale de Cedrom, mas não se pode crer na sua legitimidade, por
falta de bons testemunhos. Há muitas lendas a respeito de Maria, nenhuma,
porém, digna de fé. A Escritura apresenta-a como simples modelo de fé e de
piedade.
O MINISTÉRIO DOS APÓSTOLOS
A história bíblica termina
no livro de Atos, que descreve o ministério da igreja primitiva. Em Atos vemos
como a mensagem concernente a Jesus - a mensagem da redenção - propagou-se de
Jerusalém até Roma, centro do mundo Ocidental.
O livro de Atos mostra a expansão da igreja
a) Em Jerusalém;
b) De Jerusalém para a
Judéia, Samaria e região.
c) De Antioquia até Roma.
a) A Igreja em Jerusalém -
As primeiras experiências dos discípulos de Jesus em Jerusalém revelam muita
coisa acerca da igreja primitiva. O livro de Atos mostra com que zelo esses
cristãos divulgaram as notícias a respeito de Jesus.
O livro inicia-se numa
colina próxima a Jerusalém, onde Jesus estava prestes a ascender ao céu. Ele
disse aos discípulos: "...ao descer sobre vós o ES, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra" (At 1.8). Esse era o plano de Jesus para evangelizar o
mundo. Poucos dias mais tarde os discípulos substituíram Judas, que se havia
matado depois de trair a Jesus. Escolheram a Matias para completar o grupo dos
doze. Então o Cristo ressurreto deu à igreja seu ES, que capacitou os cristãos
a cumprirem a tarefa de âmbito mundial (At 1.8).
Pedro falou à igreja no dia
de Pentecoste, revelando a importância de Cristo como Senhor da salvação (At
2.14-40). O ES revestiu a igreja de poder para operar sinais e maravilhas que
confirmavam a veracidade dessa mensagem (At 2.43). Especialmente significativa
foi a cura de um mendigo operado pelos apóstolos à porta do templo ( At
3.1-10), o que colocou os apóstolos em conflito com as autoridades judaicas. A
igreja mantinha estreita comunhão entre seus membros. Compartilhavam as
refeições em seus lares; também adoravam juntos e repartiam os seus bens (At
2.44-46; 4.32-34). À medida que a igreja continuava a crescer, as autoridades
governamentais começara a perseguir abertamente os cristãos. Pedro e alguns dos
apóstolos foram presos, mas um anjo os libertou; convocados perante as
autoridades, estas lhes deram ordens de parar com a pregação a respeito de
Jesus (At 5.17-29). Os cristãos, porém, recusaram-se a obedecer; continuaram
pregando, muito embora as autoridades religiosas os espancassem e os laçassem
na prisão diversas vezes. A igreja crescia com tanta rapidez que os apóstolos
precisaram de auxílio em algumas questões práticas de administração
eclesiástica, principalmente no atendimento às viúvas. Para a execução desta
tarefa ordenaram sete diáconos.
b) De Jerusalém para toda a
Judéia - A segunda fase do crescimento da igreja começou com uma violenta
perseguição dos cristãos em Jerusalém. Quase todos os crentes fugiram da cidade
(At 8.1). Por onde quer que fossem, os cristãos davam testemunho, e o ES usava
esse testemunho a fim de conquistar outras pessoas para Cristo (At 8.3...). Por
exemplo, um dos sete auxiliares, chamado Filipe, conversou com um diplomata
etíope; esse homem tornou-se cristão e levou as boas novas para sua pátria ( At
8.26-39). A esta altura a Bíblia descreve a conversão de Saulo de Tarso. Antes
de converter-se, Saulo perseguia a Igreja. Ele obteve cartas das autoridades
judaicas em Jerusalém que o autorizava a ir a Damasco efetuar a prisão dos
cristãos ali e matá-los. No caminho, Cristo derrubou-o por terra e o desafiou.
Saulo rendeu-se e assim começou uma nova vida na qual ele devia usar seu nome
romano, Paulo em lugar de Saulo, o nome judaico. Paulo cheio do ES começou a
pregar a respeito de Jesus na sinagoga judaica, e os dirigentes judeus o
expulsaram de Damasco. Algum tempo depois (Gl 1.17-2.2), ele foi pra Jerusalém,
onde estabeleceu uma relação com os apóstolos. Devemos notar também que o
ministério de Pedro, que foi especialmente marcado por milagres. Em Lida ele
curou um homem chamado Enéias (At 9.32-35). Em Jope, Deus o usou para ressuscitar
Dorcas (At 9.36-42). Por fim, recebeu de Deus uma visão que o convocava para
Cesaréia, onde apresentou o evangelho aos gentios (At 10.9-48). Ele foi o líder
máximo dos apóstolos e seu ministério reanimou o entusiasmo da igreja
primitiva. Apóstolo era uma pessoa a quem Cristo havia escolhido para um
treinamento especial no ministério ( Gl 1.12). Os apóstolos lançaram o alicerce
da igreja mediante a pregação do evangelho de Cristo (Ef 2.20; 1Co 3.10-11; Jd
3-21). Deus usou Pedro para abrir a porta da salvação aos gentios. Neste ponto a narrativa bíblica volta-se
brevemente para a expansão do evangelho entre os gentios em Antioquia (At
11.19-30). É quando lemos acerca do martírio de Tiago em Jerusalém, e de como
Pedro foi miraculosamente liberto da prisão. (At 12.1-19)
c) De Antioquia até Roma - O
restante do livro de Atos descreve a expansão da igreja por intermédio do
Apóstolo Paulo. Barnabé levou Paulo para Antioquia (At 11.19-26). Aí o ES
chamou a Barnabé e a Paulo para serem missionários, e a igreja os ordenou para
essa tarefa (At 13.1-3). Eles começavam pregando numa sinagoga judaica. Por
conseguinte, a igreja primitiva constituía-se, antes de tudo, de convertidos
dentre os judeus e de pessoas "tementes a Deus" (gentios que adoravam
com os judeus). Na primeira viagem houve um dramático confronto com o diabo
quando Deus usou a Paulo para derrotar o mágico (feiticeiro) Elimas (At
13.6-12). O jovem João Marcos acompanhava a Paulo e a Barnabé, mas, de Perge,
resolveu voltar a Jerusalém, fato que deve ter causado grande desapontamento a
Paulo (At 15.38). No sermão que Paulo proferiu na sinagoga em Antioquia da
Pisídia (At 13.16-41) ele faz um resumo da história da redenção, acentuando seu
cumprimento em Jesus. Ele declarou: crer
em Cristo é o único meio de libertar-se do pecado e da morte (At 13.38,39). Em
listra, judeus hostis instigaram as multidões de sorte que Paulo foi apedrejado
e dado por morto (At 14.8-19). A viagem terminou com Paulo e Barnabé voltando a
Antioquia, onde relataram tudo quanto Deus havia feito por intermédio deles, e
como a fé se espalhara entre os gentios (At 14.26-28). Mais tarde, surgiu na
igreja uma séria desinteligência. Alguns cristãos argumentavam que os gentios
convertidos tinha de observar as leis do AT, de modo especial a da circuncisão.
O problema foi levado perante o concílio da igreja de Antioquia e de Jerusalém.
Deus dirigiu esse concílio (reunido em Jerusalém) para declarar que os gentios
não tinham de guarda a Lei a fim de serem salvos. Mas instruíram aos novos conversos
a que se abstivessem de comer coisas sacrificadas aos ídolos, sangue e animais
sufocados (At 15.1-29), para não escandalizarem os judeus. O concílio enviou
uma carta a Antioquia; a igreja leu-a e a aceitou com sendo a vontade de Deus.
Não demorou muito, Paulo
resolveu visitar todas as igrejas que ele e Barnabé haviam estabelecido na
primeira viagem missionária. E assim teve início a segunda viagem missionária
(At 15.40-41), desta vez em companhia de Silas. Observe-se, especialmente, a
visão que Deus deu a Paulo em Trôade, convocando-os para a Macedônia (At
16.9-10). Na Macedônia eles conduziram à fé pessoas "tementes a Deus"
(gentios que criam em Deus) e também judeus. Um dia os missionários
defrontaram-se com uma jovem escrava possuída do demônio. Seus donos auferiam
lucro da capacidade que tinha a jovem de adivinhar. Paulo expulsou os demônios
da jovem. e ela perdeu seus poderes, por isso seus senhores prenderam-nos (At
16.19-24). Na prisão, Paulo e Silas pregaram ao carcereiro. Foram libertados de
manhã e se dirigiram para Tessalônica, onde muitos se converteram sob seu
ministério. A seguir foram para Beréia, onde também alcançaram grande êxito (At
17.10-12). Em Atenas, Paulo pregou um grande sermão aos filósofos na colina de
Marte. A próxima parada foi Corinto, onde Paulo e seus amigos permaneceram por
um ano e meio. Daqui voltaram para Antioquia, passando por Jerusalém (At
18.18-22). Todo esse tempo, Paulo e seus companheiros continuaram a pregar nas
sinagogas, e enfrentaram a oposição de alguns judeus que rejeitaram o evangelho
(At 18.12-17). A terceira viagem missionária abrangeu muitas das mesmas cidades
que Paulo havia visitado na segunda. Ele fez, também, uma rápida visita às
igreja da Galácia e da Frígia (At 18.23).
Em Efeso ele batizou doze dos
discípulos de João Batista que haviam aceitado a Cristo, os quais receberam o
ES (At 19.1-7). Durante quase dois anos ele pregou na escola de Tirano (At
19.9-10). De Éfeso, ele foi para a Macedônia e, finalmente, voltou a Filipos.
Depois de uma breve estada nesta cidade, ele viajou para Trôade, onde um jovem
chamado Êutico pegou no sono durante o sermão de Paulo e caiu de uma janela do
terceiro andar, sendo dado por morto. Deus operou por meio de Paulo para trazer
Êutico de volta à vida (At 20.7-12). Dali os missionários foram para Cesaréia,
passando por Mileto. Em Cesaréia o profeta Ágabo predisse o perigo que
aguardava a Paulo em Jerusalém; ali ele enfrentou dificuldades e prisão. A
Bíblia registra um discurso que ele fez ali em defesa de sua fé (At 22.1-21).
Finalmente, as autoridades religiosas conseguiram enviá-lo para Roma a fim de
ser julgado. A caminho, o navio que o transportava naufragou na ilha de Malta.
Aqui foi picado por uma cobra venenosa,
mas não sofreu dano algum (At 28.7-8). Depois de passar três meses em Malta,
ele e seus guardas navegaram para Roma.
O Livro de Atos encerra com
as atividades de Paulo em Roma. Lemos que ele pregou aos principais judeus (At
28.17-20). Durante dois anos morou numa casa alugada, continuando a pregar às
pessoas que o visitavam (At 28.30-31). Encerra-se
a história da redenção registrada na Bíblia. O Evangelho tinha sido eficazmente
plantado em solo gentio, e a maioria das Epístolas havia sido escritas. A
igreja estava no processo de separar-se da sinagoga judaica e tornar-se um
organização distinta.
O MINISTÉRIO DO APOSTOLO PAULO
Paulo começou, na sinagoga
de Damasco, a dar testemunho de sua fé recém-encontrada. O tema de sua mensagem
concernente a Jesus era: “Este é o Filho de Deus” (At 9:20). Mas Paulo tinha de
aprender amargas lições antes que pudesse apresentar-se como líder cristão
confiável e eficiente. Descobriu que as pessoas não se esquecem com facilidade;
os erros do homem podem persegui-lo por um longo tempo, mesmo depois que ele os
tenha abandonado. Muitos dos discípulos suspeitavam de Paulo, e seus
ex-companheiros de perseguições o odiavam. Ele pregou por breve tempo em
Damasco, foi-se para a Arábia e depois voltou para Damasco. A segunda tentativa
de Paulo de pregar em Damasco igualmente não teve bom resultado. Um ano ou dois
haviam decorrido desde a sua conversão, mas os judeus se lembravam de como ele
havia desertado de sua primeira missão em Damasco. O ódio contra ele
inflamou-se de novo e “deliberaram entre si tirar-lhe a vida” (At 9:23). A
dramática história da fuga de Paulo por sobre a muralha, num cesto, tem prendido
a imaginação de muitos. Os dias de preparação de Paulo não estavam terminados.
O relato que ele faz aos gálatas continua, dizendo: “Decorridos três anos,
então subi a Jerusalém. . .“ (Gl 1:18). Ali ele encontrou a mesma hostil
recepção que teve em Damasco. Uma vez mais foi obrigado a fugir. Paulo
desapareceu por alguns anos. Esses anos que ele passou escondido deram-lhe
convicções amadurecidas e estatura espiritual de que ele necessitaria em seu
ministério.
Em Antioquia, os gentios
estavam sendo convertidos a Cristo. A Igreja em Jerusalém teve de decidir como
cuidar desses novos crentes. Foi então que Barnabé se lembrou de Paulo e se
dirigiu a Tarso à sua procura (At 11:25). Barnabé já tinha sido instrumento na
apresentação de Paulo em Jerusalém, num esforço por afastar suspeita contra
ele. A esses dois homens foi confiada a tarefa de levar socorro à Judéia onde
os seguidores de Jesus estavam passando fome. Quando Barnabé e Paulo voltaram a
Antioquia, missão cumprida, trouxeram consigo o jovem João, apelidado Marcos,
sobrinho de Barnabé (At 12:25).
AS VIAGENS MISSIONÁRIAS
A jovem e florescente igreja
de Antioquia resolve enviar a Barnabé e a Paulo como missionários. O primeiro
porto de escala na primeira viagem missionária foi Salamina, na ilha de Chipre,
terra natal de Barnabé. Este fato, juntamente com a freqüente apresentação que
a Bíblia faz desses missionários como “Barnabé e Saulo” indica que Paulo
desempenhava papel secundário. Esta era a viagem de Barnabé; Paulo exercia o
segundo posto de comando, e os dois tinham “João [Marcos] como auxiliar” (At
13:5). O êxito de seus esforços missionários nessa ilha incentivaram Paulo e
seus parceiros a avançar para território mais difícil. Fizeram uma viagem mais
longa por mar, desta vez até Perge, já em terras continentais da Ásia Menor.
Dali Paulo pretendia viajar pelo interior numa missão perigosa até à Antioquia
da Pisídia. Mas, exatamente neste ponto, aconteceu algo que causou muita dor de
cabeça aos três. O ajudante, João Marcos, “apartando-se deles, voltou para
Jerusalém” (At 13:13), onde morava. A Bíblia não nos diz por quê, embora seja
natural conjeturar que lhe faltaram coragem e confiança. A súbita mudança dos
planos de Marcos causaria, mais tarde, conflito entre Paulo e Barnabé. Em
Antioquia, Paulo tomou-se o porta-voz e criou-se um padrão conhecido de todos.
Alguns criam em sua mensagem e se regozijavam; outros a rejeitavam e provocavam
oposição. Aconteceu pela primeira vez em Antioquia, depois em Icônio. Em Listra
ele foi apedrejado e dado por morto (At 14:19), mas sobreviveu e pôde prosseguir
até à cidade de Derbe. A visita de Paulo e Barnabé a Derbe completou a sua
primeira viagem. Logo Paulo resolveu percorrer de novo a difícil rota sobre a
qual ele tinha vindo, a fim de fortalecer, encorajar e organizar os grupos
cristãos que ele e Barnabé haviam estabelecido. Nisto discernimos o plano de
Paulo de estabelecer congregações nas principais cidades do Império. Ele não
deixava seus convertidos desorganizados e sem liderança capaz, mas, pelo mesmo
motivo, não permanecia muito tempo num só lugar.
Os judeus muitas vezes
faziam convertidos entre os gentios, mas estes eram mantidos numa posição de
“segunda classe”. A não ser que estivessem preparados para submeter-se à
circuncisão e aceitar a interpretação da Lei segundo os fariseus, eles
permaneciam à margem da congregação judaica. Mesmo que chegassem a esse ponto,
o fato de não terem nascido judeus ainda os barrava de usufruir completa
comunhão. Assim, qual seria a relação dos convertidos gentios com a comunidade
cristã? Paulo e Barnabé viajaram a Jerusalém a fim de conferenciar com os
dirigentes ali a respeito desse problema fundamental. Em Jerusalém, Paulo expôs
as suas convicções e saiu vencedor. A descrição da controvérsia que o próprio
Paulo apresenta aos gálatas declara que lhe estenderam “a destra de comunhão” e
igualmente a Barnabé. Os dirigentes da igreja concordaram em que “nós fôssemos
para os gentios” (Gl 2:9). Após a conferência de Jerusalém, Paulo e Barnabé
“demoraram-se em Antioquia, ensinando e pregando,.. . a palavra do Senhor”
(Atos 15:35). Aqui, dois incidentes causaram severas tensões às relações de
trabalho de Paulo com Pedro e Barnabé. O primeiro desses incidentes surgiu dos
mesmos problemas que provocaram a conferência de Jerusalém. A conferência havia
liberado os gentios do regulamento judaico da circuncisão. Contudo, não havia
decidido se os cristãos de origem judaica poderiam comer com os convertidos
gentios. Pedro tomou posição ao lado de Paulo nessa praxe, o que envolvia
relaxar os regulamentos dos judeus com vistas a alimentos. Na realidade, Pedro
deu o exemplo comendo com gentios. Mais tarde, porém, ele “afastou-se e, por
fim, veio a apartar-se” (Gl 2:12), e Barnabé se deixou levar “pela dissimulação
deles” (v. 13).
Paulo, considerando esses
atos como nova ameaça à sua missão entre os gentios, recorreu a uma medida
drástica. “Resisti-lhe [a Pedro] face a face, porque se tornara repreensível”
(Gálatas 2:11). Ele fez isso “na presença de todos” (v. 14). Em outras
palavras, ele recorreu à censura pública. Esse incidente ajuda-nos a entender o
segundo, que Lucas registra em Atos 15:36-40. Barnabé desejava que o jovem
Marcos os acompanhasse na segunda viagem missionária; Paulo opôs-se à ideia. E
a narrativa diz que “houve entre eles tal desavença que vieram a separar-se”
(v. 39). Não sabemos se Paulo e Barnabé voltaram a encontrar-se. Eles
concordaram em discordar” e empreenderam viagens, cada um para seu lado. Sem
dúvida o evangelho foi desse modo promovido mais do que se tivessem permanecido
juntos. Então “Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu. . . E passou pela Síria
e Cilícia, confirmando as igrejas” (Atos 15:40, 41). Depois de nova visita a
Derbe, o último ponto visitado na primeira viagem, Paulo e seu grupo
prosseguiram até Listra para ver seus convertidos nesta cidade. Aqui Paulo
encontrou um jovem cristão chamado Timóteo (Atos 16:1), e viu nele um substituto
potencial para Marcos. O que aconteceu aqui redimiu Paulo de qualquer acusação
de não se mostrar disposto a depositar confiança em homens mais moços do que
ele. Em 1 Tm 1:2 dirigiu-se ao jovem Timóteo “verdadeiro filho”, e na segunda
epístola fala dele como “amado filho” (2 Tm 1:2). Na segunda epístola lemos
também: “pela recordação que guardo da tua fé, a mesma que primeiramente habitou
em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também em ti” (2 Tm
1:5). Esta referência pode significar que a família de Timóteo fora ganha para
Cristo por Paulo e Barnabé na sua primeira viagem. Por certo, quando Paulo
voltou, ele quis que Timóteo “fosse em sua companhia” (At 16:3). Este mesmo
versículo acrescenta que Paulo “circuncidou-o por causa dos judeus”. Era esta
atitude coerente com o julgamento anterior de Paulo sobre Pedro? Ou se devia ao
fato de ter ele aprendido a não criar problemas desnecessários? De qualquer
modo, uma vez que Timóteo era meio-judeu, esta decisão evitaria problemas
muitas vezes. Paulo sabia como lutar por um principio e como ceder por
conveniência quando não estava em jogo nenhum princípio. Paulo sustentava que a
circuncisão não era necessária à salvação (cf. Gálatas), mas estava pronto para
circuncidar um judeu cristão como uma questão de conveniência. Quando o grupo de evangelistas (dirigido de
algum modo não especificado pelo Espírito Santo — At 16:6-8) chegou a Trôade e
se pôs a contemplar o outro lado da estreita península, deve ter ponderado
sobre a perspectiva de avançar sua campanha ao continente europeu. A decisão
foi tomada quando “à noite, sobreveio a Paulo uma visão, na qual um varão
macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos”
(At 16:9). A resposta de Paulo foi imediata.
O grupo navegou para a Europa. Muitos escritores têm sugerido que esse
“varão macedônio” pode ter sido o médico Lucas. De qualquer maneira, parece que
neste ponto ele entrou no drama de viagem, porque agora ele começa a referir-se
aos missionários como “nós”. A viagem continuou ao longo da grande estrada
romana que corre para o Ocidente através das principais cidades da Macedônia —
desde Filipos até Tessalônica, e de Tessalônica a Beréia. Durante três semanas,
Paulo falou na sinagoga de Tessalônica; depois foi para Atenas, centro da
erudição grega, e cidade onde dominava a idolatria (At 17:16). Incansável, ele
partiu para Corinto.
Sua primeira e grande missão no mundo gentio
estendeu-se por quase três anos. Depois ele voltou a Antioquia. Após uma curta
permanência em Antioquia, Paulo partiu em sua terceira viagem missionária no
ano 52 d.C. Desta vez suas primeiras paradas foram na Galácia e na Frígia.
Depois de visitar as igrejas em Derbe, Listra, Icônio e Antioquia, ele resolveu
fazer algum trabalho missionário intensivo em Éfeso, a capital da província
romana da Ásia. Estrategicamente localizada para comércio, era superada somente
por Roma, Alexandria e Antioquia em tamanho e importância. Como resultado dos
trabalhos de Paulo ali, ela tornou-se a terceira mais importante cidade na
história do Cristianismo primitivo — Jerusalém, Antioquia, depois Éfeso. Paulo
chegou a Éfeso para empreender o que provou ser as mais extensas e exitosas de
suas atividades missionárias em qualquer localidade. Mas esses anos lhe foram
estrênuos. Visto que ele sustentava a si próprio trabalhando em sua profissão,
seus dias eram longos. Seguindo o costume dos trabalhadores de um clima tão
quente, ele levantava-se antes de raiar o dia e começava a trabalhar. As horas
da tarde ele as empregava no ensino e pregação, e é provável que também as
horas vespertinas. Isto ele fez “diariamente” durante “dois anos”. Em sua
própria descrição desses trabalhos, Paulo acrescenta que ele não só ensinava em
público, mas “também de casa em casa” (At 20:20). Teve êxito — muito bom êxito.
Somos informados de “milagres extraordinários” (At 19:11) ocorridos durante
esses dias agitados em Éfeso. A nova fé causou tal impacto sobre a cidade que
“muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os
queimaram diante de todos” (At 19:19). Isso suscitou o ódio dos adoradores
pagãos, temerosos de que os cristãos solapassem a influência de sua religião. Depois
de três invernos em Éfeso, Paulo passou o seguinte em Corinto, em concordância
com a promessa e a esperança expressas em 1 Co 16:5-7. Ali Paulo fez outros
preparativos para uma visita a Roma. Escreveu uma carta, dizendo aos cristãos
de Roma: “Muito desejo ver-vos, . . . muitas vezes me propus ir ter convosco”
(Rm 1:11, 13), e “penso em fazê-lo quando em viagem para a Espanha” (Rm 15:24).
Paulo ignorou as advertências sobre os perigos que o ameaçavam se ele
aparecesse de novo em Jerusalém. Ele achava que era decisivo voltar em pessoa,
como portador da oferta das congregações gentias. Ele estava “pronto não só
para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus”
(At 21:13). De modo que Paulo foi de novo a Jerusalém, e Lucas escreve que “os
irmãos nos receberam com alegria” (At 21:17). Mas espreitando nas sombras
estava uma comissão de recepção com intenções diferentes.
PAULO PRESO E JULGADO
Os cristãos de Jerusalém
ficaram felizes ao ouvir o relatório de Paulo sobre a divulgação da fé cristã.
Contudo, alguns cristãos judeus duvidaram da sinceridade de Paulo. Para mostrar
seu respeito pela tradição judaica, Paulo juntou-se a quatro homens que
cumpriam um voto de nazireu no templo. Alguns judeus da Ásia agarraram Paulo e
falsamente o acusaram de introduzir gentios no templo (At 21:27-29). O tribuno
da guarnição romana levou Paulo em custódia para impedir um levante. Ao saber
que Paulo era cidadão romano, o tribuno retirou-lhe as cadeias e pediu aos
judeus que convocassem o Sinédrio para interrogá-lo. Paulo percebeu que a
multidão enfurecida poderia matá-lo. Assim, ele disse ao Sinédrio que fora
preso por ser fariseu e crer na ressurreição dos mortos. Esta afirmação dividiu
o Sinédrio em suas facções de fariseus e saduceus, e o comandante romano teve
de salvar Paulo de novo. Ouvindo dizer que os judeus tramavam uma emboscada
contra Paulo, o comandante enviou-o de noite a Cesaréia, onde ficou guardado no
palácio de Herodes. Paulo passou dois anos presos aí.
Quando os acusadores de
Paulo chegaram, acusaram-no de haver tentado profanar o templo e de ter criado
uma revolta civil em Jerusalém (At 24:1-9). Félix, procurador romano, exigiu
mais provas do tribuno em Jerusalém. Mas antes que estas chegassem, Félix foi substituído
por um novo procurador, Pórcio Festo. Este novo oficial pediu aos acusadores de
Paulo que viessem de novo a Cesaréia. Ao chegarem, Paulo fez valer os seus
direitos como cidadão romano de apresentar seu caso perante César. Enquanto
aguardava o navio para Roma, Paulo teve oportunidáde de defender a sua causa
perante o rei Agripa II que visitava Festo. O capítulo 26 de Atos registra o
discurso de Paulo no qual ele contou de novo os eventos de sua vida até aquele
ponto. Festo entregou Paulo aos cuidados de um centurião chamado Júlio, que
estava levando um navio carregado de prisioneiros para a cidade imperial. Após
uma viagem acidentada, o navio naufragou na ilha de Malta. Três meses depois,
Paulo e os demais prisioneiros tomaram outro navio para Roma. Os cristãos de
Roma viajaram quase cinqüenta quilômetros para dar as boas-vindas a Paulo (At
28:15). Em Roma Paulo foi posto sob prisão domiciliar, e em At 28:30 lemos que
ele alugou uma casa por dois anos enquanto aguardava que César ouvisse o seu
caso. O Novo Testamento não nos fala da morte de Paulo. Muitos estudiosos
modernos crêem que César libertou o apóstolo, e que ele empenhou-se em mais
trabalho missionário antes de ser preso pela segunda vez e executado. Dois
livros escritos antes do ano 200 d.C. — a Primeira Epístola de Clemente e os
Atos de Paulo — asseveram que isso aconteceu. Indicam que Paulo foi decapitado
em Roma perto do fim do reinado do imperador Nero (c. 67 d.C.).
A PERSONALIDADE DO APOSTOLO
As epístolas de Paulo são o
espelho de sua alma. Revelam seus motivos íntimos, suas mais profundas paixões,
suas convicções fundamentais. Sem a sobrevivência das cartas de Paulo, ele
seria para nós uma figura vaga, confusa. Paulo estava mais interessado nas
pessoas e no que lhes acontecia do que em formalidades literárias. A medida que
lemos os escritos de Paulo, notamos que suas palavras podem vir aos borbotões,
como no primeiro capítulo da carta aos Gálatas. As vezes ele irrompe
abruptamente para mergulhar numa nova linha de pensamento. Nalguns pontos ele
toma um longo fôlego e dita uma sentença quase sem fim. Temos em 2 Co 10:10 uma
pista de como as epístolas de Paulo eram recebidas e consideradas. Mesmo seus
inimigos e críticos reconheciam o impacto do que ele tinha para dizer, pois
sabemos que comentavam: “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes.. (2
Co 10:10). Líderes fortes, como Paulo, tendem a atrair ou repelir os que eles
buscam influenciar. Paulo tinha tanto seguidores devotados quanto inimigos
figadais. Como conseqüência, seus contemporâneos mantinham opiniões
variadíssimas a seu respeito. Os mais antigos escritos de Paulo antedata a
maioria dos quatro Evangelhos. Refletem-no como um homem de coragem (2 Co 2:3),
de integridade e elevados motivos (vv. 4-5), de humildade (v. 6), e de benignidade
(v. 7). Paulo sabia diferençar entre sua própria opinião e o “mandamento do
Senhor” (1 Co 7:25). Era humilde bastante para dizer “segundo minha opinião”
sobre alguns assuntos (1 Co 7:40). Ele estava bem cônscio da urgência de sua
comissão (1 Co 9:16-17), e do fato de não estar fora do perigo de ser
“desqualificado” por sucumbir à tentação (1Co 9.27). Ele se recorda com pesar
de que outrora perseguia a Igreja de Deus (1Co 15.9).
No capítulo 16 da carta aos
Romanos, Paulo demostra sua atitude generosa para com os seus colaboradores. Ele era um
homem que amava e prezava as pessoas e tinha em alto apreço a comunhão dos
crentes. Na carta aos Colossenses vemos quão afetivo e amistoso Paulo poderia
ser, mesmo com cristãos com os quais ainda não se havia encontrado. “Gostaria,
pois, que saibais, quão grande luta venho mantendo por vós. . . e por quantos
não me viram face a face”, escreve ele (Cl 2:1). Na carta aos Colossenses lemos
também a respeito de um homem chamado Onésimo, escravo fugitivo (Cl 4:9; Fm
10), que evidentemente havia acrescentado ao furto o crime de abandonar o seu
dono, Filemom. Agora Paulo o havia conquistado para a fé cristã e o persuadira
de voltar ao seu senhor. Mas conhecendo a severidade do castigo imposto aos
escravos fugitivos, o apóstolo desejava convencer a Filemom a tratar Onésimo
como irmão. Aqui vemos Paulo, o reconciliador. E tudo isso ele fez a favor de
um homem que estava no degrau mais baixo da escada da sociedade romana.
Contraste essa atitude com o comportamento do jovem Saulo guardando as vestes
dos apedrejadores de Estevão. Observe quão profundamente Paulo havia mudado em
sua atitude para com as pessoas. Nesses escritos vemos Paulo como amigo
generoso, afetivo, um homem de grande fé e coragem — mesmo em face de circunstâncias
extremas. Ele estava totalmente comprometido com Cristo, quer na vida, quer na
morte. Seu testemunho é profundamente firmado nas realidades espirituais:
“Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em todas as
circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura, como de fome; assim de
abundância, como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Fp
4:12-13).
A VIDA DO APÓSTOLO PAULO
“Ele era um homem de pequena
estatura”, afirmam os Atos de Paulo, escrito apócrifo do segundo século,
“parcialmente calvo, pernas arqueadas, de compleição robusta, olhos próximos um
do outro, e nariz um tanto curvo.” Se esta descrição merecer crédito, ela fala
um bocado mais a respeito desse homem natural de Tarso, que viveu quase sete
décadas cheias de acontecimentos após o nascimento de Jesus. Ela se encaixaria
no registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto. “As
cartas, com efeito, dizem, são graves e
fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível” (2 Co
10:10). Sua verdadeira aparência teremos de deixar por conta dos artistas, pois
não sabemos ao certo. Matérias mais importantes, porém, demandam atenção — o
que ele sentia, o que ele ensinava, o que ele fazia. Sabemos o que esse homem
de Tarso chegou a crer acerca da pessoa e obra de Cristo, e de outros assuntos
cruciais para a fé cristã. As cartas procedentes de sua pena, preservadas no
Novo Testamento, dão eloquente testemunho da paixão de suas convicções e do
poder de sua lógica. Aqui e acolá em suas cartas encontramos pedacinhos de
autobiografia. Também temos, nos Atos dos Apóstolos, um amplo esboço das
atividades de Paulo. Lucas, autor dos Atos, era médico e historiador gentio do
primeiro século. Assim, enquanto o teólogo tem material suficiente para criar
intérminos debates acerca daquilo em que Paulo acreditava, o historiador dispõe
de parcos registros. Quem se der ao trabalho de escrever a biografia de Paulo
descobrirá lacunas na vida do apóstolo que só poderão ser preenchidas por conjeturas.
A semelhança de um meteoro brilhante, Paulo lampeja repentinamente em cena como
um adulto numa crise religiosa, resolvida pela conversão. Desaparece por muitos
anos de preparação. Reaparece no papel de estadista missionário, e durante
algum tempo podemos acompanhar seus movimentos através do horizonte do primeiro
século. Antes de sua morte, ele flameja até entrar nas sombras além do alcance
da vista.
SUA JUVENTUDE
Antes, porém, que possamos
entender Paulo, o missionário cristão aos gentios, é necessário que passemos
algum tempo com Saulo de Tarso, o jovem fariseu. Encontramos em Atos a
explicação de Paulo sobre sua identidade: “Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade
não insignificante da Cilícia” (At 21:39). Esta afirmação nos dá o primeiro fio
para tecermos o pano de fundo da vida de Paulo. Da Cidade de Tarso. No primeiro
século, Tarso era a principal cidade da província da Cilícia na parte oriental
da Ásia Menor. Embora localizada cerca de 16 km no interior, a cidade era um
importante porto que dava acesso ao mar por via do rio Cnido, que passava no
meio dela. Ao norte de Tarso erguiam-se imponentes, cobertas de neve, as
montanhas do Tauro, que forneciam a madeira que constituía um dos principais
artigos de comércio dos mercadores tarsenses. Uma importante estrada romana
corria ao norte, fora da cidade e através de um estreito desfiladeiro nas
montanhas, conhecido como “Portas Cilicianas”. Muitas lutas militares antigas
foram travadas nesse passo entre as montanhas. Tarso era uma cidade de
fronteira, um lugar de encontro do Leste e do Oeste, e uma encruzilhada para o
comércio que fluía em ambas as direções, por terra e por mar. Tarso possuía uma
preciosa herança. Os fatos e as lendas se entremesclavam, tornando seus
cidadãos ferozmente orgulhosos de seu passado. O general romano Marco Antônio concedeu-lhe o
privilégio de libera civitas (“cidade livre”) em 42 a.C. Por conseguinte,
embora fizesse parte de uma província romana, era autônoma, e não estava
sujeita a pagar tributo a Roma. As tradições democráticas da cidade-estado
grega de longa data estavam estabelecidas no tempo de Paulo. Nessa cidade
cresceu o jovem Saulo. Em seus escritos, encontramos reflexos de vistas e cenas
de Tarso de quando ele era rapaz. Em nítido contraste com as ilustrações rurais
de Jesus, as metáforas de Paulo têm origem na vida citadina. O reflexo do sol
mediterrânico nos capacetes e lanças romanos teriam sido uma visão comum em
Tarso durante a infância de Saulo. Talvez fosse este o fundo histórico para a
sua ilustração concernente à guerra cristã, na qual ele insiste em que “as
armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir
fortalezas” (2 Co 10:4). Paulo escreve de “naufragar” (1 Tm 1:19), do “oleiro”
(Rm 9:21), de ser conduzido em “triunfo”
(2 Co 2:14). Ele compara o “tabernáculo terrestre” desta vida a um
edifício de Deus, casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (2 Co 5:1). Ele
toma a palavra grega para teatro e, com audácia, aplica-a aos apóstolos,
dizendo: “nos tornamos um espetáculo (teatro) ao mundo” (1 Co 4:9). Tais
declarações refletem a vida típica da cidade em que Paulo passou os anos
formativos da sua meninice. Assim as vistas e os sons deste azafamado porto
marítimo formam um pano de fundo em face do qual a vida e o pensamento de Paulo
se tornaram mais compreensíveis. Não é de admirar que ele se referisse a Tarso
como “cidade não insignificante”. Os filósofos de Tarso eram quase todos estóicos.
As ideias estóicas, embora essencialmente pagãs, produziram alguns dos mais
nobres pensadores do mundo antigo. Atenodoro de Tarso é um esplêndido exemplo. Embora
Atenodoro tenha morrido no ano 7 d.C., quando Saulo não passava de um menino
pequeno, por muito tempo o seu nome permaneceu como herói em Tarso. E quase
impossível que o jovem Saulo não tivesse ouvido algo a respeito dele.
Quanto, exatamente, foi o
contato que o jovem Saulo teve com esse mundo da filosofia em Tarso? Não
sabemos; ele não no-lo disse. Mas as marcas da ampla educação e contato com a
erudição grega o acompanham quando homem feito. Ele sabia o suficiente sobre
tais questões para pleitear diante de toda sorte de homens a causa que ele
representava. Também estava cônscio dos perigos das filosofias religiosas
especulativas dos gregos. “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua
filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens... e não segundo
Cristo”, foi sua advertência à igreja de Colossos (Cl 2:8). Cidadão Romano.
Paulo não era apenas “cidadão de uma cidade não insignificante”, mas também
cidadão romano. Isso nos dá ainda outra pista para o fundo histórico de sua
meninice. Em AT.22:24-29 vemos Paulo conversando com um centurião romano e com
um tribuno romano. (Centurião era um militar de alta patente no exército romano
com 100 homens sob seu comando; o tribuno, neste caso, seria um comandante
militar.) Por ordens do tribuno, o centurião estava prestes a açoitar Paulo.
Mas o Apóstolo protestou: “Ser-vos-á porventura lícito açoitar um cidadão
romano, sem estar condenado?” (At 22:25). O centurião levou a notícia ao
tribuno, que fez mais inquirição. A ele Paulo não só afirmou sua cidadania
romana mas explicou como se tornara tal: “Por direito de nascimento” (At
22:28). Isso implica que seu pai fora cidadão romano. Podia-se obter a
cidadania romana de vários modos. O tribuno, ou comandante, desta narrativa,
declara haver “comprado” sua cidadania por “grande soma de dinheiro” (At
22:28). No mais das vezes, porém, a cidadania era uma recompensa por algum
serviço de distinção fora do comum ao Império Romano, ou era concedida quando
um escravo recebia a liberdade.
A cidadania romana era
preciosa, pois acarretava direitos e privilégios especiais como, por exemplo, a
isenção de certas formas de castigo. Um cidadão romano não podia ser açoitado
nem crucificado. Todavia, o relacionamento dos judeus com Roma não era de todo
feliz. Raramente os judeus se tornavam cidadãos romanos. Quase todos os judeus
que alcançaram a cidadania moravam fora da Palestina. De Descendência Judaica.
Devemos, também, considerar a ascendência judaica de Paulo e o impacto da fé
religiosa de sua família. Ele se descreve aos cristãos de Filipos como “da
linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei,
fariseu” (Fp 3:5). Noutra ocasião ele chamou a si próprio de “israelita da
descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1). Dessa forma Paulo
pertencia a uma linhagem que remontava ao pai de seu povo, Abraão. Da tribo de
Benjamim saíra o primeiro rei de Israel, Saul, em consideração ao qual o menino
de Tarso fora chamado Saulo. A escola da sinagoga ajudava os pais judeus a
transmitir a herança religiosa de Israel aos filhos. O menino começava a ler as
Escrituras com apenas cinco anos de idade. Aos dez, estaria estudando a Mishna
com suas interpretações emaranhadas da Lei. Assim, ele se aprofundou na
história, nos costumes, nas Escrituras e na língua do seu povo. O vocabulário
posterior de Paulo era fortemente colorido pela linguagem da Septuaginta, a
Bíblia dos judeus helenistas. Dentre os principais “partidos” dos judeus, os
fariseus eram os mais estritos (veja o capítulo 5, “Os Judeus nos Tempos do
Novo Testamento”). Estavam decididos a resistir aos esforços de seus
conquistadores romanos de impor-lhes novas crenças e novos estilos de vida. No
primeiro século eles se haviam tornado a “aristocracia espiritual” de seu povo.
Paulo era fariseu, “filho de fariseus” (At 23.6). Podemos estar certos, pois,
de que seu preparo religioso tinha raízes na lealdade aos regulamentos da Lei,
conforme a interpretavam os rabinos. Aos treze anos ele devia assumir
responsabilidade pessoal pela obediência a essa Lei. Saulo de Tarso passou em
Jerusalém sua virilidade “aos pés de Gamaliel”, onde foi instruído “segundo a
exatidão da lei. . .“ (At 22:3). Gamaliel era neto de Hillel, um dos maiores
rabinos judeus. A escola de Hilel era a mais liberal das duas principais
escolas de pensamento entre os fariseus. Em Atos 5:33-39 temos um vislumbre de
Gamaliel, descrito como “acatado por todo o povo.” Exigia-se dos estudantes
rabínicos que aprendessem um ofício de sorte que pudessem, mais tarde, ensinar
sem tornar-se um ônus para o povo. Paulo escolheu uma indústria típica de
Tarso, fabricar tendas de tecido de pêlo de cabra. Sua perícia nessa profissão
proporcionou-lhe mais tarde um grande incremento em sua obra missionária. Após
completar seus estudos com Gamaliel, esse jovem fariseu provavelmente voltou
para sua casa em Tarso onde passou alguns anos. Não temos evidência de que ele
se tenha encontrado com Jesus ou que o tivesse conhecido durante o ministério
do Mestre na terra. Da pena do próprio Paulo bem como do livro de Atos vem-nos
a informação de que depois ele voltou a Jerusalém e dedicou suas energias à
perseguição dos judeus que seguiam os ensinamentos de Jesus de Nazaré. Paulo
nunca pôde perdoar-se pelo ódio e pela violência que caracterizaram sua vida
durante esses anos. “Porque eu sou o menor dos apóstolos”, escreveu ele mais
tarde, “. . . pois persegui a igreja de Deus” (1 Co 15:9). Em outras passagens
ele se denomina “perseguidor da igreja” (Fp 3:6), “como sobremaneira perseguia
eu a igreja de Deus e a devastava” (Gl 1:13). Uma referência autobiográfica na
primeira carta de Paulo a Timóteo jorra alguma luz sobre a questão de como um
homem de consciência tão sensível pudesse participar dessa violência contra o
seu próprio povo. “. . . noutro tempo era blasfemo e perseguidor e insolente.
Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade” (1 Tm 1:13).
A história da religião está repleta de exemplos de outros que cometeram o mesmo
erro. No mesmo trecho, Paulo refere a si próprio como “o principal” dos
pecadores” (1 T 1:15), sem dúvida alguma por ter ele perseguido a Cristo e seus
seguidores. A Morte de Estevão. Não fora
pelo modo como Estevão morreu (At 7:54-60), o jovem Saulo podia ter deixado a
cena do apedrejamento sem comoção alguma, ele que havia tomado conta das vestes
dos apedrejadores. Teria parecido apenas outra execução legal. Mas quando Estevão
se ajoelhou e as pedras martirizantes choveram sobre sua cabeça indefensa, ele
deu testemunho da visão de Cristo na glória, e orou: “Senhor, não lhes imputes
este pecado” (Atos 7:60). Embora essa crise tenha lançado Paulo em sua carreira
como caçador de hereges, é natural supor que as palavras de Estevão tenham
permanecido com ele de sorte que ele se tornou “caçado” também —caçado pela
consciência. Uma Carreira de Perseguição. Os eventos que se seguiram ao
martírio de Estevão não são agradáveis de ler. A história é narrada num só
fôlego: “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando
homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (Atos 8:3).
A CONVERSÃO
A perseguição em Jerusalém
na realidade espalhou a semente da fé. Os crentes se dispersaram e em breve a
nova fé estava sendo pregada por toda a parte (cf. Atos 8:4). “Respirando ainda
ameaças e morte contra os discípulos do Senhor” (Atos 9:1), Saulo resolveu que
já era tempo de levar a campanha a algumas das “cidades estrangeiras” nas quais
se abrigaram os discípulos dispersos. O comprido braço do Sinédrio podia
alcançar a mais longínqua sinagoga do império em questões de religião. Nesse
tempo, os seguidores de Cristo ainda eram considerados como seita herética. Assim,
Saulo partiu para Damasco, cerca de 240 km distante, provido de credenciais que
lhe dariam autoridade para, encontrando os “que eram do caminho, assim homens
como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (Atos 9:2).Que é que se
passava na mente de Saulo durante a viagem, dia após dia, no pó da estrada e
sob o calor escaldante do sol? A
auto-revelação intensamente pessoal de Romanos 7:7-13 pode dar-nos uma pista.
Vemos aqui a luta de um homem consciencioso para encontrar paz mediante a
observância de todas as pormenorizadas ramificações da Lei. Isso o libertou? A
resposta de Paulo, baseada em sua experiência, foi negativa. Pelo contrário,
tornou-se um peso e uma tensão intoleráveis. A influência do ambiente
helertístico de Tarso não deve ser menosprezada ao tentarmos encontrar o motivo
da frustração interior de Saulo. Depois de seu retorno a Jerusalém, ele deve
ter achado irritante o rígido farisaísmo, muito embora professasse aceitá-lo de
todo o coração. Ele havia respirado ar mais livre durante a maior parte de sua
vida, e não poderia renunciar à liberdade a que estava acostumado. Contudo, era
de natureza espiritual o motivo mais profundo de sua tristeza. Ele tentara guardar
a Lei, mas descobrira que não poderia fazê-lo em virtude de sua natureza
pecaminosa decaída. De que modo, pois, poderia ele ser reto para com Deus? Com
Damasco à vista, aconteceu uma coisa momentosa. Num lampejo cegante, Paulo se
viu despido de todo o orgulho e presunção, como perseguidor do Messias de Deus
e do seu povo. Estevão estivera certo, e ele errado. Em face do Cristo vivo,
Saulo capitulou. Ele ouviu uma voz que dizia: “Eu sou Jesus, a quem tu
persegues;. . . levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém
fazer” (At 9:5-6). E Saulo obedeceu. Durante sua estada na cidade, “Esteve três
dias sem ver, durante os quais nada comeu nem bebeu” (Atos 9:9). Um discípulo
residente em Damasco, por nome Ananias, tornou-se amigo e conselheiro, um homem
que não teve receio de crer que a conversão de Paulo’ fora autêntica. Mediante
as orações de Ananias, Deus restaurou a vista a Paulo. Depois de Jesus, Paulo
deve ser a pessoa mais influente na história da fé cristã. A conversão de um
inimigo zeloso dos cristãos para um advogado incansável do evangelho, se
classifica entre uma das histórias mais dramáticas das escrituras. Seus anos de
ministério o levaram a inúmeras cidades na Ásia Menor e na Europa. Ele também
escreveu treze cartas que estão incluídas no Novo Testamento. Apesar de ter nascido em Tarso, Paulo
testifica que cresceu em Jerusalém e que estudou sob a tutela de Gamaliel (Atos
22:3). Não é muito claro quando que Paulo chegou a Jerusalém, mas é provável
que ele tenha começado os seus estudos rabínicos entre seus 13 e 20 anos.
SAULO O PERSEGUIDOR
Pouco tempo depois dos
eventos que mudaram o mundo, a ressurreição de Jesus e o pentecostes, os
membros de certas sinagogas em Jerusalém, inclusive uma sinagoga da Cilícia
(Atos 6:9), da terra nativa de Paulo, resolveram anular a nova igreja. Eles
lutaram contra a sabedoria e o espírito (6:10) de Estevão (6:5,8). Eles o
acusaram de blasfêmia diante do sinédrio (6:11-15) e, depois de sua defesa
eloqüente (7:1-53), arrastaram-no para fora da cidade, aonde ele foi apedrejado
até a morte. Ele se tornou o primeiro mártir cristão. O registro não revela inteiramente qual era o
papel de Paulo nesses procedimentos, mas sabemos que ele era um participante
ativo. As testemunhas contra Estevão, que eram encarregados de jogar as pedras
na execução, "puseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado
Saulo" (Atos 7:58). A morte de Estevão iniciou os eventos que resultariam
na conversão e na empreitada de Paulo como o apóstolo dos gentios. Mas, naquele
tempo, Paulo era um líder dos opressores da igreja. Ele respirava ameaças e
mortes contra os discípulos do Senhor (Atos 9:1); ele perseguiu a igreja de
Deus e tentou destruí-la (Gálatas 1:13) prendendo mulheres e homens cristãos
(Atos 22:4) em muitas cidades.
A CONVERSÃO E O CHAMADO
Paulo recebeu cartas do sumo
sacerdote em Jerusalém, endereçadas às sinagogas em Damasco, autorizando-o a
prender os crentes de lá e trazê-los a Jerusalém para julgamento (Atos 9:1-2).
Quando ele estava perto de Damasco, uma luz vinda do céu "a qual excedia o
esplendor do sol" apareceu em volta de Paulo e os que estavam viajando com
ele, e eles caíram no chão (26:13-14). Somente Paulo, no entanto, podia ouvir a
voz de Jesus, que lhe dizia que ele seria o instrumento escolhido por Cristo para
trazer as boas novas aos gentios (26:14-18). Paulo foi guiado até Damasco,
temporariamente cego (9:8). Lá, o discípulo Ananias e a comunidade cristã o
ajudaram através do evento inquietador de sua conversão (9:10-22). Depois de um
curto período com a igreja de lá, Paulo começou a proclamar a Cristo ressurreto
publicamente, e os judeus ameaçaram Paulo de morte (9:20-22). Ele foi protegido
pelos que criam e escapou de seus perseguidores (9:23-25). A conversão de Paulo
foi de uma importância tão revolucionária e duradoura que há três relatos
detalhados desse evento no livro de Atos (Atos 9:1-19; 22:1-21; 26:1-23). Paulo
se refere a ela muitas vezes nas suas próprias cartas (1 Coríntios 9:1; 15:8;
Gálatas 1:15-16; Efésios 3:3; Filipenses 3:12). A transformação deste
perseguidor zeloso de Jesus Cristo em o defensor chefe do evangelho (1
Coríntios 3:10; 1 Timóteo 1:13) mudaria profundamente o curso da história
mundial.
OS ANOS FINAIS E O MARTÍRIO
Se assumirmos que Paulo é o
autor das cartas pastorais (1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito), podemos traçar o
provável curso dos eventos dos últimos anos de Paulo. Romanos 15:28 mostra que
a intenção de Paulo era entregar as arrecadações e ir em direção a Roma e
depois para a Espanha. O fato de ele ter sido preso em Jerusalém não só
atrapalhou seus planos mas também o fez perder tempo que ele queria gastar em
outro lugar. Nós sabemos que algum tempo depois de 61 D.C., Paulo deixou Tito
em Creta (Tito 1:5) e viajou através de Mileto, sul de Éfeso. Viajando em
direção a Macedônia, Paulo visitou Timóteo em Éfeso (1 Timóteo 1:3). No
caminho, Paulo deixou seu manto e seus livros com Carpo em Trôade (2 Timóteo
1:3). Isso indica que a intenção dele era voltar ali para pegar as suas coisas.
De Macedônia, Paulo escreveu sua carta
afetuosa porém apreensiva a Timóteo (62-64 D.C). Ele havia decidido passar o
inverno em Nicópolis (Tito 3:12), noroeste de Corinto, mas ainda se encontrava
na Macedônia quando escreveu esta carta a Tito. Essa carta é parecida com 1
Timóteo, mas com um tom mais rigoroso. Nela há uma última referência ao
eloqüente e zeloso Apolo (Tito 3:13), que ainda trabalhava para o evangelho por
mais de dez anos depois de ter conhecido Paulo em Éfeso (Atos 18:24). Neste
ponto da história o caminho de Paulo é desconhecido. Ele pode ter passado o
inverno em Nicópolis, mas ele não retornou a Trôade como ele havia planejado (2
Timóteo 4:13). Em algum ponto os romanos
provavelmente o prenderam novamente, pois ele passou um inverno em Roma na
Mamertime Prison, passando frio na cela gelada de pedra enquanto escrevia a sua
segunda carta a Timóteo (66-67 D.C). Ele podia estar antecipando isso quando
pediu para Timóteo lhe trazer o seu manto (2 Timóteo 4:13,21). Nós só podemos
especular quais eram as acusações contra Paulo; alguns sugerem que Paulo e os
outros cristãos podiam ter sido acusados (falsamente) de terem incendiado Roma.
Era, no entanto, contra a lei pregar a fé cristã. A proteção que havia sido
dada aos judeus tinha sido retirada dessa nova religião estranha. Paulo sentiu
o peso dessa perseguição. Muitos o abandonaram (2 Timóteo 4:16), inclusive
todos os seus colegas na Ásia (1:15) e Demas que amava ao mundo (4:10). Apenas
Lucas, o médico e autor do livro de Lucas e Atos, estava com ele quando ele
escreveu a sua segunda carta a Timóteo (4:11). Crentes fiéis que estavam
escondidos em Roma também manteram contato (1:16; 4:19, 21). Ele pediu a Timóteo que viesse ao seu
encontro em Roma (4:11), e aparentemente Timóteo foi. O pedido de Paulo que
Timóteo o trouxesse seus livros e o seu pergaminho indica que ele estava
estudando a palavra até o fim. O apóstolo Paulo teve duas audiências diante dos
romanos. Na sua primeira defesa só o Senhor ficou do seu lado (2 Timóteo 4:16).
Lá não só ele se defendeu como também defendeu o evangelho, ainda na esperança
que os gentios escutassem sua mensagem. Aparentemente não houve um veredicto, e
Paulo foi "livre da boca do leão" (4:17). Apesar de Paulo saber que
morreria em breve, ele não temeu. Ele foi assegurado que o Senhor o daria a coroa
da justiça no último dia (4:8). Finalmente, o apóstolo em si escreveu encorajar
todos os que criam "O Senhor seja com o teu espírito. A graça seja convosco"
(2 Timóteo 4:22, RSV). Depois disso, a escritura não menciona mais Paulo. Nada sabemos sobre a segunda audiência de
Paulo, mas provavelmente resultou em sentença de morte. Não temos nenhum relato escrito do fim de
Paulo, mas foi provavelmente executado antes da morte de Nero no verão de 68
D.C.. Como um cidadão romano, ele deve ter sido poupado das torturas que os
seus companheiros de mártir haviam sofrido recentemente. A tradição diz que ele
foi decapitado fora de Roma e enterrado perto dali. A sua morte libertou Paulo
"partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" (Filipenses 1:23).
O PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
A Expressão “400 anos de
silêncio”, freqüentemente empregada para descrever o período entre os últimos
eventos do A.T. e o começo dos acontecimentos do N.T. não é correta nem
apropriada. Embora nenhum profeta inspirado se tivesse erguido em Israel durante
aquele período, e o A.T. já estivesse completo aos olhos dos judeus, certos
acontecimentos ocorreram que deram ao judaísmo posterior sua ideologia própria
e, providencialmente, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a
proclamação do Seu evangelho. Por cerca de um século depois da época de
Neemias, o império Persa exerceu controle sobre a Judéia. O período foi
relativamente tranqüilo, pois os persas permitiam aos judeus o livre exercício
de suas instituições religiosas. A Judéia era dirigida pelo sumo sacerdotes,
que prestavam contas ao governo persa, fato que, ao mesmo tempo, permitiu aos
judeus uma boa medida de autonomia e rebaixou o sacerdócio a uma função
política. Inveja, intriga e até mesmo assassinato tiveram seu papel nas
disputas pela honra de ocupar o sumo sacerdócio. Joanã, filho de Joiada (Ne
12.22), é conhecido por ter assassinado o próprio irmão, Josué, no recinto do
templo. A Pérsia e o Egito envolveram-se em constantes conflitos durante este
período, e a Judéia, situada entre os dois impérios, não podia escapar ao
envolvimento. Durante o reino de Artaxerxes III muitos judeus engajaram-se numa
rebelião contra a Pérsia. Foram deportados para Babilônia e para as margens do
mar Cáspio.
ALEXANDRE, O GRANDE
Em seguida à derrota dos exércitos
persas na Ásia Menor (333 AC), Alexandre marchou para a Síria e Palestina.
Depois de ferrenha resistência, Tiro foi conquistada e Alexandre deslocou-se
pra o sul, em direção ao Egito. Diz a lenda que quando Alexandre se aproximava
de Jerusalém o sumo sacerdote Jadua foi ao seu encontro e lhe mostrou as
profecias de Daniel, segundo as quais o exército grego seria vitorioso (Dn 8).
Essa narrativa não é levada a sério pelos historiadores, mas é fato que
Alexandre tratou singularmente bem aos judeus. Ele lhes permitiu observarem
suas leis, isentou-os de impostos durante os anos sabáticos e, quando construiu
Alexandria no Egito (331 AC), estimulou os judeus a se estabelecerem ali e
deu-lhes privilégios comparáveis aos seus súditos gregos.
A JUDÉIA SOB OS PTOLOMEUS
Depois da morte de Alexandre
(323 AC), a Judéia, ficou sujeita, por algum tempo a Antígono, um dos generais
de Alexandre que controlava parte da Ásia Menor. Subseqüentemente, caiu sob o
controle de outro general, Ptolomeu I (que havia então dominado o Egito),
cognominado Soter, o Libertador, o qual capturou Jerusalém num dia de sábado em
320 AC Ptolomeu foi bondoso para com os judeus. Muitos deles se radicaram em
Alexandria, que continuou a ser um importante centro da cultura e pensamento
judaicos por vários séculos. No governo de Ptolomeu II (Filadelfo) os judeus de
Alexandria começaram a traduzir a sua Lei, i.e., o Pentateuco, para o grego.
Esta tradução seria posteriormente conhecida como a Septuaginta, a partir da
lenda de que seus setenta (mais exatamente 72 - seis de cada tribo) tradutores
foram sobrenaturalmente inspirados para produzir uma tradução infalível. Nos
subseqüentes todo o Antigo Testamento foi incluído na Septuaginta.
A JUDÉIA SOB OS SELÊUCIDAS
Depois de aproximadamente um
século de vida dos judeus sob o domínio dos Ptolomeus, Antíoco III (o Grande)
da Síria conquistou a Síria e a Palestina aos Ptomeus do Egito (198 AC). Os
governantes sírios eram chamados selêucidas porque seu reino, construído sobre
os escombros do império de Alexandre, fora fundado por Seleuco I (Nicator). Durante
os primeiros anos de domínio sírio, os selêucidas permitiram que o sumo
sacerdote continuasse a governar os judeus de acordo com suas leis. Todavia,
surgiram conflitos entre o partido helenista e os judeus ortodoxo. Antíoco IV
(Epifânio) aliou-se ao partido helenista e indicou para o sacerdócio um homem
que mudara seu nome de Josué para Jasom e que estimulava o culto a Hércules de
Tiro. Jasom, todavia, foi substituído depois de dois anos por uma rebelde
chamado Menaém (cujo nome grego era Menelau). Quando partidários de Jasom
entraram em luta com os de Menelau, Antíoco marcho contra Jerusalém, saqueou o
templo e matou muitos judeus (170 AC). As liberdades civis e religiosas foram
suspensas, os sacrifícios diários forma proibidos e um altar a Júpiter foi
erigido sobre o altar do holocausto. Cópias das Escrituras foram queimadas e os
judeus foram forçadas a comer carne de porco, o que era proibido pela Lei. Uma
porca foi oferecida sobre ao altar do holocausto para ofender ainda mais a
consciência religiosa dos judeus.
OS MACABEUS
Não demorou muito para que
os judeus oprimidos encontrassem um líder para sua causa. Quando os emissários
de Antíoco chegaram à vila de Modina, cerca de 24 quilômetros a oeste de
Jerusalém, esperavam que o velho sacerdote, Matatias, desse bom exemplo perante
o seu povo, oferecendo um sacrifício pagão. Ele, porém, além de recusar-se a
fazê-lo, matou um judeu apóstata junto ao altar e o oficial sírio que presidia
a cerimonia. Matatias fugiu para a região montanhosa da Judéia e, com a ajuda
de seus filhos, empreendeu uma luta de guerrilhas contra os sírios. Embora os
velho sacerdote não tenha vivido para ver seu povo liberto do jugo sírio,
deixou a seus filhos o término da tarefa. Judas, cognominado “o Macabeu”,
assumiu a liderança depois da morte do pai. Por volta de 164 AC Judas havia
reconquistado Jerusalém, purificado o templo e reinstituído os sacrifícios
diários. Pouco depois das vitórias de Judas, Antíoco morreu na Pérsia. Entretanto,
as lutas entre os Macabeus e os reis selêucidas continuaram por quase vinte
anos. Aristóbulo I foi o primeiro dos governantes Macabeus a assumir o título
de “Rei dos Judeus”. Depois de um breve reinado, foi substituído pelo tirânico
Alexandre Janeu, que, por sua vez, deixou o reino para sua mãe, Alexandra. O
reinado de Alexandra foi relativamente pacífico. Com a sua morte, um filho mais
novo, Aristóbulo II, desapossou seu irmão mais velho. A essa altura, Antípater,
governador da Iduméia, assumiu o partido de Hircano, e surgiu a ameaça de
guerra civil. Conseqüentemente, Roma entrou em cena e Pompeu marchou sobre a
Judéia com as suas legiões, buscando um acerto entre as partes e o melhor
interesse de Roma. Aristóbulo II tentou defender Jerusalém do ataque de Pompeu,
mas os romanos tomaram a cidade e penetraram até o Santo dos Santos. Pompeu,
todavia, não tocou nos tesouros do templo.
ROMA
Marco Antônio apoiou a causa
de Hircano. Depois do assassinato de Júlio Cesar e da morte de Antípater (pai
de Herodes), que por vinte anos fora o verdadeiro governante da Judéia,
Antígono, o segundo filho de Aristóbulo, tentou apossar-se do trono. Por algum
tempo chegou a reina em Jerusalém, mas Herodes, filho de Antípater, regressou
de Roma e tornou-se rei dos judeus com apoio de Roma. Seu casamento com
Mariamne, neta de Hircano, ofereceu um elo com os governantes Macabeus. Herodes
foi um dos mais cruéis governantes de todos os tempos. Assassinou o venerável
Hircano (31 AC) e mandou matar sua própria esposa Mariamne e seus dois filhos.
No seu leito de morte, ordenou a execução de Antípater, seu filho com outra
esposa. Nas Escrituras, Herodes é conhecido como o rei que ordenou a morte dos
meninos em Belém por temer o Rival que nascera para ser Rei dos Judeus.
GRUPOS RELIGIOSOS DOS JUDEUS
Quando, seguindo-se à
conquista de Alexandre, o helenismo mudou a mentalidade do Oriente Médio,
alguns judeus se apegaram ainda mais tenazmente do que antes à fé de seus pais,
ao passo que outros se dispuseram a adaptar seu pensamento às novas idéias que
emanavam da Grécia. Por fim, o choque entre o helenismo e o judaísmo deu origem
a diversas seitas judaicas.
OS FARISEUS
Os fariseus eram os
descendentes espirituais dos judeus piedosos que haviam lutado contra os
helenistas no tempo dos Macabeus. O nome fariseu, “separatista”, foi
provavelmente dado a eles por seu inimigos, para indicar que eram
não-conformistas. Pode, todavia, ter sido usado com escárnio porque sua
severidade os separava de seus compatriotas judeus, tanto quanto de seus
vizinhos pagãos. A lealdade à verdade às vezes produz orgulho e ate mesmo
hipocrisia, e foram essas perversões do antigo ideal farisaico que Jesus
denunciou. Paulo se considerava um membro deste grupo ortodoxo do judaísmo de
sua época. (Fp 3.5).
SADUCEUS
O partido dos saduceus,
provavelmente denominado assim por causa de Zadoque, o sumo sacerdote escolhido
por Salomão (1Rs 2.35), negava autoridade à tradição e olhava com suspeita para
qualquer revelação posterior à Lei de Moisés. Eles negavam a doutrina da
ressurreição, e não criam na existência de anjos ou espíritos (At 23.3). Eram,
em sua maioria, gente de posses e posição, e cooperavam de bom grado com os
helenistas da época. Ao tempo do N.T. controlavam o sacerdócio e o ritual do
templo. A sinagoga, por outro lado, era a cidadela dos fariseus.
ESSÊNIOS
O essenismo foi uma reação
ascética ao externalismo dos fariseus e ao mudanismo dos saudceus. Os essênios
se retiravam da sociedade e viviam em ascetismo e celibato. Davam atenção à
leitura e estudo das Escrituras, à oração e às lavagens cerimoniais. Suas
posses eram comuns e eram conhecidos por sua laboriosidade e piedade. Tanto a
guerra quanto a escravidão era contrárias a seus princípios. O mosteiro em
Qumran, próximo às cavernas em que os Manuscrito do Mar Morto foram
encontrados, é considerado por muitos estudiosos como um centro essênio de
estudo no deserto da Judéia. Os rolos indicam que os membros da comunidade
haviam abandonado as influências corruptas das cidades judaicas para
prepararem, no deserto, “o caminho do Senhor”. Tinham fé no Messias que viria e
consideravam-se o verdadeiro Israel para quem Ele viria.
ESCRIBAS
Os escribas não eram,
estritamente falando, uma seita, mas sim, membros de uma profissão. Eram, em
primeiro lugar, copista da Lei. Vieram a ser considerados autoridades quanto às
Escrituras, e por isso exerciam uma função de ensino. Sua linha de pensamento
era semelhante à dos fariseus, com os quais aparecem freqüentemente associados
no N.T.
HERODIANOS
Os herodianos criam que os
melhores interesses do judaísmo estavam na cooperação com os romanos. Seu nome
foi tirado de Herodes, o Grande, que procurou romanizar a Palestina em sua
época. Os herodianos eram mais um partido político que uma seita religiosa. A
opressão política romana, simbolizada por Herodes, e as reações religiosas
expressas nas reações sectárias dentro do judaísmo pré-cristão forneceram o
referencial histórico no qual Jesus veio ao mundo. Frustrações e conflitos
prepararam Israel para o advento do Messias de Deus, que veio na “plenitude do
tempo” (Gl 4.4)
O SACERDOTE NOS TEMPOS DA BÍBLIA
Ministro investido de
autoridade. Às vezes denota um ministro de estado, assistente responsável junto
do rei, 2Sm 8.18. Em 2Sm 20.26, o oficial Jair é denominado sacerdote de Davi;
e em 1Cr 18.17, os filhos de Davi são os primeiros depois do rei. Em 1Rs 4.5,
diz-se que o sacerdote Zabude era intimo, ou amigo do rei. Freqüentemente os
ministros do santuário são denominados sacerdotes levíticos, porquanto o
sentido da palavra kohen, ministro, sacerdote, exige qualidades descritivas. Um
ministro devidamente autorizada, para oficiar perante uma divindade, em favor
de um povo e tomar parte em outros ritos, chama-se sacerdote. A função
essencial a seu cargo era a de mediador entre Deus e o homem. Em geral,
formavam os sacerdotes uma classe de funcionários muito distinta entre as
nações da antiguidade, como no Egito, em Midiã na Filístia, na Grécia, em Roma,
etc. Gn 47.22; Ex 2.16; 1Sm 6.2; At 14.13. Na falta de uma corporação
regularmente organizada, o ofício de sacerdote era exercido desde tempos
imemoriais, por indivíduos particulares, tais como, Caím e Abel; pelos
patriarcas em favor de suas famílias, ou da tribo, como Noé, Abraão, Isaque,
Jacó, Jó, bem assim os chefes de uma corporação, ou de um povo. No tempo do
êxodo havia indivíduos investidos destas prerrogativas por direito natural, por
causa da crescente necessidade do
momento, em conseqüência do aumento da população e das influências do sacerdócio
egípcio, Ex 19.22. Mesmo depois de organizado o sacerdócio levítico, homens
havia que, fora desta corporação, também exerciam as funções de sacerdote.
Quando Deus mesmo dispensava a mediação dos sacerdotes ordenados, e se revelava
imediatamente a um indivíduo estranho à corporação sacerdotal, tal pessoa
sentia-se no direito de oferecer sacrifícios, sem que fosse necessária a
intervenção dos mediadores regularmente ordenado, Jz 6.18,24,26; 13.16. Quando,
por motivos políticos, tornava-se impossível aos que habitavam no reino do
norte, utilizarem-se do ministério dos sacerdotes levíticos, o pai de família,
ou outra pessoa indicada, de acordo com a lei primitiva, levantava o altar e
oferecia sacrifícios a Jeová, 1Rs.18.30.
Quando o povo hebreu se
organizou em nação no Sinai, levantou-se o tabernáculo e o servo do santuário
foi organizado de acordo com a dignidade de Jeová de modo a não ficar devendo
nada às mais cultas nações da Antigüidade. Daí nasceu a necessidade de um corpo
sacerdotal. Arão e seus filhos foram designados para este cargo que se perpetuou
na família, e a ela restringido, Ex 28.1; 40.12-15; Nm 16.40; cp. 17 e 18.1-18;
cp. Dt 10.6; 1Rs 8.4; Ed 2.36 e seg. Todos os filhos de Arão eram sacerdotes,
salvo nos casos de deformidades físicas, Lv 21.16 e seg. Quando a Escritura se
refere à classe sacerdotal, emprega as expressões - sacerdotes, ou filhos de
Arão, aludindo à descendência deste sacerdote, 2Cr 26.18; 29.21; 35.14; cp. Nm
3.3; 10.8; Js 21.19; Ne 10.38, ou sacerdote da linhagem de Levi aludindo à
tribo a que pertenciam, Dt 17.9,18; 18.1; Js 3.3; 8.33; 2Cr 23.18; 30.27; Jr
33.18,21; cp. Ex 38.21, ou ainda como sacerdotes e levitas, filhos de Sadoque,
designando o ramo da família de que descendiam, Ez 44.15; cp. 43.19. Este modo
de referir-se à classe dos sacerdotes, como acabamos de ver nas passagens
citadas, era muito comum no tempo em que se fazia questão fechada em distinguir
as funções dos sacerdotes e dos levitas, como se vê na história em que os
ministros do altar no tabernáculo e no templo, e aqueles que traziam o Urim e
Tumim, também pertenciam à família de Arão. As obrigações dos sacerdotes eram,
em geral, de três categorias: I. Ministrar no santuário diante do Senhor, II.
ensinar o povo a guardar a lei de Deus e, III. tomar conhecimento da vontade
divina, consultando o Urim e Tumim, Ex 28.30; Ed 2.63; Nm 16.40; 18.5; 2Cr
15.3; Jr 18.18; Ez 7.26; Mq 3.11. O sacerdote estava sujeito a leis especiais,
Lv 10.8 e seg. Em referência ao casamento, só poderia tomar mulher que fosse de
sue própria nação, mulher virgem ou viúva, que não fosse divorciada, e cuja
genealogia fosse tão regular como a dos próprios sacerdotes, 21.7; Ed 10.
18,19. As vestimentas consistiam de calções curtos desde os rins até as coxas;
uma camisa estreita, tecida de alto a baixo e sem costura, descendo até aos artelhos
e apertada na cinta por um cíngulo bordado, simbolicamente ornamentado; uma
tiara em forma cônica, tudo feito de linho fino e branco, Ex 28.40-42. Os
sacerdotes e outros oficiais de serviço religioso costumavam vestir um éfode de
linho, sem bordados e sem os adornos custosos como o que usava o sumo sacerdote,
1Sm 2.18; 22.18; 2Sm 4.14. Por ocasião da conquista de Canaã, atendendo as
necessidades atuais dos descendentes de Arão, que sem dúvida já estavam na
terceira geração, porém mais especialmente em atenção as necessidades futuras,
separaram-se treze cidades para sua residência e criação de seus gados, Js
21.10-19. Davi dividiu os sacerdotes em vinte e quatro classes. Exceto por
ocasião das grandes festividades em que todos eles tinham de oficiar; cada uma
das classes oficiava uma semana de cada vez, substituída em cada sábado de
tarde, antes do sacrifício, 1Cr 24.1-19; 2Rs 11.5-9. Parece que destas vinte e
quatro classes, somente quatro voltaram de Babilônia com Zorobabel, Ed 2.36-38,
porém, o antigo número foi reconstruído, segundo parece, cp. Lc 1.5-9. Havia
distinções no corpo sacerdotal. O supremo pontífice era o sumo sacerdote;
seguia-se o segundo sacerdote, 2Rs 25.18, que provavelmente era denominado o
pontífice da casa de Deus, 2Cr 31.13; Ne 11.11, e o magistrado do templo, At
4.1; 5.24. Os pontífices de que fala o Novo Testamento eram os sumos
sacerdotes, membros da família dos antigos sacerdotes e funcionavam
irregularmente. A lei que regulava o acesso às funções do sumo sacerdócio havia
caído em olvido em conseqüência das perturbações políticas e do domínio
estrangeiro. Os pontífices eram investidos em seu oficio ou dele despojados à
mercê dos governos dominantes.
OS SADUCEUS
Nome de um partido oposto à
seita dos fariseus. Compunha-se de um número comparativamente reduzido de
homens educados, ricos e de boa posição social. A julgar pela sua ortografia, a
palavra saduceu deriva-se de Zadoque, que em grego se escrevia Sadouk. Dizem os
rabinos que o partido tirou o nome de Zadok, seu fundador, que viveu pelo ano
300 A. C. Porém, compondo-se este partido de elementos da alta aristocracia
sacerdotal, crê-se geralmente que o nome Zadoque se refere ao sacerdote de
igual nome que oficiava no reinado de Davi, e em cuja família se perpetuou a
linha sacerdotal até a confusão política na época dos Macabeus. Os descendentes
deste Zadoque tinham o nome de zadoquitas ou saduceus. Em oposição aos
fariseus, acérrimos defensores das tradições dos antigos, os saduceus limitavam
o seu credo às doutrinas que encontravam no texto sagrado. Sustentavam que só a
palavra da lei escrita os obrigava, defendiam o direito do juizo privado na
interpretação da lei; cingiam-se à letra das escrituras mesmo nos casos mais
severos da administração da justiça. Distinguiam-se dos fariseus nos seguintes
pontos (1) Negavam a ressurreição e juízo futuro, afirmavam que a alma morre
com o corpo Mt 22. 23-33; At 23. 8; (2) Negavam a existência dos anjos e dos
espíritos, At 23. 8; (3) Negavam o fatalismo em defesa do livre arbítrio, ensinando
que todas as nossas ações estão sujeitas ao poder da vontade, de modo que nós
somos a causa dos atos bons; que os males que sofremos resultam de nossa
própria insensatez, e que Deus não intervém nos atos de nossa vida, quer sejam
bons, quer não. Negavam a imortalidade e a ressurreição, baseando-se na
ausência destas doutrinas na lei mosaica, não defendiam a fé patriarcal na
existência do sheol, não só por não se achar bem defendida, como por não conter
os germes das doutrinas bíblicas acerca da ressurreição do corpo e das
recompensas futuras. Não se pode negar que os patriarcas criam na existência
futura da alma além da morte. Negando a existência da alma e dos espíritos, os
saduceus entravam em conflito com a angelogia do Judaísmo elaborada no seu tempo,
e ainda iam ao outro extremo: não se submetiam ao ensino da lei, Ex 3.2; 14.19.
A principio, provavelmente, davam relevo à doutrina a respeito da Interferência
divina nas ações humanas, punindo-as ou recompensando-as neste mundo, de acordo
com seu caráter moral. Se realmente ensinavam, como afirma Josefo, que Deus não
intervém em nossos atos, bons ou maus, repudiavam os ensinos claros da lei de
Moisés em que professavam crer, Gn 3. 17; 4.7; 6.5-7. É possível que começassem
negando as doutrinas expressamente ensinadas na letra da Escritura. E,
rendendo-se à influência da filosofia grega, adotaram os princípio,
aristotélicos, recusando-se a aceitar qualquer doutrina que não pudesse ser
provada pela razão pura.
Quanto à origem e
desenvolvimento dos saduceus, Schurer é de parecer que a casa sacerdotal de
Zadoque, que estava à testa dos negócios da Judéia no quarto e terceiro século
A. C. quando sob o domínio persa e grego, começou, talvez inconscientemente, a
colocar a política acima das considerações religiosas. No tempo de Esdras e de
Neemias, a família do sumo sacerdote era mundana e inclinada a consentir na
junção de judeus com os gentios. No tempo de Antíoco Epifanes, grande número de
sacerdotes amava a cultura grega, entre eles contavam-se os sumos sacerdotes
Jasom, Menelau e Alcimus. O povo postou-se ao lado dos Macabeus para defender a
pureza da religião de Israel. Quando este partido triunfou, os Macabeus tomaram
conta do sacerdócio e obrigaram os zadoquitas a se retirarem para as fileiras
da política, onde continuaram a desprezar os costumes e as tradições dos
antigos e a favorecer a cultura e a civilização grega. João Hircano, Aristóbulo
e Alexandre Janeu, 135-78 A. C. deram apoio aos saduceus, de modo que a direção
dos negócios políticos estava. em grande parte em suas mãos, durante o domínio
dos romanos e de Herodes, visto serem os sacerdotes deste período, membros da
seita doa saduceus, At 5. 17. Os saduceus, e assim mesmo os fariseus, que iam
ao encontro de João Batista no deserto, foram por ele denominados raça de
víboras, Mt 3. 7. Unidos aos fariseus, pediram a Jesus que lhes fizesse ver
algum prodígio do céu, Mt 16. 1-4. Contra estas duas seitas, Jesus preveniu a
seus discípulos. Os saduceus tentaram a Jesus, propondo-lhe um problema a
respeito da ressurreição. A resposta de Jesus reduziu-os ao silêncio.
Ligaram-se com os sacerdotes e com o magistrado do templo para perseguirem a
Pedro e a João, At 4.1-22. Tanto os fariseus como os saduceus achavam-se no
sinédrio, quando acusavam a Paulo, que, aproveitando-se das suas divergências
de doutrina, habilmente os atirou uns contra os outros.
OS SADUCEUS
Nome de um partido oposto à
seita dos fariseus. Compunha-se de um número comparativamente reduzido de
homens educados, ricos e de boa posição social. A julgar pela sua ortografia, a
palavra saduceu deriva-se de Zadoque, que em grego se escrevia Sadouk. Dizem os
rabinos que o partido tirou o nome de Zadok, seu fundador, que viveu pelo ano
300 A. C. Porém, compondo-se este partido de elementos da alta aristocracia
sacerdotal, crê-se geralmente que o nome Zadoque se refere ao sacerdote de
igual nome que oficiava no reinado de Davi, e em cuja família se perpetuou a
linha sacerdotal até a confusão política na época dos Macabeus. Os descendentes
deste Zadoque tinham o nome de zadoquitas ou saduceus. Em oposição aos
fariseus, acérrimos defensores das tradições dos antigos, os saduceus limitavam
o seu credo às doutrinas que encontravam no texto sagrado. Sustentavam que só a
palavra da lei escrita os obrigava, defendiam o direito do juizo privado na
interpretação da lei; cingiam-se à letra das escrituras mesmo nos casos mais
severos da administração da justiça. Distinguiam-se dos fariseus nos seguintes
pontos (1) Negavam a ressurreição e juízo futuro, afirmavam que a alma morre
com o corpo Mt 22. 23-33; At 23. 8; (2) Negavam a existência dos anjos e dos
espíritos, At 23. 8; (3) Negavam o fatalismo em defesa do livre arbítrio,
ensinando que todas as nossas ações estão sujeitas ao poder da vontade, de modo
que nós somos a causa dos atos bons; que os males que sofremos resultam de
nossa própria insensatez, e que Deus não intervém nos atos de nossa vida, quer
sejam bons, quer não. Negavam a imortalidade e a ressurreição, baseando-se na
ausência destas doutrinas na lei mosaica, não defendiam a fé patriarcal na
existência do sheol, não só por não se achar bem defendida, como por não conter
os germes das doutrinas bíblicas acerca da ressurreição do corpo e das
recompensas futuras. Não se pode negar que os patriarcas criam na existência
futura da alma além da morte. Negando a existência da alma e dos espíritos, os
saduceus entravam em conflito com a angelogia do Judaísmo elaborada no seu
tempo, e ainda iam ao outro extremo: não se submetiam ao ensino da lei, Ex 3.2;
14.19. A principio, provavelmente, davam relevo à doutrina a respeito da
Interferência divina nas ações humanas, punindo-as ou recompensando-as neste
mundo, de acordo com seu caráter moral. Se realmente ensinavam, como afirma
Josefo, que Deus não intervém em nossos atos, bons ou maus, repudiavam os
ensinos claros da lei de Moisés em que professavam crer, Gn 3. 17; 4.7; 6.5-7.
É possível que começassem negando as doutrinas expressamente ensinadas na letra
da Escritura. E, rendendo-se à influência da filosofia grega, adotaram os
princípio, aristotélicos, recusando-se a aceitar qualquer doutrina que não
pudesse ser provada pela razão pura.
Quanto à origem e
desenvolvimento dos saduceus, Schurer é de parecer que a casa sacerdotal de
Zadoque, que estava à testa dos negócios da Judéia no quarto e terceiro século
A. C. quando sob o domínio persa e grego, começou, talvez inconscientemente, a
colocar a política acima das considerações religiosas. No tempo de Esdras e de
Neemias, a família do sumo sacerdote era mundana e inclinada a consentir na
junção de judeus com os gentios. No tempo de Antíoco Epifanes, grande número de
sacerdotes amava a cultura grega, entre eles contavam-se os sumos sacerdotes
Jasom, Menelau e Alcimus. O povo postou-se ao lado dos Macabeus para defender a
pureza da religião de Israel. Quando este partido triunfou, os Macabeus tomaram
conta do sacerdócio e obrigaram os zadoquitas a se retirarem para as fileiras
da política, onde continuaram a desprezar os costumes e as tradições dos
antigos e a favorecer a cultura e a civilização grega. João Hircano, Aristóbulo
e Alexandre Janeu, 135-78 A. C. deram apoio aos saduceus, de modo que a direção
dos negócios políticos estava. em grande parte em suas mãos, durante o domínio
dos romanos e de Herodes, visto serem os sacerdotes deste período, membros da
seita doa saduceus, At 5. 17. Os saduceus, e assim mesmo os fariseus, que iam
ao encontro de João Batista no deserto, foram por ele denominados raça de
víboras, Mt 3. 7. Unidos aos fariseus, pediram a Jesus que lhes fizesse ver
algum prodígio do céu, Mt 16. 1-4. Contra estas duas seitas, Jesus preveniu a
seus discípulos. Os saduceus tentaram a Jesus, propondo-lhe um problema a
respeito da ressurreição. A resposta de Jesus reduziu-os ao silêncio.
Ligaram-se com os sacerdotes e com o magistrado do templo para perseguirem a
Pedro e a João, At 4.1-22. Tanto os fariseus como os saduceus achavam-se no
sinédrio, quando acusavam a Paulo, que, aproveitando-se das suas divergências
de doutrina, habilmente os atirou uns contra os outros.
OS SAMARITANOS
O sentido desta palavra na
única passagem do Antigo Testamento, 2Rs 17.29, aplica-se a um indivíduo
pertencente ao antigo reino do norte de Israel. Em escritos posteriores,
significa um individuo natural do distrito de Samaria, na Palestina central, Lc
17.11. De onde veio a raça, ou como se originou a nacionalidade samaritana?
Quando Sargom tomou Samaria levou para o cativeiro, segundo ele diz, 27.280 de
seus habitantes, deixando ainda alguns israelitas no pais. Sabendo que eles
conservavam o espírito de rebelião, planejou um meio de os desnacionalizar,
estabelecendo ali colônias de habitantes da Babilônia, de Emate, 2Rs 17.24, e
da Arábia. Estes elementos estrangeiros levaram consigo a sua idolatria. A
população deixada em Samaria era insuficiente para o cultivo das terras,
interrompido pelas guerras, de modo que as feras começaram a invadir as
povoações e a se multiplicarem espantosamente, servindo na mão de Deus de
azorrague para aquele povo. Os leões mataram alguns dos novos colonizadores. Estes
atribuíram o fato a um castigo do deus da terra que não sabiam como apaziguar,
e neste sentido pediram instruções ao rei da Assíria, que lhes mandou um
sacerdote dos que havia entre os israelitas levados para o cativeiro. Este foi
residir em Betel e começou a instruir o povo nas doutrinas de Jeová, porém, não
conseguiu que os gentios abandonassem a idolatria de seus antepassados.
Levantaram imagens de seus deuses nos lugares altos de Israel combinando a
idolatria com o culto de Jeová, 2Rs 17.25-33. Este regime híbrido de adoração
permaneceu até a queda de Jerusalém, 34-41. Asor-Hadã continuou a política de seu
avô Sargom, Ed 4.2, e o grande e glorioso Asenafar, que talvez seja
Assurbanipal, completou a obra de seus antecessores, acrescentando à população
existente, mais gente vinda de Elã e de outros lugares, 9, 10.
A nova província do império
assírio decaia. Josias mesmo, ou seus emissários, percorreram todo o país,
destruindo por toda a parte os lugares altos, 2Cr 34.6,7, onde havia altares da
idolatria. O culto pagão decrescia sob a influência dos israelitas que ficaram
no país, e por causa do ensino dos sacerdotes. A ação renovadora de Josias foi
mais um golpe. Anos depois, alguns dentre os samaritanos, costumavam ir a
Jerusalém para visitar o templo e fazer adoração, Jr 41.5. Quando Zorobabel
voltou do exílio, trazendo consigo bandos de cativos para Jerusalém, os
samaritanos pediram licença para tomar parte na construção do templo, alegando
que haviam adorado o Deus de Israel desde os dias de Asor-Hadã, Ed 4.2. Desde
muito que a maior parte dos judeus sentiam repugnância em manter relações
sociais e religiosas com os samaritanos, sentimento este Josefo, que, no tempo
em que os anos corriam, Ed 4.3; Lc 9. 52, 53; Jo 4.9. Os samaritanos não tinham
sangue puro de hebreus, nem religião judaica. Diz Josefo, que, no tempo em que
os judeus prosperavam, os samaritanos pretendiam possuir alianças de sangue;
mas em tempos de adversidade, repudiavam tais alianças, dizendo-se descendentes
dos emigrantes assírios. Tendo Zorobabel, Josué e seus associados rejeitado a
oferta dos samaritanos para auxiliar a reconstrução do templo, não mais
tentaram conciliações com os judeus, antes pelo contrário, empenharam-se em
obstar a conclusão da obra, Ed 4.1-10, e mais tarde procuravam impedir o
levantamento dos muros por Neemias, Ne 4.1-23. O cabeça deste movimento era
certo Sanabalá Horonita, cujo genro havia sido expulso do sacerdócio por
Neemias. O sogro, com certeza, fundou o templo samaritano sobre o monte
Gerizim, para servir ao dignitário deposto em Jerusalém. Daqui em diante, todos
os elementos indisciplinados da Judéia, procuravam o templo rival de Samaria,
onde eram recebidos de braços abertos. Enquanto durou a perseguição promovida
por Antíoco Epifanes contra os judeus, declaravam não pertencer à mesma raça, e agradavam ao tirano,
mostrando desejos de que o seu templo do monte Gerizim fosse dedicado a
Júpiter, defensor dos estrangeiros. Pelo ano 129 AC João Hircano tomou Siquém e
o monte Gerizim, e destruiu o templo samaritano; porém os antigos adoradores
continuaram a oferecer culto no monte onde existiu o edifício sagrado.
Prevalecia ainda este costume no tempo de Jesus, Jo 5.20,21. Neste tempo, as
suas doutrinas não deferiam muito na sua essência, das doutrinas dos Judeus e
especialmente da seita dos saduceus. Partilhavam da crença na vinda do Messias,
Jo 4.25, mas somente aceitavam os cinco livros de Moisés. O motivo principal
que levou os samaritanos a receber tão alegremente o evangelho pregado por
Filipe, foram os milagres por ele operados, At 8.5,6. Outro motivo, sem dúvida
concorreu para o mesmo resultado, é que, ao contrário das doutrinas dos judeus,
o Cristianismo seguia os ensinos e os
exemplos de seu fundador, admitindo os samaritanos aos mesmos privilégios que
gozavam os judeus convertidos ao Evangelho, Lc 10.29-37; 17.16-18; Jo 4.1-42.
SINAGOGA
A sinagoga era a casa de
adoração dos judeus. Era um prédio ou um lugar usado pelos judeus para se
encontrar, estudar e orar.
AS ORIGENS E A HISTÓRIA PRIMITIVA
Não sabemos exatamente como
ou quando a sinagoga começou. O templo onde os judeus adoravam em Jerusalém foi
destruído pelos babilônios em 586 A.C. O povo que permaneceu na cidade e em
volta dela ainda precisava se encontrar para adorar. Eles queriam continuar
ensinando a lei e a mensagem dos profetas. Os judeus de outros lugares tinham
necessidades parecidas. As sinagogas
devem ter tido a sua origem em tal situação. Em Neemias 8:1-8 a comunidade de
exilados se juntou em Jerusalém. Esdras, o escriba, trouxe a lei, a leu de um
púlpito de madeira e deu a interpretação para que o povo entendesse a leitura.
Quando Esdras abençoou o Senhor, o povo abaixou suas cabeças e adorou. Esses se
tornaram os elementos básicos da adoração na sinagoga. A primeira evidência clara de uma sinagoga
vem do Egito no século 3 A.C.
AS SINAGOGAS NA ÉPOCA DO NOVO TESTAMENTO
As escrituras dão a
impressão de muitas sinagogas existentes na Palestina. Jesus freqüentemente
ensinava em sinagogas (veja Mateus 4:23; Mateus 9:35), especialmente durante o
seu ministério galileu. Em João 18:20, Jesus falou em seu julgamento diante do
sumo sacerdote: "Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu sempre ensinei
nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se congregam," (RSV). O
livro de Atos se refere a sinagogas em Jerusalém (Atos 6:9), Damasco (Atos
9:2), Chipre (Atos 13:5), Antioquia (Atos 13:14; 14:1), Macedônia e Grécia
(Atos 17:1, 10, 17; 18:4) e Éfeso (Atos 19:8)
A ADORAÇÃO NA SINAGOGA
Os evangelhos e o livro de
Atos geralmente falam da reunião do povo judeu no sábado para adorar na
sinagoga. As pessoas também se encontravam para adorar no segundo e no quinto
dia da semana. O culto na sinagoga começava com a confissão da fé recitando
Deuteronômio 6:4-9, 11:13-21 e Números 15:37-41, seguido de oração e leitura
das escrituras. A leitura da lei era básica (veja Atos 15:21) e era feita de
acordo com um ciclo de três anos. Os profetas também eram lidos, mas mais
casualmente. Ai vinham as interpretações. Conforme o conhecimento do hebraico
bíblico foi diminuindo na Palestina, uma tradução em aramaico das escrituras
era lida depois da leitura em hebraico. Depois disso um discurso era dado.
Qualquer um que fosse qualificado poderia falar ao povo, como fazia Jesus e o
apóstolo Paulo. O culto terminava com uma benção.
FUNÇÕES JUDICIAIS
O trabalho da sinagoga
também incluía a administração da justiça. Aqueles que infringiam a lei ou que
eram acusados de atos contrários a lei judaica eram trazidos diante dos anciãos
da sinagoga. Eles podiam, em circunstâncias extremas, excluir o ofensor da
sinagoga (veja João 9:22, 34-35; 12:42) ou mandar que ele fosse açoitado. Jesus
avisou os seus discípulos para estarem preparados para enfrentar qualquer uma
das duas situações (Mateus 10:17; João 16:2). Saul, como perseguidor dos
cristãos, enviou cartas endereçadas a sinagoga de Damasco. Foi-lhe dada
autorização para prender cristãos e trazê-los de volta a Jerusalém (Atos
9:2). A leitura da lei era o significado
central de adoração. Os ensinamentos da lei, especialmente para crianças, era
intimamente associada com a sinagoga. O
Novo Testamento se refere (Marcos 5:22, Lucas 13:14; Atos 18:8, 17) a dois
cargos em particular na sinagoga. O "governador da sinagoga" que era
responsável pela ordem e pela seleção do leitor da escritura. Um atendente
(Lucas 4:20) tirava e guardava os rolos da escritura. Mais tarde uma pessoa foi
escolhida como líder de oração.
O SINÉDRIO
O sinédrio era o conselho de
juízes - uma espécie de corte suprema - que operava em Israel por volta da
época de Jesus. Durante o período em que o sinédrio existia, outras nações
reinavam sobre Israel. Esse corpo de líderes consistia de 71 membros e fazia
seus negócios em Jerusalém. O nome
sinédrio vem das palavras grega sin (junto) e edrio (sentar). Esse termo é
usado vinte e duas vezes no Novo Testamento.
No Novo Testamento, o sinédrio aparece de uma maneira negativa. O
evangelho nos diz que foi esse o grupo que colocou Jesus em julgamento. No
livro de Atos vemos o sinédrio investigando e perseguindo a crescente igreja
cristã.
SUMO SACERDOTES
O Sinédrio era comandado por
um presidente que era conhecido como "o sumo sacerdote". Normalmente
os saduceus eram os sumo sacerdotes, que eram os homens mais poderosos do
Sinédrio. Um sumo sacerdote era o capitão do templo e o outro supervisionava os
procedimentos e comandava o guarda do templo (Atos 5:24-26). Os outros serviam
de tesoureiros, controlando os salários dos sacerdotes e trabalhadores e
monitorando a vasta quantia de dinheiro que vinha através do templo.
OS ANCIÃOS
A Segunda categoria
principal dos membros do sinédrio eram os anciãos. Esses homens representavam a
aristocracia sacerdotal e financeira na Judéia. Leigos distintos como com José
Arimtéia (Marcos 15:43), dividiam a visão conservadora dos saduceus e davam a
assembléia à diversidade de um parlamento moderno.
ESCRIBAS
Os membros mais recentes do
sinédrio eram os escribas. A maioria deles eram fariseus. Eles eram advogados
profissionais treinados em teologia, direito e filosofia. Eles eram organizados
em grêmios e normalmente seguiam rabinos ou professores célebres. Gamaliel, um
escriba famoso do sinédrio, que aparece no Novo Testamento (Atos 5:34), foi o
erudito que instruiu o apóstolo Paulo (Atos 22:3).
NOS DIAS DE JESUS
Nós sabemos mais sobre
alguns aspectos do Sinédrio nos dias de Jesus do que sabemos sobre ele antes ou
depois. Uma coisa que sabemos é a extensão de sua influência. Oficialmente, o
Sinédrio tinha só tinha jurisdição na Judéia. Mas na prática ele tinha
influência na província da Galiléia e até mesmo em Damasco (Atos 22:5). O
trabalho do conselho era basicamente julgar assuntos da lei judaica quando
surgiam discórdias. Em todos os casos, sua decisão era final. Eles julgavam
acusações de blasfêmia como nos casos de Jesus (Mateus 26:65) e Estevão (Atos
6:12-14) e também participavam na justiça criminal. Ainda não sabemos se o
sinédrio tinha o poder de punição capital. O filósofo judeu Filo, indica que no
período romano o sinédrio podia julgar violações ao templo. Isso explica as mortes
de Estevão (Atos 7:58-60) e Thiago. Gentios que eram pegos ultrapassando o
recinto do templo eram avisados sobre uma pena de morte automática. Porém, o
Novo Testamento e o Talmude discordam de Filo nesse ponto de vista. No
julgamento de Jesus, as autoridades estavam convencidas em envolver o
governador romano Pilatos, que por si só poderia mandar matar Jesus (João
18:31). De acordo com o Talmude, o sinédrio perdeu o privilegio de executar
punição capital "quarenta anos antes da destruição do templo" ou por
volta da época da morte de Jesus.
O TABERNÁCULO
Um tabernáculo é como uma
igreja, um lugar para encontrar Deus. O tabernáculo era a estrutura que os
israelitas construíam para a adoração. Depois do Êxodo, o povo israelita acabou
vagando pelo deserto por quarenta anos. Juntamente com os Dez Mandamentos, Deus
deu a Moisés instruções bem detalhadas em Êxodo (capítulos 25-40) de como o
povo tinha que construir o tabernáculo e adorar a Deus. Apesar de ser muito
luxuosa, essa estrutura era completamente portátil. Toda vez que os israelitas mudavam o seu
acampamento de lugar, o tabernáculo mudava com eles. Por ser portátil, o
tabernáculo também servia como um símbolo de que Deus andava com o povo de
Israel. Moisés ia ao tabernáculo para
determinar a vontade de Deus para o povo. Mais tarde, um templo (que não era
portátil) foi construído pelo rei Salomão com o mesmo layout do
tabernáculo. O tabernáculo era
diariamente usado como o meio em que o povo se relacionava com Deus. Incenso e
outras coisas eram oferecidas a Deus juntamente com orações e louvores. Deus
também estabeleceu dias específicos como o dia da expiação quando o povo e os
sacerdotes fariam tarefas especiais ou sacrifícios especiais para Deus. O tabernáculo se tornou o centro da
comunidade israelita enquanto eles estavam no deserto. Quando eles acampavam, o
lugar do acampamento de cada tribo era determinado pela localização do
tabernáculo. Os levitas ficavam em volta
do tabernáculo e as famílias de Moisés e de Arão sempre acampavam ao leste, na frente
da entrada. Mesmo na mudança, o tabernáculo permanecia central, com seis tribos
na frente e seis tribos seguindo a trás.
O ÁTRIO
A descrição do tabernáculo
na bíblia começa com o quarto de dentro - o Santo dos Santos também traduzido
como Santíssimo Lugar. No entanto quando
começou a construção do tabernáculo, as partes de fora foram feitas primeiro.
Dessa maneira é que vamos descrever o tabernáculo - de fora para dentro. A
bíblia deixa muito claro que a intenção é que esse fosse um lugar santo para se
reunir. Todos os materiais usados eram raros e valiosos, indicando que qualquer
coisa associada a Deus era para ser da melhor qualidade. As paredes da tenda
eram feitas de madeira de acácia que cresce naturalmente no Oriente Médio. Quando o tabernáculo era desmontado para ser
movido, muitas famílias tinham trabalhos específicos. O tabernáculo era cercado por um átrio
cercado (Êxodo 27:9-21). A moldura da cerca era feita de acácia coberta por
prata e descansava numa base de bronze. Cortinas de linho cobriam essa moldura
de fora. Elas eram penduradas em ganchos de prata de uma vara de prata. A
entrada, na face leste do átrio, era coberta por cortinas bordadas com cores as
cores azul, roxa e escarlate.
O ALTAR DE SACRIFíCIO
Nesse átrio estavam o
lavatório e o altar. O altar se era o primeiro objeto localizado na entrada do
átrio. Os pecadores não podiam entrar diante da presença de Deus, eles tinham
que oferecer um sacrifício por seus pecados.
É claro que os cristãos acreditam que Jesus Cristo foi o sacrifício
pelos pecados de todo o mundo, então podemos entrar na presença de Deus sendo
humildes e pedindo perdão. Mas nos tempos do Velho Testamento, coisas -
geralmente animais e grãos - eram oferecidos a Deus como parte da redenção dos
pecados. Esse altar foi desenhado para queimar sacrifícios. O altar foi
construído de madeira oca e coberto por bronze. Isso o tornava leve o
suficiente, apesar de seu tamanho, para ser carregado em varas cobertas de
bronze que passavam por argolas em bronze nas suas beiradas (Êxodo 27:1-8). Uma
grelha de bronze ficava no meio do altar para permitir que o ar fluísse para
dentro do fogo. Baldes para as cinzas, ganchos para a carne, as bacias para
recolher o sangue e as panelas também eram feitas de bronze. Nos cantos do
altar havia dois chifres também cobertos por bronze. Esses chifres podem ter
sido úteis para amarrar os animais que seriam sacrificados, e eles também eram
simbólicos. Como sinal de proteção uma pessoa em Israel podia ir ao altar e
bater nos chifres. Em tempos modernos,
pessoas que se sentem ameaçadas ainda procuram um santuário numa igreja quando
elas sentem que não há proteção ou justiça em qualquer outro lugar.
O LAVATÓRIO
Entre o altar e a tenda da
congregação do tabernáculo havia um lavatório ou pia de bronze (Êxodo
30:17-21). A sua localização - na entrada da tenda da congregação - evitava que
as partes interiores do tabernáculo se contaminassem com poeira. Deus é santo,
e ele exigia que os sacerdotes se limpassem antes de começarem a ministrar na
tenda do tabernáculo. O lavatório era feito de bronze e espelhos. As mulheres
que serviam na entrada do átrio do tabernáculo doaram os espelhos.
O LUGAR SANTO
O Lugar Santo era a primeira
parte da tenda de dentro do tabernáculo. Os sacerdotes podiam entrar ali para
fazer as suas rotinas diárias no lugar do povo de Deus. Dentro do Santíssimo
Lugar havia três peças importantes de mobília.
A MESA DO PÃO DA PRESENÇA
Essa mesa era feita de
madeira de acácia coberta de ouro (Êxodo 25:23-30). Quando o tabernáculo era
transportado, a mesa podia ser levada em varas que passavam dentro de argolas
de ouro nas pontas da mesa. Pratos,louças, jarras e tigelas de ouro eram
colocadas em cima da mesa. Provavelmente isso era relacionado com ofertas de
bebida. Cada sábado, doze bisnagas de pão eram colocadas nessa mesa,
simbolizando a provisão de Deus para as doze tribos de Israel.
O CANDELABRO DE OURO
A base para as lâmpadas
tinha sete hastes para segurar as lâmpadas (Êxodo 25:31-39). Elas queimavam só
o mais puro azeite de oliva e tudo era feito do mais puro ouro. As hastes
tinham o formato da flor de amêndoa com botões e pétalas. É provável que as
lâmpadas eram feitas para queimar continuamente.
O ALTAR DO INCENSO
O incenso era algo que
soltava um aroma agradável a Deus (Êxodo 30:1-10). O incenso também simbolizava
a oração, como ainda é nas igrejas episcopal, católica e ortodoxa.
Diferentemente do altar de sacrifício no átrio, esse altar era feito madeira de
acácia coberta de ouro, não bronze, e não era usada para sacrifícios. No
entanto, como no altar de bronze, havia chifres em cada canto e argolas e varas
para carregá-lo. Neste altar o sacerdote
queimava o incenso toda manhã e toda noite e todo ano no dia da expiação os
chifres eram ungidos com óleo.
NO SANTO DOS SANTOS ESTAVA:
A ARCA DA ALIANÇA
A arca era uma caixa de
madeira, como um baú, coberto em puro ouro (Êxodo 25:10-16) por dentro e por
fora. A arca representava a presença de Deus com a nação de Israel. Uma arca
era uma mobília religiosa comum naquela época no Oriente Médio, mas essa arca
era diferente. Na maioria das religiões
pagãs, o baú continha uma estátua da divindade sendo adorada. Neste caso, a
arca continha três itens que mostravam como Deus se relacionava com o seu povo:
as tábuas com os dez mandamentos (a orientação de Deus), a vara de Arão (a
autoridade de Deus) e uma jarra de maná (a provisão de Deus para necessidades
diárias do Seu povo). A arca era
portátil como tudo no tabernáculo. Varas compridas de madeira cobertas de ouro
passavam por argolas de ouro em cada canto. Essas varas não podiam ser
removidas nunca conforme Deus assim havia instruído (Êxodo 25:15).
O PROPICIATÓRIO
O lugar da expiação dos
pecados era no tampo da arca. Era o lugar onde eles achavam que Deus estava assentado.
Esse assento era um bloco de ouro puro que ficava em cima da arca (Êxodo
25:17-22). Desta maneira, Deus e sua misericórdia estavam acima da lei que
ficava dentro da arca. Havia dois querubins que ficavam um de cada lado do
bloco, olhando para o lado de dentro. Todo ano no dia da expiação (Levítico
23:26-31), sangue era espirrado no lugar da expiação no tampo da arca mostrando
assim como o sangue do sacrifício se relacionava com a misericórdia de Deus.
O TABERNÁCULO
Tenda provisória, onde o
Senhor falava a seu povo, Ex 33.7-10. Construção portátil, em forma de tenda,
que Deus ordenou a Moisés fizesse para servir de sua morada no meio do povo de
Israel, Ex 25.8,9, donde lhe veio o nome de habitação, Ex 25.9; 26.1, lugar
onde Jeová falava a seu povo, Ex 41.34,35, onde se achavam depositadas as
tábuas da lei ou o testemunho, “o tabernáculo do testemunho”, Ex 38.21; cp.
25.21,22; Nm 9.15, também denominado “casa do Senhor”, Ex 34.26; Js 6.24. Os materiais para construção do tabernáculo
foram adquiridos ali mesmo em larga quantidade. As madeiras vieram das
florestas do deserto. Deram os homens e as mulheres os braceletes, as
arrecadas, os anéis e os ornatos dos braços; todos os vasos de ouro foram
postos à parte para donativos do Senhor. Se algum tinha Jacinto, púrpura e
escarlata, linho fino e pelos de cabra, peles de carneiro, metais de prata e de
cobre, paus de cetim para vários usos, tudo ofereceram ao Senhor. Os príncipes
ofereceram pedras cornelinas e pedras preciosas para o éfode, Ex 35.21-29. O largo
dispêndio de metais preciosos para uma construção temporária ficou plenamente
justificado, uma vez que todos os materiais tinham de ser aproveitados, quando
se procedesse à construção permanente. O Senhor dá a Moisés as instruções
minuciosamente para a edificação do tabernáculo, a começar pela arca, que era o
ponto central para o encontro de Jeová com o seu povo, Ex 25.22.
Feições
essenciais e permanentes: a arca, a mesa dos pães da proposição
e o candeeiro de ouro, Ex 25.10-40, símbolo de cousas celestiais, Hb 9.23.
Seguem-se os pormenores, Ex 26.1-37; para o altar dos sacrifícios, Ex 27.1-8;
para a localização do átrio, Ex 27.9-19. O candeeiro deveria ser alimentado com
azeite puro de oliveira para conservá-lo sempre aceso, Ex 27.20,21. O cap.
25.30 de Êxodo fala sobre os pães da proposição que deveriam estar sempre na
presença de Deus.
Aproximação
a Deus, por mediação do sacerdócio. Sua instituição, Ex 28.1;
suas vestes, Ex 28.2-43, modo de sua consagração, Ex 29.1-36. Depois de criada
a ordem sacerdotal, vêm as especificações referentes ao altar, Ex 29.37, e ao
sacrifício perpétuo, Ex 29.38-42.
Passa
em seguida para o altar dos incensos, Ex 30.1-10, simbolizando a
adoração que o povo santificado oferece a seu Deus. Somente neste lugar é que
se fala do altar dos perfumes em separado dos demais objetos que ornavam o
tabernáculo. Deveria ocupar logicamente o ponto em que o povo oferecia as suas
adorações ao Senhor. Em outros lugares, figura ele em conjunto com as outras
peças na ordem seguinte: a arca, a mesa, o candeeiro, o altar dos incensos e o
altar dos sacrifícios, como se diz em relação a estes objetos, Ex 37.25-28, na
enumeração de todas as peças, Ex 39.38. nas instruções sobre a maneira de
levantar o tabernáculo, Ex 40.5, e na história final de sua elevação.
Provisões
para as necessidades do culto: A contribuição de meio
siclo preço do resgate de cada pessoa, Ex 30.11-16, a bacia de bronze, Ex
30.17-21 as santas unções de óleo, Ex 30.22-33, e o incenso, Ex 30.34-38.
O tabernáculo formava um
paralelogramo de 18 m de comprimento por 6 m de largo, com entrada pelo lado do
oriente. A parte traseira e os dois lados eram feitos com 48 tábuas, 20 de cada
lado e 8 nos fundos, das quais, duas formavam os ângulos, todas cobertas de
ouro. As tábuas apoiavam-se em bases de
prata duas em cada tábua, ligadas entre si por barrotes de pau de cetim; cinco
para conterem as tábuas a um lado do tabernáculo outros cinco para o outro
lado, e cinco para o lado ocidental, presos a argolas de ouro, Ex
26.15-30. Toda a frente servia de
entrada, onde se erguiam cinco colunas de pau de cetim douradas, cujos capitéis
eram de ouro e as bases de bronze, de onde pendia um véu de jacinto e de
púrpura. O interior dividia-se em duas secções, separadas por uma cortina
suspensa de quatro colunas douradas, com capitéis de ouro e bases de prata, Ex
26.32,37. Os dois compartimentos ficavam na parte ocidental, onde se achava o
santo dos santos e o santuário, ou lugar santo, Ex 26.16.
AS QUATRO CORTINAS
- A coberta e os lados tinham uma cortina de linho
retorcido de cor de jacinto, de púrpura e de escarlata com querubins. Esta
cortina era feita em dez pedaços, cinco pedaços eram enlaçados uns com os
outros, e os outros cinco se uniam do mesmo modo, de sorte que formavam duas
peças que se prendiam entre si. Uma formava a coberta e três lados do santo dos
santos, e a outra, a coberta e outros dois lados do santuário.
- A principal coberta
externa do Tabernáculo, era de pelos de cabra e consistia de onze cobertas
estreitas. Estas onze cobertas se ajuntavam umas às outras, formando duas
secções: uma com cinco, e outra com seis, A parte formada pelas cinco cobria o
teto e três lados do santo dos santos; a mais larga cobria o teto e os lados do
santuário.
- A terceira coberta era de
peles de carneiro, tintas de vermelho.
- À entrada do santuário
pendia um véu e outro em frente do santo dos santos. Cada um deles era de cor
de jacinto, de púrpura e de escarlata, e de linho fino retorcido, com lavores
de bordados, com figuras de querubins, para indicar que ninguém se poderia
aproximar da presença de Jeová.
O tabernáculo ocupava um
átrio retangular de 100 côvados de comprimento na direção de leste a oeste, e
de 50 de largura de norte para sul, cercado por vinte colunas de cada lado com
outras tantas bases de bronze e capitéis de prata, cada uma separada da outra,
5 côvados, com cortinas de linho retorcido. Na entrada do átrio havia uma
coberta de vinte côvados, de jacinto, de púrpura, de escarlata tinta duas vezes,
e de linho fino retorcido, com quatro colunas e outras tantas bases, Ex
27.9-18. O tabernáculo ocupava a metade
da parte ocidental do átrio; o mar de bronze e o altar dos sacrifícios ficavam
na outra metade para o lado do oriente sem coberta alguma A arca era o ponto de
convergência de todo o cerimonial e ocupava o santo dos santos. No santuário,
bem defronte do véu que o separava do santo dos santos, erguia-se o altar dos
incensos, que, não obstante, também pertencia ao oráculo, 1Rs 6.22; Hb 9.3,4.
Neste mesmo apartamento estava a mesa dos pães da proposição ao lado direito, e
ao lado esquerdo, o candeeiro de ouro. Fora do átrio, estava o mar de bronze e
o altar dos sacrifícios. A dedicação do
tabernáculo fez-se no primeiro dia do segundo ano depois que os israelitas
saíram do Egito. Durante o dia, cobria-o uma nuvem, e durante a noite, pairava
sobre ele uma coluna de fogo, enquanto durou a viagem pelo deserto. Quando se
levantava acampamento, os levitas se encarregavam de desmontar o tabernáculo e
de novo o levantarem em outro lugar, Ex caps. 26; 27.9-19; 35.4-36; 38;
40.1-38. Enquanto durou a conquista de Canaã, a arca permaneceu no campo em
Gilgal. Depois de se estabelecerem na terra prometida, Josué levantou o
tabernáculo em Silo, onde permaneceu em todo o tempo dos juizes, Js 18.1. Parece que em torno do santuário havia
dependências destinadas aos sacerdotes e à guarda das ofertas que o povo fazia
ao Senhor, 1Sm 3.3; cp. acampamento dos levitas em torno dele, Nm 3.23,29,35.
Estas dependências com certeza Eram protegidas de modo diverso, por que era o
tabernáculo. Fala-se em tendas, 2Sm 7.6, em porta do tabernáculo do testemunho,
Js 19.51; 1Sm 2.22, em habitação de Jeová, Js 22.19,29; Jz 19.18; 1Sm 1.7,24;
3.15. Quando os filisteus tomaram a arca, o tabernáculo perdeu toda a sua
glória e todo o seu valor, Sl 78.60. No reinado de Saul a arca esteve em Nobe,
1Sm 21.1. No reinado de Davi e no de Salomão, até à construção do templo, o
tabernáculo estava num alto que havia em Gabaom, 1Cr 16.39; 21.29. Depois que
Salomão edificou o templo, segundo o modelo do tabernáculo, porém em mais
largas proporções, tudo que havia no tabernáculo foi transferido pra ele. 1Rs
8.4; 2Cr 5.5.
FESTA DOS PÃES ASMOS- 15
dias
PENTECOSTES Pelo menos -2
meses
DIA DAS TROMBETAS Impossível
determinar
DIA DA EXPIAÇÃO- 10 dias
FESTA CABANAS/TABERNÁCULOS-
15 dias
OITAVO GRANDE DIA- 22 dias
Ou seja. Com base nos dados acima,
podemos ver, que para sabermos quando serão as festas da primavera, estamos
dependentes do aparecimento da lua de aviv. A lua de aviv decretará o início do
primeiro mês, e também o início do ano bíblico, logo o 1º dia de aviv será
quando a lua se torna visível no céu. Contudo, vemos que até à Pascoa ainda
restam catorze dias. Ou seja, é possível saber com uma antecedência de catorze
dias, quando será a Páscoa; com uma antecedência de 15 dias quando será a festa
dos asmos; e com pelo menos 2 meses de antecedência quando será o Pentecostes,
isto porque todas as festas da Primavera, dependem da lua de aviv/1º mês. Assim
como as festas de Outono dependem da lua do sétimo mês. A Festas das Trombetas
aponta para a segunda vinda do Messias, Yeshua, e é possível que exista aqui
uma relação bastante interessante; Na medida em que a Festa das Trombetas é a
única festa que é impossível decretar de antemão o seu dia exacto, relacionemos
então isso com as Palavras de Yeshua: Mateus 24:36 “Mas daquele dia e hora
ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai.” Mesmo que saibamos
mais ou menos em que dia se dará (neste caso no dia da Festa das Trombetas num
ano que somente o Eterno sabe), tal facto estará sempre dependente do
aparecimento da lua, e isso dependerá unicamente da vontade de YHWH, não há
cálculos que possam determinar isso. Atos 1:7 "E disse-lhes: Não vos
pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio
poder." Mateus 24:31 "E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol
escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as
potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do
homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem,
vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus
anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde
os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus." Atentemos bem para
o texto acima de Mateus, vemos que:
- "a lua não dará a sua
luz" (não é especificado quantos dias isto durará, mas isso fará com seja
impossível determinar o início do sétimo mês) mas vemos que logo após isso;
- "aparecerá no céu o
sinal [a lua que determinará o cumprimento profético da Festa das Trombetas] do
Filho do homem";
- que virá ao som da sétima
e última trombeta; Depois desta breve introdução, iremos então falar da Festa
que está às portas, e que ocorrerá assim que a lua nova se tornar visível nos céus
(o primeiro feixe luminoso do quarto crescente).E Falou YHWH a Moisés, dizendo:
“No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memória (não uma sombra) de
jubilação, SANTA CONVOCAÇÃO. Nenhuma obra servil fareis…” (Levítico 23:23-25). "Mas
nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o
segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos." (Apocalipse10:7)
É-nos mostrado aqui aquele abençoado e iminente acontecimento no Plano de Redenção
do Altíssimo, quando Yeshua haMaschiach vier outra vez, nas nuvens, com
alarido, com voz de arcanjo, e com a Trombeta de YHWH (1ª Tessalonicensses
4:14-17). Será “ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos
ressuscitarão incorruptiveis, e nós seremos transformados” (1ª Coríntios
15:52).Jamais ganharíamos a vida eterna se Yeshua não retornasse para
ressuscitar os mortos – e, se não houver ressurreição, “os que dormiram em
Yeshua estão perdidos” (1ª Coríntios 15:18). Na sétima ou última trombeta
(Apocalipse 11:15-19) o Messias Yeshua, intervirá diretamente nos assuntos do
mundo. A trombeta tinha várias funções, e uma delas era declarar alarme, logo é
associada também a símbolo de guerra. Ele virá em tempo de guerra mundial –
quando as nações estarão enfurecidas! Tão logo que o trabalho de reunir as
primícias esteja completo, no final desta presente era (retratada em
Pentecostes), Yeshua começa a reedificar o tabernáculo de David (Actos 15:16) –
para estender a Sua mão, pela segunda vez, para recuperar o remanescente do Seu
povo (Isaías 11:11) – e buscar, até encontrar, as Suas ovelhas perdidas e sem
salvação – porque os ministros das igrejas deste mundo, falharam em fazê-lo
durante este período (Ezequiel 34:1-14). Isaías 27:13 “E será naquele dia que
se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos (a Casa de
Israel/Reino do Norte/Efraim) pela terra da Assíria, e os que foram desterrados
para a terra do Egito, tornarão a vir, e adorarão ao Senhor no monte santo em
Jerusalém.” Quando será Israel reunido? Ao som da última trombeta, na segunda
vinda de Yeshua haMaschiach. Devido ao facto das congregações terem esquecido o
Festival das Trombetas, muitos acham que o retorno de parte dos judeus para a Terra
Santa, e o estabelecimento agora, de uma nação chamada de Israel é o cumprimento
desta profecia. Essa foi apenas parte do cumprimento da profecia, pois o pleno
cumprimento, só se dará na segunda vinda do Messias A directa intervenção de
Yeshua na administração do mundo será o próximo acontecimento no Plano de
Redenção. E talvez a gloriosa segunda vinda de Yeshua venha a ocorrer, seja em
que ano for, no dia da Festa das Trombetas – quem sabe? Enquanto não podemos
dizer com certeza, podemos aventar essa possibilidade. A crucificação deu-se no
dia de Páscoa – no dia exato! Ele subiu ao Pai no dia das Primícias, O Espírito
Santo veio, e começou a selecionar as primícias da salvação, no dia exato do
Pentecostes. Se não estivessem aqueles 120 discípulos a observar este sábado
anual – se eles não tivessem reunidos em santa convocação – a congregação não
teria recebido a bênção do Espirito Santo. É bom lembrar que Yeshua nos
advertiu para que vigiássemos relativamente à Sua segunda vinda. Será possível
recebermos a bênção na segunda vinda de Yeshua se não estivermos preparados
para nos encontrarmo-nos com eles, e observando a Festa das Trombetas, tal como
a Igreja Apostólica estava a guardar a Festa do Pentecostes? Mateus 25:1-13
“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas
lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco
loucas. As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mas as
prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. E, tardando o
esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um
clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro. Então todas aquelas virgens se
levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes:
Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes
responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos
que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo,
e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a
porta. E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor,
abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de
vir. Não podemos naturalmente dizer, mas segundo as evidências e correspondências
da Palavra nos acontecimentos passados, e sabendo que as Festas Solenes são também
sombras de eventos que se dariam na pessoa de Yeshua, é bem possível que a
segunda vinda do Messias seja num dia de Festa, neste caso, o das Trombetas. As
Escrituras revela-nos de forma detalhada a Segunda Vinda do Messias Yeshua com
poder supremo para estabelecer o reino de YHWH sobre a terra. No entanto, o
mundo parece não entender quase nada acerca deste evento profético e da
solenidade ou santa convocação anual que o retrata! Façamos uma reflexão!
Dentro de poucos anos, YHWH enviará o seu filho, Yeshua haMaschiach, novamente
à terra – agora para salvar a humanidade da destruição em massa; para pôr fim
ao sofrimento e à desgraça humana, e trazer a paz – a Shalom Verdadeira – a
felicidade e a alegria para toda a humanidade. Ele virá governar e julgar todas
as nações e dar início ao pacífico e feliz mundo vindouro, em hebraico: “Olam
Habá”. O que é muito diferente da doutrina que o “céu é o galardão do salvo”,
que já tivemos oportunidade de abordar nos estudos anteriores. Uma Nova
Civilização Durante 6.000 anos, desde o pecado de Adão, YHWH tem permitido que
os seres humanos sofram as consequências dos seus próprios erros. Agora o homem
está em posição de destruir toda a vida deste planeta, com o desenvolvimento de
armas de destruição maciça (armas químicas, e nucleares). A menos que Yeshua
retorne à terra para restaurar o governo de YHWH e pôr um fim à arte da guerra,
nenhum ser humano sobreviverá! Do Plano-Mestre do Elohim Todo-Poderoso de 7.000
anos para a salvação, os primeiros 6.000 foram entregues ao homem para que ele
fizesse o que desejasse. Durante esse período, as civilizações têm-se
desenvolvido com base no caminho de Satanás, que está sobre o trono da terra. Yeshua
quando retornar, porá fim ao governo de Satanás, dando início aos 1.000 anos de
governo do reino de YHWH sobre a terra. Uma Nova civilização com base na
Lei/Torá/Instrução de YHWH dominará a terra. A Festa das Trombetas num certo
sentido, é o ponto focal, ou a Santa Convocação central no Plano de Elohim Todo
Poderoso. Não retrata somente a época terrível da desgraça e guerra que se
abaterão sobre esta geração, mas também mostra a intervenção do Messias Yeshua
para salvar a vida do extermínio, e estabelecer o reino de YHWH. Esta
Solenidade também mostranos a segunda Vinda de Yeshua para ressuscitar as
primícias dentre os mortos. Enquanto os discípulos olhavam Yeshua subindo ao
céu, dois anjos disseramlhes que Ele voltaria (Actos 1:11). “Virei outra vez”,
disse Yeshua aos Seus discípulos (João14:3). Há 2000 anos, Yeshua veio, como um
humilde mensageiro, anunciar a boa nova da vinda do Reino de YHWH. Mas, da
segunda vez, Ele virá com todo o poder e glória para estabelecer o Reino de
YHWH. O significado das Trombetas Sete é o número especial de YHWH, que significa
acabamento e perfeição. O sétimo mês do calendário bíblico contém os últimos
dias de festa que resumem o Plano Mestre da Salvação de YHWH. O primeiro dia do
sétimo mês assinala o começo das fases finais do Plano de YHWH. Levítico 23:24:
“Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis
descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação”. Foi desta
cerimónia que a Festa das Trombetas tomou o nome que tem. A declaração em
hebraico “um memorial com sonido de trombetas” significa um “memorial de triunfo,
ou brado de alegria (com trombetas).” Além das trombetas de prata
(chatsotserah, em hebraico) que eram tocadas na Festa, um outro instrumento era
regularmente tocado. A tradição hebraica preserva o registo de que a buzina de
chifre de carneiro (shofar em hebraico) era anualmente tocada no primeiro dia
do sétimo mês – na Festa das Trombetas (Yom Teruah, no hebraico) – Talmude,
“Rosh Hashana” Mishnah 26b.
As trombetas de prata podiam
produzir uma variedade de notas musicais, mas o chifre de carneiro produzia
somente um som penetrante ou agudo. Este som agudo é sempre referido nas
Escrituras como um brado, ou ruído – que não tinha conotação musical mas funcionava
como uma advertência. Jeremias 4:19-21: “Ah, entranhas minhas, entranhas
minhas! Estou com dores no meu coração! O meu coração se agita em mim. Não
posso me calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido
da guerra. Destruição sobre destruição se apregoa; porque já toda a terra está
destruída; de repente foram destruídas as minhas tendas, e as minhas cortinas
num momento. Até quando verei a bandeira, e ouvirei a voz da trombeta?” A
trombeta ou o shofar, era usada como brado de guerra. Esse som provocava temor
aos que o ouviam porque eles sabiam que o horror da guerra era iminente! É o
aviso de uma crise iminente que distingue a Festa das Trombetas dos outros dias
Santos de YHWH. É este aviso de guerra que dá à alegre Festa das Trombetas a
sua nota contrastante de solenidade. Yeshua Pleiteia com as Nações No livro do
Apocalipse estão narrados mais ou menos de forma cronológica as grandes
revelações para esta geração, e no qual encontramos a profecia das sete
trombetas, simbólicas dos terríveis e cataclismos eventos mundiais que ocorrerão
pouco antes do retorno de Yeshua. O tempo estabelecido para as sete trombetas –
é o tempo da ira de YHWH contra a humanidade rebelde (Apocalipse 6:16-17). O
tempo da ira de YHWH, é o tempo quando o Altíssimo intervém nos assuntos do
mundo para puni-lo pela sua maldade! É tempo de YHWH pleitear contra toda a
carne na linguagem que a humanidade conhece. É o tempo da intervenção
sobrenatural de Yeshua nos negócios do mundo, anunciada por meio de espantosos
e sobrenaturais sinais no céu (vs. 12-16). Os homens que levam uma vida de
pecado estarão aterrorizados de medo e irão esconder-se de YHWH quando
perceberem que é Ele que está a intervir sobrenaturalmente (vs. 15-16). A
próxima etapa depois de aparecerem estes sinais da vinda de Yeshua (Apocalipse
7:1). Estes quatro ventos são aqueles que sopram as quatro primeiras das sete
trombetas. As trombetas anunciam a intervenção directa de YHWH nos negócios do
mundo para poupar a humanidade da destruição total – a vida humana e animal. YHWH
protegerá os Seus servos fiéis (Apocalipse 7:2-3). Quem são estes servos de
YHWH? (vs 4-8). Compare-se com Actos 26:7, onde os membros da Congregação
Apostólica, os do Caminho, dos dias de Paulo são mostrados como israelitas
convertidos, e organizados em 12 tribos. Existe também um grande número de
pessoas que vão ser chamadas durante a grande tribulação (Apocalipse 7:9-14).
Estas pessoas arrepender-se-ão dos seus pecados, durante ou prestes ao final da
grande tribulação (vs. 14). A grande e incontável multidão formada de todas as
nações referidas no vs 9, arrependese dos seus velhos hábitos pecaminosos e volta
para o Elohim Todo Poderoso numa entrega total e pessoal. YHWH lava os seus
pecados com o sangue de Yeshua haMashiach – o Cordeiro Pascal, (vs .14). “Estes
são”, declarou um dos anciãos no trono de YHWH, “os que vieram da grande
tribulação”, Estas multidões receberão a vida eterna e servirão a YHWH dia e
noite no Seu templo (vs 15). Apocalipse 8:1-6 fala-nos da protecção aos selados
pelo Espírito Santo das pragas anunciadas pelas trombetas que soarão no dia de
YHWH. Que o Altíssimo nos livre do que está anunciado no vs. 7. Todo o capítulo
8 revela-nos grandes cataclismos que sacudirão toda a humanidade (vs. 13).
Estes três ais envolvem três importantes batalhas finais, cada qual tão
terrível que o Elohim Todo-Poderoso as denomina “ais”. Cada batalha é tão
destrutiva que somente YHWH será capaz de reparar os danos causados pelos
exércitos dos homens sobre a face da terra. Na terceira batalha – no terceiro
“ai” e última trombeta – toda a humanidade será salva da extinção. Somente por
milagre de YHWH. Se o Pai não interviesse, os homens destruiriam o último
vestígio de vida humana da face da terra. Estes terríveis eventos fazem da
Festa das Trombetas um dia solene. Mas para nós ou para aqueles que começaram a
obedecer agora ao governo de YHWH, é um tempo de regozijo. As sociedades desordenadas
que imperam hoje serão abolidas, e o reino de YHWH será estabelecido por Yeshua
haMaschiach. Que acontecerá quando a sétima trombeta tocar e o terceiro ai
começar? (Apocalipse 11:14-15). Será uma época de verdadeiro regozijo no céu
(16-17). Mas qual será a reação das nações deste mundo (vs 18). Yeshua, o nosso
Governante, não será automaticamente aceite pelas nações em guerra, como o Rei
da terra. O mundo organizado em Nações Unidas – de todas as nações das
profecias bíblicas – reunir-se-á num esforço conjunto com a besta, colocando os
seus exércitos na Terra Santa para desafiar Yeshua. A besta já fez todo um trabalho de confusão,
e de prodígios anteriores que confundiram toda a humanidade excepto o
remanescente dos fiéis (desenvolveremos noutro estudo), este impostor convence
o mundo que o impostor é o que veio depois dele. O mundo então considerará
Yeshua como inimigo e estarão furiosos por Ele ter vindo dominar todos os
governos da terra. Esta é a batalha culminante, que decidirá o resultado da
“Terceira Guerra Mundial” É este o tempo da intervenção de YHWH o tempo da Sua
justa ira contra a humanidade rebelde (Apocalipse.11:18). Existem outras
passagens que falam deste tempo (Apocalipse 15:1). Tal como o sétimo selo está
dividido nas sete últimas trombetas, assim a sétima trombeta está dividida nas
sete últimas pragas. Estas pragas finalmente esmagarão toda a rebelião e
levarão a humanidade a se ajoelhar numa atitude de arrependimento. Assim seja
Altíssimo! A Festa das Trombetas de YHWH retrata o tempo destes e outros
culminantes acontecimentos e ao estabelecimento do Reino. Os Seus servos fiéis
se regozijarão na segunda vinda de Yeshua, Eles compreenderão o que está acontecendo
nos assuntos do mundo porque têm observado a Festa das Trombetas – o Dia Santo
no Plano Mestre de YHWH para a salvação que retrata o retorno de Yeshua para
governar de Jerusalém todas as nações. Colheita das Primícias na Ultima
Trombeta Porque é que os eleitos de YHWH se regozijarão ao som da sétima
trombeta, quando todas as nações da terra estarão de luto? (Mateus 24:30-31). Quando
Yeshua retornar à terra com o brado de um arcanjo e a trombeta de YHWH, que
acontecerá àqueles que fielmente obedeceram ao governo de YHWH? (1ª Coríntios
15:52 – 1ª Tessalonicenses 4:16-17). Quando acontecerá a mudança para a
imortalidade – será ao som da última trombeta. 1ª Corintios 15:52; “Num
momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta
soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” Quando
o apóstolo Paulo usa o pronome “nós” ele refere-se aos verdadeiros crentes que
entregaram a sua vida a YHWH em obediência à sua Lei/Torah/Instrução, e
receberam o Espírito Santo. Estes são os “escolhidos” que serão levantados da
morte para receberem a imortalidade na primeira ressurreição, bem como aqueles
“eleitos” que ainda estejam vivos na segunda vinda de Yeshua (Apocalipse
20:4-6). As primícias da salvação terão a grande honra de ser assistentes do
Messias Yeshua na obra maravilhosa de construção da nova civilização. Eles
reinarão com Yeshua, ajudando (Apocalipse 5:9-10) a fazer a maior colheita
espiritual durante e depois do Milénio. O Elohim Todo-Poderoso tem Seus discípulos
fiéis como encarregados de advertir os descendentes modernos da antiga Israel
da sua punição iminente por causa dos seus graves pecados (Ezequiel 33:1-20). Hoje,
YHWH vem advertindo esta geração através dos Seus próprios chamados e
escolhidos a quem comissionou para fazer a advertência – para tocar a trombeta
da guerra iminente. A Festa das Trombetas é um dia de regozijo – e, como o
Sábado semanal, é Santo (Neemias 8:2, 9-12). Nos dias de Esdras, a congregação
de Israel – a Igreja ou Assembleia do chamado Velho Testamento – Observava a
Festa das Trombetas (Neemias 8:1-2). Esdras leu para o povo a
Lei/Torah/Instrução durante a Festa das Trombetas. Este é o nosso propósito,
alertar, e tentar explicar como vamos entendendo, e de tudo o que nos vem parar
às mãos retemos o que é Bom (1ª Tessalonicenses 5:21 – Apoc. 2:25) e
empenhamo-nos na pregação com todas as nossas forças (Eclesiastes 9:10),
tentando ser sempre fiel ao Shemá (Deuteronómio 6:4-5). Eclesiastes 9:10 “Tudo
quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na
sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem
sabedoria alguma”. “Ouve, Israel, YHWH é o Teu Elohim, YHWH é UM. Amarás, pois,
YHWH teu Elohim de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas
forças.” Deuteronómio 6:4-5. Guardemos a Festa das Trombetas, pois essa foi a
instrução do Eterno para todo o Israel. Ora se somos de Yeshua, somos descendência
de Abraão e herdeiros conforme a Promessa (Gálatas 3:29), nisto não há judeu
nem grego, mas um (povo) em Yeshua (Gálatas 3:28). Atentemos para os seus
mandamentos, para que não sejamos culpados do sangue de Yeshua, que pagou um
alto preço para nos resgatar do pecado. Hebreus
6:4-6 “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o
dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, E provaram a boa
palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, E recaíram, sejam outra vez
renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o
Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.” Lembra-te amigo que estás a ler isto.
O Dia das Trombetas é um dia de Santa Convocação, em que nenhum trabalho deverá
ser feito, logo, deverá ser observado como se fosse um sábado semanal.
Lembra-te que as trombetas têm vindo a tocar, mas poucos lhes têm dado ouvidos.
“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei
em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Apocalipse 3:20 A trombeta
toca, Ele bate à porta, mas poucos querem ouvir a trombeta, e poucos querem
abrir a porta. Perdoa-nos Pai Santo as nossas falhas, e vem soar o shofar
(trombeta) nos ouvidos daqueles que ainda dormem, e também nos nossos, para que
nunca nos esqueçamos quem somos (Deuteronómio 7:6; Apocalipse 1:6; Apocalipse
14:2). Shalom para todos, e que o Eterno permita que todos nós possamos
observar da melhor forma possível este grande dia do Plano de Salvação de YHWH
para a humanidade.
A FESTA DAS TROMBETAS
(Yom Teruah – dia de soprar
as trombetas.
Zikhron Teruah – dia do
grito ou de gritaria: a voz do shofar)
No mundo hebraico existem
duas designações para este dia:
• A primeira relaciona-se
com o calendário civil, Rosh Ha-shanah (que significa Cabeça do Ano) e
corresponde ao 1º dia do ano civil no calendário de Israel – Tishri – 1º mês do
ano1; é, por tradição, considerada a data do início da criação do mundo, embora
do ponto de vista litúrgico, Tishri seja considerado o 7º mês. Coincide com
Setembro/Outubro, conforme os anos do calendário gregoriano.
• A segunda, a verdadeira,
pois é apontada pelo próprio Senhor YHWH, designa o dia da Festa como Yom
Teruah (Dia do soprar das trombetas, o “Shofar” – chifre de carneiro; dia do
grito ou gritaria); traduz a verdadeira essência espiritual da festa que YHWH
instituiu de acordo com o Seu calendário e que se explica de seguida. Neste dia
especial que ocorrerá em breve (toque da 7ª trombeta de Deus, Yom Teruah) com a
segunda vinda do Rei eterno Senhor Yeshua, ocorrerá a primeira. Este é um dia
assinalado no calendário rabínico-farisaico. Como já é do nosso conhecimento,
não nos devemos orientar pelas marcações que os homens fizeram há cerca de
1.700 anos atrás com base em cálculos matemáticos e astronómicos (em
Babilónia), mas pela indicação dos sinais dados no início de cada mês pelo
próprio Deus através da Lua Nova, i.e. através do Calendário de YHWH. ressurreição e a coroação de Yeshua como Rei
sobre todas as nações – Daniel 7:14
– “E foi-lhe dado o domínio,
e a honra, e o reino, para que todos os povos,nações e línguas o servissem; o
seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não
será destruído”. Como era habitual em Israel, o rei era coroado no 1º dia do 7º
mês – Tishri. A cerimónia de entronização (já feita no céu com Yeshua) envolvia
quatro aspectos sequenciais, o que virá também a acontecer no dia glorioso da
Sua segunda vinda – pois Yeshua veio primeiro como profeta e servo (Cordeiro de
Deus), foi depois ressuscitado como Sumo-Sacerdote, e virá finalmente como Rei
dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19:11-16):
1. Sai o decreto – Salmo
2:6-7
2. Cerimónia da tomada do
trono e entrega do ceptro – Génesis 49:10;
2.Samuel 5:3; 1.Reis
1:39-40, 45-46; Apocalipse 4:1-4; 9-11; Hebreus 1:8
3. A aclamação – 1.Reis 1:34;
2.Reis 11:12; Salmo 47:1-7
4. Os súbditos do Rei
prestam-Lhe juramento de fidelidade – Salmo 50:4-5. Desde sempre o soar das
trombetas esteve associado a sinais de perigo ou de chamamento da congregação
para que atenda a um evento especial; soa como aviso, alarme, perigo, chamada
para a reunião, para a assembleia, conforme muitas passagens bíblicas o confirmam;
e.g. Números 10:1-10. Esta solenidade deve ser celebrada no 1º dia do mês 7º do
calendário hebraico – (Tishri), conforme está em Levítico. 23:23-25 e em
Números 29:1: “Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro
do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação.
Nenhum trabalho servil fareis, mas oferecereis oferta queimada a YHWH”. Esta é
a única festividade que é celebrada num dia de Lua Nova, por isso também é conhecida
como a Festa da Lua Nova (Rosh Chodesh) – Salmo 81:3-4: “Tocai a trombeta na
lua nova, no tempo apontado da nossa solenidade. Porque isto é um estatuto para
Israel, e uma lei do Deus de Jacob”. Para além do toque do shofar (feitas de
chifres de carneiro) neste dia, em todo o Israel, eram também tocadas as
trombetas de prata (Chat-zotzrah) que Deus mandara fazer: Números 10:2, 10. Que
significado tem hoje a Festa da Trombetas para o povo de Deus? Este dia
significa:
• O anúncio de Deus dado a
Israel (e a todos os povos) do julgamento vindouro, o Julgamento do Santo de
Israel, YHWH, sobre toda a humanidade, o qual deverá ocorrer no Dia da
Expiação, dez dias mais tarde, pelo que o povo é chamado a lembrar-se do seu
Deus e a arrepender-se dos seus atos, antes que venha o Seu julgamento: Salmo
51:17 – “Os sacrifícios para À semelhança com o costume antigo nas aldeias em
Portugal, quando se tocavam os “sinos a rebate”. Identificado pelo aparecimento
da Lua Nova conforme já se explicou. Deus
são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não
desprezarás, ó Deus”. Amós 4:12 – “Portanto, assim te farei, ó Israel! E porque
isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus”. Será
que cada um de nós está a preparar o seu coração em obediência, humildade e
contrição para se apresentar perante O Deus Todo Poderoso?
• O soar das trombetas de Deus
que apela ainda à chamada ao arrependimento. Será no dia do toque da 7ª trombeta
que YHWH intervirá global e diretamente nos acontecimentos deste mundo, pondo
fim ao atual estado de pecado e desobediência em que o mundo se encontra – 1.Tessalonicenses
4:16-17 – “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com
eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o
Senhor”. E em 1.Coríntios 15:51-52 – “Eis aqui vos digo um mistério: Na
verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento,
num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e
os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. Estes
ensinamentos mostram-nos com clareza que a primeira ressurreição (ou a
ressurreição dos justos) ocorrerá com a vinda gloriosa de Yeshua, quando a 7ª
trombeta soar, num dia em que se celebra o estatuto de Deus do Dia das
Trombetas.
• Aponta-nos ainda a
tradição judaica que foi neste dia que Isaac iria ser oferecido em holocausto a
YHWH, por seu pai Abraão, quando YHWH proporcionou um animal no seu lugar. Esta
trombeta de que nos fala Paulo aqui, é a 7ª e última trombeta que se encontra descrita
em Apocalipse 8:2 e 11:15, e que assinala o início do Reino Milenar do Messias,
em que os reinos deste mundo passarão para Ele e para os Seus escolhidos –
Apocalipse 11:15 – “E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes
vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu
Cristo, e ele reinará para todo o sempre”. Acerca do grande Dia do Senhor YHWH
diz-nos a Palavra de Deus que será um dia de júbilo para os escolhidos, os que
esperam o seu regresso e lavaram os seus vestidos no sangue do Cordeiro, mas
dia de condenação para os que não aceitaram a “Salvação de YHWH”, sobre os
quais cairá a irá do Altíssimo: Mateus.24:30-31 – “Então aparecerá no céu o sinal
do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do
homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará
os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus
escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” Ver
também Apocalipse 20:5-6; Daniel 12:1-3. Não confundir a Palavra de Deus e as
Suas profecias verdadeiras com um erro doutrinal que se tornou muito popular há
cerca de 150 anos a esta parte e que nos fala do “arrebatamento da igreja”
antes que ocorra o chamado período da grande tribulação do tempo do fim. O
verdadeiro arrebatamento só ocorrerá na vinda de Yeshua como Rei eterno. Isaías
27:12-13 – “E será naquele dia que YHWH debulhará seus cereais desde as correntes
do rio, até ao rio do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a
um. E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam
perdidos... tornarão a vir, e adorarão a YHWH no monte santo em Jerusalém”. O
profeta fala-nos aqui dos que “andavam perdidos”. Que significa isto? Não
andávamos todos perdidos, desviados do caminho de Deus? Sim, é verdade, todos
nos desviámos desse Caminho santo. Mas, muitos, pela graça de Deus, voltaram a
encontrar esse Caminho e a andar Nele (Yeshua). Não nos disse Yeshua, O
Messias, que veio buscar o que se havia perdido? E não mandou Ele os Seus
discípulos senão às ovelhas perdidas da Casa de Israel? Vemos então que essas
ovelhas estão a voltar ao aprisco do seu Pastor. E estas, quais filhos pródigos,
são as que ouviram a Sua voz, a voz da Sua trombeta e se arrependeram. Estes
serão os que receberão o galardão da vida eterna por Cristo, quando soar a 7ª trombeta
e os santos ressuscitarem com novos corpos incorruptíveis: 1.Coríntios 15:52;
1.Tessalonicenses 4:16.Mas antes que a 7ª trombeta de Deus soe, muitas outras
vêm soando através da pregação da Palavra, sem que os homens lhes queiram dar
ouvidos ou entender a sua importância. Não vamos entrar numa descrição do
significado das anteriores trombetas apontadas no Livro de Apocalipse, porque
essas vêm soando já há muito e o mundo não as quer ouvir e estão associadas a
grandes acontecimentos que se produziram ou ainda hão de produzir no mundo
antes do toque da 7ª trombeta e da vinda do Glorioso e Eterno Rei Senhor
Yeshua. Porém, cada vez que um profeta ou obreiro de Deus fala chamando o povo
ao arrependimento está a fazer soar a trombeta de Deus. Os acontecimentos que a
humanidade está a viver também foram e estão a ser determinados pelas trombetas
que YHWH manda soar cada uma ao tempo determinado por Ele. Uma longa descrição
de acontecimentos catastróficos encontram-se associados às 6 trombetas de
Apocalipse e que, por si só, merece um estudo separado deste. Sabemos porém,
que grandes castigos ainda virão, e que serão causados pelo homem; mas, apesar
dos castigos que estão associados ao soar destas trombetas, o homem blasfemará
o Nome de Deus e não se arrependerá dos seus maus caminhos: Apocalipse 9:21;
16:9, 11. Segundo a Bíblia, podemos ainda ler acerca das trombetas de Deus
terem soado em numerosas ocasiões especiais da vida do povo de Deus, a Sua
Israel:
• Quando O Senhor entregou a
Lei dos 10 Mandamentos a Moisés (Êxodo.19:14.19).
• No decurso da conquista de
Jericó em que as trombetas íam tocando adiante da Arca do Concerto, durante 6
dias, e ao 7º dia rodearam a cidade 7 vezes e os muros da cidade caíram; tudo o
que lá estava dentro foi anátema ao Uma perfeita analogia com os “dias do fim”,
em que Deus deixou o homem governar este mundo durante 6.000 anos. Porém,
quando Ele vier e a 7ª trombeta soar, todo o sistema iníquo criado pelo homem e
por Satanás cairá por terra, dando então ocasião a um governo de paz, justiça e
harmonia baseado na eterna Lei de YHWH que durará mil anos. Senhor e morto
(homens, mulheres, crianças e animais); só escapou Raab e a sua família e os
seus pertences porque albergaram os espias de Israel; repare-se no significado
dos 6 dias de cerco com trombetas (6.000 anos de governo do homem em que YHWH
não interfere, mas faz soar as Suas trombetas) e no 7º dia, apontando para o
Milénio do governo de Cristo sobre todas as nações da terra, o dia da vitória
final do Grande Rei Eterno.
• Chamamento/aviso final à
humanidade para que se arrependa, sempre que O Senhor YHWH tocar a trombeta
(Zacarias 9:14; Isaías 18:3; Sofonias 1:14-16).
• Para assinalar o
encerramento da era atual de pecado e desobediência Apocalipse Cap.8 e 9.
• Na 2ª vinda de Cristo em
que terá lugar a ressurreição dos justos (Mateus.24:30-31; 1.Coríntios 15:51-52;
1.Tessalonicenses 4:16). Em conclusão: o significado da Festa das Trombetas
aponta para: Um alerta e um tempo para
reflexão e arrependimento da humanidade antes que venha O Grande Rei Yeshua –
Sofonias 1:14-16. A chegada eminente do
Dia do Senhor YHWH e a ressurreição dos justos (1ª ressurreição) – Daniel 7:18.
A restauração do Reino a Israel (a junção das duas casas, Efraim e Judá) – concretização
da profecia de Daniel 2:44; Amós 4:12. Preparemo-nos pois e escutemos as
trombetas que vêm soando desde o princípio do mundo, desde que o homem desobedeceu
a Deus: ARREPENDEI-VOS! – Atos.3:19; 17:30-31; Joel 2:11-15; 1.Pedro 4:17-18;
Marcos 1:15. Segue-se depois um período de dez dias de grande introspecção para
que cada ser humano avalie a sua condição espiritual e abrace o concerto com
YHWH (o concerto da salvação) através de Yeshua, O Messias. Ele também nos diz
em Apocalipse,2:10 – “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”.
A FESTA DAS TROMBETAS REPRESENTA O REGRESSO DE
JESUS CRISTO À TERRA
A Festa das Trombetas dá
início às festas do outono — e representa o culminar da presente era do homem e
o início de uma época fantástica durante a qual Deus vai agir de forma muito
mais direta nos eventos mundiais. As festas anteriores constituem respostas
pessoais às obras de Deus nas pessoas que Ele chama e escolhe. Mas o Dia das
Trombetas anuncia formalmente a intervenção de Deus nos assuntos da humanidade
a nível global. A Festa das Trombetas representa um ponto crítico na história
mundial. Esta festa também marca em particular o princípio da terceira e última
temporada festiva (Êxodo.23:14; Deuteronômio.16:16), a qual inclui os últimos
quatro Dias Santos do ano. O regresso de Jesus Cristo! A Festa das Trombetas
representa nada mais nada menos do que o regresso de Jesus Cristo à Terra, para
instaurar o Reino de Deus! O livro de Apocalipse revela a sequência de
acontecimentos chocantes na Terra, representados por anjos soando uma série de
sete trombeta. O toque do sétimo e
último anjo significa que “os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do
seu Cristo” (Apocalipse.11:15). O regresso de Jesus Cristo é o último e mais
significativo acontecimento associado com o toque profético das trombetas. Sem
dúvida, de todas as profecias da Bíblia esta anuncia a notícia mais animadora
para este mundo cansado e cheio de pecado! A Festa das Trombetas também marca o
cumprimento futuro de muitas profecias do Antigo Testamento, que falam sobre a
vinda de um Messias como rei para reger com poder e autoridade. O conceito de
um Messias conquistador estava na mente dos apóstolos, logo após à ressurreição
de Jesus. Quando Ele apareceu-lhes naqueles primeiros dias, eles fizeram-Lhe
perguntas, tais como: “Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?”
(Atos.1:6). Mesmo no Seu ministério terreno, Jesus Cristo falou distintamente
sobre Sua primeira e segunda vinda.
Quando Pôncio Pilatos, governador da Judeia, interrogou-O antes da
crucificação, Jesus disse claramente que não veio para governar naquela época. Jesus
disse a Pilatos: “O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste
mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas,
agora, o meu Reino não é daqui.” Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei?
Jesus respondeu: “Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao
mundo, a fim de dar testemunho da verdade” (João.18:36-37). Depois da
ressurreição de Jesus Cristo, os apóstolos falaram com entusiasmo sobre o
cumprimento das promessas de Jesus. Eles conheciam as profecias messiânicas
como a de Isaías, que descreve de um tempo durante o qual “o principado [o
governo] está sobre os Seus ombros” e “do incremento deste principado [deste
governo] e da paz, não haverá fim” (Isaías.9:6-7). Respondendo à pergunta dos
apóstolos quando perguntado se estabeleceria dentro em breve o Reino, Jesus
disse-lhes: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai
estabeleceu pelo seu próprio poder” (Atos.1:7). Todavia, Cristo disse-lhes para
se concentrarem na propagação do evangelho — a boa nova — em todo o mundo. Mais
tarde, em seu devido tempo, os apóstolos perceberam que a segunda vinda de
Cristo não seria iminente. Muitas as escrituras descrevem a ansiedade dos
santos por aguardar o regresso de Cristo. Por que usar o simbolismo de
Trombetas? A emoção desse Dia Santo, que retrata acontecimentos monumentais, é
captada no simbolismo dessa festa. A antiga Israel a festejava com “uma reunião
sagrada, celebrada com toques de trombeta” (Levítico.23:24, NVI). Qual é o
significado dos sons dramáticos que acompanham a observância deste dia? Para
nos ajudar a entender o simbolismo das trombetas, vamos analisar o uso desse
instrumento musical na Bíblia. Deus instruiu a antiga Israel a usar
corretamente as trombetas — naquele dia, um chifre oco de um animal, conhecido
como shofar — para comunicar mensagens importantes. Um toque de uma trombeta de
prata significava um chamado à reunião para os líderes de Israel. E dois toques
eram para reunir todas as pessoas (Números.10:3-4). Deus também usou um shofar
para anunciar seu encontro com Israel quando desceu ao Monte Sinai (Êxodo.19:16).
Trombetas também podiam soar como um aviso. Números 10:9 declara: “Quando na
vossa terra sairdes a pelejar contra o inimigo, que vos aperta, também tocareis
as trombetas”. Neste caso, as trombetas significavam um aviso de perigo e
guerra iminente. As trombetas também podiam ter um som festivo:
“Semelhantemente, no dia da vossa alegria, e nas vossas solenidades, e nos
princípios dos vossos meses, também tocareis as trombetas…e vos serão por
lembrança perante vosso Deus” (Números.10:10). Na antiguidade, por sua
capacidade de transmitir sons a grandes distâncias, os trombetas eram
excelentes instrumentos para atrair a atenção das pessoas. Em conexão com essa
festa, o Salmo.81:3 exorta: “Tocai a trombeta na Festa da Lua Nova, na lua cheia,
dia da nossa festa” (ARA).
O DIA DA EXPIAÇÃO: REMOÇÃO DA CAUSA
DO PECADO E RECONCILIAÇÃO COM DEUS
Ampliando o significado das
trombetas. Os escritores do Novo Testamento trouxeram mais compreensão ao
significado do toque das trombetas. Vejamos o que diz Paulo acerca do regresso
de Jesus Cristo: “Porque o mesmo Senhor descerá
do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que
morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos,
seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos
ares” (1 Tessalonicenses.4:16-17). Paulo também falou do dia em que as
primícias, representado por Pentecostes, ressuscitarão para a imortalidade. Em
1 Coríntios.15:52 ele diz que isso irá acontecer: “Num momento, num abrir e
fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Coríntios.15:52).
Assim, o som impetuoso dessa última trombeta vai despertar os mortos! Ainda que
a festa das Trombetas não seja mencionada pelo nome no Novo Testamento, não
temos um motivo plausível para não guardar esse Dia Santo. Pelo contrário, a
Igreja primitiva usou as escrituras hebraicas para fundamentar a doutrina (2
Timóteo.3:16). Assim como com os Dez Mandamentos (Tiago.2:10-11), cada uma das
festas estão íntima e intrinsicamente relacionadas entre si. Quando as
observamos, conseguimos compreender o desenvolvimento do notável plano de Deus
para a humanidade. Não devemos ignorar nenhum de Seus Dias Santos. O ensinamento
profético de Jesus. Próximo do fim do ministério terreno de Cristo, os
apóstolos perguntaram-Lhe sobre o fim desta era. Em Mateus.24:3 lemos: “No
monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os
discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas
coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século” (ARA). Anteriormente,
Daniel tinha profetizado sobre o estabelecimento do Reino de Deus e como os
santos, o povo de Deus, herdaria esse reino (Daniel.2:44; 7:18). Daniel, como
também os apóstolos, não entendeu quando esse Reino viria. Jesus, na Sua
resposta a Seus discípulos, explicou
sobre uma série de eventos que aconteceriam até Seu retorno. Ele
mencionou engano religioso, guerras, fomes, doenças, terremotos e outras
calamidades (Mateus.24:4-13). Ele caracterizou o tempo de Seu retorno como uma
era de ódio e anarquia. Neste cenário, Jesus disse: “Este evangelho do reino
será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o
fim” (versículo 14). Detalhes adicionais do livro de Apocalipse Mais tarde
Jesus Cristo revelou muitos mais detalhes acerca desse importante assunto. O
livro de Apocalipse é descrito como a “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus
lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer”
(Apocalipse.1:1). Aqui, através do apóstolo João, Cristo relata novamente os
mesmos acontecimentos que descrevera a Seus discípulos décadas atrás. Porém,
agora Jesus usa o simbolismo da abertura gradual de vários selos (Apocalipse
6). Depois disso, ao começar a ira de Deus contra as nações desobedientes,
Jesus profetizou o derramamento de sete pragas sobre o mundo pecaminoso,
anunciando cada uma ao som de uma trombeta (Apocalipse.8-9). E, enfim, Deus
enviará duas “testemunhas”, ou “profetas”, para proclamar a Sua verdade a um
mundo rebelde (Apocalipse 11). Esse testemunho profético é comparado a um aviso
ao som da trombeta (Isaías.58:1). Tragicamente, esta sociedade ímpia rejeitará
e matará esses dois servos de Deus (versículos 7-10). Esses acontecimentos
dramáticos preparam o caminho para que o sétimo anjo soe a trombeta e Jesus
Cristo regresse e assuma o governo de toda a Terra (Apocalipse 11:15). Sobre
esse mesmo cenário, Mateus 24 diz que “logo depois da aflição daqueles dias, o
sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as
potências dos céus serão abaladas. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do
Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo
sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos
com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os
quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (versículos29-31). Acontecimentos
sem precedentes no regresso de Cristo Inacreditavelmente, quando Jesus Cristo
regressar ao Monte das Oliveiras, em Jerusalém, as nações da Terra vão se reunir
para combatê-Lo (Zacarias.14:1-4). Apocalipse.19:19 descreve essa iminente
batalha: “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para
fazerem guerra àquele [Jesus Cristo] que estava assentado sobre o cavalo e ao
seu exército”. Por que vão querer lutar contra o Messias? Os exércitos tentarão
destruir Cristo porque Satanás enganou todo o mundo (Apocalipse.12:9). A
influência do diabo vá instigar as nações a lutarem contra Cristo, assim que
Ele regressar. E também acontecerá que no momento do retorno de Cristo Seus
fiéis seguidores serão ressuscitados para a imortalidade. Em Apocalipse.20:5
isso é descrito como a “primeira ressurreição”, que é também uma “ressurreição
melhor” (Hebreus.11:35). Essa transformação a uma vida imortal era a esperança
dos primeiros cristãos e continua sendo a ardente esperança de quem entende o
plano de Deus. Na epístola aos romanos, Paulo descreve essa ressurreição como
uma gloriosa libertação da escravidão: “Porque a ardente expectação da criatura
[da criação] espera a manifestação dos filhos de Deus…na esperança de que
também a mesma criatura [criação] será libertada da servidão da corrupção, para
a liberdade da glória dos filhos de Deus (Romanos.8:21)…E não só ela [a
criação], mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em
nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Romanos.8:19,
21, 23). Vemos que, apesar dos trágicos eventos que virão, a boa nova é que
Deus intervirá para salvar a humanidade e guiá-la para o Seu abundante caminho
de vida. Jesus Cristo voltará para ressuscitar Seus seguidores e para
estabelecer o governo perfeito de Deus sobre a Terra. Esse é o maravilhoso e
inspirador significado da Festa das Trombetas. Cristo nos ensinou a orar “venha
o Teu reino” (Mateus.6:10). E, certamente, precisamos urgentemente da resposta
dessa oração! O Dia da Expiação. A Remoção da Causa do Pecado e a Reconciliação
com Deus á vimos — através do simbolismo da Páscoa — que o sangue derramado por
Cristo expia nossos pecados passados. Na verdade a expiação é um ato de reconciliação.
O Dia da Expiação simboliza a reconciliação de Deus para com toda a humanidade.
O Dia da Expiação: Remoção da Causa do Pecado e Reconciliação com Deus. Se
estivermos reconciliados com Deus, através do sacrifício de Cristo, por que
precisamos de outro Dia Santo para nos instruir sobre a reconciliação? Se já
estamos reconciliados, qual a necessidade de jejuar, como é ordenado no Dia da
Expiação? (Levítico.23:27; Atos 27:9). Qual é o significado especial deste dia
no plano mestre de Deus para a salvação da humanidade? O Dia da Expiação e a
Páscoa nos ensinam acerca do perdão dos pecados e da nossa reconciliação com
Deus através do sacrifício de Cristo. Entretanto, a Páscoa representa a
redenção do primogênito e, portanto, aplica-se mais diretamente aos cristãos,
que Deus chamou nesta era, enquanto o Dia da Expiação tem implicações
universais. Além disso, o Dia da Expiação representa um passo adicional e
essencial no plano de salvação de Deus, que não se encontra no simbolismo da
Páscoa. Este passo ocorre antes da humanidade desfrutar da verdadeira paz na
Terra. Todos nós sofremos com as trágicas consequências do pecado. Mas o pecado
não acontece sem causa, e Deus mostra, claramente, essa causa no simbolismo associado
com o Dia da Expiação.
O DEUS DESTE SÉCULO CEGOU OS ENTENDIMENTOS DOS
INCRÉDULOS SATANÁS: O AUTOR DO PECADO
O Dia da Expiação não
envolve apenas o perdão dos pecados. Ele também representa a remoção da
principal causa do pecado — Satanás e os seus demônios. Enquanto Deus não
retirar o principal instigador do pecado, a humanidade continuará caindo em
desobediência e sofrimento. Embora a nossa natureza humana tenha seu papel em
nossas falhas, o diabo, Satanás, é quem tem mais responsabilidade nisso, pois
nos instiga a desobedecer a Deus. Apesar de muitos duvidarem da existência do
diabo, a Bíblia revela que Satanás é um ser poderoso e invisível e que pode
influenciar toda a humanidade. Apocalipse.12:9 diz que a sua influência é tão
grande que ele “engana todo o mundo.” O diabo consegue cegar as pessoas quanto
ao entendimento da verdade de Deus. Assim o apóstolo Paulo explica aos
coríntios: “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se
perdem está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos
incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de
Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Coríntios.4:3-4). Paulo também nos ensina
que Satanás influenciou todo o ser humano a trilhar o caminho da desobediência.
Ele diz o seguinte acerca daqueles que foram chamados para a Igreja: “Noutro
tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades
do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência” (Efésios.2:2).
Paulo avisa os coríntios que Satanás pode apresentar-se como alguém justo: “Não
é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é
muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o
fim dos quais será conforme as suas obras” (2 Coríntios.11:14-15). Jesus Cristo
declara abertamente que Satanás trouxe o pecado e a rebelião ao mundo. Em João.8:44
Cristo afirmou àqueles que eram contra Seu ensinamento: “Vós tendes por pai ao
diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o
princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele
profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da
mentira”. Através dessas escrituras
vemos o poder e a influência de Satanás. Paulo adverte sobre os métodos
enganosos do diabo: “Temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua
astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se
apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Coríntios.11:3). Os cristãos que
batalham continuamente para resistir a Satanás e parar de pecar travam uma
batalha espiritual contra o diabo e seus demônios. Paulo disse: “Nós não
estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal
que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que
dominam completamente este mundo de escuridão” (Efésios.6:12 .BLH). Aqui, Paulo
explica que Jesus Cristo nos livrará da influência do Maligno (versículos.13-18).
Evidentemente, Deus é muitíssimo mais poderoso que Satanás, mas temos que fazer
nossa parte resistindo ativamente ao diabo e à influência da carne. O Dia da
Expiação aponta para um tempo futuro em que Satanás será derrotado e nunca mais
poderá influenciar e enganar a humanidade (Apocalipse.20:1-3). Levítico 16
mostra Deus instruindo a antiga Israel a observar o Dia da Expiação. Embora os
cristãos não precisem oferecer sacrifícios de animais, este capítulo amplia
consideravelmente o nosso entendimento do plano de Deus. Observe que o
sacerdote selecionava dois bodes para uma oferta de pecado, e apresentava-os
perante o SENHOR (versículos 5,7). Arão, o sumo-sacerdote, lançava sortes sobre
os dois bodes para selecionar um “para o SENHOR”, o qual era oferecido em
sacrifício (versículos 8-9). Este bode representava Jesus Cristo, que viria a
ser morto para pagar a pena por nossos pecados. O outro bode tinha um fim
completamente diferente: “Mas o bode sobre que cair a sorte para ser bode
emissário apresentar-se-á vivo perante o SENHOR, para fazer expiação com ele,
para enviá-lo ao deserto como bode emissário” (versículo 10). Repare-se que este bode não era morto. O
sumo-sacerdote “porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele
confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel e todas as suas transgressões,
segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao
deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim, aquele bode levará
sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e o homem enviará o bode
ao deserto” (versículos 21-22). O sacerdote escolhia por sorte o “bode
emissário”, ou Azazel, que é o termo usado nos manuscritos originais em
hebraico. Muitos eruditos identificam Azazel como sendo o nome de um demônio
que habita no deserto ( O Dicionário Bíblico do Intérprete [ Interpreter’s
Dictionary of the Bible, ] Vol. 1, p. 326). O bode Azazel representa Satanás,
responsável pelos pecados da humanidade (versículo 22), pois ele é quem engana
e induz a humanidade ao erro. O sumo-sacerdote impunha as mãos sobre esse bode
e confessava sobre ele a maldade, a rebelião e os pecados do povo. Por que
fazia isso? Porque, como atual governante do mundo, o diabo é responsável pela
perversidade de seduzir e coagir a humanidade ao pecado. “O envio do bode com
todos os pecados sobre ele… significava a remoção completa dos pecados do povo,
entregando-os, por assim dizer, ao espírito maligno a quem pertenciam” ( O
Comentário Bíblico Volume Único [ The One Volume Bible Commentary, ] p. 95). Um
bode expiatório, no linguajar moderno, refere-se a alguém acusado inocentemente
por erros de outros. Portanto, esse termo não pode ser aplicado adequadamente a
Satanás, o diabo, em seu sentido atual, não é um bode expiatório. Satanás não
está sendo culpado injustamente pelos pecados, pois ele é justamente
responsável por induzir a humanidade ao erro ao longo de milhares de anos de
história. O simbolismo do bode vivo é semelhante ao destino de Satanás e seus
demônios, os quais Deus tirará de suas posições de poder ao iniciar o reino
milenar de Jesus Cristo sobre as nações. O livro de Apocalipse descreve esse
acontecimento: “E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma
grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o
diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou,
e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se
acabem” (Apocalipse.20:1-3). Assim, o diabo e os seus demônios, que durante
milhares de anos induziram a humanidade a todo tipo de perversidade imaginável,
serão levados a um lugar de isolamento (versículo 3). A total reconciliação
mundial com Deus não poderá ocorrer enquanto a fonte de tanta transgressão e
sofrimento — Satanás — não for removida.
O DIA DA EXPIAÇÃO TEMPO
DE
RECONCILIAÇÃO
Agora veja as instruções específicas sobre
quando e como se guardar essa festa. Deus diz: “Aos dez deste mês sétimo, será
o Dia da Expiação; tereis santa convocação, e afligireis a vossa alma …”
(Levítico.23:27). Como Ele “aflige a sua alma” nesse dia? Afligir deriva do
hebraico anah, que significa “ser afligido, ser abatido, ser humilde, ser
manso” ( Dicionário Expositivo Completo das Palavras do Antigo e do Novo
Testamento , “Ser Humilde, Aflito” por Vine [ Vine’s Complete Expository
Dictionary of Old and New Testament Words, “To Be Humbled, Afflicted”]). A
mesma palavra é usada em relação ao jejum, em Salmos.35:13 e Esdras 8:21.
Jejuar significa abster-se de comida e bebida (Ester.4:16). Por que Deus nos
diz para jejuar especificamente durante vinte e quatro horas? O jejum expressa
o nosso humilde desejo de nos aproximar de Deus. O Dia da Expiação representa
um tempo vindouro de reconciliação, depois de Satanás ter sido expulso e o
mundo ter sido devastado por acontecimentos horríveis que levaram a essa situação,
quando a humanidade humildemente arrependida, será finalmente reconciliada com
Deus. Poucos compreendem a razão correta do jejum. O jejum não é para atrair a
atenção de Deus para nossos desejos. Não jejuamos para receber algo de Deus,
exceto Sua abundante misericórdia e perdão pelas nossas fraquezas. O jejum
ajuda-nos a lembrar quão temporária é a nossa existência física. Sem alimento e
água, morremos dentro de pouco tempo. O jejum nos ajuda a entender o quanto
realmente precisamos de Deus como Criador e Sustentador da vida. Devemos sempre
jejuar no Dia da Expiação com um estado de espírito voltado ao arrependimento.
Observe a atitude exemplar de Daniel durante um jejum: “Eu dirigi o meu rosto
ao Senhor Deus, para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e
cinza. E orei ao SENHOR, meu Deus, e confessei” (Daniel.9:3-4). A Igreja
primitiva guardou o Dia da Expiação. Mais de trinta anos depois da morte de
Cristo, Lucas ainda se referia ao tempo e às estações mencionando esse dia,
dizendo que “tendo-se tornado a navegação perigosa, e já passado o tempo do Dia
do Jejum” (Atos.27:9, ARA). Quase todos os comentários e dicionários da Bíblia
concordam que este “Jejum” se refere ao Dia da Expiação.
Há ainda outra lição
importante advinda do Dia da Expiação. Vimos que o bode sacrificado
representava o sacrifício de Jesus Cristo em nosso lugar, quem pagou a pena de
morte por nós pelos nossos pecados. Mas Jesus Cristo não permaneceu morto; Ele
voltou à vida. Então, o que nos ensina o Dia da Expiação sobre o papel de Cristo
depois de Sua ressurreição? Levítico.16:15-19 descreve uma cerimônia solene que
era realizada uma só vez ao ano no Dia da Expiação. O sumo-sacerdote levava o
sangue do bode degolado para o santuário — a parte mais sagrada do tabernáculo
— e para o propiciatório. O propiciatório simbolizava o próprio trono do Deus
Todo-Poderoso. O sumo-sacerdote exercia a função que Cristo realiza para os
cristãos arrependidos. Cristo, tendo ascendido ao próprio trono de Deus pelo
sangue do Seu sacrifício, intercede por nós – assim Ele tem feito desde a Sua
ressurreição – pois Ele é o nosso sumo-sacerdote. A epístola aos hebreus
esclarece esse simbolismo. “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens
futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é,
não desta criação [física], nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu
próprio sangue, entrou uma vez no santuário , havendo efectuado uma eterna
redenção” (Hebreus.9:11-12). Em virtude do sacrifício de Cristo, nós temos acesso
direto ao verdadeiro propiciatório — o trono do nosso misericordioso e amado
Deus. Isto foi dramática e miraculosamente demonstrado no momento da morte de
Cristo, quando “o véu do templo”, que impedia a entrada no Santíssimo Lugar
[Santo dos Santos], “se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mateus.27:51; Marcos
15:38). Esta pesada cortina da entrada do Santíssimo foi rasgada ao meio como
um testemunho dramático do acesso que agora temos ao trono de Deus. Em Hebreus,
muitos versículos mencionam a função de Cristo como Sumo-sacerdote e
intercessor. Devido ao Seu sacrifício por nós, agora podemos ir “com confiança
ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim
de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hebreus.4:16). Assim, o Dia da Expiação
descreve a reconciliação amorosa que todas as pessoas podem ter com Deus
através do sacrifício de Cristo. E também mostra a notável verdade de que
Satanás, o autor do pecado, eventualmente será removido para que toda a
humanidade possa finalmente alcançar a reconciliação com Deus. O Dia da
Expiação serve como um passo preparatório e vital em antecipação ao marco
seguinte do glorioso plano dos Dias Santos de Deus, representado de forma
espetacular pela Festa dos Tabernáculos.
A TRADIÇÃO INVALIDA OS MANDAMENTOS
DE DEUS; ENSINAMENTOS DE JESUS CRISTO
Substituindo o Pecado Pelo
Pão da Vida, Imediatamente depois da Páscoa vem uma festa que descreve o passo
seguinte na execução do plano mestre de Deus. Depois de Deus ter perdoado os
nossos pecados, através do sacrifício de Cristo, como podemos continuar
evitando o pecado, visto que temos que viver em novidade de vida? Como podemos
viver como o povo redimido de Deus? Vamos encontrar essa resposta no notável
simbolismo da Festa dos Pães Asmos. Quando Deus libertou Israel da escravidão
no Egito, Ele disse ao Seu povo: “Sete dias comereis pães asmos”, (Êxodo.12:15).
O versículo 39 explica mais: “E cozeram bolos asmos da massa que levaram do
Egito, porque não se tinha levedado, porquanto foram lançados do Egito; e não
se puderam deter, nem prepararam comida”. O fermento é um agente de levedura
que faz com que a massa de pão cresça. O processo de fermentação do pão leva
tempo. Os israelitas não tiveram tempo para isso quando deixaram o Egito, por
isso cozeram e comeram pães sem fermento. Aquilo que começou por uma
necessidade continuou ao longo de uma semana. De forma apropriada, Deus chamou
esse tempo de Festa dos Pães Asmos (Levítico.23:6), ou Dias dos Pães Asmos (Atos.12:3).
Quando Jesus veio à Terra como ser humano, Ele observou esses sete dias da
festa — às vezes chamada pelos judeus de Festa da Páscoa por causa da
proximidade da Páscoa com os Dias dos Pães Asmos. Jesus observou-a quando
criança e continuou depois de adulto (Lucas 2:41; Mateus. 26:17). A Igreja
primitiva, seguindo o exemplo das práticas religiosas de Cristo, também a
observou. Deus entregou Suas primeiras instruções referentes a essa festa
quando os israelitas se preparavam para deixar o Egito. “E este dia vos será
por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o
celebrareis por estatuto perpétuo. Sete dias comereis pães asmos; ao primeiro
dia, tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão
levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de
Israel. E, ao primeiro dia, haverá santa convocação; também, ao sétimo dia,
tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma
houver de comer; isso somente aprontareis para vós” (Êxodo.12:14-16). Portanto,
esta era uma festa que durava sete dias, sendo que o primeiro e o sétimo dia
eram sábados ou dias santos anuais. Anualmente, conforme os israelitas
observavam esta festa, eles eram lembrados que Deus libertou seus antepassados
da escravidão no Egito. O Criador instruiu: “Guardai, pois, a Festa dos Pães
Asmos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito”
(Êxodo.12:17). O êxodo do Egito permanece uma razão fundamental para que se
observar essa festa até hoje. Assim como Deus libertou a antiga Israel, Ele nos
livra de nossos pecados e dificuldades. Agora
observe o ensinamento de Jesus Cristo sobre o fermento, que expande o
significado dessa festa. Durante o Seu ministério Cristo realizou dois milagres
nos quais alimentou milhares de pessoas. Depois de um desses incidentes, os
Seus discípulos, que estavam contornando o Mar da Galileia, se esqueceram de
trazer pão. Então, Jesus disse-lhes: “Adverti e acautelai-vos do fermento dos
fariseus e saduceus” (Mateus.16:6). Os discípulos pensaram que Jesus se referia
à falta de pão. Mas, Ele estava aproveitando a ocasião para ensiná-los,
chamando à atenção para o simbolismo do fermento. Cristo perguntou-lhes: “Como
não compreendestes que não vos falei a respeito do pão, mas que vos guardásseis
do fermento dos fariseus e saduceus? Então, compreenderam que não dissera que
se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus” (Mateus.16:5-12).
Alguns dos membros da elite religiosa do tempo de Cristo ensinavam e praticavam
tradições criadas pelo homem que eram realmente contrárias à lei de Deus e,
portanto, pecaminosas. E Jesus disse-lhes o seguinte: “E assim invalidastes,
pela vossa tradição, o mandamento de Deus. Hipócritas…” (Mateus.15:6-7). Os
Dias dos Pães Asmos nos fazem lembrar que, com a ajuda de Deus, devemos remover
e evitar todos os tipos de pecado — simbolizado pelo fermento — e viver de
acordo com os mandamentos de Deus em todos os aspectos de nossa vida. Durante a
Festa dos Pães Asmos, ao usar também a comparação do pecado ao fermento, o apóstolo
Paulo ensinou as mesmas lições espirituais que Jesus tinha ensinado Ao
repreender a congregação dos coríntios por causa de suas divisões, invejas e
tolerância ao comportamento sexual impróprio, Paulo escreveu-lhes: “Não é boa a
vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?
Limpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como
estais sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo
que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da
malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade” (1ro Corintios.5:6-8). A
igreja em Corinto óbvia e indubitavelmente guardava a Festa dos Pães Asmos, a
qual Paulo sempre aludia. Contudo, Paulo serviu-se da obediência fiel dos
coríntios em guardar fisicamente a festa (removendo o fermento de suas casas)
para encorajá-los a celebrá-la com o devido entendimento e intuito espiritual. Hoje
em dia, o ato de remover fermento de nossas casas por sete dias, lembra-nos
que, através da oração, da ajuda e da compreensão divina, também devemos
reconhecer, expulsar e evitar o pecado. A Festa dos Pães Asmos é, portanto, um
período de reflexão pessoal. Devemos meditar em nossas atitudes e conduta e
pedir a Deus que nos ajude a reconhecer e superar nossas fraquezas. Em 2
Corintios.13:5, Paulo falou dessa autorreflexão extremamente necessária quando
disse à igreja de Corinto: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé;
provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo
está em vós? Se não é que já estais reprovados”.
LIÇÕES ESPIRITUAIS; EU SOU O PÃO DA VIDA
Nós aprendemos praticando.
Nós aprendemos lições espirituais fazendo coisas físicas. Cumprir a tarefa de
retirar o fermento de nossas casas nos lembra de vigiar atentamente os
pensamentos e ações pecaminosos para que possamos evitá-los. Deus sabe que,
apesar das nossas boas intenções, todos nós pecamos. Muitos anos depois de sua
conversão, Paulo descreveu a poderosa tendência humana ao pecado: “Acho, então,
esta lei em mim: que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque,
segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus
membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende
debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou!
Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso
Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a
carne, à lei do pecado” (Romanos.7:21-25). Paulo sabia que a vida em si mesma é
uma batalha contra o pecado. A Bíblia fala do “pecado que tão de perto nos
rodeia” (Hebreus.12:1). Nós temos a nossa parte na luta para vencer o pecado.
Contudo, devemos confiar na ajudar de Deus. Paulo explicou isso aos filipenses,
dizendo-lhes: “Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que
opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Filipenses.2:12-13).
De fato, Paulo não encerrou sua discussão sobre a luta contra o pecado, no
sétimo capítulo do livro de Romanos, nessa observação, aparentemente sem
esperança, de permanecer escravizado ao pecado. Ele prosseguiu no próximo
capítulo para mostrar que podemos nos libertar do caminho do pecado e da morte
— com a ajuda de Cristo e através do Espírito Santo de Deus. O fato de guardar
os Dias dos Pães Asmos nos ajuda a entender a necessidade crucial da ajuda de
Jesus Cristo para vencermos as nossas fraquezas. E isso se reflete no segundo
aspecto de como Deus ordena que essa festa seja observada — comer pão sem
fermento durante sete dias. Mas qual é o significado desse pão sem fermento que
comemos? Para remover efetivamente o pecado e impedi-lo de voltar para nossas
vidas, precisamos fazer algo — devemos substituir nossas fraquezas humanas e
tendências pecaminosas por algo muito melhor. E aprendemos isso com as
instruções de Deus para comer pão sem fermento durante toda a festa. O que
representa esse pão asmo? O próprio Jesus explica no sexto capítulo do
livro de João. À medida que a Festa dos Pães Asmos se aproximava, e pouco
depois de Cristo realizar um grande milagre para alimentar milhares de pessoas
(versículos 4-13), observe o que Ele disse à multidão que O seguia, além de
algumas declarações no último capítulo da Páscoa: “Trabalhai não pela comida
que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do
Homem vos dará…Moisés não vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro
pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo… “Eu
Sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca
terá sede…Eu Sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e
morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra”. “Eu
Sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para
sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do
mundo…Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram
o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre” (João. 6:27-58). Observe
os diferentes termos que Jesus aplicou a Si mesmo — “ o verdadeiro pão do céu”,
“o pão de Deus”, “o pão da vida” e “o pão vivo que desceu do céu”. Ele
enfatizou que esse “pão” providenciado por Deus faria muito mais do que
satisfazer sua fome física, como Ele fez ao alimentá-los, de forma milagrosa.
Isso satisfaria a fome espiritual, que é muito mais profunda, e preencheria o
vazio espiritual que existe em todo ser humano.
A FESTA DE PENTECOSTES: OS PRIMEIROS
FRUTOS DA COLHEITA DE DEUS
Os Primeiros Frutos da
Colheita de Deus. No processo de revelação de Seu plano de salvação para a
humanidade, Deus estabeleceu os Seus Dias Santos em torno das estações de
colheitas no Oriente Médio (Levítico 23:9-16; Êxodo.23:14-16). Tal como o Seu
povo realizava suas colheitas durante essas épocas festivas, assim os Dias
Santos de Deus nos mostram como Ele está colhendo pessoas para a vida eterna em
Seu Reino. Os Dias Santos estão intrinsecamente ligados quanto ao seu
significado. E, juntos, eles revelam
gradualmente como Deus trabalha com a humanidade. Inicialmente, vimos a Páscoa
simbolizando a entrega de Cristo por nós para perdão de nossos pecados. Também
aprendemos como os Dias dos Pães Asmos nos ensinam que temos de remover e evitar
o pecador em nossas ações e atitudes. O Dia Santo que se segue, Pentecostes,
está fundamentado nesse importante entendimento. Essa festa é conhecida por
diversos nomes, que são derivados de seu significado e cálculo [isto é, a
necessidade de se fazer uma contagem para chegar nesse dia]. Ela é conhecida
como Festa da Sega (Êxodo 23:16), porque representa os primeiros frutos (Números.28:26)
colhidos como resultado do trabalho da colheita de cereal da Primavera na
antiga Israel (Êxodo 23:16). E também se chama Festa das Semanas (Exodo.34:22),
em virtude de se contar sete semanas mais um dia (cinquenta dias ao todo) para
se determinar a celebração desta festa (Levitico.23:16). Semelhantemente, no
Novo Testamento, que foi escrito em grego, ela é conhecida por Pentecostes (Pentekostos
no original), que significa “quinquagésimo” (“Pentecostes”, Dicionário
Expositivo Completo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento de Vine). Entre
os judeus o nome mais popular festa é Festa das Semanas, ou shavuot, em hebraico.
a maioria do povo judeu, ao celebrar essa festa, lembra-se de um dos maiores
acontecimentos da história: a revelação da lei de Deus no Monte Sinai. Mas
Pentecostes não significa somente a entrega da lei, pois também mostra —
através de um grande milagre ocorrido na primeira celebração de Pentecostes da
Igreja primitiva — como manter a intenção espiritual das leis de Deus.
O DOM DO PENTECOSTES: O ESPÍRITO SANTO
Deus escolheu o primeiro
Pentecostes, depois da ressurreição de Jesus Cristo, para derramar o Espírito
Santo sobre cento e vinte fiéis (Atos.1:15). “Cumprindo-se o dia de
Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu
um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que
estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de
fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito
Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
concedia que falassem” (Atos.2:1-4). O milagre de falar em línguas ocorreu
quando havia uma multidão de pessoas em Jerusalém, e cada visitante ouviu o
sermão dos discípulos em sua própria língua (versículos 6-11). Aquele espantoso
acontecimento demonstrava a presença do Espírito Santo. A princípio, as pessoas
que testemunharam aquele fenômeno milagroso ficaram estupefatas, e algumas atribuíram isso a uma possível embriaguez
daqueles cristãos (Atos.2:12-13). Então,
corajosamente e cheio do Espírito Santo, o apóstolo Pedro explicou à multidão
que aquilo tinha a ver com um cumprimento da profecia de Joel: “E há de ser
que, depois, derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne” (Atos.2:17; Joel
2:28). Pedro explicou como os seus ouvintes também poderiam receber esse
Espírito: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado
em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito
Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os
que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (Atos 2:38-39). Deus
utilizou esses milagres e o sermão de Pedro para acrescentar três mil pessoas à
Sua Igreja em um só dia. Todos esses conversos foram batizados e receberam o
Espírito Santo (versículos 40-41). A partir desse ponto crucial, o Espírito de
Deus passou a estar disponível a todos aqueles que, verdadeiramente, se
arrependam e sejam devidamente batizados. O Dia de Pentecostes é uma lembrança
anual de que Deus derramou o Seu Espírito para estabelecer a Sua Igreja, um
grupo de fiéis guiados pelo Seu Espírito. Humanamente falando, nós ainda
pecamos e não importa o quanto nos esforcemos (1 Reis.8:46; Romanos.3:23). Ao
reconhecer esta fraqueza inerente ao ser humano, Deus lamentou em Deuteronômio.5:29:
“Quem dera que eles tivessem tal coração que me temessem e guardassem todos os
meus mandamentos todos os dias, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos,
para sempre!”. Deus explica aqui que o problema da humanidade se encontra no
coração. O fato de conhecermos a lei não nos capacita a
pensar como Deus. Ter pensamentos, atitudes e ações puras está além da
compreensão e capacidade do homem sem um elemento adicional: o Espírito de Deus
.
A maneira de pensar de Deus
produz paz, alegria e cuidado para com os outros. Jesus elogiou um mestre
religioso que citou corretamente a essência da lei de Deus: “Amarás ao Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas
forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo” (Luca.10:27).
Este homem citou Deuteronômio.6:5 e Levitico.19:18, que são dois livros do
Pentateuco. Jesus aqui confirma que as escrituras do Antigo Testamento são
baseadas nestes dois grandes princípios de amor (Mateus.22:40). A essência da
lei de Deus é amor (Romanos.13:8-10; 1 Tessalonicenses.4:9). Deus decretou os
Seus mandamentos porque nos ama. Ao escrever aos irmãos, que tinham o Espírito
de Deus, João disse: “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando
amamos a Deus e guardamos os Seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que
guardemos os Seus mandamentos; e os Seus mandamentos não são pesados” (1 João.5:2-3,
ACF). Porque o Espírito de Deus agora residia na Igreja, os seus membros podiam
expressar amor genuíno. Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis
uns aos outros; como eu vos amei a vós… Nisto todos conhecerão que sois meus
discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João. 13:34-35). O dom do Espírito
Santo de Deus no Dia de Pentecostes tornou possível à Igreja expressar
completamente os mandamentos de amor de Deus
JESUS CRISTO A VIDA ETERNA
Os primeiros frutos (as
primícias) são os primeiros produtos agrícolas a crescer e a amadurecer. Ao
longo da Bíblia, Deus usa a analogia das colheitas — e, particularmente, em
Pentecostes, as primícias — para ilustrar aspectos do Seu plano de salvação.
Israel celebrava este dia ao findar a Primavera, depois das segas da cevada e
do trigo. Uma oferta especial das primícias de cevada amadurecida durante os
Dias dos Pães Asmos, chamada o molho da oferta movida, marcava o início dessas
ceifas, as quais continuavam durante os cinquenta dias seguintes até
Pentecostes (Levitico.23:11). Essa colheita primaveril era a dos primeiros frutos
do ciclo anual agrícola. No Novo Testamento, uma das primeiras lições dessas
colheitas é a de que Jesus Cristo “ressuscitou dos mortos e foi feito as
primícias dos que dormem” (1 Corintios 15:20). O molho da oferta movida
representava Jesus Cristo, que foi o “primogênito de toda a criação” e o
“primogênito dentre os mortos” (Colossenses.1:15, 18). Ele apresentou-se a Deus
Pai, como um tipo ou modelo das primícias no domingo depois de Sua
ressurreição; no mesmo dia, durante os Dias dos Pães Asmos, em que as primícias
da cevada madura, da sega da primavera, eram movidas perante Deus. Cedo, no
primeiro dia da semana (na manhã de domingo), quando ainda estava escuro, e
Jesus já havia ressuscitado, Maria Madalena foi ao sepulcro, e viu que a pedra que bloqueava a entrada fora
retirada (João.20:1). Ela correu e foi informar a Pedro e a João que Jesus não
mais estava no túmulo. Estes dois homens correram para a tumba e verificaram
que Jesus desaparecera (João.20:2-10). Depois que Pedro e João foram embora,
Maria Madalena continuou do lado de fora do sepulcro de Jesus (versículo 11).
Enquanto ela chorava, Jesus apareceu-lhe, mas não permitiu que O tocasse,
porque Ele “ainda não tinha subido” ao Pai (João.20:17). Mais tarde, no mesmo
dia, Jesus apareceu novamente. Desta vez, Ele permitiu que algumas mulheres O
tocassem (Mateus. 28:9). As Suas próprias palavras demonstram que, entre o
tempo em que foi visto por Maria Madalena e o tempo em que permitiu que as
mulheres O tocassem, Cristo ao céu para ser aceito pelo Pai. Assim, a cerimônia
do molho da oferta movida, que Deus deu à antiga Israel, representa a aceitação
de Jesus Cristo por Seu Pai como “as primícias dos que dormem” (1 Corintios
15:20).
A IGREJA COMO AS PRIMÍCIAS
Lemos em Romanos.8:29 que
Jesus Cristo é “o primogênito entre muitos irmãos”. Contudo, a Igreja do Novo
Testamento também é considerada primícias. Ao falar sobre o Pai, Tiago disse:
“Segundo a Sua vontade, Ele nos gerou pela palavra da verdade, para que
fôssemos como primícias das Suas criaturas” (Tiago.1:18). O Espírito de Deus em
nós é que nos identifica e nos santifica — separando-nos como cristãos. Paulo
escreveu: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle ”, e “
Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus
” (Romanos.8:9,14). Paulo também se refere aos irmãos como aqueles que têm “as
primícias do Espírito” (versículo 23). Ele alude a diversos cristãos do
primeiro século como as primícias do chamado de Deus (Romanos.16:5; 1
Corinthians 16:15). A importância de os escritores da Bíblia chamarem essas
pessoas de primícias de Deus torna-se evidente quando analisamos João.14:6.
Nesta passagem, Jesus disse: “Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém
vem ao Pai senão por Mim”. Através dos séculos, quantas pessoas realmente aceitaram e praticaram o caminho de
vida que Jesus Cristo ensinou? Até hoje,
grande parte da humanidade simplesmente ouviu falar pouco ou quase nada
sobre Jesus Cristo.. Então como Deus vai oferecer a salvação a essas
pessoas? Poucas pessoas compreendem que
Deus tem um plano metódico, simbolizado pelos Seus Dias Santos, para salvar
toda a humanidade, oferecendo a todos a vida eterna em Seu Reino. Nesta era,
estamos apenas no princípio da colheita para o Reino de Deus. O apóstolo Paulo
compreendia isso: “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as
primícias dos que dormem…Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também
todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as
primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Coríntios.15:22-23).
Quem for chamado e escolhido por Deus agora vai fazer parte das primícias de
Deus com Cristo (Tiago.1:18). A Bíblia diz que Deus é quem chama as pessoas
(João. 6:44; 6:65). Por conseguinte, o nosso Criador controla o tempo de Sua
colheita. Quando Deus fundou a Sua Igreja, entregando o Seu Espírito a alguns
crentes no dia de Pentecostes, cinquenta dias após a ressurreição de Jesus, Ele
estava expandindo a Sua colheita espiritual. Era o início daquilo que Joel
profetizou, ou seja, de que Deus derramaria o Seu Espírito em “toda a carne”
(Joel.2:28-29; Atos.2:14-17).
O Espírito Santo em ação. A
vinda do Espírito Santo mudou dramaticamente a vida dos primeiros cristãos. O
livro de Atos está repleto de registros do notável impacto espiritual na
sociedade ao redor da Igreja primitiva. A transformação foi tão evidente que os
incrédulos acusavam os cristãos de “alvoroçar o mundo” (Atos 17:6). Isso
demonstra como era miraculoso e dinâmico o poder do Espírito Santo. Para captar
completamente o quanto o Espírito de Deus pode atuar em nós, temos que compreender
o que é o Espírito Santo. Ele não é uma pessoa que, juntamente com Deus Pai e o
Filho Jesus Cristo, formam uma “Santa Trindade”. Nas Escrituras o Espírito
Santo é descrito como o poder de Deus atuando em nossas vidas (Atos 1:8;
Romanos 15:13, 19), sendo o mesmo poder que atuou no ministério de Jesus Cristo
(Lucas.4:14; Atos 10:38). Esse poder divino faz com que sejamos “guiados pelo
Espírito de Deus” (Romanos 8:14). E foi esse mesmo poder que transformou as
vidas dos primeiros cristãos e é o poder que atua na Igreja hoje. Paulo disse a
Timóteo que o Espírito de Deus é o “espírito de…poder e de amor e de moderação”
(2 Timóteo.1:7, ARA). O Pentecostes tem a função de lembrar, anualmente, que o
nosso Criador ainda opera milagres, concedendo o Seu Espírito aos primeiros
frutos de Sua colheita espiritual, e fortalecendo-os com poder para continuar a
Sua obra neste mundo.
O SENHOR JESUS CRISTO REINA SOBRE TODA A TERRA
Jesus Cristo Reina sobre
Toda a Terra. No seu primeiro sermão inspirado, depois de ter recebido o
Espírito Santo no Dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro resumiu a instrução de
Deus para a humanidade dizendo: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para
que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério
pela presença do Senhor. E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi
pregado, o qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de
tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o
princípio” (Atos 3:19-21). Mas o que são esses “tempos de refrigério” e “tempos
de restauração” de que falou Pedro? O plano de Deus para a humanidade inclui
uma restauração. A Festa dos Tabernáculos simboliza o processo de restauração,
o qual começa com o regresso de Jesus Cristo, representado pela Festa dos
Tabernáculos, e a expulsão de Satanás, representada pelo Dia de Expiação. Uma
vez que ocorram estes eventos, como representados pelos Dias Santos anteriores,
a base estará pronta para a restauração da paz e da harmonia com Deus. Os sete dias
da Festa dos Tabernáculos (Levítico 23:34-35) representam o reino de Jesus
Cristo de mil anos sobre a Terra, depois de Sua segunda vinda (ver Apocalipse
20:4). Este período é chamado, muitas vezes, de o Milênio, que simplesmente
significa “mil anos”.
Esta festa também reflete o
“descanso” simbolizado pelo sábado semanal (Hebreus 4:1-11), que celebra a
grande colheita da humanidade, quando todas as pessoas então vivas aprenderão
os caminhos de Deus. A humanidade finalmente será restaurada a um relacionamento
correto com Deus (Isaías 11:9-10). No princípio, Deus criou a humanidade para
cooperar com Ele em um belo relacionamento caracterizado pelo amor, pela paz e
pela obediência às Suas leis. Quando completou a Sua criação “viu Deus tudo
quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31). Esse tempo de paz
e harmonia terminou abruptamente por causa da intervenção de Satanás e da
desobediência do homem (Gênesis 3:1-6). A desobediência afastou a humanidade do
caminho de Deus (versículos 21-24). Assim a Bíblia descreve esse trágico
incidente: “E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra
e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente”
(Gênesis 6:5). O rompimento desse relacionamento entre Deus e o homem tem
persistido através da história até hoje. Paulo refletiu sobre essa condição: “O
pecado entrou no mundo por meio de um só homem [Adão], e o seu pecado trouxe
consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana
porque todos pecaram” (Romanos 5:12 BLH). Paulo sabia que Jesus Cristo tinha
fechado a brecha criada pela desobediência do homem: “Porque, assim como a
morte veio por um homem [Adão], também a ressurreição dos mortos veio por um
homem [Cristo]. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos
serão vivificados em Cristo” (1 Coríntios 15:21-22).
A RESTAURAÇÃO DO MUNDO
Deus usou o profeta Isaías
para revelar partes do Seu magnífico plano para restaurar o mundo. O livro de
Isaías foi escrito durante um tempo em que Israel sofria a punição por sua
contínua desobediência e foi inspirado por Deus para dar encorajamento à nação
através da promessa de um mundo melhor no futuro. Depois ler na sinagoga uma
das profecias de Isaías, Jesus Cristo reconheceu que Isaias recebeu um
entendimento especial: “Isaías disse isso quando viu a Sua glória e falou dEle”
(João 12:41). Isaías não só profetizou do ministério de Cristo na terra, como
também escreveu do regresso de Cristo em poder e glória (Isaías 66:15-16). A
base do governo messiânico de Jesus será a lei de Deus. Pois, assim Isaías
profetizou: “E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do
SENHOR no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a
ele todas as nações. E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do
SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus
caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de
Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Isaías 2:2-3).
O MUNDO DE PAZ E ABUNDÂNCIA
Após regressar, Cristo fará
com que a criação volte à sua total harmonia com Deus, e a paz jamais voltará a
ser exceção. O rei Davi disse: “Muita paz têm os que amam a tua lei” (Salmos
119:165). Imagine-se como será o mundo quando todos souberem da lei de Deus e
viverem de acordo com ela! Evidentemente, será preciso mais do que conhecimento
para se alcançar essa transformação. Uma mudança espiritual ocorrerá nas
pessoas. Deus, falando por intermédio de Ezequiel, descreve como isso
acontecerá: “E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito
novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de
carne. E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus
estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ezequiel 36:26-27). O
Espírito Santo influenciará as pessoas a obedecer, voluntária e
entusiasticamente a Deus de todo o seu coração. Elas vão começar a se
interessar mais pelas outras do que por elas próprias. Começarão a ver as
outras pessoas como “superiores a si mesmo” (Filipenses 2:3). O seu objetivo
será o de ajudar o seu semelhante em vez de cuidar do seu próprio interesse.
Não haverá mais roubo. O desrespeito pela propriedade e os sentimentos dos
outros vão acabar. E o mundo finalmente viverá em paz, porque as nações
“converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças, em foices; não
levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear” (Isaías
2:4; Miquéias 4:3). Durante esse período de mil anos, Deus mudará até a
natureza dos animais selvagens, refletindo a paz que virá sobre a sociedade.
Descrevendo esse tempo idílico, Isaías 11:7-9 diz: “A vaca e a ursa pastarão
juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o boi. E
brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a
mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da
Minha santidade…”
A GRANDEZA E O REINO DO MESSIAS
Deus também vai curar as
enfermidades físicas das pessoas. Isaías 35:5-10, profetiza sobre isto: “Então,
os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão…os coxos
saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará.” E o mais importante será a
cura espiritual que acontecerá. Isaías profetiza que Jesus Cristo completará a cura
que começou durante o Seu ministério na Terra: “O Espírito do SENHOR Deus está
sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados,
enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos
cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR
e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram e a pôr sobre
os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em
vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado …” (Isaías
61:1-3, ARA; Lucas 4:18-19). Os maus resultados acumulados por gerações que
viveram nos caminhos pecaminosos de Satanás serão revertidos. A festa dos
Tabernáculos também se chama Festa da Colheita (Êxodo 23:16). Este nome significa
a conclusão da colheita agrícola anual de Israel. Neste cenário disse Deus:
“Vos alegrareis perante o SENHOR, vosso Deus” (Deuteronômio 12:12, 18; 14:26).
Essa Festa é uma ocasião para celebrar a abundância dada por Deus. Esse mesmo
tema da generosa colheita continua na futura realização dessa festa. Através de
Isaías, Deus diz que o deserto se tornará terra produtiva: “Águas arrebentarão
no deserto, e ribeiros, no ermo. E a terra seca se transformará em tanques, e a
terra sedenta, em mananciais de águas” (Isaías 35:6-7). Nessa altura a terra
produzirá abundantes colheitas. “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que o que
lavra alcançará ao que sega, e o que pisa as uvas, ao que lança a semente; e os
montes destilarão mosto, e todos os outeiros se derreterão” (Amós 9:13).
O SIGNIFICADO DE TABERNÁCULOS
O nome Festa dos
Tabernáculos deriva da ordem que Deus deu à antiga Israel para erguer
“tabernáculos” temporários, às vezes chamados de “barracas” ou “cabanas”, para
viverem durante a festa. Os israelitas deixavam as suas casas e construíam
residências temporárias (do hebraico succah que significa “barraca de ramos
entrelaçados”) para nelas residirem enquanto festejavam perante Deus. Isto
recordava-lhes de sua libertação da escravidão e de quando viveram em tendas
quando Deus os tirou do Egito (Levítico 23:34, 41-43). Contrastando
completamente com o sofrimento da escravidão essa festa ressalta o descanso, a
paz e a prosperidade ao satisfazer as necessidades do povo, inclusive de
estrangeiros, viúvas e pobres. A Bíblia realça que, tal como as cabanas ou
residências temporárias, a nossa vida física é transitória. Os registros do
apóstolo Paulo refletem esse tema: “Porque sabemos que, se a nossa casa
terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa
não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, também gememos, desejando
ser revestidos da nossa habitação, que é do céu” (2 Coríntios 5:1-2). O livro
de Hebreus relata exemplos de muitos servidores fiéis de Deus através dos
séculos, e conclui: “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as
promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando- as, confessaram
que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (Hebreus 11:13). A Festa dos
Tabernáculos é uma lembrança anual do nosso estado temporário e de que também
nós “buscamos uma pátria” (versículo 14). Esta lição é reforçada quando
viajamos para algum local da Festa dos Tabernáculos e celebramos o festival em
habitações temporárias como hotéis e acampamentos. Essa festa nos lembra que, independente de
nossas posses materiais, ainda somos mortais com uma necessidade de ser
transformados para obter a vida eterna (1 Coríntios 15:50-54). Nos registros da
visão conhecida por “transfiguração,” Jesus deu um vislumbre do Reino de Deus a
Pedro, Tiago e João. Cristo apareceu em glória e falava com Moisés e Elias. A
reação imediata de Pedro foi sugerir que fossem feitos rapidamente três
tabernáculos (cabanas). Tudo indica que ele compreendeu a importância da
ligação entre tabernáculos e a nossa busca pela vida eterna no Reino de Deus
(ver Mateus 17:1-9; Lucas 9:27-36).
O MILÊNIO REIS E SACERDOTES
O julgamento dos habitantes
da Terra que vão viver durante os mil anos, como retrata a Festa dos
Tabernáculos, (Isaías 2:4; 51:4-5) começará logo após Cristo trazer “muitos
filhos à glória” (Hebreus 2:10). Estas escrituras mostram que esse julgamento é
um tempo de oportunidade universal para salvação. Por isso, Deus determinou mil
anos em que os santos ressuscitados, as primícias da colheita de Deus, reinarão
com Cristo na Terra como reis e sacerdotes para que muitos outros possam entrar
no Reino de Deus (Apocalipse 5:10; 20:6). Jesus prometeu que “ao que vencer e
guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações”
(Apocalipse 2:26). Aqueles que Deus ressuscitar, no regresso de Cristo, terão a
estupenda oportunidade de trabalhar com Ele para ajudar todas as nações a
desenvolverem um relacionamento com Deus. A base para essa relação começa com a
instrução da lei de Deus e dos próprios Dias Santos. Observe as palavras de
Zacarias: “E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que
vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o SENHOR
dos Exércitos, e para celebrarem a Festa dos Tabernáculos” (Zacarias 14:16
ACF). Outros profetas descrevem esse período como uma era em que a lei de Deus
cobrirá a Terra “como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9; Habacuque 2:14). Muitos
ajudarão a Jesus Cristo nesse programa educacional universal que tem o objetivo
de auxiliar aos outros a compreender o caminho de Deus. Ao falar sobre esse
tempo, Isaías diz que os “…instruidores nunca mais fugirão de ti, como voando
com asas; antes, os teus olhos verão a todos os teus mestres. E os teus ouvidos
ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai
nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda” (Isaías
30:20-21). A oportunidade de ajudar a outros a compreender e a reconciliar-se
com Deus é um maravilhoso chamado. E aquele que fizer parte desse processo será
chamado “Reparador das Roturas e Restaurador de Veredas para Morar” (Isaías
58:12). Atualmente, Deus está chamando algumas pessoas para sair deste mundo e
tornar-se Seu povo escolhido, santificado e redimido (2 Coríntios 6:16; 7:1).
Essas pessoas devem viver uma vida exemplar enquanto Deus as prepara para
servirem durante e depois do reino milenar de Cristo. “Amados, peço-vos, como a
peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que
combatem contra a alma,” escreveu o apóstolo Pedro, “tendo o vosso viver
honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de
malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós
observem” (1 Pedro 2:11-12).
UMA ESCOLHA A FAZER
Através de todo Seu plano
para salvar a humanidade, Deus nunca força alguém a obedece-lo. Todas as
pessoas são livres para escolher o que farão e se aceitarão ou rejeitarão o Seu
caminho de vida. Depois desses mil anos, Deus permitirá a Satanás testar as
convicções espirituais dos habitantes da Terra. Apoc. 20:7-10 descreve esse
tempo. Deus soltará o diabo da prisão e permitirá que ele engane aqueles que
não estão convictos da perfeita retidão do caminho de Deus. Então, Deus
destruirá, com fogo, os que seguirem a Satanás nessa rebelião. O esforço fútil
do diabo terminará em um fracasso. Essa última e trágica rebelião contra Deus
resultará em nada e a influência destrutiva e enganadora de Satanás sobre a
humanidade chegará ao fim. Agora, o palco está pronto para os acontecimentos
descritos por outro Dia Santo. A Festa dos Tabernáculos oferece uma maravilhosa
oportunidade de salvação para os que ficarem vivos no regresso de Cristo, bem
como para os seus descendentes físicos, durante o Milênio. Mas, o que vai
acontecer com milhões de pessoas das gerações passadas que viveram e morreram sem nunca compreender — ou até mesmo ouvir — a
verdade de Deus? Embora a Festa das Trombetas não seja
mencionada pelo nome no Novo Testamento, o tema desse dia — o soar de trombetas
anunciando o regresso de Jesus Cristo. Apesar do zelo missionário de muitos ao
longo dos séculos, muito mais pessoas foram “perdidas” do que “salvas”. Se Deus
é realmente todo poderoso, por que tantos nem chegaram a ouvir falar do
evangelho da salvação? O retrato tradicional do conflito entre Deus e Satanás
pela humanidade coloca Deus como perdedor nessa luta. A Vida Eterna é oferecida
a Todos, essa passagem em particular levanta questões difíceis para quem crer
que Deus está tentando desesperadamente salvar o mundo inteiro agora. Se esse é
o único período de salvação, então temos de concluir que a missão de Cristo
para salvar a humanidade vem sendo um fracasso. Afinal, ao longo dos séculos
milhares de milhões de pessoas viveram e morreram sem nunca terem ouvido falar
o nome de Jesus Cristo. Até mesmo hoje,
morrem diariamente milhares de seres humanos sem nunca ouvir falar de
Cristo. Qual é o destino dessas pessoas? O que Deus tem em mente para quem
nunca creu em Cristo ou nunca compreendeu qualquer verdade de Deus? Como elas
se encaixam no plano de Deus? Será que elas estão perdidas para sempre e não
têm nenhuma esperança de salvação?
Não devemos duvidar do poder
de salvação de Deus! Examinemos algumas suposições comuns e alcancemos o
entendimento da maravilhosa solução do nosso Criador! Paulo nos diz que Deus “ quer que todos os
homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1 Timoteo.2:4). Pedro
acrescenta que Deus é longânimo para convosco, não querendo que alguns se
percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pe. 3:9). Este é o objetivo
prioritário de Deus em relação à humanidade: Ele deseja que tantos quantos
possível se arrependam, tomem conhecimento da verdade e recebam a Sua oferta de
salvação! Jesus explicou como isso acontecerá. João.7:1-14 descreve como Jesus
foi para Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos. Ele apareceu publicamente e
disse às pessoas. “Se alguém tem sede, que venha a Mim e beba. Quem crê em Mim,
como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” (João.7:37-38).
A mensagem de Cristo aqui registrada, muito provavelmente, foi proferida à
volta do pôr do sol do sétimo e último dia da Festa dos Tabernáculos e ao
começo do oitavo dia (os Dias Sagrados de Deus começam com o pôr do sol e
terminam no seguinte pôr do sol). Os eruditos se dividem se teria sido no
sétimo dia ou no dia seguinte. Isto porque Levítico 23 diz que a Festa dos
Tabernáculos dura sete dias, mas que é seguida imediatamente por um Dia Santo
Anual, o “oitavo” dia (versículos 33-36, 39). No entanto o peso da evidência e
a sequência dos acontecimentos indicam que o capítulo 7 de João descreve eventos à volta do pôr-do-sol do sétimo dia e
ao começo do oitavo dia (os Dias Sagrados de Deus começam com o pôr do sol e
terminam no seguinte pôr do sol). O capítulo conclui com as pessoas retornando
às suas casas ao anoitecer daquele dia. O tema do ensinamento de Cristo
continua no capítulo 8 (que é claramente a manhã seguinte, versículo 2) e
inclui a oferta de salvação a toda a humanidade. Em Levitico. 23:39, vemos que
este dia segue imediatamente a Festa dos Tabernáculos, mas é uma festa separada
com seu próprio e distinto significado. Com base nas palavras de Cristo (em
João.7:37) e no tema da oferta de salvação a toda a humanidade, às vezes, esta
festa é chamada de o “Último Grande Dia”,
embora o Antigo Testamento simplesmente a chame de “o oitavo dia”. Qual foi o significado do ensinamento de Cristo
sobre a “água viva”? Nos seus dias, segundo a tradição, durante a Festa dos
Tabernáculos, os sacerdotes traziam vasos de ouro com água do tanque de Siloé,
no lado sul de Jerusalém, e derramavam sobre o altar no templo. Essa alegre
celebração ao som de trombetas marcava essa cerimônia enquanto o povo cantava
as palavras de Isaías: “E vós, com alegria, tirareis águas das fontes da salvação”
(Is.12:3). E, donde todos podiam ouvi-Lo, Jesus deu uma lição sobre essa água
(ao fim do sétimo dia, início do oitavo), revelando que todos aqueles que
estivessem com sede podiam ir até Ele para serem refrescados — para sempre. A
água representava, na analogia de Cristo, o Espírito Santo de Deus, o qual
aqueles que acreditavam em Jesus receberiam (João.7:39). Ele mostrava que as
necessidades básicas da sede e da fome espiritual somente podiam ser
satisfeitas por Ele, que é “o pão da vida” (João.6:48) e a fonte da água
viva. Mas quando isso aconteceria? Em
seis meses, os próprios compatriotas de Cristo pressionariam as autoridades
romanas a executá-Lo. E cerca de quarenta anos depois, o templo e todas as suas
cerimônias, incluindo as descritas acima, chegaram ao fim pelas mãos das
legiões romanas. A humanidade ainda está faminta e sedenta pela mensagem
trazida por Cristo, e pelos significado de viver justamente para encontrar a
verdadeira felicidade. A promessa de Deus de derramar Seu Espírito sobre toda a
carne (Joel.2:28) ainda não foi cumprida, exceto em uma maneira pequena e
preliminar entre os poucos que Ele chamou nesta era. Milhares de milhões de
pessoas morreram sem satisfazerem suas mais profundas necessidades espirituais.
Quando elas serão renovadas pelo poder vivificante do Espírito de Deus?
UMA RESSURREIÇÃO FÍSICA O ESPÍRITO VIVIFICANTE
PARA UMA OPORTUNIDADE DE SALVAÇÃO
Para encontrar a resposta,
devemos analisar novamente uma questão que os discípulos trouxeram a Cristo
logo antes de Sua ascensão: “Senhor, restaurarás Tu neste tempo o reino a
Israel?” (Atos.1:6). Quando os discípulos falaram dessa restauração, eles a
entenderam no contexto das muitas profecias de uma nação reunificada de Israel
sob o governo vindouro do Messias. Essa
profecia está em Ezequiel 37. Essa escritura descreve a visão de Ezequiel de um
vale cheio de ossos. Deus pergunta: “Filho do homem, acaso, poderão reviver
estes ossos?”, Ao que o profeta responde: “SENHOR Deus, tu o sabes” (versículo
3, ARA). Deus então diz aos ossos:
“Eis que farei entrar o espírito em
vós, e vivereis. Porei tendões sobre
vós, farei crescer carne sobre vós,
sobre vós estenderei pele e porei em
vós o espírito, e vivereis. E
sabereis que eu sou o SENHOR” (versículos 5-6, ARA). Nesta visão acontece uma
ressurreição física. O relato reconhece a desesperada situação em que essas
pessoas se encontravam: “Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa
esperança; estamos de todo exterminados” (versículo 11, ARA).O grande Espírito
Vivificante se apresenta novamente criando e dando forma a profecia, “ E ele
deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e
outros como pastores e mestres,”Ef.4:11 “ do qual o corpo inteiro bem ajustado,
e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada
parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor.”Ef.4:16,que
profeticamente pode ser interpretado como, a igreja remida de Cristo. OSSOS=
Crentes,evangeista, discípulos, sustenta e dá forma ao corpo físico. NERVOS=
Mestres, totalmente ligado e comandado pelo celebro( o CABEÇA). CARNE= Pastores,
musculo proteger aos membros em geral. PELE= Apostolo, cobertura do corpo
contato e sensibilidade com o externo segurança e proteção para o corpo.
ESPÍRITO= Profeta sensibilidade e intimidade com o Eterno seu Criador, contudo,
oferece-lhes a esperança de uma ressurreição e o dom do Espírito Santo num
cenário de uma nação reunificada e vivificada. Nessa dramática visão, a antiga
Israel serve de modelo para todos os povos que Deus ressuscitará à vida física.
Diz Deus: “Eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas
sepulturas, ó povo Meu… porei em vós o Meu Espírito, e vivereis” (versículos
12, 14). Neste tempo futuro, Deus disponibilizará gratuitamente a água
espiritual vivificadora do Seu Espírito Santo. Deus promete: “Farei com eles
aliança de paz; será aliança perpétua … O meu tabernáculo estará com eles; Eu
serei o Seu Deus, e eles serão o Meu povo” (Ez.37:26-27). O apóstolo Paulo
também se referiu a esse futuro evento: “Digo, pois: porventura, rejeitou Deus
o seu povo? De modo nenhum! Porque também eu sou israelita, da descendência de
Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o Seu povo, que antes conheceu”
(Rm.11:1-2). Como Paulo escreveu ainda: “E, assim, todo o Israel será salvo”
(Rm.11:26). Isso não significa até o último indivíduo, pois alguns acabarão
rejeitando a oferta de salvação de Deus. Mas está claro que a maior parte da
nação será salva. Entretanto, não apenas Israel, mas todos os que nunca tiveram
a oportunidade de beber da água viva da Palavra de Deus e do Seu Espírito Santo
finalmente poderão fazê-lo (Rm.9:22-26). Deus lhes oferecerá a oportunidade da
vida eterna.
O JULGAMENTO DO GRANDE TRONO BRANCO
Em Apoc. 20:5, João escreve:
“Os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram.” Aqui, João
faz uma clara distinção entre a primeira ressurreição, que ocorre no momento da
segunda vinda de Cristo (versículos 4, 6), e a segunda ressurreição, que
acontecerá no fim do reino milenar de Cristo. Lembre-se que a primeira
ressurreição é para a vida eterna. Em contraste, Deus ressuscita estes na
segunda ressurreição para uma existência física, com carne e sangue. João
relata essa mesma segunda ressurreição para a vida física descrita por
Ezequiel: “Vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de
cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os
mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os
livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados
pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o
mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles
havia; e foram julgados, cada um, segundo as suas obras” (versículos11-13). Os
mortos que estão diante do Criador são todos aqueles que morreram sem nunca
conhecer o verdadeiro Deus. Como na visão de Ezequiel dos ossos secos voltando
à vida, essas pessoas saem de suas sepulturas e começam a conhecer o Seu Deus.
Os livros (biblia em grego, donde provém a palavra Bíblia) são as Escrituras, a
única fonte do conhecimento da vida eterna. Finalmente, todos terão uma
oportunidade de entender completamente o plano de salvação de Deus. Essa
ressurreição física não é uma segunda oportunidade para a salvação. Para essas
pessoas realmente é a primeira oportunidade para conhecer o Criador. Os
ressuscitados são “julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros”
(versículo 12). Este julgamento envolverá um período de avaliação durante o
qual eles terão a oportunidade de ouvir, compreender e crescer no caminho de
vida de Deus, e os seus nomes serão escritos no Livro da Vida (versículo 15).
Durante esse tempo, bilhões de pessoas terão acesso à vida eterna. Esta última
festa do ano mostra quão profundos e
abrangentes são os misericordiosos julgamentos de Deus. Jesus Cristo
falou da maravilhosa verdade representada por esse dia quando comparou três
cidades daquela época, que falharam em responder aos Seus miraculosos feitos,
com três cidades do mundo antigo: “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!
Porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram,
há muito que se teriam arrependido com pano de saco grosseiro e com cinza. Por
isso, eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no Dia do Juízo, do
que para vós. E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até
aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti
se operaram, teria ela permanecido até hoje. Porém eu vos digo que haverá menos
rigor para os de Sodoma, no Dia do Juízo, do que para ti” (Mateus.11:21-24). Os
habitantes de Tiro, Sidom e Sodoma da antiguidade, cidades que atraíram a ira de Deus por suas
depravações, receberão misericórdia no dia de julgamento. Ao contrário de
Corazim, de Betsaida e de Cafarnaum, estas cidades de tempos antigos tiveram
pouca oportunidade de conhecer Deus. No entanto, Ele finalmente ressuscitará
essas pessoas logo após os primeiros mil anos do reinado de Cristo sobre o
mundo, incluindo-as no tempo do julgamento, quando até mesmo aqueles que
viveram em eras passadas serão reconciliados com Deus. Em exemplos semelhantes,
Jesus se refere ao povo da antiga cidade pagã de Nínive, à rainha do Sul (de
Sabá) do tempo de Salomão e, uma vez mais, a Sodoma e Gomorra da antiguidade,
que servem como o epítome da maldade (Mateus 10: 14-15; 12:41-42). Deus não
tolera a perversão e o pecado, mas é evidente que Ele não concluiu Seu trabalho
na vida das pessoas dessas gerações antigas. Isto requer que eles sejam
ressuscitados, trazido à vida física de novo, e finalmente, instruídas em Seus
caminhos. Jesus estava descrevendo uma época em que pessoas de todas as eras
passadas. E as pessoas falecidas da
antiga cidade assíria de Nínive e a bíblica “rainha do sul” da época de Salomão
se levantarão com as pessoas de Sua geração e viverão ao mesmo tempo…e, juntas,
toda entenderão a verdade sobre quem era Cristo e o propósito da vida. Será um
tempo de conhecimento universal de Deus. Desde o menor até o maior, todos O
conhecerão (Hb.8:11). Essas pessoas, mencionadas especificamente por Jesus
mencionou e muitíssima outras, finalmente terão sua oportunidade de salvação. Esse
último período de julgamento conclui o plano de Deus para salvar o mundo. Será
um tempo de amor, de profunda misericórdia e do insondável julgamento de Deus.
A oportunidade de beber das águas vivificantes do Espírito Santo realmente
saciará a mais profunda sede de homens e mulheres. Esse tempo de justo
julgamento trará de volta à vida aqueles que já haviam sido esquecidos pela
humanidade, mas que nunca foram esquecidos por Deus. Ele os trará de volta à
vida e lhes dará a oportunidade de vida eterna como seres espirituais no Reino
de Deus Deus fará com que o Seu plano se realize e trará muitos filhos à glória
(Hebreus.2:10). Sua promessa de derramar o Seu Espírito sobre toda a carne será
totalmente cumprida. As águas que saciam a sede do Espírito Santo estarão
disponíveis a todos no tempo representado pelo Oitavo Dia, a última das festas
anuais de Deus. Essas festas bíblicas representam um plano maravilhoso!
Estaríamos completamente desnorteados sem o entendimento delas!
QUAL SERÁ O FIM DESSAS COISAS?
"Assim diz o Senhor...
Eu sou o primeiro, e eu sou o último..." (Isa.44:6).
Deus já escreveu, tanto o
primeiro como o último capítulo da história de todas as coisas. No livro de
Gênesis lemos acerca da origem de todas as coisas do universo, da vida, do
homem, da sociedade humana, do pecado e da morte. Nas Escrituras proféticas,
mui especialmente no livro do Apocalipse, revela-se como essas coisas
alcançarão seu alvo máximo e a consumação. Muitos, como Daniel, perguntam
assim: "Qual será o fim dessas coisas?" (Dan.12:8). Somente Deus pode
responder à pergunta e a resposta se encontra nas Escrituras. A morte é a
separação da alma do corpo pela qual o homem é introduzido no mundo invisível.
Essa experiência descreve-se como "dormir" (João.11:11; Deut. 31:16),
o desfazer da casa terrestre deste Tabernáculo (2Cor. 5:1), deixar este
tabernáculo (2Ped. 1:4), Deus pedindo a alma (Luc. 12:20), seguir o caminho por
onde não tornará (Jo 16:22), ser congregado ao seu povo (Gên. 49:33), descer ao
silêncio (Sal. 115:17), expirar (Atos 5:10), tornar-se em pó (Gên.3:19), fugir
como a sombra (Jo 14:2), e partir (Fil. 1:23). A morte é o primeiro efeito
externo ou manifestação visível do pecado, e será o último efeito do pecado, do
qual seremos salvos. (Rom. 5:12; 1Cor. 15:26.) O Salvador aboliu a morte e
trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho, (2Tim. 1:10.) A palavra
"abolir" significa anular ou tornar negativo. A morte fica anulada
como sentença condenatória e a vida é oferecida a todos. Entretanto, embora a
morte física continue a manifestar-se, ela torna-se uma porta que conduz a vida
para aqueles que aceitam a Cristo. Qual a conexão entre a morte e a doutrina da
imortalidade? Há dois termos, "imortalidade" e
"incorrupção" que se usam em referência à ressurreição do corpo,
(1Cor.15:53,54.) A imortalidade significa não estar sujeito à morte, e nas
Escrituras emprega-se em referência ao corpo e não à alma (embora esteja
implícita a imortalidade da alma. Mesmo os cristãos estão sujeitos à morte por
serem mortais os seus corpos. Depois da ressurreição e do arrebatamento da
igreja, os cristãos desfrutarão da imortalidade. Isto é, receberão corpos
glorificados que não estarão sujeitos à morte. Os ímpios também serão
ressuscitados. Mas isso quer dizer que desfrutarão dessa imortalidade do corpo?
Não; sua inteira condição é a de morte, e separação de Deus. Embora tenham
existência, não gozam de comunhão com Deus e nem da glorificação do corpo, a
qual realmente constitui a imortalidade. Conscientemente existirão numa
condição de sujeição à morte. A sua ressurreição não é a "ressurreição da
vida", mas a "ressurreição para a condenação" (João 5:29). Se a
"imortalidade", à qual se referem as Escrituras, se referisse ao
corpo, como se justificaria a referência à imortalidade da alma? Tanto no
Antigo como no Novo Testamento, a morte é a separação do corpo e da alma; o
corpo morre e volta ao pó, a alma ou o espírito continua a existir
conscientemente no mundo invisível dos espíritos desencarnados. Assim o homem é
mortal, estando o seu corpo sujeito à morte, embora seja imortal a sua alma, que
sobrevive à morte do corpo. Qual a distinção entre imortalidade e vida eterna?
A imortalidade é futura (Rom. 2:7; 1Cor. 15:53,54), e refere-se à glorificação
dos nossos corpos mortais na ocasião da ressurreição. A vida eterna refere-se
principalmente ao espírito do homem: é uma possessão que não é afetada pela
morte do corpo. A vida eterna alcançará sua perfeição na vinda de Cristo, e
será vivida em um corpo glorificado que a morte não mais poderá destruir. Todos
os cristãos, quer vivos quer falecidos, já possuem a vida eterna, mas somente
na ressurreição terão alcançado a imortalidade
O ESTADO INTERMEDIÁRIO
Pela frase "estado
intermediário" queremos dizer o estado dos mortos no período entre o
falecimento e a ressurreição. Deve ser observado que os justos não receberão
sua recompensa final nem os ímpios seu castigo final, enquanto não se
realizarem as suas respectivas ressurreições. Ambas as classes estão num estado
intermediário, aguardando esse evento. Os cristãos falecidos vão estar
"com o Senhor", mas não recebem ainda o galardão final. O estado
intermediário dos justos descreve-se como um estado de descanso (Apo. 14:13),
de espera e repouso (Apo. 6:10,11), de serviço (Apo. 7:15), e de santidade
(Apo. 7:14).
Os ímpios também passam para
um estado intermediário, onde aguardam o castigo final, que se realizará depois
do juízo do Grande Trono Branco, quando a Morte e o Hades serão lançados no
lago de fogo. (Apo. 20:14.)
OPINIÕES ERRÔNEAS
Purgatório. A Igreja Católica Romana ensina que mesmo os
mais fiéis precisam dum processo de purificação antes de se tornarem aptos para
entrar na presença de Deus. Também adotam essa opinião certos protestantes que,
crendo na doutrina de "uma vez salvo, salvo para sempre", embora
reconhecendo a palavra divina "sem a santidade ninguém verá o
Senhor", concluem que haja um "purgatório" onde os crentes
carnais e imperfeitos se purifiquem da sua escória. Esse processo, segundo
dizem, realizar-se-á durante o Milênio enquanto os vencedores estão reinando
com Cristo. Todavia, não existem nas Escrituras evidências para tal doutrina, e
existem muitas evidências contrárias a ela. Assim escreveu John S. Banks,
erudito metodista: As Escrituras falam da felicidade intermediária dos mortos
em Cristo. (Luc.16:22; 23:3; 2Cor.6:6,8.) Certamente os cristãos em geral,
depois de longo tempo de crescimento na graça, estão tão aptos para o céu
quanto o malfeitor penitente ao lado de
Cristo, ou quanto. Lázaro mencionado na parábola. Também as Escrituras atribuem
ao sangue de Cristo ilimitada eficácia. Se, de fato, as Escrituras ensinassem
tal estado intermediário, diríamos que seu poder purificador seria originário
da expiação de Cristo, corno dizemos dos meios de graça no estado presente;
mas, uma vez que as Escrituras não ensinam tal doutrina, podemos apenas
considerar esse estado como obra de super erro (mais do que o exigido, extra).
Essa doutrina tenta prover o que já está amplamente provido. O Novo Testamento
reconhece apenas duas classes de pessoas; as salvas e as não-salvas. O destino
de cada classe determina-se agora, na vida presente, que é o único período
probatório. Com a morte termina esse período probatório, seguindo-se o
julgamento segundo as obras praticadas no corpo. (Heb. 9:27; 2 Cor. 5:10.)
O
espiritismo ensina que é possível alguém comunicar-se
com os espíritos de pessoas falecidas, sendo essas comunicações conseguidas por
meio dum "médium". Mas notemos: A Bíblia proíbe, expressamente, consultar tais
"médiuns"; a própria proibição indica a presença do mal e o perigo de
tal prática. (Lev. 19:31; 20:6, 7; Isa. 8:19.) É inútil os espíritas citarem o
exemplo de Saul, visto que esse desafortunado pereceu por ter consultado a
feiticeira, (1Crôn.10:13.) Os mortos estão sob o controle de Deus, o Senhor da
vida e da morte, e, por conseguinte, não podem estar sujeitos aos médiuns.
Vide, por exemplo, (Apo. 1:18; Rom. 14:9.) Os espíritas citam o caso da
pitonisa que evocou o espírito de Samuel e o relato da aparição de Moisés e
Elias no Monte da Transfiguração. Mesmo que fosse Samuel que aparecera a Saul,
seria por divina permissão, e o mesmo poderíamos dizer acerca de Moisés e
Elias. A passagem que relata o caso do rico e Lázaro prova que aos mortos não é
permitido comunicar-se com os vivos. (Luc. 16.) Embora muitos fenômenos espíritas hajam sido
provados fraudulentos, existe neles alguma realidade. Visto que os mortos não
se pode comunicar com os vivos, somos obrigados a concluir que as manifestações
espíritas são resultados de forças estranhas psíquicas ou que as mensagens têm
sua origem em espíritos mentirosos e sedutores, (1Reis 22:22; 1Tim. 4:1.)
Muitos dos que abraçam o espiritismo ou consultam médiuns são os que perderam
sua fé cristã. Aqueles que crêem nas Escrituras gozam de suficiente luz para
iluminar as regiões do além túmulo.
Sono
da alma. Certos grupos, como os Adventistas do Sétimo Dia, crêem
que a alma permanecerá num estado inconsciente até à ressurreição. Essa crença,
conhecida como "sono da alma", é também adotada por indivíduos em
outros grupos religiosos. É verdade que a Bíblia descreve a morte como um sono,
mas isso em razão de o crente, ao falecer, perder a consciência para com o
mundo cheio de fadiga e sofrimento e acordar num reino de paz e felicidade. O
Antigo Testamento ensina que, embora o corpo entre na sepultura, o espírito que
se separou do corpo entra no Seol (traduzido "inferno" na versão de
Almeida), onde vive em estado consciente. (Vide Isa. 14:9-11; Sal. 16:10; Luc.
16:23; 23:43; 2Cor. 5:8; Fs. 1:23; Apo. 6:9.)
A RESSURREIÇÃO
Importância da ressurreição.
Os coríntios, como os demais gregos, eram um povo de grande capacidade
intelectual, e amantes de especulações filosóficas. Ao ler-se os primeiros dois
capítulos da primeira Epístola aos Coríntios, nos quais Paulo declara a
imensurável superioridade da revelação sobre a especulação humana, observamos
que alguns dos membros da igreja de Corinto também eram partidários dessas
especulações. Dotado de penetração incomum, ele previu que, sob a influência do
espírito grego, o Evangelho poderia dissipar-se em lindo, porém impotente
sistema de filosofia e ética. De fato, já se havia manifestado essa tendência.
Alguns dos membros da igreja em Corinto estavam influenciados por uma antiga
doutrina grega de imortalidade, a qual ensinava que ao morrer o corpo pereceria
para sempre, mas que a alma continuaria a existir.
Em verdade, dizia esse
ensino, era bom que o corpo perecesse pois só servia como estorvo e impedimento
à alma. Ensinava-se na igreja de Corinto que, apesar de a alma ou o espírito
viver depois da morte, o corpo era destruído para sempre e não seria
ressuscitado; que a única ressurreição que o homem experimentaria seria a
ressurreição espiritual da alma, ressurreição de sua morte nos delitos e
pecados. (Vide Efés. 2:1, compare 2Tim.2:17,18.) O apóstolo desafiou a veracidade
desse ensino, dizendo: "Se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos,
como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?" (1Cor.
15:12). Tomando esse erro como ponto de partida, Paulo expôs a doutrina
verdadeira, entregando ao mundo o grande capítulo da ressurreição (1Coríntios
15). Como base do seu argumento a doutrina bíblica sobre o homem, a qual, em
contradição à doutrina pagã, declara que o corpo humano é suscetível de
santificação (1Cor. 6:13-20), redenção e está incluído na salvação do homem. No
princípio Deus criou tanto o espírito como o corpo, e quando o espírito e o
corpo se uniram como unidade vivente, o homem tomou-se em "alma
vivente". O homem foi criado imortal no sentido de que ele não precisava
morrer, mas mortal no sentido de que poderia morrer se desobedecesse a Deus. Se
o homem tivesse permanecido fiel, ele se teria desenvolvido ao máximo sobre a
terra e, então, possivelmente teria sido trasladado, pois a trasladação parece
ser o meio perfeito que Deus usa para remover da terra os seres humanos. Mas o
homem pecou, perdeu o direito à árvore da vida, e em resultado disso começou a
morrer, processo que culminou na separação do espírito do corpo. E a morte
física foi a expressão externa da morte espiritual, a qual é a consequência do
pecado. Visto que o homem se compõe tanto de alma como de corpo, a sua redenção
deve incluir a vivificação de ambos, da alma e do corpo. Embora o homem se
torne justo perante Deus e vivo espiritualmente (Ef. 2:1), seu corpo morrerá
como resultado da sua herança racial de Adão. Mas desde que o corpo é parte
integrante de sua personalidade, sua salvação e sua imortalidade não se
completam enquanto seu corpo não for ressuscitado e glorificado. Assim ensina o
Novo Testamento. (Vide Rom.13:11; 1Cor.15:53,54; Fil.3:20,21.) O argumento de
Paulo nos versos 13 a 19 é o seguinte: Ensinar que não há ressurreição é ferir
a realidade da salvação e a esperança da imortalidade. Ele desenvolve o
argumento da seguinte maneira: se não há ressurreição do corpo, então Cristo,
que tomou para si um corpo humano, não ressurgiu dentre os mortos. Se Cristo
não ressurgiu dentre os mortos, então a pregação de Paulo é vã; pior ainda, é
falsa e enganosa. Se a pregação é vã, então também são vãs a fé e a esperança
daqueles que a aceitam. Se Cristo de fato não ressuscitou dentre os mortos,
então não há salvação do pecado; pois de que maneira poderíamos saber que sua
morte foi realmente expiatória diferente de qualquer outra morte a não ser que
ele ressuscitasse? E se o corpo do Mestre não ressuscitou, que esperança haverá
para aqueles que nele confiam? E se todas essas suposições fossem verdadeiras,
então o sacrifício, a autonegação, e o sofrimento por causa de Cristo teriam
sido em vão (Vs. 19, 30-32.)
Natureza da ressurreição. É
relativamente fácil declarar a fato da ressurreição, mas ao tentarmos explicar
como Cristo foi ressuscitado encontramos grande dificuldade, pois se trata de
leis misteriosas, sobrenaturais, além da compreensão das nossas mentes.
Entretanto, sabemos que a ressurreição do corpo será caracterizada pelos
seguintes aspectos:
Relação.
Haverá alguma relação com o velho corpo, fato que Paulo ilustra pela comparação
do grão de trigo, (1Cor. 15:36, 37.) O grão é lançado na terra, morre, e o ato
de dissolução fertiliza o germe da vida no grão, de maneira que se transforma
em linda e viçosa planta. "Somente pela dissolução das partículas da
matéria na semente torna-se produtivo o germe de vida (o que jamais se observou
pelo microscópio)." Qual o poder que vitaliza o corpo humano, tornando-o
capaz da gloriosa transformação do corpo ressurreto? O Espírito Santo! (Vide
1Cor. 6:19.) Falando de ressurreição, Paulo expressa as palavras de 2Cor. 5:5,
que um erudito na língua grega assim traduziu: " Para essa mudança fui
preparado por Deus, que me deu Seu Espírito como sinal e primeira porção."
Realidade.
Certas pessoas não se interessam em ir para o céu, pensando que a vida ali será
uma existência insubstancial e vaga. Ao contrário, a existência no céu será tão
real quanto a presente, de fato, ainda mais real. Os corpos glorificados serão
reais e tangíveis e havemos de conhecer-nos e conversar uns com os outros, e
estaremos plenamente ocupados em atividades celestiais. Jesus no seu corpo
ressuscitado era muito real para seus discípulos; embora glorificado, era ele o
mesmo Jesus.
Incorrupção. "Levantado em incorrupção e em poder", o
corpo ressuscitado será livre de enfermidade, dor, debilidade, e da morte.
(Apo. 21:4.)
Glória.
Nossos velhos corpos são perecíveis, sujeitos à corrupção e ao cansaço, porque
são corpos "naturais", próprios para uma existência imperfeita num
mundo imperfeito; mas o corpo de ressurreição será próprio para a gloriosa
imortalidade no céu. Quando Pedro o Grande, da Rússia, trabalhava como mecânico
na Holanda, a fim de aprender a arte da construção naval, ele usava a roupa
humilde de mecânico; mas, ao voltar ao seu palácio, ele vestia-se com os trajes
reais ornados de jóias. Assim o espírito do homem, originalmente inspirado por
Deus, agora passa uma existência dentro dum corpo perecível (Fil. 3:21); mas na
ressurreição será revestido de um corpo glorioso, próprio para ver a Deus face
a face. Poderá atravessar o espaço com a rapidez de relâmpago, em razão da
enorme energia com que estará dotado.
Sutileza,
isto é, o poder de penetrar as substâncias sólidas. Ao andarmos pela terra em
um corpo glorificado, não seremos impedidos por coisas mínimas como sejam um
muro ou uma montanha, simplesmente os atravessaremos! (Vide João 20:26.) Existem
muitas coisas que não entendemos e não podemos entendê-las ainda, acerca da
vida futura; "ainda não é manifesto o que havemos de ser".
Entretanto, isto sabemos: "agora somos filhos de Deus", e...
"quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é
o veremos" (1João 3:1,2).
A VIDA FUTURA
Ao estudar-se o ensino do
Antigo Testamento concernente à vida futura, deve-se ter em mente que a obra
redentora de Cristo tem exercido grande efeito sobre a nossa relação com a
morte e a vida. Cristo "aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção
pelo Evangelho" (2Tim.1:10). Cristo trouxe plenitude de luz e absoluta
confiança quanto à vida vindoura. Ele também efetuou uma grande libertação dos
santos do tempo do Antigo Testamento, que estavam guardados no estado intermediário,
libertação que lhes proporcionou muito mais felicidade. Muito embora a
revelação vétero-testamentária não seja tão ampla quanto a do Novo Testamento,
concernente à vida apos a morte, encontramos ali a referida doutrina. A
doutrina do Antigo Testamento sobre a imortalidade baseia-se na relação entre o
homem e Deus. O homem, criado à imagem de Deus, é dotado de capacidade para
conhecer a Deus e com ele ter comunhão. Isso significa que o homem é mais do
que animal, e que sua existência ultrapassa os limites do tempo. Foi criado
para viver e não para morrer. Mas o pecado trouxe a morte ao mundo e, assim, ao
homem. A morte, no seu aspecto físico, é a separação do corpo da alma. A morte,
entretanto, não implica extinção da alma. O Antigo Testamento consistentemente
ensina que a personalidade do homem sobrevive a morte. O corpo do homem era
depositado na sepultura enquanto a alma ia para o lugar denominado
"Seol" (traduzido "inferno", "o poço", e "a
sepultura") a morada dos espíritos dos finados. Prova-se que o
"Seol" não era o céu pelo fato de ser descrito como estando "em
baixo" (Prov. 15:24), terra mais baixa (Ezeq. 32:18), e o meio do inferno
(desceram) (Ezeq. 32:21). Que não era um lugar de felicidade suprema, prova-se
pelas seguintes descrições: um lugar sem lembrança de Deus (Sal. 6:5), de
crueldade (Cant. de Salomão 8:6, Versão Brasileira), lugar de dor (Jo 24:19
Versão Brasileira), lugar de tristeza (Sal. 18:5 Versão Brasileira), e era um
lugar do qual aparentemente ninguém voltava. Jo 7:9 (Versão Brasileira).* O
Seol, não desfrutando do brilho da pessoa de Cristo ressuscitado, é um lugar
sombrio que inspira receio, e, por conseguinte, alguns dos santos do Antigo
Testamento receavam ir para esse lugar como a criança receia entrar num quarto
escuro. (Vide o Sal. 88 e Isa. 38.) Seol era habitado tanto pelos justos (Jo
14:13; Sal. 88:3; Gên. 37:34,35) como pelos ímpios (Prov. 5:3-5; 7:27; Jo
24:19; Sal. 31:17). Do caso do rico e Lázaro concluímos que havia duas seções
no Seol um lugar de sofrimento para os ímpios (Luc. 16:23,24) e outro para os
justos, um lugar de descanso e conforto (Luc. 16:25). Contudo, os santos do
Antigo Testamento não estavam sem esperança. O Santo de Deus, o Messias,
desceria ao Seol; o povo de Deus seria redimido do Seol. (Sal. 16:10; 49:15;
Versão Brasileira.) Essa profecia cumpriu-se quando Cristo, após sua morte,
desceu ao mundo inferior dos espíritos dos finados (Mat 12:40; Luc. 23:42,43),
e libertou do Seol os santos do Antigo Testamento, levando-os consigo para o
Paraíso celestial. (Efés. 4:8-10.) Essa passagem parece indicar que houve uma
mudança nesse mundo dos espíritos, e que o lugar ocupado pelos justos que
aguardam a ressurreição foi trasladado para as regiões celestiais. (Efés. 4:8;
2Cor. 12:2.) Desde então, os espíritos dos justos sobem para o céu e os
espíritos dos ímpios descem para a condenação. (Apo. 20:13,14.) Outras
evidências do ensino do Antigo Testamento sobre a vida futura são as seguintes:
1) A frase "congregado
ao seu povo" (Gên. 25:8) ou "aos pais", usada por Abraão,
Moisés, Arão e Davi, deve referir-se à existência consciente após a morte e ao
sepultamento, pois esses homens não foram enterrados nos túmulos ancestrais.
2) As trasladações de Enoque
e Elias provam com certeza a existência duma vida futura de felicidade na
presença de Deus.
3) As palavras de Cristo em
Mat. 22:32 representam meramente uma forte expressão da própria crença dos
judeus. De outra forma nenhuma influência teriam sobre os ouvintes.
4) A doutrina da
ressurreição dentre os mortos é claramente exposta no Antigo Testamento. (Jo
19:26; Dan. 12:1,2.) 5) Quando Jacó disse: "Com choro hei de descer ao meu
filho até a sepultura" (literalmente
"Seol", e assim traduzida na Versão Brasileira) (Gên.37:35), de
maneira nenhuma ele se referia à sepultura literal, pois ele supunha que o
corpo de José fora devorado por uma fera.
ENSINO DO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento reconhece
a existência no além túmulo, na qual a vida espiritual continua sob novas e
melhores condições. Entrar nessa vida é o supremo alvo do homem. (Mar. 9:43.)
Aceitando o próprio Cristo, o crente já na vida presente passou da morte para a
vida. (João 3;36.) Isso, entretanto, é somente o princípio; sua plenitude
pertence à existência que começa com a "ressurreição da vida". (João
5:29.) Existe uma vida vindoura (1Tim. 4:8); agora está oculta, mas se
manifestará quando Cristo, que é nossa vida, aparecer (Col. 3:4). Cristo dará a
coroa da vida prometida àqueles que o amam (Tia. 1:12). Mesmo o estado dos que
faleceram em Cristo é algo melhor do que a presente vida nele (Fil. 1:21). Mas
a plenitude de vida, qual terra da Promissão, e o seu direito de primogenitura
como filhos de Deus, serão revelados na vinda de Cristo. (Rom. 8:17; Gál. 4:7.)
A morte física não pode interromper a comunhão entre o cristão e seu Senhor.
"Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto,
viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá (João 11:25,26).
Com essas palavras Jesus assegurou a Marta e Maria que seu irmão não havia
perecido, mas estava seguro. Com efeito, Jesus dizia o seguinte: "Eu amava
vosso irmão e com ele tive doce comunhão. Compreendendo quem eu sou, lembrando
o meu poder, pensais que eu permitiria à morte interromper essa comunhão, que
para nós ambos era uma grande delicia?" Existem muitos argumentos formais
a favor da imortalidade. Mais do que a lógica fria o que mais satisfaz é
justamente saber que estamos em comunhão com Deus e com o seu Cristo. Vamos
imaginar o caso dum crente fiel que durante muitos anos gozou de preciosa
comunhão com o Filho de Deus, ouviu sua voz e sentiu sua presença. Agora que
ele está prostrado no leito de morte ouviremos então o Filho de Deus dizer-lhe:
"Andamos juntos, gozamos de doce comunhão, mas chegou a hora do eterno
adeus"? Não, assim não aconteceria! Aqueles que estão "em
Cristo" (1Tess. 4:14-17) não podem ser separados dele nem pela vida e nem
pela morte (Rom. 8:38). Para aquele que viveu conscientemente na presença de
Cristo, ser separado de Cristo pela morte é coisa impossível. Para aqueles que
estão unidos ao amor de Deus, é inconcebível separar-se desse amor para entrar
num estado do nada e desolação. Cristo diz a todos os crentes: "Está
Lázaro, está alguém, unido a mim? Ele confia em minha pessoa? Tudo que sou e
todo o poder que em mim reside operarão em sua vida. Teu irmão está unido a mim
pelos laços da confiança e do amor, e visto que eu sou a Ressurreição e a Vida,
esse poder operará nele."
O DESTINO DOS JUSTOS
Natureza do céu. Os justos
são destinados à vida eterna na presença de Deus. Deus criou o homem para ser
ele conhecido pelo homem, amado e servido por ele no presente mundo, como
também gozar eternamente de sua presença no mundo vindouro. O cristão durante a
sua vida terrestre experimenta pela fé a presença do Deus invisível, mas na
vida vindoura essa experiência da fé tornar-se-á um fato consumado. Ele verá a
Deus face a face, terá a experiência que alguns teólogos chamam a "Visão
Beatifica".
OS VÁRIOS TÍTULOS USADOS PARA DESCREVER O CÉUS
Paraíso
(literalmente, jardim), lembrando-nos a felicidade e o contentamento dos nossos
primeiros pais ao participarem de comunhão e conversação com o Senhor Deus.
(Apo. 2:7; 2Cor. 12:4)
"Casa
de meu Pai", com suas muitas mansões (João 14:2) expondo
o conforto, descanso e comunhão do lar.
O
país celestial, a caminho do qual estamos viajando, como
Israel naquele tempo se destinava a Canaã, a Terra da Promissão. (Heb.
11:13-16.)
Uma
cidade, sugerindo a ideia duma sociedade organizada. (Heb.
11:10; Apo. 21:2.) Devemos distinguir as seguintes três fases na condição dos
cristãos que partiram desta vida: primeira, existe um estado intermediário de
descanso enquanto aguardam a ressurreição; segunda, depois da ressurreição
segue-se o juízo sobre as obras (2Cor. 5:10; 1Cor. 3:10-15); terceira, ao fim
do Milênio descerá do céu a Nova Jerusalém, o lar final dos remidos (Apoc. 21).
A Nova Jerusalém descerá do céu, faz parte do céu, e, portanto, é o céu no
pleno sentido da palavra. Sempre que Deus se revela pela sua presença pessoal e
glória celeste, ai é céu, e dessa maneira podemos descrever a Nova Jerusalém.
(Apo. 22:3,4.) Por que desce essa cidade do céu? O propósito final de Deus é
trazer o céu à terra. (Vide Deut. 11:21.) Ele tornará "a congregar em
Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que
estão nos céus como as que estão na terra" (Efés. 1:10); então Deus será
"tudo em todos" (1Cor. 15:28).
Embora a Nova Jerusalém não
chegue até a terra, ela será visível aos moradores terrestres, pois "as
nações andarão à sua luz" (Apo. 21:24).
2. Necessidade do céu.
O estudo das religiões
revela o fato de que a alma humana instintivamente crê que existe céu. Esse
instinto foi implantado no coração do homem pelo próprio Deus, o Criador dos
instintos humanos. Os argumentos que provam a existência da vida futura não são
formulados principalmente para que os homens acreditem nessa vida, mas porque
os homens já acreditam, e desejam trazer a inteligência sujeita às mais
profundas instituições do coração. Também o céu é essencial às exigências da
justiça. Os sofrimentos dos justos sobre a terra e a prosperidade dos ímpios
exigem um estado futuro no qual se faça plena justiça. A Bíblia ensina que tal
lugar existe. Platão, o mais sábio dos gregos, opinou que a vida futura era uma
probabilidade, e aconselhou os homens a colherem as melhores opiniões a
respeito, e a embarcar nelas como que numa balsa, e navegar perigosamente os
mares da vida, "a não ser que com mais segurança pudesse achar um navio
melhor, ou uma palavra divina". Essa palavra divina que os sábios
desejaram são as Escrituras Sagradas, nas quais se ensina a existência da vida
futura, não como opinião ou teoria, mas como fato absoluto.
3. As bênçãos do céu.
(a) Luz e beleza. (Apo.
21:23; 2:5.) A melhor linguagem humana é inadequada para descrever as gloriosas
realidades da vida futura. Nos caps. 21 e 22 do Apocalipse o Espírito emprega
linguagem que nos ajuda a compreender algo das belezas do outro mundo. A
toupeira que vive no buraco na terra não pode compreender como é a vida da
águia que se eleva acima das altas montanhas. Vamos imaginar um mineiro que
nascesse em uma mina 500 metros abaixo da superfície e que ai passasse todos os
seus dias, sem nunca ter visto a superfície da terra. Como seria difícil tentar
descrever-lhe as delicias visuais de verdes árvores, campos floridos, rios,
pomares, picos de montanhas, e o céu estrelado. Ele nada disso apreciaria, pois
seus olhos não viram, seus ouvidos não ouviram e não entrou em seu coração o
conhecimento dessas coisas.
(b) Plenitude de
conhecimento, (1Cor. 13:12.) O sentimento expresso pelo sábio Sócrates ao
dizer: "Uma coisa sei, é que nada sei", tem sido repetido pelos
sábios daquele tempo. O homem está rodeado dos mistérios e anseia pela
sabedoria. No céu esse anseio será satisfeito absolutamente; os mistérios do
universo serão desvendados; problemas teológicos difíceis desvanecerão. Então
gozaremos de melhor qualidade de conhecimento, o conhecimento de Deus.
(c) Descanso. (Apo. 14:13;
21:4.) Pode-se formar certa concepção do céu contrastando-o com as desvantagens
da vida presente. Pense em tudo que neste mundo provoca: fadiga, dor, luta e
tristeza, e considere que no céu essas coisas não nos perturbarão.
(d) Servir. Existem pessoas
acostumadas a uma vida muito ativa que não se interessam pelo céu, pensando que
o céu seja lugar de inatividade, onde seres etéreos passem o tempo tocando
harpa. Essa, porém, não é uma concepção exata. É verdade que os redimidos
tocarão harpas, pois o céu é lugar de música. "Haverá trabalho a fazer
também. "... Estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite
no seu templo." "(Apo. 7:15); "... e os seus servos o
servirão"... (Apo. 22:3). Aquele que colocou o homem no primeiro paraíso,
com instruções sobre como cuidar dele, certamente não deixará o homem sem ter o
que fazer no segundo paraíso.
(e) Gozo. (Apo. 21:4.) O
maior prazer experimentado neste mundo, mesmo que ampliado um milhão de vezes,
ainda não expressaria o gozo que espera os filhos de Deus nesse reino. Se um
poderoso rei, possuidor de ilimitadas riquezas, quisesse construir um palácio
para sua noiva, esse palácio seria tudo quanto a arte e os recursos pudessem
prover. Deus ama seus filhos infinitamente mais que qualquer ser humano.
Possuindo recursos inexauríveis, ele pode fazer um lar cuja beleza ultrapasse
tudo quanto a arte e imaginação humanas poderiam conceber. "Vou
preparar-vos lugar."
(f) Estabilidade. O gozo do
céu será eterno. De fato, a permanência é uma das necessidades para que a
felicidade seja perfeita. Por muito gloriosas que sejam a beleza e a felicidade
celestiais, saber que essas coisas acabariam já é suficiente para que o gozo
perca sua perfeição. Lembrar-se de que inevitavelmente tudo findará , seria um
empecilho ao gozo perfeito. Todos desejam o estado permanente: saúde
permanente, paz permanente e prosperidade permanente. A instabilidade e
insegurança são temidas por todos. Mas a felicidade no céu é justamente a
divina promessa de que o seu gozo nunca há de terminar nem diminuir de
intensidade.
(g) Gozos Sociais. (Heb.
12:22, 23; 1Tess. 4:13-18) Por natureza, o homem é um ser social. O homem
solitário é anormal. Se na vida presente os gozos sociais proporcionam tanta
felicidade, como não será muito mais gloriosa a amável comunhão social no céu. Nas
relações humanas, mesmo as pessoas mais chegadas a nós têm suas faltas e
características que destroem a sua personalidade. No céu os amigos e parentes
não terão faltas. Os gozos sociais nesta vida fazem-se acompanhar de
desapontamento. Muitas vezes os próprios familiares nos causam grandes
tristezas; as amizades acabam e o amor desvanece. Mas no céu não haverá os
mal-entendidos e nenhuma rixa; tudo será bom e belo, sem sombra e sem defeito,
cheio de sabedoria celestial e resplandecente com a glória de Deus.
(h) Comunhão com Cristo.
(João 14:3; 2Cor. 5:8; Fil. 1:23.) "Ao qual, não o havendo visto, amais;
no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e
glorioso" (1Ped. 1:8). Naquele dia seremos como ele é; os nossos corpos serão
como o seu glorioso corpo; nós o veremos face a face; aquele que pastoreou o
seu povo no vale das lágrimas, no céu conduzirá esse povo de gozo em gozo, de
glória em glória, e de revelação em revelação.
VI. O DESTINO DOS ÍMPIOS.
1. O ensino bíblico.
O destino dos ímpios é estar
eternamente separados de Deus e sofrer eternamente o castigo que se chama a
segunda morte. Devido à sua natureza terrível, é um assunto diante do qual se
costuma recuar; entretanto, é necessário tomar conhecimento dele, pois é uma
das grandes verdades da divina revelação. Por essa razão o manso e amoroso
Cristo avisou os homens dos sofrimentos no inferno. Sua declaração acerca da
esperança do céu aplica-se também à existência do inferno "se não fosse
assim, eu vo-lo teria dito" (João 14:2). O inferno é um lugar de: extremo
sofrimento (Apo. 20:10), onde é lembrado e sentido o remorso (Luc. 16:19-31),
inquietação (Luc. 16:24), vergonha e desprezo (Dan. 12:2), vil companhia (Apo.
21:8) e desespero (Prov. 11:7, Mat. 25:41).
2. Opiniões errôneas.
(a) O universalismo ensina
que todos os homens, no fim, serão salvos, argumentando que Deus é amoroso
demais para excluir alguém do céu. Essa teoria é refutada pelas seguintes
passagens: Rom. 6:23; Luc. 16:19-31; João 3:36 e outras. Na realidade, é a misericórdia
de Deus que exclui do céu o ímpio, pois este não se acomodaria no ambiente
celestial como também o justo não teria prazer em estar no inferno.
(b) O restauracionismo. A
doutrina da restauração de todas as coisas ensina que o inferno não é eterno,
e, sim, apenas uma experiência temporária que tem por fim purificar o pecador
para que possa entrar no céu. Se assim fosse, então o fogo infernal teria mais
poder do que o sangue de Cristo. Também, a experiência nos ensina que a
punição, em si, não regenera; ela pode restringir mas não transformar. Os
partidários dessa escola de pensamento afirmam que a palavra
"eterno", na língua grega, significa "duração de século ou
época" e não duração sem fim. Mas, segundo Mat. 25:41, se a punição dos
ímpios tiver fim, então o terá também a felicidade dos justos. Assim comenta o
Dr. Maclaren: Reverentemente aceitando as palavras de Cristo como palavras de
perfeito amor e sabedoria infalível, este autor... receia que, na avidez de
discutir a duração, o fato solene da realidade da futura retribuição seja
ofuscado, e os homens discutam sobre o "terror do Senhor" a ponto de
não sentirem mais receio a seu respeito. Os hábitos tendem a se fixar. A
tendência do caráter é tornar-se permanente; não há razão para crer que Deus
futuramente, mais do que no presente, obrigue a pessoa a ser salva.
(c) Segundo período
probatório. Ensina que todos, no tempo entre a morte e a ressurreição, terão
outra oportunidade para aceitar a salvação. As Escrituras, entretanto, ensinam
que na morte já se fixou o destino do homem. (Heb. 9:27.) Além disso, quantos
aceitarão a presente oportunidade se pensarem que haverá outra? E, segundo as
leis da natureza humana, se negligenciarem a primeira oportunidade, estarão
menos dispostos a aceitar a segunda.
(d) Aniquilamento. Ensina
que Deus aniquilará os ímpios. Os partidários dessa doutrina citam 2Tess. 1:9 e
outras passagens que afirmam que os ímpios serão destruídos. Contudo, o sentido
da palavra, como usada nas Escrituras, não é "aniquilar", mas causar
ruína. Se a palavra perdição (Almeida) nesse verso significa aniquilar, então a
palavra "eterna" no mesmo verso seria supérflua, pois aniquilamento
só pode ser eterno. Também citam passagens que expõem a morte como a pena do
pecado. Mas, nesses casos, refere-se à morte espiritual e não à morte física, e
morte espiritual significa separação de Deus. A promessa de vida feita ao
obediente não significa o dom de "existência", pois esse dom todos os
homens o possuem. E se a vida, como um galardão, não significa mera existência,
então a morte também não significa mera perda
VII. A SEGUNDA VINDA DE
CRISTO.
1. O fato de sua vinda.
O fato da segunda vinda de
Cristo é mencionado mais de 300 vezes no Novo Testamento. Paulo refere-se ao
evento umas cinqüenta vezes. Alguém já disse que a segunda vinda é mencionada
oito vezes mais do que a primeira. Epístolas inteiras (Cl e 2Tess.) e capítulos
inteiros (Mat. 24, Mat. 13) são dedicados ao assunto. Sem dúvida, é uma das
doutrinas mais importantes do Novo Testamento.
2. A maneira de sua vinda.
Será de maneira pessoal
(João 14:3; Atos 1:10,11; 1Tess. 4:16; Apo. 1:7; 22:7), literal (Atos 1:10;
1Tess. 4:16, 17; Apo. 1:7; Zac. 14:4), visível (Heb. 9:28; Fps. 3:20; Zac.
12:10) e gloriosa (Mat. 16:27; 25:31; 2Tess. 1:7-9; Gál. 3:4). Há
interpretações que procuram evitar a opinião de que a vinda de Cristo seja
literal e pessoal. Alguns ensinam que a morte é a segunda vinda de Cristo. Mas
a Bíblia mostra que a segunda vinda é o contrário da morte, pois os mortos em
Cristo ressuscitarão nessa ocasião. Com a morte iremos para Cristo, mas na sua
vinda ele virá para nos buscar. Certas passagens (Mat. 16:28; Fil. 3:20) perdem
seu significado se substituíssemos morte por segunda vinda. Finalmente, a morte
é um inimigo, enquanto a vinda de Cristo é a gloriosa esperança. Alguns
sustentam que a segunda vinda foi a descida do Espírito no dia de Pentecoste.
Outros ensinam que Cristo veio no tempo da destruição de Jerusalém no ano 70
A.D., mas em cada um desses casos não houve ressurreição dos mortos, nem o
arrebatamento dos vivos, nem outros eventos preditos que acompanharão o segundo
advento.
3. O Tempo da sua vinda.
Tentativas houve para
determinar a data da vinda de Cristo, mas em nenhuma delas o Senhor veio na
hora marcada pelos homens! Ele declarou que o tempo exato de sua vinda está
oculto nos conselhos divinos. (Mat. 24:36-42; Mar. 13:21, 22.) é bom que seja
assim. Quem gostaria de saber com antecedência a hora exata de sua morte? Tal
conhecimento teria o efeito de perturbar e inutilizar a pessoa. Basta que
saibamos que a morte pode vir a qualquer instante; portanto, devemos trabalhar
"enquanto é dia pois a noite vem quando ninguém pode trabalhar". O
mesmo raciocínio serve quanto ao fim da presente dispensação. Esse dia também
não nos foi revelado, mas sabemos quê será repentino (1Cor. 15:52; Mat. 24:27)
e inesperado (2Ped. 3:4; Mat. 24:48-51; Apo. 16:15). O Senhor avisa seus
servos: "Negociai até que eu venha" Damos em seguida uma visão geral
do ensino de Cristo sobre o tempo da sua vinda: após a destruição de Jerusalém
os judeus serão desterrados entre todas as nações, expulsos de sua terra, a
qual passará a ser subjugada pelos gentios até ao fim dos tempos, quando Deus
julgará as nações gentias (Luc. 21:24). Durante esse período os servos de
Cristo levarão sua obra avante (Luc. 19:11-27) pregando o Evangelho a todas as
nações (Mat. 24:14). Será um tempo de demora durante o qual muitas vezes a igreja
será tentada a duvidar do retomo do seu Senhor (Luc. 18:1-8), quando alguns se
prepararão e outros se tornarão negligentes, enquanto o Noivo demora (Mat.
25:1-11). Ministros infiéis desviar-se-ão, dizendo consigo mesmos: "O meu
Senhor tarda a vir" (Luc. 12:45).
"Muito tempo
depois" (Mat. 25:19), "… meia-noite (Mat. 25:6), ‹a hora e no dia dos
quais nenhum dos seus discípulos sabe (Mat. 24:36, 42,50), o Senhor
repentinamente aparecerá para ajuntar seus servos e julgá-los segundo as suas
obras (Mat. 25:19; e 2Cor. 5:10). Mais tarde, depois de ter sido pregado
universalmente o Evangelho e após o mundo havê-lo rejeitado, quando o povo
estiver vivendo completamente ignorante quanto à iminente catástrofe, como nos
dias de Noé (Mat. 24:37-39) e nos dias da destruição de Sodoma (Luc. 17:28, 29)
virá o Filho do homem em glória e poder para julgar as nações do mundo e sobre
elas reinar (Mat. 25:31-46).
4. Sinais de sua vinda.
As Escrituras ensinam que a
aparição de Cristo inaugurando a Idade Milenial será precedida por um tempo
agitado de transição, no qual haverá distúrbios físicos, guerras, crises
econômicas, declínio moral, apostasia religiosa, infidelidade, pânico geral e
perplexidade. A última parte desse período transitório chama-se "A Grande
Tribulação", durante a qual o mundo inteiro estará sob o domínio dum
governo contra Deus e anticristão. Crentes em Deus serão brutalmente
perseguidos, e a nação judaica, em particular, passará pela fornalha da
aflição.
5. O propósito de sua vinda.
(a) Em relação à igreja.
Assim escreve o Dr. Pardington: Assim como a primeira vinda do Senhor se
estendeu sobre um período de 30 anos, assim a segunda vinda influirá em vários
eventos. Na primeira vinda ele foi revelado como o Menino de Belém; mais tarde
como o Cordeiro de Deus, ao ser batizado, e como o Redentor no Calvário. Na
segunda vinda aparecerá aos seus secreta e repentinamente para trasladá-los às
Bodas do Cordeiro. Essa aparição chama-se o arrebatamento ou
"Parousia" (que significa "aparição" ou "presença"
ou "chegada" na língua grega). Nessa ocasião os crentes serão
julgados para determinar as suas recompensas por serviços prestados (Mat.
25:14-30). Após o arrebatamento, segue-se um período de terrível tribulação,
que terminará na revelação, ou manifestação aberta de proveniente do céu,
quando ele estabelecerá seu reino messiânico sobre a terra.
(b) Em relação a Israel.
Aquele que é a Cabeça e Salvador da igreja, do povo do céu, é também o
prometido Messias de Israel, do povo terrestre. Como Messias, ele libertará
esse povo da tribulação, congregá-lo-á dos quatro cantos da terra,
restaurá-lo-á na sua antiga terra e sobre ele reinará como seu, há muito
prometido, Rei sobre a Casa de Davi.
(c) Em relação ao
anticristo. O espírito do anticristo já está no mundo (1João 4:3; 2:18; 2:22),
mas ainda virá outro anticristo final (2Tess. 2:3). Nos últimos dias ele se
levantará dentre o velho mundo (Apo. 13:1) e tornar-se-á o soberano sobre um
Império Romano ressuscitado que dominará todo o mundo. Assumirá grande poder
político (Dan. 7:8, 25), comercial (Dan. 8:25; Apo. 13:16, 17) e religioso
(Apo. 17:1-15). Ele será anti-Deus e anti-Cristo, e perseguirá os cristãos numa
tentativa de extinguir o Cristianismo. (Dan. 7:25; 8:24; Apo. 13:7, 15).
Sabendo que os homens desejam ter alguma religião, ele estabelecerá um culto
baseado na divindade do homem e na supremacia do Estado. Como personificação
desse Estado, ele exigirá o culto do povo, e formará um sacerdócio para fazer
cumprir e promulgar esse culto. (2Tess. 2:9,10; Apo. 13: 12-15.) O anticristo
levará ao extremo a doutrina da supremacia do Estado, a qual ensina que o
governo é o supremo poder, em torno do qual tudo, incluindo a própria
consciência do homem, tem que lhe estar subordinado. Visto que não existe poder
ou lei mais elevados do que o Estado, segundo eles, Deus e sua lei precisam ser
abolidos para se prestar culto ao Estado. A primeira tentativa para estabelecer
o culto ao Estado está registrada em Daniel cap. 3. Nabucodonosor orgulhou-se
do poderoso império que edificara. "não é esta a grande Babilônia que eu
edifiquei?..." (Dan. 4:30). Tão deslumbrado ficou ele diante do poderio e
governos humanos, que o Estado para ele se tomou como um deus. Que melhor
maneira para impressionar os homens com sua glória, do que ordenar-lhes que o
símbolo desse governo fosse venerado! Portanto, ele edificou uma grande imagem
dourada e mandou que todos os povos se prostrassem diante dela, sob pena de
morte. A imagem não foi a de uma divindade local, mas representava o próprio
Estado. Recusar cultuar a imagem era considerado ateísmo ou traição. Ao
instituir essa nova religião, Nabucodonosor como que dizia ao povo: "Quem
vos deu as belas cidades, as boas estradas, e belos jardins? O Estado! Quem vos
provê de alimentos e serviço, quem funda escolas e patrocina templos? O Estado!
Quem vos defende dos ataques dos inimigos? O Estado! não será então o Estado,
esse poderio, um deus? Portanto, que maior deus quereis do que vosso exaltado
governo? Prostrai-vos perante o símbolo da grande Babilônia!" E se Deus
não o tivesse humilhado do seu orgulho blasfemo (Dan. 4:28-37), Nabucodonosor
talvez teria exigido o culto de sua própria pessoa como chefe do Estado. Como
os três filhos hebreus (Dan. 3) foram perseguidos por se recusarem a curvar-se
perante a imagem de Nabucodonosor, assim os cristãos do primeiro século
sofreram porque se recusaram a render homenagens divinas à imagem de César.
Havia tolerância de todas as religiões no Império Romano, mas sob a condição de
que fosse venerada a imagem de César como símbolo do Estado. Os cristãos foram
perseguidos, não tanto por sua lealdade a Cristo, mas porque se recusaram a
adorar a César e dizer: "César é Senhor." Recusaram-se a cultuar o
Estado como deus. A Revolução francesa oferece outro exemplo dessa política.
Deus e Cristo foram lançados fora e um deus, ou deusa, se fez da
"Pátria" (o Estado). Assim disse um dos lideres: "O Estado é
supremo em todas as coisas. Quando o Estado se pronuncia, a igreja não tem nada
a dizer." A lealdade ao Estado elevou-se à posição de religião. A
assembléia decretou que em todas as vilas fossem levantados altares com a
seguinte inscrição: "O cidadão nasce, vive e morre por La Patrie."
Preparou-se um ritual para batismos, casamentos e enterros civis. A religião do
Estado possuía seus hinos e orações, seus jejuns e festas. O Novo Testamento
reconhece o governo humano como divinamente ordenado para a manutenção da ordem
e da justiça. O cristão, por conseguinte, deve lealdade à sua pátria. Tanto a
igreja como o estado têm sua parte no programa divino, e cada qual deve
limitar-se à sua esfera. Deus deve receber o que lhe pertence, e César deve
receber o que lhe pertence. Mas acontece que muitas vezes César exige coisas
que são de Deus, resultando que a igreja, muito contra sua vontade, entra em
choque com o governo. As Escrituras prevêem que esses conflitos futuramente
chegarão ao seu ponto máximo. A última civilização será anti-Deus, e o
anticristo, seu chefe, o ditador mundial, tornará as leis desse superestado
supremas sobre todas as demais leis", e exigirá o culto à sua pessoa como
a personificação do Estado. As mesmas Escrituras predizem a vitória de Deus e
que sobre as ruínas do império mundial" anticristão, ele levantará seu
reino no qual Deus é supremo — o Reino de Deus. (Dan. 2:34, 35, 44; Apo. 11:15;
19:11-21.)
(d) Em relação às nações. As
nações serão julgadas, os reinos do mundo destruídos, e todos os povos estarão
sujeitos ao Rei dos reis. (Dan. 2:44; Miq. 4:1; Isa. 49:22, 23; Jer. 23:5; Luc.
1:32; Zac. 14:9; Isa. 24:23; Apo. 11:15.) Cristo regerá as nações com vara de
ferro; tirará toda a opressão e injustiça da terra e inaugurará a Idade áurea
de mil anos. (Sal. 2:7-9; 72; Isa. 11:1-9; Apo. 20:6.) "Depois virá o fim,
quando houver entregado o reino a Deus, o Pai, e quando houver aniquilado todo
o império, e toda potestade e força" (1Cor. 15:24). Há três estágios na
obra de Cristo como Mediador: Sua obra como Profeta, cumprida durante seu
ministério terrestre; sua obra como Sacerdote, começada na cruz e continuada
durante a dispensação atual; e sua obra como Rei, começando com a sua vinda e
continuando durante o Milênio. Depois do Milênio ter cumprido sua obra de unir
a humanidade a Deus, de forma que os habitantes do céu e da terra formem uma só
grande família onde Deus será tudo e estará em todos. (Efés. 1:10; 3:14, 15.)
Contudo, Cristo continuará a reinar como o Deus-homem, e partilhar do governo
divino, pois "o seu reino não terá fim" (Luc. 1:33).
O REINO DE DEUS NO FUTURO -
II O ARREBATAMENTO – SEGUNDA PARTE
Leitura: Mt. 24.36-46
Versículo para Memorizar:
Mt. 24.46, “Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar
servindo assim.”
Introdução – Como estudamos
na última lição o arrebatamento é o próximo grande evento escatológico. Cristo
virá nas nuvens para tirar com ímpeto os Cristãos mortos e vivos ao Seu
encontro nos ares antes do período da tribulação. Nessa lição estudaremos mais
sobre esse assunto glorioso.
O Alarido, A Voz e Uma
Trombeta – I Ts 4.16
Quando Jesus terminou a Sua
obra de redenção, sendo ressurrecto da morte, Ele subiu com júbilo, ao som de
trombeta de um Vencedor (Sl. 47.5; At. 1.9-11). Naquela ocasião os anjos
instruíram aos que presenciaram essa volta corporal de Cristo que Ele virá da
mesma maneira (At. 1.11).
Esse júbilo, ou alarido é
uma exclamação urgente. Este alarido é acompanhado com a voz de um arcanjo, uma
referência ao próprio Jesus (Jo 5.28, “Não vos maravilheis disto; porque vem a
hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.”) e com a
trombeta de Deus. As trombetas eram usadas para chamar Israel para reunir nas
ocasiões solenes (Lv. 25.9; Nm. 10.2). A trombeta é mencionada acompanhando o
alarido e a voz de arcanjo. Podemos concluir que essa ocasião é solene e
marcada com a manifestação do poder divino de Jesus. A voz de Deus era
distinguida como trombeta (Êx. 19.16; Ap. 1.10).
O alarido, a voz e a
trombeta manifestam a magnificência da glória de Jesus quando volta para
receber os Seus nos ares. Simboliza também a solenidade desta manifestação.
Desde que Jesus vem com a Sua glória, e desde que o pecador está destituído
desta glória (Rm. 3.23), a sua necessidade de estar em Cristo antes desta
ocasião é enfatizada. Quando Cristo voltar para levar com ímpeto os Seus não
terá tempo para o pecador sondar o seu coração, buscar o arrependimento dos
seus pecados, ou pedir que Deus lhe ajude a sua incredulidade. Como uma
exclamação urgente é de repente, assim é urgente que o pecador se arrependa e
crê em Cristo já.
Haverá elementos nesta
ocasião que não podemos saber, mas é certo que a manifestação da glória do
Jesus Vencedor nos ares é imediata e real. Como essa voz divina principiou a
criação (Gn. 1.3-25), ela traz vida eterna aos Cristãos (II Co. 4.6, “Porque
Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em
nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de
Jesus Cristo.”). Como essa voz poderosa ressurgiu Lázaro dos mortos, assim
ressuscitará os que morreram em Cristo e chamará para Si mesmo todos os Seus que
estão vivos naquele dia para sempre estarmos com Ele (I Ts. 4.16-18). Ouvirá
essa voz naquele dia? Submeter-se-á essa voz hoje?
As Mudanças que os Cristãos
Terão no Momento do Arrebatamento – I Co. 15.51-53; I Jo. 3.1-3
Instantaneamente os corpos
dos Cristãos mortos e vivos serão mudados na ocasião do arrebatamento. Essa
mudança é grandemente desejada pelos Cristãos durante todo o tempo que estão
nessa terra (Rm 8.23, “E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do
Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção
do nosso corpo.”). Essa ardente esperança pela qual gememos é provocada pela
nossa constante desonra humilhante diante do Salvador pela nossa falta de fé e
as inseguranças e ignomínia por pecar enquanto nesse corpo (Rm. 7.18-21; Gl.
5.17; II Co. 5.6-8). O arrebatamento marca o livramento desse corpo de pecado,
ou seja, a redenção do nosso corpo. O arrebatamento traz à realidade essa
bem-aventurada esperança pela qual gememos. A promessa é: “seremos como Ele” (I
Jo. 3.2). A realidade dessa promessa é confirmada no próprio arrebatamento.
Essa mudança é de
corruptível à incorruptibilidade, de mortal à imortalidade (I Co. 15.51-53), de
vergonha à glória, de corpo abatido a um corpo glorioso, da imagem do Adão caído
à imagem de Cristo vitorioso (Sl. 17.15; Fp. 3.20-21, “Mas a nossa cidade está
nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que
transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso,
segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.”; I Jo.
3.1-3).
O Cristão tem certeza dessas
mudanças gloriosas, pois o penhor, o Espírito Santo no Cristão, garante que
tudo que foi prometido será uma realidade - II Co. 1.22, “O qual também nos
selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações.”; Ef. 1.13-14, “Em quem
também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo
da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão
adquirida, para louvor da sua glória.” Há tanta certeza no coração do Cristão
quanto há a presença do Espírito Santo na vida do Cristão.
Sendo adotado na família de
Deus, o Cristão será glorificado com Cristo (Rm. 8.15-23). Os olhos naturais
não agüentam ver toda a glória de Deus no ressurrecto e glorificado Cristo,
mas, quando o Cristão for glorificado, será possível adorar e cultuar o
Salvador sem limitações ou barreiras, Sl. 17.15, “Quanto a mim, contemplarei a
tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar.” (I Jo
3.1-3). Aquilo que o Cristão deseja em vida, ou seja, a sua conformidade à
imagem de Cristo, será uma realidade gloriosa através do arrebatamento.
Não somente o corpo será
transformado, mas, a natureza velha será vencida uma vez para sempre (I Co.
15.53-54). Portanto a capacidade moral mudará também. A mente não será desviada
pela tentação. A vontade não terá uma luta entre a carne e o espírito, e,
portanto, terá um desejo único: plena obediência ao SENHOR. O coração jamais
será dividido entre o mundo e o Reino de Deus. Imodéstia, blasfêmias,
injustiças, perseguição, dor, aborrecimentos, irritações estarão no passado,
nunca nos perturbando outra vez.
Portanto, está em Cristo Jesus
(I Co 15.57)?
A Iminência do Arrebatamento
A passagem de Mateus 24 é
uma das passagens da Bíblia que mais explica o arrebatamento e o tempo da
tribulação. Outras passagens são Marcos 13 e Apocalipse 6.1-19.21. Nessas
passagens os eventos do arrebatamento, o período da tribulação e a revelação de
Cristo na terra serão claramente tratados. Com toda a clareza uma data
específica não é dada na resposta à indagação: “Dize-nos, quando serão essas
coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt. 24.3). Mas, um
aviso é dado: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso
Senhor.” (Mt. 24.42). A iminência, ou a possibilidade da vinda de Cristo ser
imediata para os Seus é uma certeza. Jesus não estipulou uma data, nem
profetizou que alguém daria uma data ou hora no futuro para saber quando Ele
voltaria. Contrariamente, Ele ensinou que não saberemos a hora. Não sabendo a
hora, Cristo exortou os Seus a vigiar, pois Ele voltará numa hora “em que não
penseis” (Mt. 24.44). A bem-aventurança não é por saber a hora, mas por ser
achado obediente quando Ele vier (Mt. 24.46, “Bem-aventurado aquele servo que o
seu senhor, quando vier, achar servindo assim.”).
Pelo arrebatamento ser
iminente, devemos investir o que temos na obra hoje, entesourando nos céus as
nossas riquezas (Mt. 6.20; Lc. 21.34-36). Também devemos nos animar na obra
sendo perseverantes (Fp. 3.20; I Ts. 1.9-10; 5.6), e puros hoje (Tt. 2.12-14),
pois logo a batalha cessará (II Tm. 4.7-8).
Existe uma vinda de Cristo
que não é iminente, e não devemos vigiar por esta (II Ts. 2.1-3). Esta é aquela
quando Ele volta depois da apostasia, da manifestação do anticristo, e dos
outros eventos da tribulação (II Ts. 2.4-12). Os Cristãos de Tessalônica
estavam inquietados por alguns eruditos terem ensinado diferentemente do que o
Apóstolo Paulo havia ensinado anteriormente. Foram levados a pensar que numa
data muito próxima Cristo viria na Sua glória, e, juntamente com outras
doutrinas errôneas, se essa data passasse em branco, faria a fé de muitos
enfraquecer. Mas Paulo conforta-lhes dizendo que a doutrina que ensinou
anteriormente era de Deus e não precisavam preocupar-se com esse ensino errado,
pois aquela vinda em glória com os Seus viria somente depois dos eventos da
tribulação (Ap 19.11-21).
Ser achado servindo
fielmente o Senhor na Sua vinda ti incentiva a algo? Ti avisa de algo?
A TROMBETA DE DEUS
Texto : I Tes 4. 16,17 ; I Cor 15. 52
1º - Estes dois textos são
paralelos
2º - São os únicos textos
que fazem alusão e que trazem pormenores sobre o arrebatamento
3º - É chamada a Ultima trombeta – é o fim da
dipensação da Graça
Deus está na contagem
regressiva , é a última hora da igreja a trombeta vai soar
Este texto apresenta uma
tripla convocação - Jesus descerá do céu :
Não adianta os ateus, os
filósofos, estes crentes gelados, o seu vizinho, o seu amigo cru,
satanás, toda secretaria do
inferno tentar impedir
Jesus virá buscar a sua
igreja
Quando um chefe de Estado
esta para visitar um país ele é anunciado – Ele esta chegando
1 º - Com um alarido
2º - Com voz de arcanjo
3º - Com trombeta de Deus
1º - Na mente de qualquer
ser humano o Arrebatamento é inconcebível, impossível, inimaginável
2º - Preste atenção, em uma
linguagem clara é o sumiço da igreja – Você vai subir, sumir , sair daqui
1º - Porque o mesmo Senhor
descerá do céu – Jesus virá pessoalmente sobre os ares
É o mesmo, que criou todas
as coisas, sustenta tudo pelo poder da sua palavra
Princípio de todas as
coisas, Eterna Sabedoria, Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte
que nasceu em Belém, andou
pelas praias da Galiléia, que curou a muitos, que repreendeu os demônios, que
falou ao vento e o mar e eles se calaram, que subiu ao Calvário, que morreu e
ressucitou ao terceiro dia, ascendeu ao céu e prometeu voltar
O Senhor não enviará um anjo
ou qualquer outro emissário para fazer isso,
Ele virá pessoalmente.
Na primeira vinda ele virá
sozinho
Na primeira vinda ele virá
nas nuvens
O mundo não acredita, o
mundo não crê, somos doidos , pirados, malucos, mas ele virá
(Isaías 60:2)- Porque eis
que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o SENHOR
virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti.
2º - Jesus virá com alarido
O que é o alarido ? Palavra de ordem : Grito usado pelo
General para convocar os soldados
Pai olha para o filho e diz
: Chegou a hora
(MT 25:34) - Então dirá o Rei aos que estiverem à sua
direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está
preparado desde a fundação do mundo;
3º - Jesus virá Com voz de
Arcanjo
Este arcanjo é Miguel – Quem
é como Deus ?
Miguel lutou contra os
demônios e veio ajudar Gabriel, para que este pudesse confirmar a Daniel que
suas orações haviam sido atendidas (Dn 10.12-14 e 21).
Lutou com Satanás pelo corpo
de Moisés: ( Jd )
Miguel receberá a ordem e
dirá - Anjos podem tocar
4º - Jesus virá com trombeta
de Deus
Somente os salvos ouvirão o som da trombeta
(Não vai dar tempo de
colocar a vida em ordem, trocar a capa,
tirar a máscara da mentira,engano
• Hoje você engana, mente, faz contenda,
compra e não paga, é relaxado com a obra de Deus, faz o que quer, veste o que
quer, anda como quer, se prostitui, e acha que está tudo certo - Mas naquele
dia .,..aí, ai, ai...
• Jesus vai mostrar quem é e quem não é
, quem tem e quem nãotem, quem pode e quem não pode, quem vai entrar e quem não
vai
• A palavra preparar em grego é Kosméo (
cosmético )
• Não vai adiantar mais querer colocar a
mascara de crente
Mateus 24:31) E ele enviará os seus anjos com rijo clamor
de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de
uma à outra extremidade dos céus.
O tempo utilizado na
definição é um piscar de olhos (400 milésimos de segundo ou 2/5 de segundo)
(I Corintios 15:51) - Eis
aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos
transformados; (I Corintios 15:52) - Num momento, num abrir e fechar de olhos,
ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados. (I Corintios 15:53) - Porque
convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto
que é mortal se revista da imortalidade.
1º - Os mortos serão
ressuscitados ; tumulos se abrindo e se transformando em um corpo incorruptível
2º - Nós seremos
transformados
Aguenta firme irmão, irmã :
Vale apena
(I Pedro 4:13)- Mas alegrai-vos no fato de serdes
participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua
glória vos regozijeis e alegreis.
A alegria do noivo , a
alegria da noiva, os abraços , os comprimentos, Valeu a pena ...
(João 17:24)- Pai, aqueles que me deste quero que, onde
eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me
deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.
(Apocalipse 21:3) - E ouvi
uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens,
pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com
eles, e será o seu Deus. (Apocalipse 21:4) - E Deus limpará de seus olhos toda
a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já
as primeiras coisas são passadas. (Apocalipse 21:5) - E o que estava assentado
sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve;
porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. (Apocalipse 21:6) - E disse-me
mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer
que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. (Apocalipse 21:7)
- Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu
filho.
O REI VITORIOSO
Em Apocalipse 19:11-21, são
descritos ainda mais detalhes do Aparecimento de Jesus Cristo:
1. Virá acompanhado da esposa
Jd. 14 ... Eis que é vindo o
Senhor com milhares de seus santos.
Apoc. 19 : 14 E seguiam-no
os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco
e puro.
2. Virá acompanhado pelos anjos
Mat. 25 : 31 E, quando o
Filho do Homem vier em sua glória, e todos santos anjos, com Ele, então, se
assentarão no trono da sua glória.
11. E vi o céu aberto, e eis
um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e
Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. 12. E os seus olhos eram como chama
de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito,
que ninguém sabia senão ele mesmo.13. E estava vestido de uma veste salpicada
de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. 14. E seguiam-no os
exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro.
15. E da suaboca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as
regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e
da ira do Deus Todo-Poderoso. 16. E no manto e na sua coxa tem escrito este
nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores. 17. E vi um anjo que estava no sol,
e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu:
Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus; 18. Para que comais a carne dos
reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos
que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos,
pequenos e grandes. 19. E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos
reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao
seu exército. 20. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante
dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e
adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde
com enxofre. (21) E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que
estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes
II. A TERRA É CONVOCADA A
CONTEMPLAR A VINDA TRIUNFAL DO CORDEIRO DE DEUS – V. 11-21
1. A Aparição do Rei
Celestial – v. 11 - • João vê Jesus vindo vitoriosamente do céu. O céu se abre.
A terra está vivendo tempos
de angústias e desespero. É a grande tribulação.
Engano satânico, enfermidade
e destruição. O anticristo e o falso profeta estão enganando, oprimindo e
perseguindo a igreja de Deus.
Mas Jesus aparece como o
conquistador. Ele aparece em glória, em majestade.
2. A descrição do Rei
Celestial – v. 11-13, 15-16
2.1. Ele é Fiel e Verdadeiro
– v. 11 – Em contraste com o anticristo que é falso e enganador.
2.2. Ele é aquele que a tudo
vê – v. 12 – Seus olhos são como chama de fogo. Nada ficará oculto do seu
profundo julgamento. Ele vai julgar as suas palavras, as suas obras e os
segredos do seu coração. Aqueles que escaparam do juízo dos homens não
escaparão do juízo de Cristo.
2.3. Ele é o vencedor
supremo – v. 12 – “Na sua cabeça há muitos diademas” – Ele tem na sua cabeça a
coroa do vencedor e do conquistador. Quando ele entrou em Jerusalém, ele
cavalgou um jumentinho. Ele entrou como servo. Mas agora ele cavalga um cavalo
branco. Ele tem na sua cabeça muitas coroas, símbolo da sua vitória suprema
sobre todos os reis.
2.4. Ele é o Deus de
mistério– v. 12 – “Ele tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele
mesmo” – Isso revela que Jesus é insondável, inescrutável. (Ap 2.17; Ap 3.
11,12,13)
2.5. Ele é o Verbo de
Deus – v. 13 – “o seu nome se chama o
Verbo de Deus”. Deus criou o universo através da sua Palavra. Agora Deus vai
julgar o mundo através da sua Palavra. Jesus é o grande juiz de toda a terra.
2.6. Ele é o conquistador de
vitórias – v. 13,15 – Seu manto está manchado de sangue, (sacrifício pelo
pecado; vitória sobre a morte ). Agora ...Ele vem para o julgamento. Ele vem
para colocar os seus inimigos debaixo dos seus pés. Filp 2. 9-11 - Ele vem para estabelecer o seu Reino. Ele vem
para derrotar o diabo e as suas hostes. Ele vai destruir o anticristo com o
sopro da sua boca. Esta espada não é o evangelho, mas a sua glória e aparição
que destruirá o inimigo (2 Ts 2:8).
2.7. Ele é o Rei dos reis e
Senhor dos senhores – v. 16 – Deus o exaltou sobremaneira. Deus lhe deu um nome
que está acima de todo nome. Diante dele todo joelho vai se dobrar. Todos os
reis da terra se prostarão. Ele vai assentar-se no trono da sua glória. Ele vai
julgar as nações. Ele vai julgar os reis da terra. Ele vai julgar grandes e
pequenos, ricos e pobres, religiosos e ateus. Todo joelho vai ter que se
dobrar. Os déspotas, os tiranos, os imperadores, os feiticeiros, os papas, os
pecadores.
Nas batalhas da antiguidade,
o rei que perdia a guerra, ao se render, prostrava-se diante do rei vencedor,
mostrando naquele ato que, a partir daquele momento, era seu escravo.
Todos os nomes acima nos
céus, na terra e abaixo da terra se dobrarão diante do nome de Jesus,
prostrando-se ante a sua majestosa presença.
Pessoas que se destacaram de
tal forma, nas mais diversas áreas da vida, ao ponto de influenciar gerações
subseqüentes. Nomes como: Platão, Aristóteles, Sócrates (Filosofia); Sidharta
Gautama, Mãomé, Mahattma Gandhi, Confúcio (religião); Alexandre o Grande,
Atila, Gengis Kan, Napoleão ,Adolf Hitler, Mussolini, Fidel Castro, Mao
Tsetung, Che Guevara, Getúlio Vargas , Tancredo Neves (política).
4. A ira do Rei Celestial –
v. 15-21
4.1. Ele repreenderá e
julgará as nações com a Sua Palavra – v. 15 – Quando Jesus vier na sua
majestade e glória, ele se assentará no seu trono e julgará as nações. Ele
separará uns dos outros como o pastor separa o cabrito das suas ovelhas. Ele
chamar os seus escolhidos e vai dizer: “Vinde benditos de meu Pai...”. Mas ele
vai sentenciar os ímpios: “Apartai-vos de mim malditos para o fogo eterno,
preparado para o diabo e seus anjos”.
4.2. Ele vai desbaratar os
exércitos do anticristo e lançá-lo no lago de fogo – v. 17-21 – Jesus Cristo
destruirá o anticristo com a manifestação da sua vinda e com o sopro da sua
boca. Todos os olhos da terra o verão e se lamentarão sobre ele. Aquele será o
grande dia da ira de Deus. O grande dia do juízo. Haverá grande angústia e
perplexidade entre as nações. Aquele será dia de trevas e não de luz para os
poderosos deste mundo. Ninguém poderá escapar. Ninguém poderá fugir.
O anticristo, o falso
profeta, o diabo, a grande Babilônia, os ímpios e a própria morte serão
lançados no lago de fogo. Cristo estabelecerá o seu Reino de forma final e
completa. Os céus, então, se desfarão abrasados. Haverá novos céus e nova
terra. A eternidade vastíssima e insondável será estabelecida. Todos aqueles
cujos nomes não forem encontrados no livro da vida do Cordeiro serão lançados
no lago do fogo. Enquanto os inimigos de Deus serão atormentados por toda a
eternidade, a igreja desfrutará da intimidade de Cristo nas bodas do Cordeiro
para todo o sempre. A igreja reinará com Cristo para sempre.
A BATALHA DO ARMAGEDOM
A Batalha do Armagedon será
um evento incrível, algo extraordinário, um mega evento nunca visto em toda a
história.
Pense agora ver o céu se
abrindo e o REI DA GLÓRIA aparecendo no céu para derrotar o Anticristo e o seu
exército. Será uma batalha fenomenal e uma vitoria gloriosa e extraordinária
pelo Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
A batalha de Armagedom
Esta batalha é profetizada
como o acontecimento mais catastrófico e devastador da história humana. Devido
o derramamento de sangue que espargirá pela face da terra, e a quantidade de
mortos que serão alcançados.
Quer as pessoas acreditem
que acontecerá ou não, elas logo se identificam com a magnitude do seu
simbolismo, não adianta o homem querer fugir desta realidade que nos informa a
palavra de Deus. Esta realidade é comentado direta e indiretamente na
literatura, no cinema, na propaganda, nos debates políticos, sermões e
comentários culturais.
O conflito de Armagedom será
uma batalha real?
1. Armagedom será um evento real de proporções trágicas para
aqueles que desafiam a Deus.
2. Será uma reunião de forças militares reais no Oriente Médio,
numa das terras mais disputadas de todos os tempos – uma terra que nunca
conheceu a paz duradoura.
3. Armagedom será também uma batalha espiritual entre as forças do
bem e as do mal.
4. A batalha do Armagedom se refere a uma guerra necessária entre
Jesus e as hostes malignas de Satanás.
5. Esta guerra se faz necessária por causa das ambições perversas
da humanidade e sua fonte de poder, que é Satanás
Cristo Glorioso e o seu
exército descendo a terra, e todo olho o verá.
(Mateus 24:30) - Então
aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se
lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e
grande glória.
(Apocalipse 1:7) - Eis que
vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e
todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.
(Joel 3:9) - Proclamai isto
entre os gentios; preparai a guerra, suscitai os fortes; cheguem-se, subam
todos os homens de guerra. (Joel 3:10) - Forjai espadas das vossas enxadas, e
lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte. (Joel 3:11) -
Ajuntai-vos, e vinde, todos os gentios em redor, e congregai-vos. Ó SENHOR,
faze descer ali os teus fortes; (Joel 3:12) - Suscitem-se os gentios, e subam
ao vale de Jeosafá; pois ali me assentarei para julgar todos os gentios em
redor. (Joel 3:13) - Lançai a foice, porque já está madura a seara; vinde,
descei, porque o lagar está cheio, e os vasos dos lagares transbordam, porque a
sua malícia é grande. (Joel 3:14) - Multidões, multidões no vale da decisão;
porque o dia do SENHOR está perto, no vale da decisão.(Joel 3:15) - O sol e a
lua enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor. (Joel 3:16) - E o
SENHOR bramará de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; e os céus e a
terra tremerão, mas o SENHOR será o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos
filhos de Israel.
A batalha será no Vale do
Armagedom
O que é um Vale?
• Depressão alongada, mais ou menos larga,
cavada por um rio ou geleira
• Depressão ou planície entre montes ou no
sopé de um monte.
• Várzea ou planície à beira de um
rio.
O que significa
"Armagedom"?
• A palavra ARMAGEDOM significa Monte de
Megido -"lugar de tropas".
• Também conhecido como a Planície ou
Vale de Jezreel,
• Conhecido como planície de Esdraelom
(nome grego),
Planície ou vale de Megido,
é chamado assim por causa da cidade de Megido que fica a oeste da planície. A
cidade natal de Jesus, Nazaré, fica ao norte do vale de Megido.
Segundo alguns arqueólogos o
Vale do Megido tem 22Km de largura por 32Km de comprimento
1. Nesse amplo e espaçoso lugar, os exércitos do anticristo
estarão congregados para o ataque decisivo contra Jerusalém.
2. O anticriso, o falso profeta e o próprio Satanás inspirarão os
exércitos de todo o planeta para invadir a região da Palestina a fim de
eliminar todos os judeus do mundo e também para lutar contra Jesus Cristo.
3. Será uma reunião de forças militares reais no Oriente Médio,
numa das terras mais disputadas de todos os tempos - uma terra que nunca conheceu paz duradoura.
4. Armagedom será também uma batalha espiritual entre as forças do
bem e as do mal.
Quando será a Batalha do
Armagedom?
O próprio Jesus descreve
quando será esta batalha
Mateus 24:29-31:"E,
logo depois da tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a
sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.
Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se
lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e
grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os
quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra
extremidade dos céus."
1. Logo depois da Tribulação e antes do Milênio, acontecerá o
Aparecimento Glorioso de Jesus Cristo.
2. O anticristo, o falso profeta e o próprio Satanás juntamente
com os exércitos da terra estarão em batalha com os exércitos dos judeus, e
Cristo vem para libertá-los desta catástrofe.
Apocalipse 16:12-16 - o sexto anjo derramou a sua taça sobre o
grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho
dos reis do oriente. E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do
falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são
espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis
da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande
dia do Deus Todo-Poderoso. Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que
vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas
vergonhas. E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom."
O rio Eufrates secará, o que
permitirá que exércitos do oriente consiga chegar ao vale de Megido por terra.
Os "reis do oriente" aqui descritos se referem aos países do leste
asiático, como China e Japão entre outras potências bélicas.
Outro ponto importante
descrito nestes versículos, é que o diabo, o anticristo e o falso profeta (a
"trindade satânica") expelirão três espíritos imundos pela boca, que
têm aparência de rãs.
Estes três espíritos imundos
são responsáveis por convencer a todos os exércitos a se encontrarem no vale de
Megido para a batalha.
Neste mesmo lugar, Satanás e
seus demônios já se encontraram com Deus antes.
Desde o vale de Megido, é
possível avistar três montanhas:
O monte Carmelo, o monte
Gilboa e o monte Tabor.
Foi exatamente no monte
Carmelo que aconteceu a competição de Deus e Elias contra Baal e seus profetas
demoníacos, dominados pelo espírito de Jezabel (1 Reis 18:19).
Foi exatamente uma batalha
entre Deus e Satanás, e não somente a batalha de Elias contra toda a nação.
Esta batalha terminará,
obviamente, com uma vitória esmagadora de Jesus Cristo sobre todos os
exércitos. Haverá uma matança muito grande
O monte das Oliveiras: o
primeiro lugar onde Jesus aparecerá a todos em sua segunda vinda.
Ao final o Anticristo e seu
exército cercarão a Jerusalém para a destruir, o que parecerá ser inevitável:
"Porque eu ajuntarei
todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as
casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o
cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado da cidade. (3) E o SENHOR
sairá, e pelejará contra estas nações, como pelejou, sim, no dia da
batalha." (Zacarias 14:2-3)
Jesus pelejará por Israel
Pare para imaginar a cena
Apocalíptica agora:
Em Apocalipse 19:11-21, são
descritos alguns detalhes da saída de Jesus com seus exércitos do céu:
A preparação de Jesus Cristo
– O Rei dos reis que coisa extraordinária, que visão inexplicável
Jesus se preparando para a
batalha
Apoc. 19.
1. Quem
é o Rei?
11. E vi o céu aberto, e eis
um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e
Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. 12. E os seus olhos eram como chama
de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito,
que ninguém sabia senão ele mesmo.
2. Suas vestes e seu nome?
13. E estava vestido de uma
veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.
3. Seus exércitos? A palavra está no plural
são exércitos, não exército. ( Anjos e igreja)
14. E seguiam-no os
exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro.
Virá acompanhado da esposa –
Eu quero estar lá e você?
Jd. 14 ... Eis que é vindo o
Senhor com milhares de seus santos.
Virá acompanhado pelos anjos
Mat. 25 : 31 E, quando o
Filho do Homem vier em sua glória, e todos santos anjos, com Ele, então, se
assentarão no trono da sua glória.
4. Sua arma? Perceba que a arma dele ainda
sai da boca é a palavra
15. E da sua boca saía uma
aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro;
e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus
Todo-Poderoso.
5. Este Rei não é apenas um Rei ele é Rei dos
reis e Senhor dos senhores
16. E no manto e na sua coxa
tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.
6. Os flagelos da batalha
17. E vi um anjo que estava
no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio
do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus; 18. Para que comais a carne
dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e
dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos,
pequenos e grandes.
7. Os oponentes do Rei
19. E vi a besta, e os reis
da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava
assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.
8. Resultado final
20. E a besta foi presa, e
com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os
que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram
lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos
com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas
as aves se fartaram das suas carnes
(Mateus 24:30) - Então
aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se
lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e
grande glória.
Imagine o impacto de Jesus,
pousando no monte das Oliveiras, será tão forte que o monte se dividirá em
dois.
(Zacarias 14:1) - EIS que vem o dia do SENHOR, em que teus
despojos se repartirão no meio de ti. (Zacarias 14:2) - Porque eu ajuntarei
todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as
casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o
cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado da cidade. (Zacarias 14:3)
- E o SENHOR sairá, e pelejará contra estas nações, como pelejou, sim, no dia
da batalha. (Zacarias 14:4) - E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte
das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das
Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um
vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade
dele para o sul. (Zacarias 14:5) - E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o
vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do
terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o SENHOR meu Deus, e todos
os santos contigo. Continua depois...
TROMBETAS E TAÇAS DO
APOCALIPSE
As Trombetas As Taças
1ª – Terça parte da
terra(8:7) 1ª – Adoradores da besta
naterra (16:1-2)
2ª – Terça parte do mar se
torna em sangue (8:8-9) 2ª – O mar se
torna em sangue (16:3)
3ª – Terça parte dos rios e
das fontes se torna amargosa (8:10-11) 3ª
Os rios e as fontes se tornam em sangue (16:4-7)
4ª – Terça parte do sol, da
lua e das estrelas escurece (8:12) 4ª
– O sol queima os homens com fogo (16:8-9)
5ª – O rei dos gafanhotos
traz escuridão e tormento aos homens ímpios (9:1-11) 5ª – O reino da besta se torna em trevas; oshomens ímpios sofrem
dor (16:10-11)
6ª – Os anjos atados junto
ao Eufrates soltam oexército (9:13-19) 6ª
– O Eufrates seca para preparar o caminho dos reis para a peleja (16:12-16)
7ª – Cumprir-se-á o mistério
de Deus (10:7); Chegou aira de Deus contra asnações para destruir os que
destroem a terra;Relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada (11:15-19) 7ª – Feito está! (16:17);Caíram as cidades
dasnações; Deus dá o cálice da sua ira; Relâmpagos, vozes, trovões e
terremoto(16:18-19)
5ª, 6ª e 7ª TAÇAS DO
APOCALIPSE
5ª, 6ª e 7ª TAÇAS DO
APOCALIPSE
5ª Taça: (Apocalipse 16:10)
- E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se
fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor [latejante em aflição]..
(Apocalipse 16:11) - E por causa das suas dores, e por causa das suas
chagas(úlceras), blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas
obras. [pelas coisas que fizeram]
1. Taça derramada sobre a besta - Haverá
trevas sobre o reino do anticristo
2. O trono da besta e o seu reino se tornam
tenebrosos a ponto de causarem grande dor na terra.
3. O trono da besta que significa o centro do
governo anticristo isto é, uma vez que o governo do anticristo cai, todos os
seus seguidores entram em pânico, em colapso e profundo sofrimento;
4. Úlcera, sede, forte calor. Blasfemam de
Deus e Não se arrependem.
É importante perceber que as
feridas da primeira taça ainda estão fazendo efeito sobre os homens. Contudo,
os versículos acima enfatizam que as feridas pioram com a escuridão do reino da
besta.
Ainda muitos insistirão em
não confessar a soberania de Deus.
Este julgamento de Deus visa
o reino do anticristo, porque a ira de Deus foi despertada porque o anticristo
se auto-declarou deus.
(Isaías 43:10) - Vós sois as
minhas testemunhas, diz o SENHOR, e meu servo, a quem escolhi; para que o
saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus
nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. (Isaías 43:11) - Eu, eu sou o
SENHOR, e fora de mim não há Salvador.
Não tem besta fera, que sai
do mar, que sai da terra , anticristo, diabo, Eu sou Deus e ponto final.
Enquanto tem escuridão aqui
, falta de sol ... lá no céu
(Malaquias 4:2) - Mas para
vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas
asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.
6ª Taça: (Apocalipse 16:12)
- E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água
secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. Apocalipse
16:13) - E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi
sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs.(Apocalipse 16:14) - Porque são
espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis
da terra e de todo o mundo (todos) , para os congregar para a batalha, naquele
grande dia do Deus Todo-Poderoso. (Apocalipse 16:15) - Eis que venho como
ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não
ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.16.
E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom.
Isto significa a intervenção
de Deus em tempos de extremo sofrimento e perseguição contra o povo de Deus, em
que Deus desce para intervir;
1. Taça derramada sobre o grande Rio Eufrates
(Ap 9.14) Cavaleiros diabólicos
2.
O grande rio Eufrates secou-se.
3. O maior banhador de águas do Oriente.
4. A secagem do rio Eufrates é uma preparação para a vinda dos
reis do oriente (leste asiático).
5. Os "reis do oriente" aqui mencionados são muito
provavelmente a China. Esta é a única referência sobre a China em toda a
Bíblia.
Geograficamente, o rio
Eufrates separa o Oriente Médio do resto da Ásia. Ao secar, os chineses poderão
vir, com seus exércitos, também por terra, até chegarem ao vale de Megido ou
Armagedom, para a última batalha contra Jesus Cristo.
Acredita-se que os reis do
oriente sejam mesmo os chineses pelas fortes razões abaixo:
1. A China é o país mais populoso do mundo (cerca de 1,3 bilhão de
habitantes)
2. É um país avançadíssimo em tecnologia.
3. É avançadíssimo também em poder bélico.
4. A China tem o maior exército de homens, a maior força armada do
mundo - Exército Popular de Libertação . O conjunto das Forças Armadas Chinesas
(é admirado, invejado)
5. Mas são “apenas” - 2
milhões e 325 mil soldados
6. 1.600.000 no Exército,
7. 225.000 na Marinha,
8. 400.000 na Força Aérea
9. 100.000 no 2º Corpo de Artilharia.
10. Esta é a razão que todos os países do mundo temem e evitam entrar
em atrito com os chineses
11. A China é o único país com um regime comunista forte
12. Há 180 anos, Napoleão Bonaparte chegou a declarar o seguinte:
“Quando a China acordar, o mundo irá tremer!”
13. A China sempre perseguiu e matou cristãos ao longo da história.
Na China, é proibido o ensino da Bíblia a menores de 18 anos. Portanto, é um
país cujos líderes odeiam a Jesus Cristo
Os 3 espíritos imundos saem
da boca da Trindade satânica.
MOTIVO : Seduzir e ajuntar
os reis da terra para a peleja do ARMAGEDOM.
Aqui temos a guerra que
antecede ao juízo final, quando os agentes do dragão se unirão numa peleja
contra a igreja de Cristo;
ANÚNCIO DO ARMAGEDOM.
7ª Taça : (Apocalipse 16:16)
- E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom. (Apocalipse 16:17) - E o sétimo anjo derramou
a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está
feito [Terminou! Está cumprido! Chegou ao final!. (Apocalipse 16:18) - E houve
vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido
desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto.
(Apocalipse 16:19) - E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades
das nações caíram; e da grande Babilônia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice
do vinho da indignação da sua ira.
(Apocalipse 16:20) - E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam.
(Apocalipse 16:21) - E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras
do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da
saraiva; porque a sua praga era mui grande.
1. Taça derramada sobre o ar
2. A ultima taça anuncia um grande terremoto
nunca visto na terra
3. O maior terremoto da história da
humanidade, seguido de uma chuva de pedras
A Babilônia é dividida em 3
partes devido o grande terremoto
Este terremoto será
violentíssimo e de nível mundial e desmontará a Babilônia (aqui citada como
"grande cidade") em três partes, por causa da ira de Deus.
É o último dos julgamentos. O santuário
exclama: "Está feito!"
Após o terremoto, pedras
cairão do céu sobre os homens.
"Um talento" é uma
medida de massa e equivale a cerca de 35 a 50 kg. Ainda sim, os homens
continuam a blasfemar de Deus e não reconhecem seu Senhorio.
1. Terminam os julgamentos de Deus sobre a terra.
2. Tudo está preparado para o Aparecimento Glorioso de Jesus
Cristo.
Ainda sim, os homens
continuam a blasfemar de Deus e não reconhecem seu Senhorio.
(Malaquias 4:1) - PORQUE eis
que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que
cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará,
diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo.
(Malaquias 4:2) - Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da
justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da
estrebaria.
(Apocalipse 21:3) - E ouvi
uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens,
pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com
eles, e será o seu Deus. (Apocalipse 21:4) - E Deus limpará de seus olhos toda
a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já
as primeiras coisas são passadas. (Apocalipse 21:5) - E o que estava assentado
sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve;
porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. (Apocalipse 21:6) - E disse-me
mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer
que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. (Apocalipse 21:7)
- Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu
filho. Continua depois...
AS 7 TAÇAS DO APOCALIPSE -
DA 1ª À 4ª
O Calice da ira de Deus - O
derramamento das 7 taças
(João 3:19) - E a condenação
é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a
luz, porque as suas obras eram más.
(II Tessalonicenses 1:9) -
Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a
glória do seu poder,
Corintios 3:17) - Se alguém
destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois
vós, é santo.
(Hebreus 10:31) - Horrenda
coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
Mas para os adoradores do
Cântico de Moisés, do Cântico do Cordeiro, do Cântico da Vitória
É só glória ......
(Apocalipse 15:8) - E o
templo encheu-se com a fumaça da glória de Deus e do seu poder; e ninguém podia
entrar no templo, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos.
1. Deus deve ser adorado
2. Quando adoramos a glória de Deus invade o templo
(Apocalipse 21:3) - E ouvi
uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens,
pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com
eles, e será o seu Deus. (Apocalipse 21:4) - E Deus limpará de seus olhos toda
a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já
as primeiras coisas são passadas. (Apocalipse 21:5) - E o que estava assentado
sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve;
porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. (Apocalipse 21:6) - E disse-me
mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer
que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. (Apocalipse 21:7)
- Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu
filho.
A 7ª trombeta tem no seu
conteúdo as setes taças
Já estudamos aqui Os 7
Selos, As 7 Trombetas e Hoje estudaremos As 7Taças:
Este julgamento é o último
dos três julgamentos que o Senhor enviará à terra durante o período de
Tribulação. Será uma punição especialmente focada no anticristo e a todos
aqueles que aceitaram sua marca.
O julgamento das taças
ocorrerá durante a segunda metade dos sete anosde Tribulação (42 meses finais),
período este chamado de "A Grande Tribulação".
Sete Anjos saem do santuário
são aplicadores do juízo das SETE taças .
“E ouvi, vinda do templo,
uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus.”
Apocalipse 16.1.
Temos aqui a consumação do
juízo de Deus sobre os adoradores da Besta e da sua imagem, as pragas são
semelhantes as do capítulo 8, porém aqui elas têm um caráter destruidor,
mortal;
1ª Taça: (Apocalipse 16:2) -
E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e
maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.
1. Este primeiro julgamento atinge somente
aos que optaram e receberam a marca da besta.
2. É importante lembrar que a marca da besta
é uma escolha consciente, ou seja, a pessoa tem a escolha de recebê-la ou não.
3. Após escolher a marca, a pessoa perderá,
de uma vez por todas, a sua chance de salvação.
4. Nestes últimos 42 meses (3 anos e ½ , quem
optou por Jesus e não recebeu a marca, e ainda não foi morto (guilhotinado)
pelo anticristo, não será afetado por estas feridas).
5. A Taça É derramada sobre a terra
Feridas, ÚLCERAS nos
adoradores da besta - doenças incuráveis, de enfermidades mortais
Enquanto eles recebem o nome
e o nº da Besta , lá no céu :
(Apocalipse 3:11) - Eis que
venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
(Apocalipse 3:12) - A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e
dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade
do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu
novo nome. (Apocalipse 3:13) - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas.
2ª Taça: (Apocalipse 16:3) -
E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um
morto, e morreu no mar toda a alma vivente.
1. Taça derramado sobre o mar
2. O mar será um instrumento do juízo de Deus
contra todos os adoradores da besta;
3. Apoc 8 : 8-11 – já tinha morrido (um
terço)
4. Todo
o mar se transformará em sangue em estado de putrefação (como de morto).
5. Como conseqüência, toda vida marinha
morrerá.
6. O odor que se espalhará pelos mares será
insuportável.
Enquanto aqui o mar está
poluído, sujo , ...lá no céu
(Apocalipse 22:1) - E
MOSTROU-ME o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do
trono de Deus e do Cordeiro.
Há um rio: cujas correntes
alegram a cidade de Deus - Sl. 46:4
Esse rio é o fluxo contínuo:
da graça - glória - poder de Deus no meio do povo salvo
3ª Taça: (Apocalipse 16:4) -
E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se
tornaram em sangue. (Apocalipse 16:5) - E ouvi o anjo das águas, que dizia:
Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas
coisas. (Apocalipse 16:6) - Visto como derramaram o sangue dos santos e dos
profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores.
(Apocalipse 16:7) - E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó SENHOR Deus
Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos. (sentenças, decisões)
1. Taça derramado sobre o rios e fontes de
águas
2. Imediatamente após a terceira taça, o
mundo inteiro fica sem água para beber.
3. Os rios são amaldiçoados e se transformam
em sangue para aplicar a ira de Deus
4. O alvo deste julgamento é o anticristo.
5. Como ele derramou o sangue de muitos
crentes matando-os, agora Deus dá a ele o que ele quer: sangue, e sangue de
morto.
Este julgamento cumpre a
súplica dos crentes em Apocalipse 6:10:
"E clamavam com grande voz, dizendo: Até
quando, ó verdadeiro e santo Dominador [Deus Soberano], não julgas e vingas o
nosso sangue dos que habitam sobre a terra?"
Enquanto tem sede aqui ,
falta de água... lá no céu
(Apocalipse 21:5) - E o que
estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E
disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. (Apocalipse
21:6) - E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e
o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.
(Apocalipse 21:7) - Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus,
e ele será meu filho.
4ª Taça: (Apocalipse 16:8) - E o quarto anjo derramou
a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse (queimasse) os homens
com fogo [feroz e incandescente]. (Apocalipse 16:9) - E os homens foram
abrasados com grandes calores (fogo), e blasfemaram o nome de Deus, que tem
poder sobre estas pragas; e não se arrependeram [não sentiram qualquer tipo de
lamentação, contrição e arrependimento por sua rebeldia, recusando-se a
deixarem seus caminhos] para lhe darem glória.
1. Taça derramado sobre o sol
2. O sol abrasou os homens com fogo. O sol
passa a queimar os seres humanos
3. O sol servirá aos propósitos de Deus e
queimará os homens da terra
4. Deus aumenta a temperatura do sol, de modo
que todos os homens passam a ser queimados quando expostos aos raios solares.
5. Mesmo assim, muitos ainda blasfemarão contra
Deus e não se arrependerão
Aqui é um ponto
interessante: A Palavra diz que toda língua confessará que o Senhor é Deus
(Romanos 14:11) - Porque
está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E
toda a língua confessará a Deus.
(Filipenses 2:10) - Para que
ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e
debaixo da terra, (Filipenses 2:11) - E toda a língua confesse que Jesus Cristo
é o SENHOR, para glória de Deus Pai.
Querendo ou não querendo
todos vão ter que confessar que Jesus Cristo é o Senhor: Ateu, comunista,
nazista, feiticeiro, filósofo, cientistas, antropólogos, professores, demônios,
satanás ... Todos
As primeiras 4 taças
atacaram a natureza, as próximas são confrontos diretos com o Reino do
Anticristo.
TODA HONRA, TODA GLÓRIA SEJA DADA AO ÚNICO
DEUS, QUE ERA, QUE É, QUE HÁ DE VIR O DEUS TODO PODEROS, REI DE REIS E SENHOR
DE SENHORES BENDITO ETERNAMENTE DESDE HOJE COMO PARA TODO SEMPRE, AMÉM
O
Senhor já vos tem abençoado
Abraço
fraternal
FRANREZ
SE DESEJAR E SENTIR DE
COLABORAR COM ESTE MINISTÉRIO
DOAÇÕES:
BANCO CAIXA ECONOMICA
FEDERAL
CONTA: 1417067-5
AGÊNCIA: 0081
“Cada um contribua segundo propôs no seu
coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com
alegria.”IICo.9:7.
e-mail:testemunhashoje@gmail.com
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Senhor Jesus Cristo - Facebook
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