FACULDADE DE TEOLOGIA TESTEMUNHAS HOJE
CURSO LIVRE
TEOLOGIA DOUTRINAS BáSiCAs I
segunda parte
5 - OS DONS DO ESPIRITO
1 - Natureza geral dos dons
- Os dons do Espirito devem distinguir do dom do
Espirito. Os primeiros descrevem as capacidades sobrenaturais concedidas pelo
Espirito para ministérios especiais; o segundo refere-se à concessão do
Espirito aos crentes conforme é ministrado por Cristo glorificado, At 2.33.
Esses dons são descritos como "
manifestações do Espirito", "dada para o que for útil", (isto é,
para beneficio da igreja). Aqui temos a definição bíblica duma
"manifestação" do Espirito, a saber, a operação de qualquer um dos
nove dons do Espirito.
2- Variedade dos Dons.
a) A palavra da Sabedoria
- Por essa expressão entende-se o pronunciamento
ou declaração de sabedoria. Que tipo de sabedoria? É usada no N. T. com: A arte
de interpretar sonhos e dar conselhos sábios, At 7.10; prudência em tratar
assuntos, At 6.3; habilidade santa no trato com pessoas de fora da igreja, Cl
4:5; jeito e discrição em comunicar verdades cristãs, (Cl 1.28); o conhecimento
e prática para uma vida piedosa e reta, (Tg 1:5; 3:13,17).
b) A palavra da ciência
- É um pronunciamento ou declaração de fatos,
inspirado dum modo sobrenatural. Em quais assuntos? Um estudo do uso da palavra
"ciência" nos dará a resposta.
A palavra denota:
- o conhecimento de Deus, tal como é oferecido
nos evangelhos, 2 Co 2.14, especialmente na exposição que Paulo fez, (2 Co
10.5);
- o conhecimento das coisas que pertencem a
Deus, (Rm 11.13);
- o conhecimento mais elevado das coisas divinas
e cristãs das quais os falsos mestres se jactam, (1Tm .20);
- sabedoria moral como se demonstra numa vida
reta, (2Pe 1.5) e nas relações com os demais, 1Pe 3:7;
- o conhecimento concernentes às coisas divinas
e aos deveres humanos, (Rm 2.20; Cl 2:3).
c) Fé
- "fé especial" Esta deve-se
distinguir da fé salvadora e da confiança em Deus, sem a qual é impossível
agradar-lhe, Hb 11:6.
Nesta passagem a palavra "dom" é usada
em oposição às obras; é uma qualidade de fé, ás vezes chamada de fé
"miraculosa".
d) Dons de curar
- Dizer que uma pessoa tenha os dons de curar
(variedades de curas) significa que são usadas por Deus duma maneira
sobrenatural para dar saude aos enfermos por meio da oração.
e) Operação de milagres
- "obras de poder". A chave é Poder,
Jo 14.12; At 1.8 .
Os milagres especiais em Éfeso são uma
ilustração da operação deste dom, At 19.11,12; 5.12-15.
f) Profecia
- A profecia geralmente falando, é expressão
vocal inspirada pelo Espirito de Deus. A profecia se distingue da pregação
comum em que, enquanto a última é geralmente o produto do estudo de revelação
existente, a profecia é o resultado da inspiração espiritual espontânea. Não se
tenciona suplantar a pregação ou o ensino, senão completá-lo com o toque da
inspiração, (1Co 14.13).
g) Discernimento de espíritos
- Vimos que pode haver uma inspiração falsa, a
obra de espíritos enganadores ou pelo espirito humano. Como se pode perceber
essa diferença? Pelo dom do discernimento que dá capacidade ao possuidor para
determinar se o profeta esta falando ou não pelo Espirito de Deus.
h) Línguas
- "Variedade de línguas". O dom de
línguas é o poder de falar sobrenaturalmente em uma língua nunca aprendida por
quem fala, sendo essa língua feita inteligível aos ouvintes por meio do dom
igualmente sobrenatural de interpretação, (1Co 14.2,5; 1Co 12.30).
i) Interpretação de línguas
- é tornar inteligíveis as expressões do êxtase
inspirados pelo Espirito que se pronunciaram em uma língua desconhecida da
grande maioria presente, repetindo-se claramente na língua comum do povo
congregado.
3 - Regulamento dos dons.
- A faísca que fende a árvore queima casas e
mata gente, é da mesma natureza da eletricidade gerada na usina que tão
eficientemente ilumina as casas e aciona as fábricas. A diferença está apenas
em que a da usina é controlada. Em 1Co 12, Paulo revelou os grandiosos recursos
espirituais de poder disponível para igreja; no capitulo 14 ele mostra como esse
poder deve ser regulado, de modo que edifique, em lugar de destruir, a igreja.
O capitulo 14 expõe os seguintes princípios para
esse regulado:
a) Valor proporcional - Vs. 5-10.
Os Corintios haviam-se inclinado demasiadamente
para o dom de línguas, indubitavelmente por causa de sua natureza espetacular,
mas, não havia interpretação.
b) Edificação
- Os propósitos dos dons é a edificação da
igreja, para encorajar os crentes e converter os descrentes. Mas, diz, Paulo,
se um de fora entra na igreja e tudo que houve é falar em línguas sem
interpretação, bem concluirá: esse povo é demente, Vs 12,23.
c) Sabedoria - Vs. 2).
Em outras palavras "usai o senso
comum".
d) Autodomínio - Vs. 32.
Alguns coríntios poderiam protestar assim:
"não podemos silenciar; quando o Espirito Santo vem sobre nós, somos
obrigados a falar". Mas Paulo responderia: "Os espíritos dos profetas
são sujeitos aos profetas".
e) Ordem - Vs. 40.
O Espirito Santo, o grande Arquiteto do universo
com toda sua beleza, não inspirará aquilo que seja desordenado e vergonhoso.
f) Suscetível de ensino
- Infere-se no Vs. 36-37 que alguns dos
coríntios haviam ficado ofendidos pela crítica construtiva de seus dirigentes.
- Devemos diferenciar entre MANIFESTAÇÕES e reações.
4 - Recebimento dos dons. Requisitos.
Deus é soberano na questão de outorgar os dons;
é ele quem decide quanto à classe de dom a ser outorgado. Mas geralmente Deus
age em cooperação com o homem, e há alguma coisa que o homem pode fazer neste
caso.
Que se requer daqueles que desejam os dons?
a) Submissão à vontade divina
- A atitude deve ser, não o que eu quero, mas o
que ele quer.
b) Ambição santa
- (1 Co 12. 31; 14.1.) Nossa ambição deve ser
consagrada ao serviço de Deus.
c) Desejo ardente
- Isso resultará em oração, e sempre em
submissão a Deus, (1Re 3.5-10; 2Re 2.9,10).
d) Fé
- Alguns têm perguntado o seguinte:
"Devemos esperar pelos dons?
" Posto que os dons espirituais são
instrumentos para a edificação da igreja, parece mais razoável começar a
trabalhar para Deus e confiar nele a fim de que conceda o dom necessário para a
tarefa particular.
e) Aquiescência
- O fogo da inspiração pode ser extinto pela
negligência; daí a necessidade de despertar (Literalmente "acender")
o dom que está em nós, (2 Tm 1.6; 1 Tm 4.14).
5 - A prova dos dons
Apresentamos as seguintes provas pelas quais se
pode distinguir entre a inspiração verdadeira e a falsa.
a) Lealdade a Cristo
- Quando estava em Éfeso, Paulo recebeu uma
carta da igreja em Corinto contendo certas perguntas, uma das quais era
“concernente aos dons espirituais", (1 Co 12.3), sugere uma provável razão
para a pergunta. Durante uma reunião, estando o dom de profecia em operação,
ouvia-se uma voz que gritava: "Jesus é maldito".
É possível que algum adivinho ou devoto do templo
pagão houvesse assistido a reunião, e quando o poder de Deus desceu sobre os
cristãos, esses pagão se entregaram ao poder do demônio e se opuseram à
confissão: "Jesus é Senhor", com a negação diabólica: "Jesus é
maldito"! A história das missões modernas na China e em outros países
oferece casos semelhantes.
b) Prova prática
- Os coríntios estavam divididos em facções; a
igreja tolerava um caso de imoralidade indescritível; os irmãos processavam uns
aos outros nos tribunais; alguns estavam retrocedendo para os costumes pagãos;
outros participavam da ceia do Senhor em estado de embriaguez; isto é,
faltava-lhes santificação.
c) A prova doutrinária
- O Espirito Santo veio para operar na esfera da
verdade com relação à deidade de Cristo e sua obra expiatória. É inconcebível
que ele contradissesse o que já foi revelado por Cristo e seus apóstolos.
Portanto, qualquer profeta, por exemplo, que
negue a encarnação de Cristo, não está falando pelo Espirito de Deus, (1Jo
4:2,3).
6 - O ESPIRITO NA IGREJA
1 - O advento do Espirito.
O que ocorreu no Pentecoste.
Assim como o eterno Filho encarnou-se em corpo
humano no seu nascimento, assim também o Espirito eterno se encarnou na igreja
que é seu corpo. Isso ocorreu no dia de Pentecoste, "nascimento do
Espirito". O que foi a manjedoura para o Cristo encarnado, assim foi o
cenáculo para o Espirito. O que ocorreu nesse memorável dia?
a) O nascimento da igreja
- "E cumprindo-se o dia de
Pentecoste". Era uma festa do A.T. que se comemorava 50 dias depois da
Páscoa, razão porque era chamado, "Pentecoste" significa cinqüenta,
(Lv 23.15-21). Significado típico: Os 120 no cenáculo eram as primícias da
igreja cristã, oferecidas perante o Senhor pelo Espirito Santo, 50 dias depois
da ressurreição de Cristo. Era o primogênito dos milhares e milhares de igrejas
que desde então têm sido estabelecidas durante os últimos séculos.
b) A evidência da glorificação de Cristo
- A descida do Espirito Santo foi um
"telegrama" sobrenatural, por assim dizer, anunciando a chegada de
Cristo à destra do Pai, (At 2.23).
c) A consumação da obra de Cristo
- A proclamação da 0bra consumada.
d) a unção da igreja.
e) Habitação na igreja.
f) O começo duma nova dispensação
2 - O ministério do Espirito Santo.
O Espirito Santo é o representante de Cristo; a
ele está entregue toda a administração da igreja até a volta de Jesus. A
direção do Espirito é reconhecida nos seguintes aspectos da vida da igreja:
a) Administração
- Os grandes movimentos missionários da igreja
primitiva foram ordenados e aprovados pelo Espirito, (At 8.29; 10.19,44;
13.2,4).
b) Pregação
- Os cristãos primitivos estavam acostumados a
ouvir o Evangelho sendo pregado "pelo Espirito que veio do céu", (1Pe
1.12), e recebiam com "gozo do Espirito", (1Ts 1.6).
c) Oração
- devemos aproximar de Deus no nome de Jesus,
unido espiritualmente a Cristo pelo Espirito.
d) Canto
- Como resultado de ser cheio, (Ef 5.18-19)
e) Testemunho
- Na igreja primitiva não existia essa linha de
separação entre o ministério e o povo leigo que hoje em dia se observa na
cristandade. A qualquer que estivesse dotado com algum dom do Espirito, quer
fosse profecia, ensino, sabedoria, línguas ou interpretação, lhe era permitido
contribuir com sua parte no culto. "exemplo do corpo humano".
3 - A ascensão do Espirito.
O que é certo de Cristo é certo do Espirito.
Depois de concluir sua missão dispensacional,
ele voltará ao céu num corpo que ele criou para si mesmo, esse "novo
homem",( Ef 2.15), que é a igreja, o seu corpo. A obra distintiva do
Espirito é "tomar deles um povo para seu nome"( de Cristo; At 15.14)
e quando isso for realizado e houver entrado "a plenitude dos
gentios", Rm 11:25, terá lugar o arrebatamento da igreja, é o Cristo
terreal, (1Co 12.12,27), levantando-se para encontrar o Cristo "celestial".
Assim como Cristo entregará finalmente seu reino
ao Pai, assim também o Espirito Santo entregará sua administração ao Filho.
Dizem que o Espirito já não estará no mundo
depois que a igreja for levantada. Isso não pode ser, porque o Espirito Santo,
como Deidade, é onipresente. O que sucederá é a conclusão da missão
dispensacional do Espirito como o Espirito de Cristo, depois da qual ainda
permanecerá no mundo com outra e diferente relação
Jesus prometeu a vida abundante e frutífera como
resultado da plenitude (controle e poder) do Espírito Santo
A vida cheia do Espírito é a vida dirigida por
Cristo, pela qual Cristo vive sua vida em nós e através de nós, no poder do
Espírito Santo (Jo 15).
Uma pessoa se torna cristã através do poder do
Espírito Santo, conforme Jo 3.1-8. Desde o nascimento espiritual de novo o
Espírito Santo permanentemente no cristão (Jo 1.12; Colossenses 2.9, 10; Jo
14.16,17). Embora o Espírito Santo habite em todos os cristãos, nem todos os
cristãos são cheios (vivem sob o controle e poder) do Seu poder. O Espírito
Santo é a fonte da vida transbordante (Jo 7.37-39).
O Espírito Santo veio para glorificar a Cristo
(Jo 16.1-15). Quando alguém é cheio do Espírito Santo, ele é um verdadeiro
discípulo de Cristo.
Antes de ascender aos céus, Cristo prometeu
enviar-nos o poder do Espirito Santo para nos capacitar a fim de sermos suas
testemunhas (At 1.1-9).
Então, como alguém pode ser cheio do Espírito
Santo?
4. Somos cheios do Espírito Santo pela fé;
Podemos, então, experimentar a vida abundante e frutífera que Cristo prometeu a
todo cristão
Você pode ser cheio do Espírito Santo agora
mesmo, se você:
Desejar sinceramente ser controlado e
fortalecido pelo Espírito Santo (Mt 5.6; Jo 7.37-39).
Confessar os seus pecados. Pela fé agradeça a
Deus o fato de lhe haver perdoado todos os pecado - passados, presentes e
futuros - porque Cristo morreu por você (Cl 2.13-15; 1 Jo 1; 2.1-3; Hb
10.1-17).
Apresente cada área de sua vida a Deus (Rm
12.1-2).
Pela fé tome posse da plenitude do Espírito
Santo, de acordo com:
1. Sua Ordem - Seja cheio do Espírito Santo.
"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do
Espírito" (Ef 5.18)
2. Sua Promessa - Ele responderá quando orarmos
de acordo com Sua vontade. "E esta é a confiança que temos Nele, que, se
pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que
ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe
fizemos". (1 Jo 5.14,15)
A fé pode ser expressa através da oração…
Como orar com fé para ser cheio do Espírito
Santo Somos cheios do Espírito Santo pela fé. Entretanto, a verdadeira oração é
um modo de expressar a sua fé. Faça comigo a seguinte oração:
"Querido Pai, eu preciso de Ti. Reconheço
que tenho procurado dirigir a minha própria vida e como resultado, tenho pecado
contra Ti. Agradeço-te pelo perdão dos meus pecados através da morte de Cristo
na cruz. Agora convido a Cristo para tomar novamente a direção da minha vida.
Enche-me do teu Espírito como ordenastes que eu fosse cheio e como prometeste
em Tua Palavra que farias se pedisse com fé. Peço isto no nome de Jesus. Como
expressão da minha fé, agradeço-te agora por dirigir a minha vida e encher-me
do teu Espírito Santo. Amém"
Esta oração expressa o desejo do seu coração? Se
é assim ore a Deus e confie em que Ele o encherá do Espírito Santo agora mesmo.
Como saber que você está cheio (sob o controle e
poder) do Espírito Santo?
Você pediu a Deus que o enchesse do Espírito
Santo? Você sabe que está cheio do Espírito Santo agora? Baseado em que? (Na
fidelidade do próprio Deus e Sua Palavra), (Hb 11.6; Rm 14.22, 23.)
A nossa autoridade é a promessa da Palavra de
Deus, a Bíblia, e não as nossas emoções . O cristão vive pela fé (confiança) na
fidelidade de Deus e de Sua Palavra. O diagrama do trem, ilustra a relação
entre fato (Deus e Sua Palavra), fé (nossa confiança em Deus e em Sua Palavra),
e emoção (o resultado da nossa fé e obediência) (Jo 14.21).
A locomotiva correrá com o vagão ou sem ele.
Entretanto, seria inútil o vagão tentar puxar a locomotiva. Da mesma forma,
nós, como cristãos, não dependemos de sentimentos ou emoções, mas colocamos a
nossa fé (confiança) na fidelidade de Deus e nas promessas de Sua Palavra.
Como andar no Espírito
A fé (confiança em Deus e em Suas Promessas) é o
único meio pelo qual um cristão pode viver uma vida dirigida pelo Espírito
Santo. À medida que você continua confiando em Cristo momento após momento:
Sua vida demonstrará mais e mais o fruto do
Espírito (Gl 5.22, 23) e será cada vez mais transformado a imagem de Cristo (Rm
12.2; 2 Co 3.18).
Sua vida de oração e seu estudo da Palavra de
Deus se tornarão mais significativos.
Você experimentará o Seu poder ao testemunhar
(At 1.8).
Você estará preparado para o confronto espiritual
contra o mundo (1 Jo 2.15-17); contra a carne (Gl 5.16-17); e contra satanás (1
Pe 5.7-9; Ef 6.10-13).
Você experimentará o poder de Deus para resistir
a tentação e ao pecado (1 Co 10.13; Fp 4.13; Ef 1.19-23; 2 Tm 1.7; Rm 6.1-16).
Respiração Espiritual
Pela fé você pode continuar a experimentar o
amor de Deus e Seu perdão.
Se você percebe que algo em sua vida (atitudes
ou ações) desagrada a Deus, mesmo que esteja andando com Ele e sinceramente
deseje serví-lo, agradeça a Deus o perdão dos seus pecados - passados,
presentes e futuros - mediante a morte de Cristo na cruz. Pela fé receba o amor
e perdão de Deus e continue a ter comunhão com Ele.
Se você retomar o trono de sua vida através de
algum pecado - o que é um ato definido de desobediência - respire
espiritualmente.
Respiração Espiritual (exalando o que é impuro e
inalando o que é puro) é um exercício de fé que permite a você continuar a
experimentar o amor e o perdão de Deus.
1. Exale - confesse o pecado - reconheça que
este pecado (ou pecados) é errado e desagrada a Deus e agradeça-lhe pelo seu
perdão, de acordo com 1 Jo 1.9 e Hb 10.1-25. A confissão também envolve arrependimento -
uma mudança de atitude que gera uma mudança de ação.
2. Inale - submeta o controle de sua vida a
Cristo e pela fé aproprie-se da plenitude do Espírito Santo. Confie em que
agora Ele o dirige e fortalece de acordo com a ordem de Ef 5.18, e a promessa
de 1 Jo 5.14,15.
A minha oração a Deus é no sentido de que cada
um de nós sejamos cheios do Espirito Santo; afinal ele é o responsável pelo
arrebatamento da Igreja através do selo que cada um de nós membros do corpo de
Cristo mantemos com Ele (Ef 4.31).
Que Deus nos abençoe e
nos guarde em nome de Jesus, amém!
SOTERIOLOGIA
(A
DOUTRINA DA SALVAÇÃO)
A DOUTRINA DA SALVAÇÃO SOTERIOLOGIA (parte1) A
salvação é a milagrosa e completa transformação espiritual que se manifesta na
vida de todo aquele que, pela fé, recebe ao Senhor Jesus Cristo como seu único
Senhor e Salvador: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não
vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Ef
2.8-9);
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova
criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Co
5.17); “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;” (Jo 1.12);
“Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te
digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”
(Jo 3.5);
A salvação do homem é o sublime tema de toda a
Bíblia. O objetivo de Deus foi e sempre será redimir a sua mais ilustre
criatura, o homem. O homem que Deus formou era notavelmente diferente de todos
e de tudo que havia sido criado. Ele possuía um espírito semelhante àqueles dos
anjos e ao mesmo tempo tinha uma alma por onde tomava as decisões. O homem foi
criado com liberdade perfeita e tinha a opção de escolher o que lhe melhor
parecia. A Bíblia nos fala de duas árvores que havia no jardim do éden;
"...bem como a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do
conhecimento do bem e do mal"(Gn.2:9). Aqui estava a grande opção do
homem; a vida eterna, comendo a árvore da vida ou a morte, comendo a árvore do
bem e do mal. A árvore escolhida pelo o homem foi a do bem e do mal, ou seja,
ele optou por viver independentemente do seu criador (Gn.3:6). A partir da
queda do homem é dado início no mais fenomenal romance entre o grande Deus
amoroso e sua criatura rebelde (Gn.3:15). Por toda história bíblica é nos
mostrado o esforço do Senhor em aproximar-se da sua criatura. O derradeiro ato
de salvação conclui-se na manifestação do Verbo de Deus (Jo.1:1-3), o Senhor
Jesus e o seu grande gesto de amor - A MORTE NA CRUZ DO CALVÁRIO E A SUA
RESSURREIÇÃO AO TERCEIRO DIA (Mc.15:21-32, Mc.16:9). A partir da morte e
ressurreição de Cristo na cruz a porta da salvação abriu-se a todos os homens
(Jo.14:6) hoje só precisamos aceitar o Senhor Jesus Cristo (Jo.1:12) como nosso
salvador, pois a nossa dívida foi paga (Cl.2:14) e a nossa redenção concluída
(Ef.1:7). Leiamos: - "e para nós fez surgir uma salvação poderosa na casa
de Davi, seu servo" (Lc.1:69).
- "Mas, a todos quantos o receberam, aos
que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de
Deus"(Jo.1:12). - "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para
alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo" (I Ts.5:9). SOBRE A
SALVAÇÃO
Graça comum
Devido à natureza depravada do homem, ele é
incapaz, de por si mesmo procurar ou agradar a Deus. Por este motivo, Deus tem
concedido a graça comum ou universal a todo homem. A graça comum é vista em
varias formas: nas bênçãos matérias da natureza; na maneira com Deus restringe
o mal no mundo, e na fixação da consciência do pecado dentro do coração humano
(Rm 2.1-11).
Esta graça comum não salva automaticamente o
homem, mas revela-lhe a bondade de Deus, e restaura a cada ser humano a
capacidade de responder favoravelmente ao amor de Deus. A luz desta graça comum
compreendemos que nenhum homem pode se esconder atrás da desculpa de que ele
não teve oportunidade de um encontro com Deus, pois é isto que nos diz a Bíblia
em Romanos capitulo primeiro versículo vinte.
Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o
seu eterno poder com também a sua própria divindade claramente se reconhecem,
desde o principio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram
criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis. (Rm 1.20).
Graça Especial
A graça especial concede a cada homem a
capacidade de buscar a Cristo. Á medida que o homem responder afirmativamente a
esta graça que o atrai a Deus, ele concede aquela pessoa uma graça especial,
que o ajuda a chegar cada vez mais perto dele. É certo dizer que nenhuma pessoa
pode vir ao Pai sem este poder adicional (esta graça especial), que vence a
escravidão decorrente da sua natureza humana depravada.
Entretanto, quero deixar claro que esta graça
especial não garante a decisão da parte do homem, quanto á sua comunhão com
Deus. A aproximar-se de Deus, o homem recebe mais graça que o encoraja e o
incentiva a aceitar a salvação. Porém a qualquer momento, o homem pode escolher
resistir a graça de Deus, que naturalmente cancela a provisão de mais graça (At
7.51).
Enquanto o homem continuar a responder
afirmativamente a graça de Deus, esta será o agente pelo qual ele receberá a
justificação, a regeneração e a santificação, e será adotado na família real.
Doutrina: Eleição e Predestinação
Leitura: 1 Pe 1.1-21.
Eleição é “o ato soberano de preciencia de Deus,
pela graça, através do qual ele conheceu quem receberia a graça através da fé
em Jesus Cristo, para salvação, todos aqueles que conheceu e recebeuosacrificio
de Cristo e confessar e salvo. Romanos.10:8-10. A Palavra de Deus fala sobre a
soberania de Deus na salvação do homem, mas a Bíblia também fala sobre a
responsabilidade humana diante da oferta da salvação.
Toda iniciativa é de Deus Efesios.2:8-10.
E a escolha do homem na decisão para a salvação
que vem de Deus (Salmos 3.8). Toda a iniciativa da salvação vem do Criador. Não
foi o homem quem escolheu salvar-se, mas Deus quem quis oferecer ao homem a
comunhão com Ele mesmo e a vida eterna, I Jo.5:11,12,13,20. É pois o homem vivificado
em Jesus cristo, nos que estávamos morto no pecado e espiritualmente estávamos
afastado de Deus. (Ef 2.1-3,5,6). Cristo diz aos discípulos: “Não me
escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós” (Jo 15.16). O pecador sem a
graça de Deus, não entende nem aceita as coisas de Deus (1 Co 2.14; 2 Co 4.4;
Ef 4.18). A Bíblia afirma que todos pecaram (Rm 3.23) e que nossas justiças não
têm valor redentivo diante de Deus (Is 64.6; Ef 2.8-10).
A Bíblia afirma a eleição em Jesus Cristo (1 Ts
1.4; Cl 3.12; Ef 1.4,5; 2 Ts 2.13). Vemos a eleição dos anjos (1 Tm 5.21), de
Cristo (Mt 12.18; 1 Pe 2.4,6) e dos crentes, individual (Rm 16.13; 2 Jo 1.1,13)
ou coletivamente (Rm 8.33; 1 Pe 2.9). Em nenhum ponto, contudo, a Bíblia ensina
predestinação para condenação (reprovação), e não é necessário, pois todos
pecaram e, sem a graça de Deus, estariam perdidos.
Deus tomou a iniciativa quanto a:
O propósito de salvar - determinado antes da
fundação do mundo (Ef 1.4; Rm 8.28; 2 Ts 2.13; 2 Tm 1.9). Deus, em Sua
sabedoria, sabia que o homem pecaria, então juntamente com o propósito de
criar, também determinou salvar.
O meio de salvação - a morte de Cristo (Ef
1.4,5). Todos os atos envolvidos (encarnação, crucificação, ressurreição,
ascensão, retorno) foram planejados (Ap 13.8; At 2.23,24).
Os indivíduos salvos - Deus elegeu todos os que
hão de ser salvos (Ef 1.4,5; Rm 8.28-30; 1 Pe 1.2; At 13.48; 2 Ts 2.13,14).
Esta eleição foi feita segundo a presciência de Deus (Rm 8.29; Ef 1.4; 1 Pe
1.2). Não dependente da presciência, como um passo posterior, mas
intrinsecamente ligada a ela.
Em seu perfeito conhecimento, Deus sabe todas as
coisas antes que elas aconteçam (Rm 4.17). a eleição prevista por Deus na base
da fé, mas não uma fé comum, senão uma fé produzida pela graça divina: “como a
humanidade está irremediavelmente morta em delitos e pecados e nada pode fazer
para obter a salvação, Deus graciosamente restaura a todos os homens a
capacidade suficiente para fazer a escolha na questão da submissão a ele. Esta
é a graça salvadora de Deus que apareceu a todos os homens - Tt 2.11. Em Sua
presciência, Ele tem consciência do que cada um vai fazer com esta capacidade restaurada,
e, então, elege os homens para a salvação em harmonia com Seu conhecimento da
escolha que fazem a respeito dEle”. Assim, tudo é pela graça (Jo 6.44; 16.8,9;
Ef 2.8).
É necessário fazer uma distinção entre a
presciência e predestinação. Deus pode prever algo sem determinar que isso
aconteça. Por exemplo, Deus previu a entrada do pecado no mundo, mas não
determinou que isto acontecesse.
A responsabilidade humana
Deus deu às suas criaturas o livre-arbítrio
(liberdade de ação). Todos reconhecem a liberdade com um bem (ninguém faz
passeatas contra ela!). Contudo, esta liberdade de escolha moral acarreta tanto
a escolha de fazer o bem quanto o mal. É bom ser livre, mas a liberdade torna o
mal possível. Deus nos deu a liberdade, mas somos responsáveis pelos nossos
atos livres. Alguns teólogos afirmam que o homem é livre apenas para fazer o
que deseja, e como só deseja pecar, não é livre para fazer o bem, pois somente
Deus dá o desejo para o bem. No entanto, seguindo este raciocínio, quem deu ao
diabo e a Adão o desejo de pecar, visto que Deus os criou bons? Para não acusar
Deus de haver criado o mal - algo impensável (Tg 1.13) -, temos que aceitar que
o pecado é fruto da vontade das criaturas e, portanto o homem é livre para
fazer algo além do que deseja (Rm 7.15,19; Gl 5.17), embora, por causa da
queda, necessita da graça de Deus para fazer o bem.
A Bíblia mostra que o homem fica livre e
responsável por suas decisões (Lc 9.23; Ap 22.17). Somos responsáveis pelo que
fazemos (Gl 6.7) Lei da semeadoura,
semeia ecolhe, colhe o que planta. Se os seres que Deus criou não puderem ser
responsabilizados por suas escolhas certas, também não poderão ser
responsabilizados pelas escolhas erradas. Assim, seríamos obrigados a aceitar a
idéia de que o homem não foi responsável pela queda, como o diabo não foi
responsável pelos seus erros, o que foge completamente à verdade. O homem tem a
capacidade de fazer escolhas, embora precise da ação do Espírito Santo para
reconhecer seu estado pecaminoso e aceitar a Cristo como seu Salvador.
No plano geral de Deus, a obra de Cristo visa a
todos (Gn 12.2; Mt 28.19,20; 1 Jo 2.1,2; Ef 3.6; 2 Pe 3.9, 1 Tm 2.3,4, Tt 2.11,
Ez 33.11). Cristo morreu para oferecer a salvação a todo homem (Hb 2.9; At
17.30). Dentro desse plano vem a eleição, que inclui a liberdade e
responsabilidade do indivíduo (Rm 2.12; Mt 11.20-24).
Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.4-11, At
10.34). Desta maneira, não escolheria uns para salvação e outros para perdição,
sem dar-lhes oportunidade de tomar uma decisão. O que leva o homem à perdição
não é a falta de eleição, mas o pecado e a falha em não aceitar Jesus (Mc
16.16; Jo 3.18).
O pecador não é salvo por crer, ou seja, pelo
seu ato, mas pela graça de Deus, por meio da fé (Ef 2.8,9). Os crentes foram
vistos antecipadamente em Cristo quando Deus os escolheu. Eles estavam em
Cristo porque aceitaram pela fé a oferta da salvação que Ele fez. Crer e se
arrepender aceitando assim de Deus a graça salvadora.Romanos 11:22.
Soberania divina x Livre-arbítrio humano
A soberania divina e o livre-arbítrio humano não
são conceitos mutuamente excludentes. O direito de escolha do homem não anula o
controle de Deus, pelo contrário, exalta-o. É preciso ser muito mais poderoso
para manter o controle num universo de múltiplas escolhas do que num universo
de “cartas marcadas”, onde tudo segue uma ordem previamente estabelecida, sem
possibilidade de mudanças.
Podemos ver esta ocorrência conjunta, do
livre-arbítrio e da soberania, na morte de Cristo:
Deus determinou que Cristo morresse, antes da
fundação do mundo (At 2.23)
Entretanto, Cristo afirma que se entregou (Jo
10.17,18)
Deus sabe tudo (Is 46.10, Sl 147.5)
Deus sabia que Jesus morreria (Ap 13.8, Jo 2.23)
Apesar disto, Jesus escolheu morrer.
A salvação é pela fé, não pelas obras (Ef
2.8,9). E Cristo morreu para garantir a salvação a todo aquele que nele crer
(Lc 13.3, Jo 3.16-18, At 16.31; 17.30). Se não fosse assim, não fazia sentido a
pregação do evangelho, como Cristo mandou fazer (Mc 16.15).
O homem tem o direito de escolha, dado por Deus.
Assim, a criatura pode resistir ao chamado do Criador (Mt 23.37, At 7.51, Jo
1,11,12). Portanto, a salvação também tem uma pequena participação humana:
aceitar a oferta de Deus - a Salvação em Cristo. O homem tem poder sobre sua própria
vontade (1 Co 7.37). Assim, o Espírito Santo conduz a Cristo somente aqueles
que o permitem.
Importância desta doutrina
Se toda a iniciativa da salvação é de Deus,
então pode gloriar-se de ser salvo, mas temer Aquele que o salvou (Rm
11.20,21).
Se a salvação é oferecida a todos, desde que
creiam e aceitem a Cristo, devemos pregar a Palavra de salvação a todos, a fim
de salvar a muitos (1 Co 9.22). Somos como os leprosos que descobriram uma
abundante benção que pode salvar a todos e não podemos ficar calados (2 Rs 7).
A NATUREZA DA SALVAÇÃO
- A salvação procede de Deus e não do Homem.
- Somente Jesus pode salvar o homem.
- A salvação é obtida pela graça de Deus e não
por obras humanas.
- A salvação abrange espírito, alma e corpo.
- A salvação tem alcance eterno.
- O descuido da salvação trará males terríveis.
- A salvação nos vem pela fé.
- A Trindade Divina coopera com o pecador na sua
salvação.
- A salvação é uma obra de Deus em beneficio do
homem, e não uma obra do homem em favor de Deus.
Salvar significa: "Livrar do perigo" e
Salvação é o ato de salvar (Boyer).
1) - A salvação procede de Deus para o homem (Rm
6:23).
2) - Só em Jesus Cristo há salvação,(At.4:12).
3) - A salvação é obtida pela Graça ou favor
imerecido da parte de Deus e não por obras humanas (Ef.2:8-9).
4) - A salvação abrange o espírito, alma e corpo
do homem (I Ts.5:23).
5) - A salvação tem alcance eterno (Hb.5:9).
6) - A salvação pode ser perdida (Jo.15:6,
Cl.1:23, I Cor.15:2, Hb.2:3, Hb.3:14, Hb.10:38, I Jo.1:7).
7) - A salvação é operada pela fé em Cristo
(Mc.16:16).
Podemos Ter A Certeza Da Nossa Salvação E Por
Conseqüência A Vida Eterna?
Embora algumas denominações cristãs ensinam que
a nossa salvação só será confirmada no dia da ressurreição (esses acreditam no
sono da alma), a Bíblia nos mostra o contrário e nos garante a salvação,
leiamos:
"Quem crê no Filho tem a vida eterna"
(Jo.3:36).
"Em verdade, em verdade vos digo que quem
ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não
entra em juízo, mas já passou da morte para a vida"(Jo.5:24). "Peleja
a boa peleja da fé, apodera-te da vida eterna, para a qual foste chamado, tendo
já feito boa confissão diante de muitas testemunhas" (I Tm.6:12).
"Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem
o Filho de Deus não tem a vida"(I Jo.1:12)
"Tomai também o capacete da
salvação..." (Ef.6:17).
"alcançando o fim da vossa fé, a salvação
das vossas almas" (I Pe.1:9).
Pelos textos apresentados podemos ter certeza
que estando em Cristo (II Cor.5:17) a nossa salvação é garantida. Muitos servem
a Deus sem essa certeza, mas quando passamos a entender a Palavra vivemos nessa
convicção de que somos salvos por nosso Senhor. Aleluia!
As vinte doutrinas da salvação Pastor Ciro
Sanches Zibordi
As (pelo menos) vinte doutrinas da salvação são
as seguintes:
1) A doutrina do pecado (Rm 3.23; 5.12,20), pois
o pecado é a causa da perdição da humanidade.
2) A doutrina da graça de Deus (Tt 2.11; 3.4),
haja vista ser a graça a salvação quanto ao seu alcance.
3) A doutrina da expiação pelo sangue (Lv
17.11), uma vez que a expiação implica salvação quanto ao pecado.
4) A doutrina da redenção (Ef 1.7), que trata da
salvação quanto ao pecador.
5) A doutrina da propiciação (Êx 32.30), que
enfatiza a salvação como um ato benevolente de Deus.
6) A doutrina da fé salvífica (Ef 2.8), que
trata do meio requerido por Deus para salvar o homem.
7) A doutrina do arrependimento (Mc 1.14,15),
que está intimamente ligada à doutrina da fé salvífica.
8) A doutrina da confissão (Rm 10.9,10).
9) A doutrina do perdão dos pecados (Cl 3.13).
10) A doutrina da regeneração espiritual (1 Pe
1.3; Tt 3.5), que aborda o que ocorre dentro do pecador ao receber de Deus a
salvação.
11) A doutrina da imputação da justiça de Deus
(Gn 15.6; Rm 4.2-11; 5.13; 2 Co 5.19; Fm v.18; Tg 2.23).
12) A doutrina da adoção de filhos (Gl 4.5,6).
13) A doutrina da santificação do crente (1 Co
6.11; 2 Co 7.1), isto é, a santificação posicional, “em Cristo”, e também a
progressiva, no tempo presente.
14) A doutrina da presciência de Deus (1 Pe
1.2).
15) A doutrina da eleição divina (1 Pe 1.2).
16) A doutrina da predestinação (Rm 8.29).
17) A doutrina da chamada para a salvação (Rm
8.30).
18) A doutrina da justificação pela fé (Rm
8.30), haja vista ser a justificação a nossa salvação vista na presença de
Deus.
19) A doutrina do julgamento do crente (2 Co
5.10; Rm 14.10), também, e principalmente, relacionada com a Escatologia.
20) As doutrinas da glorificação dos salvos (Rm
8.30) e da salvação nas eras divinas futuras (Ef 2.7; 1 Tm 1.17; Jo 1.29).
A palavra soteriologia vem do vocábulo grego
soteria e significa salvação, libertação de um perigo iminente, livramento do
poder da maldição do pecado, restituição do homem à plena comunhão com Deus.
A salvação do ser humano é obtida pela graça, ou
seja, é um dom gratuito e imerecido que o pecador recebe. Ef 2: 8-9.
Quando João 19: 30 diz: “está consumado”, que é
a expressão grega tételestai, ele quer dizer quer tudo está pago. Isto
representa a salvação para o cristão. Tudo foi comprado no calvário. Abrange
cada fase de nossas necessidades e dura de eternidade a eternidade. Inclui a
libertação do pecado no presente e a apresentação contra as invasões do pecado
no futuro, Jd 1: 24-25; Tt 2: 11-13. Então, vejamos em detalhes suas fases:
salvação: arrependimento, fé, conversão, regeneração, justificação, adoção e
santificação.
CONCEITO DE SALVAÇÃO
Conceito de Salvação: [o vocábulo Gr. Soteria =
cura, remédio, salvação, bem-estar + logia = ensino, estudo, doutrina, etc.].
Então SOTERIOLOGIA significa – estudo sistemático das verdades bíblicas acerca
da salvação.
OS TRÊS
TEMPOS DA SALVAÇÃO
I. O TEMPO PASSADO DA SALVAÇÃO
“A tua fé te salvou” (Lc. 7:50). “Pela graça
fostes salvos por meio da fé” (Ef. 2:8). “... que nos salvou e chamou com uma
santa vocação” (2 Tm. 1:9). “... salvou-nos segundo Sua misericórdia” (Tito
3:5).
Toda estas passagens e muitas outras como elas
falam da salvação como uma obra terminada no passado. Este tempo de salvação
coincide com a santificação passada do crente, como considerada no capítulo
anterior. Ela tem que ver (1) com a alma; (2) com a remissão da penalidade do
pecado, a remoção da culpa e mesmo a remoção da presença do pecado da alma.
Neste sentido a salvação do crente está completa. Como dissemos da
justificação, assim podemos dizer deste tempo da salvação: é um ato e não um
processo: ocorre e se completa no momento em que o indivíduo crê; não admite
graus nem estágios.
É sob este tempo de salvação que devemos
classificar as passagens que falam do crente como possuindo vida eterna agora.
Vide João 5:24, 6:47, 17:2,3; 1 João 3:13, 5:11,13. Isto quer dizer,
simplesmente, como expresso em João 5:24, que o crente passou de sob todo
perigo de condenação e do poder da segunda morte.
II. O TEMPO PRESENTE DA SALVAÇÃO
“A palavra da cruz é loucura para os que se
perdem; mas, para nós que estamos salvos (marg., estamos sendo salvos) é o
poder de Deus” (1 Cor. 1:18).
O particípio grego na passagem supra está no
tempo presente e denota “aqueles sendo salvos, o ato... estando em progresso,
não completado” (E. P. Gould).
É com referência ao tempo presente da salvação
que Fil. 2:12 fala, quando diz: “Operai a vossa própria salvação com temor e
tremor.” O sentido desta passagem é que os crentes filipenses tiveram de
efetivar em suas vidas a nova vida que Deus implantara nos seus corações.
Outras passagens há nas quais a salvação não
está mencionada , as quais, não obstantes, referem o processo presente de
salvação, tais como Rom. 6:14; Gal. 2:19,20; 2 Cor. 3:18.
No tempo presente da salvação os crentes estão
sendo salvos, através da obra do Espírito morador, do hábito e domínio do
pecado. A salvação é assim equivalente à santificação progressiva: não tem que
ver com a alma nem com o corpo, mas com a vida.
III. O TEMPO FUTURO DA SALVAÇÃO
Nas passagens seguintes a salvação é falada como
algo ainda futuro: Rom. 5:9,10, 8:24, 13:11; 1 Cor. 5:5; Efe. 1:13,14; 1 Tess.
5:8; Heb. 10:36; 1 Ped. 1:5; 1 João 3:2,3.
Em Rom. 8:23 Paulo nos fala do que é, em geral
esta salvação futura. É a redenção de nosso corpos”, o que ele quer dizer a
aplicação da redenção ao corpo de crente. Isto terá lugar na ressurreição dos
que dormem em Cristo (1 Cor. 15:52-56; 1 Tess. 4:16) e no rapto dos que
estiverem vivos na vinda de Cristo no ar (1 Tes. 4:17). É só então que o
espírito regenerado entrará em completa fruição da salvação. Assim lemos que o
espírito é para ser salvo “no dia do Senhor Jesus” (1 Cor. 5:5). Este tempo de
salvação tem que ver principalmente com o corpo e a presença do pecado no
corpo.
É sob esta epígrafe que devemos classificar
todas as passagens que tratam da vida eterna como de alguma coisa que o crente
receberá no futuro. Vide Mat. 25:46; Mar. 10:30; Tito 1:2, 3:7. Temos assim a
bela harmonia que existe entre todas as passagens que tocam o assunto da
salvação. Não há conflito entre estas passagens, porque elas se referem a
diferentes fases da salvação. Absurdo é e herético qualquer homem tirar um
grupo das três, não importa que grupo ele tire, e procurar negar ou nulificar
um ou outro, ou ambos, dos dois grupos restantes. O modo da verdade é tomar
todos eles corretamente divididos.
Seja observado ao encerrar que a salvação em
todos os seus tempos e fases é do Senhor. Paulo dá-nos o método de Deus no
trabalho da salvação, do princípio ao fim em Fil. 1:6 e 2:13. Deus inicia a
obra da salvação e a levará até sua consumação. E por toda a caminhada Ele
opera em nós “tanto o querer como o fazer Seu bom prazer”. E mais, é tudo de
graça pela fé. “Porque nEle se revela a justiça de Deus de fé em fé; como está
escrito: O justo viverá pela fé.” (Rom. 1:17).
I. A PROVISÃO DA SALVAÇÃO.
As Sagradas Escrituras afirmam que Cristo é
tanto o Autor como o Consumador da fé (Hb 12.2).
A designação de Autor refere-se à provisão da
salvação mediante Jesus Cristo; e Consumador refere-se à aplicação desta
salvação também mediante Cristo.
Vamos analisar as causas da provisão da
salvação:
O PECADO DO HOMEM
Por causa da própria natureza caída, o homem,
desde o seu nascimento até a sua morte, está em inimizade com Deus (Sl 51.5; Rm
7. 24).
O pecado é um estado mau da alma ou da
personalidade. Desta forma, às escrituras apresenta o homem como um ser
totalmente depravado, alienado da glória de Deus e destinado ao castigo divino
(Rm 3. 23).
Deste modo, por si só, o homem não pode se
salvar (Rm 7. 18). Sob a perspectiva divina, o homem é considerado alguém
espiritualmente paralítico, aguardando o estender do braço salvador (Is 59.
16).
No contexto da Doutrina da Salvação, a graça de
Deus é abordada sob dois aspectos:
a) Como favor imerecido da parte de Deus, para
com todos indistintamente (Jo 3. 16).
b) Como poder restringidor do pecado, operando
na reconciliação do homem e sua santificação (Jo 1. 16; Rm 5. 20). A proporção
da graça que o homem recebe depende exclusivamente da sua decisão,
independentemente da vontade de Deus, já manifesta. Por esta razão, nos adverte
o apóstolo Pedro (vejamos 2 Pe 3. 18).
Apesar de estar empenhado na nossa salvação e
segurança, não é querer de Deus declarar-nos inocentes simplesmente. Devemos
ter em mente o fato de que Deus é um Deus não só de amor, é um Deus também de
justiça.
Portanto, para Deus declarar-nos inocentes
independentemente da nossa conversão, seria uma ofensa a sua justiça. Seria um
procedimento que entraria em choque com a sua santidade que declara que a alma
que peca essa morrerá (Ez 18. 4, 20). Então, como poderia Deus manter a
perfeição da sua justiça e ainda assim salvar pecadores? A resposta está no
fato de que Deus não desculpa o nosso pecado, pelo contrário, Ele o remove
completamente.
Vejamos o que nos dizem as Escrituras (Jo 1.29).
Assim como o cordeiro para o uso nos sacrifícios
da antiga aliança devia ser um animal sem nenhum defeito, ou mancha, de igual
modo Deus requeria um cordeiro substituto perfeito, capaz de oferecer um único
sacrifício suficiente para salvar a tantos quantos aceitasse o seu sacrifício
(Hb 9. 14).
4. O ALCANCE DA SALVAÇÃO
Observe a seguinte indagação: “Por quem Cristo
morreu?”. Se a resposta for “Pelo mundo inteiro”, alguém dirá: “Porque então
nem todas as pessoas são salvas?”.
Se a resposta for “Pelos eleitos”, outro
articulará: “Deus é injusto, pois a salvação é limitada”.
A fim de equacionar esta questão, a Bíblia se
nos oferece respostas:
a) A salvação é para o mundo inteiro (Hb 2. 9; 1
Jo 2.2).
b) A salvação é para os que crêem ( 1 Tm 4. 10;
At 16. 31).
c) Alguns abandonarão a salvação. (2 Pe 2. 1).
II. O ASPECTO DIVINO DA SALVAÇÃO.
A salvação tem seu fundamento em Deus. Perguntas
como: “Por que somos salvos” e “Como somos salvos”, só podem encontrar resposta
verdadeira em algo fora do homem, em Deus. É este aspecto da salvação que vamos
considerar aqui.
“Presciência é o aspecto da onisciência
relacionado com o fato de Deus conhecer todos os eventos e possibilidades
futuros”. Este atributo divino não interfere nas decisões do homem, nem do seu
livre arbítrio.
As ações do homem não são permitidas ou
impedidas simplesmente porque são previamente conhecidas por Deus. Para uma
melhor compreensão do assunto, você poderá ler as seguintes referências
bíblicas: At 2.23; 26. 5; Rm 3. 25; 8. 29; 11. 2; 1 Pe 1. 2, 20; 2 Pe 3.17.
2.1. CONSIDEARAÇÕES SOBRE A DOUTRINA DA ELEIÇÃO
Na explicação da eleição, é preciso levar em
conta as duas verdades bíblicas, que é a da soberania de Deus e a da
responsabilidade do homem na salvação.
a) A INICIATIVA DE DEUS NA SALVAÇÃO
Deus é quem toma a iniciativa na salvação das
pessoas. A necessidade desta iniciativa vem do fato do homem estar morto
espiritualmente e não poder operar a sua própria salvação (Ef 2. 1-3, 5, 6).
O pecador, sem a graça de Deus (1 Co 2. 14; 2 Co
4. 4; Ef 4. 18). Por isto, Deus toma a iniciativa na salvação do homem.
b) A RESPONSABILIDADE DO HOMEM
Não obstante a eleição, o homem ainda fica livre
e responsável por suas decisões (Lc 9. 23; Ap 22. 17).
Deus trabalha no homem. A mente, as emoções, à
vontade, a consciência do homem são trabalhadas (e não substituídas) por Deus,
através do Espírito Santo e da Palavra, de maneira que o homem possa aceitar,
ele mesmo, e com responsabilidade e vontade própria, a oferta de Deus.
No plano geral de Deus, a obra de Cristo visa a
todos (Gn 12. 2; Mt 28. 19, 20; 1 Jo 2. 1, 2; Ef 3. 6; Tt 2. 11). Dentro desse
plano geral vem a eleição; dentro da eleição está a liberdade e a
responsabilidade do indivíduo (Rm 2. 12; Mt 11. 20-24).
A maior dificuldade em entender a eleição está
no fator tempo. Daí a freqüência com que surge a seguinte pergunta: “Se a
pessoa é eleita antes de lançados os fundamentos da terra, como, pois, a
eleição pode ser baseada na fé em Cristo?”. Pedro responde esta pergunta,
vejamos (1 Pe 1. 2). Baseado no seu conhecimento quanto à decisão que o crente
tomaria, Deus o elegeu, antes mesmo de lançados os fundamentos da terra.
A doutrina da predestinação é uma das mais
consoladoras doutrinas da Bíblia.
Sua essência repousa no fato de que Deus tem um
plano geral e original para o mundo, que seus propósitos jamais serão
frustrados.
3.1. DEFINIÇÃO DA PALAVRA “PREDESTINAÇÃO”
“Predestinação” – pré = antes + destinar =
destino. Que é destinar com antecipação; escolher desde toda a eternidade, etc.
Este termo é do ponto de vista literário.
Do ponto de vista divino, predestinação, segundo
se depreende, assume um caráter de profundo significado e de infinito alcance.
Tal expressão vem do grego “proo-rdzo”, que, literalmente, significa “assimilar
de antemão”; A preposição grega “pro” faz essa palavra indicar uma atividade
feita de antemão, etc. Para entender melhor a Doutrina da Predestinação vamos
lê João 3.16.
a) A PREDESTINAÇÃO É UNIVERSAL.
Deus, em seu profundo e inigualável amor,
predestinou todos os seres humanos à vida eterna (At 17. 30; Jo 3. 17). Ninguém
foi predestinado ao lago de fogo que, conforme bem acentuou Jesus, fora
preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25. 41).
b) MAS O FATO DE O HOMEM SER PREDESTINADO A VIDA
ETERNA NÃO LHE GARANTE A BEM-AVENTURANÇA.
É necessário que o homem creia no evangelho (Rm
1. 16). Somente assim poderá ser havido por eleito (Jo 5. 24; Mc 16. 16; Jo 3.
18-21).
III. O ASPECTO HUMANO DA SALVAÇÃO Faz-se
necessário abordarmos o aspecto humano da salvação. A salvação é um ato que parte
de Deus em favor do homem, e não do homem em favor de Deus. Haja vista a
impossibilidade do homem em agradar a Deus por si só houve a necessidade da
iniciativa divina em prover a salvação independentemente dos méritos humanos.
Porém, existem três atos de responsabilidade do homem, embora nestes também o
pecador dependa da graça de Deus para a sua realização. Estes atos são tratados
aqui numa ordem que tem sentido apenas lógico, e não cronológico, porque, na
verdade, eles se realizam simultaneamente.
Elementos
Operantes na Salvação
1. Arrependimento
Portanto arrependimento + fé = Conversão.
Conversão envolve dois atos: primeiro, dar as costas ao eu e ao pecado, o que
chamamos arrependimento, e o segundo ato da conversão é a pessoa crer em Deus.
O arrependimento envolve uma completa mudança de
pensamento sobre o pecado e a percepção de necessidade de um salvador. O
arrependimento leva o pecador a ficar tão contristado por causa do pecado, que
ele aceita com alegria tudo o que Deus requer para uma vida de retidão. Os
passos que levam o homem ao arrependimento, uma vez operando Deus são:
- Reconhecimento pelo pecado.
- Tristeza pelo pecado.
- Abandono do pecado.
O que o arrependimento é
- É saber que existe um só Deus Is 45:22
- É deixar todo embaraço e vaidade At 14:15
- É buscar as coisas de cima Col 3:2
- É ser nova criatura 2º Cor 5:17
- É deixar os ídolos 1ª Ts 1:9
2. Fé
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se
esperam, e a prova das coisas que s não vêem. Hb 11:1.
Arrependimento é dizer não ao pecado, enquanto
que a fé, como elemento da salvação é dizer sim a Deus. Este é o lado
afirmativo da conversão. Enquanto o arrependimento enfatiza os nossos pecados a
fé fixa os nossos olhos em Cristo o autor e consumador da fé. Hb 12:2.
OS TRÊS TIPOS DE FÉ
a. Fé natural
O homem é obra do Criador, tendo sido criado com
responsabilidades naturais de relacionar-se com Deus. Mesmo ao homem perdido,
Deus tem dado sabedoria natural. De igual modo tem dado a fé ou capacidade para
acreditar na sua existência e nas coisas invisíveis. Com este tipo de fé, o
homem pode crer acertada ou erradamente, coisas espirituais, mesmo sem obedecer
ou seguir a Deus; ( Tiago 2:29). A definição primária da fé natural é a
capacidade que todo homem tem de crer em um ser supremo. Isto pode ter
fundamento nas palavras de Paulo aos Romanos capitulo primeiro versículos 19 e
20 que diz:
Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles
se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis,
desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se
entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles
fiquem inescusáveis. Rm. 1:19-20.
b. Fé comum
Aqui temos propriamente uma expressão Bíblica,
quando Paulo escreve:
A Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum...
(Tt. 1:4). Esta é a fé que opera para salvação (Jd. V.3).
Observe o seguinte a respeito deste tipo de fé:
- Vem pela pregação da Palavra de Deus e traz a
pessoa à graça salvadora. (Rm. 10:17; Ef. 2:8).
- Mediante a oração no Espírito Santo, toma o
caráter de fé santíssima e torna-se a firmeza do crente(Jd.1:20).
- É evidenciada praticamente pela submissão de
Deus e pela prática das boas obras ou pela obediência a Deus.(Lc. 17:5-10).
c. Fé Dom do Espírito
Além da fé natural e fé comum, há também a fé
que é dom do Espírito.
Em certo sentido, toda fé é dom de Deus, mas há
a fé sobrenatural, pode partir do nível natural, exercer os limites do comum a
todos os homens, tornar-se mais forte, mais poderosa, mediante as bênçãos
recebidas, como respostas ás orações e chegar a culminância da definição
bíblica. Fé é a certeza de coisas que se esperam.
- Sem fé é impossível agradar a Deus. Hb. 11:6
- Fé dada no Espírito. 1ª Cor. 12:9 e 2:4,5
A fé tem Dimensões Definidas:
A Bíblia fala de:
a. Fé pequena Mt. 14:31
b. Fé crescente 2ª Ts. 1:3
c. Fé como grão de mostarda Lc. 17:6
d. Fé grande Mat. 15:28
3 - Conversão
É a mudança de forma ou de natureza; mudança de
mal para bom procedimento.
A palavra conversão literalmente significa
vira-se pra a direção oposta.
Na bíblia esta palavra é usada para descrever a
mudança total que ocorre na vida da pessoa que abandona o pecado e se volta
para Cristo.
A conversão envolve dois atos, já comentei este
assunto, mas vamos recapitular os dois atos.
O primeiro e dar as costas ao eu e ao pecado.Gl.
2:20, o segundo é crer em Deus, voltando-se a Ele e abraçando-o a vida eterna.
At.16:31.
Se a pessoa não se chega a Deus, buscando-o, a
conversão é incompleta, o simples fato de rejeitar o pecado, resulta somente
numa reforma humana provisória e não em transformação divina e plena.
Converter-se é deixar de andar nos seus próprios
caminhos e voltar-se para Deus.
4 - Justificação
È a solução do problema da posição do pecador
diante da lei divina violada por ele. Especialmente, ela remove a culpa do
homem perante a lei violada, e imputa a perfeição de Cristo na conta celestial
do crente. O crente é então declarado justo diante de Deus. Como resultado
desta transação, o crente passa a ter uma nova posição legal diante do Juiz,
que é Deus, o qual pode agora aceitar o homem como justo aos seus olhos. Por
justificação, entende-se o ato pelo qual Deus declara posicionalmente justa a
pessoa que a ele se chega através da pessoa de Jesus Cristo.
Esta justificação envolve dois atos:
- O cancelamento da dívida do pecado na conta do
pecador. (Col. 2:14).
- O lançamento da justiça de Cristo em seu
lugar. (Is. 53:11).
Tornando mais claro:
Justificação não é aquilo que o homem é ou tem
em si mesmo, mas aquilo que o próprio Cristo é ou faz na vida do crente. Isto é
dito de forma mui clara no seguinte texto da carta de Paulo aos Romanos 4:25 ao
5:2.
Cristo foi entregue para morrer a fim de expiar
os pecados do seu povo e ressuscitou para garantir a justificação dele.
Alguns aspectos da justiça em Romanos 4:
- A justiça é associada com imputação 11 vezes.
(Rm. 4:3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 22, 23, 24)
- É associada 9 vezes com fé. (Rm.
4:3,5,9,13,14,16,20,22,24)
- Existe à parte das obras. (Rm. 4:2,5,6)
- Existe à parte da lei. (Rm. 4:13, 14,16).
- É segundo a graça. (Rm. 4:16).
Os versos de Romanos 5 de 1 ao 11, descrevem as
bênçãos que acompanham a justificação:
- Paz Rm. 5:1
- Alegria Rm. 5:2
- Esperança Rm. 5:5
5- Regeneração
É a solução do problema do homem natural
espiritualmente morto, e, portanto, incapaz de servir a Deus. O homem precisa
mais do que uma nova posição legal; precisa de um no eu; um novo ser
espiritual. Através da salvação, Deus cria um novo homem interior na vida do
crente, revestindo-o de poder para servir a Deus, poder este que, a partir de
então, é limitado somente pela própria vontade do crente.
Regenerar-se significa restaurar ( I Ped. 1:3 ).
Regenerador que ou aquele que regenera.
Deus nos salvou mediante o lavar regenerador (
Tt. 3:5 ). A regeneração é obra sobrenatural e instantânea de Deus qu
nos outorga nova vida ao pecador que aceite a
Cristo como seu Salvador. Através desse milagre, ele é ressuscitado da morte
(do pecado) para a vida (na justiça de Cristo).
Em palavras mais simples, esta nova vida é a
natureza divina que passa a habitar no crente, mediante o poder do Espírito
Santo. (Tt. 3:5. Jô 1:12, 13). Sem esta miraculosa transformação espiritual, o
pecador arrependido permaneceria morto na sua natureza pecaminosa (Ef. 2,1-5),
e incapaz de conhecer a Deus num relacionamento pessoal. (I Cor. 2:14).
UMA OBRA DE RESTAURAÇÃO.
- O vaso restaurado. Jr. 18:4
- Um povo na mão do Senhor. Jr. 18:6
- A regeneração na vida de Zaqueu, o publicano
em Lc. 19:1-10. Regenerar - tornar a gerar; reproduzir (o que estava
destruído), restaurar, reorganizar, melhorar, emendar, corrigir moralmente,
formar-se de novo, vivificar-se, reabilitar-se.
- A regeneração (Mt. 19:28), refere-se a
restauração do mundo.
- A restauração de todas as coisas, At. 3:21,
compare com Ap. 21:1.
6 Adoção
É a solução do problema da separação ou
alienação do homem da presença de Deus. Por causa da reconciliação efetuada por
Cristo, o homem já não é um inimigo de Deus; pelo contrario, esta em comunhão
tão estreita com Ele, que é adotado como filho . Note que a regeneração criou
uma nova vida espiritual e que, através da adoção, esta nova criação recebe o
privilegio de fazer parte da família real divina.
Humanamente falando, adoção é o processo pelo
qual uma criança é trazida e aceita numa família, quando por natureza não tinha
direito algum de pertencer aquela família. Esta transação legal traz como
resultado, a criança tornar-se um filho: um novo membro da família, com plenos
direitos sobre o patrimônio da família que a adotara. Adoção é o perfilhamento,
aceitação legal como filho.
Assim sendo meu amado(a) que lê este simples
estudo, mediante a adoção divina, os crentes não somente foram elevados a uma
posição de participação na aristocracia do céu, como tornaram-se herdeiros do
maior patrimônio do universo. Glória a Deus...
Ora, se somos filhos, somos também herdeiros,
herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo? ( Romanos 8:17).
7 Santificação
É a solução para o problema da escravidão do
homem pela sua própria natureza pecaminosa. Embora a regeneração comunique ao
homem uma vida nova, ela não destrói sua velha natureza. O crente, portanto,
tem duas naturezas. A sua continua inclinação para o pecado, que emana da
natureza decaída, é contrabalançado pela obra do Espírito Santo que opera nele
a libertação do pecado. Á medida que o crente vive vitoriosamente, subjugando a
natureza pecaminosa mediante o poder do Espírito Santo, Deus o recompensará.
O alvo de viver uma vida santificada não é a
perfeição plena, mais sim, a progressão. Se Deus quisesse que o crente, para
conservar sua salvação, tivesse de cumprir seus padrões de perfeição, teria
reduzido seus padrões ao nível da possibilidade humana. Ao invés disto, porem,
Ele apresenta o alvo da santificação como sendo o aperfeiçoamento do caráter do
cristão (Mat. 5:48).
Algumas passagens
bíblica sobre santificação
• Oferecei agora os vossos membros para
santificação. Rm. 6:19
• Tendes o vosso fruto para santificação. Rm.
6:22
• Cristo Jesus, o qual se nos tornou... Justiça
e Santificação. 1ª Cor.1:30
• A vontade de Deus, a vossa santificação. 1ª
Ts. 4:3
• Deus não nos chamou para impureza, e sim para
santificação. 1ª Ts. 4:7
Deus nos escolheu desde o principio para a
salvação, pela santificação do Espírito.
• Segui a paz com todos e a santificação. Hb.
12:14
• Santificação do Espírito. 1ª Pe 1:2
O Senhor diz na sua Palavra: ? E o mesmo Deus de
paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo. 1ª Ts 5:23
GLORIFICAÇÃO
A salvação na vida do indivíduo opera-se em
etapas diferentes. Ela tem um começo, um desenvolvimento e uma consumação. No
começo da salvação destacamos o arrependimento, a fé, a conversão à união com
Cristo, à regeneração e a justificação. Os três últimos são atos exclusivos de
Deus na vida de quem se arrepende, crê e se converte a Cristo. No
desenvolvimento da salvação temos a santificação. Na consumação, está a
glorificação. É na glorificação que o crente pode experimentar a plenitude da
salvação. Portanto, a salvação tem um tempo passado, outro presente e outro
futuro. O conteúdo maior da experiência da salvação está no futuro (Rm 8. 24;
13. 11; 1 Pe 1. 3-5; 2. 1, 2; 1 Jo 3. 2).
2.1 O SIGNIFICADO DA GLORIFICAÇÃO
O termo glorificação aqui é empregado para
designar tudo àquilo que está incluído na salvação futura, a partir da morte
física, mas especialmente seguindo-se a volta de Cristo. Alguns textos
ressaltam essa glória que será dos salvos (Rm 5. 2; 8. 18; 2 Co 4. 17; Cl 1.
27; 1 Pe 1. 4-9). As experiências de aflições do crente no mundo presente são
amenizadas com a esperança de Glória no mundo vindouro.
2.2 ASPECTOS DA GLORIFICAÇÃO
Não sabemos tudo que está incluído na
glorificação. Mas a Bíblia nos revela alguns aspectos dessa glória vindoura.
2.2.1. NOVO CORPO
Na ressurreição os crentes terão um novo corpo,
corpo glorificado, isto é, adaptado as condições de existência do mundo
vindouro (Lc 20. 35, 36; Rm 8. 23; 1 Co 15. 51ss; Fl 3. 21). Aquele corpo não
estará mais sujeito as condições ou as leis desta criação, mas será corpo
espiritual, quer dizer, regido por leis do espírito, da nova criação, tal qual
o corpo ressurreto de Jesus.
2.2.2. NOVA COMUNHÃO COM DEUS
Novo céu e nova terra, nova Jerusalém, são
expressões bíblicas que indicam uma nova habitação para os remidos do Senhor
(Fl 3. 20; Hb 11. 16; 2 Pe 3. 13; Ap 21. 1-4). Se o pecado arruinou a morada de
Deus com os homens aqui na terra, na redenção Deus proveu uma nova terra, nova
morada, onde Deus estará com os homens.
2.2.3. NOVA COMUNHÃO COM DEUS
Nossa relação com o Pai e com o Filho neste
mundo é pela fé. Estamos ausentes do Senhor (2 Co 5. 6).
Nossos privilégios de filhos de Deus são ainda
precários (1 Jo 3. 2; Rm 8. 23, 26), mas na glorificação teremos uma
aproximação perfeita com Deus e com Jesus Cristo (2 Co 5. 6-8; i Jo 3. 2; Ap
21. 3,4; 22.4). A promessa para o final é que veremos a sua face; e nas suas
frontes estará o seu nome (Ap 22. 4).
2.2.4. LIBERTAÇÃO PLENA DO PECADO
Na justificação o crente é libertado da culpa e
do castigo do pecado; na regeneração e na santificação a libertação é do poder
do pecado na vida; na glorificação a libertação é não só das conseqüências e do
poder do pecado, mas também da presença do pecado, e de modo completo. O pecado
não mais existirá na alma nem no mundo dos salvos e não mais interferirá na
relação com Deus e com o próximo. Os salvos são normalmente perfeitos (Hb 12.
23; 2 Pe 1.4; Ap 21. 27). Uma nova sociedade surgirá dos remidos de Cristo.
Desta forma, a salvação estará consumada.
Os oito elementos operantes na Salvação são:
1. Arrependimento
2. Fé
3. Conversão
4. Justificação
5. Regeneração
6. Adoção
7. Santificação
8. Glorificação
80 RAZÕES POR QUE O CRENTE NÃO PODE PERDER A
SALVAÇÃO
01. Gênesis 7:16 - Sendo a arca um tipo de
Cristo (IPe.3:20,21; Rm.3:6:4), o crente está seguro nele (Cl.3:3; Ap.3:7).
02. Efésios 4:30 - O crente está selado no
Espirito Santo (Ef.1:13; 2Tm.2:19), e este selo é inviolável e irrevogável (Es.8:8;
Dn.6:12).
03. II Coríntios 1:22 - O crente tem o penhor do
Espirito Santo como garantia segura e inabalável (2Co.5:5).
04. Gálatas 3:15 - Deus fez com o crente, na
pessoa de Abraão (Gl.3:29), uma aliança irrevogável.
05. I Coríntios 11:25 - Deus fez com o crente,
na pessoa de Abraão, uma aliança incondicional, selada com sangue (Jr.34:18,
19; Gn.15:12-21), e não com sapato (Rt.4:7,8) ou com sal (Nm.18:19; Lv.2:13).
06. Gênesis 15:12 - Deus fez com o crente, na
pessoa de Abraão, uma aliança unilateral (o rompimento da aliança só seria
possível se Deus morresse).
07. Jeremias 31:31-33 - Mediante a nova aliança
(com sangue), o temor do Senhor é insuflado no coração do crente (Jr.32:39,40)
para que não se aparte de Deus (Hb.3:12;8:8-13; Ez.36:26,27).
08. Salmos 12:7 - O crente é guardado por Deus,
do mal que há no mundo.
09. Salmos 17:8 - O crente é guardado por Deus
como a menina dos Seus olhos.
10. Salmos 25:20 - A alma do crente é guardado
por Deus (Sl.97:10).
11. Salmos 37:28 - O crente é preservado para
sempre.
12. Salmos 12l:5-8 - O Senhor guarda o crente;
guarda a sua alma de todo o mal; guarda a sua saída; guarda a sua entrada; e o
guarda para sempre.
13. Salmos 145:20 - O Senhor guarda os crentes
que O amam.
14. Jeremias 31:3 - O amor de Deus para com o
crente é eterno.
15. Jó 5:19 - O crente é guardado do mal (Sl.91:
Jo.17:9-26).
16. I João 5:18 - O crente é guardado do maligno
(IITs.3:3; Jr.31:11).
17. Judas 24 - O crente é guardado para não
tropeçar (ISm.2:9; Is.63:13).
18. João 11:9 - A fé do crente não lhe permite
tropeçar (Rm.9:31-33).
19. Provérbios 10:25 - O crente tem perpétuo
fundamento (IITm.2:19; ICo.3:11).
20. I Pedro 1:5 - O crente é guardado pela fé no
poder de Deus. 21. Hebreus 12:2 - Jesus é o Autor da fé, e por isso, o crente
não pode perdê-la (Fp.1:29; ICo.3:5; At.18:27; Gl.5:22; IITs.3:2).
22. Romanos 16:25 - O crente é guardado pelo
poder de Deus (IITm.1:12; Jd.24).
23. Hebreus 6:17 - A salvação do crente se
fundamenta em duas coisas imutáveis: a) a promessa (Js.21:45; At.13:32;
IICo.1:20; Ef.3:6; Hb.9:14,15;10:23; IJo.2:25); b) o juramento (Hb.6:16). Só a
promessa, sem o juramento já era em si mesma suficiente, mas Deus querendo
mostrar a imutabilidade daquilo que Ele decretou, foi além da promessa, fazendo
juramento. E Deus foi ainda mais além quando jurou pelo Seu próprio nome,
porque não havia outro nome superior ao Seu (Hb.6:13,16; Jr.44:26;Nm.23:19).
24. Salmos 37:33 - O crente jamais será
condenado (Sl.89:30-35; ICo.11:32).
25. Salmos 37:23,24 - Se o crente cair, não
ficará prostrado (Sl.145:14; Pv.24:16; Jó 4:4; Rm.14:4;Mq.7:8).
26. Salmos 121:3 - O crente pode cair da graça
(Gl.5:4), mas jamais cairá para a perdição (Sl.17:5;66:9).
27. Isaías 46:3,4 - O crente é conduzido por
Deus até o fim (Sl.121:8).
28. I Coríntios 10:13 - A tentação não pode
condenar o crente (Rm.6:14,18; IIPe.2:9).
29. João 4:14 - O crente jamais terá sede
(Lc.16:24).
30. João 5:24 - O crente já passou da morte para
a vida.
31. Romanos 6:8,9 - O crente já morreu com
Cristo (IITm.2:11).
32. I Pedro 1:3,4 - O crente foi regenerado para
uma viva esperança.
33. I Pedro 1:23 - O crente foi regenerado pela
Palavra de Deus.
34. I João 3:9 - O crente foi regenerado pelo
Espirito Santo (Jo.3:5; Tt.3:5).
35. João 6:37-40 - O crente jamais será lançado
fora.
36. João 6:47 - O crente já possui a vida eterna
(IJo.5:11-13; ITm.6:12).
37. João 10:28 - O crente não pode ser arrancado
da mão do Filho.
38. João 10:29 - O crente não pode ser arrancado
da mão do Pai.
39. Lucas 15:3-10 - Há alegria no céu por um
pecador que se arrepende.
40. João 10:27 - O crente é conhecido do Senhor
(Jo.10:14; 2Tm.2:19; ICo.8:3; Gl.4:9; Mt.7:21-23).
41. Mateus 28:20 - Jesus está com o crente todos
os dias até o fim dos séculos.
42. Romanos 8:1 - Nenhuma condenação há para o
crente (Rm.8:33,34).
43. Romanos 8:30 - Sendo justificado, o crente
também será glorificado.
44. Romanos 8:28 - Todas as coisas cooperam para
o bem do crente (Gn.50:20).
45. Romanos 8:35-39 - Nada poderá separar o
crente do amor de Deus (Jo.13:1).
46. I Coríntios 3:15 - O crente infiel será
salvo como pelo fogo (ICo.5:1-5;11:29-32).
47. I Coríntios 1:8 - O crente será confirmado
até o fim (Rm.16:25; IITs.3:3).
48. Filipenses 1:6 - Deus mesmo terminará a obra
no crente (Fp.2:13).
49. Colossenses 3:3 - A vida do crente está
escondida com Cristo em Deus.
50. Efésios 5:27 - A igreja será sempre
irrepreensível (IICo.11:2; ICo.12:26,27).
51. I Tessalonicenses 5:1-10 - O crente não será
surpreendido na vinda do Senhor.
52. II Timóteo 2:13 - O crente infiel será salvo
pela fidelidade de Deus (Rm.3:3).
53. Hebreus 13:5 - O crente jamais será
abandonado por Deus.
54. I João 5:1 - O crente é nascido de Deus, e
não pode "de nascer"
55. I Pedro 1:4 - O crente possui a natureza
divina.
56. Romanos 8:9-11 - O crente é propriedade de
Cristo (ICo.6:19,20).
57. I Tessalonicenses 5:23,24 - O crente é
conservado irrepreensível.
58. I João 5:16 - O crente não pode pecar para a
morte eterna (IJo.3:9;5:18).
59. I Coríntios 12:3 - O crente não pode
blasfemar contra o Espírito Santo (Mt.12:32; Mc.9:39,40;Lc.11:23; IJo.5:10;
Jo.3:33). 60. I João 2:19 - O crente é perseverante na fé (Mt.10:22;24:13;
IIJo.9; Ap.13:10;14:12).
61. João 10:26 - O crente é ovelha e não porca
lavada (2Pe.2:20-22).
62. João 13:10 - O crente já está limpo do seu
pecado (Jo.15:3).
63. I Coríntios 1:30 - Cristo é a justiça do
crente.
64. I Coríntios 1:30 - Cristo é a santificação
do crente.
65. I Coríntios 1:30 - Cristo é a redenção do
crente.
66. Salmos 25:20 - Deus é o refúgio do crente
(Hb.6:18).
67. I João 2:22,23 - O crente não pode negar o
filho (Mt.10:33; 2Tm.2:12).
68. Romanos 8:37 - O crente sempre será vencedor
(Jo.16:33; Ap.2:7,11,17,26;3:5,12,21).
69. I João 5:4 - O crente vence o mundo.
70. I João 2:14 - O crente vence o diabo
(IJo.4:4; Ap.12:11).
71. Romanos 6:14 - O crente vence o pecado (a
carne).
72. Romanos 11:29 - O dom de Deus é irrevogável.
73. João 19:30 - Todo o pecado do crente está
consumado.
74. Gálatas 3:13 - O crente foi resgatado para
sempre da maldição da lei.
75. Apocalipse 5:9 - O crente foi comprado com
sangue (ICo.6:20;7:23; IPe.1:18,19).
76. Salmos 90:17 - É Deus quem efetua a obra no
crente (Jo.3:21; Ef.3:20; Is.26:12;64:4; Fp.2:13).
77. João 17:20 - Cristo intercedeu pelos crentes,
e continua intercedendo (Hb.7:25; IJo.2:1; Rm.8:34).
78. Romanos 8:26,27 - O Espírito Santo intercede
pelo crente.
79. II Coríntios 1:20 - Jesus é o
"Amém" das promessas de Deus (Jo.6:47).
80. I Pedro 4:1 - O crente já cessou do pecado
(Rm 6:14; IJo.3:9)
Apesar de termos assegurada a garantia da nossa
salvação em Jesus devemos, no entanto entender que o único que poda lançar fora
esta mesma salvação poderá ser cada um de nós através dos maus procedimentos
aqui na terra.
A minha oração a Deus é que isto jamais
aconteça, pois se a nossa esperança em Cristo fosse só nesta vida nós seríamos
os mais miseráveis de todos os tempos (1Co15.20)
Que Deus nos abençoe e
nos guarde em nome de Jesus. Amém!
CRISTOLOGIA
A
DOUTRINA DE CRISTO
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a
Paz do Senhor.
Nos estamos dando a continuidade a esta série de
estudos bíblicos sobre a teologia sistemática; desta feita estamos apresentando
o assunto mais envolvente possível que se refere a obra e pessoa de nosso
Senhor Jesus vamos acompanhar:
I. SUA PREEXISTÊNCIA E ETERNIDADE
A preexistência de Cristo significa Sua
existência antes da encarnação. A Escritura o ensina muito claramente. Mas,
mais que isso, ela ensina também que Ele existiu desde toda a eternidade. As
seguintes passagens estabelecem claramente a preexistência e eternidade do
Senhor Jesus não como filho eterno, mas como Deus eterno:
"No principio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo 1.1).
"Eu desci do céu" (Jo 6.38).
"E agora, Pai, glorifica Tu a mim, tu
mesmo, com a glória que eu tive contigo antes que o mundo existisse" (Jo
17.5).
II. SUA ENCARNAÇÃO
Este Deus Espirito Santo, preexistente e eterno
fez-se carne, tomou sobre Si um corpo humano, habitou entre os homens e
finalmente se deu como sacrifício pelos pecadores. Notemos:
1. O FATO DA ENCARNAÇÃO.
"E o Verbo se fez carne" (Jo 1.14).
"O qual... esvaziou-se, tomando a forma de
servo, fazendo-se igual aos homens" (Fp 2.6,7).
"Ele disse... um corpo preparaste para
mim." (Hb 10.5).
(1) Foi preciso que Ele aturasse o sofrimento
corporal se era para Ele sofrer como substituto do homem.
O sofrimento final dos pecadores no inferno será
um sofrimento tanto do corpo como da alma (Mt 10.28). Logo, desde que foi para
Jesus sofrer em lugar dos pecadores, necessário foi que Ele tivesse um corpo no
qual sofresse.
(2) Foi preciso que Ele tivesse um corpo para
que pudesse "em tudo ser tentado como nós somos", de maneira que,
como sumo sacerdote, pudesse compadecer-se de nossas fraquezas" (Hb 4.15).
O anjo Gabriel não pôde simpatizar conosco
quando somos tentados, porque ele nunca conheceu tentação na carne. Mas Cristo
pode. "Naquilo que Ele mesmo sofreu sendo tentado, pode socorrer aos que
são tentados" (Hb 2.18).
(3) Foi preciso que Ele tivesse provação na
carne e rendesse perfeita obediência à Lei para que houvesse operado uma
justiça que pudesse ser-nos imputada.
A justiça a nós imputada pela fé não é justiça
como atributo pessoal atribuído a Deus, mas é a justiça operada por Cristo em
nós na Sua vida terrena. É isto indicado porque a justiça a nós imputada
descreve-se como sendo pela fé ou através da fé em Cristo (Rm 3.21,22; Fp 3.9).
(4) A encarnação foi também necessária ao seu
ministério doscente, à Sua escolha dos doze apóstolos e fundação da igreja, à
Sua fixação de um modelo para nós de perfeita obediência à vontade de Deus.
Estas coisas são coisas que Deus viu podiam ser
mais bem cumpridas por um na carne. Portanto, o Cristo encarnado foi enviado a
cumpri-las.
III. SUA DEIDADE
"E o Verbo era Deus" (Jo 1.1).
"Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30).
"O primeiro homem era da terra, terreno; o
segundo é do céu" (1 Co 15.47).
"O qual é a imagem do Deus invisível, o
primogênito de toda a criação" (Cl 1.15).
"Sendo o resplendor de Sua glória e a
própria imagem de Sua substância" (Hb 1.3).
"Chamarão o Seu nome Emanuel, que é,
traduzido, Deus conosco" (Mt 1.23).
A noção dos modernistas que Jesus era divino
somente no sentido que sustenta ser o homem divino não satisfaz essas
passagens. O homem não é divino na sua condição natural. Após a regeneração tem
ele uma natureza divina habitando nele, mas também retém a natureza humana
pecaminosa. Não se diz nunca que o homem, mesmo depois da regeneração, é Deus,
ou que Ele é o "resplendor de Sua glória".
Toda a discussão cristológica passa
inevitavelmente pela resposta que se dá à pergunta do próprio Cristo,
"Quem diz o povo ser o filho do Homem?" (Mt 16.13), e da crença na
declaração bíblica "... e o verbo era Deus", (Jo 1.1).
Cristo foi para os seus contemporâneos, o que
poderíamos chamar de um personagem controverso. Dificilmente duas pessoas
pensavam e diziam a mesma coisa acerca dEle. Muitos daqueles que o viam
comendo, diziam: "Ele é um glutão", (Mt 11:9). E eram esses mesmos
que, ao saberem que ele se absterá de comer, diziam: "Este tem
demônios". Muitos daqueles que testemunhavam a operação de seus milagres,
diziam: "Ele engana o povo", ou "Ele opera sinais pelo poder de
demônios".
Quanto ao seu ministério, aqueles que, o viam
citando a Lei, diziam: "Este é Moisés". Aqueles que viam o seu zelo
em despertar nos homens fé no verdadeiro Deus, Diziam: "Este é
Elias". Aqueles que o viam chorando enquanto consolava os infelizes
abandonados, diziam: "Este é Jeremias".
Aqueles que o viam pregar o arrependimento como
condição única para o homem alcançar o perdão divino. Diziam: " Este é
João Batista". Ninguém, contudo, exceto seus discípulos conhecia a
verdadeira identidade do Messias.
A pergunta: "Mas vos... quem dizeis que ou
sou? (Mt 16:15), respondeu o apóstolo Pedro:" "Tu és o Cristo, o
filho do Deus vivo", (Mt 16:16). Face a esta inspirada e eloqüente
resposta de Pedro, disse o Senhor Jesus Cristo: "Não foi a carne e sangue
que te revelou, mas meu Pai que está nos céus". (Mt 16:17).
Jesus Cristo é a figura central da história do
mundo. Os impactos da pessoa de Cristo na história e cultura humanas: um
divisor de datas na história do ocidente, uma civilização assim chamada
“cristã”, guerras e conflitos em “nome de Cristo”, valores “cristãos”, a cruz
como um símbolo universal de morte, etc.
Jesus Cristo deve ser a figura central na vida
de todo indivíduo. Os impactos da pessoa de Cristo na vida dos crentes:
interiores (salvação, perdão, regeneração, justificação, novos valores, etc.) e
exteriores (mudança de atitudes).
Não existe cristianismo sem Cristo: não é uma
religião, mas um modo de vida cuja proposta básica é “Cristo em vós, esperança
da glória” (Col. 1:27). A maior diferença entre um cristão nominal e um cristão
autêntico é que para este Jesus é uma realidade existencial. O cristianismo não
é medido pelo seu efeito coletivo, mas pela presença de Jesus na vida do
indivíduo.
Não existe comparação entre Jesus Cristo e os
fundadores das outras grandes religiões. Confúcio, Buda, Maomé, todos morreram
propondo ao homem um caminho para encontrarem a verdade ou para se tornarem a
divindade, mas só Jesus diz “eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6),
só Jesus se intitula o próprio Deus (João 10:30).
A base do cristianismo é a Palavra de Deus
(Lucas 24:27 é o primeiro ato de proclamação e apresentação de Jesus com base
na Palavra), onde Jesus é o tema central da mensagem transmitida pelos e para
os homens:
a) pelos profetas (At 10:43, 3:21)
b) pelos apóstolos (At 5:42)
c) para os judeus (At 17:1-3)
d) para os samaritanos (At 8:5)
e) para os gentios (Gl. 1:15-16, Ef. 3:8)
f) para o homem de hoje (Mc 16:15, I Cor.
15:1-4)
III. Quem é Jesus Cristo
Jesus Cristo é o próprio Deus encarnado, é a
imagem do Deus Espírito invisível que habita na luz inacessível e somente em
Jesus Cristo podemos ver Deus. É a teofania de Deus que aparece no AT (Gn 18).
Esvaziou-se da sua glória e se humilhou, tomando a forma de ser humano (Fp 2.6-11).
O seu ministério terreno durou mais ou menos 3 anos e meio. Jesus ensinou a
verdade de Deus por preceitos e por parábolas. Ele fez milagres, curando
enfermos e endemoninhados, fazendo sempre o bem. Foi rejeitado pela maioria do
povo e pelas autoridades, sendo submetido à morte de cruz. Foi sepultado, mas
ressuscitou ao terceiro dia. Depois subiu ao céu, onde está para interceder
pelos seus (Hb 7.25). E o salvo está unido com Cristo, que vive nele pelo seu
Espírito (Rm 8.9-11; Gl 2.20; 4.6; Fp 1.19). Na sua segunda vinda Jesus Cristo
julgará os vivos e os mortos (2Tm 4.1).
Heresias primitivas que contestam a humanidade
de Jesus Cedo na vida da igreja surgiram pensamentos que procuravam negar a
humanidade de Cristo.
Docetismo (dokeo = parecer): a divindade nunca
poderia tornar-se realmente material, já que a matéria é inerentemente má, ao
passo que Deus é puro (a carta de I João foi escrita basicamente para combater
o docetismo (I João 1:1-2, 4:1-3).
Apolinarismo (Apolinário, bispo sírio do séc.
IV): Jesus era humano somente fisicamente, mas sua alma era divina (uma leitura
limitada de João 1:14, propondo que apenas o “verbo” é que se encarnara, o
restante sendo divino; uma maneira de acomodar o problema da natureza dual de
Jesus).
3.4. O nascimento virginal de Cristo
Doutrina muito debatida entre o final do séc.
XIX e início do XX pelos fundamentalistas e modernistas.
Fundamentalistas consideravam uma crença
essencial, baseada nos poucos relatos bíblicos existentes (Mt 1:18-25; Lc
1:26-38; Is 7:14).
Modernistas a rejeitavam, consideravam não
essencial ou reinterpretavam de modo não literal com base nos seguintes
argumentos:
a) o silêncio de Jesus sobre o assunto (Jesus
fez silêncio sobre outras coisas também).
b) o silêncio de Marcos, João e Paulo (o
propósito desses escritores bíblicos não era narrar as circunstâncias do
nascimento de Jesus).
O duplo milagre da concepção virginal: Deus
provê tanto o componente humano como a encarnação.
A relação entre a concepção virginal e a
encarnação e impecabilidade de Cristo. Alguns teólogos argumentam que o
nascimento virginal não era indispensável para a sua encarnação (criação
direta, sem a necessidade ou apesar dos pais) e impecabilidade (o Espírito
Santo santificaria qualquer influência pecaminosa transmitida pelo macho
somente ou pela mulher).
Principais significados teológicos da doutrina
do nascimento virginal:
a) afirmação da natureza sobrenatural da
salvação, sem qualquer intervenção humana.
b) a salvação não depende de qualquer
qualificação humana (a origem humilde de Maria).
c) prova da singularidade de Jesus.
d) evidência do poder e soberania de Deus sobre
a natureza.
3.5. A impecabilidade de Cristo
O testemunho dos apóstolos: Hb. 4:15, 7:26,
9:14; Jo 6:69; I Pe 2:22; I Jo 3:5; II Cor. 5:21.
O testemunho do próprio Cristo: Jo 8.46.
O testemunho dos incrédulos: Mt 27:4, 19; Lc
23:41.
Jesus teria sido passível de pecar? Sua tentação
foi genuína ou somente uma farsa? As tentações de Cristo foram reais, embora
fossem insuficientes para vencê-lo. A natureza divina torna a pecabilidade
impossível. O pecado não faz parte da natureza humana básica, mas sim da
corrompida. Adão e Eva antes da queda e Jesus foram os únicos seres humanos
puros.
3.6. As implicações teológicas da humanidade de
Cristo.
A morte expiatória de Jesus tem valor para nós,
pois foi um ato sacerdotal.
Pelo fato de ter experimentado a nossa natureza
Jesus intercede por nós e nos ajuda em nossas fraquezas.
Em Cristo vemos representada a verdadeira
humanidade. Não podemos medir a humanidade de Cristo pela nossa, mas sim a
nossa pela de Jesus.
Pela dependência da graça de Deus é possível
para o homem viver de acordo com o padrão divino.
4.1. A autoconsciência de Jesus.
A divindade de Cristo é um dos tópicos
doutrinários mais cruciais da nossa fé.
Jesus se considerava igual ao Pai e possuidor de
fazer coisas que apenas Deus tem o direito de fazer.
Embora a maioria das referências que Jesus fez
sobre sua divindade não fosse explícita e aberta, tanto seus discípulos como
seus opositores a interpretaram corretamente. Jesus nunca disse literalmente
“Sou Deus”, mas suas alegações seriam impróprias se feitas por alguém menos do
que Deus.
A menção sobre os anjos e o reino (Mt. 13:41,
João 18:36).
A prerrogativa de perdoar pecados (Mc 2:5-7).
A prerrogativa de julgar a terra (Mt. 25:31-32).
A prerrogativa de redefinir o valor do Sábado
(Mc 2:27-28). Além de combater uma interpretação legalista da lei, Jesus aponta
para o verdadeiro significado do Sábado.
A prerrogativa de estabelecer um ensino com a
mesma autoridade das Escrituras (Mt. 5:21-22, 27-28).
Sua declaração e demonstração de poder sobre a
morte (Jo 5:21, 11:25).
Sua declaração de pré-existência (Jo 8:58-59). O
uso da fórmula “Eu sou” (Êx. 3:14), verbo que exprime a idéia de passado,
presente e futuro ao mesmo tempo, indicando a natureza eterna e imutável de
Deus.
Uso de figuras de linguagem que atestam sua
divindade: “Eu sou ...”
a) o pão da vida (Jo 6:35)
b) a luz do mundo (Jo 8:12)
c) a porta das ovelhas (Jo 10:7)
d) o bom pastor (Jo 10:11)
e) a videira verdadeira (Jo 15:1)
f) a ressurreição e a vida (Jo 11:25)
g) o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6)
Sua identificação com o Pai (Jo 10:30, 14:7-9).
Sua auto-denominação de Filho de Deus (Mat.
16:15-16, 26:63-65; Jo 5:18, 19:7). Este nome é dado a Jesus 40 vezes na
Bíblia, além de outras referências indiretas como “meu filho” e “seu filho”.
4.2. O testemunho dos escritores do Novo
Testamento.
João (João 1:1).
Hebreus (1:1-3).
Paulo (Col. 1:15, 2:9; Fil. 2:5-11; II Cor.
5:10; 2 Tm. 4:1).
4.3. Associação a Jesus de afirmações relativas
a Jeová.
Sl
45:6-7 ® Hb 1:8-9
Sl
102:24-27 ® Hb 1:10-12
Is
8:13-14 ® I Pe 2:8
Is 40:3-4 ® Mt 3:1-3
Jr 17:10 ® Ap 2:23
4.4. Os nomes divinos atribuídos a Jesus.
o Verbo (logos, Jo 1:1,14)
a) o princípio cósmico eterno que traz ordem ao
universo (Heráclito séc. 6 a .C.).
b) este mesmo princípio cósmico permeia todas as
coisas e provê o padrão de conduta para o homem racional (filósofos estóicos).
c) emanação divina que intermediou a criação do
universo (Filo 20 a .C.
– 42 d.C.).
d) a Palavv. 8:22-31, conceito paralelo ao de
logos e Palavra de Deus).
f) o conceito joanino:
- personalidade
- pré-existência (Gên. 1:1; João 1:1, 8:58, 17:5
- divindade (João 1:1); a ausência do artigo
definido antes da palavra “Deus” denota a similaridade de essência, porém
preservando a distinção de personalidade)
- agente criador (João 1:3)
- encarnação (João 1:14); literalmente
“tabernaculou”
- revelador (João 1:4, 14, 18): vida, luz,
graça, verdade, glória, o Pai O Messias (christos = o ungido, João 1:41):
a) alguém ungido para realizar uma missão que
envolve redenção, julgamento e representatividade do próprio Deus (Isaías.
45:1-7).
b) expectativa escatológica (Daniel. 9:25-26).
c) expectativa política (Isaías. 9:1-7; João
6:15, 12:13, 18:33-36, Mat. 16:20).
d) o objetivo dos evangelhos foi apresentar
Jesus como o Messias (esse termo era usado como um título no NT exceto em João
1:17, 17:3).
e) a ênfase da igreja primitiva: Jesus é Senhor
(Atos 11:20; Rom. 10:9).
f) quando o evangelho penetra o mundo helênico,
christos passa a ser usado como nome próprio, sem as conotações religiosas do
VT, e não como título (observar a mudança em Atos 2:36, 17:1-3, 18:5, Atos
28:31; Rom. 1:1; Col. 2:2; I João 1:3).
O SENHOR (KYRIOS)
a) o grego kyrios é a transliteração do
tetragrama hebraico Yhwh (Javé ou Jeová); isto indica que Jesus é o próprio
Deus no exercício de domínio de todas as coisas.
b) a designação mais freqüente de Jesus nas cartas
de Paulo e na igreja gentílica.
c) o cerne da mensagem de Paulo (2 Cr. 4:5; I
Cor. 12:3).
d) a relação entre confessar e viver o senhorio
de Cristo (I Cr. 1:2; 2 Tm. 2:22).
O FILHO DO HOMEM
a) expressão atribuída por Jesus a si próprio,
nunca pelos discípulos.
b) uso da expressão nos evangelhos sinóticos
(Mt, Mc, Lc) aplica-se a três situações na vida de Jesus: ministério terreno,
humilhação e morte, vinda gloriosa no futuro para inaugurar o reino de Deus.
c) os judeus aparentemente desconheciam o significado
deste nome aplicado a um ser humano (João 9:35-36, 12:23, 34); provavelmente
não havia conotação messiânica neste nome, mas sim uma alusão à própria
divindade (Dan. 7:13-14).
d) significado: proclamação do caráter
messiânico de Jesus e uma plena identificação com a humanidade culpada.
O FILHO DE DEUS
a) nos evangelhos sinóticos Jesus refere-se
poucas vezes a Deus como Pai (aprox. 35 vezes) contra 106 em João; o propósito
claro de João é tornar explícito o que os outros evangelistas deixam implícito;
esta afirmação aparece em João desde o início (João 1:14, 32-34,49), ao passo
que nos sinóticos os discípulos apreendem este conceito somente a partir da
metade do ministério de Jesus (Mt 16:13-16).
b) João também destaca Jesus como o único Filho
de Deus (Jo 1:18, 3:16,18); o significado desta ênfase é distinguir a natureza
de relacionamento que Jesus tinha com o Pai da natureza dos relacionamentos com
outros filhos de Deus (João 20:17).
c) Características desse relacionamento
especial:
- amor (Jo 5:20, 10:17, 17:24)
- obras (Jo 5:17, 19, 10:32, 14:10)
- palavras (Jo 8:26, 28, 40, 14:24)
- conhecimento mútuo (Jo 6:46, 10:15, 17:25)
- domínio e honra (Jo 3:35, 5:23)
d) A missão do Filho:
- tornar os homens participantes da vida divina
(Jo 5:21, 26, 3:36, 6:40, 10:10)
- dar a sua vida pelos pecados do mundo (Jo
10:11, 17-18, 1:29, Mc 10:45)
- exercer juízo (Jo 5:22)
4.5. Heresias
que procuram negar a divindade de Cristo.
EBIONISMO (séc. II a V). Jesus
era um homem comum que possuía dons incomuns, mas não era divino. Rejeição do
nascimento virginal. O Cristo encarnou-se em Jesus somente por ocasião do
batismo e afastou-se dele no final de sua vida. Esta doutrina pretendia
resolver a questão da divindade de Jesus e a concepção monoteísta de Deus.
ARIANISMO (séc. III e IV). Jesus
era um ser criado, apesar de ser o mais elevado dos seres, portanto não era
divino e não tinha existência própria. Somente Deus o Pai é eterno e a origem
de todas as coisas. Baseavam-se em textos bíblicos que sugeriam inferioridade
ou imperfeição de Jesus em relação ao Pai (Jo 14:28, Marcos 13:32). Ário
(256-336), bispo de Alexandria, foi o autor desta heresia que causou muita
polêmica nos primeiros séculos da era cristã. O arianismo foi condenado no
concílio de Nicéia (325) e Ário foi exilado, mas sua doutrina não morreu,
continuando a gerar polêmica e causando divisão entre as igrejas cristãs.
Finalmente foi banido pelo imperador Teodósio I (379). Uma variedade do
arianismo subsiste até hoje através dos Testemunhas de Jeová.
CRISTOLOGIA
FUNCIONAL.
Doutrina moderna (séc. XX) que dá ênfase ao que Jesus fez e não no que Ele é,
alegando ser este o destaque do NT. Esta doutrina, entretanto, despreza uma
porção significativa de conceitos ontológicos (essência, natureza) sobre Jesus
que são apresentados de modo explícito no NT.
4.6. Implicações da divindade de Cristo.
Podemos ter conhecimento real de Deus (Jo 14:9,
Hb 1:1-2).
A redenção está à disposição de todos os homens,
pois a morte de Cristo é suficiente para todos.
Deus e a humanidade, uma vez separados pelo
pecado, foram religados por iniciativa do próprio Deus.
Cristo merece nosso
louvor e adoração (Fl. 2:9-11).
IV. A sua Natureza
A. A Natureza Humana de Cristo
1. Ascendência Humana
1.1 Feito de Mulher (Gl.4:4; Mt.1:8).
1.2 Feito da Semente (esperma) de Davi:
a) Sem (Gn.9:27).
b) Abraão (Gn.12:1-3).
c) Isaque (Gn.26:2-5).
d) Jacó (Gn.28:13-15).
e) Judá (Gn.49:10).
f) Davi (2Sm.7:12-16).
2. Crescimento e Desenvolvimento Naturais:
2.1 Vigor Físico (Lc.2:52).
2.2 Faculdades Mentais (Lc.2:40).
3. Aparência Pessoal (Jo.4:9).
4. Natureza Humana Completa:
4.1 Corpo (Mt.26:12).
4.2 Alma (Mt.26:38).
4.3 Espírito (Lc.23:46).
5 Limitações Humanas:
5.1 Limitações Físicas:
a. Fadiga (Jo.4:6; Is.40:28).
b. Sono (Mt.8:24; Sl.121:4,5).
c. Fome (Mt.21:18).
d. Sede (Jo.19:28).
e. Sofrimento e Dor (Lc.22:44).
f. Sujeição à Morte (ICo.15:3).
5.2 Limitações Intelectuais:
a) Precisava Crescer em Conhecimento (Lc.2:52).
b) Precisava Adquirir Conhecimento pela
Observação (Mc.11:13).
c) Possuía Conhecimento Limitado (Mc.13:32).
5.3 Limitações Morais (Hb.2:18; 4:15).
5.4 Limitações Espirituais:
a) Dependia das Orações (Mc.1:35).
b) Dependia do Espírito Santo (At.10:38;
Mt.12:28).
6. Nomes Humanos:
a. Jesus (Mt.1:21).
b. Filho do Homem (Lc.19:10).
c. O Nazareno (At.2:22).
d. O Profeta (Mt.21:11).
e. O Carpinteiro (Mc.6:3).
f. O Homem (Jo.19:5; ITm.2:5).
7. Relação Humana com Deus:
a. Como Mediador e Sacerdote; Como representante
da humanidade Jesus falava com Deus (Mc.15:34).
b. KENOSIS: Auto esvaziamento de Jesus Cristo, uma auto
renúncia dos atributos divinos. Jesus pôs de lado a forma de Deus, mas ao
fazê-lo não se despiu de Sua natureza divina; não houve auto extinção. Também o
Ser divino não se tornou humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve
a consciência de ser Deus (Jo.3:13). O propósito foi a redenção. Jesus deixou o
uso independente do Seu poder para depender do Espírito Santo.
B. A Natureza Divina de Cristo
1. Nomes Divinos:
a. Deus (Jo.1:1; Jo.1:18 (ARA); Jo.20:28;
Rm.9:5; Tt.2:13; Hb.1:8).
b. Filho de Deus (Mt.8:29;16:16;27:40;
Mc.14:61,62; Jo.5:25;10:36;
c. Alfa e Ômega (Ap.1:8,17;22:13; Is.44:6).
d. O Santo (At.3:14; Is.41:14; Os.11:9).
e. Pai da Eternidade e Maravilhoso (Is.9:6;
Jz.13:18).
f. Deus Forte (Is.9:6; Is.10:21).
g. Senhor da Glória (ICo.2:8; Tg.1:21;
Sl.24:8-10).
h.
Senhor (At.9:17;16:31; Lc.2:11; Rm.10:9; Fp.2:11).
O termo "Senhor" em grego é Kurios, e
significa Chefe superior, Mestre, e como tal era empregado à pessoas humanas,
aos imperadores de Roma. Entretanto eles eram considerados deuses, e somente à
eles era permitido aplicar este título, no sentido de divindade (At.2:36;
2Co.4:5; Ef.4:5; 2Pe.2:1; Ap.19:16).
2. Pelo culto divino que Lhe é atribuído:
a. Somente Deus pode ser adorado (Mt.4:10).
b. Jesus aceitou e não impediu Sua adoração
(Mt.14:33; Lc.5:8;24:52).
c. O Pai deseja que o Filho seja adorado
(Hb.1:6; Jo.5:22,23; compare Is.45:21-23 com Fp.2:10,11).
d. A Igreja primitiva o adorou e orava Ele
(At.7:59,60; 2Co.12:8-10).
3. Pelos ofícios divinos que Lhe foram
atribuídos:
a. Criador (Jo.1:3; Hb.1:8-10; Cl.1:16).
b. Preservador (Cl.1:17).
c. Perdoador de pecados (Mc.2:5,7,11; Lc.7:49).
d. Jesus é Jeová Encarnado (Compare Is.40:3,4
com Jo.1:23; Is.8:13,14 com IPe.2:7,8 e At.4:11; IPe.2:6 com Is.28:16 e
Sl.118:22; Nm.21:6,7 com ICo.10:9(ARA = Senhor; ARC = Cristo; no grego =
Criston); Sl.102:22-27 com Hb.1:10-12; Is.60:19 com Lc.2:32; Zc.3:1,2).
4. Pela associação de Jesus, o Filho, com o nome
de Deus Pai (2Co.13:14; ICo.12:4-6; ITs.3:11; Rm.1:7; Tg.1:1; 2Pe.1:1; Ap.7:10;
Cl.2:2; Jo.17:3; Mt.28:19).
5. Atributos divinos Lhe são atribuídos:
5.1 Atributos de Natureza:
a) Onisciência
(Jo.1:47-51;4:16-19,29;6:64;16:30;8:55; Jo.10:15;21:6,17; Mt.11:27;12:25;17:27;
Cl.2:3).
b) Onipresença (Jo.3:13;14:23 Mt.18:20;28:20;
Ef.1:23).
c) Onipotência (Mt.8:26,27;28:28; Hb.1:3;
Ap.1:8).
d) Eternidade (Jo.8:58;17:5,24; Cl.1:17;
Hb.1:8;13:8; Ap.1:8; Is.9:6; Mq.5:2).
e) Vida (Jo.10:17,18;11:25;14:6).
f) Imutabilidade (Hb.1:11;13:8; Sl.102:26,27).
g) Auto-Existência (Jo.1:1,2).
h) Espiritualidade (IICo.3:17,18).
5.2 Atributos Morais:
a) Santidade (At.3:14;4:27Jo.8:12; Lc.1:35;
Hb.7:26; IJo.1:5; Ap.3:7;15:4; Dn.9:24).
b) Bondade (Jo.10:11,14; IPe.2:3; IICo.10:1).
c) Verdade (Mt.22:16; Jo.1:14;14:6;
Ap.19:11;3:7; IJo.5:20).
6. Títulos dados igualmente a Deus Pai e a Jesus
Cristo:
a. Deus: Deus Pai (Dt.4:39; 2Sm.7:22; I Rs.8:60;
2 Rs.19:15; I Cr.17:20; Sl.86:10; Is.45:6;46:9; Mc.12:32), Jesus Cristo
(Compare Is.40:3 com Jo.1:23 e 3:28; Sl.45:6,7 com Hb.1:8,9; Jo.1:1; Rm.9:5;
Tt.2:13; IJo.5:20).
b. Único Deus Verdadeiro: Deus Pai (Jo.17:3),
Jesus Cristo (IJo.5:20).
c. Deus Forte: Deus Pai (Ne.9:32), Jesus Cristo
(Is.9:6).
d. Deus Salvador: Deus Pai (Is.45:15,21;
Lc.1:47: Tt.3:4), Jesus Cristo (2Pe.1:1; Tt.2:13; Jd.25).
e. Jeová: Deus Pai (Ex.3:15), Jesus Cristo
(Compare Is.40:3 com Mt.3:3 e Jo.1:23).
f. Jeová dos Exércitos: (ICr.17:24; Sl.84:3;
Is.51:15; Jr.32:18;46:18), Jesus Cristo (Compare Sl.24:10 e Is.6:1-5 com
Jo.12:41; Is.54:5).
g. Senhor: Deus Pai (Mt.11:25;21:9;22:37;
Mc.11:9;12:29; Rm.10:12; Ap.11:15), Jesus Cristo (Lc.2:11; Jo.20:28; At.10:36;
ICo.2:8;8:6;12:3,5; Fp.2:11; Ef.4:5).
h. Único Senhor: Deus Pai (Mc.12:29; Dt.6:4),
Jesus Cristo (ICo.8:6; Ef.4:5).
i. Jeová e Salvador, Senhor e Salvador: Deus Pai
(Is.43:11;60:16; Os.13:4), Jesus Cristo (2Pe.1:11;2:20;3:18).
j. Salvador: Deus Pai (Is.43:3,11;60:16;
ITm.1:1;2:3; Tt.1:3;2:10;3:4; Jd.25), Jesus Cristo (Lc.1:69;2:11; At.5:31;
Ef.5:23; Fp.3:20; 2Tm.1:10; Tt.1:4;3:6).
l. Único Salvador: Deus Pai (Is.43:11; Os.13:4),
Jesus Cristo (At.4:12; ITm.2:5,6).
m. Salvador de todos os homens e do mundo: Deus
Pai (ITm.4:10), Jesus Cristo (IJo.4:14).
n. O Santo de Israel: Deus Pai (Sl.71:22;89:18;
Is.1:4; Is.45:11), Jesus Cristo (Is.41:14;43:3;47:4;54:5).
o. Rei dos reis, Senhor dos senhores: Deus Pai
(Dt.10:17; ITm.6:15,16), Jesus Cristo (Ap.17:14;19:16).
p. Eu Sou: Deus Pai (Ex.3:14), Jesus Cristo
(Jo.8:58).
q. O Primeiro e O Último: Deus Pai
(Is.41:4;44:6;48:12) Jesus Cristo (Ap.1:11,17;2:8;22:13).
r. O Esposo de Israel e da Igreja: Deus Pai
(Is.54:5;62:5; Jr.3:14; Os.2:16), Jesus Cristo (Jo.3:9; IICo.11:2;;
Ap.19:7;21:9).
s. O Pastor: Deus Pai (Sl.23:1), Jesus Cristo
(Jo.10:11,14; Hb.13:20).
7. Obras atribuídas igualmente a Deus e a Jesus
Cristo:
a. Criou o mundo e todas as coisas: Deus Pai
(Ne.9:6; Sl.146:6; Is.44:24; Jr.27:5; At.14:15;17:24), Jesus Cristo (Sl.33:6;
Jo.1:3,10; ICo.8:6; Ef.3:9; Cl.1:16; Hb.1:2,10).
b. Sustenta e preserva todas as coisas: Deus Pai
(Sl.104:5-9; Jr.5:22;31:35), Jesus Cristo (Cl.1:17; Hb.1:3; Jd.1)
c. Ressuscitou Cristo: Deus Pai (At.2:24;
Ef.1:20), Jesus Cristo (Jo.2:19;10:18).
d. Ressuscitou mortos: Deus Pai (Rm.4:17;
ICo.6:14; 2Co.1:9;4:14), Jesus Cristo (Jo.5:21,28,29;6:39,40,44,54;11:25;
Fp.3:20,21).
e. É o Autor da regeneração: Deus Pai
(IJo.5:18), Jesus Cristo (IJo.2:29).
V. Os seus Ofícios
1. Profeta
a. Como Profeta Jesus pregou a salvação. Is 61.
1-2; Lc 4.17-19.
b. Como Profeta Jesus anunciou o reino. Mt 4.17
c. Como Profeta Jesus predisse o futuro. Mt 24 -
25
2. Sacerdote
Jesus Cristo é o eterno Grande Sacerdote, que se
ofereceu a si mesmo como sacrifício perfeito a Deus a fim de tirar os pecados
da humanidade. É por meio dele que Deus faz uma nova e perfeita aliança com o
seu povo. E é por meio de Jesus Cristo que se consegue a salvação eterna. Hb 9.
11 - 27
3. Rei
a. Profetizado II Sm 7.12 - 16: "Quando
teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar
depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu
reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o
trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a
transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de
homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul,
a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados
para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre." Preste
atenção às palavras grifadas.
b. Cumprido. Lc 1. 30 - 33: "Maria, não
temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um
filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.. Este será grande e será chamado
Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele
reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. C.
Estabelecido. Dn 2.44; Ap 11.15; 12.10; 19.16; 20. 1-4; Sl 2. 4-9;
VI. A sua obra
1. Sua Morte.
a. Sua importância. ICo 15.3
b. Seu significado. 2Co 5.21
2. Sua Ressurreição
a. O fato. ICo 15.20
b. A evidência. Mt 28. 1-6
c. O significado. Rm 1.4
3. Sua Ascensão. At 1.9
VII. Os seus títulos.
Vejamos os nomes e atributos de Jesus são
inerentes à Sua Divindade e missão:
• Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz (Is 9.6)
• Porta e Pastor (Jo 10.10)
VII. Os seus títulos.
Vejamos os nomes e atributos de Jesus são
inerentes à Sua Divindade e missão:
• Luz do mundo (Jo 8.12)
• Caminho, Verdade e Vida (Jo 14.6)
• Libertador (Jo 8.36)
• Videira Verdadeira (Jo 15.l)
• Ressurreição e Vida (Jo 11.25)
• Adão (1 Co 15.45)
• Advogado (1 Jo 2.1)
• Alfa e Ômega (Ap 1.8; 22.13)
• Amém (Ap 3.14)
• Apóstolo da nossa confissão (Hb 3.1)
• Autor da Salvação (Hb 2.10)
• Autor da Vida (At 3.15)
• Autor e Consumador da Fé (Hb 12.2)
• Bem-aventurado e único soberano (1 Tm 6.15)
• Braço do Senhor (Is 5.19; 53.1)
• Cabeça da Igreja (Ef 1,22)
• Chefe (Is 55.4)
• Consolação de Israel (Lc 2.25)
• Cordeiro de Deus (Jo 1.29)
• Criador (Jo 1.3)
• Cristo de Deus (Lc 9.20)
• Desejado de todas as nações (Ag 2.7)
• Deus bendito (Rm 9.5)
• Deus Unigênito (Jo 1.18)
• Deus (Is 40.3)
• Emanuel (Is 7.14)
• Eu Sou (Jo 8.58)
• Filho Amado (Mt 12.18)
• Filho de Davi (Mt 1.1)
• Filho de Deus (MT 2.15)
• Filho do Altíssimo (Lc 1.32)
• Filho do Homem (Mt 8.20)
• Filho do Deus Bendito (Mc 14.61)
• Glória do Senhor (Is 40.5)
• Grande Sumo Sacerdote (Hb 4.14)
• Guia (Mt 2.6)
• Herdeiro de todas as coisas (Hb 1.2)
• Homem de dores (Is 53.3)
• Imagem de Deus (2 Co 4.4)
• Jesus de Nazaré (Mt 21.11)
• Jesus (Mt 1.21)
• Juiz de Israel (Mq 5.1)
• Justiça nossa (Jr 23.6)
• Justo (At 7.52)
• Leão da Tribo de Judá (Ap 5.5)
• Legislador (Is 33.22)
• Mediador (1 Tm 2.5)
• Mensageiro da Aliança (Ml 3.1)
• Messias, o Ungido (Dn 9.25, Jo 1.41)
• Nazareno (Mt 2.23)
• Nossa Páscoa (1 Co 5.7)
• Pão da Vida (Jo 6.35)
• Pai Eterno (Is 9.6)
• Pastor e Bispo das Almas (1 Pe 2.25)
• Pedra Angular (Sl 118.22)
• Poderoso de Jacó ( Is 60.16)
• Poderoso Salvador (Lc 1.69)
• Precursor (Hb 6.20)
• Primogênito (Ap 1.5)
• Príncipe dos Pastores (1 Pe 5.4)
• Princípio da Criação de Deus (Ap 3.14)
• Profeta (Lc 24.19)
• Raiz de Davi (Ap 22.16)
• Redentor (Jó 19.25)
• Rei dos reis (1 Tm 6.15)
• Rei dos santos (Ap 15.3)
• Rei dos Judeus (Mt 2.2)
• Rei dos séculos (1 Tm 1.17)
• Rei (Zc 9.9)
• Renovo(Is 4.2)
• Resplandecente Estrela da Manhã (Ap 22.16)
• Rocha (1 Co 10.4)
• Rosa de Sarom (Ct 2.1)
• Santo de Deus (Mc 1.24)
• Santo de Israel(Is 41.14)
• Santo servo (At 4.27)
• Santo (At 3.14)
• Semente da mulher (Gn 3.15)
• Senhor da glória (1 Co 2.8)
• Senhor de todos (At 10.36)
• Senhor Deus (Is 26.4)
• Senhor dos senhores (1 Tm 6.15)
• Siló (Gn 49.10)
• Soberano dos reis (Ap 1.5)
• Sol da justiça (Ml 4.2)
• Sol nascente (Lc 1.78)
• Testemunha fiel (Ap 1.5)
• Testemunho (Is 55.4)
• Todo-Poderoso (Ap 1.8)
• Verbo de Deus (Ap 19.13)
• Verbo (Jo 1.1)
• Verdade (Jo 1.14)
• Doador do Espírito Santo (Mt 3.11)
• Primeiro e Último (Is 41.4)
• Fundamento da Igreja (Mt 16.18)
• Onipresente, Onipotente e Onisciente (Ef
1.20-23; Ap 1.8; Jo 21.17)
• Santificador (Hb 2.11)
• Mestre (Lc 21.15)
• Inspirador dos profetas (1 Pe 1.17)
• Supridor de Ministros à Igreja (Ef 4.11)
• Salvador (Tt 3.4-6)
Cada nome ou título atribuído a JESUS revela um
dos aspectos de Sua natureza e caráter.
VIII. O seu sofrimento e morte
7.1. Importância
A morte de Cristo como a solução para o problema
do pecado humano e como meio de trazer os homens à comunhão com Deus é uma das
idéias centrais do NT (I Cor. 15: 1-3).
Conexão vital com a encarnação: Jesus nasceu
para morrer; a encarnação visava a expiação (Heb. 2:14)
Destaques dados à morte de Cristo no NT:
a) mais de 175 citações no NT.
b) investigada pelos profetas do VT (I Ped.
1:10-11).
c) anunciada e confirmada pelo próprio Cristo
(Mateus 16:21; Lucas 9: 28-31, 24:44-46); é possível que a incapacidade dos
discípulos de entenderem a morte de Cristo seja resultado de uma expectativa da
realização do reino messiânico terreno.
d) nos escritos de Paulo há mais de 30
referências à morte de Cristo (Rom. 5:6-8; II Cor. 5:14-15; Gál. 2:19-20;
Efésios 5:25; Fil. 2:8; Col. 1:21-22; I Tes. 5:9-10; I Tim. 2:5-6); apenas em
II Tess. e Filemon Paulo não faz referências diretas à morte de Cristo.
e) nos escritos de Pedro (I Pedro 1:18-19,
3:18).
f) nos escritos de João (I João 1:7; 3:16;
Apoc.5:9).
g) na epístola aos Hebreus (Heb. 9:13-14,
13:12); a carta aos Hebreus baseia-se na morte de Cristo para desenvolver o seu
tema principal: o valor do sacerdócio de Cristo e a perseverança dos crentes.
7.2. Tipos e predições da morte de Cristo no AT
Por meio de tipos e profecias diversas, a morte
de Jesus é tratada em todo o AT.
Exemplos de tipos específicos sobre a morte e
sacrifício de Jesus:
a) o sacerdócio de Arão (Êxodo 29:10-11; Heb.
10:11-12).
b) o sangue do sacrifício (Levítico 17:11; Heb.
9:13-14); uma exigência da santidade de Deus para a remissão dos pecados, que
salienta a distância moral existente entre o Deus santo e o homem pecador.
c) o cordeiro pascal (Êxodo 12:3-11; Isaías
53:7; João 1:29; I Cor. 5:7).
d) a serpente no deserto (Núm. 21:4-9; João
3:14-15).
Exemplos de profecias sobre a morte de Jesus:
a) alusões à crucificação (Salmo 22:1, 6-8,
16-18; Zc. 12:10).
b) o servo sofredor (Isaías 52:13-53:12).
c) o atentado de Satanás (Gênesis 3:15).
7.3. A natureza da morte de Cristo
Não foi acidental (Mt. 26:2; Mc 9:31).
Cristo não morreu como mártir em defesa de uma
causa nobre. Paulo, Tiago, Estevão e muitos outros foram mártires do
cristianismo.
Foi pré-determinada (At 2:22-23; I Pedro
1:18-20; Ap 13:8). A expiação teve origem na eternidade; era um fato implícito
no coração de Deus antes de tornar-se um fato na história do homem.
Foi voluntária (Jo 10: 17-18). Os judeus e os
romanos foram apenas os instrumentos usados por Deus na execução da sua
vontade, mas não os determinantes da morte de Cristo.
6.4. Alcance e abrangência da morte de Cristo
A morte de Cristo tem duplo aspecto: é universal
e restrita.
É universal em sua abrangência e suficiência,
mas é restrita em sua eficiência.
É suficiente para todos (Hb. 2:9; I Tm. 2:3-6; I
Jo 2:2). É eficiente somente para a salvação de todos os que crêem (Jo 1:12,
3:16).
É eficiente para o juízo de todos os que
permanecerem na incredulidade (João 3:17-18, 5:24).
7.5. Resultados da morte de Cristo
Em relação aos que crêem:
a) anulação potencial do poder do pecado
(Hebreus 9:26; Rom. 6:6-7).
b) libertação do domínio espiritual das trevas
(Col. 1:13).
c) libertação da maldição da lei (Gl. 3:10-13;
Col. 2:14); todo obstáculo legal para a salvação do homem é removido; toda a
acusação que a lei proferir contra o pecador fica totalmente satisfeita,
libertando da maldição todos quantos confiam na lei e nas sua obras para sua
justificação.
d) remoção da condenação (Rom. 8:33-34; João
5:24).
e) remoção das diversas barreiras existentes
entre os homens (Gl. 3:28; Efésios 2:11-16).
f) oportunidade de filiação a Deus (Gl. 4:4-5;
João 1:12).
g) oportunidade de reconciliação com Deus (Rom.
5:10-11).
h) perdão dos pecados (Efésios 1:7; I João 1:7).
i) base da justificação (Rom. 5:1,9).
Em relação ao domínio exercido por satanás:
a) foi retirado o seu poder sobre o mundo (João
12:31-33; I João 3:8).
b) foi retirado o seu poder sobre a morte
(Hebreus 2:14).
c) principados e potestades são derrotados
(Efésios 6:12; Col. 2:14-15).
Em relação ao universo físico:
a) libertação do cativeiro da corrupção, seja
ele qual for (Rom. 8: 20-23).
b) há um efeito cósmico, de difícil
entendimento, na obra redentora de Cristo.
. O contexto e a necessidade da expiação
A expiação é o ponto crucial da fé cristã, no
qual se baseiam outras doutrinas importantes, tais como a salvação, o pecado,
igreja, a escatologia.
A natureza de Deus é perfeita e completamente
santa. Sendo contrário à natureza de Deus, o pecado é repulsivo a Ele (Mat.
5:48; I Pedro 1:15-16; Isaías 1:13). Deus é compelido a se afastar do pecado. É
alérgico a ele.
A lei é a expressão da própria pessoa e vontade
de Deus (Rom. 7:12). Sua própria natureza resulta na exigência de certas coisas
e proibição de outras. Desobedecer a lei é atacar a própria natureza de Deus.
A violação da lei, quer por transgressão ou por
omissão, é passível de punição (Gên. 2:15-17; Rom. 5:12, 6:23). Existe uma
relação de causa e efeito entre o pecado e a punição. A punição é uma
inevitabilidade e não uma possibilidade.
A condição humana é incapaz de fazer qualquer
coisa para salvar a si mesma ou para livrar-se da pecaminosidade (Rom.
7:18-23).
A morte de Jesus tem valor suficiente para fazer
expiação por toda a humanidade (I João 2:2).
A expiação é a expressão simultânea do amor e da
ira de Deus (Rom. 5:8, 1:18; Num. 14:18). Amor e ira são parte da natureza
divina, não havendo contradição ou incoerência nestes atributos. Deus em seu
amor deseja a salvação do homem, mas também precisa manter-se fiel à sua
própria natureza, sem negar a sua justiça. A ira é a reação de um Deus santo ao
pecado. A expiação é necessária porque o homem sem Cristo está debaixo da ira e
do juízo de Deus.
8.1. A importância da ressurreição e sua relação
com o Antigo e Novo Testamento
A ressurreição de Cristo é um dos cernes
doutrinários do Evangelho (I Cor. 15:3-4, 16-19).
A ressurreição era uma esperança dos judeus (Jó
19:25-27; João 11:23-24; Atos 24:14-15).
Profecias gerais sobre a ressurreição do corpo
no AT (Salmo 49:15; Isaías 26:19; Daniel 12:2; Oséias 13:14). Poucas
referências específicas sobre sua ressurreição de Cristo no Antigo Testamento
(Salmos 16:8-11 e 110:1; Atos 2:24-32; 13:35-37).
A ressurreição ao terceiro dia (Lucas 24:44-46 ®
Oséias 6:2; Mateus 12:40 ® Jonas 1:17).
Predições do próprio Cristo (Mateus 16:21,
17:23, 20:17-19; Marcos 9:30-32, 14:28; Lucas 9:22, 18:31-34; João 2:19-22).
Evidências neo-testamentárias da ressurreição de
Cristo
O túmulo vazio:
a) a reação dos discípulos (Mateus 28:1-6;
Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-8; João 20:1-10).
b) a reação dos judeus (Mt 28:11-15).
Ø As aparições de Jesus (At 1:1-3):
a) as Marias (Mt 28:1, 8-9; Mc 16:9; Jo
20:15-18). b) Pedro (Lc 24:34).
c) os dois discípulos no caminho de Emaús (Lc
24:13-15).
d) demais discípulos no cenáculo (Marcos 16:14;
Jo 20:19).
e) os discípulos no Mar da Galiléia (Jo
21:1-14).
f) a toda igreja numa única oportunidade (I Co
15:6).
g) Tiago, Paulo e outros apóstolos (I Co
15:7-8).
A transformação na vida dos discípulos (comparar
Mt 26:69-75 com At 2:14, 22-24, 5:27-32).
O testemunho do próprio Cristo (Ap 1:17-18).
Os resultados da ressurreição de Cristo
Cumprimento da promessa aos pais (At 13:30-34).
Confirmação do senhorio de Cristo (Lc 24:3; Atos 2:36; Rom. 1:4).
Prova da nossa justificação (Rm 4:24-25).
Vida regenerada e de esperança (I Pe 1:3).
Ilustração da medida do poder de Deus (Ef
1:18-20).
Sujeição de todas as coisas a Jesus (Ef
1:20-23).
Garantia de que haverá um julgamento futuro (At
17:31; Jo 5:26-29).
Garantia d
nossa própria ressurreição (2 Cor. 4:14; I Tes.
4:13-16; I Cor. 15:19).
A NATUREZA
DO CORPO RESSURRETO
Concepções sobre a vida após a morte:
a) gregos: imortalidade da alma sem ressurreição
do corpo; dualismo entre alma e corpo (At 17:32).
b) judeus: ressurreição do mesmo corpo; unidade
entre corpo e espírito (Lc 24:37).
c) igreja: ressurreição com um novo corpo
espiritual transformado, glorioso e incorruptível, igual ao corpo de Jesus (I
Cor. 15:35-58; 2 Cor. 5:1-4; Fil. 3:20-21).
O corpo físico de Jesus após a ressurreição
tinha características tanto materiais quanto espirituais (Lc 24:36-43; Jo
20:19-20; 26-27).
O estado intermediários dos mortos:
a) no VT: “Sheol”, traduzido como sepultura,
inferno, abismo, lugar tenebroso e inferior (Sl 49:15; Prov. 15:24; Ez. 26:20).
b) no NT: “Hades” traduzido como inferno ou
prisão, um lugar com duas divisões: uma para os justos (seio de Abraão ou
paraíso), e outra para os injustos (lugar de tormentos) Lc 16:22-23.
Cristo teria descido ao hades para proclamar o
evangelho aos perdidos (I Pd 3:18-20).
8.5. A ascensão e exaltação de Cristo
A ressurreição e a ascensão de Cristo foram
eventos separados no tempo, mas parte de um único processo: sua exaltação em
glória (Ef 1:20-23).
Resultados da ascensão:
a) preparação do lugar da nossa futura habitação
(Jo 14:2-3).
b) a descida do Espírito Santo (Jo 16:7).
c) a distribuição de dons espirituais aos
crentes (Sl 68:18; Ef 4:7-8).
Embora os aspectos passados da obra de Cristo
sejam os mais conhecidos e ensinados, devemos ter em mente que Jesus está vivo
e atuante hoje.
Após a sua ascensão Cristo está nos céus à
direita de Deus (Mc 16:19; At 7:55-56; Rm 8:34; Col. 3:1; Heb. 1:3, 12:2).
O exercício da autoridade universal: Cristo
recebeu autoridade plena da parte de Deus, que usou não só para criar o
universo, mas também para mantê-lo sob sujeição (Mt. 28:18; Cl 1:16-17; Ef
1:20-21).
Cristo é o cabeça da Igreja, que é o seu corpo,
a qual reúne os crentes de todas as épocas e de todos os lugares (Ef 1:22-23;
Col. 1:18). A Igreja dá continuidade ao ministério de Cristo na terra (Mt
28:18-20; 2 Cor. 5:20; Jo 14:12).
Cristo intercede junto a Deus por aqueles que
são seus (Jo 17:9, 20; Rm 8:34; Hb 7:25).
Cristo é nosso Advogado (parakletos) junto a
Deus, cuja expiação teve eficácia eterna (I Jo 2:1; Jo 14:16,26; Ap 12:10; Jó
1:6-12).
. A segunda vinda de Cristo e a implantação de
seu reinado eterno
Embora haja diferenças entre os teólogos mais
ortodoxos quanto à natureza e seqüência dos eventos futuros, é ponto de
aceitação geral que Cristo um dia retornará à terra (Atos 1:10-11) e que este
dia marcará a intervenção final de Deus na história humana (Mt 24:3; 2 Pe
3:1-13).
No VT, a segunda vinda de Cristo é muitas vezes
anunciada implicitamente no contexto da restauração final da nação de Israel,
através do uso das expressões “dia do Senhor”, “naquele dia” ou “nos últimos
dias” (Am 5:18; Jl 1:15, 3:18; Sf 3:11; Zc 14:9; Is 2:2-4, Os 3:5; Ml 3:1-2).
No NT, a encarnação ou primeira vinda de Cristo
é vista como o cumprimento da esperança do AT e a sua segunda vinda como a
consumação dessa esperança. O cumprimento e a consumação são duas partes de uma
única obra redentora, com implicações passadas, presentes e futuras. As
referências neo-testamentárias à segunda vinda de Cristo usam expressões
correlatas às do VT: “dia do Senhor, dia do Senhor Jesus, dia de Cristo, aquele
dia, último dia, etc (Mt 24:36; Jo 12:48; I Co 1:7-8; Fp 1-6, 2:16; I Tes. 5:2;
Ts. 1:10; 2 Tm. 1:18; II Pe 3:10).
Circunstâncias da segunda vinda de Cristo:
a) será precedida de sinais (Mt 24:3-14, 32-33).
b) será visível e inconfundível (Mt 24:30; Apoc.
1:7).
c) será repentina e inesperada (Mt 24:27, 36-44,
25:13; Luc. 21:34; I Tes. 5:1-3).
d) ocorrerá mesmo contra a expectativa dos
incrédulos (Tg 5:8; 2 Pe 3:4-10; Ap 22:20).
Finalidades da segunda vinda de Cristo:
a) manifestar sua glória e poder (2 Ts. 1:7; Tt
2:13; I Pe 4:13).
b) destruir o anticristo e a maldade (II Tes.
2:7-8).
c) ressuscitar os mortos (I Cor. 15:20-23; I
Tes. 4:16-17).
d) transformar os crentes ainda vivos (I Cor.
15:51-52; Fil. 3:20-21; I João 3:2).
e) reunir os redimidos (Mt 24:30-31; II Tes.
2:1).
f) estabelecer o seu reino na terra (Ap 20:1-7,
Isaías 11:1-10).
g) separar os justos dos injustos (Mateus
26:31-46).
h) distribuir o galardão aos santos, de acordo
com pensamentos e obras (2 Cor. 5:10; I Co 3:12-15; I Co 4:5).
i) julgar os incrédulos (Ap 20:11-15).
j) destruir a atual ordem das coisas e
estabelecer novos céus e nova terra (2 Pedro 3:7, 10-13; Ap 21-22).
Significados presentes da segunda vinda de
Cristo:
a) exortação à vigilância (Mt. 24:42-44; I Tes.
5:4-6).
b) exortação à santidade (2 Pe 3:11-12; I João
3:2-3)
c) guardar-se do engano (2 Tes. 2:1-3).
d) o atraso na sua vinda é apenas aparente,
revelando paciência e bondade (2 Pd 3: 9).
IX. SUA ASCENÇÃO
1. COMO PROFETIZADA.
Sl 68:18.
2. COMO ENSINADA POR JESUS MESMO. Jo 6:62.
3. COMO RECORDADA PELO ESCRITOR EVANGÉLICO. Mc
16:19.
4. COMO RECORDADA PELO HISTORIADOR INSPIRADO. At
1:9.
5. COMO DECLARADA PELOS APÓSTOLOS. At 3:21; Ef
1:20; 4:8; 1 Tm 3:16; Hb 4:14; 9:24.
6. COMO PROVADA POR SUA PRESENÇA À DESTRA DO
PAI. At 7:56.
X. OS SEUS OFÍCIOS
1. PROFETAS. Det 18:15,18; Mt 21:11; Lc 24:19;
Jo 6:14.
2. SACERDOTE Hb 3:1; 5:6; 6:20; 7:11,15-17,
20-28; 8:1,2,6.
3. REI Nm 24:17; Salmos 72:8,11; Isaías 9:6,7;
32:1; Jr 30:9; Ezequiel 37:24-25; Dn 7:13,14; Os 3:5; Mq 5:2; Zc 9:9; Mt 2:2,6;
19:28; 21:5; 28:18; Lucas 1:33; 19:27; 22:29,30; Jo 1:49; 12:13,15; 12:19.
Como profeta, Cristo ensinou a vontade de Deus.
Como sacerdote, Ele ofereceu o Seu próprio sangue no templo celestial (Hb
9:11-14) e intercede pelos crentes (Hb 7:25). Como Rei, Ele possuiu todo poder
(Mt 28:18) e rege agora um reino invisível e espiritual (Jo 18:36,37), e mais
tarde regerá visivelmente a terra (Sl 66:4; 72:16-19; Is 2:2; Dn
7:13,14,18,22,27; Hb 10:13; Ap 15:4).
Meus amados irmãos foi um prazer muito grande o
de poder compartilhar com os irmãos mais este estudo bíblico.
Falar de Jesus e sobre Ele é sempre motivo de
grande satisfação, pois foi Ele quem, morreu na cruz do calvário para nos
redimir da condenação do pecado.
Que cada um de nós possamos valorizar esse
tamanho sofrimento; e é claro que de alguma forma precisamos carregar em nossos
ombros resto de suas aflições.
Já existem algumas denominações antinomianistas
que apregoam que já não resta mais sacrifício pelos pecados e que uma vez
salvo, salvo para sempre; no entanto em Fp 3.8 O apóstolo Paulo reconheceu que
ainda não havia alcançado a perfeição, mas prosseguia para alcançá-la.
Se desejamos entrar nos céus devemos seguir as
pisadas do nosso Mestre Jesus pois Ele não precisava passar nada daquilo, mas
se submeteu a tal vitupério.
Que Ele mesmo nos dê bastante força e graça para
estar em pé diante do filho do homem que certamente virá nas nuvens dos céus
para arrebatar a sua Igreja do qual devamos fazer parte ajudados pela força do
seu poder.
Que a paz de Deus que
excede a todo o entendimento possa guardar os nossos sentimentos e desejos até
que Ele venha, amém!
TEOLOGIA
A DOUTRINA DE DEUS
O vocábulo teologia vem de duas palavras gregas,
theós e lógos, que significam Deus e estudo, respectivamente (ou seja, estudo
de Deus). O termo indica o estudo das coisas relativas a Deus, fazendo-nos
refletir sobre a natureza divina e suas obras, e até mesmo sobre o seu (de
Deus) relacionamento com a criação.
O campo teológico é muito amplo e precisamos
demarcar algumas áreas fundamentais para um estudo sério e legítimo. Para isso,
usamos a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, como fonte única e fundamental ara
conhecermos a Deus. Algumas perguntas devem ser formuladas, mas devemos ter o
cuidado de não limitarmos Deus aos padrões referenciais que conhecemos.
Portanto, o que precisamos saber sobre Deus nos é revelado em sua própria
Palavra. Devemos, primeiramente, estudar sua natureza, depois, sim, seu
relacionamento com sua criação.
I. DEFINIÇÕES DE DEUS:
Deus é eterno e infinito. Essas são as duas
constantes em todas as principais definições sobre Deus escritas pela
humanidade. Esse é o problema para definirmos Deus.
Ser eterno não quer dizer que é muito velho, que
resiste ao tempo, mas algo que transcende o tempo. O mesmo para infinito, não é
algo muito grande, mas ausência de espaço. São dois conceitos de difícil
compreensão, pois nossa mente processa estímulos baseados no tempo e no espaço,
essa é a nossa realidade. Estamos condicionados ao tempo e ao espaço, é quase
impossível compreendermos algo que esteja acima do tempo e do espaço.
Apesar de não acreditar que conseguiremos
compreender fielmente a essência de Deus, pois estamos condicionados ao tempo e
ao espaço, acredito que podemos nos aproximar muito.
Assim a essência de Deus é: atemporal,
universal, irrefutável e incondicional. Seu conceito se mantém válido ontem,
hoje e amanhã. Tem valor tanto aqui, como no outro lado do mundo. Agir
fundamentado por esse conceito não exige explicações, é justificável. Perceba
que quando fazemos algo que reprovamos precisamos de diversas explicações para
tentar justificar, nos eximir das culpas. É incondicional, pois é um princípio,
um conceito que origina outros conceitos.
De todos os conceitos existentes o que melhor se
encaixa nessas definições é o Ágape, amor incondicional.
D) Definições Bíblicas:
As expressões "Deus é Espírito" (Jo
4.24) "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito
e verdade"
e "Deus é Luz” (I Jo 1.5), são expressões
da natureza essencial de Deus, enquanto que a expressão "Deus é amor"
(I Jo 4.7) é expressão de Sua personalidade. (I Tm. 6.16)
Deus é a Palavra! ( Jo 1.1)
"No princípio, era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus"
Deus é amor! (1 Jo 4.8)
"Aquele que não ama não conhece a Deus,
porque Deus é caridade"
II. ESSÊNCIA OU NATUREZA DE DEUS:
Quando falamos em essência de Deus, queremos
significar tudo o que é essencial ao Seu Ser como Deus, isto é, substância e
atributos.
A) Substância de Deus:
1) Há duas substâncias: matéria e espírito.
2) Deus é uma substância simples:
B) Atributos de Deus:
Sua substância é Espírito e Seus atributos são
as qualidades ou propriedades dessa substância. Atributos é a manifestação do
Ser de Deus.
III. CLASSIFICAÇÃO DOS ATRIBUTOS:
A) Naturais e Morais:
Também chamados de "intransitivos e
transitivos", "incomunicáveis e comunicáveis", "absolutos e
relativos", "negativos e positivos" ou "imanentes e
emanentes".
B) Atributos Naturais:
1) Vida: Deus tem vida; Ele ouve, vê, sente e
age, portanto é um Ser vivo (Jo.10.10; Sl.94.9,l0; 2 Cr.16.9; At.14.15; I
Ts.1.9). Quando a Bíblia fala do olho, do ouvido, da mão de Deus, fala
metaforicamente. A isto se dá o nome de antropomorfismo. Deus é a vida (Jo.5.26;
14.26) e o princípio de vida (At.17.25,28).
2) Espiritualidade: Deus, sendo Espírito, é
incorpóreo, invisível, sem substância material, sem partes ou paixões físicas
e, portanto, é livre de todas as limitações temporais (Jo.4.24; Dt.4.15-19,23;
Hb.12.9; Is.40.25; Lc.24.39; Cl1.15; I Tm1.17; 2Co.3.17)
3) Personalidade: Existência dotada de
auto-consciência e auto-determinação (Ex.3.14; Is.46.11).
a) Volição ou vontade = querer (Is.46.10;
Ap.4.11).
b) Razão ou intelecto = pensar (Is.14.24;
Sl.92.5; Is.55.8).
c) Emoção ou sensibilidade = sentir (Gn.6.6,
1Rs.11.9, Dt.6.15; Pv.6.16; Tg.4.5)
4) Tri-Unidade:
a) Unidade de Ser: Há no Ser divino apenas uma
essência indivisível. Deus é um em sua natureza constitucional. A palavra
hebraica que significa um no sentido absoluto é yacheed(Gn.22:2), isto é, uma
unidade numérica simples. Essa palavra é empregada para expressar a unidade da
divindade. A unidade da divindade é ensinada nas palavras de Jesus: Eu e o Pai
somos um. (Jo. 10.30). Jesus está falando da unidade da essência e de unidade
de propósito. (Jo.17.11,21-23, I Jo.5.7)
b) Há três manifestações ou ofícios no Ser
divino: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A palavra hebraica que significa um
no sentido de único é echad que se refere a uma unidade composta em
manifestações e atributos de um único Deus. Esta palavra é empregada para
expressar a unidade da divindade. Esta palavra é usada em Dt.6.4; Gn.2:24 e
Zc.14:9 (Veja também Dt.4:35;32:39; ICr.29:1; Is.43:10;44:6;45:5; IRs.8:60;
Mc.10:9;12:29; ICo.8:5,6; ITm.2:5; Tg.2:19; Jo.17:3; Gl.3:20; Ef.4:6).
c) Elohim: Este nome está no plural e não
concorda com o verbo no singular quando designativo de Deus (Gn.1:26;3:22;
11:6,7;20:13;48:15; Is.6:8). No Antigo testamento o nome de Deus é designado
por vários nomes entre estes pode-se destacar: • El, Elohim e Elyon, o nome ‘El
possivelmente é derivado de ‘ul e tem sentido de primeiro ou Senhor, Elohim
(sing. Eloah) forma pluralística de Deus, tem sentido de plenitude de poder o
Deus da criação, Elohim, é plural. Os hebreus pluralizavam os nomes para
expressar grandeza ou majestade". A
própria Bíblia revela que a única maneira para se compreender a forma plural de
Elohim é entender que ela expressa a majestade de Deus e não uma pluralidade na
divindade.
Elyon é
derivado de ‘alah e tem sentido de elevado, designando Deus como exaltado. •
‘Adonai (derv. de dun (din) ou ‘adan) e tem sentido de Senhor, de julgar, de
governar, revelando Deus como governante Todo-Poderoso. • Shaddai e ‘El-Shaddai
(derv. de shadad) significando ser poderoso e indica que Deus tem todo poder no
céu e na terra. Yahweh e Yahweh
Tsebhaoth- a forma como Deus se revelou neste nome superou as demais formas de
revelação, em Yahweh Ele se revela como Deus de graça, este nome é tido como o
mais sagrado entre os judeus devido a Levítico 24;16 “ Aquele que mencionar o
nome de Yahweh será morto”, por esta razão substituíram-no nas Escrituras por
‘Adonai ou por ‘Elohim, com o tempo perdeu até a pronúncia correta do nome
Yahweh por não ser pronunciado entre os judeus devido a essas substituição dos
massoretas nas Escrituras. O acréscimo de Tsebhaoth em Yahweh divide opiniões,
mas três opiniões destacam-se para definir a junção destes nomes: os exércitos
de Israel, as estrelas, os anjos.
No Novo Testamento três nomes mais utilizados
são Theos (Deus de todos), Kurios (Poderoso, Senhor) e Pater (Pai).
d) Não há distinção de Pessoas na Divindade:
Deus é um (Único) e se apresenta em manifestações e ofícios diferentes, Pai,
Filho e Espírito Santo são ofícios ou manifestações do único Deus. Algumas passagens
mostram a divina se referindo à outra (Gn.19:24; Os.1:7; Zc.3:1,2; IITm.1:18;
Sl.110:1; Hb.1:9).
5) Auto-Existência: Jerônimo disse: Deus é a
origem de Si mesmo e a causa de Sua própria substância. Jerônimo estava errado,
pois Deus não tem causa de existência, pois não criou a Si mesmo e não foi
causado por outra coisa ou por Si mesmo; Ele nunca teve início. Ele é o Eterno
EU SOU (Ex.3:14), portanto Deus é absolutamente independente de tudo fora de Si
mesmo para a continuidade e perpetuidade de Seu Ser. Deus é a razão de sua
própria existência (Jo.5:26; At.17:24-28; ITm.6:15,16).
6) Infinidade ou Perfeição: É o atributo pelo
qual Deus é isento de toda e qualquer limitação em seu Ser e em seus atributos
(Jó.11:7-10; Mt.5:48). A infinidade de Deus se contrasta com o mundo finito em
sua relação tempo-espaço.
a) Eternidade: A infinidade de Deus em relação
ao tempo é denominada eternidade. Deus é Eterno (Sl.90:2; 102:12,24-27;
Sl.93:2; Ap.1:8; Dt.33:27; Hb.1:12). A eternidade de Deus não significa apenas
duração prolongada, para frente e para traz, mas sim que Deus transcende a
todas as limitações temporais (2Pe.3:8) existentes em sucessões de tempo. Deus
preenche o tempo. Nossa vida se divide em passado, presente e futuro. mas não
há essa divisão na vida de Deus. Ele é o Eterno EU SOU. Deus é elevado acima de
todos os limites temporais e de toda a sucessão de momentos, e tem a totalidade
de sua existência num único presente indivisível (Is.57:15).
b) Imensidão: A infinidade de Deus em relação ao
espaço é denominada imensidão ou imensidade. Deus é imenso (Grande ou
Majestoso; Jó.36:5,26; Jó.37:22,23; Jr.22:18; Sl.145:3). Imensidão é a
perfeição de Deus pela qual Ele transcende (ultrapassa) todas as limitações
espaciais e, contudo está presente em todos os pontos do espaço com todo o seu
Ser PESSOAL (não é panteísmo). A imensidão de Deus é intensiva e não extensiva,
isto é, não significa extensão ilimitada no espaço, como no panteísmo. A
imensidão de Deus é transcendente no espaço (intramundano ou imanente = dentro
do mundo - Sl.139:7-12; Jr.23:23,24) e fora do espaço (supramundano = acima do
mundo; extramundano = além do mundo; emanente = fora do mundo - IRs.8:27;
Is.57:15).
c) Onipresença: É quase sinônimo de imensidão: A
imensidade denota a transcendência no espaço enquanto que a onipresença denota
a imanência no espaço. Deus é imanente em todas as Suas criaturas e em toda a
criação. A imanência não deve ser confundida com o panteísmo (tudo é Deus) ou
com o deísmo que ensina que Deus está presente no mundo apenas com seu poder
(per portentiam) e não com a essência e natureza de ser Ser (per essentiam et
naturam) e que age sobre o mundo à distância. Deus ocupa o espaço
repletivamente porque preenche todo o espaço e não está ausente em nenhuma
parte dele, mas tampouco está mais presente numa parte que noutra
(Sl.139:11,12). Deus ocupa o espaço variavelmente porque Ele não habita na
terra do mesmo modo que habita no céu, nem nos animais como habita nos homens, nem
nos ímpios como habita nos piedosos, nem na igreja como habita em Cristo
(Is.66:1; At.17:27,28; Compare Ef.1:23 com Cl.2:9).
7) Imutabilidade: É o atributo pelo qual não
encontramos nenhuma mudança em Deus, em sua natureza, em seus atributos e em
seu conselho.
a) A "base" para a imutabilidade de
Deus: É Sua simplicidade, eternidade, auto-existência e perfeição. Simplicidade
porque sendo Deus uma substância simples, indivisível, sem mistura, não está
sujeito a variação (Tg.1:17). Eternidade porque Deus não está sujeito às
variações e circunstâncias do tempo, por isso Ele não muda (Sl.102:26,27;
Hb.1:12 e 13:8). Auto-existência porque uma vez que Deus não é causado, mas
existe em Si mesmo, então Ele tem que existir da forma como existe, portanto
sempre o mesmo (Ex.3:14). E perfeição porque toda mudança tem que ser para
melhor ou pior e sendo Deus absolutamente perfeito jamais poderá ser mais
sábio, mais santo, mais justo, mais misericordioso, e nem menos. Por isso Deus
é imutável como a rocha (Dt.32:4).
b) Imutabilidade não significa imobilidade:
Nosso Deus é um Deus de ação (Is.43:13).
c) Imutabilidade implica em não arrependimento:
Alguns versículos falam de Deus como se Ele se arrependesse (Ex.32:14, 2
Sm.24:16, Jr.18:8; Jl.2:13). Trata-se de antropomorfismo (Nm.23:19; Rm.11:29;
1Sm.15:29; Sl.110:4).
d) Imutabilidade de Deus em Sua natureza: Deus é
perfeito em sua natureza por isso não muda nem para melhor nem para pior
(Ml.3:6).
e) Imutabilidade de Deus em Seus atributos: Deus
é imutável em suas promessas (IRs.8:56; IICo.1:20); em sua misericórdia
(Sl.103:17; Is.54:10); em sua justiça (Ez.8:18); em seu amor (Gn.18:25,26).
f) Imutabilidade de Deus em Seu conselho: Deus
planejou os fatos conforme a sua vontade e decretou que este plano seja concretizado.
Nada poderá se opor à sua vontade. O próprio Deus jamais mudará de opinião, mas
fará conforme seu plano predeterminado (Is.46:9,10; Sl.33:11; Hb.6:17).
8) Onisciência: Atributo pelo qual Deus, de
maneira inteiramente única, conhece-se a Si próprio e a todas as coisas
possíveis e reais num só ato eterno e simples. O conhecimento de Deus tem suas
características:
a) É arquétipo: Deus conhece o universo como ele
existe em Sua própria idéia anterior à sua existência como realidade finita no
tempo e no espaço; e este conhecimento não é obtido de fora, como o nosso
(Rm.11:33,34).
b) É inato e imediato: Não resulta de observação
ou de processo de raciocínio (Jó.37:16)
c) É simultâneo: Não é sucessivo, pois Deus
conhece as coisas de uma vez em sua totalidade, e não de forma fragmentada uma
após outra (Is.40:28).
d) É completo: Deus não conhece apenas
parcialmente, mas plenamente consciente (Sl.147:5).
e) Conhecimento necessário: Conhecimento que
Deus tem de Si mesmo e de todas as coisas possíveis, um conhecimento que
repousa na consciência de sua onipotência. É chamado necessário porque não é
determinado por uma ação da vontade divina. (Por exemplo: O conhecimento do mal
é um conhecimento necessário porque não é da vontade de Deus que o mal lhe seja
conhecido (Hc.1:13) Deus não pode nem quer ver o mal, mas o conhece, não por
experiência, que envolve uma ação de Sua vontade, mas sim por simples
inteligência, por ser ato do intelecto divino (veja IICo.5:21 onde o termo
grego ginosko é usado).
f) Conhecimento livre: É aquele que Deus tem de
todas as coisas reais, isto é, das coisas que existiram no passado, que existem
no presente e existirão no futuro. É também chamado visionis, isto é,
conhecimento de vista.
g) Presciência: Significa conhecimento prévio;
conhecimento de antemão. Como Deus pode conhecer previamente as ações livres
dos homens? Deus decretou todas as coisas, e as decretou com suas causas e
condições na exata ordem em que ocorrem, portanto sua presciência de coisas
contingentes (ISm.23:12; IIRs.13:19; Jr.38:17-20; Ez.3:6 e Mt.11:21) apóia em
seu decreto. Deus não originou o mal, mas o conheceu nas ações livres do homem
(conhecimento necessário), o decretou e preconheceu os homens. Portanto a ordem
é: conhecimento necessário, decreto, presciência. A presciência de Deus é muito
mais do que saber o que vai acontecer no futuro, e seu uso no N.T. é empregado
como na LXX que inclui Sua escolha efetiva (Nm.16:5; Jz.9:6; Am.3:2).
h) Sabedoria: A sabedoria de Deus é a Sua
inteligência como manifestada na adaptação de meios e fins. Deus sempre busca
os melhores fins e os melhores meios possíveis para a consecução dos seus
propósitos. H.B. Smith define a sabedoria de Deus como o Seu atributo através
do qual Ele produz os melhores resultados possíveis com os melhores meios
possíveis
9) Onipotência: É o atributo pelo qual
encontramos em Deus o poder ilimitado para fazer qualquer coisa que Ele queira.
a) El-Shaddai: A onipotência de Deus se expressa no nome hebraico El-Shaddai
traduzido por Todo-Poderoso (Gn.17:1; Ex.6:3; Jó.37:23 etc).
b) Em todas as coisas: A onipotência de Deus
abrange todas as coisas (ICr.29:12), o domínio sobre a natureza (Sl.107:25-29;
Na.1:5,6; Sl.33:6-9; Is.40:26; Mt.8:27; Jr.32:17; Rm.1:20), o domínio sobre a
experiência humana (Sl.91:1; Dn.4:19-37; Ex.7:1-5; Tg.4:12-15; Pv.21:1;
Jó.9:12; Mt.19:26; Lc.1:37), o domínio sobre as regiões celestiais (Dn.4:35;
Hb.1:13,14; Jó.1:12; Jó 2:6).
c) Na criação, na providência e na redenção:
Deus manifestou o seu poder na criação (Rm.4:17; Is.44:24), nas obras da
providência (ICr.29:11,12) e na redenção (Rm.1:16; ICo.1:24).
10) Soberania ou Supremacia: Atributo pelo qual
Deus possui completa autoridade sobre todas as coisas criadas, determinando-lhe
o fim que desejar (Gn.14:19; Ne.9:6; Ex.18:11; Dt.10:14,17; ICr.29:11;
2Cr.20:6; Jr.27:5; At.17:24-26; Jd.4; Sl.22:28; 47:2,3,8; 50:10-12; 95:3-5;
135:5; 145:11-13; Ap.19:6).
a) Vontade ou Auto-determinação: A perfeição de
Deus pela qual Ele, num ato sumamente simples, dirige-se à Si mesmo como o Sumo
Bem (deleita-se em Si mesmo como tal) e às Suas criaturas por amor do Seu nome
(Is.48:9,11,14; Ez.20:9,14,22,44; Ez.36:21-23).
A vontade de Deus recebe variadas
classificações, pois à ela são aplicadas diferentes palavras hebraicas (chaphets,
tsebhu, ratson) e gregas (boule, thelema).
Vontade Preceptiva: Na qual Deus estabeleceu
preceitos morais para reger a vida de Suas criaturas racionais. Esta vontade
pode ser desobedecida com freqüência (At.13:22; IJo.2:17; Dt.8:20).
Vontade Decretória: Pela qual Deus projeta ou
decreta tudo o que virá a acontecer, quer pretenda realizá-lo causativamente,
quer permita que venha a ocorrer por meio da livre ação de suas criaturas
(At.2:23; Is.46:9-11). A vontade decretória é sempre obedecida.
A vontade decretória e a vontade preceptiva
relacionam-se ao propósito em realizar algo.
Vontade de Eudokia: Na qual Deus deleita-se com
prazer em realizar um fato e com desejo de ver alguma coisa feita. Esta
vontade, embora não se relacione com o propósito de fazer algo, mas sim com o
prazer de fazer algo, contudo corresponde àquilo que será realizado com
certeza, tal como acontece com a vontade decretória (Sl.115:3; Is.44:28;
Is.55:11).
Vontade de Eurestia: Na qual Deus deleita-se com
prazer ao vê-la cumprida por Suas criaturas. Esta vontade abrange aquilo que a
Deus apraz que Suas criaturas façam, mas que pode ser desobedecido, tal como
acontece com a vontade preceptiva (Is.65:12).
A vontade de eudokia não se refere somente ao
bem, e nela não está sempre presente o elemento de deleite (Mt.11:26). A
vontade de eudokia e a vontade de eurestia relacionam-se ao prazer em realizar
algo.
Vontade de Beneplacitum: Também chamada Vontade
Secreta. Abrange todo o conselho secreto e oculto de Deus. Quando esta vontade
nos é revelada, ela torna-se na Vontade do Signum ou Vontade Revelada.
A distinção entre a vontade de beneplacitum e a
vontade de signum encontra-se em Deuteronomio.29:29.
A vontade secreta é mencionada em Sl.115:3;
Dn.4:17,25,32,35; Rm.9:18,19; Rm.11:33,34; Ef.1:5,9,11, enquanto que a vontade
revelada é mencionada em Mt.7:21; Mt.12:50; Jo.4:34; Jo.7:17; Rm.12:2). Esta
vontade está mui perto de nós (Dt.30:14; Rm.10:8).
A vontade secreta de Deus pertence a todas as
coisas que Ele quer efetuar ou permitir, tal como acontece na vontade
decretória, sendo portanto, absolutamente fixa e irrevogável.
b) Liberdade: A perfeição de Deus no exercício
de Sua vontade. Deus age necessária e livremente. Assim como há conhecimento
necessário e conhecimento livre, há também uma voluntas necessária = vontade
necessária e uma voluntas libera = vontade livre. Na vontade necessária Deus
não está sob nenhuma compulsão, mas age de acordo com a lei do Seu Ser, pois
Ele necessariamente quer a Si próprio e quer a Sua natureza santa. Deus
necessariamente se ama a Si próprio e Suas perfeições.
C) Atributos Morais:
1) Santidade: É a perfeição de Deus, em virtude
da qual Ele eternamente quer manter e mantém a Sua excelência moral, aborrece o
pecado, e exige pureza moral em suas criaturas. Ser Santo vem do hebraico
qadash que significa cortar ou separar. Neste sentido também o Novo testamento
utiliza as palavras gregas hagiazo ehagios.
A santidade de Deus possui dois diferentes
aspectos, podendo ser positiva ou negativa (Hb.1:9;Am.5:15; Rm.12:9).
a) Santidade Positiva: Expressa excelência moral
de Deus na qual Ele é absolutamente perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e
Seu caráter (IJo.1:5; Is.57:15; IPe.1:15,16; Hc.1:13). A santidade positiva é
amor ao bem.
b) Santidade Negativa: Significa que Deus é
inteiramente separado de tudo quanto é mal e de tudo quanto o aborrece
(Lv.11:43-45; Dt.23:14; Jó.34:10; Pv.15:9,26; Is.59:1,2; Lc.20:26; Hc. 1:13;
Pv.6:16-19; Dt.25:16; Sl.5:4-6). A santidade negativa é ódio ao mal.
Além de possuir dois aspectos a santidade de
Deus possui também duas maneiras diferentes de manifestar-se:
c) Retidão: Também chamada justiça absoluta, é a
retidão da natureza divina, em virtude da qual Ele é infinitamente Reto em Si
mesmo (santidade legislativa). Sl.145:17; Jr.12:1; Jo.17:25; Sl.116:5; Ed.9:15.
d) Justiça: Também chamada justiça relativa, é a
execução da retidão ou a expressão da justiça absoluta (santidade judicial).
Strong a chama de santidade transitiva. A retidão é a fonte da Santidade de
Deus, a justiça é a demonstração de Sua santidade.
e) Ira: Esta deve ser considerada como um
aspecto negativo da santidade de Deus, pois em Sua ira Deus aborrece o pecado e
odeia tudo quanto contraria Sua santidade (Dt.32:39-41; Rm.11:22; Sl.95:11; Dt.1:34-37;
Sl.95:11). Podemos, então, dizer que a ira é a manifestação da santidade
negativa de Deus (Rm.1:18; IITs.1:5-10; Rm.5:9 etc). A ira é também designada
de severidade (Rm.11:22).
2) Bondade: É uma concepção genérica incluindo
diversas variedades que se distinguem de acordo com os seus objetos. Bondade é
perfeição absoluta e felicidade perfeita em Si mesmo (Mc.10:18; Lc.18:18,19;
Sl.33:5; Sl.119:68; Sl.107:8; Na.1:7). A bondade implica na disposição de
transmitir felicidade.
a) Benevolência: É a bondade de Deus para com
Suas criaturas em geral. E‘ a perfeição de Deus que O leva a tratar benévola e
generosamente todas as Suas criaturas (Sl.145:9,15,16; Sl.36:6;104:21;
Mt.5:45;6:26; Lc.6:35; At.14:17). Thiessen define benevolência como a afeição que
Deus sente e manifesta para com Suas criaturas sensíveis e racionais. Ela
resulta do fato de que a criatura é obra Sua; Ele não pode odiar qualquer coisa
que tenha feito (Jó.14:15) mas apenas àquilo que foi acrescentado à Sua obra,
que é o pecado (Ec.7:29).
b) Beneficência: Enquanto que a benevolência é a
bondade de Deus considerada em sua intenção ou disposição, a beneficência é a
bondade em ação, quando seus atributos são conferidos.
c) Complacência: É a aprovação às boas ações ou
disposições. É aquilo em Deus que aprova todas as Suas próprias perfeições como
também aquilo que se conforma com Ele (Sl.35:27; Sl.51:6; Is.42:1; Mt.3:17;
Hb.13:16).
d) Longanimidade ou Paciência: O hebraico
emprega a palavra erek‘aph que significa grande de rosto e daí também lento
para a ira. O grego emprega makrothymia que significa ira longe. Portanto
longanimidade é o aspecto da bondade de Deus em virtude do qual Ele tolera os
pecadores, a despeito de sua prolongada desobediência. A longanimidade
revela-se no adiamento do merecido julgamento (Ex.34:6; Sl.86:15; Rm.2:4;
Rm.9:22; IPe.3:20; IIPe.3:15)
e) Misericórdia: Também expressa pelos sinônimos
compaixão, compassividade, piedade, benignidade, clemência e generosidade. No
hebraico usa-se as palavras chesed e racham e no grego eleos. É a bondade de
Deus demonstrada para com os que se acham na miséria ou na desgraça,
independentemente dos seus méritos (Dt.5:10; Sl.57:10; Sl.86:5; ICr.16:34;
IICr.7:6; Sl.116:5; Sl.136; Ed.3:11; Sl.145:9; Ez.18:23,32; Ex.33:11; Lc.6:35;
Sl.143:12; Jó 6:14).
f) Graça: É a bondade de Deus exercida em prol
da pessoa indigna. Portanto graça é o ato divino de conceder ao pecador toda a
bondade de Deus a qual ele não merece receber (Ex.33:19).
Na misericórdia Deus suspende o sofrimento merecido,
na graça Deus concede bênçãos não merecidas. Todo pecador merece ir para o
inferno; assim Deus exerce Sua misericórdia livrando o pecador da condenação.
Nenhum pecador merece ir para o paraíso; assim Deus exerce a Sua graça doando
ao pecador o privilégio de ir gratuitamente para o paraíso.
g) Amor: A perfeição da natureza divina pela
qual Ele é continuamente impelido a se comunicar. É, entretanto, não apenas um
impulso emocional, mas uma afeição racional e voluntária, sendo fundamentada na
verdade e santidade e no exercício da livre escolha. Este amor encontra seus
objetos primários nas diversas Pessoas da Trindade. Assim, o universo e o homem
são desnecessários para o exercício do amor de Deus. Amor é, portanto, a
perfeição de Deus pela qual Ele é movido eternamente à Sua própria comunicação.
Ele ama a Si mesmo, Suas virtudes, Sua obra e Seus dons.
3) Verdade: É a consonância daquilo que é
asseverado com o que pensa a Pessoa que fez a asseveração. Neste sentido a
verdade é um atributo exclusivamente divino, pois com freqüência os homens
erram nos testemunhos que prestam, simplesmente por estarem equivocados a
respeito dos fatos, ou então por pura incapacidade fracassam em promessas que
fizeram com honestas intenções. Mas a onisciência de Deus impede que Ele chegue
a cometer qualquer equívoco, e a Sua onipotência e imutabilidade asseguram o
cumprimento de Suas intenções (Dt.32:4; Sl.119:142; Jo.8:26; Rm.3:4; Tt.1:2;
Nm.23:19; Hb.6:18; Ap.3:7; Jo.17:3; IJo.5:20; Jr.10:10; Jo.3:33; ITs.1:9;
Ap.6:10; Sl.31:5; Jr.5:3; Is.25:1). Ao exercê-la para com a criatura, a verdade
de Deus é conhecida como sua veracidade e fidelidade.
a) Veracidade: Consiste nas declarações que Deus
faz a respeito das coisas, conforme elas são, e se relaciona com o que Ele
revelou sobre Si mesmo. A veracidade fundamenta-se na onisciência de Deus.
b) Fidelidade: Consiste no exato cumprimento de
Suas promessas ou ameaças. A fidelidade fundamenta-se na Sua onipotência e
imutabilidade (Dt.7:9; Sl.36:5; ICo.1:9; Hb.10:23; Dt.4:24; IITm.2:13; Sl.89:8;
Lm.3:23; Sl.119:138; Sl.119:75; Sl.89:32,33; ITs.5:24; IPe.4:19; Hb.10:23).
OS NOMES DE DEUS
Alguns dos nomes de Deus dizem respeito a Ele
como sujeito: Jeová, Senhor, Deus; outros são atribuídos como predicados que
falam dEle ou a Ele, como: Santo, justo, bom, etc. Alguns nomes expressam a
relação entre Deus e as criaturas: Criador, Sustentador, Governador, etc.
Alguns nomes são comuns às três pessoas, como; Jeová, Deus, Pai, Espírito. E
outros são nomes próprios usados para expressarem Sua obra e Seu caráter.
O nome de Deus é o que Ele é: representação do
Seu caráter. Mas o Criador é tão grande que nome algum jamais será adequado à
Sua grandeza. Se o céu dos céus não O pode conter, como pode um nome descrever
o Criador? Portanto, a Bíblia contém vários nomes de Deus que O revelam em
diferentes aspectos de Sua maravilhosa personalidade.
ELOÌM
Este é o primeiro nome de Deus encontrado nas
Escrituras (Gênesis 1:1), e aqui o nome encontra-se em sua forma plural, mas o
verbo continua no singular, indicando a pluralidade de grandeza ou majestade
não de pessoas no seu Ser. Este nome denota a grandeza e o poder de Deus. Este
nome encontra-se somente no relato da criação (Gênesis 1:1-2:4); é o Seu nome
de criação. Eloím é sempre traduzido no português, como Deus em nossa Bíblia. No
Antigo testamento o nome de Deus é designado por vários nomes entre estes
pode-se destacar: • El, Elohim e Elyon, o nome ‘El possivelmente é derivado de
‘ul e tem sentido de primeiro ou Senhor, Elohim (sing. Eloah) forma
pluralística de Deus, tem sentido de plenitude de poder o Deus da criação,
Elohim, é plural. Os hebreus pluralizavam os nomes para expressar grandeza ou
majestade". A própria Bíblia revela
que a única maneira para se compreender a forma plural de Elohim é entender que
ela expressa a majestade de Deus e não uma pluralidade na divindade.
Elyon é
derivado de ‘alah e tem sentido de elevado, designando Deus como exaltado. ‘Adonai (derv. de dun (din) ou ‘adan) e tem
sentido de Senhor, de julgar, de governar, revelando Deus como governante Todo-Poderoso.
Shaddai e ‘El-Shaddai (derv. de shadad)
significando ser poderoso e indica que Deus tem todo poder no céu e na terra.
Yahweh e Yahweh Tsebhaoth- a forma como Deus se
revelou neste nome superou as demais formas de revelação, em Yahweh Ele se
revela como Deus de graça, este nome é tido como o mais sagrado entre os judeus
devido a Levítico 24;16 “ Aquele que mencionar o nome de Yahweh será morto”,
por esta razão substituíram-no nas Escrituras por ‘Adonai ou por ‘Elohim, com o
tempo perdeu até a pronúncia correta do nome Yahweh por não ser pronunciado
entre os judeus devido a essas substituição dos massoretas nas Escrituras. O
acréscimo de Tsebhaoth em Yahweh divide opiniões, mas três opiniões destacam-se
para definir a junção destes nomes: os exércitos de Israel, as estrelas, os
anjos.
No Novo Testamento três nomes mais utilizados
são Theos (Deus de todos), Kurios (Poderoso, Senhor) e Pater (Pai). De acordo
com a opinião mais ponderada entre os estudiosos, esta palavra é derivada duma
raiz na língua árabe que significa "adorar". Esta opinião é
fortalecida quando observamos que a mesma palavra é usada inapropriadamente
para anjos, dos homens, e falsas divindades. No Salmo 8:5 a palavra anjos é
eloím no texto original, e vemos que certas vezes os anjos são impropriamente
louvados. No Salmo 82:1,6 eloím é traduzido deuses, e é usado para homens. Em
Jeremias 10:10-12 temos o verdadeiro Deus (eloím) contrastado com os
"deuses" (eloím) que não fizeram os céus nem a terra, implicando
assim que ninguém, não ser Deus, é objeto próprio de adoração.
EL-SHADAI
Este nome composto é traduzido "Deus o Todo
poderoso" (El é Deus e Shadai é Todo poderoso). O título El é Deus no
singular, e significa forte ou poderoso. El é traduzido 250 vezes no Velho
Testamento como Deus. Este título é geralmente associado com algum atributo ou
perfeição de Deus, como; Deus Todo poderoso (Gênesis 17:3); Deus Eterno
(Gênesis. 21:33); Deus zeloso (Êxodo 20:5); Deus vivo (Josué 3:10).
As leis da natureza não podiam produzir um
Isaque, mas isto não era problema para o Deus da natureza. Não importa, se
todas as coisas forem contra Deus; Ele é Todo-suficiente nele mesmo.
ADONAI
Este nome de Deus está no plural, denotando
assim a pluralidade das pessoas na Divindade. É traduzido como Senhor em nossa
Bíblia e denota uma relação de Senhor e escravo. Quando usado no possessivo,
indica a posse e autoridade de Deus. A escravidão é uma bênção quando Deus é o
Dono e Senhor. Nos dias de Abraão, a escravidão era uma relação entre homem e
homem e não era um mal implacável. O escravo comprado tinha a proteção e os
privilégios não gozados pelos empregados assalariados. O escravo comprado devia
ser circuncidado e tinha permissão de participar da Páscoa. Êx 12.44.
YAHWEH JEOVÁ
Este é o mais famoso dentre os nomes de Deus e é
predicado dele como um Ser necessário e auto-existente. O significado é: AQUELE
QUE SEMPRE FOI, SEMPRE É E SEMPRE SERÁ. Temos assim traduzido em Apocalipse
1:4: "Daquele que é, e que era, e que há de vir".
OS TÍTULOS DE JEOVÁ
JEOVÁ-HOSENU, "Jeová nosso criador".
Salmo 95:6.
JEOVÁ-JIRÉ, "Jeová proverá". Gênesis
22:14.
JEOVÁ-RAFÁ, "Jeová que te cura". Êxodo
15:26.
JEOVÁ-NISSI, "Jeová, minha bandeira".
Êxodo 17:15.
JEOVÁ-M?KADDÉS, "Jeová que te
santifica". Levítico 20:8.
JEOVÁ-ELOENU, "Jeová nosso Deus".
Salmo 99:5 e 8.
JEOVÁ-ELOEKA, "Jeová teu Deus". Êxodo
20:2,5,7.
JEOVÁ-ELOAI, "Jeová meu Deus".
Zacarias 14:5.
JEOVÁ-SHALOM, "Jeová envia paz".
Juízes 6:24.
JEOVÁ-TSEBAOTE, "Jeová das hostes". 1
Samuel 1:3.
JEOVÁ-ROÍ, "Jeová é meu pastor". Salmo
23:1.
JEOVÁ-HELEIÓN, "Jeová o altíssimo".
Salmo 7:17; 47:2.
JEOVÁ-TSIDKENU, "Jeová nossa justiça".
Jeremias 23:6.
JEOVÁ-SHAMÁ, "Jeová está lá". Ezequiel
48:35.
OS NOMES DE DEUS NO NOVO TESTAMENTO
1. TEOS. No Novo Testamento grego este é
geralmente o nome de Deus, e corresponde a Eloim no Velho Testamento hebraico.
É usado para todas as três pessoas da Trindade, mas especialmente para Deus, o
Pai.
2. PATER. Este nome corresponde ao Jeová do V.
T., e denota a relação que temos com Deus através de Cristo. É usado para Deus
duzentas e sessenta e cinco vezes e é sempre traduzido como Pai.
3. DÉSPOTES. (Déspota no português). Este título
denota Deus em Sua soberania absoluta, e é semelhante a Adonai do V. T.
Encontramos este nome apenas cinco vezes no N. T., Lucas 2:29; Atos 4:24; 2
Pedro 2:1; Judas 4; Apocalipse 6:10.
4. KÚRIOS. Este nome é encontrado centenas de
vezes e traduzido como; Senhor (referendo a Jesus), senhor (referendo ao
homem), Mestre (referendo a Jesus), mestre (referendo ao homem) e dono. Em
citações do hebraico usa-se muitas vezes em lugar de Jeová. É um título do
Senhor Jesus como mestre e dono.
5. CHRISTUS. Esta palavra significa o Ungido e é
traduzida Cristo. Deriva-se da palavra "chrio" que significa ungir. É
o nome oficial do Messias ou Salvador que era por muito tempo esperado. O N. T.
utiliza este nome exclusivamente referindo-se a Jesus de Nazaré.
Destes nomes todos do Ser Supremo, aprendemos
que Ele é o Ser eterno, imutável, auto-existente, auto-suficiente,
todo-suficiente e é o supremo objeto de temor, confiança, adoração e
obediência.
Muitas crentes e até obreiros não gostam de
Teologia, pois é exatamente o estudo acerca de Deus e seus atributos. Em Oséias
6.3 diz "Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor" O
conhecimento acerca do poder de Deus não é estático e sim de forma
progressista.
Nós nunca o conhecemos na sua plenitude assim
como ocorreu com Daniel, Jó, Abraão, Moisés e muitos outros em que a base de
seus conhecimentos foram paulatinamente sendo desenvolvido na medida em que
eles se aproximavam do Senhor.
Que cada um de nós possamos prosseguir em
conhecer a Ele nesta compensação de forma figurada através da sua Palavra; já
na eternidade o conheceremos plenamente (1Jo 3.1-2).
Deus têm nos abençoado.
HAMARTIOLOGIA
(A
DOUTRINA DO PECADO)
1) CONCEITOS HISTÓRICOS E TEORIAS SOBRE A ORIGEM
DO PECADO
São os mais diversos os conceitos que ao longo
da história surgiram acerca do pecado. Irineu, bispo de Lyon, na Ásia Menor
(130-208 d.C.), foi, talvez, o primeiro dos pais da Igreja Antiga, a assegurar
que o pecado no mundo se originou na transgressão voluntária do homem no Éden.
O conceito de Irineu logo tomou conta do pensamento e da teologia da Igreja,
especialmente como arma no combate ao gnosticismo, pois este ensinava que o mal
é inerente à matéria.
2) DO GNOSTICISMO A ORÍGENES
O gnosticismo ensinava que o contato da alma
humana com a matéria era que a tornava imediatamente pecadora. Esta teoria
naturalmente despojou o pecado do seu caráter voluntário como é apresentado na
Bíblia. Orígenes (185-254 d.C.) sustentou este mesmo ponto de vista por meio de
sua teoria chamada “preexistencismo”. Segundo ele, as almas dos homens pecaram
voluntariamente em existência prévia, e, portanto, todas entraram no mundo numa
condição pecaminosa. Este conceito de Orígenes sofreu forte oposição mesmo nos
seus dias.
3) OS PAIS DA IGREJA GREGA
Em geral os pais da Igreja Grega dos séculos III
e IV se mostraram inclinados a negar a relação direta entre o pecado de Adão e
seus descendentes. Em contraposição, os pais da Igreja Latina ensinaram com
bastante clareza que a presente condição pecaminosa do homem encontra sua
explicação na primeira transgressão de Adão no Éden.
4) DE AGOSTINHO À REFORMA
O ensino da Igreja do Ocidente quanto à origem
do pecado teve seu ponto mais elevado na pessoa de Agostinho. Ele insistiu no
ensino de que em Adão toda a humanidade se acha culpada e maculada. Já os
teólogos semipelagianos admitiam que a mancha do pecado, e não o pecado mesmo,
é que era causada pelo relacionamento humanidade – Adão. Durante a Idade Média,
o que se cria a respeito do assunto era uma mistura de agostinismo e
pelagianismo. Os Reformadores, particularmente, comungaram do ensino de Agostinho.
5) DO RACIONALISMO A KARL BARTH
Sob a influência do racionalismo e da teoria
evolucionista, a doutrina da queda do homem e de seus efeitos fatais sobre a
raça humana, foi descartando-se gradualmente. Começou a se difundir a idéia de
que, se realmente houve o que a Bíblia chama “queda” do homem, essa queda foi
para o alto. A idéia do pecado odioso, aos olhos santos de Deus, foi
substituída pelo mal, e este mal se aplicou de diferentes maneiras. Por
exemplo, Emanuel Kant o considerou como parte inseparável do que há de mais
profundo no ser humano, e que não se pode explicar. O evolucionismo chama esse
“mal” de oposição das baixas inclinações ao desenvolvimento gradual da
consciência moral. Karl Barth, teólogo suíço (1886-1968), fala da origem do pecado
como um mistério da predestinação.
Em suma: O que muitas correntes da teologia
racionalista erradamente ensinam é que Adão foi na verdade o primeiro pecador,
porém sua desobediência não pode ser considerada como causa do pecado no mundo.
O pecado do homem estaria relacionado alguma forma com a sua condição de
criatura. A história do Paraíso nada mais proporciona ao homem do que a simples
informação de que ele necessariamente não precisa ser pecador.
6) O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE A ORIGEM DO
PECADO
Na Bíblia, o mau moral que assola o mundo,
normalmente chamado pelos homens de fraqueza, equívoco, deslize, queda para o
alto, se define claramente como pecado, fracasso, erro, iniqüidade,
transgressão, contravenção e injustiça. A Bíblia apresenta o homem como
transgressor por natureza. Mas, como adquiriu o homem essa natureza pecaminosa?
O que a Bíblia nos diz acerca disso? Para termos respondidos estas indagações
são interessantes e indispensáveis considerar o seguinte:
a) Deus Não é o Autor do Pecado
Evidentemente Deus, na sua onisciência, já vira
a entrada do pecado no mundo, bem antes da criação do homem. Porém, deve-se ter
o cuidado para que ao se fazer esta interpretação, não fazer de Deus a causa ou
o autor do pecado. “Longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do
Todo-poderoso o cometer injustiça”.(Jó 34:10) Deus é santo e não há Nele
nenhuma injustiça. “Ninguém ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque
Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta”. Deus odeia o
pecado e como prova disto enviou a Jesus Cristo como provisão salvadora para o
homem. Assim sendo, as Escrituras rechaçam todas aquelas idéias deterministas,
segundo as quais Deus é autor e responsável pela entrada do pecado no mundo.
b) O Pecado Teve Origem no Mundo Angélico
Se quisermos conhecer a origem do pecado,
teremos de ir além da queda do homem, descrita no capítulo 3 de Gênesis, e por
a nossa atenção em algo que aconteceu no mundo dos anjos.
Deus criou os anjos dotados de perfeição, porém,
Lúcifer e legiões deles se rebelaram contra Deus, pelo que caíram em terrível
condenação. O tempo exato dessa queda não é dado a conhecer na Bíblia. Jesus
fala acerca do Diabo dizendo ser ele homicida desde o princípio. O apóstolo
João diz que o diabo desde o princípio. Pouco se diz a respeito do pecado que
ocasionou a queda dos anjos; porém, quando Paulo adverte a Timóteo no sentido
de que nenhum neófito seja designado bispo sobre a casa de Deus, diz o apóstolo
porque: “...para não suceder que se ensoberbeça e caia na condenação do Diabo”.
Daí se concluir que o pecado do Diabo foi a soberba e o desejo de sobrepujar a
Deus.
c) Origem do Pecado na Raça Humana
“Portanto, assim como por um só homem entrou no
pecado o mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram”. (Rm 5.12)
7) O CONCEITO DE PECADO NO ANTIGO E NOVO
TESTAMENTO
O Antigo Testamento descreve o pecado nas
seguintes esferas:
a) Na Esfera Moral - A palavra mais usada para o
pecado significa “errar o alvo”.
- Errar o alvo: Dá idéia de, como um arqueiro
que atira, mas erra, do mesmo modo, o pecador erra o alvo no final da vida. -
Tortuosidade ou perversidade: o contrário da retidão; errar o caminho, como um
viajante que sai do caminho certo. - Falta: ser achado em falta ao ser pesado
na balança de Deus. - Mal: “violência” ou “infração”
b) Na Esfera da Conduta Fraternal
A palavra usada para determinar o pecado nesta
esfera significa, violência ou conduta injuriosa (Gn 6.11; Ez. 7.23; Pv 16.29)
ao excluir a restrição da lei, o homem maltrata e oprime seus semelhantes.
c) Na Esfera da Santidade
As palavras empregadas
eram: “profano”, “imundo”, “contaminado” e
“transgressor”. Estes termos empregados nesta esfera implicam que o ofensor já
usufruiu a relação com Deus. Entendemos que os Israelitas como povo escolhido,
deveriam ser santos, pois pelas leis, em toda as atividades e esferas de suas
vidas, estavam reguladas pela Lei da Santidade. E que fosse contrário a isso se
tornava imundo, (Lv 11.24, 27, 31, 33, 39)
d) Na Esfera da Verdade
“Engano”, “Mentira”. As palavras que descrevem o
pecado nesta esfera dão ênfase ao inútil e fraudulento elemento do pecado. Os
pecadores falam e tratam falsamente (Salmos 58:3; Is 28.15; Êx 20.16; Sl
119.128).
O primeiro pecador foi um mentiroso (Jo 8.44); o
primeiro pecado começou com uma mentira (Gn 3.4); e todo o pecado contém o
elemento do engano (Hb 3.13).
e) Na Esfera da Sabedoria
Os homens se portam impiamente porque não pensam
ou não querem pensar corretamente; não dirigem suas vidas de acordo com a
vontade de Deus, seja por descuido ou por deliberada ignorância. O homem
precisa crescer na sabedoria para firmeza e fundamento moral, o que de palavras
de sabedoria, ensino, exortação, fora escrito para ele não esquecer; para não
ser facilmente conduzido ao pecado. (Mt 7.26; Pv 7.7; 9.4)
8) NO NOVO TESTAMENTO
Palavras que expressam o Pecado no Antigo e Novo
Testamento:
a) Errar o alvo i) Fermento
b) Tortuosidade j) Desordem
c) Perversidade k) Iniqüidade
d) Lepra l) Desobediência
e) Violência m) Queda
f) Profano n) Derrota
g) Imundo o) Impiedade
h) Transgressor p) Erro
. Errar o Alvo - que expressa a mesma idéia que
a conhecida palavra do Antigo Testamento.
. Dívida (Mt 6.12) - O homem deve a Deus a
guarda dos seus mandamentos; todo pecado cometido é contração de uma dívida.
Incapaz de pagá-la, a única Esperança do homem é ser perdoado, ou obter
remissão da dívida.
. Desordem - O pecado é iniqüidade (I Jo 3.4), o
homem escolheu a sua própria vontade, isto é rebeldia.
. Transgressão - literalmente “ir além do
limite” (Romanos 4:15). Os mandamentos de Deus são cercas, por assim dizer, que
impedem ao homem entrar em território perigoso e dessa maneira sofrer o
prejuízo para sua alma.
. Queda - Cair para um lado, (Ef 1.7). Pecar é
cair de um padrão de conduta.
. Derrota - é o significado literal da palavra
“queda” em Rm 11.12. Ao rejeitar a Cristo, a nação judaica sofreu uma derrota e
perdeu o propósito de Deus.
. Impiedade - de uma palavra, sem adoração ou
reverência, (Rm 1.18; 2 Tm 2.16). O homem ímpio é o que dá pouca ou nenhuma
importância a Deus e as coisas sagradas, pois não há temor ou reverência,
porque está sem Deus e não quer saber de Deus.
. Erro (Hb 9.7) - Descreve aqueles pecados
cometidos como fruto da ignorância, e dessa maneira diferenciam daqueles
pecados cometidos presunçosamente, apesar da luz esclarecedora. O homem que
desafiadoramente decide fazer o mal incorre em maior grau de culpa do que
aquele que apanhado em falta, a que foi levado por sua debilidade.
O pecado tanto no Antigo Testamento como no Novo
Testamento é considerado uma “brecha” ou “rompimento” de relações entre o
pecador e o Deus pessoal. É o desvio do pecado da vontade de Jeová, ou seja, a
quebra da lei, sendo que Jeová é a própria lei.
9) TEORIAS ACERCA DO PECADO
a) A Teoria Pelagiana do Pecado
O “Pelagianismo’’ (do latim: “pelagianismus”), é
a Doutrina fomentada por Pelágio, clérigo britânico do século IV. Entre outras
coisas, ele negava o livre-arbítrio e a influência da graça divina. É semelhante
ao “Determinismo”, que nega o livre-arbítrio e que o pecado é algo natural do
homem.
b) A Teoria Católica Romana do Pecado
Pecado Capital - expressão com que a Igreja
Católica romana designa diversos pecados: orgulho, ódio, inveja, impureza,
gula, preguiça e a avareza.
c) A Teoria Evolucionista do Pecado
Baseada e fundamentada na Teoria de Darwin, o
Evolucionismo considera o pecado como herança do animalismo primitivo do homem,
ou seja, na fase evolutiva do homem, erros e falhas são comuns, até que um dia
o homem chegará a ponto de perfeição.
d) O Ateísmo
Nega a Deus, nega também o pecado, porque
estritamente falando, todo pecado é contra Deus, e se não há Deus, não há
pecado.
e) O Determinismo
Essa teoria filosófica afirma ser o
livre-arbítrio uma ilusão, e não uma realidade. Uma conseqüência prática do
Determinismo é tratar o pecado como se fosse uma enfermidade por cuja causa o
pecador merece pena, compaixão ou misericórdia (dó), ao invés de ser castigado.
f) O Hedonismo
O Hedonismo (do grego: “hedoné” e do latim:
“hedonismus”; prazer), é a teoria que sustenta que o melhor ou mais proveitoso
que existe na vida é a conquista do prazer e a fuga a dor. Eles desculpam o
pecado com expressões como estas: “Errar é humano”; “o que é natural é belo e o
que é belo é direito”.
A consciência testifica inequivocadamente da
realidade do pecado. Todos sabem que são pecadores. Ninguém, que tenha idade de
responsabilidade, tem vivido livre do senso de culpa pessoal e contaminação
moral. O remorso da consciência, por causa do mal praticado, persegue a todos
os filhos e filhas de Adão, ao passo que as conseqüências entristecedoras e
terríveis do pecado são vistas através da deterioração e degeneração física,
mental e moral da raça.
( Rm 1.18-28)
A doutrina do pecado é apresentada na Carta aos
Romanos de modo muito realista e numa perspectiva de sua prática. O pensamento
moderno tenta salvar o homem pecador oferecendo-lhe educação, religião e
filosofia, visando com estes intentos moralistas tornar bom o homem mergu-lhado
na lama do pecado. Entretanto, a realidade do pecado é outra. O homem é pecador
e indesculpável diante de Deus. Nesta primeira parte do estudo da Carta aos
Roma¬nos, Paulo, sob a unção do Espírito Santo, como um médico capaz,
diagnostica o mal que condena o homem pecador, mas apresenta, também, o remédio
divino contra esse mal chamado pecado.
Para que tenhamos uma visão mais ampla sobre
esta doutrina precisamos conhecer a essência do pecado conforme a Bíblia a
apresenta. Existem palavras no Antigo e no Novo Testamento que mostram as
várias facetas do pecado. As línguas originais da Bíblia, o hebraico e o grego,
dão-nos vários significados acerca do pecado. Fundamentalmente, pecado no
hebraico é"chattath" e no grego é "hamartia" - palavras que
dão a idéia do pecado como "um mal moral", mas que, essencialmente,
significam antes "errar o alvo". Entende-se, então, que o homem foi
criado com um alvo específico, mas ao pecar, perdeu esse alvo.
Portanto, nesta carta, a doutrina do pecado é
apresentada numa teologia realista em que os aspectos negativos e positivos da
Justiça de Deus são colocados de modo prático na vida do pecador.
A IRA DE DEUS (1.18)
- Que é a ira de Deus? - É a reação natural e
automática da santidade de Deus contra o pecado. Não significa que Deus se
torna raivoso e furioso, nem tampouco significa alguma paixão que o provoque, à
semelhança dos homens. Na verdade, Deus odeia o pecado, mas ama o pecador.
Vários textos comprovam essa declaração: "Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Outro texto diz: "Mas
Deus provou o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós
ainda pecadores" (Rm 5.8). Esses dois textos declaram que Deus ama o
pecador.
Portanto, quando a ira de Deus se manifesta, é
na verdade a sua Santidade que se levanta como uma barreira contra o pecado.
Não que corra o risco de Deus ser alcançado ou afetado pelo pecado, mas porque
sua natureza eterna e santa tem autodefesa. Deus é santo! Ele não precisa ser
santo. A santidade nEle é um estado eterno, imutável e inconfundível. Na
história da libertação do povo judeu do Egito destaca-se o seu líder Moisés.
Quando Deus o convocou no monte Horebe e mostrou-lhe sua glória, Moisés temeu
voltar ao Egito. Temia não ser acreditado nem aceito pelo seu povo. Por isso
fez uma prova de Deus perguntando-lhe: "Eis que quando vier aos filhos de
Israel, e lhes disser: - ‘O Deus de vossos pais me enviou a vós‘, e eles me
disseram: - ‘Qual é o seu nome?‘ que lhes direi? E disse Deus a Moisés: ‘Eu sou
o que sou‘. Disse mais: ‘Assim dirás aos filhos de Israel: Eu sou me enviou a
vós‘" (Êx 3.13,14). Nesta identificação do "EU SOU" conhecemos
aquele que não foi, nem pretendia ser, mas que é para sem¬pre. Ele é santo,
três vezes santo, e nunca deixará de ser santo.
Portanto, sua ira é a barreira contra o pecado.
É a muralha que impede a manifestação do pecado na sua presença.
"Porque do Céu se manifesta a ira de
Deus" (1.18). A manifestação da ira procede do Céu. - Que Céu é esse? -Não
se trata do espaço entre o homem e o infinito. A procedência da manifestação da
ira aponta para um lugar não-físico, mas um lugar onde Deus habita. "Do
Céu" (1.18) para fortalecer o fato de que essa ira divina vem de cima.
"...se manifesta" (1.18) - A palavra
manifestar signi¬fica neste texto revelar; ou resplandecer. Trata-se de uma
manifestação literal. Não é fictícia nem simbólica. Sua realidade é conhecida
na experiência humana.
"Sobre toda a impiedade e injustiça"
(1.18) - A ira de Deus "se manifesta" para quê? ou por quê? O texto é
objetivo e aponta para duas razões específicas:
a "impiedade" e a
"injustiça". Quando a ira de Deus se manifesta contra ou "sobre
toda a impiedade", refere-se à irreligiosidade do homem pecador. Significa
a negação daquilo que é inerente ao homem, isto é, sua crença em Deus. Esse
fato é indiscutível e inevitável dentro do ser humano. É natural que a ira
divina reaja quando o homem nega o fato de Deus em sua vida, e muito mais,
quando o homem deixa a piedade, isto é, sua religiosidade e se lança contra o
seu próprio Criador. Negar a Deus é querer torná-lo mentiroso e viver como se Ele
não existisse.
O texto acrescenta outra palavra, que é a
injustiça, a qual significa deixar de fazer o que é reto. É o desvio
premeditado para o pecado. É sair da rota divina e tomar o caminho da
injustiça. Então aprendemos que a ira de Deus manifesta-se pela pertinaz
rejeição a Deus. É a rejeição da luz reveladora da verdade.
O texto continua e acusa os homens que cometem a
injustiça e a impiedade, de "que detêm a verdade em in¬justiça"
(1.18). A verdade e a injustiça são detidas por aqueles que recusam a verdade.
"Deter a justiça" significa reter, estorvar, aprisionar ou impedir
que a verdade venha à luz. "Deter a verdade" significa impedir que
ela tenha livre acesso para desenvolver-se. Significa estorvar pelo espírito do
erro. A verdade deve encontrar caminho aberto e espaço livre para
desenvolver-se na vida dos homens. Portanto, a ira de Deus manifesta-se contra
aqueles que estorvam ou obstruem o caminho da verdade.
A RECUSA DO HOMEM À VERDADE (1.19-21)
Nestes três versículos nos deparamos com o homem
evitando a verdade e rejeitando-a.
1. O conhecimento de Deus revelado na vida do
ho¬mem (vv 19,20)
"Portanto o que de Deus se pode
conhecer" (1.19). Indica que o conhecimento acerca de Deus é revelado na
própria vida do homem, na natureza e em toda a criação. Diz mais o texto:
"neles se manifesta" (1.19). É um fato inevitável no homem. Está
manifesto na sua vida esse conhecimento. Confirma ainda mais o texto:
"Porque Deus lho manifestou" (1.19). Isto prova que o homem pode
ne-gar ou rejeitar esse conhecimento, mas não evitá-lo. No versículo 20, o
apóstolo Paulo apresenta o tipo de conhecimento que o homem não deve evitar,
mas, se o faz, é porque prefere viver dissolutamente. Se o homem disser que não
conhece a Deus porque não o pode ver, por isso não existe, ele se depara com as
obras manifestas de Deus: "Porque as suas coisas invisíveis, desde a
criação do mundo, tanto seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e
claramente se vêem pelas coisas que estão criadas" (3.20). Como negar o
fato da criação diante dos nossos olhos? Todas as formas de ateísmos se diluem
diante das obras do Deus invisível. O mesmo versículo 20 termina com esta
expressão: "...para que eles fiquem inescusáveis". - Que argumento
levantará o homem no Juízo Final? - Nenhum! Pois todos os homens são
inescusáveis diante de Deus. A negação da verdade tornasse um pecado
irremediável diante de Deus.
2. O pecador, não glorifica a Deus, mesmo
tendo-o conhecido (v 21)
"Porque tendo conhecido a Deus, não o
glorificamos como Deus" (1.21). Este versículo não deixa dúvida. Ele
afirma que o homem conhece a Deus e não pode fugir desse fato, mas o acusa por
não conhecê-lo, mesmo sabendo que Ele é o Deus verdadeiro. O ato de dar glória
neste texto re¬fere-se a reconhecer as obras de Deus.
3. O pecador não lhe dá graças (v 21)
"...nem lhe deram graças" (1.21) - A
gratidão resulta de um coração sincero, que não detêm a verdade, nem a rejeita.
Dar graças significa oferecer ao Criador o pleito de reconhecimento, pelo que
Ele é e faz.
"...antes em seus discursos se
desvaneceram" (1.21) -Isto é, Deus acusa os homens, não só por negá-lo,
mas por lutarem contra Ele "em seus discursos" inflamados pelo
pecado.
4. O pecador é insensato (v .21)
"...e o seu coração insensato" (1.21)
- Diz respeito à falta de senso. A sensatez torna o homem prudente; ele mede as
conseqüências de qualquer ação. Porém, quando o homem permite que "seu
coração" se torna insensato, está tomando o caminho da destruição e do
juízo. A insensatez cega o homem no sentido espiritual. Por isso, o texto diz:
"o seu coração insensato se obscureceu". Quando a loucu¬ra domina os
sentimentos do homem, ele se torna cego, obscuro. Não pode ver, nem sentir e
nem agir inteligente¬mente. O pecado obscurece a mente e o espírito do homem
quando ele rejeita a verdade e a luz de Deus. A verdade traz à tona o que está
escondido. A verdade é luz que reve¬la o escondido no obscurecimento
espiritual. A verdade li¬berta o homem. O pecado escraviza e prende. A verdade
capacita o homem a reconhecer a Deus como Senhor e Criador.
DESORDENS FÍSICAS, MORAIS E ESPIRITUAIS
(1.22-24)
Trágicas desordens na vida do homem foram
provoca¬das pelo seu pecado de rejeição a Deus. A experiência hu¬mana
testemunha esse fato. Quando o homem rejeita toda possibilidade de
reconciliação com Deus, fica entregue à mercê da própria sorte!
O apóstolo Paulo destaca três principais
desordens na vida do pecador que rejeita a graça de Deus:
1. (1.23) - A primeira desordem acontece nas
relações do homem para com Deus. Essa desordem conduz o homem à idolatria, e
esta é o maior pecado de rebelião contra Deus. Essa desordem está expressa no
versículo 23, que diz: "E mudaram a glória do Deus incorruptível em
semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis".
Essa desordem provoca a manifestação da ira de Deus, isto é, a santidade divina
abomina toda a idolatria. Esse pecado de idolatria ofende, também, a autoridade
e o poder de Deus. Sua autoridade é incontestável e imutável. Quando o homem, conhecendo
a verdade, se utiliza da idolatria, quer ferir a autoridade divina e anulá-la
na sua vida. - E como subsistirá o homem sem Deus? - Não poderá!
2. (1.24) - A segunda desordem acontece na vida
física do próprio homem. É a perversão de sua própria natureza. O homem se
torna escravo de seus próprios desejos, os quais estão sob o domínio da força
do pecado. Essa desordem está no versículo 24. A primeira parte do texto
diz: "Deus os entregou às concupiscências de seus corações". A
palavra "corações" refere-se aos sentimentos dos homens. Quando os
sentimentos estão sob a tutela do pecado, eles pecam contra o espírito e são
capazes de escravizar o homem com correntes carnais, conforme está exposto nos
versículos 28 a
32.
3. (1.24) - A terceira desordem acontece nas
relações do homem com o seu próximo. Diz o texto do versículo 24 no seu
final:"...a imundícia, para desonrarem seus corpos entre si". Essa
desordem para com o próximo mostra a perversão do coração do homem. Nos dias
atuais, essa desordem, que acontece muito especialmente no aspecto sexual, está
se tornando comum e aceitável no seio da sociedade. Admite-se hoje, com
facilidade o que chamam de 3º sexo. Mestres de pornografia lançam o que está em
seus corações, toda a imundícia e a perversão da criação divina. Deus criou o
sexo como bênção e para a perpetuação das espécies. Porém, o pecado é o desvio
do alvo divino, e ele penetra no coração do homem, escravizando-o ao mais baixo
grau. Essa desordem resulta da rejeição do homem a Deus. É escolha dele e jamais
poderá culpar alguém pela sua rejeição. No Juízo Final não escaparão, pois
serão condenados, conforme já está predito: "Ficarão de fora os cães, e os
feiticeiros, e os que se prostituem e os homicidas, e os idolatras, e qualquer
que ama e comete a mentira" (Ap 22.15).
4. Conseqüências da rejeição a Deus (1.24-28) -
Esses versículos indicam as conseqüências do pecado do homem, e se expressam
com as palavras textuais: "Deus os entregou".
a) Primeira conseqüência: "Deus os entregou
à imundícia" (1.24). Significa que, dada a rejeição consciente dos
pecadores, Deus os entregou às garras dos sentimentos pervertidos, para que
fossem lavados e varridos por seus impulsos pecaminosos. A palavra imundícia
relaciona-se com toda sorte de pecados impuros, antinaturais. A expressão
"Deus os entregou" deve ser entendida como: Deus desistiu de lutar
por eles; não que não pudesse, mas porque preferiram o pecado a Deus.
Distorções morais resultam desse estado, e o homem fica entregue aos poderes
destrutivos de sua natureza pecaminosa. É nesse estado que o homossexualismo, a
pederastia, o lesbianismo e outras formas pervertidas da natureza agem
livremente. Quantos milhões de pessoas são escravas da imundícia!
b) Segunda conseqüência - "Deus os entregou
às paixões infames" (1.26). O texto diz: "Deus os entregou às paixões
infames". O homem sem Deus torna-se vítima dos mais degradantes apetites e
paixões. O Novo Testamento mostra, nas Epístolas Gerais e mesmo nos Evangelhos,
que o ceder aos desejos impuros resulta em escravidão, e conduz a paixões ainda
mais pervertidas. Quando o homem tem Deus na vida, ele pode dominar sobre os
desejos da carne.
c) Terceira consequência - "Deus os
entregou a um sentimento perverso" (1.28). Significa que Deus os deixou à
mercê de seus próprios sentimentos. O texto aponta a ra¬zão que levou Deus a
deixá-los entregues a um sentimento perverso: "E por haverem desprezado o
conhecimento de Deus" - eis a razão. Numa tradução do Espanhol, o mes¬mo
texto aclara melhor a razão que diz: "E como eles não aprovaram ter em
conta a Deus, Deus os entregou a uma mente depravada". Ter uma "mente
depravada" significa a perda da capacidade para discernir as diferenças
entre "bem e mal".
A origem etimológica da palavra hamartiologia
A doutrina do pecado é identificada como
Hamartiologia. Essa palavra deriva de dois termos da língua grega, língua do
Novo Testamento: “hamartia” e “logos”, que significam juntas “estudo acerca do
pecado”. O termo “hamartia” tem, na sua etimologia grega, o sentido de “errar o
alvo”. Portanto, o estudo acerca do pecado, como ato, estado ou condição,
sugere que o pecado é “um desvio do fim (ou modo) estabelecido por Deus”.
Na Teologia Cristã, a doutrina do pecado ganha
espaço porque o cristianismo representa a possibilidade de redenção do estado
pecaminoso do homem. Três grandiosas doutrinas bíblicas ganham espaço na vida
do homem, as quais são: a Doutrina de Deus, a Doutrina do Pecado e a Doutrina
da Redenção. Existe uma relação essencial entre essas três doutrinas de tal
modo que é impossível tratar do pecado sem tratar da Redenção e, naturalmente,
ao tratar sobre Redenção, inevitavelmente a relacionamos com a sua fonte, que é
Deus.
A questão do mal é tratada na Bíblia a partir do
relato do livro de Gênesis sobre a Queda do homem. Esse relato descreve o
princípio da tentação do homem e a sua concessão ao pecado, trazendo maldição à
sua vida pessoal e a toda a Terra.
O pecado é um tipo de mal, porque nem todo mal é
pecado. Existem males físicos conseqüentes da entrada do pecado no mundo. Na
esfera física, temos um tipo de mal que se manifesta nas doenças. Entretanto,
na esfera ética, o mal tem um sentido moral. É nessa esfera moral que se
manifesta o pecado. Os vários termos hebraicos e gregos das línguas originais
da Bíblia, quando falam do pecado, apontam para o sentido ético, porque falam
da prática do pecado, ou seja, dos atos pecaminosos.
O pecado é, de fato, uma ativa oposição a Deus,
uma transgressão das suas leis, que o homem, por escolha própria (livre),
resolveu fazer (Gn 3.1-6; Is 48.8; Rm 1.18-22; 1Jo 3.4).
O Que é Pecado Original?
É o pecado herdado da desobediência de Adão e
Eva. O primeiro homem, como representante da raça humana, corrompeu toda a
humanidade ao transgredir a lei de Deus. O Senhor Deus ordenou ao homem:
"De toda a árvore do jardim comerás
livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás,
pois no dia em que dela comeres, certamente morrerás"
A mulher, dando ouvidos à serpente, comeu do
fruto da árvore proibida e cometeu o primeiro pecado da humanidade. "Como
semente gera semente da mesma espécie", nós, sementes de Adão, herdamos a
natureza pecaminosa. Assim, "por um só homem entrou o pecado no mundo /
pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". (Gn 2.16-17;
3.1-6; Rm 3.23; 5.12). A esperança é que se
"pela desobediência de um só homem, muitos
foram feitos pecadores, assim pela obediência de um, muitos serão feitos
justos". (Rm 5.19).
O Pecado Original
O pecado original não é um assunto que é
proeminente na teologia moderna, pois é contrária a grande parte das modernas
crenças arrogantes, e conseqüentemente, nenhum pregador oportunista ousará
apresentá-lo à congregação em que ele serve, a fim de não ofender as
sensibilidades mais delicadas de um membro. Contudo, tem sido uma das doutrinas
mais fundamentais e importantes das Escrituras, pois é o alicerce de muitas
outras. Se não existe o pecado original, o homem não herdou natureza pecadora
nenhuma, não há necessidade nenhuma de redenção do pecado e não há necessidade de
um Cristo crucificado. Também as igrejas não têm nenhum trabalho para fazer, e
tornaram inúteis muitas convicções e práticas cristãs.
Mas as Escrituras não deixam espaço algum para
alguém negar essa doutrina grande que é muito importante, pois uma das
primeiras revelações é com relação ao pecado original, e todas as Escrituras presumem
a verdade desse conceito.
O pecado original não é um assunto que é
proeminente na teologia moderna, pois é contrária a grande parte das modernas
crenças arrogantes, e conseqüentemente, nenhum pregador oportunista ousará
apresentá-lo à congregação em que ele serve, a fim de não ofender as
sensibilidades mais delicadas de um membro. Contudo, tem sido uma das doutrinas
mais fundamentais e importantes das Escrituras, pois é o alicerce de muitas
outras. Se não existe o pecado original, o homem não herdou natureza pecadora
nenhuma, não há necessidade nenhuma de redenção do pecado e não há necessidade
de um Cristo crucificado. Também as igrejas não têm nenhum trabalho para fazer,
e tornaram inúteis muitas convicções e práticas cristãs. Mas as Escrituras não
deixam espaço algum para alguém negar essa doutrina grande que é muito
importante, pois uma das primeiras revelações é com relação ao pecado original,
e todas as Escrituras presumem a verdade desse conceito, e, aliás, se baseia.
Não podemos dar ênfase demais ao fato de que a
raça de Adão, desde a queda do homem, está sob a maldição e pena do pecado.
Todo homem que não é cristão está hoje sob esta maldição e pena do pecado. Não
precisamos a prova Bíblica para afirmar que o homem é um ser depravado. A
história da raça comprova isso. Nossa experiência comprova isso. Não há homem
algum no mundo que não saiba que as inclinações do homem natural são para o
mal. É uma luta andar em direção contrária. A tendência natural é para com
aquilo que é mau. Isso se aplica a toda a raça humana em todas as partes. Ao
considerar os ensinos de Gênesis 3, percebemos várias coisas apresentadas que
mostram que o homem de fato caiu no Éden e que ele assim se tornou uma criatura
totalmente depravada. Portanto, ele possui uma natureza pecaminosa por causa de
seu pecado original, e essa condição foi transmitida a todos os descendentes de
Adão, que estavam nele — em sua semente — no momento de seu pecado, e tiveram
parte nesse pecado com ele. Observamos em Gênesis 3 as coisas seguintes:
I. HÁ IMPOSIÇÃO DE RESTRIÇÕES.
É evidente que deve ter havido algum tipo de
imposição legal em Adão desde o começo, pois não teria sido possível que ele
pecasse de outra forma. As Escrituras declaram a necessidade da lei de
constituir um ato ou atitude como iniqüidade (iniqüidade é a transgressão de
lei): “Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é
iniqüidade.” (1 Jo 3.4). E de novo: “Porque a lei opera a ira. Porque onde não
há lei também não há transgressão” (Rm 4.15). E ainda de novo: “Porque até a
lei [a entrega da lei escrita no Sinai estava o pecado no mundo, mas o pecado
não é imputado, não havendo lei. No entanto, a morte reinou desde Adão até
Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de
Adão…” (Rm 5.13-14).
II. HOUVE INCITAMENTO À REBELIÃO.
E satanás, usando a serpente como instrumento,
foi o agente nessa tentação: “Ora, a serpente era mais astuta que todas as
alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É
assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (Gn 3.1). Que
Satanás foi a força incitadora nessa tentação é inquestionável, pois uma
referência em Ap 12.9 o menciona como “o grande dragão, a antiga serpente,
chamada o Diabo, e Satanás” Essa astúcia da serpente é citada em outras
passagens também: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua
astúcia…” (2 Co 11.3). “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que
possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11). Tanto
“astúcia” quanto “ciladas” indicam uma sabedoria que se usa para o mal, e esse
sentido descreve com precisão o diabo, pois em sua criação ele foi uma das
criaturas mais sábias, mas perverteu sua sabedoria para finalidades malignas
com seu orgulho e ambição: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura,
corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ez 28.17).
Mas observe como Satanás começou a enganar o
homem, e causou a queda dele de seu estado de inocência. Primeiro, insinuou-se
dúvida acerca do que Deus queria dizer: “É assim que Deus disse: Não comereis
de toda a árvore do jardim?” (Gn 3.1ss). Essa é uma forma bem comum de
tentação, pois se o diabo puder fazer com que o homem questione o sentido ou
aplicação de um dos mandamentos de Deus, ele fez muito progresso em induzir o
homem a desobedecer a esse mandamento. Também, Eva só soube desse mandamento
através de Adão, pois Deus não havia falado com ela sobre o mandamento, mas com
Adão (Gn 2.16 17), e assim ela não estava em posição para disputar o assunto
com a serpente; o que ela devia ter feito era encaminhar o assunto a seu
marido, quem era o cabeça e aquele que tinha de fazer qualquer decisão que se
precisasse fazer.
III. A REVOLTA INDUZIDA.
Bem disse alguém: “O pecado é a declaração do
homem da sua independência de Deus.” Na verdade, em análise final tudo se
resume a isso. É simplesmente uma questão da teimosia e egocentrismo do homem,
em vez de submissão à vontade de Deus e ao mandamento de Deus. Conforme já
dissemos, todos os demônios do diabo não poderiam forçar o homem a pecar; o
diabo de fato o incitou a pecar, mas foi uma transgressão voluntária do homem,
pela qual apenas ele tem de dar contas no tribunal final diante de Deus.
IV. A INTERVENÇÃO DA REDENÇÃO.
Por seu pecado o homem mereceu a morte eterna,
mas Deus em Sua graça e misericórdia planejou a redenção; isso e mais, Ele a
supriu antes da fundação do mundo. A queda do homem não pegou Deus de surpresa,
pois a provisão da redenção do homem foi feita antes que o homem chegasse a
existir, e assim antes que surgisse a necessidade. Assim está escrito que
Cristo é “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Não só
isso, mas também está escrito que “…nos elegeu nele antes da fundação do mundo,
para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.4).
A provisão de Deus envolvendo redenção antedata
a existência do homem, e também a sua necessidade, mas foi proclamada
imediatamente quando surgiu a necessidade, pois a primeira promessa acerca do
Redentor que viria se registra em Gn 3.15: “E porei inimizade entre ti e a
mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu
lhe ferirás o calcanhar”
O Pecado na Vida do Crente -
Os filhos de Deus geralmente não caem nos
grandes e bem-conhecidos pecados, mas, segundo a Palavra de Deus, há pecados
que elas cometem freqüentemente. Estes pecados são como pequenas raposas que
estragam a uva (nossas vidas), tornando-nos infrutíferos.
Mas quais são estes pecados?
Aqui estão alguns deles.
1. Saber
fazer o bem, mas não fazê-lo (Tg 4.17). Deus nos manda repetidamente, que
devemos fazer bem a todos, principalmente aos domésticos da fé (Gálatas 6:9,10;
Tt 2.14; Mt 25.34,35). O Senhor Jesus foi um exemplo para nós, neste aspecto.
Nós lemos em At 10.38 que "Ele andou fazendo bem." Quão devagar nós
estamos no obedecer deste mandamento!
2. Não
orar pelos próximos (falta de oração). I Sm 12.23. Nós freqüentemente oramos
por nós mesmos, pelos membros de nossa família, pela nossa igreja, mas nos
esquecemos de orar para os servos do Senhor, para os missionários, para as
doentes, pelos reis e por todos que estão em autoridade, e também para muitos
outros (Ef 6.17,18; I Tm 2. 1,2). Este é uma das "pequenas raposas".
Nós devemos orar por todos.
3. O
pecado de fazer decisões e seguir o nosso caminho sem fé (Rm 14.23). Sim,
qualquer coisa que não esteja de acordo com a Palavra de Deus, não é de fé (Is
8.20). Muitos Cristãos decidem e fazem coisas, sem olhar às Escrituras para
conhecer o desejo de Deus. Outros estragam suas vidas, com jugos desiguais ou
amizades inconvenientes (2 Co 6.14). É uma pena!
4. O
pecado de fazer acepção de pessoas, ou o de agradar aos homens mais de Deus(Tg
2.1-9; Gl 1.10). Este pecado é comum em muitas igrejas. Mais cargos ou posições
são dadas aos ricos e educados, do que às pessoas espirituais que não são ricas
ou educadas. Tenha cuidado de não fazer acepção de pessoas.
5. O
pecado de não ser generoso com Deus (Malaquias 3:8,10; Lucas 6:38). Este é um
fato em que, o povo de Deus não ofertam o suficiente a Deus. No tempo do Velho
Testamento os Israelitas davam dízimos e ofertas a Deus. Agora, nós não damos
metade disto. Muitos roubam a Deus dizendo, "Nós não estamos no tempo da
Lei." Se no Velho Testamento os santos davam dízimos, poderíamos dar
menos? Leia Gn 14.20; 28.22; Mt 23.23. Oremos para que o Senhor livra-nos deste
pecado e nos ensine a dar assim como Ele nos mandou a dar (II Coríntios 9:6).
6. Não
buscar primeiro o Reino de Deus (Mt 6.33). Somente temos tempo para as nossas
próprias necessidades. Trabalhamos duro para ganharmos mais, algumas vezes
deixando de lado as reuniões por isso, mas não temos tempo para o estudo da Palavra
de Deus; para orar, para visitar e praticar o evangelho diante os não salvos.
Este é outro pecado que tem arruinado muitas vidas.
7. O
pecado de mentir (Cl 3.9). Muitas vezes mentimos sem saber o que fizemos. Nós
cantamos com vozes altas, "Mais de Cristo", mas não temos a
consagração real. Nós cantamos "Tudo Entregarei", mas a oportunidade
vem para ofertar e damos muito pouco. Nós pregamos, mas não vivemos a mesma
mensagem. Que aprendemos a sermos fazedores da Palavra (Tg 1.22).
8. O
pecado de não amarmos os nossos irmãos como o Senhor nos mandou a amar (Jo
15.12; Tg 2.8, I Jo 3.16,18). O Senhor freqüentemente nos disse, "Que vos
ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós." (Jo 13.34; 15.12). Muitas
vezes amamos apenas de boca, mas não pelas ações. Alguns amam apenas aqueles
que os amam ou que estão próximos a eles, mas não têm nenhum amor por aqueles
que são diferentes a eles. Que aprendemos a amar nossos irmãos como nos amamos
a nós mesmos.
Podem pensar muitos que, uma vez que uma pessoa
se torna crente, ela nunca mais peca. É uma verdade que aquilo que é nascido no
crente não pode pecar e nunca vai pecar (I Jo 3.9; 5.18). Esse que é nascido é
a natureza divina no crente. A natureza divina no crente não pode pecar, mas o
crente pode. O pecado que o crente tem é ligado a ele por ele viver no mundo (I
Jo 2.16) e ter o pecado ainda nos seus membros (Rom 7:23). Enquanto o crente
está na carne, terá o problema do pecado (Mt. 26.41; "... o espírito está
pronto, mas a carne é fraca."). Se não tivesse a possibilidade do crente
ser influenciado pelo pecado, Davi não teria orado: "Expurga-me tu dos que
me são ocultos." (Sl 19.12; 119.133) e nem teria dito: "O meu pecado
está sempre diante de mim" (Sl 51.3). Jesus também não teria orado ao Pai
que "os livres do mal" (Jo 17.15). Paulo tinha uma luta constante que
o provocou a lamentar: "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do
corpo desta morte?"(Rom 7:24).
É fato bíblico que o crente peca (Pv. 20.9; Ec
7.20) pois ele é fraco pela carne (Jo 3.6, "O que é nascido da carne é
carne, e o que é nascido do Espírito é espírito."). Tanto a realidade da
presença do pecado na vida do crente quanto a nova natureza é vista claramente
na doutrina da santificação que envolve a correção de Deus (Hb 12:5-13). Se não
houvesse pecado na vida do crente, nunca haveria a correção. Se alguém que se
acha crente não conhece a mão pesada de Deus que corrige seus filhos,
levando-os para serem "participantes da Sua santidade" (Hb 12.10),
esse tal não tem razão nenhuma de se achar salvo.
Mesmo que haja a capacidade de pecar, o crente é
responsável por não pecar (I Ped 1:15, "sede vós também santos em toda a
vossa maneira de viver"; I João 2:1; "estas coisas vos escrevo para
que não pequeis"). A possibilidade de pecar nunca é razão de desculpar a
ação do pecado, mas uma forte razão de vigiar (Mat. 26:41) para que não entreis
em tentação.
É verdade que quem está salvo, e quem tem essa
nova natureza feita por Deus em Cristo, tem uma luta com o pecado (Gal 5:17;
"e estes opõem-se um ao outro"; Rom 7:23; "que batalha contra a
lei do meu entendimento"). Antes de ser Cristão, o salvo não tinha forças
nenhumas para dominar o pecado (Rom 8:8). Em Cristo, o Cristão, por Cristo, tem
o que é necessário para dominar o pecado (Mat. 26:41; Fil. 4:13; I João 4:4).
Por causa da confusão que existe sobre este
assunto e as dúvidas que Satanás pode trazer à mente do pecador e ao crente,
seria proveitoso estudar o que acontece e o que não acontece quando o crente
peca.
1. Salvação é pela graça - NUNCA é merecida (Rm.
11.6; Ef 2.8,9).
2. Salvação é por Cristo - NUNCA pelo homem (Jo
3.35,36; 14.6; Rm. 5.6,8).
Em resumo é bom lembrar que é fato que o crente
peca. Somente precisamos considerar as vidas de Abraão, de Jacó, de Moisés e de
Davi para entendermos que os crentes pecam.
A única solução é a confissão e o abandono do
pecado (2 Crôn. 7.14,15; Sal 51.1-4; Pv. 28.13; I Jo 1.9).
O Poder para Ser Servo Fiel é Destruído Para se
ser um servo fiel para a glória de Deus são necessários as Suas bênçãos. Ser um
servo fiel não é fruto da carne. Na carne não habita bem algum (Rm. 7.18). Só
as bênçãos de Deus em uma vida produzem fruto que convém ser visto publicamente
(Gl 5.22). Mas quando há presença de pecado na vida, como podem as bênçãos de
Deus ser esperadas? Não podemos servir a dois senhores (Mt. 6.24). Se servirmos
ao pecado estamos contra o Senhor (Mt. 12.30; Rm. 6:12,16). Se atendermos à
iniqüidade em nossos corações, O Senhor não nos ouvirá (Sl 66.18).
Devemos esperar o poder do Senhor em nossas vidas
quando o Senhor não é agradado por nós? Devemos esperar força para obedecer
quando estamos vivendo contra o Senhor? Se Deus não nos ouve, devemos estar
seguros em nossas vidas espirituais? Sem tais bênçãos, sem a força de Deus e de
Seu ouvido nos dando atenção, podemos realmente esperar poder ser um servo
fiel?
O servo fiel tem algo para ministrar aos outros.
Ele continuamente conhece a beneficência, o juízo e a justiça na terra. Ele
conhece que o Senhor é O Senhor (Jr 9.23,24). Ele tem constantemente a alegria
e o gozo no seu coração que a Palavra de Deus produz (Jr 15.16). Ele bebeu
naquele dia da fonte da água, que salta para a vida eterna e por isso tem o
poder de Deus na sua vida (Jo 4.14; At 1.8). Este crente tem um relacionamento
vivo que emana do seu andar com Deus. Mas, se o servo está praticando pecado,
se tem mãos sujas, se não tem comunhão viva com o Senhor, como é que ele vai
ter algo para proclamar ou pregar? Como é que o crente vai ser um servo fiel
quando o céu parece fechado (Sl 34.16), o espírito parece morto (Sl 32.3,4) e
as suas experiências estão confusas? Esse servo de Deus tem problemas sérios
com ele mesmo, com o seu Deus e, conseqüentemente, com o mundo.
A solução é confessar o pecado (Sl 32.5) e ter
uma vida íntegra com o Senhor e Salvador Jesus Cristo. Por se dividir a
adoração de Deus com o louvor do mundo, o poder de Deus na vida é destruído,
então, uma vida reta para com Deus é o que deve ser procurada para remediar a
situação (Sl 15.1-5). A possibilidade de o crente ter a glória de Deus na vida
e ter o poder para ser um servo fiel somente é conhecida com atenção exclusiva
à Palavra de Deus (Js 1.7,8). Tendo um coração restrito a Deus e limpo de
pecado, ânimo e poder de ensinar aos outros é lhe dado. (Sl 51.10-13). Apenas
quando o crente busca primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, é que tem
o de que necessita tanto na sua vida terrena quanto na sua vida espiritual (Pv
2.1-9; Mt. 6.33).
O SEU TESTEMUNHO CRISTÃO
É PREJUDICADO
I Tm 1.19; Tg 3.13-18
Conforme Mt 5.14, nós somos "a luz do
mundo". Isso quer dizer que nós refletimos Cristo, que é a Luz (Jo 8.12),
ao mundo através das nossas vidas. Verdadeiramente o que os outros sabem de
Cristo é conhecido pelas testemunhas que somos (Tt 2.5; Tg 3.13-18; I Pe 3.1,2).
Por isso somos chamados "a luz do mundo", a candeia no velador e a
cidade edificada sobre um monte (Mt. 5.14-16). Quando o pecado faz parte das
nossas vidas cotidianas, o brilho de Cristo é diminuído, ou seja, o nosso
testemunho de Cristo é danificado. O pecado é igual a algo que está entre nós e
uma estrela. O brilho de Cristo não é visto mais.
Nosso corpo individualmente é o templo do
Espírito Santo (I Co 3.16,17; 6.19). O corpo somente pode manifestar o que está
por dentro dele. Se tiver pecado praticado por dentro, uma vida suja vai ser
manifesta e não mais a glória de Deus. Outro problema já é desencadeado com uma
vida suja no mundo. Representamos mal o nosso Salvador ao mundo. Começamos por
provocar confusão a todos ao redor de nós. Dizemos que somos Cristãos, mas
vivemos em pecado. Dizemos que Cristo é poderoso para nos salvar dos pecados,
mas vivemos caídos no pecado. Assim como um instrumento musical dando um som
estranho, nós provocamos confusão (I Co 14.7,8). O mundo ouve o que dizemos,
mas examina as nossas vidas diárias. O mundo pensa, por causa das nossas vidas,
que Cristo é falho.
Nós, como membros de uma igreja verdadeira,
coletivamente, somos feitos o corpo de Cristo (Ef 1.23). Se os membros da
igreja estão com pecado não confessado e abandonado, como é que Cristo vai ser
visto pelo mundo como santo na assembléia? O mundo não precisa de uma
testemunha com testemunho danificado. O mundo precisa ver a palavra de Deus
representada através de uma vida santa para saber o que realmente significa a
nossa pregação verbal. Por causa do dano que uma vida pecaminosa faz de Cristo,
a correção de Deus pode ser exercitada com dureza (I Tm 1.19,20; I Cor 11.30),
mesmo que a alma seja salva (I Cor 3:15,16).
A solução de pecado na vida é arrependimento a
Deus. Isso inclui tristeza e abandono completo do pecado. Uma vez que o pecado
é abandonado, o poder de Deus deve ser procurado para poder vencer o mal e para
poder viver em submissão à vontade de Deus (Sl 139.23,24). Isso é o que o
Apóstolo Pedro fez tornando-se um servo fiel (Mt. 26:75; Jo 21.17,19).
Se o pecado for contra um irmão, um
arrependimento para com aquele irmão convém para consertar o testemunho diante
do mundo e ser perdoado por Deus (Jó 42.8; Mt. 5.23,24)
Se o pecado for público, convém um arrependimento
público. Somente assim terá um testemunho público restaurado (Zaqueu, Lc1 9.8)
Para viver um testemunho depois de danificá-lo,
cuide bem com a sua submissão à Palavra de Deus.
"Com que purificará o jovem o seu caminho?
Observando-o conforme a tua palavra." Sal
119.9.
A Sua Posição no Céu é Determinada (Hb 11.32-35)
Se alguém for para o céu, será somente pela
graça de Deus (Rm 5.15; 9.15,16; 11:6; Ef 2.8,9). Essa graça é motivada pelo
amor de Deus por Seus eleitos (Jer 31:3; Efés 2:4-7). Quando falamos do céu,
devemos enfatizar que o importante é conhecer Jesus Cristo no coração (Jo 14.6;
Atos 4.12; I Co 3.11; I Tm 2.5,6). Nenhum Cristão pode receber mais Cristo ou
mais Espírito Santo do que qualquer outro Cristão. Os Cristãos podem ter
responsabilidades diferenciadas e serem usados de forma variada durante o seu
tempo na terra, mas todos os crentes em Jesus Cristo receberão o céu de igual
forma.
Todavia, a Bíblia revela que existem posições no
céu ( Mt. 19.30; I Co 3.12; 15.41,42; Hb 11.35, "uma melhor ressurreição)
tanto quanto há no inferno (Mt. 10.15; Ap 20.13).
No céu, essas posições são entendidas pela
diferenciação dos galardões. Os galardões podem ser ganhos ou perdidos. Os
galardões são coroas. Existem coroas da justiça (2 Tm 4.8), da vida (Tg 1.12),
da glória (I Pe 5.4; I Cor 9.25) e são para serem lançadas aos pés de quem está
no trono (Ap 4.9-11). Também entendemos que os Cristãos terão as suas obras
julgadas pelo julgamento diante de Cristo (Rm 14.10; 2 Co 5.10). Este
julgamento não é o julgamento geral dos incrédulos, mas é o julgamento em que
as obras feitas pelo Cristão em vida serão julgadas.
A posição no céu é determinada pelo serviço a
Cristo durante a sua vida terrestre (Hb 11.26, 35). As obras determinam as
coroas que temos e nossa posição no céu (I Co 3.11-15). As obras feitas na
força da carne findam-se em palha, feno e madeira, e serão queimadas ou
perdidas. Perdendo os galardões, a posição no céu é determinada. As obras
feitas na força de Deus para a Sua glória em amor nos dão ouro, prata e pedras
preciosas e os galardões permanecem.
Devemos ter cuidado para que ninguém tome a
nossa coroa (2 Jo 8; Ap 3.11), tal perda será causa de choro (Ap 21.4). A perda
das coroas, pela infidelidade do Cristão na vida terrena, confunde a muitos.
Pela perda das coroas, muitos entendem a perda da salvação. Mas a salvação é
pela obra de Cristo e por isso é segura eternamente. As coroas são ganhas pela
operação da graça de Deus em nossa vida Cristã na terra e determinam a nossa
posição no céu. Podemos perder as coroas (1 Cr 3.15; Apoc 3.11), mas nunca
podemos perder Cristo ou o céu (Jo 10.27-29). O Cristão nunca será separado de
Deus (Rm 8.35-39). A solução para não perder os galardoes é não andar pela
carne na vida Cristã (Gl 2.20). Uma vida piedosa "para tudo é
proveitosa" (I Tm 4.8), e é a maneira pela qual fazemos as boas obras (Ef
2.10; Tt 3.8). Vivendo no Espírito (Gl 5.16), aplicando-nos mais e mais para
viver conforme a Palavra de Deus é viver segundo o poder de Deus em Cristo, Quem
nos apresentará diante de Deus irrepreensíveis (Jd 24).
A Sua Vida Terá o Castigo de Deus (Hb 12.5-11)
Castigo, para muitos, é uma palavra feia. No contexto bíblico, em referência a
uma ação de Deus para com os seus, ou dos pais para com os seus filhos, é uma
ação de amor. É amor tanto para com a pessoa corrigida quanto pelos princípios
de justiça e santidade mantidos em alto respeito. O castigo aplicado por Deus,
para com os Seus, jamais é uma ação de rancor, malícia, ódio ou outra
manifestação que emana de uma falta de amor.
A condenação dos pecados precisa ser feita (Ez
18.20, "A alma que pecar, essa morrerá"). Os que não têm os seus
nomes escritos no livro da vida, os que nunca foram regenerados para serem
filhos de Deus por Jesus Cristo, terão os seus pecados castigados no tempo do
porvir no lago de fogo (2 Tess 1:8-9; Ap 20.11-15). Os que já foram regenerados
por Deus têm seus pecados já castigados em Cristo (Is 53.4-6; Rm 5.6-8; 2 Co
5.21). A condenação eterna dos seus pecados foi levada em Cristo (Rm 8.1). Mas,
mesmo assim, estes têm a sua desobediência corrigida em vida (Heb 12.5,6).
Este castigo (repreensão) dos filhos de Deus é
para correção, e é marca de que é filho de Deus (Hb 12.7,8). Estes açoites vêm
do Senhor (I Cor 11.32) e vêm para o bem (Rm 8.28, "para o bem"; Hb
12.10, "para nosso proveito, para sermos participantes da sua
Santidade."). Deus pode usar os outros para estender a Sua correção (Mt.
18.15-17 - a igreja; Nm. 21.6 - situações; Juízes 3.3, 4 - pessoas que não
conhecem a verdade) mas sempre vêm com a Sua direção. O castigo do Senhor é com
o intuito de revelar o Seu amor (Pv. 3.12; Apoc 3.19, "Eu repreendo e
castigo a todos quantos amo"), e de limpar os Seus para Ele (Ef 5.26,27;
Hb 12.9,11).
TANTO MAIS SUJEIRA FAZ, MAIS
"CORREÇÃO" LEVA A solução é andar reto conforme a Palavra de Deus.
Quando pecares, confessa-o (I Jo 1.9) e volta a observar os princípios deixados
de obedecer (Sl 119.9; Apoc 3.19, "sê pois zeloso, e arrepende-te).
A Sua Vida na Terra Pode Ser Encurtada (Jo
15.1-3) Brincar com Deus nunca foi saudável. Deus deve ser obedecido com temor
e reverência (Ec 12.13). O homem que peca, seja filho de Deus ou não, conhecerá
a mão pesada de Deus. O filho de Deus conhecerá o castigo para trazê-lo à
correção (Hb 12.5,6). Quem não é filho de Deus não conhecerá a correção, mas
conhecerá a punição eterna que leva à glória de Deus por Jesus Cristo (Fl.
2.10,11; Lc 16.27,28). Podemos procurar esconder as nossas ações de pecado
pelas desculpas, boas intenções ou pela ignorância, mas Aquele que conhece os
corações agirá com justiça e Ele não depende de nossas explicações. A correção
de Deus para quem está em Cristo e insiste no pecado, pode resultar em morte
precoce? (Jo 15.2), "Toda a vara em Mim, que não dá fruto, a tira").
A punição para quem não está em Cristo não é outra; "será lançado fora,
como a vara, e secará; e a colhe e lança-a no fogo, e arde." (Jo 15.6). Em
vez de brincar com pecado, devemos arrepender-nos dele e correr à misericórdia
de Deus, que foi revelada em Cristo. Há casos bíblicos de morte de crentes que
insistem no pecado. Em Efésios, onde Timóteo estava pastoreando (I Tm 1.3),
Himeneu e Alexandre foram dois que não conservaram a fé e a boa consciência e
fizeram naufrágio na fé. Eles foram entregues a Satanás "para que aprendam
a não blasfemar" (I Tm 1.19,20; 2 Tm 2.16-19; II Tm 4.14). A instrução do
Apóstolo Paulo para os crentes em Corinto, que insistiram no pecado, era para
serem entregues a Satanás, não para a destruição da alma, mas, sim, do corpo (I
Co 3.12-16; 5.1-5). Há o caso dos crentes que não procuraram o perdão para
serem sérios na prática da sua confissão e foram afligidos com doenças e até
alguns morreram (At 5.1-10; I Co 11.28-31).
Deus quer que Seu povo seja santo. Aquele que
está oprimido pelo seu pecado e cansado dele, está instruído a tomar o jugo de
Cristo e a aprender dEle (Mt. 11.28-30). "Quem é o homem que deseja a
vida, que quer largos dias para ver o bem?
Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de
falarem o engano.
“Aparta-te do mal, e faze o bem; procura a paz,
e segue-a.” Sl 34.12-14
COMO TER A VITÓRIA DO PECADO
Por vivermos em um mundo onde o astuto Satanás é
o príncipe das potestades do ar (Ef 2.2); por não temos que lutar contra a
carne e o sangue (Ef 6.12); por termos um coração enganoso mais do que podemos
conhecer (Jer 17.9) e pelos efeitos destrutivos que o pecado faz na vida do
crente, (nos estudos acima) devemos ser perspicazes sempre.
Devemos ser atentos. Em toda hora temos que
estar cuidadosos, pois o diabo não cessa de perturbar os retos caminhos do
Senhor (Atos 13.10). Ele é como um leão faminto, buscando a quem possa tragar
(I Pe 5.8) destruindo com mentiras e homicidas desde o começo (Jo 8.44). Quando
deixamos de ser prudentes como devemos ( Mt. 10.16), ou quando cessamos de olhar
e vigiar em oração (Mt. 26.41; Mc 13.33; I Ts 5.8; I Pedro 5.8), deixamos de
sair pelo escape que Deus dá justamente para podermos suportar as tentações e
ardis de Satanás (I Co 10.13). O Pedro deixou de ser atento em uma só ocasião e
caiu na tentação de confiar na carne (Jo 13.37; 18.17,25-27). Esta única vez
por não vigiar bem trouxe para ele um choro amargo naquela hora (Mt. 26.75) e
um testemunho mau que dura até hoje. Por causa da natureza sutil, enganosa e
destrutiva do pecado, não temos opção nenhuma para ter a vitória senão de
sermos atentos em todo o tempo.
Devemos ser experientes também. Não devemos
dar-nos o luxo de pensar que o que aconteceu uma vez não pode acontecer outra
vez. Cada um de nós tem "o pecado que tão de perto nos rodeia" (Hb
12.1), ou seja, uma tentação que Satanás usa repetidas vezes em nossa vida para
nos fazer presa dele. Talvez, pela graça de Deus, tenhamos a vitória em vários
casos de tentação neste pecado, mas, para continuarmos a ter a vitória, devemos
lembrar que Satanás não dorme, e somos aconselhados a não dormir também (Luc
21:34-36). O ato de Abraão mentir sobre a mulher várias vezes (Gên. 12:10-20 -
20:1-5,12,13) é prova que devemos ser experientes. Pedro negou não uma vez
somente, mas três vezes (João 13:37; 18:17, 25-27). Cabe a nós reconhecer os
sintomas e não sermos ingênuos. O que aconteceu a um outro, pode acontecer
conosco também.
As tentações são humanas (I Cor 10.13). O que
aflige nossos irmãos cristãos, pode nos afligir também (I Pedro 5.9). O que
aflige os do mundo pode nos afligir também, pois temos corações enganosos e as
mesmas paixões (Atos 14.14,15). Cristo instruiu os discípulos a lembrar-se
"da mulher de Ló" (Lc 17.28-32) para que eles fossem prudentes. Paulo
lembrou Timóteo de Himeneu e Alexandre (I Tm 1.19,20) para que retivesse a fé e
a boa consciência, querendo que ele fosse experiente. Nós temos a Bíblia em
nossas mãos e ela foi escrita para nosso ensino (Rm 15.4). Não há razão de
sermos inexperientes. Podemos e devemos aprender com os problemas e com as
situações anteriores que provocaram o pecado, tanto em nossas vidas quanto na
vida dos outros. O escape da última vez pode ser o mesmo que precisamos em
contínuo. Resistir devemos, mas não na carne. Temos que resistir firmes na fé,
(I Pedro 5.6-9) sujeitando-nos melhor a Deus (Tg 4.7,8).
Se queremos mesmo ter a vitória sobre o pecado
devemos ser santos. Devemos guardar os nossos corações (Pv. 4.23-26) porque
dele procedem as fontes da vida. Os que observam a Palavra de Deus para
praticá-la em suas vidas diárias são os que podem resistir nas tempestades que
certamente virão na vida de cada um de nós (Mat. 7:24-27). Uma vida que tem a
armadura de Deus é uma vida pronta para ter a vitória sobre as ciladas do
diabo, (Efés. 6:11-18). A armadura de Deus é tida somente se está convertido e
é ativada pelo uso (Efés. 6:18, "orando em todo o tempo"). Somente os
que manejam bem a Palavra de Deus não precisam de se envergonhar (II Tim 2:15).
Apenas os que estão chegados a Deus (Tiago 4:8) vão lembrar de lançar sobre Ele
toda a ansiedade na hora de aperto (I Pedro 5:7). Sendo espiritual na hora da
tentação podemos desviar-nos do mal, tiramo-nos do meio do mal, sustentar-nos
na aflição e moderar as nossas reações para não complicarmos mais a situação.
Há perigo no pecado para qualquer pessoa, mas
especialmente para o crente. Para vos afastares do pecado, chegai a Deus. Tendo
feito tudo para resistir, sede firmes.
"Alegrai-vos na esperança
Sede pacientes na tribulação
Perseverai na oração" (Rm 12.12)
Tentado não cedas;ceder é pecar; melhor e mais
nobre; será triunfar; coragem oh crente; domina o teu mal; Deus pode livrar-te;
de queda fatal.
Antropologia
(Doutrina
do Homem)
Texto base I João 2.9-22; Cap.3.7-12 e
Eclesiastes 12.1-8
A antropologia estuda o homem na sua totalidade,
como um ser fisiológico, psicológico, social, racional, emocional e histórico.
Mas, pouco se pode dizer no aspecto metafísico, transcedente. Como somos além
do corpo físico? Existe algo a mais no interior humano? Se existe, o que é? Como é? Por que existe?
Há aqueles que entendem que o ser é formado de apenas dois elementos, o físico
e o espiritual. Sendo que o espiritual e o psicológico são a mesma coisa, ou
seja, alma e espírito são expressões diferentes porém tratam de um mesmo assunto.
Estes que assim entendem são chamados de dicotomistas. A dicotomia, portanto,
afirma que não há diferença alguma entre o espírito e a alma humana. Examinando
a Bíblia com essa perpectiva dicotômica não consigo compreender algumas quetões
de suma importância, como a questão do novo nascimento, da salvação, do
enchimento do Espírito, da luta entre a carne e o espírito, etc. O médico trata
o corpo humano, o psicólogo da psique humana (da alma), mas secularmente quem
trataria do espírito humano? A resposta para essa questão é bastante vaga, mas,
muitos reponderiam que a religião deveria cuidar desse aspecto da vida humana.
O cristianismo, ao meu ver, dá a melhor resposta
a alma sofrida e ao espírito com relacionamento rompido com O Criador. O livro
de Romanos afirma que todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus. Esse
rompimento com a Glória divina aconteceu no Jardim do Eden quando Adão e Eva
decidiram ter uma vida independente do seu Criador. Não se contentaram em ser
semelhante a Deus, mas almejaram ser deuses decidindo que preferiam escolher
entre o bem e o mal a obedecer a Deus. As consequências desse ato trouxe muitas
deformidades ao ser humano, no caráter, na integridade física, no
relacionamento com o Criador, no relacionamento com o outro, e principalmente a
morte espiritual imediata, pois separar-se do doador da vida significa
associar-se à morte. Portanto, morte é a separação entre o espírito humano e o
Espírito de Deus, pois, Deus é Espírito.
Comer da Árvore da Vida já não era mais possível,
assim sobrou a Árvore da Morte como alimento, até que do alto fosse enviado o
Pão da Vida, ou seja, a Árvore da Vida voltou aos homens. Mas, ainda é
opcional. Só come desse Pão quem quiser. Não é obrigatório.
O Novo Nascimento acontece quando passamos a nos
alimentar desse Pão da Vida. Nosso espírito que estava morto, separado, agora
passa a estar religado (religare) a Deus por meio do Filho Jesus (Romanos
8.16).
Agora que decidimos por Cristo, o Espírito Santo
nos constrangiu e nos trouxe ao arrependimento, somos novos seres espirituais,
não nascido da carne, mas do espírito.
Ao receber Jesus em nossos corações, nós
passamos a ser novas criaturas.
Algo acontece dentro de nós. Não entendemos, nem
podemos ver ou perceber: É o novo nascimento. João 3. 6-8.
O Novo Nascimento acontece em nosso espírito.
Como esse novo nascimento não está na esfera da
alma (razão, vontade e emoções), logo não podemos ter percepção do que
acontece!
O que é a alma? Qual a diferença entre alma e
espírito? O que é o ser humano? Vejamos:
PRIMEIRAMENTE VAMOS ENTENDER: O SER HUMANO NA
SUA TOTALIDADE
Nós fomos criados por Deus à sua imagem e
semelhança. Gn.1.26
Deus é uma trindade, e assim também nos fez. Com
algumas importantes diferenças:
Deus é tri uno, ou seja, três pessoas distintas
em um só Deus.
As pessoas não são três pessoas em uma, mas, sim
de três elementos constitutivos:
O ser humano em sua constituição é formado por:
(I Ts.5.23)
1 – Corpo; 2 – Alma e 3 – Espírito.
Jesus teve Corpo, Alma e Espírito – Hb.10.5;
MT.26.38 e Lc.23.46.
Ou seja, duas partes imateriais, e uma parte
material, visível, que é o nosso corpo.
I - O CORPO, TODOS JÁ CONHECEM, MAS VAMOS A
ALGUNS DETALHES:
O corpo humano é a casa, morada da alma e do
espírito. Templo do Espírito Santo (I Co.3.16,17).
Através do corpo é que experimentamos as
sensações do mundo externo.
Através dos cinco sentidos nós somos conectados
à nossa alma.
Isto pode ser BOM ou Mau. Depende do uso que se
faz, e do padrão moral de cada um. O nosso padrão moral é Jesus.
Que são: Paladar; Visão; Audição; Olfato e Tato
(Alguns alegam que há o sexto sentido, isto não é verdade) Mas, se fosse
certamente não estaria no corpo, mas sim na alma.
1 - Visão: I Jo.2.16 (concupiscência dos olhos)
A Bíblia diz que a Visão é a janela da Alma no
Corpo. Ec.12.3 - (Eva pecou pelos olhos)
A maioria dos pecados entram pelos olhos,
principalmente os sexuais.
Por isso devemos vigiar nossos olhos (Sl.101.3).
Pois, pela janela pode entrar o ladrão (Satanás).
Tipos de olhos: Altivos Pv 6.17. Malignos Pv
23.6. O olho mau Mt 6.23. Olhos que zombam de pai e mãe Pv 30.17. Olhos cheios
de adultério 2 Pe 2.14.
2 - Paladar:
A Gula (glutonaria) é um pecado que se dá pouca
importância, mas é muito sério. Gl.5.21 – Diz: que os que praticam a gula, não
herdarão o Reino de Deus.
3 - Tato:
O tato desperta sensações de desejo, de cobiça,
de frio, de calor, de dor, etc.
O desejo pode levar a uma cobiça desenfreada.
Que descontrolada pode levar até ao estupro.
A união do tato com a visão é o caminho mais
curto para o pecado. Por isso o toque é bom, mas pode ser muito pernicioso.
4 - Audição:
Os rapazes já sabem que as meninas gostam de
ouvir elogios, de ouvir galanteios.
Isto é normal. Até na natureza os animais
demonstram seus instintos reprodutivos, sexuais, através de cantos (pássaros),
de plumagens (pavão), de masculinidade (guinús, os leões marinhos,etc)
Os humanos não são tão diferentes dos animais,
pois necessitam reproduzir-se.
Também tem seus códigos de flerte:
O sorriso, o charme, o olhar, mas principalmente
as palavras aos ouvidos podem provocar esses instintos de preservação da
espécie.
Mas, também, podem ser usadas para enganar, para
ludibriar.
O Maligno sabe muito bem utilizar este sensor
para transtornar a alma e o espírito com músicas de procedência maligna, como:
O Rock e Músicas sensuais que despertam o desejo.
O motoboy “Francisco de Assis” assassino do
parque, disse a um repórter que sua estratégia era dizer o que as moças
gostavam de ouvir.
Cuidado meninas. Tem mentiroso demais por aí.
Vão tentar te enganar. “Te amo! Sou louco por você!”, mas o que ele quer é
outra coisa.
A racionalidade do homem o torna ardiloso,
velhaco, até mentiroso para conseguir seus intentos. Mas, responsabilidade não
querem.
5 - Olfato:
De todos o menos requisitado. Mas, quem gosta de
namorar alguém que cheira mal?
Os perfumes podem insinuar sensualidade, e
despertar o desejo. Daí ao pecado é um pulo.
Os pecados de glutonaria e embriaguez são
estimulados pelo o paladar e o olfato (Lc 21.34).
II - A ALMA - VEM DO HEBRAICO “NEPHESH” E DO
GREGO “PSYCHE”.
Tudo que a alma conhece, os prazeres e toda dor,
só são possíveis devido ao nosso corpo. O corpo passa à alma todos os
estímulos, as sensações, todo prazer e até mesmo a dor.
O corpo é o agente externo da alma. Ele nos põe
em contato com o mundo exterior.
A alma é a sede das nossas emoções, da razão e
da vontade. Juntas formam a personalidade humana (a alma).
A Emoção - O coração é a sede das emoções. O
coração é a oficina da alma, aBíblia quando falado coração, ela não se refere
ao órgão musculo mais a consciência, mente ou entendimento do homem,Romanos,12:1-2.
A emoção milita contra a razão, quando esta é
deixada sem controle.
A Bíblia ensina que os jovens devem ser
MODERADOS.(Tt.2.6-8)
Nem toda emoção é maléfica. A alegria é uma boa emoção.
O medo é uma boa emoção quando nos preserva a vida, mas quando ultrapassa os
limites da razão se transforma em pânico, terror.
A emoção é bombardeada constantemente por
agentes externos de Satanás, que querem escravizá-la. Um dos meios para isto são
as drogas. As drogas submetem a emoção, e reduzem a vontade a mera geradora de
satisfação.
A Vontade – O desejo (Gr. Epithumia), a cobiça é
um impulso da vontade. A vontade pende para a emoção, pois é mais gostoso, dá
mais prazer. A vontade do ser é sempre a satisfação.
Os sonhos atuam diretamente na vontade. Compelem
a agir em busca de sua realização.
Porém, quem deve ser o carro chefe é a razão. O
comando deve ser da razão, mas também deve-se dar ouvidos ao coração com
cautela.
Muitos casamentos não dão certo porque são
governados pelas emoções e vontade.
(Rm.7.15 – 8:16 Leia) Paulo está em luta contra
aquilo que sua carne, seu corpo, tem fácil acesso, isto é o prazer que a sua
alma já conhece. Veja que aqui a Alma de Paulo se associou a seu corpo para
tramarem contra o seu espírito.
(Gálatas 5:17) Porque a carne milita contra o
Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que
não façais o que, porventura, seja do vosso querer.
A grande disputa de Satanás hoje é por sua alma.
A alma é imortal. O corpo é pó, e para o pó
voltará (Ec.12.7).
Mais vale uma alma do que tudo o que há no mundo
(Mc.8.36,37).
Quando o corpo perece a alma se retira. (I Re
17.21,22)
Emoção e instinto trabalham juntos no flerte
para encontrar o par desejado. Mas, vc não é dirigido por instintos, mas sim
pela razão, então cuidado.
Todos os sentimentos que existem já existiam
antes da queda, até mesmo o ódio. Tanto que quando nos convertemos não
adquirimos nenhum sentimento novo e também não perdemos.
O ódio em si não é um sentimento ruim. O pecado
o distorceu e o conduziu para o mal.
O ódio seria aversão. O justo odeia a palavra
mentirosa (Pv13.5).
A Razão – é a parte lógica do ser. A sobriedade,
nitidez de raciocínio, a Lógica, e as Decisões da Vida deveriam ser
orquestrados pela Razão.
O ser espiritual não deveria ser controlado por
sua alma, mas por seu espírito. Porém, não sem a atuação da razão, emoção e
vontade.
III - ESPÍRITO HUMANO – VEM DO HEBRAICO “RUACH”
E DO GREGO “PNEUMA”.
Espírito é o fôlego da vida que Deus soprou no
homem.
O espírito humano é de Deus, mas não é Deus no
homem. (Isto é gnosticismo)
O espírito humano (na conversão) ganha vida
diante de Deus, é o novo nascimento. (Rm.8.16)
É nessa dimensão que nós adoramos a Deus.
(Jo.4.23,24).
O espírito nos conduz em santidade e retidão
orientando a alma a tomar as decisões certas. (Sl43.5) O salmista diz que sua
alma deveria esperar em Deus. É de lá que vem a solução, a orientação, das
regiões celestiais. (Ef.1.3)
O espírito nos diferencia dos animais, pois os
animais não podem se relacionar com Deus.
Mesmo a alma dos animais difere da alma dos
homens, pois a razão, não está presente nos animais. Um animal não raciocina à
semelhança do homem. Suas decisões são por instinto ou sugestão.
No espírito que temos experiências com Deus.
O falar em línguas estranhas acontece na esfera
espiritual. Quem fala, na verdade, é o espírito humano e não o Espírito Santo
(I Co.14.2,14,32).
Falar em línguas é para edificação pessoal, e
não para edificação coletiva. Edificação coletiva é através da pregação, da
profecia, do ensino.
Quando se profetiza, se prega, ou se ensina, o
espírito humano recebe do Espírito Santo a revelação de Deus e o servo de Deus
edifica a todos na Igreja.
O espírito humano tem duas faculdades: 1 –
Consciência e 2 – Fé.
A fé não se alicerça na razão (alma), mas sim no
espírito humano.
A consciência é tocada pelo espírito, se este
estiver em sincronia com o Espírito Santo, mas pode ser cauterizada (Tt.1.15)
se a alma tomar a direção do ser humano (I Tm.4.2). O coração humano é
traiçoeiro. Jr.17:9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e
desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?
Como podemos ouvir a voz do Espírito Santo,
assim também podemos ouvir espíritos enganadores(I Tm.4.1).
O espírito trava uma luta com a carne, para te
conduzir (corpo,alma e espírito) a Cristo.
IV. A ORIGEM DO HOMEM
A partir do século XIX iniciaram-se movimentos
científicos e filosóficos que questionavam o surgimento do homem. Até então se
aceitava que o ser humano foi criado por Deus, mas, tendo na pessoa do inglês
Charles Darwin o seu maior defensor, começou a surgir a teoria da Evolução das
espécies.
Esta teoria diz que o ser humano é resultado de
uma série de evoluções de uma “sopa” orgânica que se formou na terra, bilhões
de anos atrás. Nesta “sopa” formou-se o primeiro ser unicelular. Daí em diante
ele passou a ficar mais e mais complexo, passando de uma só célula para um ser
pluricelular. Surgiram os peixes, depois os répteis, anfíbios, pássaros,
mamíferos e por fim o homem das cavernas. Tudo isso num processo extremamente
lento.
O que nenhum cientista conseguiu até hoje foi
encontrar o “elo perdido”, ou seja, o animal de transição. Uma vez que um peixe
virou um pássaro era de se esperar encontrar fósseis de um peixe com penas, ou
de um pássaro com barbatanas e guelras.
Outra dificuldade para os evolucionistas
transporem é que de acordo com a 2ª lei da Termodinâmica, tudo, literalmente
tudo no Universo caminha para o caos. Se a teoria da Evolução fosse verdade,
tudo deveria caminhar para a perfeição, para a complexidade.
A) Tipos de teorias evolucionistas:
Evolução ateísta -
Vê a geração espontânea como a causa original.
Evolução teísta -
Vê um poder divino como a causa original e a
força diretriz.
Ambas podem incluir variações acidentais,
seleção natural e transmissibilidade de características adquiridas.
B) Criacionismo:
A evidência da revelação bíblica -
a– Extensão da evidência. Embora a Bíblia não
seja um livro de ciência, sempre que menciona um fato cientifico registra-o sem
erro.
b– Autoridade da evidência. Tudo que a Bíblia
apresenta como verdade tem autoridade divina.
Os fatos da evidência -
a– Bara’ é usado em Gn 1.1, 21, 27
b– A palavra dia é usada em relação ao nosso atual
período de 24 horas, e é usada também para período mais longo de tempo.
c– A criação é apresentada como fato histórico
em muitos lugares das Escrituras (Ex 20; Sl 8; Mt 19; Hb 4).
d– O começo do primeiro dia ocorre em Gn 1.3. O
versículo 2 pode envolver um enorme período de tempo.
e– As eras geológicas podem ter ocorridos devido
a uma catástrofe (relacionada ou não à queda de satanás) depois da criação
inicial, ou podem ter sido causadas pelo dilúvio.
A teoria da seleção natural das espécies é contrária
ao que ensina a Bíblia Sagrada.
Esta teoria diabólica que incorpora o pensamento
panteísta (Deus é tudo em todos) é a negação do Deus criador de todas as
coisas. "NO PRINCÍPIO CRIOU DEUS OS CÉUS E A TERRA". É assim que
inicia o primeiro livro da Bíblia, Gênesis, escrito por Moisés.
Com a Sua palavra, Deus criou a luz, as águas, o
firmamento, a parte seca (a terra), a relva e árvores frutíferas para
"darem frutos segundo a sua espécie"; depois produziu os astros
luminosos para iluminarem a terra; produziram os peixes e as aves, segundo suas
espécies; produziu Deus os animais domésticos, répteis e animais selvagens
conforme a sua espécie.
"Então disse Deus: Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os animais domésticos,
sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra.
Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego
da vida, e o homem tornou-se alma vivente.
Assim Deus criou o homem à sua imagem, à imagem
de Deus o criou; macho e fêmea os criou. Viu Deus que tudo o que tinha feito, e
que era muito bom" (Gênesis 1 e 2).
"Porque primeiro foi formado Adão, depois
Eva" (1 Tm 2.13).
Como vimos, depois de fazer a terra e os céus,
Deus criou as matas, as árvores frutíferas, os animais, e, enfim, o homem.
O sopro de Deus no homem formado do pó
representa que a vida é um dom de Deus; que o homem foi criado para ser
moralmente semelhante a Deus, como expressão do seu amor e glória; para ter
permanente comunhão com Deus.
Portanto, não tem respaldo das Sagradas
Escrituras a afirmação de que a alma humana encontrou morada primeiramente em
animais, e que o homem é conseqüência de uma seleção natural das espécies.
O Senhor Jesus legitima o livro de Gênesis, ao dizer:
"Não leste que no princípio o Criador os fez macho e fêmea"?
Como poderia a alma humana, nascida do sopro de
Deus, haver se instalado no macaco, criado antes do homem? Por que então
afirmar que espiritismo e cristianismo ensinam a mesma coisa? Proselitismo,
engodo, mentira, hipocrisia ou leviandade? Moisés teria escrito uma asneira?
Mas como, se o espiritismo diz que Moisés foi a
Primeira Revelação de Deus? Se as revelações de Deus não sabem o que afirmam ou
mentem, a Terceira Revelação, o espiritismo, seria uma exceção?
V. A PARTE MATERIAL DO HOMEM (CORPO)
A) Sua criação:
(Gn 2.7 e 3.19)
B) Suas designações:
Corpo (Mt 6.22)
Carne (Gl 2.20)
Corpo de humilhação( Fp 3.21)
Vaso de barro( 2Co 4.7)
Templo do Espírito Santo (1Co 6.19)
C) Seu futuro:
Todos os homens serão ressuscitados dos mortos
(Jo 5.28,29). Os não-redimidos serão ressuscitados para uma existência eterna
no lago de fogo (Ap 20.12,15), e os remidos, no céu.
VI. A PARTE IMATERIAL DO HOMEM (ALMA E ESPÍRITO)
"Qual a diferença entre a alma e o espírito
do homem?" Resposta: Qual a diferença entre a alma e o espírito? A palavra
“espírito” se refere somente à faceta imaterial do homem.
A humanidade tem um espírito, mas nós não somos
um espírito. Entretanto, segundo as Escrituras, somente os crentes, aqueles
onde o Espírito Santo habita, são “espiritualmente vivos” (I Co 2.11; Hb 4.12;
Tg 2.26). Os não-crentes são “espiritualmente mortos” (Ef 2.1-5; Cl 2.13).
Nos escritos de Paulo, o “espírito” era de
central importância para a vida espiritual do crente (I Co 2.14; 3.1,15.45; Ef
1.3; 5.19; Cl 1.9; 3.16).
O espírito é o elemento no homem que dá a ele a
capacidade de ter um relacionamento íntimo com Deus. Sempre que a palavra
“espírito” é usada, se refere à parte imaterial do homem, incluindo sua alma.
A palavra “alma” se refere não apenas à parte
imaterial do homem, mas também à parte material. O homem tem um espírito, mas é
uma alma. Em seu mais básico significado, a palavra “alma” significa “vida”.
Entretanto, a Bíblia vai além de “vida”,
estendendo-se a muitas áreas. Uma delas é o desejo do homem de pecar (Lc
12.26). O homem é mau por natureza, e como resultado, tem a alma contaminada. O
princípio da vida é removido no momento da morte física (Gn 35.18; Jr 15.2).
A “alma”, como o “espírito”, é o centro de
muitas experiências espirituais e emocionais (Jó 30.25; Salmos 43:5; Jr 13.17).
Sempre que é usada a palavra “alma”, pode se referir à pessoa como um todo,
viva após a morte.
A “alma” e o “espírito” são parecidos na maneira
pela qual são usados na vida espiritual do crente. Eles são diferentes em sua
identidade. A “alma” é a visão horizontal do homem com o mundo. O “espírito” é
a visão vertical do homem com Deus.
É importante compreender que ambos se referem à
parte imaterial do homem, mas somente o “espírito” se refere à caminhada do
homem com Deus. A “alma” se refere à caminhada do homem no mundo, tanto
material quanto imaterial.
A) Sua
origem:
Gn 2.7
B) Sua característica:
“Imagem e semelhança de Deus”. O estado original
de Adão era de santidade recebida, mas não confirmada. Ele perdeu este estado
com a queda, mas o homem ainda retém vestígios da imagem e semelhança de Deus.
(1co 11.7; Tg 3.9)
C) A transmissão da parte imaterial do homem:
B) Teoria
da pré-existência.
As almas de todos os homens foram criadas por
Deus no início do universo e são individualmente encerradas em corpos.
Criacionismo.
A alma do homem é criada por Deus quando seu
corpo nasce.
Traducianismo.
A alma é transmitida por geração natural, tal
como o corpo.
D) As facetas da parte imaterial do homem:
Alma.
A alma diz respeito à vida pessoal, ao
indivíduo. Tem emoções (Jr 31.25) e guerreia contra as paixões da carne (1 Pe
2.11).
C) Espírito.
Este termo é relacionado aos aspectos mais elevados do homem (Rm 8.16). Todos
os homens têm espírito (1 Co 2.11). O espírito também pode ser corrompido ( 2
Co 7.1). Embora haja distinção entre alma e espírito, ambos são facetas da
parte imaterial do homem. Coração.
O coração é o conceito mais amplo de todas as facetas
da parte imaterial do homem. E a sede da vida intelectual, emocional, volitiva
e espiritual do homem (Hb 4.12; 4.7; Mt 22.37)
Consciência.
A consciência é uma testemunha interior que foi
afetada pela Queda mas que, apesar disso, pode ser um guia seguro
ocasionalmente (1Pe 2.19; Hb 10.22)
Mente.
A mente é aquela faceta imaterial do homem na
qual está centralizado o entendimento. A mente foi afetada pela queda mas pode
ser renovada em Cristo (Rm 12.2).
Carne.
Quando o termo carne significa natureza
pecaminosa, refere-se também a um aspecto da natureza imaterial do homem. É
completamente corrupta e não pode ser renovada, mas será erradicada na morte.
VII. A QUEDA DO HOMEM
A) Atitudes para com Gênesis 3:
O ponto de vista liberal.
Uma lenda, um quadro geral de religião e moral à
luz de um período posterior.
O ponto de vista neo-ortodoxo.
Mito, história primitiva, supra-história ou
“mito verdadeiro”. Os barthianos consideram o relato não histórico, mas sua
realidade espiritual verdadeira; i.e., verdade sem fato (se isto for possível)
B) Prova:
A proibição de comer do fruto da árvore do
conhecimento do bem e do mal era, em última instância, uma prova de obediência
à vontade revelada de Deus.
C) A queda:
Em primeiro lugar, satanás tentou fazer com que
Eva duvidasse da bondade de Deus porque Ele lhes vedara acesso a uma árvore (Gn
3.1, “toda”).
Depois, satanás ofereceu a Eva um plano
substituto, que permitia comer do fruto sem sofrer a penalidade (vv. 4,5).
Eva justificou antecipadamente seu ato de comer
o fruto (v. 6).
Por fim, Eva comeu e Adão a seguiu.
D) As penalidades:
Sobre a serpente.
Gn 3.14
Sobre satanás. V.15
a– Inimizade entre as hostes do mal e a
descendência da mulher.
b– satanás teria permissão de infligir a Cristo
uma ferida dolorosa mas não fatal (calcanhar).
c– satanás receberia uma ferida fatal (cabeça).
Sobre Eva e as mulheres. V. 16
a- Dor na concepção.
b– Submissão ao marido.
Sobre Adão e os homens. Vv.17-19
a– Maldição sobre o solo.
b– Cansaço e fadiga no trabalho.
Sobre a raça. Vv. 20-24
a– Comunhão com Deus quebrada.
b– Morte física.
c– Expulsão do Éden.
A ORIGEM DO HOMEM
A Bíblia ensina claramente a doutrina de uma
criação especial, que significa que Deus fez cada criatura “segundo a sua
espécie”. Ele criou as várias espécies e então as deixou para que se
desenvolvessem e progredissem segundo a lei do seu ser. A distinção entre os
homens e as criaturas inferiores implica na declaração de que “Deus criou o
homem à Sua imagem”.
Em oposição à criação especial, surgiu a teoria
da evolução que ensina que todas as formas de vida tivessem sua origem de uma
só forma e que as espécies mais elevadas surgissem de uma forma inferior. Por
exemplo, o que uma vez era caramujo, transformou-se em peixe; o que era peixe
chegou a ser réptil; o que uma vez era réptil tornou-se pássaro, e (passando
rapidamente) o que uma vez era macaco evoluiu e tornou-se ser humano. A teoria
é a seguinte: em tempos muito remotos apareceram a matéria e a fôrça – mas como
e quando a ciência não o sabe. Dentro da matéria e a fôrça surgiu uma célula
viva – mas de onde ela surgiu também ninguém sabe. Nessa célula havia uma
centelha de vida, da qual todas as coisas viventes, desde o vegetal até o
homem, sendo este desenvolvimento controlado por leis inerentes. Essas leis, em
conexão com o meio ambiente, explicam a origem das diversas espécies que têm
existido e que existem, incluindo o homem. De maneira que, segundo essa teoria,
tem havido uma ascensão gradual e constante desde as formas inferiores de vida
às formas mais elevadas até chegar ao homem.
Que constitue uma espécie? Uma classe de plantas
ou animais que tenham propriedades e características comuns, e que se possam
propagar indefinitivamente sem mudarem essas características, constituem
espécies. Uma espécie pode produzir uma VARIEDADE, isto é, uma ou mais plantas
ou animais isolados possuindo uma peculiaridade acentuada que não seja comum à
espécie em geral. Por exemplo, um tipo especial de cavalo de corrida pode ser
produzido por processo especial, mas é sempre cavalo. Quando se produz uma
variedade e essa se perpetua por muitas gerações temos uma RAÇA. De maneira que
na espécie canina (cão) temos muitas raças que diferem consideravelmente uma
das outra; porém, todas retêm certas características que as marcam como
pertencentes à família dos cães. Ao lermos que Deus fez cada criatura segundo a
sua espécie, não dizemos que Deus os fez incapazes de se desenvolverem em
VARIEDADES novas; queremos dizer uma barreira entre elas, de maneira que, por
exemplo, um cavalo não se deveria se desenvolver de maneira que se
transformasse em animal que não seria cavalo.
Qual é a prova pela qual se conhece a distinção
entre as espécies? A prova é esta: se os animais podem ser cruzados e se podem
produzir uma descendência fértil por tempo indefinido, então são da mesma
espécie; de outra maneira, não o são. Por exemplo, sabe-se que os cavalos e os
jumentos são de diferentes espécies, pois embora sejam cruzados a égua e o
jumento, produzem a mula. A mula não tem a capacidade de gerar outra mula ou
seja a espécie de mula. Este fato constitue argumento contra a teoria da
evolução, pois mostra claramente que Deus colocou uma barreira entre as
espécies para que umas espécie não se transforme em outra.
Defina-se a ciência da seguinte maneira:
“conhecimentos comprovados”. Será a evolução um fato comprovado? A teoria mais
propagada da evolução é a de Darwin. Entretanto, poderíamos citar os nomes de
muitos cientistas eminentes que declaram que a teoria de Darwin já caiu por
falta de provas.
[...]
Há um abismo intransponível entre os irracionais
e o homem – entre a forma mais elevada de animal e a forma inferior da vida
humana. Nenhum animal usa ferramentas, acende fogo, emprega linguagem
articulada ou tem capacidade de entender as coisas espirituais. Mas todas essas
coisas encontram-se na forma inferior de vida humana. O macaco mais inteligente
não passa de um irracional; mas o espécimen mais degradado do homem continua
sempre um ser humano.
[...]
Os evolucionistas procuram unir o homem ao
irracional, mas Jesus Cristo veio ao mundo para unir o homem a Deus. Ele tomou
sobre Si a nossa natureza para poder glorificá-lo no seu destino celestial.
“Mas todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus, aos que crêem no Seu nome.” João 1.12. Aqueles que participam de Sua vida
Divina chegam a ser membros de uma nova mais elevada raça – sim, filhos de
Deus! Porém, essa nova raça (o “homem novo” Efés. 2.15), surgiu, não porque a
natureza humana evoluísse até a Divina, mas porque a Divina penetrou na humana.
E aqueles que são “participantes da natureza divina” (2 Pedro 1.4) João, o
apóstolo diz: “Amados agora somos filhos de Deus”. (1 João 3.2).
PRINCÍPIOS DE
HERMENÊUTICA
Texto Base: Lc. 24.27
DEFINIÇÃO:
• A
palavra Hermenêutica provém da palavra grega “hermeneutike” que, por sua vez,
se deriva do verbo hermeneuo, significando: a arte de interpretar os livros
sagrados e os textos antigos. Segundo a história Platão, foi o primeiro a
utilizar essa palavra. A hermenêutica forma parte da Teologia exegética, ou
seja, a que trata da reta inteligência e interpretação das Escrituras.
•
Hermenêutica bíblica é a disciplina da teologia exegética que ensina as
regras para interpretar as Escrituras e a maneira de aplicá-las corretamente
A hermenêutica como ciência é:
a) Objetiva - Pois está fundada em fatos
concretos, isto é na verdade bíblica;
b) Racional – Pois é constituída de conceitos,
juízos e raciocínios, e não por sensações e imagens;
c) Analítica – Pois em virtude de abortar , um
fato, processo ou situação de interpretação, ela decompõe o todo em partes
componentes e relacionadas entre si. Isto quer dizer que a hermenêutica ao
analisar um texto, disseca-os em partes a fim de que o todo seja compreendido;
d) Explicativa – Em virtude de ter como
finalidade explicar os fatos em termos de leis, e as leis em termos de
princípios, ela é tanto descritiva como prescritiva. Como descritiva explica o
que é o texto (seu significado) enquanto prescritiva determina qual deve ser
nosso comportamento mediante a interpretação fornecida – o que é o texto.
1) 4
REGRAS BÁSICAS NO ESTUDO CORRETO DA BÍBLIA
1.1.
OBSERVAÇÃO – que responde a pergunta: Que vejo? Aqui o estudante aborda
o texto como um detetive. Nenhum pormenor é sem importância; nenhuma pedra fica
sem ser virada, cada observação é cuidadosamente arrolada para a consideração e
comparação posteriores.
1.2.
INTERPRETAÇÃO – que responde a pergunta o que significa? Aqui o
intérprete bombardeia o texto com perguntas como: que significavam estes
pormenores para as pessoas às quais foram dados? Porque o texto diz isto? “Qual
a principal idéia que ele está procurando comunicar?
1.3.
CORRELAÇÃO – que responde a pergunta “como isto se relaciona com o resto
da Bíblia?
1.4.
APLICAÇÃO – que responde a pergunta “que significa para mim?” Esta é a
meta dos outros três passos. Um especialista nessa área disse-o sucintamente:
“Observação e interpretação sem aplicação é aborto”.
2) OS PROBLEMAS DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA
2.1. O abismo cronológico - o tempo
2.2. O abismo cultural – o costume
2.3. O abismo lingüístico – a linguagem
2.4. O abismo geográfico – o lugar
2.5. O abismo literário – o estilo de escrever/
forma de escrever
2.6. O abismo sobrenatural – o divino
3) AS REGRAS DE INTERPRETAÇÃO SE DIVIDEM EM 4
CATEGORIAS:
3.1. Princípios gerais da Interpretação – São os
que tratam da matéria global da interpretação. São universais em sua natureza,
não se limitando as considerações específicas, incluídas estas nas outras três
seções.
3.2. Princípios Gramaticais de Interpretação –
São os que tratam do texto propriamente dito. Estabelecem as regras básicas
para o entendimento das palavras e sentenças da passagem em estudo.
3.3. Princípios Históricos de Interpretação –
São os que tratam do substrato ou contexto em que os livros da Bíblia foram
escritos. As situações políticas, econômicas e culturais são importantes na
consideração do aspecto histórico do seu estudo da Palavra de Deus.
3.4. Princípios Teológicos de Interpretação –
São os que tratam da formação da doutrina cristã. São, por necessidade, regras
“amplas”, pois a doutrina tem de levar em consideração tudo o que a Bíblia diz
sobre o assunto.
4) O QUE É NECESSÁRIO PARA UM ESTUDO PROVEITOSO
DA BÍBLIA
4.1. ser amante da verdade – I Ped. 2.1,2
4.2. ter um espírito respeitoso – Sl. 119; Is.
66.2; I Ts 2.13
4.3. ser paciente no estudo – At. 17.11
4.4. ler com oração, devagar, meditando na sua
mensagem – Sl. 119.18
4.5. dependência do Espírito Santo – Jo. 16.13,14
(A Bíblia é a espada do Espírito Ef. 6.17)
4.6. conhecimento das línguas originais da
Bíblia – (grego e hebraico).
Martinho Lutero costumava dizer que o estudo da
Bíblia era, para ele, algo parecido com o processo de colher maçãs na própria
árvore. Primeiro sacudia toda a macieira para que caíssem as maçãs maduras
(estudo de toda a Bíblia). Depois sacudia na árvore e sacudia cada galho
principal (cada livro). Em seguida sacudia um galho após o outro (capítulos), e
daí passava a sacudir os galhos menores (versículos e orações gramaticais). No
final, vasculhava debaixo de cada folha caída da macieira (estudo da palavra
isolada), para ver se sob elas havia maçã escondida.
Que belo exemplo a ser seguido por nós crentes e
amantes da Palavra de Deus, façamos isto e nosso estudo será proveitoso, e
assim seremos levados a fonte de riqueza espirituais que só existe na Santa
Bíblia. Não se desanime no estudo constante da Bíblia, Ela é a infalível e
inerrante Palavra de Deus, nela não há falhas, se alguma falha for encontrada
na Bíblia, sempre será pelo lado humano, tal como tradução mal feita, grafia
inexata, interpretação forçadas, etc. Quando encontramos na Bíblia um trecho
discrepante, não pensemos logo que é um erro. Nesse caso vamos refletir como
Agostinho que disse: “Num caso desse, deve haver erro de copista, tradução mal
feita do original, ou então sou eu mesmo que não consigo entender”.
5) O PROPÓSITO DA HERMENÊUTICA
A hermenêutica propõe-se a auxiliar o obreiro, e
a qualquer estudante da Bíblia, a usar métodos de interpretações confiáveis,
além de estabelecer os princípios fundamentais da exegese bíblica, como base
para o estudo do texto na sua diversidade lingüística, cultural e histórica.
5.1. CORRELAÇÃO ENTRE HERMENÊUTICA, EXEGESE E
EISEGESE
• A hermenêutica
precede a exegese. Esta por sua vez vale-se dos princípios, regras e métodos
hermenêuticos em suas conclusões e investigações;
•
Exegese é a aplicação dos princípios hermenêuticos para chegar a um
entendimento correto sobre o texto. É o estudo do sentido literal do texto.
Refere-se a idéia de que o intérprete está derivando o seu entendimento do
texto, em vez de incutir no texto o seu entendimento;
•
Eisegese consiste em manipular o texto para dizer o que o texto não diz.
Injeta em um texto, alguma coisa que o intérprete quer que esteja ali, mas que
na verdade não faz parte do mesmo. Em última instância quem usa a eisegese
força o texto mediante várias manipulações, fazendo com que uma passagem diga o
que na verdade não se ache lá.
As funções da hermenêutica e da exegese bíblica
são:
5.1.1. Traduzir o texto original, tornando-o
compreensível em língua vernácula, sem sangrar o sentido primário;
5.1.2. Compreender o sentido do texto dentro de
seu ambiente histórico-cultural e léxico-sintático;
5.1.3. Explicar o verdadeiro sentido do texto,
em todas as dimensões possíveis (autor, audiência, condições sociais,
religiosas etc);
5.1.4. Tornar a mensagem das Escrituras
inteligível ao homem moderno;
5.1.5. Conduzir-nos a Cristo.
6) FORMAS PELAS QUAIS O INTERPRETE PRÁTICA A
EISEGESE
6.1. Quando força o texto a dizer o que não diz;
6.2. Quando ignora o contexto sob pretexto
ideológico;
6.3. Quando ignora a mensagem e o propósito
principal do livro;
6.4. Quando não esclarece o texto à luz de outro
6.5. Quando põe a revelação acima da mensagem
revelada.
7) A REGRA FUNDAMENTAL DA HERMENÊUTICA
A Bíblia explica a si mesma, ou seja a Bíblia
interpreta a própria Bíblia:
a) Pelo
seu conteúdo e ensino geral;
b) Pelo
ensino geral de cada livro do escritor;
c) Pelo
conhecimento e leitura contínua do Santo Livro de Deus, sempre na dependência e
inspiração do querido Espírito, que é o intérprete da Bíblia – vide Jo.14.26;
16.13; II Tm.3.14-17;
d) Pelo
conhecimento que temos dos seus ecritores.
8) PRINCIPAIS REGRAS DA HERMENÊUTICA
8.1. Os exemplos bíblicos só tem autoridade
quando amparados por uma ordem.
Ao ler a Bíblica, fica evidente que você não
está obrigado a seguir o exemplo de cada pessoa que protagoniza os
acontecimentos nela citados. Até para seguir os melhores exemplos o crente deve
ter discernimento espiritual. Tomemos por exemplo a pessoa do nosso Amado
Mestre – segundo o costume oriental Jesus usava vestes longas e alparcas,
normalmente andava a pé, quando dirigiu, foi montando num jumentinho. Nunca se
casou, e nunca saiu dos limites de seu país (exceto na infância, quando seus
pais fugiram para o Egito) logo não se deve espera que você imite Cristo nessas
áreas. É necessário evitar os excessos. Logo exemplos tirados da vida de Jesus
ou de seus seguidores, não apoiados por ordens, tem valor relativo.
- Um exemplo bíblico pode confirmar o que você
pensa que o Senhor está induzindo você a fazer – se por exemplo você decide
ficar solteiro, sentindo que Deus assim o quer, esse seu desejo tem apoio
bíblico haja vista que Jesus nunca casou.
- Um exemplo bíblico pode ser rica fonte de
aplicação à sua vida – se você ler Mc.1.35: “Tendo-se levantado alta madrugada,
saiu (Jesus), e foi para um lugar deserto, e ali orava”.
Depois de refletir e orar, você chega a
conclusão que Deus deseja que você ore todos os dias pela manhã, bem cedo. Essa
aplicação trará benefícios a sua vida espiritual.
É de sua importância salientar que, você não
pode querer que outras pessoas ajam como você, pois aí você estaria quebrando
essa importante regra da hermenêutica, pois estaria tratando isso como se fosse
uma ordem.
8.2. O propósito primário da Bíblia é mudar
nossas vidas, não aumentar nosso conhecimento – II Tm.2.16,17
Necessário se faz dada não sermos espertos como
o diabo, mas nos tornamos santos como o Senhor nosso Deus – I Ped. 1.15,16
lembremos que o diabo conhece muito bem a Bíblia, e é capaz de citá-la melhor
que o mais erudito dos pregadores. Ele passaria com facilidade em qualquer
faculdade de teologia, porém tal conhecimento não é de nenhum valor, haja vista
o seu coração ser mau e perverso, jamais podendo obedecer a Deus. Primeiro o
Senhor Jesus deseja nossa transformação e depois o conhecimento.
8.3. Interprete a experiência pessoal à luz da
Bíblia e não a Bíblia à luz da experiência pessoal – Is.8.20
Com quanto nossas experiências se constituem na
evidência do que o Senhor nosso Deus esteja fazendo em nosso favor, elas jamais
devem tomar o lugar das Sagradas Escrituras, a palavra de Deus sempre teve a
primazia, haja vista ser ela nossa regra de fé e conduta. Vide exemplo: II
Cr.16.12: “Asa caiu dos pés ; contudo na sua enfermidade não recorreu ao
Senhor, mas confiou nos médicos”. Imagine que você esteja doente, e sente em
seu coração de não tomar mais remédios, e não procurar mais seu médico, crendo
que Jesus vai te curar, dentro de poucos dias você sente que a doença se foi,
de repente você depois de curado sobe no púlpito e com base na sua experiência
começa a dizer para os irmãos que eles não devem mais tomar remédios e nem
procurar os médicos, e cita a passagem em apreço esperando que os outros irmãos
sigam o seu exemplo, você com certeza estará quebrando uma importante regra de
interpretação da Bíblia. Por esta razão, devemos ter cuidado que a experiência
intérprete as Escrituras, quando a interpretação das Escrituras é que deve
moldar a nossa conduta e as nossas experiências.
8.4. É de todo necessário tomar as palavras no
sentido que indica o conjunto da frase.
Dos exemplos que oferecemos a seguir, ver-se-á como
varia segundo a frase, texto ou versículo, o significado de algumas palavras
muito importantes, acentuando assim a importância desta regra. Exemplos: FÉ,
SALVAÇÃO, SALVAR, GRAÇA.
- FÉ: a palavra fé, ordinariamente significa
confiança; mas tem outras acepções.
- FÉ: significa base do perdão e justificação –
Rm. 3.28,30; Gl.3.8;
- FÉ: como crença ou doutrina do evangelho –
Gl.1.23; Cl.1.23; 3.2;
- SALVAÇÃO, SALVAR – essas palavras são usadas
freqüentemente no sentido de salvação do pecado. Porém aparece nas Escrituras
com outros significados:
a) At.7.25 – aqui tem o sentido de liberdade
temporal;
b) Rm.13.11 – equivale a vinha de Cristo;
c) Hb.2.3. – significa toda revelação do
evangelho;
d) Êx.14.13, 15.2. – significa livramento;
e) Tg.5.15. – significa cura da enfermidade.
- GRAÇA – favor não merecido, mais que Deus
livremente nos concede – vide Ef.2.7,8
a) Graça como justificação – Tito3.7; Rm.3.24;
b) Graça com palavra do evangelho – At.14.3.;
c) Graça caminhada – II Co.12.9.
8.5. Trabalhe partindo da pressuposição que a
Bíblia tem autoridade.
Ao procurar submeter-se ao que dizem as
Escrituras, é importante entender que na Bíblia a autoridade é expressa de
várias maneiras:
a) Uma pessoas age como quem tem autoridade, e a
passagem explica se o ato é aprovado ou reprovado – vide Gn.3.4; II Sm.7.3. cf.
com II Sm 7.4-17; At.15 cf com Gl.2.11.12;
b) Uma pessoa age com atitude de autoridade e a
passagem não mostra nem aprovação nem reprovação – vide o caso de Abraão e Sara
– Gn.12.10-20 – você terá de decidir se Abraão errou ou não com a atitude que
ele tomou na referida passagem bíblica, e é precisamente este o interesse todo
da interpretação da Bíblia.
8.6. É preciso o quanto seja possível, tomar as
palavras em seu sentido usual e comum.
Exemplos:
a) Gn.6.12 – aqui carne significa pessoa e
caminho significa costume, modo de proceder ou religião;
b) Lc.1.6,9 – Casa de Davi significa família ou
descendência.
Devemos lembrar que o sentido usual e comum nem
sempre equivale ao sentido literal, em outras palavras, o dever de tomar as
palavras e frases em seu sentido comum e natural não significa que sempre devem
ser tomadas ao “pé da letra”.
9) HEBRAÍSMOS
Por hebraísmo entendemos certas expressões e
maneiras peculiares do idioma hebreu que ocorrem em nossas traduções da Bíblia,
que originalmente foi escrita em hebraico e grego: Tendo conhecimento disso,
nos será de grande auxílio na interpretação da Bíblia.
Exemplos:
a) Era costume dos hebreus chamar a uma pessoa
filho da causa que de um modo especial a caracterizava, de modo que ao pacífico
e bem disposto chamava filho da paz;ao iluminado e entendido filho da luz; aos
desobedientes, filhos da desobediência – cf. Lc.10.6; Ef.2.2; 5..6-8. amar e
aborrecer eram usados para expressar preferência de uma coisa a outra –
Lc.14.26; Mt.10.37; Rm.9.13.
10) SIMBOLOS
Os símbolos na Bíblia são riquíssimos e
variados, é muito importante termos conhecimento deles para uma correta
interpretação da Bíblia. Vejamos:
1) Árvores – as altas os governantes –
Ez.31.5-9; as baixas símbolos do povo comum – Ap.7.1; 8;
2) Céus abertos e portas e janelas do céu –
benção e proteção de Deus para os seus servos fiéis, e também juízo para os
infiéis – Gn28.17; Ml.3.10; Ap.4.1; 19.11;
3) Estrelas – os pastores, Jesus Cristo –
Ap.2.28; 22.16;
4) Sol – Deus – Sl.84.11;
5) Mulher – a nação israelita – Ap.12.1;
6) Luz – o caminho do justo – Pv.4.18;
7) Braços – força e poder; braço estendido –
símbolo de poder em exercício – Êx.6.6;
8) Mãos – atividades, poder, ajuda, comunhão;
9) Mão direita – Poder e autoridade, símbolo de
honra e distinção, poder apoio e proteção – Êx.15.6;
10) Mãos abertas¬ –liberalidade;
11) Mãos levantadas contra outro – rebeldia – II
Sm. 20.21;
12) Mãos limpas – alto puros e justos – I
Tm.2.8;
13) Mãos sobre a cabeça de alguém – símbolo de
transmissão de benção – Gn.48.14-20;
14) Pomba – (Tipologia) tipificação do Espírito
Santo – Mt.3.16;
15) Pão – símbolo de Cristo – Jo.6.48;
16) Pés firmados na Rocha – estabilidade –
Sl.40.2;
17) Pés colocados num lugar amplo – liberdade –
Sl.31.8;
18) Pés mergulhados no sangue – vitória –
Sl.68.23;
19) Pés mergulhados no azeite – abundância –
Jó.29.6;
20) Pés escorregando – ceder a tentação –
Jó.12.5; Sl.38.16;
21) Pés descalçados – luto – II Sm.15.30;
22) Lavar os pés – ato de hospitalidade e
humildade – Gn.18.4; Jo.13.14,15;
23) Fogo – símbolo da palavra – Jr.23.29;
24) Azeite – a unção do Espírito Santo;
25) Chave – Autoridade – Ap.1.18;3.7.
ESCATOLOGIA
ESCATOLOGIA
É O ESTUDO DAS COISAS OCULTAS OU ULTIMAS
Escatologia é o estudo das coisas ocultas,
daquilo que está por "detrás das cortinas" dos acontecimentos
futuros.
Em
Daniel 9:24-27 encontramos um anjo falando a Daniel sobre as 70 semanas
designadas por Deus sobre o povo de Israel e sobre a santa cidade: Jerusalém.
escatologia
(A doutrina das últimas coisas)
INTRODUÇÃO:
A escatologia Bíblica não é apenas abrangente; é
amorosamente conclusiva. Percorre a história e descortina a eternidade.
Revela-se, e é sempre mistério. Deus a engendrou nos profetas, fecundou-a nos
evangelhos e epístolas, e deu-se a pleníssima luz no Apocalipse.
A igreja sempre se preocupou com a doutrina das
últimas coisas. A história mostra que o cristianismo, desde a sua fundação, vem
sendo caracterizado por um decisivo enfoque escatológico. E, hoje podemos dizer
que a escatologia bíblica vive o seu ápice. Nunca os cristãos estudaram tanto
as últimas coisas quanto nestes dias que se ultimam.
DEFININDO O TERMO
ESCATOLOGIA
Do grego “escathos”, últimas coisas + “logia”,
discurso racional. Significa para a igreja cristã o estudo sistemático e lógico
das doutrinas concernentes às ultimas coisas. Compreendida como um dos
capítulos da dogmática cristã, a escatologia tem por objeto os seguintes temas:
o estado intermediário, o arrebatamento da igreja, o tribunal de Cristo, as
bodas do Cordeiro, a grande tribulação, a revelação de Cristo em glória, o
julgamento das nações, o milênio, a última revolta de satanás e dos ímpios, a
instauração do juízo final e o estabelecimento do estado eterno.
Apesar de ser bem vasta esta área das doutrinas
fundamentais, no entanto neste sintético estudo estaremos abordando apenas a
escatologia que é a doutrina das últimas coisas.
Muitos acontecimentos escatológicos estão
contidos nestas setenta semanas de Daniel.
O anjo dividiu as setenta semanas em três períodos. Vamos estudar os três períodos das setenta
semanas.
1º período – sete semanas
2º período – sessenta e duas semanas
3º período – uma semana
As setenta semanas de anos, formando um total de
490 anos. Destas setenta semanas,
sessenta e nove semanas já aconteceram no meio do povo de Israel. Resta apenas a última semana a se
cumprir. Isto acontecerá após o
arrebatamento da igreja, pois, esta última semana é a semana da Grande
Tribulação.
Vamos então por etapas:
1º período – Sete Semanas
São
os quarenta e nove anos que foram gastos na reconstrução de Jerusalém com os
seus muros. Desde a saída da ordem,
disse o anjo a Daniel, até a conclusão da reconstrução, sete semanas, ou seja,
49 anos.
Que
ordem é esta? Esta ordem foi dada pelo
rei Ciro, o homem que Deus levantou para reconstruir Jerusalém. E segundo a Bíblia, Ciro foi chamado de
pastor e ungido de Deus. Deus o
constituiu ministro para este importante negócio. Isaias 44:28, 45:1-14. Deus falou a respeito de Ciro 200 anos
aproximadamente, antes dele nascer.
Com
a derrota do império babilônico através de Dario, regente de Ciro, o império
Medo-Persa tomou conta de todo o mundo e Ciro deu liberdade religiosa às nações
que ao seu império ficaram submissas, e dentre essas nações, Israel foi
beneficiada. Entretanto, a Israel, não
somente Ciro deu liberdade religiosa, mas também se compadeceu de uma Jerusalém
destruída pelos imperadores que o antecederam e deu ordem para que toda
Jerusalém com a casa de Deus e seus muros, fossem reconstruídos. (Esdras 1:1-11, 3:7, 5:13, 6:3-4) Depois dele, seus sucessores seguiram sua
orientação, dentre eles o rei Artaxerxes.
Esdras 7:21-26
O
livro de Neemias também quase todo se dedica à reconstrução de Jerusalém com
seus muros e seu templo. Portanto, as
sete primeiras semanas foram gastas na reconstrução de Jerusalém.
2º período – Setenta e Duas Semanas
As
últimas sessenta e duas semanas começaram exatamente depois da reconstrução de
Jerusalém até o Calvário. Sessenta e
duas semanas de angústia e sofrimento.
Israel muito sofreu, perseguido pelos imperadores impiedosos e
cruéis. Principalmente nos 400 últimos
anos, Israel muito sofreu porque teve o abandono de Deus. Deus silenciou a respeito de Israel, não
falando nem por sonho, nem por visões, nem por profetas.
Foram quatrocentos anos de total silêncio, sem ouvir a voz de Deus. Na época dos Macabeus então, o sofrimento foi
crucial.
No
final das 62 semanas apareceu então o Messias.
E com a sua morte, foi concluído então este período igual a 434
anos. Juntando com as outras sete
semanas, ou seja, quarenta e nove anos, houve um total de sessenta e nove
semanas ou 483 anos.
Então, essas primeiras 69 semanas, foram exatamente da saída da ordem
através do rei Ciro para reconstrução de Jerusalém, até a retirada do Messias.
Estamos vivendo agora o intervalo da penúltima para a última
semana. Esta última semana está para
acontecer logo após o arrebatamento da igreja.
Do
calvário para cá, Deus resolveu cancelar o programa com os judeus, metendo-o
numa gaveta, a gaveta do tempo, e resolveu abrir um novo programa para um outro
povo, e este povo somos nós os gentios.
Porque outrora éramos considerados publicanos, um povo desqualificado,
mas pela misericórdia de Deus, por intermédio da morte vicária de Jesus Cristo,
Deus olhou para o outro povo que não era o seu, isto é, os gentios (Romanos
11).
Então os gentios por intermédio de Jesus Cristo, puderam ter acesso
também a esta graça.
A
dispensação da graça então é destinada aos gentios. Do calvário para cá um novo programa foi
aberto. Mas esta dispensação terá o seu
término exatamente quando a igreja for arrebatada e isto já está para acontecer. Antes que a última semana aconteça, Jesus
virá buscar a sua igreja.
A SEGUNDA VINDA DE JESUS
Acerca da segunda vinda de Jesus Cristo, a Bíblia nos fala 1.845 vezes,
sendo, 1.527 vezes no Antigo Testamento, e 318 vezes no Novo Testamento.
A segunda vinda de Jesus divide-se em duas
fases: fase invisível e fase visível.
A
fase invisível é o rapto ou arrebatamento da igreja.
A
fase visível é aquela em que Jesus virá já com a igreja, quando todo o olho O
verá. (Apocalipse 1:7 e Mateus 24:29-30)
3º período – Uma Semana
De
uma fase para outra, haverá um espaço de sete anos. É justamente neste espaço, neste intervalo,
entre a primeira fase e a segunda, que acontecerá a última semana que Deus
mostrou a Daniel. Uma semana de sete anos, é o período da grande tribulação na
terra. A igreja estará em delícias
eternas no céu. Ali haverá três
acontecimentos importantes:
A noiva será apresentada ao noivo.
O julgamento da igreja.
As bodas do Cordeiro.
Portanto aí estão as divisões da segunda vinda
do nosso Senhor Jesus Cristo. Vamos estudar por partes:
FASE INVISÍVEL DA VINDA DE JESUS
O Arrebatamento
Disse Jesus:
“E quando estas coisas começarem a acontecer, levantai as vossas
cabeças, porque a vossa redenção está próxima.”
(Lucas 21:28).
Que
coisas são estas? São exatamente os
sinais que antecedem este grande dia, este grande evento, o arrebatamento.
Israel por exemplo é um desses grandes sinais. Jesus falou acerca disso em Lucas 21: 29-30.
"E disse-lhes uma parábola: Olhai para a
figueira, e para todas as árvores; Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós
mesmos, vendo-as que perto está já o verão". Lucas
21.29-30
A
figueira é uma árvore da Palestina, que quando começa a florescer, está
anunciando o verão naquela região. Jesus comparou esta figueira a Israel,
dizendo que Israel é esta figueira que está florescendo, anunciando o verão
espiritual do arrebatamento. Realmente,
Israel começou a florescer do ano 70 para cá.
Foi disperso por todas as nações (Lucas 21: 20-24).
Por
mais de 1900 anos, Israel esteve longe de sua terra, de seus costumes, de sua
comunidade, ficando totalmente uma nação despatriada. Entretanto, Israel se manteve fiel aos seus
princípios religiosos. Acerca disto,
Deus usou o profeta Ezequiel, mandando que ele profetizasse sobre aquele vale
de ossos secos. Quando Ezequiel
profetizou, cada osso se ajuntou ao seu osso e sobre os ossos apareceram
nervos, carnes e pele, formando corpos, e um grande exército ficou em pé, porém
não entrou neles o espírito. (Ezequiel 37: 1-14).
A
partir de 14 de maio de 1948, quando a ONU reconheceu Israel como novo Estado
naquela região do Oriente, Israel que era uma das mais antigas nações, agora é
uma das mais novas. Hoje Israel é uma
potência os sentidos econômicos, sociais e militares. No mundo da agricultura, Israel mostrou
verdadeira capacidade. Agora eles têm
mais de 250 mil hectares de terras, onde outrora era um deserto. Terras infrutíferas que agora são tão
férteis, produzindo frutos, flores, legumes, os quais são exportados para toda
a Ásia e para Europa.
Israel está florescendo. Só falta entrar o espírito. E este espírito entretanto, só entrará após o
arrebatamento da igreja. (Ezequiel
37:8-10). O que prova que está por um
fio a volta de Jesus.
Israel já se prepara para viver a última semana. Antes de esta semana chegar, a igreja subirá
ao encontro de Deus.
Um
outro sinal é a união do continente europeu para receber o seu líder. A Europa já está se unificando para fins
comerciais, políticos, econômicos e por certo, religiosos. Ali haverá
uma só moeda, uma só bandeira, sem fronteiras comerciais. Sendo a Europa um dos continentes mais
evoluídos do mundo, por certo os demais continentes imitarão seu exemplo no
sentido global.
Já
temos o Mercosul, o Merconorte e os Tigres Asiáticos. Um só homem tomará conta do mundo inteiro, e
este líder é o anticristo. Um homem
superdotado em conhecimento, em administração e em outras áreas. Por aí se vê que o anticristo se aproxima de
maneira veloz para comandar esta última semana, a semana da Grande
Tribulação. Antes dele, viera Jesus para
arrebatar os salvos.
Além destes, temos outros sinais característicos como terremotos,
maremotos, fome, guerras, rumores de guerra, pestilências, como o câncer, a
AIDS que aí estão desafiando a ciência.
Vemos também a crise religiosa, e a frieza na fé, a iniqüidade se
multiplicando e o amor se esfriando.
(Malaquias 24: 4-14) Jesus está
voltando para buscar a sua igreja, e quando a trombeta tocar, os mortos
ressuscitarão primeiro.
A RESSURREIÇÃO
A
Bíblia nos fala de duas ressurreições (Daniel 12:2).
A
primeira se divide em três grupos:
O primeiro grupo já aconteceu na ressurreição de
Cristo (Mateus 27: 51-53 – I Coríntios 15:23)
O segundo grupo ressuscitará no arrebatamento da
igreja (I Tessalonicenses 4: 13-18 – I Coríntios 15: 51-53)
O terceiro grupo ressuscitará no fim da Grande
Tribulação. Serão aqueles que não adorarem
a Besta (Apocalipse 20: 4-5).
Estes três grupos compõem a primeira ressurreição. Bem-aventurados os que fazem parte da
primeira ressurreição.
A
segunda ressurreição entretanto, dar-se-á mil anos depois, perante o Trono
Branco, quando os ressuscitados serão julgados e ditatorialmente condenados
(Apocalipse 20:12)
O
arrebatamento então dar-se-á desta maneira: A trombeta de Deus tocando, as
sepulturas dos cemitérios de todo o mundo se abrindo, os mares, o fogo, as
matas darão os seus mortos. Os mortos
ressuscitados e os vivos transformados, todos juntos voaremos ao encontro do
Senhor nos ares. Será um momento inédito
em toda história da humanidade.
Você meu irmão em Cristo, prepare-se, vigie e cuide-se, porque o momento
está chegando. Não deixe o diabo te
derrubar (Mateus 25: 13, 26:41 – Marcos 13:33-377 – I Coríntios 10:12).
O
momento está chegando, maranata, o Senhor vem breve. A igreja voará ao encontro do Senhor nas
nuvens e para sempre estaremos com Ele na glória celestial.
A GRANDE TRIBULAÇÃO
Enquanto isso, começará na terra o período mais negro da história da
humanidade, o período da grande tribulação.
Quando isto acontecer, a trindade maligna tomará conta deste mundo e
governará com vara de ferro. A partir de
então, para comprar e vender, será necessário ter o sinal da besta tanto na
testa como na mão. Serão dias
trabalhosos, de muita angústia, quando o povo judeu sofrerá horrores nesta
terra. Além disto, um tributo muito alto
estarão pagando pela rejeição que
fizeram a Jesus quando aqui na terra esteve.
Ele foi rejeitado pelos judeus, crucificado, morto, e agora a Grande
Tribulação será o grande juízo de Deus sobre todo o mundo, em especial sobre
aquele povo. Em Apocalipse 13
encontramos a trindade maligna em ação.
A Bíblia diz que João viu a Besta que saiu do mar. Este mar aqui fala das nações e esta Besta é
um homem superdotado em conhecimento, em administração, e totalmente
experimentado em todas as áreas. Este
homem terá uma inteligência incalculável.
Entretanto, veja que a aparência desta esta era muito estanha. João viu semelhanças nela de leopardo, de
urso e de leão. O que prova que este
homem será forte como estes animais. Com
a força, a coragem e a destreza do leopardo, do urso e do leão, enfim, será
muito forte. A Besta tinha sete cabeças
e dez chifres. Os chifres falam de poder
e o número sete fala de perfeição.
Portanto, o anticristo tentará imitar a Deus na perfeição e na
inteligência, embora não conseguindo.
Esta Besta tinha dez chifres, o que prova
que dez nações estarão ajudando o anticristo a comandar o mundo. Dez grandes nações, dez potências. Aí se observa que esta Besta era tremenda,
poderosíssima.
Mais adiante, neste mesmo capítulo, encontramos uma outra Besta de porte
menor, com dois chifres e com aparência de Cordeiro. Se chifres falam de poder, esta Besta também
terá poder em escala menor, e claro. A
aparência de cordeiro, está falando de mansidão. Isto leva para o lado religioso, para o lado
espiritual. Nisto vemos que satanás,
astuto como é, sabe que a política não pode estar divorciada da religião, pois
o homem por natureza é um ser místico, religioso, e satanás explorará este
lado, levantando um falso profeta que ensinará uma falsa religião, levando o
mundo a adorar a Besta maior. Ambas as
Bestas farão maravilhas espantosas em toda a face da terra (II Tessalonicenses
2: 2-11).
Toda a terra se maravilhará e se espantará, inclusive todos adorarão a
esta Besta. O Dragão que vemos aqui no
capítulo 13, é o próprio satanás e as duas Bestas aqui são o anticristo e o
falso profeta.
A
maior com seu poder político e econômico e a menor é o falso profeta comandando
a falsa religião. Os dias serão tão
tremendos, que Jesus disse:
“Se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma
carne se salvaria.” (Mateus 24:22)
Mas
por causa dos escolhidos, em especial os judeus, serão abreviados aqueles dias.
.
Serão dias tenebrosos, o Espírito Santo como assistente aqui não estará
mais, é claro que como Deus Ele estará porque é onipresente e está em toda
parte. Mas a nível pessoal como
paracleto, não. Pois terá subido com a
igreja para a glória celestial. Após o
arrebatamento da igreja, a Bíblia será como um jornal qualquer, o tempo da
graça terminará, a porá da salvação ela graça se fechará.
O
que acontecerá com você meu amado irmão, se não subires com Cristo no
arrebatamento da Igreja? Cuidado!
Vigia para que não tenha que enfrentar o
anticristo naqueles dias.
VEJA COMO SE DARÁ A SEQUÊNCIA DOS EVENTOS
ESCATOLÓGICOS
1. RAPTO
DA IGREJA (ARREBATAMENTO)
2. JULGAMENTO
DA IGREJA NO TRIBUNAL DE CRISTO
3. AS
BODAS DO CORDEIRO
4. RETIRADA
DAQUELE QUE RESTRINGE O PECADO 5. SURGIMENTO
DO ANTICRISTO NO CENÁRIO MUNDIAL 6. SURGIMENTO
DO FALSO PROFETA
7. O
PACTO DE 7 ANOS DO ANTICRISTO COM ISRAEL
8. OS
JUÍZOS DO CÉU SOB OS SETE SELOS DE AP.6
9. AS
DUAS TESTEMUNHAS E SUA MISSÃO NOS 3 ½ ANOS
10. 144.000
JUDEUS SALVOS EM ISRAEL
11. O
ANTICRISTO NO BLOCO DE 10 NAÇÕES
12. O BLOCO
DE NAÇÕES DO NORTE – GOGUE E MAGOGUE
13. A
FALSA IGREJA MUNDIAL
14. A
PREGAÇÃO DO EVANGELHO DO REINO
15. GOGUE
E MAGOGUE INVADEM ISRAEL
16. O
ANTICRISTO ROMPERÁ O SEU ACORDO COM ISRAEL
17. IGREJA
FALSA MUNDIAL DESTRUIDA PELO ANTICRISTO
18. OS
JUDEUS SERÃO MARTIRIZADOS
19. JUÍZOS
SOBRE A TERRA SOBRE AS SETE TROMBETAS
20. ISRAELITAS
FIEIS FUGIRÃO PARA OS MONTES
21. JUÍZOS
SOBRE A TERRA SOB AS SETE TAÇAS
22. A
QUASE DESTRUIÇÃO DE ISRAEL
23. EVENTOS
GEOFÍSICOS
24. JULGAMENTO
DAS NAÇÕES VIVENTES
25. DERROTA
DO ANTICRISTO E DO FALSO PROFETA
26. O
REMANESCENTE JUDAICO
27. SATANÁS
APRISIONADO
28. O
REINO MILENAR DE CRISTO
29. O
FINAL DA CARREIRA DE SATANÁS
30. O
JUÍZO FINAL – ( JUÍZO DO GRANDE TRONO BRANCO )
31. NOVOS
CÉUS E NOVA TERRA
Uma rápida análise de Mateus 24.1-14
Esses versículos falam de “guerras e rumores de
guerras” (v. 6); “fomes e terremotos” (v. 7); tribulação, martírio, traição,
ódio, falsos profetas e corrupção (vv. 9-12).
Apesar daquilo que alguns ensinam atualmente, os
versículos de 4 - 14 só podem ser escatológicos e, por vários motivos, só podem
estar se referindo aos acontecimentos da primeira metade da Tribulação. As
condições descritas precisam ser entendidas como julgamentos divinos e não como
desastres “naturais”, seguindo o padrão de revelação estabelecido no Velho
Testamento. Jesus disse que “...tudo isto é o princípio das dores
[literalmente, “dores de parto”] (v. 8). No Velho Testamento a palavra hebraica
para “dores de parto” é usada pelos profetas para simbolizar as terríveis calamidades
associadas ao Dia do Senhor (Is 21.3; Is 26.17-18; Is 66.7; Jr 4.31; Mq 4.10),
particularmente ao “tempo da angústia de Jacó” (Jr 30.6-7), ao qual Jesus faz
referência em Mateus 24.21, quando descreve a Grande Tribulação.
Muitos judeus, nos dias do Segundo Templo,
esperavam um tempo de sofrimentos imediatamente antes do fim. A seita judaica
de Qumran (os essênios – atribuía a essa angústia “dores, como de parto”.
Igualmente, o judaísmo rabínico cita as “dores
de parto (em hebraico, chavalim) [relacionadas à vinda] do Messias” como uma
série de convulsões globais que anteciparão a Era Messiânica. No Talmude, a
lista dessas condições desastrosas (espirituais, morais, políticas, sociais e
ecológicas – que caracterizam “a geração em que virá o Filho de Davi”,
Sanhedrin 97a) em muito se assemelha à lista de Mateus 24.4-14.
Como o Novo Testamento indica que a Igreja não
enfrentará o juízo preparado por Deus para o Dia do Senhor (1 Ts 5.9; Ap 3.10),
os versículos de Mateus não podem estar descrevendo acontecimentos da Era da
Igreja.
Em segundo lugar, Jesus declarou que esses
acontecimentos não seriam “o final” do juízo, mas apenas “o princípio” (v. 8).
As dores iniciais serão seguidas de dores mais intensas, no clímax do parto.
Como a Tribulação não virá imediatamente após o Arrebatamento da Igreja, pois
seu início está previsto para o começo da 70ª Semana de Daniel (Dn 9.27), os
versículos de Mateus não podem estar descrevendo acontecimentos da Era da
Igreja.
O maior argumento de que esses versículos se referem
ao contexto da Tribulação surge na comparação dos mesmos (vv. 4-14) com os
cinco primeiros selos de juízo em Apocalipse 6 (confira o Quadro 1).
Essas condições paralelas demonstram que, assim
como os selos de Apocalipse 6 são seguidos pelo juízo mais intenso das
trombetas e das taças, o “princípio das dores” descrito em Mateus 24.4-14 vem
seguido das “dores de parto finais”, mais intensas, descritas em Mateus
24.15-26, que culminarão na vinda do Messias (vv. 27-31).
Além disso, o próprio Senhor Jesus fez
referência à profecia da 70ª Semana de Daniel:
“Quando, pois, virdes o abominável da desolação
de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê, entenda), então, os que
estiverem na Judéia fujam para os montes” (Mt 24.15-16).
Tanto Mateus quanto Marcos (Mc 13.14) apontam o
texto de Daniel para esclarecimento da profecia feita no Monte das Oliveiras.
Conclui-se que Jesus usa a profecia da 70ª Semana de Daniel como patamar para
os eventos cronológicos apresentados em resposta às perguntas dos discípulos.
Isso também acontece na seção de juízos do livro do Apocalipse (capítulos
4-19), onde Jesus, o Autor da visão recebida pelo apóstolo João (Ap 1.1),
concede-a com divisões estruturalmente semelhantes à 70ª Semana de Daniel.
Colocando os textos lado a lado (veja o Quadro 2), descobrimos que o “princípio
das dores” de Mateus 24.4-14 se ajusta ao juízo dos selos de Apocalipse 4-6,
aonde ambos (1) focalizam eventos terrenos; (2) cabem na primeira metade da 70ª
Semana de Daniel (Dn 9.27a); e (3) culminam na profanação do Templo (o
“abominável da desolação”) tanto em Mateus 24.15 quanto em Marcos 13.14, o
ponto central da 70ª Semana de Daniel (Dn 9.27b).
Em seguida, os eventos intensificam-se e
conduzem às dores de parto finais de Mateus 24.16-26, que (1) identificam-se
com Apocalipse 7-19, (2) enfocam a dimensão celestial, e (3) culminam no
surgimento do “sinal” celestial, que anuncia a vinda do Messias para julgar o
mundo (Mt 24.27-31; Ap 19). Esses acontecimentos cabem na segunda metade da 70ª
Semana de Daniel (Dn 9.27b), que termina na destruição do desolador do Templo
(“o príncipe, que há de vir”, o Anticristo, Dn 9.26).
Se os versículos de Mateus 24.4-14 predizem
sinais da futura Tribulação e tratam principalmente do povo judeu nesse
período, seu cumprimento não pode estar no passado, especificamente, na queda
de Jerusalém em 70 d.C. Ao comparar os eventos descritos nos versículos
torna-se evidente que eles não se identificam com fatos históricos do primeiro
século.
A passagem descreve guerras entre diferentes
nações e reinos, não apenas entre uma única nação (Roma) e Israel, como
aconteceu na Primeira Revolta do povo judeu contra Roma (66-74 d.C.).
As Escrituras também dizem que muitos se
levantarão dizendo ser o Cristo (Messias). Mas não existe evidência histórica
de alguém que se declarasse messias no primeiro século, até Simão Bar-Kokhba
(135 d.C.), um único indivíduo.
Esses sinais também não devem ser usados pela
Igreja “como sinais dos tempos”, apontando a aproximação da volta do Senhor.
Muitos cristãos têm usado o aparente aumento de terremotos, apostasia na
Igreja, e o declínio moral generalizado da sociedade como indicadores de
estarmos rapidamente nos aproximando do Arrebatamento e dos últimos dias.
Contudo, o Arrebatamento não será precedido por sinais; e como as dores de
parto somente começarão quando Israel entrar no “tempo da angústia de Jacó” (e
não sabemos quanto tempo isso levará depois do Arrebatamento), devemos usar de
cautela ao tentar prever a aproximação de eventos escatológicos, baseando-nos
na presença dessas condições na era presente.
Na Era da Igreja, essas condições gerais
(apresentadas em 1 Tm 4.1-3; 2 Tm 3.1-9; 1 Jo 2.18; 1 Jo 4.1-3) servem de
alerta quanto a estarmos “nos últimos dias”. Mas durante a Tribulação, as condições
dos versículos 4-14 serão sinais específicos dos tempos finais, e os judeus
convertidos poderão localizar-se dentro da 70ª Semana e perseverar até o final
da Tribulação: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” –
literalmente liberto do cárcere, quando da vinda do Messias (v. 13).
Serão esses sinais – especialmente o
acontecimento descrito no versículo 15, “o abominável da desolação” – que
permitirão aos santos da Tribulação perseverarem física e espiritualmente
enquanto esperam a libertação prometida para o final da 70ª Semana de Daniel.
1. UM
PREÂMBULO DA MATÉRIA
“Escatologia” é vocábulo grego, e designa o
estudo ou tratado dos eventos que estão para acontecer, quanto ao fim do mundo.
Em resumo, é o estudo das últimas coisas. É a parte da Teologia que trata dos
fins últimos do Universo: Céu, Terra, e tudo quanto neles há: o homem, os
anjos, o diabo, os demônios, etc.
As Escrituras Sagradas nos descrevem o futuro
com precisão. Sabemos disso porque ela já o fez várias vezes. Ela nunca falhou
em suas previsões. Eis algumas dessas antevisões: O tempo que Israel habitaria
no Egito (Gn 15:13); que José, filho de Jacó, seria um grande estadista (Gn
37:5-11); que Jesus nasceria de uma mulher (Gn 3:15) virgem (Is 7:14) em Belém
(Mq 5:2), o que, como todos nós sabemos, cumpriu-se fielmente (Mt 2:4-6). Ela
previu, cerca de 1000 anos antes do nascimento de Jesus, que este teria Suas
mãos e pés transpassados (Sl 22:16), etc. E, como não ignoramos, todas estas
profecias se cumpriram fielmente. Lembremo-nos que não sabemos tudo (1Co 13.9).
Aliás, quando reconhecemos nossa ignorância, estamos sendo mais realistas do
que humildes. Este conhecimento me levou a duas conclusões: 1ª) Não sou capaz
de esgotar este assunto. Nem mesmo uma obra enciclopédica (o que não é o caso
deste opúsculo), elaborada por teólogos mais capazes do que este autor,
conteria todas as informações escatológicas, dando a última palavra sobre este
tão importante assunto; 2ª) Já que não sabemos tudo, a avidez pelo saber deve
nos impulsionar a constantes e diligentes estudos. Devemos madrugar em busca da
sabedoria (Pv 8.17), para sermos mais úteis aos nossos ouvintes (Ec 12.9). Deus
prometeu nos revelar coisas grandes e firmes (ou ocultas) se clamarmos a Ele
(Jr 33.3). É Jesus quem abre o nosso entendimento para entendermos as
Escrituras (Lc 24:45). E Ele o faz pelo Seu Espírito Santo (Pv 1:23). Oremos,
pois, ao Senhor, suplicando Sua luz.
A curiosidade é inerente a todo ser humano. Quem
não é curioso já morreu. É graças à curiosidade que nos é própria, que
materializamos o sucesso tecnológico e científico que ora presenciamos. Quer
através da Bíblia, quer não, é raro encontrarmos alguém que não gostaria de
saber o que o futuro reserva à Humanidade. Espero que este dom natural, que nos
é próprio, nos seja aguçado, na busca pelo saber do que Deus revelou nas
páginas da Bíblia.
A prova de que Deus quer que saibamos o futuro
da Igreja, de Israel, dos gentios, do diabo, dos anjos caídos, da Terra, etc.,
é o fato de Ele no-lo ter revelada nas páginas da Bíblia. E, se Deus o quer,
então é bom, importante e necessário. Deus não quer que saibamos tudo, como,
por exemplo, o dia e a hora da vinda de Jesus (Mt 24:36; At 2.7). Mas Ele quer,
entre entras coisas, que saibamos que Jesus virá nos arrebatar ao Céu (Jo
14:1-3; 1Ts 4:13-18). Sim, Deus quis nos revelar o futuro, e o fez através do
Livro de Sua autoria - a Bíblia. Urge, portanto, que a consultemos, estudemos e
descubramos o que Ele nos revelou nas páginas de Seu compêndio.
Uma boa parte da Bíblia cuida do futuro da
Terra, dos Céus (demais corpos celestes), do povo de Deus, etc. Logo, a fonte é
farta. Estudemos, pois, este tema com afinco e perspicácia.
Sendo sempre fiel, além de provar que de fato é
a Palavra de Deus, a Bíblia conquistou nossa confiança, por cujo motivo nos
interessa saber o que ela tem a nos dizer sobre o futuro.
É esquisito viajar sem saber para onde se está
indo, porque está se indo, bem como ignorando o que se fará ao chegar ao
destino final. E, mais esquisito ainda, é nem querer saber. E tal é aquele que
não quer saber de estudar Escatologia.
Todos nós, cristão bíblicos, temos algum
conhecimento escatológico. Por exemplo, todos sabemos que: a) o nosso destino é
a Pátria Celestial que Jesus preparou para nós, e que Ele um dia virá para nos
arrebatar ao Céu; b) as almas dos mortos salvos estão no Paraíso; c) as almas
dos que morreram perdidos estão no Inferno; d) todos os mortos serão
ressuscitados; e) haverá o Juízo Final; etc. Saber estas coisas é ter algum
conhecimento escatológico, ainda que rudimentarmente.
Embora a Escatologia trate especificamente da
consumação do tempo e da história, ela não é apenas prospectiva, mas
retrospectiva também. Tal se dá porque só quem conhece o passado pode entender
o presente e prever o futuro. Se a Escatologia considera o futuro, então ela
não pode menosprezar o presente, nem ignorar o passado. O porquê disso é que o
presente é o futuro do passado. Muitas das antevisões do passado, previstas
para um futuro tão distante, estão se cumprindo em nossos dias. Outras já se
cumpriram há milênios. Isto prova que já é futuro. Aliás, quando não o foi?
Sim, o passado já foi o futuro, do passado que o antecedeu, e o mesmo podemos
dizer do presente. E este, por sua vez, será o passado do futuro. Não é
exorbitante afirmarmos que a Escatologia, além de retrospectiva e prospectiva
é, também, introspectiva. Se ao fecharmos nossos olhos e olharmos para dentro
de nós mesmos, detectarmos que o nosso amor está esfriando, temos aí um forte
indício de que a “epidemia” do egoísmo, prevista para os últimos dias, está tão
presente que até já nos vitimou; o que pode indicar que estamos vivendo um
momento escatológico que não pode passar por desapercebido.
1) Os eventos escatológicos em ordem
cronológica;
2) Quem herdará a Terra?
3) O Universo será todo habitado?
4) Que faremos na eternidade?
5) As duas ressurreições.
6) Que pregam as diversas correntes
escatológicas?
Se o exposto aqui é ou não ortodoxo segundo a
Bíblia, vai depender do ponto de vista do leitor, é claro; mas ninguém poderá
dizer que o pensamento aqui exarado não reflete uma posição escatológica
defendida por inúmeros compêndios escatológicos, elaborados por teólogos
reconhecidamente evangélicos.
II. CRONOLOGIA DOS EVENTOS ESCATOLÓGICOS
“BIBLIOGRAFIA
OLIVEIRA, João. O milênio. Rio de Janeiro: CPAD.
1980.
OLIVEIRA, Raimundo Ferreira de. As grandes
doutrinas da Bíblia. Rio de Janeiro:
CPAD. 7 ed. 2003.
OLSON, N. Lawrence. O plano divino através dos
séculos. Rio de Janeiro: CPAD, 8
ed. 1986.”
A Bíblia afirma que os principais acontecimentos
escatológicos, se darão na seguinte ordem:
2.1. O arrebatamento da Igreja
Jesus virá outra vez e, então, nos levará para o
Céu (Jo 14:1-3; 1Ts 4:16,17; 1Co 15.51,52; Hb 9.28, etc.);
2.2. A grande tribulação
(Mt 24:21,22). Uma das provas bíblicas de que a
grande tribulação ocorrerá após o arrebatamento da Igreja, é o que consta de Ap
3:10b. Segundo esta referência, a Igreja será guardada da hora da tentação que
está por vir, e não na hora. Sim, se haverá uma tribulação tal, qual nunca
houve (Mt 24:21; Mc 13:19), e a Igreja não passará por ela (Ap 3:10), fica
subentendido que seremos arrebatados antes.
2.3. A manifestação de Jesus em glória
É exatamente porque a Igreja não passará pela
Grande Tribulação, que a Bíblia diz que quando Cristo voltar, nós desceremos
com Ele (Cl 3:4; Jd 14; Zc 14:5). Nesse dia se concretizará o tão comentado
Armagedom (Ap 16:13-16), que é o seguinte: Durante a Grande Tribulação, todas
as nações do mundo (Zc 14:2a), sob a influência demoníaca (Ap 16:13-14), se
aliarão ao Anticristo, e seus exércitos se congregarão no lugar que na língua
hebraica se chama Armagedom (Ap 16:16), para guerrear contra os judeus (Zc
14:2a), os quais muito sofrerão (Zc 14:2b). Em meio a essa sangrenta batalha
“aparecerá no céu o sinal” _ provavelmente algum sinal misterioso proveniente
de Deus_ “do Filho do homem” (Mt 24.29,30). Por razões que nós desconhecemos,
mas talvez por pensarem tratar-se duma manifestação inimiga, os referidos
exércitos vão contra–atacar (Ap 19:19), mas serão derrotados, visto tratar-se
da manifestação do invencível Filho de Deus, o qual descerá do Céu, trazendo
consigo anjos (Mt 24:31) e também a Igreja previamente arrebatada (Ap 19:14
comparado com o versículo 8; Zc 14:5c; Jd 14), os matará (Ap 19:21a), e seus
corpos servirão de alimento às aves de rapina (Ap 19:17, 18 e 21b). Eis o
ARMAGEDOM.
A manifestação de Jesus em glória, da qual trata
Mt 24:29-30, não pode ser confundida com o evento do qual trata Jo 14:3 e 1Ts
4.16,17. Estas duas últimas referências bíblicas cuidam do arrebatamento da
Igreja, a qual, como já vimos, será antes da grande tribulação. Mas Mt 24:29,30
diz textualmente que é “depois da aflição daqueles dias” que aparecerá no céu o
sinal do Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória.
Tal se dá porque a segunda vinda de Jesus tem duas fases: na primeira Ele virá
só para “os que o esperam para a salvação” (Hb 9.28), mas na segunda Ele
aparecerá a todos (Mt 24.29,30; Ap 1:7; At 1:11);
2.4. O juízo das nações
No dia em que se concretizar o Armagedom, as
nações serão julgadas (Mt 25:31-33). O que terá seu peso verificado na
“balança”, será o tratamento que estas nações terão dispensado aos Judeus
durante a Grande Tribulação (Mt 25:34-46). Veja o leitor que as pessoas que
ouvirão o “vinde”, não são os “irmãos” de Jesus, e sim, pessoas que haviam
usado de bondade para com os “irmãos” (Mt 25:40). Logo, as “ovelhas” e os
“irmãos” são distintos, isto é, um não é o outro. Sim, o texto ora em lide, que
é Mt 25:31-46, nos fala de três grupos distintos: os irmãos de Jesus, as
ovelhas, e os bodes. As “ovelhas” não são “os irmãos”, já que ninguém pode ser
recompensado por ter usado de bondade para consigo mesmo. Então, quem são eles?
Resposta: Os irmãos são os judeus; as ovelhas são os gentios que usarão de
bondade para com os judeus durante a grande tribulação; e os cabritos são os
gentios que não serão benévolos para com os judeus, durante a grande
tribulação.
Não confunda o Juízo das Nações com o Juízo
Final. Este será após o Milênio, mas aquele, antes.
O leitor já deve ter percebido que o juízo das
nações terá lugar após o Armagedom. Sim, imediatamente após o Armagedom, o
Senhor Jesus Cristo congregará diante de Si as nações; apartará os homens uns
dos outros, como o pastor aparta as ovelhas dos bodes; porá as ovelhas à sua
direita e os bodes à sua esquerda; dirá às ovelhas que se acheguem a Ele, para
receberem o reino que lhes está preparado desde a fundação do mundo, e dirá aos
bodes para se apartarem dEle para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus
anjos (Mt 25:31-46).
Se nesse dia os “bodes” irão para o fogo eterno,
é de se esperar que o Anticristo e o falso profeta também irão, pois eles
“bodes” são (Ap 19:20). Nesse dia o diabo não será lançado no mesmo lugar em
que serão precipitados os bodes, o anticristo e o falso profeta, mas sim, no
mais profundo abismo existente no Seol (Is 14:14, 15; Ap 20:3 a; Lc 8.31;
16:26, etc.) onde não “passará” a eternidade, mas apenas mil anos (Ap
20:1-3,7). Veja o leitor que Is14:15 diz textualmente que o diabo será levado
“ao Seol, ao mais profundo do abismo”. Esta profecia se cumprirá logo após o
Armagedom;
2.5. O Milênio
Tão logo o Senhor: a) destrua os exércitos
inimigos de Israel no Armagedom; b) julgue as nações; c) lance os “bodes”, a
“besta” e o falso profeta no lago de fogo; d) e prenda o diabo por mil anos,
convidará a Si as Suas ovelhas, a fim de que estas possuam por herança o Reino,
iniciando-se assim o período áureo do Reino milenar de nosso Senhor. Isaías
11:6-9; e 65:20-25 tratam deste período. Eis mais algumas das muitas passagens
bíblicas que tratam deste assunto: Zc 14:8-21; Dn 2:44; 7:13, 14,27; Ap 20:4-7;
Mt 6:10, etc.;
2.6. O juízo final
Quando o Reino milenar terminar, Satanás será
solto por um curto espaço de tempo (Ap 20:3) e a seguir lançado definitivamente
no lago de fogo, onde encontrará os ímpios que foram lançados no fogo eterno
quando do juízo das nações (Mt 25:41), entre os quais estarão o anticristo e o
falso profeta (Ap 20:10), que lá foram lançados imediatamente após o Armagedom
(Ap 19:20) e antes do Milênio (Ap 19:19, 20; 20:10);
Logo após o diabo ser lançado definitivamente no
lago de fogo, virá o juízo final, quando então se dará a ressurreição de todos
os mortos ímpios, os quais serão julgados e lançados no lago de fogo (Ap
20:11-13). É ao julgamento definitivo e geral dos ímpios que chamamos de Juízo
Final;
2.7. A purificação da Terra.
À luz de 2 Pe 3:7, 10-13, o planeta Terra será
purificado com fogo. Segundo o versículo 11 e também o Sl 102:25-27, este fogo
não será simbólico, como o querem os testemunhas-de-jeová, mas sim, literal,
visto que o vocábulo perecer, aparece nestes textos.
O que será do povo salvo, saído do Milênio, que
aqui estiver residindo, quando Deus estiver expurgando a Terra? À página 96, do
livro intitulado O Calendário da Profecia, o Pastor Antonio Gilberto responde a
esta pergunta: “O mesmo Deus que preservou a sarça de se consumir (Ex 3:2), e
tornou imunes ao fogo os três jovens hebreus (Dn 3:25), também pode preservar o
povo salvo, saído do Milênio, e tudo mais que Ele quiser, durante esta
expurgação final dos Céus e da Terra: ‘ Ponho as minhas palavras na tua boca, e
te protejo com a sombra da minha mão, para que se estenda novos Céus, funde nova
terra, e diga a Sião: Tu és o meu povo (Is 51:16)’ ”.
2.8. A descida da Nova Jerusalém
Imediatamente após a restauração dos céus e da
Terra, a nossa Pátria Celestial (Fp 3.20), que nos foi preparada por Jesus (Jo
14:1-3), com a qual sonhavam os heróis da fé listados em Hebreus, capítulo 11
(queira ver os versículos 10, 13-16), virá definitivamente para cá (Ap 21.10).
Este é o feliz estado eterno que tanto aspiramos! Que Deus nos ajude a
herdarmos estas maravilhas!
A Nova Jerusalém será a eterna morada do povo de
Deus do Antigo e do Novo Testamentos, mas o povo salvo saído do Milênio,
herdará a Terra restaurada, a qual então será paradisíaca, como fora antes da
entrada do pecado no mundo. Veremos isto no próximo tópico.
III.PERGUNTAS E RESPOSTAS NA ÁREA ESCATOLÓGICAS
Parece-me que quem não é curioso, já morreu. Com
isso não quero dizer apenas que os não-curiosos vivem como se estivessem
mortos, e sim, que a curiosidade faz parte da vida, sendo-nos, pois, tão comum,
que não há, sequer, uma só pessoa que não seja curiosa. Queremos nos inteirar
sobre tudo, inclusive, quanto ao futuro. E, posto que a Bíblia nos revela o que
se reserva ao Universo e aos seus ocupantes, podemos satisfazer nossa
curiosidade no Livro dos livros. Vejamos, então, o que a Bíblia tem a nos dizer
sobre os seguintes pontos: a) quem residirá na Nova Terra; b) se a humanidade
irá, ou não, ocupar outros corpos celestes além da Terra; e c) que fará, a
Igreja, na eternidade.
3.1. Quem herdará a Nova Terra?
O leitor já deve ter percebido que no dia do
arrebatamento da Igreja ficará alguém aqui na Terra, a saber, os que nesse dia
não estiverem de posse do perdão de seus pecados. Dentre estes, muitos se
converterão a Cristo e recusarão lutar contra os judeus sob as ordens do
Anticristo. Destes, uma multidão incontável será morta por ordem da “Besta”.
Estes mártires ressuscitarão na última etapa da Primeira Ressurreição.
Apocalipse 7:9 a 17; 20:4-6 trata deste assunto. Veja que Ap 7:14 diz que a
grande multidão veio da (e não de, como erroneamente consta de algumas de
nossas Bíblias) Grande Tribulação. Esta, como já vimos, terá lugar após a
Igreja do Senhor Jesus ser arrebatada ao Céu. Mas, nem todos os que recusarem
guerrear contra os judeus morrerão na Grande
Tribulação. Muitos irão sobreviver. Estes são os
que ouvirão o “VINDE” registrado em Mt 25:34. Estes, e seus filhos nascidos
durante o Milânio, se forem fiéis (e muitos o serão) herdarão o planeta Terra
(Mt 5:5; Sl 37:11, 29 ).
Resumindo, diremos que os que não subirem para o
Céu no dia do arrebatamento da Igreja e se converterem durante a 70ª semana de
anos de Daniel, e não morrerem nesse período (os que morrerem serão
ressuscitados, reinarão com Cristo durante mil anos, mas não se casarão [Mt
22:23-30; Lc 20:27-36]), juntamente com seus filhos que nascerem durante e após
o Milênio, se não cederem nem mesmo ante as provas, às quais serão submetidos
depois do Reino Milenar (Ap 20:7-10), herdarão a Terra.
Uma das muitas provas de que realmente haverá
nações no planeta Terra para sempre, é o fato de a Bíblia afirmar que quando a
Nova Jerusalém descer do Céu, “... as nações andarão à sua luz; e os reis da
terra trarão para ela a sua glória e honra” (Ap 21.24) e que “... a ela trarão
a glória e honra das nações” (Ap 21.26).
3.2 Que faremos na eternidade?
A Bíblia é clara ao afirmar que vamos servir a
Deus (Ap 22:3), mas não nos dá muitos detalhes das atividades que por nós serão
executadas na Cidade Celestial, a Nova Jerusalém. Contudo, à página 100 de O
Calendário da Profecia supracitado, há uma afirmação que me parece respaldada
pelas Escrituras:“ A Igreja, em estado de glória e felicidade eterna governará
a Terra sob Cristo.” Compare esta afirmação com Ap 1:6; 5:10.
IV. COMO OCORRERÁ AS RESSURREIÇÕES
Como já vimos superficialmente, a Bíblia fala de
duas ressurreições – a primeira e a segunda (Ap 20:4-6, 12-15). A primeira
ressurreição será consumada mil anos antes da segunda; e só os que morreram
salvos, participarão dela. As expressões: “ressurreição dos justos” (Lc 14.14)
e “ressurreição dentre os mortos” (Lc 20:35; Fp 3.11) referem-se à primeira
ressurreição. A primeira ressurreição se dará em três etapas; mas a segunda
ressurreição ocorrerá de uma só vez. A primeira etapa da primeira ressurreição
já se concretizou há quase dois mil anos, e as duas que restam se realizarão
brevemente.
4.1. A primeira ressurreição.
O que a Bíblia chama de primeira ressurreição
não se dá numa etapa única. Veremos isso abaixo.
4.1.1. A primeira etapa
Na primeira etapa da primeira ressurreição, só
Jesus e mais um pequeno grupo ressuscitaram (At 26.23; Mt 27:52,53). Poderíamos
chamar a primeira etapa de primeira e segunda etapas, visto que a Bíblia diz
que Jesus é “o primeiro da ressurreição dos mortos” (At 26.23); e que os santos
que ressurgiram dentre os mortos quando da ressurreição de Jesus, “saíram dos
sepulcros, depois da ressurreição dEle” (Mt 27:52,53). Porém, para não
destoarmos dos demais estudiosos deste tema, chamemos estas duas etapas de
Primeira Etapa.
4.1.2. A segunda etapa
1Ts 4.16 diz: “ Porque o Senhor mesmo descerá do
Céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que
morreram em Cristo, ressuscitarão primeiro”. Esta ressurreição ocorrerá na
primeira fase da segunda vinda de Jesus, no dia do arrebatamento da Igreja (1Co
15.51,52; 1Ts 4.13-17). Nesse dia, juntamente com os mortos previamente
ressuscitados já transformados, subiremos ao Céu, ao encontro de Jesus.
4.1.3. A terceira etapa.
“ ... e vi as almas daqueles que foram degolados
por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e que não adoraram a
besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e
reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não
reviveram, até que os mil anos se completassem. Esta é a primeira ressurreição.
Bem aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre
estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo,
e reinarão com Ele durante os mil anos” (Ap 20.4-6).
A CHEGADA DA DA IGREJA NO CÉU
Enquanto a Grande Tribulação toma conta do
mundo, a igreja estará em gozo perene no céu.
Estaremos a desfrutar de tudo que Deus reservou para os salvos na pessoa
de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Conforme já mencionamos, com a chegada da igreja no céu, três coisas
acontecerão:
01 – A noiva será apresentada ao noivo pelo
Espírito Santo. Recordo-me agora quando
Eliezer, o mordomo de Abraão foi buscar uma noiva para Isaque. Eliezer levou Rebeca através do deserto,
chegou na terá de Canaã, apresentou Rebeca a Isaque que a recebeu com
amor. Que tipologia maravilhosa! Abraão tipifica Deus o Pai, Eliezer Deus
Espírito Santo, Isaque Deus o Filho Jesus Cristo, Rebeca a igreja, a noiva de
Jesus (Gênesis 24).
O
Espírito Santo nosso Eliezer, está conduzindo através do deserto desta vida, a
igreja de Jesus. Mas brevemente esta
Rebeca será apresentada a Isaque para viverem juntos para sempre.
02 – O julgamento da igreja no céu. Após a apresentação, iremos para a sala do
juízo e seremos julgados. Todos haveremos de comparecer perante o tribunal de Cristo. (II Coríntios 5:10) Ali seremos julgados por tudo quanto
houvermos feito, quer bem ou mal através do corpo. Este mal aqui, não é um mal de pecado, se
fosse pecado nem arrebatados seríamos.
Este mal é no tocante a obra do Senhor.
Tendo trabalhado de maneira displicente, ali passaremos vexames, pois o
trabalho desaprovado por Deus, galardão não terá (I Coríntios 3: 10-15). Aquele que construiu com ouro, prata ou
pedras preciosas, este tal receberá galardão, porque o fogo não destruirá estas
obras. Mas aquele que construiu com
madeira, feno ou palha, o tal sofrerá detrimento, entretanto, será salvo como
que pelo fogo.
Portanto, vejamos como estamos edificando sobre esta base que é
Cristo. O ouro, a prata e a pedra
preciosa, falam exatamente da cooperação da Trindade Augusta e Eterna na nossa
vida de obreiro aqui na terra.
O
ouro fala da realeza, da presença de Deus na vida do obreiro. A prata fala da redenção em Jesus por intermédio do seu sangue
precioso. As pedras preciosas falam do
adorno do Espírito Santo e de sua participação na obra de Deus.
Você obreiro que edifica com ouro, prata e pedras preciosas, está
edificando com a cooperação da Trindade.
Entretanto, existem obreiros que estão edificando com madeira, feno e
palha, ou seja, com filosofias da vaidade e leviandade humanas. Destacando o seu “eu” em primeiro lugar,
edificando com material totalmente destrutível.
O fogo vai destruir e o tal não receberá galardão. Todavia será salvo como que pelo fogo.
“Eis que cedo venho e o meu galardão está comigo
para dar a cada um segundo a sua obra”.
(Apocalipse 22:12).
Nisto vemos que o nosso galardão será de acordo com o que trabalharmos.
O que você tem feito para Deus meu amado
irmão? Porque está parado? Trabalhe!
Os hospitais, as penitenciárias, os crentes fracos, os desviados, as
almas perdidas esperam por nós. Você que
tinha antes aquela palavra de ânimo, de carinho, sabia buscar as almas para o
reino de Deus, agora cruzou os braços, cuidado!... Jesus está te chamando d volta para o
trabalho. Quando você subir no
arrebatamento, será galardoado e eu espero que receba um grandioso galardão por
todo o trabalho feito para Deus na terra.
03 – As bodas do Cordeiro. Terminando ali julgamento, iremos para uma
outra sala, a sala do banquete. Tudo no
céu é lindo, maravilhoso. Estaremos
deslizando sobre as ruas feitas de ouro puro.
Passaremos por corredores nunca vistos, veremos a árvore da vida, o
trono do Cordeiro e o rio da vida. Toda
a glória celestial será contemplada por mim e por você. Ali não haverá defeitos físicos, não
existirão velhos, todos estaremos transformados na presença do Senhor nosso
Deus.
No
momento do banquete das Bodas do Cordeiro assentar-se-ão naquela mesa Abraão,
Isaque e Jacó. Não somente estes
patriarcas, as, ali teremos Jô, Davi, Isaias, Jeremias, Ezequiel, enfim, todos
os profetas. Encontraremos com Paulo,
Pedro, Tiago, todos os apóstolos, patriarcas e profetas ali estarão. Encontraremos também com outros irmãos que já
partiram para a glória celestial como Gunnar Vingren, Daniel Berg, os
fundadores das Assembléias de Deus no Brasil.
Ali estaremos com João Wesley, Jorge Muller, o grande ganhador de almas
Moody, enfim, aquele teu parente que morreu em Cristo ali estará. E na cabeceira da mesa estará o Cordeiro de
Deus, aquele que tem as cicatrizes da cruz.
Isto não é esplêndido? Você
contemplar Jesus Cristo? Agora não mais
aquele homem totalmente aniquilado pelas chagas do calvário, mas o Filho de
Deus em corpo de glória.
E
seremos semelhantes a Ele, porque assim como é O veremos (I João 3:2). Aí dar-se-á
o grande casamento simbólico do cordeiro com a igreja (Apocalipse
19:7-9).
E
no final da Ceia das Bodas do cordeiro, estará terminando então o sétimo
ano. Aí Deus estará dando ouvidos à
oração do povo de Israel que na terra clama.
Sim, porque na terra a Grande Tribulação chega ao seu final. Os judeus já não suportando mais começam a
clamar a Deus, despertados pelo Espírito do Senhor. Em Zacarias 12:10 está escrito que Deus
derramará um espírito de graça e súplica sobre todo o povo judeu. Eles clamarão e o Senhor os ouvirá. Neste momento então receberemos a ordem de
descer com Jesus para defender os judeus.
(Apocalipse 19: 12-21). João viu
o Filho do Homem, descendo montado num cavalo branco com as roupas salpicadas
de sangue e o nome escrito “a PALAVRA DE Deus”.
Seguiam-no os exércitos celestiais vestidos de linho puro, fino e
resplandecente, e estes exércitos também vinham montados a cavalo. É claro que tudo isto aqui é figurativo.
Vale a pena ressaltar que esta roupa de linho puro, fino e
resplandecente equivale a do exército que vem seguindo Filho de Deus. Ora, se as vestes são as mesmas, logo, é a
igreja que está descendo com Jesus.
FASE INVISÍVEL DA VINDA DE JESUS
Sete anos após o arrebatamento e confirmando a profecia de Zacarias
14:4-5 que diz:
“Eis que vem o Senhor com todos os seus santos” Zacarias 14.4-5
E
também de Enoque em Judas 14 que diz:
“Eis que vem o Senhor com milhares dos seus
santos” Judas 14
Descerá a igreja com Jesus e aí se dará a segunda fase visível da Sua
vinda. Diz a Bíblia:
Aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem e as potências dos céus serão
abaladas. (Mateus 24:29-30).
Aparecerá Jesus com poder e grande glória sobre
as nuvens e todo o olho O verá. (Apocalipse 1:7)
Neste momento a igreja descerá com Jesus e poremos os pés sobre o monte
das Oliveiras. (Zacarias 14:4-5) É aqui que se dará a guerra do Armagedom.
GUERRA DO ARMAGEDOM (Julgamento das nações)
Todos aqueles que perseguiram Israel durante a grande tribulação serão
neste momento destruídos. No momento em
que descermos e pusermos os pés sobre o monte das Oliveiras, os judeus
perguntarão a Jesus: “Que feridas são
estar nas tuas mãos?” Ele responderá:
“São as feridas com que fui ferido em casa dos
meus amigos.” (Zacarias 13:16)
É
aí então que os judeus entenderão que aquele Messias é o mesmo Jesus que eles
mataram há milênios atrás. Diz a Bíblia
que haverá um arrependimento nacional.
Chorarão como nunca choraram,
como na morte de um primogênito (Zacarias 12:10). Neste momento então terá terminado a Grande
Tribulação, os judeus serão socorridos pelo auxílio divino e se dará o
julgamento das nações. O monte das
Oliveiras, onde poremos os pés, se apartará de um lado para outro e no seu meio
aparecerá um gigantesco vale (Joel 3:2).
Aí o Senhor congregará todas as nações, fazendo-as descer ao vale de
Josafá e ali Ele julgará as nações por causa de Israel (Mateus 25:31-46). Pondo então aqueles que maltrataram Israel a Sua
esquerda e aqueles que defenderam Israel a Sua direita, dirá aos da direita:
“Vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o
reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.”
E
aos da esquerda dirá:
“Apartai-vos de mim malditos para o fogo eterno
preparado para o diabo e seus anjos”.
Isto nos mostra que essas nações que perseguiram Israel desaparecerão do
mapa a partir de então. Aqueles que
defenderam os judeus entrarão no milênio e participarão da glória celestial
aqui na terra. Estas nações que
defenderam os judeus, não serão salvas para sempre. Deus apenas lhes dará uma recompensa por
terem defendido os judeus no período da Grande Tribulação.
O MILÊNIO
O Milênio - II Ped. 3:13.
No princípio Deus criou o homem imortal. Se bem
que era uma imortalidade condicional, pois no Éden Deus colocou a árvore do
conhecimento – ciência – do bem e do mal (Gên. 2:17) para certificar-Se da
fidelidade do ser recém criado para com a Sua vontade – Lei . Porém o homem
quebrou esta Lei e perdeu a sua imortalidade. Leia: Então, disse o SENHOR Deus:
Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim,
que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva
eternamente. (Gên. 3:22 RA). Mas, mesmo punindo, Deus tinha um plano de
salvação: Cristo, o Cordeiro de Deus... que tira o pecado do mundo (João 1:29).
Porém, desde a queda do homem, o diabo tem estado na mais absoluta atividade e
nunca esteve tão ativo como nos nossos dias. Crimes, assaltos, seqüestros
relâmpagos, etc. Acidentes de carros, barcos, aviões ou trem sempre deixam
inúmeras vítimas... Vítimas inocentes! As doenças estão cada vez mais
mortais... As curas, cada vez mais distantes!E o homem continua brincando de
ser Deus...
Mas as Escrituras Sagradas nos mostram que esta
atividade satânica não se perpetuará para sempre. Haverá um fim para o pecado,
para a morte e para o diabo... Mais especificamente haverá um período de mil
anos – um milênio – em que Satanás estará totalmente “amarrado”; ficará
impossibilitado de tentar, atormentar ou destruir qualquer dos filhos de Deus.
Vejamos como e quando isto ocorrerá:
Em que duas ressurreições disse Cristo que os
mortos ressuscitariam? João 5:28e29. Quando ressurgirão os mortos justos? I
Tes. 4:16e17. Como chama a Bíblia a esta ressurreição? Apoc. 20:6. Que
acontecerá aos justos que estiverem vivos quando Cristo vir, no princípio do
milênio? I Tes. 4:17. Que diz a Bíblia, que indica que os justos mortos hão de
ser ressuscitados no princípio do milênio? & Apoc. 20:4e6. Que efeito terá
a segunda vinda de Cristo, sobre os ímpios que estiverem vivos? Jer. 25:31-33
(II Ped. 3:7, 10-13; o homem pecador não resiste perante a glória do Senhor –
II Tes. 2:7e8). Como indica a Bíblia que a segunda vinda de Cristo não terá
nenhum efeito sobre os ímpios mortos, naquela ocasião? Apoc. 20:5. O que
acontecerá com Satanás no início do milênio? Apoc. 20:1-3. Visto que Satanás
estará “preso”, o que ele não poderá fazer durante o milênio? Apoc. 20:3 Como
não existirá mais ninguém para que Satanás possa tentar, ele estará “preso às
circunstancias” numa terra deserta. Lev. 16:7-10, 22; cf. Jer. 4:23-27.
Onde estarão os santos durante o milênio? Apoc.
20:4, 6. Que descerá dos Céus após o milênio? Apoc. 21:2 cf. Zac. 14:4e5.
Quando voltarão a viver os ímpios? Apoc. 20:5. Quando Satanás for solto que fará
ele? Apoc. 20:7e8. Qual será o resultado desta tentativa satânica? Apoc. 20:9,
14e15.
Vamos recapitular os acontecimentos destes
tempos: No princípio do milênio – Cristo volta, os justos são ressuscitados
para irem de encontro com Ele, nas nuvens (I Tes. 4:16e17); os justos vivos
serão transformados – veja que transformação não é trocar por outro corpo e sim
que toda a marca do pecado será erradicada, para podermos olhar face a face, a
Cristo (I Cor. 15:51e52); Morte dos ímpios vivos (II Tes. 2:7e8) e Satanás é
“preso” por mil anos (Apoc. 20:2). Durante o milênio – Os santos reinam com
Cristo nos céus e julgam os mortos – devemos ficar sabendo por que aqueles não
foram salvos (Apoc. 20:4; I Cor. 6:2e3) e a terra estará “desolada” (Jer.
4:23-27).
Após o milênio: Cristo desce sobre o Monte das
Oliveiras (Zac. 14:4e5); a Santa Cidade desce com os santos (Apoc. 21:2);
Satanás é solto quando ressurgem os ímpios (Apoc. 20:7e8) e finalmente os
ímpios – juntamente com a morte e o pecado – serão destruídos pelo fogo (Apoc.
20:9,15).
Naquele dia o Senhor será Rei sobre toda a
terra. Um só será o Senhor e um só será
o Seu nome. (Zacarias 14:9) A primeira
medida que Jesus tomará será prender satanás no profundo do abismo (Apocalipse
20:1-2). A Bíblia dá pelo menos quatro
nomes aqui a satanás: Dragão, Serpente,
Diabo e Satanás. Como Dragão ele mostra
a sua força. Como Serpente a sua astúcia. A palavra Diabo vem do grego e significa
acusador. Satanás vem do hebraico e
significa adversário. Ele é tudo isso,
causando perturbação às nações. Daí a
necessidade de estar preso para que haja paz no vale do Senhor.
O
sistema de governo no milênio será divino, não será monarquia, democracia,
ditadura, mas será teocracia, ou seja, governo de Deus. Este governo será infalível, inigualável,
perfeito. Jesus será Rei de toda a
terra, regerá todas as nações do mundo.
Jerusalém será a capital mundial no milênio, todas as nações subirão
para adorar o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores em Jerusalém, sob pena de
severas punições se não forem. (Zacarias
14:12-19). Aí terá início a mais linda
história da humanidade desde o Éden. No
mundo animal por exemplo, haverá algumas mudanças. A ferocidade será extinta (Isaías
11:6-9). O lobo estará junto com o
cordeiro, o leão estará junto com o boi, o leopardo com o cabrito e as crianças
poderão pegas nas serpentes. Paz haverá
também no mundo anima. Alguns animais
mudarão seus hábitos alimentares. Os
animais que são carnívoros se tornarão herbívoros. Veja o caso do leão neste mesmo texto. (Isaías 11:6-9) Está escrito que o leão comerá palha com o
boi e se tornará herbívoro. Haverá
mudança completa no mundo animal (Isaías 11:7).
Entre os homens também haverá paz.
As nações não aprenderão mais a guerrear. As suas armas de guerra serão transformadas
em ferramentas de trabalho (Isaías 2:2-5).
Leia ainda mais sobre o milênio em Isaías 65:20-25.
As
praças de Jerusalém estarão cheias de meninos e velhos. Os velhos aproveitando a hora de lazer e as
crianças brincando em total tranquilidade.
(Zacarias 8: 4-5)
Outro fato interessante que acontecerá no milênio será o mar morto tendo
as suas águas saradas. Do santuário de
Jerusalém, do altar de Deus, sairão águas vivas que farão um grande rio e este
rio penetrará no mar oriental. Este mar
oriental aqui é o Mar Morto. As suas
águas sararão e existirão ali peixes e os pescadores pescarão (Ezequiel
47:1-12).
Zacarias também falou algo sobre isto no capítulo 14:8, dizendo que de
Jerusalém sairão águas vivas e irão metade para o mar oriental, que é o Mar
Morto, e metade para o mar ocidental, que é o Mar Mediterrâneo. “E lá no Mar Morto, dará peixes como dá no
Mar Grande”. Este Mar Grande que
Ezequiel fala, é exatamente o Mar Mediterrâneo.
O TRONO BRANCO
As
nações que vierem do milênio serão reconquistadas por satanás e irão de
encontro a Jerusalém para tentar destruir o Arraial dos Santos, mas descerá
fogo do céu e os derrotará.
Neste momento, Satanás será lançado no lago que arde com fogo e enxofre,
onde estarão a besta e o falso profeta (Apocalipse 20:10).
Logo após o milênio, dar-se-á a segunda ressurreição. Anteriormente falamos que a Bíblia nos fala
de duas ressurreições. A primeira é para
salvação e a segunda para perdição. A
segunda acontece neste momento, após mil anos (Daniel 12:2). Neste texto Daniel nos fala de duas
ressurreições. Os perdidos serão
ressuscitados, agora para encarar o remendo Juiz. João viu um grande e sublime trono, um Trono
Branco. E o que estava assentado sobre
ele tinha uma aparência tão tremenda que dele fugiram os céus e a terra. Diante dele todos foram julgados, grandes e
pequenos, desde o mais nobre até o plebeu.
Todos foram julgados de acordo com o que estava escrito nos livros e ditatorialmente
condenados.
O
livro da Vida foi aberto como uma prova de que o nome daquela gente não se
achava ali. O julgamento meu coro irmão
em Cristo, é para que cada um receba maior ou menor punição. Jesus comprova isto fazendo um discurso ao
povo em Corazim e Betsaida:
“Ai de ti Corazim, ai de ti Betsaida, naquele
dia haverá menor rigor para os de Tiro e de Sidom do que para vós”. (Mateus 11:21-22).
Isto é um sinal de que o fogo do inferno viera com mais ou menos rigor
de acordo com o que a criatura houver praticado na terra. Quem mais pecou, mais calor terá. Entretanto o calor será eterno (Apocalipse
20:10). O julgamento tem esta finalidade
específica, o rigor de cada pena e pra toda a eternidade.
Terminando o julgamento terrível, todos aqueles que ali estavam serão
lançados no lago que arde com fogo e enxofre.
A seguir, provavelmente naquele tempo, os anjos ali também serão
julgados. Aqueles anjos terríveis que se
rebelaram contra Deus (II Pedro 2:4 – Judas 6)
Terminando tudo isto, o céu e a terra passarão
com grande estrondo e os elementos ardendo se fundirão (II Pedro 3:12).
Daí
pra frente surgirão novos céus e nova erra, onde habitará a justiça (II Pedro
3:13 – Apocalipse 21:1-8 – Isaias 66:22).
Começa aqui, propriamente dito, o dia de Deus
que é a eternidade. Então Jesus
devolverá o reino ao Pai, segundo o que nos ensinou o Apóstolo Paulo. (I Coríntios 15:24-28). Uma nova era começa, uma eternidade de gozo,
de paz e de alegria no Espírito Santo de Deus.
Neste tempo céus e terra hão de ser a mesma grei, ou seja, tudo a mesma
coisa.
A
eternidade é definida por um escritor holandês da seguinte maneira:
A eternidade é semelhante a um pássaro que sai
de sua terra de mil em mil anos, e de grão em grão ele está ordenado a aplainar
a mais alta montanha do mundo. Quando
houver conseguido isto, terá passado apenas um minuto da eternidade. Que estes
estudos escatológicos sirvam para edificação de tua fé.
PERGUNTAS E RESPOSTAS DA ESCATOLOGIA BÍBLICA:
01. Existe algum sentido escatológico na vida de
Enoque?
R. Sim. Ele é um tipo da Igreja, que será
arrebatada (Gn 5.18-24). Assim como Enoque foi trasladado antes do Dilúvio, a
Igreja subirá pelo Arrebatamento, antes da Grande Tribulação (Ap 3.10).
02. Que relação existe entre a vida de Noé e a
Escatologia?
R. Noé, que foi salvo do Dilúvio através da
Arca, lembra a Igreja que tem sida salva do Mundo por Jesus Cristo. Jesus
identificou os dias que precedem Sua Segunda Vinda como os dias de Noé. Leia Gn
7.23; 8.1,4 16,19; I Pe 3.20,21; Mt 24.37,39.
03. Por que Ló é um tipo do Arrebatamento?
Porque foi tirado de Sodoma antes de sua destruição, Gn 19.22,24.
04. Existe algum texto em Gênesis que aponte
para o reino Messiânico de Jesus?
R. Sim. Leia Gênesis 49.10.
05. Onde se encontram alusões ao reino
Messiânico, em Levítico?
R. leia Levítico 26.5,10.
06. Podemos encontrar algum texto em
Deuteronômio que diga respeito à Grande Tribulação?
R. Sim. Leia Dt 32.22,41,43.
07. Jó cria na ressurreição?
R. Sim, de acordo com Jó 19.25.
08. Existe alguma alusão nos salmos à Primeira
ressurreição?
R. Sim. Leia Salmos 17.15.
09. Existe alguma alusão nos Salmos à Grande
Tribulação?
R. Sim. Leia Salmos 75.8,10; 83.13,17.
10. Existe algum versículo em Cantares de
Salomão que pode ser aplicado às Bodas do Cordeiro? R. Sim. Leia Cantares 2.10;
1.4; 6.10,12.
11. Qual o profeta do AT que se referiu
primariamente à Grande Tribulação com um período específico de angústia?
Daniel. Veja Dn 9.26,27. Confira com Ap 7.14.
12. Em quais livros proféticos encontramos
alusões à primeira ressurreição?
R. Is 26.19; 25.8; Ez 37.12,14; Dn 12.2a; 12.13;
Os 6.1; 13.14;
13. Qual o principal texto dos Evangelhos acerca
do estado intermediário?
R. Leia Lucas 16.19-31).
14. A Primeira Ressurreição será um fato único?
Não. Será um fato dividido em 3 fases: A ressurreição de Cristo, as primícias,
com as pessoas mencionadas em Mt 27.52,53; a Igreja (1 Co 15.50-54); os poucos
salvos que triunfarem na grande tribulação (Ap 11. 11,12; 20.4).
15. Alguns dizem que a vinda de Cristo é a
conversão de uma pessoa a Cristo. Isto é verdade? Absolutamente, não. A
conversão é a IDA A CRISTO. A volta de Cristo é a VINDA de Cristo.
16. Alguns afirmam que a vinda de Cristo é a morte
física do crente. Que versículos poderíamos usar para combater tal teoria?
R. Hb 9.27,28; I Co 15.51; I Ts 4.16,17;
Jo11.23; Fp 3.20, etc.
17. É verdade que a vinda de Jesus se dará em
duas fases?
Sim. A primeira fase será a ocasião do
arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.13-18); a segunda será a revelação pessoal de
Cristo (Zc 14). Na primeira fase Ele recebe a Igreja; na segunda, ele desce com
a Igreja.
18. É possível saber o dia da Segunda Vinda de
Cristo?
R. Absolutamente não. Jesus disse que ninguém
sabe. Mt 24.36.
19. Onde se lê que Jesus voltará REPENTINAMENTE
ao Mundo?
Leia Mc 13.36; I Co 15.52.
20. Quando Jesus voltar, todos O estarão
esperando?
Leia Mt 25.13; 24.44; Ap 16.15; I Ts 5.2.
21. Paulo se referiu alguma vez a Jesus como
sendo o Juiz Universal? Sim. Leia Rm 2.16; I Co 4.5; II co 5.10; II Tm 4.1,8,
etc.
22. Onde está escrito que Jesus voltará
PESSOALMENTE COM A IGREJA a esta Terra?
R. Leia At 1.11; I Ts 4.16; Zc 14.3.
23. Onde se lê que Jesus voltará REPENTINAMENTE
ao Mundo?
Leia Mc 13.36; I Co 15.52.
24. Mas, Jesus disse que nem o Filho sabia. Como
podemos entender a onisciência de Cristo?
R. Quando Jesus declarou NEM O FILHO SABE Ele o
fez para mostrar Sua perfeita humanidade. Para ser homem perfeito, Jesus teve
de abrir mão temporariamente de Seus atributos. Logo depois da Sua Ressurreição
Ele retomou esses atributos. Desde então, ele sabe com exatidão o tempo de Sua
volta.
25. Qual o principal trabalho de Jesus no Céu,
atualmente?
R. O de Sumo Sacerdote, Hb 4.14; 10.12,13; 9.26;
26. Por que devemos crer na volta de Cristo?
Porque é uma doutrina fundamental nas Escrituras; porque Deus não mente; porque
está mui próxima. É uma promessa que traz consolo 1Ts 4.13-18.
27. É lícito orar pela volta de Cristo?
Leia Mt 6.10; Ap 22.20; I Pe 4.7.
28. Quais os principais grupos de sinais da
volta de Cristo? Sociais, naturais, políticos, religiosos, morais, científicos
e eclesiológicos (Mt 24.4-8; Lc 21.5-11).
29. Quem será arrebatado no Dia da volta de
Cristo? Os salvos, santos, fiéis, pacientes e vigilantes.I Ts 3.12,13; Hb
12.14; I Jo 3.2,3; Hb 10.25; Tg 5.8; Lc 21.36, etc.
30. Quais os principais textos que falam do
ARREBATAMENTO da Igreja?
R. 1 Co 15.51 e 1 Ts 4.16-18. Mas nos Evangelhos
e em Isaias também existem referências expressivas.
31. Em quantas etapas se consuma a nossa
salvação?
R. Em 6: Justificação, Adoção, Regeneração,
Santificação e Glorificação.
32. Qual das etapas acima se enquadra na
Escatologia? A Glorificação 1 Co 15.52-55.
33. Qual o mais completo texto sobre o Tribunal
de Cristo? I Co 3.11-15.
34. Qual será o próximo grande acontecimento
para o Povo de Deus na Terra?
R. Sem dúvida alguma será o ARREBATAMENTO (1 Ts
4.13-18).
35. Existe algum versículo que fale
simultaneamente sobre as duas vindas de Cristo a este mundo? R. Sim. Um exemplo
clássico é Hebreus 9.27-28.
36. Para a Igreja, que acontecimento se seguirá
ao Arrebatamento?
R. O Tribunal de Cristo e as bodas do Cordeiro
(2 Co 5.10; Ap 19.7-9).
37. A trombeta de I Co 15.52 é a mesma sétima
trombeta do Apocalipse 11. 15?
R. Certamente, não. Paulo fala da trombeta do
arrebatamento, relacionada com a glória da Igreja. João se refere a uma
trombeta de juízo, destinado aos ímpios.
38. A Bíblia relaciona a volta de Jesus com um
"piscar de olhos" (1 Co 15.52). Quanto tempo dura um piscar de olhos?
R. Segundo os engenheiros da GE, demora onze centésimos de segundo.
39. É realmente bíblica a doutrina do Tribunal
de Cristo?
R. Sim. Todos os crentes em Jesus devem estar
conscientes de que algum dia, após o Arrebatamento da Igreja, o Senhor Jesus Se
reunirá com a Igreja a fim de promover o que as Escrituras chamam de TRIBUNAL
DE CRISTO: um encontro para julgamento das nossas obras, praticadas aqui na
Terra, e a conseqüente entrega dos galardões (1 Co 3.11-15).
40. Alguém será condenado no Tribunal de Cristo?
R. Não, absolutamente (2 Co 3.15). Será um
Tribunal para recompensar os salvos, o julgamento de compensação será
estabelecido sobre as obras que cada um tiver feito para Deus.
41. O Tribunal de Cristo será para recebermos a
recompensa de nossa salvação?
R. Nosso direito de entrar no Céu foi obtido
mediante o derramamento do sangue de Jesus na cruz do Calvário. Nosso galardão
será alcançado mediante o resultado de nosso trabalho. A salvação é pela fé, Ef
2.8. O galardão, pelas obras, Ap 22.10.
42. Qual o mais completo texto sobre o Tribunal
de Cristo? I Co 3.11-15.
43. Qual o significado espiritual do ouro, como
elemento de julgamento, no Tribunal de Cristo? O ouro representa tudo que se
relaciona com o Pai: a Pessoa, a Glória, o Poder, a Palavra e a realeza de
Deus. Leia I Pe 4.10,11; Sl 19.10; Pv 8.10,19; Ml 3; Jó 22.23,25.
44. Que simboliza a prata? A prata simboliza
tudo aquilo que se relaciona com o Filho, especialmente o seu sacrifício. No AT
prata é o metal da redenção. Leia Ex 30.11,16; Lv 23.34.
45. Que simbolizam as pedras preciosas? As
pedras preciosas simbolizam o que se relaciona com o Espírito Santo: operações,
dons e fruto. Leia Cl 1.29; Rm 15.18; Ez 16.13; Gn 24.53; I Co 12.4,6.
46. Que simboliza a madeira? Madeira é, ao longo
das Escrituras, um símbolo da fragilidade da natureza humana. Gl 6.3; Lc
6.32,34.
47. Que simboliza o feno (capim)? Isto fala das
coisas secas, coisas que não se renovam Jr 23.28; Is 15.16.
48. Que simboliza a palha? Palha representa tudo
àquilo que não possui estabilidade. Fala também da escravidão espiritual, Is
5.24; Na 1.10; Ex 5.7; Ef 4.14. é um material que lembra a fragilidade, a
vaidade e a incapacidade humanas.
49. Que fogo é aquele mencionado no texto de I
Co 3, relacionado com o Tribunal de Cristo? O fogo tem muitos significados e
aplicações na Escritura. Aquele fogo de I Co 3 significa a glória pessoal do
rosto de Cristo, como visto por João em Ap 1. Ao contemplar as nossas obras, em
Sua presença, o fogo consumirá ou projetará o mérito da referida obra.
50. Devemos ter medo de comparecer no Tribunal
de Cristo? Não. Se servirmos a Deus com sinceridade e fidelidade, teremos
confiança de estarmos diante dEle, I Jo 2.28.
51. O Tribunal de Cristo será a mesma coisa que
o Grande Trono Branco?
R. Não devemos confundir o Tribunal de Cristo
com o Grande Trono Branco. O tribunal de Cristo será para os salvos. O trono
branco para os inconversos. O tribunal de Cristo ocorrerá antes das Bodas do
Cordeiro e antes do milênio. O julgamento do trono branco após o milênio e a
última revolta de Satanás. Em ambos, o Juiz será Jesus, porque ele foi
constituído pelo Pai Juiz dos vivos e dos mortos.
52. Quais as coroas mencionadas nas Escrituras,
destinadas aos crentes vencedores?
R. Da vida, da justiça, de glória e a
incorruptível, Tg 1.12; II Tm 4.8; I Pe 5.2,4; I Co 9.25,27.
53. Que acontecerá depois do Tribunal de Cristo?
R. Para a igreja, as Bodas do Cordeiro (Ap 19.
5-9), para o mundo a grande tribulação (Ap.6-19).
54. Quem participará das Bodas do Cordeiro?
R. A Igreja, na condição de NOIVA DE CRISTO Ap
19.7.
55. Que texto bíblico fala explicitamente da
Igreja como NOIVA de Cristo?
R. 2 Corintios 11.2.
56. Quais os únicos livros do NT que não
apresentam mensagens escatológicas?
R. Gálatas, Filemon, II e III João.
57. Onde Jesus é mencionado expressamente como
NOIVO da Igreja? R. Efésios 5.22-33.
58. Que acontecerá depois das Bodas do Cordeiro?
R. Jesus Cristo descerá em glória com os santos
(Ap 19.11-16; Jd vss 14,15).
59. Que significa a expressão DIA DO SENHOR?
R. Significa dia da Ira de Deus, da Ira do
Cordeiro, grande tormenta ou grande tribulação. Paulo em Fp 1.6, designa o
arrebatamento da Igreja como o Dia de Cristo. Em 2 Ts 2.2 Paulo nomeia a ira
Divina (Dia do Senhor), que está prestes a abater sobre todo o mundo ímpio num
período de 07 anos na Grande Tribulação (Dn 9.24-27). O AT fornece vários
textos sobre este terrível dia (Leia Sf 1.14-18). Em suma o Dia do Senhor é a
Grande Tribulação.
60. O que fará o Anticristo?
R. A Bíblia chama de Anticristo uma pessoa que
receberá o poder de Satanás para ser um governante mundial durante a segunda
metade dos 7 anos da grande tribulação (2 Ts 2.9-12; Ap 6;1,2; 13.1-10).
61. Qual será o fim do Anticristo?
R. Jesus o destruirá, em Sua revelação, 2 Ts
2.8.
62. Existe algum método ou estratégia
estabelecido por Satanás referente à aparição do Anticristo? Sim. Será em 3
fases: a) o espírito do anticristo (1 Jo 4.3b); b) os precursores do anticristo
(1Jo 4.1); 3: a manifestação pessoal do anticristo (2 Ts 2.3, 4, 8). Você pode
se dar conta de que o diabo copiou isto do plano de deus para com Seu filho
Jesus.
63. Quem dominará a Terra durante a Grande
Tribulação?
R. A Trindade Satânica, composta de Dragão,
Besta e Falso Profeta (Ap 16.13, 14).
64. Que outro nome tem a besta, nas Escrituras?
R. Anticristo (1 Jo 2.18a) , iníquo, homem do pecado e filho da perdição (2 Ts
2.3, 8)
65. Algum tempo os judeus pregarão o Evangelho?
R. Alguns eruditos crêem que durante o período
da Grande Tribulação 144.000 judeus andarão por várias partes do mundo pregando
o Evangelho do reino, Ap 7.4-8; Mateus 24:14.
66. Onde está escrito que Jesus voltará
PESSOALMENTE COM A IGREJA a esta Terra?
R. Leia At 1.11; I Ts 4.16; Zc 14.3.
67. Na fase de Sua revelação realmente Jesus
descerá VISIVELMENTE?
R. Sim. Ap 1.7 e Mt 24.30
68. Em que parte do mundo Jesus descerá por
ocasião de Sua revelação Pessoal?
R. No Monte das Oliveiras, em Jerusalém, Zc 14.4
69. Qual o homem nas Escrituras que emprestou o
seu nome para Jesus?
R. Davi. Embora Jesus seja chamado por Paulo de
último Adão, na verdade Ele é chamado de "meu servo Davi": Ez 37.24;
Is 55.3,4; Jr 30.9; Os 3.5.
70. Onde está escrito que Jesus um dia reinará
na casa de Jacó?
R. Em Lc 1.32,33: "O Senhor Deus lhe dará o
trono de Davi seu pai. E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não
terá fim".
71. Quais os principais propósitos da volta de
Cristo no arrebatamento e em sua revelação em glória?
1) Ressuscitar os que morreram em Cristo, I Ts
4.15;
2) Transformar e arrebatar os salvos que
estiverem vivos, I Ts 4.16,17;
3) Galardoar os servos fiéis, Ap 22.12;
4) Tomar vingança contra os Seus inimigos, II Ts
1.7,10; Ap 19.21,22.
5) Julgar as nações vivas, Mt 25.31,46; Sl 67.4;
98.9.
6) Libertar a terra da maldição, At 3.20,21; Rm
8.21.
7) restabelecer o trono de Davi, Is 9.6,7; Jr
30.7,11.
72. Existem mais versículos que falam de Jesus
como futuro rei?
R. Sim, leia Sl 72.7,8; Sl 2.8; Zc 14.9; Ap
11.15; Is 32.1.
73. De onde vem à palavra MILÊNIO?
R. Esta palavra se origina de dois vocábulos
latinos mille (mil) e annum (ano). Ela significa literalmente um período de mil
anos (Ap 20.2b, 4c, 5, 6c).
74. No período milenial, qual será a situação da
sociedade?
R. O quinto nome ou título de Jesus em Is 9.6 é:
PRÍNCIPE DA PAZ. No período milenial o Mundo experimentará o governo de Jesus,
cuja principal característica será a paz. Haverá longevidade e a terra
conhecerá a santidade e sossegará completamente. Leia Is 35:5, 6, 8, Zc
14.20,21
75. Qual a posição de Jerusalém durante o
Milênio? Será a capital do Mundo Zc 14.16-21.
76. Que expressões bíblicas podem ser
interpretadas como sinônimas do MILÊNIO?
R. O Milênio será a plenitude do reino dos céus
na terra, Mt 5.10; Será a regeneração em sentido final, Mt 19.28; será o tempo
da restauração de todas as coisas, At 3.19. Será o mundo do futuro, Hb 2.5.
77. Quem será o futuro JUIZ do Mundo? Jesus
Cristo. Sl 96.12; Is 2.4; Mt 16.27; 25.31,46; Jo 5.22,23,27,30; At 10.42.
78. Paulo se referiu alguma vez a Jesus como
sendo o Juiz Universal? Sim. Leia Rm 2.16; I Co 4.5; II co 5.10; II Tm 4.1,8,
etc.
79. Qual a posição de Jerusalém durante o
Milênio? Será a capital do Mundo Zc 14.16-21.
80. Algum dia Satanás será destruído? Não. A
destruição de Satanás seria uma grande vitória para ele, que assim pararia de
sofrer. Ele será preso durante o milênio (Ap 20.2) e depois será solto por um
período para finalmente ser lançado no lago de fogo e enxofre, para todo o
sempre (Ap 20.10).
81. Que significa a expressão GRANDE TRONO
BRANCO? Refere-se ao JUÍZO FINAL, o ultimo julgamento da História, quando todos
os mortos, grandes e pequenos, de todos os séculos da História se postarão
diante do Senhor para serem julgados (Ap 20. 11-15).
82. Os salvos em Cristo serão julgados no Grande
Trono Branco? Não, porquanto por sua salvação foram libertos de condenação (Rm
8.1) e já foram submetidos ao Tribunal de Cristo.
83. O Céu é um Lugar ou um estado de vida?
R. A Bíblia menciona exaustivamente que o Céu é
um lugar. Um lugar santo, espiritual, perfeito, divino e eterno. Você deve
estar pronto para viver lá com Cristo.
84. Em quais capítulos do NT, o Senhor nos
revelou detalhes dos novos céus e nova terra?
R. Apocalipse capítulos 21 e 22. 1-5.
CONCLUSÃO
É claro que não foi possível abordar neste
resumo, questões amplas dos assuntos relacionados à Escatologia Bíblica. Mesmo
assim, busquei apresentar de forma cronológica sob as perspectivas da interpretação
pré-tribulacionista, da escola futurista do Apocalipse e também das afirmações
dispensacionais (corrente interpretativa que julgo estar em maior conformidade
com as Escrituras).
Aprendi nas longas horas de estudo escatológico
de que nunca sabemos o suficiente. O melhor de toda a assimilação profética
ligada ao tempo do fim de que pudermos obter, é a de que vivenciamos momentos
escatológicos e de que temos de estar seguros da salvação; pois Jesus vem
breve!
Prepara-te.
Maranata! O Senhor vem breve.
Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário