segunda-feira, 2 de março de 2020

FACULDADE DE TEOLOGIA TESTEMUNHAS HOJE


CURSO LIVRE

TEOLOGIA DOUTRINAS BáSiCAs I




segunda parte

5 - OS DONS DO ESPIRITO

1 - Natureza geral dos dons

- Os dons do Espirito devem distinguir do dom do Espirito. Os primeiros descrevem as capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espirito para ministérios especiais; o segundo refere-se à concessão do Espirito aos crentes conforme é ministrado por Cristo glorificado, At 2.33.

Esses dons são descritos como " manifestações do Espirito", "dada para o que for útil", (isto é, para beneficio da igreja). Aqui temos a definição bíblica duma "manifestação" do Espirito, a saber, a operação de qualquer um dos nove dons do Espirito.

2- Variedade dos Dons.

a) A palavra da Sabedoria

- Por essa expressão entende-se o pronunciamento ou declaração de sabedoria. Que tipo de sabedoria? É usada no N. T. com: A arte de interpretar sonhos e dar conselhos sábios, At 7.10; prudência em tratar assuntos, At 6.3; habilidade santa no trato com pessoas de fora da igreja, Cl 4:5; jeito e discrição em comunicar verdades cristãs, (Cl 1.28); o conhecimento e prática para uma vida piedosa e reta, (Tg 1:5; 3:13,17).

b) A palavra da ciência

- É um pronunciamento ou declaração de fatos, inspirado dum modo sobrenatural. Em quais assuntos? Um estudo do uso da palavra "ciência" nos dará a resposta.

A palavra denota:

- o conhecimento de Deus, tal como é oferecido nos evangelhos, 2 Co 2.14, especialmente na exposição que Paulo fez, (2 Co 10.5);
- o conhecimento das coisas que pertencem a Deus, (Rm 11.13);
- o conhecimento mais elevado das coisas divinas e cristãs das quais os falsos mestres se jactam, (1Tm .20);
- sabedoria moral como se demonstra numa vida reta, (2Pe 1.5) e nas relações com os demais, 1Pe 3:7;
- o conhecimento concernentes às coisas divinas e aos deveres humanos, (Rm 2.20; Cl 2:3).



c) Fé

- "fé especial" Esta deve-se distinguir da fé salvadora e da confiança em Deus, sem a qual é impossível agradar-lhe, Hb 11:6.
Nesta passagem a palavra "dom" é usada em oposição às obras; é uma qualidade de fé, ás vezes chamada de fé "miraculosa".

d) Dons de curar
- Dizer que uma pessoa tenha os dons de curar (variedades de curas) significa que são usadas por Deus duma maneira sobrenatural para dar saude aos enfermos por meio da oração.

e) Operação de milagres

- "obras de poder". A chave é Poder, Jo 14.12; At 1.8 .

Os milagres especiais em Éfeso são uma ilustração da operação deste dom, At 19.11,12; 5.12-15.

f) Profecia

- A profecia geralmente falando, é expressão vocal inspirada pelo Espirito de Deus. A profecia se distingue da pregação comum em que, enquanto a última é geralmente o produto do estudo de revelação existente, a profecia é o resultado da inspiração espiritual espontânea. Não se tenciona suplantar a pregação ou o ensino, senão completá-lo com o toque da inspiração, (1Co 14.13).

g) Discernimento de espíritos

- Vimos que pode haver uma inspiração falsa, a obra de espíritos enganadores ou pelo espirito humano. Como se pode perceber essa diferença? Pelo dom do discernimento que dá capacidade ao possuidor para determinar se o profeta esta falando ou não pelo Espirito de Deus.

h) Línguas

- "Variedade de línguas". O dom de línguas é o poder de falar sobrenaturalmente em uma língua nunca aprendida por quem fala, sendo essa língua feita inteligível aos ouvintes por meio do dom igualmente sobrenatural de interpretação, (1Co 14.2,5; 1Co 12.30).





i) Interpretação de línguas

- é tornar inteligíveis as expressões do êxtase inspirados pelo Espirito que se pronunciaram em uma língua desconhecida da grande maioria presente, repetindo-se claramente na língua comum do povo congregado.

3 - Regulamento dos dons.

- A faísca que fende a árvore queima casas e mata gente, é da mesma natureza da eletricidade gerada na usina que tão eficientemente ilumina as casas e aciona as fábricas. A diferença está apenas em que a da usina é controlada. Em 1Co 12, Paulo revelou os grandiosos recursos espirituais de poder disponível para igreja; no capitulo 14 ele mostra como esse poder deve ser regulado, de modo que edifique, em lugar de destruir, a igreja.

O capitulo 14 expõe os seguintes princípios para esse regulado:

a) Valor proporcional - Vs. 5-10.

Os Corintios haviam-se inclinado demasiadamente para o dom de línguas, indubitavelmente por causa de sua natureza espetacular, mas, não havia interpretação.

b) Edificação

- Os propósitos dos dons é a edificação da igreja, para encorajar os crentes e converter os descrentes. Mas, diz, Paulo, se um de fora entra na igreja e tudo que houve é falar em línguas sem interpretação, bem concluirá: esse povo é demente, Vs 12,23.

c) Sabedoria - Vs. 2).

Em outras palavras "usai o senso comum".

d) Autodomínio - Vs. 32.

Alguns coríntios poderiam protestar assim: "não podemos silenciar; quando o Espirito Santo vem sobre nós, somos obrigados a falar". Mas Paulo responderia: "Os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas".

e) Ordem - Vs. 40.

O Espirito Santo, o grande Arquiteto do universo com toda sua beleza, não inspirará aquilo que seja desordenado e vergonhoso.

f) Suscetível de ensino

- Infere-se no Vs. 36-37 que alguns dos coríntios haviam ficado ofendidos pela crítica construtiva de seus dirigentes. - Devemos diferenciar entre MANIFESTAÇÕES e reações.

4 - Recebimento dos dons. Requisitos.

Deus é soberano na questão de outorgar os dons; é ele quem decide quanto à classe de dom a ser outorgado. Mas geralmente Deus age em cooperação com o homem, e há alguma coisa que o homem pode fazer neste caso.

Que se requer daqueles que desejam os dons?

a) Submissão à vontade divina

- A atitude deve ser, não o que eu quero, mas o que ele quer.

b) Ambição santa

- (1 Co 12. 31; 14.1.) Nossa ambição deve ser consagrada ao serviço de Deus.

c) Desejo ardente

- Isso resultará em oração, e sempre em submissão a Deus, (1Re 3.5-10; 2Re 2.9,10).

d) Fé

- Alguns têm perguntado o seguinte: "Devemos esperar pelos dons?

" Posto que os dons espirituais são instrumentos para a edificação da igreja, parece mais razoável começar a trabalhar para Deus e confiar nele a fim de que conceda o dom necessário para a tarefa particular.

e) Aquiescência

- O fogo da inspiração pode ser extinto pela negligência; daí a necessidade de despertar (Literalmente "acender") o dom que está em nós, (2 Tm 1.6; 1 Tm 4.14).

5 - A prova dos dons
Apresentamos as seguintes provas pelas quais se pode distinguir entre a inspiração verdadeira e a falsa.

a) Lealdade a Cristo

- Quando estava em Éfeso, Paulo recebeu uma carta da igreja em Corinto contendo certas perguntas, uma das quais era “concernente aos dons espirituais", (1 Co 12.3), sugere uma provável razão para a pergunta. Durante uma reunião, estando o dom de profecia em operação, ouvia-se uma voz que gritava: "Jesus é maldito".

É possível que algum adivinho ou devoto do templo pagão houvesse assistido a reunião, e quando o poder de Deus desceu sobre os cristãos, esses pagão se entregaram ao poder do demônio e se opuseram à confissão: "Jesus é Senhor", com a negação diabólica: "Jesus é maldito"! A história das missões modernas na China e em outros países oferece casos semelhantes.

b) Prova prática

- Os coríntios estavam divididos em facções; a igreja tolerava um caso de imoralidade indescritível; os irmãos processavam uns aos outros nos tribunais; alguns estavam retrocedendo para os costumes pagãos; outros participavam da ceia do Senhor em estado de embriaguez; isto é, faltava-lhes santificação.

c) A prova doutrinária

- O Espirito Santo veio para operar na esfera da verdade com relação à deidade de Cristo e sua obra expiatória. É inconcebível que ele contradissesse o que já foi revelado por Cristo e seus apóstolos.

Portanto, qualquer profeta, por exemplo, que negue a encarnação de Cristo, não está falando pelo Espirito de Deus, (1Jo 4:2,3).

6 - O ESPIRITO NA IGREJA

1 - O advento do Espirito.

O que ocorreu no Pentecoste.
Assim como o eterno Filho encarnou-se em corpo humano no seu nascimento, assim também o Espirito eterno se encarnou na igreja que é seu corpo. Isso ocorreu no dia de Pentecoste, "nascimento do Espirito". O que foi a manjedoura para o Cristo encarnado, assim foi o cenáculo para o Espirito. O que ocorreu nesse memorável dia?

a) O nascimento da igreja

- "E cumprindo-se o dia de Pentecoste". Era uma festa do A.T. que se comemorava 50 dias depois da Páscoa, razão porque era chamado, "Pentecoste" significa cinqüenta, (Lv 23.15-21). Significado típico: Os 120 no cenáculo eram as primícias da igreja cristã, oferecidas perante o Senhor pelo Espirito Santo, 50 dias depois da ressurreição de Cristo. Era o primogênito dos milhares e milhares de igrejas que desde então têm sido estabelecidas durante os últimos séculos.

b) A evidência da glorificação de Cristo

- A descida do Espirito Santo foi um "telegrama" sobrenatural, por assim dizer, anunciando a chegada de Cristo à destra do Pai, (At 2.23).

c) A consumação da obra de Cristo

- A proclamação da 0bra consumada.

d) a unção da igreja.

e) Habitação na igreja.

f) O começo duma nova dispensação

2 - O ministério do Espirito Santo.

O Espirito Santo é o representante de Cristo; a ele está entregue toda a administração da igreja até a volta de Jesus. A direção do Espirito é reconhecida nos seguintes aspectos da vida da igreja:

a) Administração

- Os grandes movimentos missionários da igreja primitiva foram ordenados e aprovados pelo Espirito, (At 8.29; 10.19,44; 13.2,4).

b) Pregação

- Os cristãos primitivos estavam acostumados a ouvir o Evangelho sendo pregado "pelo Espirito que veio do céu", (1Pe 1.12), e recebiam com "gozo do Espirito", (1Ts 1.6).


c) Oração

- devemos aproximar de Deus no nome de Jesus, unido espiritualmente a Cristo pelo Espirito.

d) Canto

- Como resultado de ser cheio, (Ef 5.18-19)

e) Testemunho

- Na igreja primitiva não existia essa linha de separação entre o ministério e o povo leigo que hoje em dia se observa na cristandade. A qualquer que estivesse dotado com algum dom do Espirito, quer fosse profecia, ensino, sabedoria, línguas ou interpretação, lhe era permitido contribuir com sua parte no culto. "exemplo do corpo humano".

3 - A ascensão do Espirito.

O que é certo de Cristo é certo do Espirito.

Depois de concluir sua missão dispensacional, ele voltará ao céu num corpo que ele criou para si mesmo, esse "novo homem",( Ef 2.15), que é a igreja, o seu corpo. A obra distintiva do Espirito é "tomar deles um povo para seu nome"( de Cristo; At 15.14) e quando isso for realizado e houver entrado "a plenitude dos gentios", Rm 11:25, terá lugar o arrebatamento da igreja, é o Cristo terreal, (1Co 12.12,27), levantando-se para encontrar o Cristo "celestial".

Assim como Cristo entregará finalmente seu reino ao Pai, assim também o Espirito Santo entregará sua administração ao Filho.

Dizem que o Espirito já não estará no mundo depois que a igreja for levantada. Isso não pode ser, porque o Espirito Santo, como Deidade, é onipresente. O que sucederá é a conclusão da missão dispensacional do Espirito como o Espirito de Cristo, depois da qual ainda permanecerá no mundo com outra e diferente relação

Jesus prometeu a vida abundante e frutífera como resultado da plenitude (controle e poder) do Espírito Santo

A vida cheia do Espírito é a vida dirigida por Cristo, pela qual Cristo vive sua vida em nós e através de nós, no poder do Espírito Santo (Jo 15).

Uma pessoa se torna cristã através do poder do Espírito Santo, conforme Jo 3.1-8. Desde o nascimento espiritual de novo o Espírito Santo permanentemente no cristão (Jo 1.12; Colossenses 2.9, 10; Jo 14.16,17). Embora o Espírito Santo habite em todos os cristãos, nem todos os cristãos são cheios (vivem sob o controle e poder) do Seu poder. O Espírito Santo é a fonte da vida transbordante (Jo 7.37-39).

O Espírito Santo veio para glorificar a Cristo (Jo 16.1-15). Quando alguém é cheio do Espírito Santo, ele é um verdadeiro discípulo de Cristo.

Antes de ascender aos céus, Cristo prometeu enviar-nos o poder do Espirito Santo para nos capacitar a fim de sermos suas testemunhas (At 1.1-9).

Então, como alguém pode ser cheio do Espírito Santo?

4. Somos cheios do Espírito Santo pela fé; Podemos, então, experimentar a vida abundante e frutífera que Cristo prometeu a todo cristão

Você pode ser cheio do Espírito Santo agora mesmo, se você:

Desejar sinceramente ser controlado e fortalecido pelo Espírito Santo (Mt 5.6; Jo 7.37-39).

Confessar os seus pecados. Pela fé agradeça a Deus o fato de lhe haver perdoado todos os pecado - passados, presentes e futuros - porque Cristo morreu por você (Cl 2.13-15; 1 Jo 1; 2.1-3; Hb 10.1-17).

Apresente cada área de sua vida a Deus (Rm 12.1-2).

Pela fé tome posse da plenitude do Espírito Santo, de acordo com:

1. Sua Ordem - Seja cheio do Espírito Santo. "E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito" (Ef 5.18)

2. Sua Promessa - Ele responderá quando orarmos de acordo com Sua vontade. "E esta é a confiança que temos Nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos". (1 Jo 5.14,15)

A fé pode ser expressa através da oração…

Como orar com fé para ser cheio do Espírito Santo Somos cheios do Espírito Santo pela fé. Entretanto, a verdadeira oração é um modo de expressar a sua fé. Faça comigo a seguinte oração:

"Querido Pai, eu preciso de Ti. Reconheço que tenho procurado dirigir a minha própria vida e como resultado, tenho pecado contra Ti. Agradeço-te pelo perdão dos meus pecados através da morte de Cristo na cruz. Agora convido a Cristo para tomar novamente a direção da minha vida. Enche-me do teu Espírito como ordenastes que eu fosse cheio e como prometeste em Tua Palavra que farias se pedisse com fé. Peço isto no nome de Jesus. Como expressão da minha fé, agradeço-te agora por dirigir a minha vida e encher-me do teu Espírito Santo. Amém"

Esta oração expressa o desejo do seu coração? Se é assim ore a Deus e confie em que Ele o encherá do Espírito Santo agora mesmo.

Como saber que você está cheio (sob o controle e poder) do Espírito Santo?

Você pediu a Deus que o enchesse do Espírito Santo? Você sabe que está cheio do Espírito Santo agora? Baseado em que? (Na fidelidade do próprio Deus e Sua Palavra), (Hb 11.6; Rm 14.22, 23.)

A nossa autoridade é a promessa da Palavra de Deus, a Bíblia, e não as nossas emoções . O cristão vive pela fé (confiança) na fidelidade de Deus e de Sua Palavra. O diagrama do trem, ilustra a relação entre fato (Deus e Sua Palavra), fé (nossa confiança em Deus e em Sua Palavra), e emoção (o resultado da nossa fé e obediência) (Jo 14.21).

A locomotiva correrá com o vagão ou sem ele. Entretanto, seria inútil o vagão tentar puxar a locomotiva. Da mesma forma, nós, como cristãos, não dependemos de sentimentos ou emoções, mas colocamos a nossa fé (confiança) na fidelidade de Deus e nas promessas de Sua Palavra.

Como andar no Espírito

A fé (confiança em Deus e em Suas Promessas) é o único meio pelo qual um cristão pode viver uma vida dirigida pelo Espírito Santo. À medida que você continua confiando em Cristo momento após momento:

Sua vida demonstrará mais e mais o fruto do Espírito (Gl 5.22, 23) e será cada vez mais transformado a imagem de Cristo (Rm 12.2; 2 Co 3.18).

Sua vida de oração e seu estudo da Palavra de Deus se tornarão mais significativos.

Você experimentará o Seu poder ao testemunhar (At 1.8).

Você estará preparado para o confronto espiritual contra o mundo (1 Jo 2.15-17); contra a carne (Gl 5.16-17); e contra satanás (1 Pe 5.7-9; Ef 6.10-13).

Você experimentará o poder de Deus para resistir a tentação e ao pecado (1 Co 10.13; Fp 4.13; Ef 1.19-23; 2 Tm 1.7; Rm 6.1-16). Respiração Espiritual

Pela fé você pode continuar a experimentar o amor de Deus e Seu perdão.

Se você percebe que algo em sua vida (atitudes ou ações) desagrada a Deus, mesmo que esteja andando com Ele e sinceramente deseje serví-lo, agradeça a Deus o perdão dos seus pecados - passados, presentes e futuros - mediante a morte de Cristo na cruz. Pela fé receba o amor e perdão de Deus e continue a ter comunhão com Ele.

Se você retomar o trono de sua vida através de algum pecado - o que é um ato definido de desobediência - respire espiritualmente.

Respiração Espiritual (exalando o que é impuro e inalando o que é puro) é um exercício de fé que permite a você continuar a experimentar o amor e o perdão de Deus.

1. Exale - confesse o pecado - reconheça que este pecado (ou pecados) é errado e desagrada a Deus e agradeça-lhe pelo seu perdão, de acordo com 1 Jo 1.9 e Hb 10.1-25. A confissão também envolve arrependimento - uma mudança de atitude que gera uma mudança de ação.

2. Inale - submeta o controle de sua vida a Cristo e pela fé aproprie-se da plenitude do Espírito Santo. Confie em que agora Ele o dirige e fortalece de acordo com a ordem de Ef 5.18, e a promessa de 1 Jo 5.14,15.

A minha oração a Deus é no sentido de que cada um de nós sejamos cheios do Espirito Santo; afinal ele é o responsável pelo arrebatamento da Igreja através do selo que cada um de nós membros do corpo de Cristo mantemos com Ele (Ef 4.31).

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém!



SOTERIOLOGIA
(A DOUTRINA DA SALVAÇÃO)

A DOUTRINA DA SALVAÇÃO SOTERIOLOGIA (parte1) A salvação é a milagrosa e completa transformação espiritual que se manifesta na vida de todo aquele que, pela fé, recebe ao Senhor Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2.8-9);

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Co 5.17); “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;” (Jo 1.12);

“Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.” (Jo 3.5);

A salvação do homem é o sublime tema de toda a Bíblia. O objetivo de Deus foi e sempre será redimir a sua mais ilustre criatura, o homem. O homem que Deus formou era notavelmente diferente de todos e de tudo que havia sido criado. Ele possuía um espírito semelhante àqueles dos anjos e ao mesmo tempo tinha uma alma por onde tomava as decisões. O homem foi criado com liberdade perfeita e tinha a opção de escolher o que lhe melhor parecia. A Bíblia nos fala de duas árvores que havia no jardim do éden; "...bem como a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal"(Gn.2:9). Aqui estava a grande opção do homem; a vida eterna, comendo a árvore da vida ou a morte, comendo a árvore do bem e do mal. A árvore escolhida pelo o homem foi a do bem e do mal, ou seja, ele optou por viver independentemente do seu criador (Gn.3:6). A partir da queda do homem é dado início no mais fenomenal romance entre o grande Deus amoroso e sua criatura rebelde (Gn.3:15). Por toda história bíblica é nos mostrado o esforço do Senhor em aproximar-se da sua criatura. O derradeiro ato de salvação conclui-se na manifestação do Verbo de Deus (Jo.1:1-3), o Senhor Jesus e o seu grande gesto de amor - A MORTE NA CRUZ DO CALVÁRIO E A SUA RESSURREIÇÃO AO TERCEIRO DIA (Mc.15:21-32, Mc.16:9). A partir da morte e ressurreição de Cristo na cruz a porta da salvação abriu-se a todos os homens (Jo.14:6) hoje só precisamos aceitar o Senhor Jesus Cristo (Jo.1:12) como nosso salvador, pois a nossa dívida foi paga (Cl.2:14) e a nossa redenção concluída (Ef.1:7). Leiamos: - "e para nós fez surgir uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo" (Lc.1:69).

- "Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus"(Jo.1:12). - "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo" (I Ts.5:9). SOBRE A SALVAÇÃO

Graça comum

Devido à natureza depravada do homem, ele é incapaz, de por si mesmo procurar ou agradar a Deus. Por este motivo, Deus tem concedido a graça comum ou universal a todo homem. A graça comum é vista em varias formas: nas bênçãos matérias da natureza; na maneira com Deus restringe o mal no mundo, e na fixação da consciência do pecado dentro do coração humano (Rm 2.1-11).

Esta graça comum não salva automaticamente o homem, mas revela-lhe a bondade de Deus, e restaura a cada ser humano a capacidade de responder favoravelmente ao amor de Deus. A luz desta graça comum compreendemos que nenhum homem pode se esconder atrás da desculpa de que ele não teve oportunidade de um encontro com Deus, pois é isto que nos diz a Bíblia em Romanos capitulo primeiro versículo vinte.

Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder com também a sua própria divindade claramente se reconhecem, desde o principio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis. (Rm 1.20).

Graça Especial

A graça especial concede a cada homem a capacidade de buscar a Cristo. Á medida que o homem responder afirmativamente a esta graça que o atrai a Deus, ele concede aquela pessoa uma graça especial, que o ajuda a chegar cada vez mais perto dele. É certo dizer que nenhuma pessoa pode vir ao Pai sem este poder adicional (esta graça especial), que vence a escravidão decorrente da sua natureza humana depravada.

Entretanto, quero deixar claro que esta graça especial não garante a decisão da parte do homem, quanto á sua comunhão com Deus. A aproximar-se de Deus, o homem recebe mais graça que o encoraja e o incentiva a aceitar a salvação. Porém a qualquer momento, o homem pode escolher resistir a graça de Deus, que naturalmente cancela a provisão de mais graça (At 7.51).

Enquanto o homem continuar a responder afirmativamente a graça de Deus, esta será o agente pelo qual ele receberá a justificação, a regeneração e a santificação, e será adotado na família real.

Doutrina: Eleição e Predestinação

Leitura: 1 Pe 1.1-21.

Eleição é “o ato soberano de preciencia de Deus, pela graça, através do qual ele conheceu quem receberia a graça através da fé em Jesus Cristo, para salvação, todos aqueles que conheceu e recebeuosacrificio de Cristo e confessar e salvo. Romanos.10:8-10. A Palavra de Deus fala sobre a soberania de Deus na salvação do homem, mas a Bíblia também fala sobre a responsabilidade humana diante da oferta da salvação.

Toda iniciativa é de Deus Efesios.2:8-10.

E a escolha do homem na decisão para a salvação que vem de Deus (Salmos 3.8). Toda a iniciativa da salvação vem do Criador. Não foi o homem quem escolheu salvar-se, mas Deus quem quis oferecer ao homem a comunhão com Ele mesmo e a vida eterna, I Jo.5:11,12,13,20. É pois o homem vivificado em Jesus cristo, nos que estávamos morto no pecado e espiritualmente estávamos afastado de Deus. (Ef 2.1-3,5,6). Cristo diz aos discípulos: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós” (Jo 15.16). O pecador sem a graça de Deus, não entende nem aceita as coisas de Deus (1 Co 2.14; 2 Co 4.4; Ef 4.18). A Bíblia afirma que todos pecaram (Rm 3.23) e que nossas justiças não têm valor redentivo diante de Deus (Is 64.6; Ef 2.8-10).

A Bíblia afirma a eleição em Jesus Cristo (1 Ts 1.4; Cl 3.12; Ef 1.4,5; 2 Ts 2.13). Vemos a eleição dos anjos (1 Tm 5.21), de Cristo (Mt 12.18; 1 Pe 2.4,6) e dos crentes, individual (Rm 16.13; 2 Jo 1.1,13) ou coletivamente (Rm 8.33; 1 Pe 2.9). Em nenhum ponto, contudo, a Bíblia ensina predestinação para condenação (reprovação), e não é necessário, pois todos pecaram e, sem a graça de Deus, estariam perdidos.

Deus tomou a iniciativa quanto a:

O propósito de salvar - determinado antes da fundação do mundo (Ef 1.4; Rm 8.28; 2 Ts 2.13; 2 Tm 1.9). Deus, em Sua sabedoria, sabia que o homem pecaria, então juntamente com o propósito de criar, também determinou salvar.

O meio de salvação - a morte de Cristo (Ef 1.4,5). Todos os atos envolvidos (encarnação, crucificação, ressurreição, ascensão, retorno) foram planejados (Ap 13.8; At 2.23,24).

Os indivíduos salvos - Deus elegeu todos os que hão de ser salvos (Ef 1.4,5; Rm 8.28-30; 1 Pe 1.2; At 13.48; 2 Ts 2.13,14). Esta eleição foi feita segundo a presciência de Deus (Rm 8.29; Ef 1.4; 1 Pe 1.2). Não dependente da presciência, como um passo posterior, mas intrinsecamente ligada a ela.

Em seu perfeito conhecimento, Deus sabe todas as coisas antes que elas aconteçam (Rm 4.17). a eleição prevista por Deus na base da fé, mas não uma fé comum, senão uma fé produzida pela graça divina: “como a humanidade está irremediavelmente morta em delitos e pecados e nada pode fazer para obter a salvação, Deus graciosamente restaura a todos os homens a capacidade suficiente para fazer a escolha na questão da submissão a ele. Esta é a graça salvadora de Deus que apareceu a todos os homens - Tt 2.11. Em Sua presciência, Ele tem consciência do que cada um vai fazer com esta capacidade restaurada, e, então, elege os homens para a salvação em harmonia com Seu conhecimento da escolha que fazem a respeito dEle”. Assim, tudo é pela graça (Jo 6.44; 16.8,9; Ef 2.8).

É necessário fazer uma distinção entre a presciência e predestinação. Deus pode prever algo sem determinar que isso aconteça. Por exemplo, Deus previu a entrada do pecado no mundo, mas não determinou que isto acontecesse.

A responsabilidade humana

Deus deu às suas criaturas o livre-arbítrio (liberdade de ação). Todos reconhecem a liberdade com um bem (ninguém faz passeatas contra ela!). Contudo, esta liberdade de escolha moral acarreta tanto a escolha de fazer o bem quanto o mal. É bom ser livre, mas a liberdade torna o mal possível. Deus nos deu a liberdade, mas somos responsáveis pelos nossos atos livres. Alguns teólogos afirmam que o homem é livre apenas para fazer o que deseja, e como só deseja pecar, não é livre para fazer o bem, pois somente Deus dá o desejo para o bem. No entanto, seguindo este raciocínio, quem deu ao diabo e a Adão o desejo de pecar, visto que Deus os criou bons? Para não acusar Deus de haver criado o mal - algo impensável (Tg 1.13) -, temos que aceitar que o pecado é fruto da vontade das criaturas e, portanto o homem é livre para fazer algo além do que deseja (Rm 7.15,19; Gl 5.17), embora, por causa da queda, necessita da graça de Deus para fazer o bem.

A Bíblia mostra que o homem fica livre e responsável por suas decisões (Lc 9.23; Ap 22.17). Somos responsáveis pelo que fazemos (Gl 6.7)  Lei da semeadoura, semeia ecolhe, colhe o que planta. Se os seres que Deus criou não puderem ser responsabilizados por suas escolhas certas, também não poderão ser responsabilizados pelas escolhas erradas. Assim, seríamos obrigados a aceitar a idéia de que o homem não foi responsável pela queda, como o diabo não foi responsável pelos seus erros, o que foge completamente à verdade. O homem tem a capacidade de fazer escolhas, embora precise da ação do Espírito Santo para reconhecer seu estado pecaminoso e aceitar a Cristo como seu Salvador.

No plano geral de Deus, a obra de Cristo visa a todos (Gn 12.2; Mt 28.19,20; 1 Jo 2.1,2; Ef 3.6; 2 Pe 3.9, 1 Tm 2.3,4, Tt 2.11, Ez 33.11). Cristo morreu para oferecer a salvação a todo homem (Hb 2.9; At 17.30). Dentro desse plano vem a eleição, que inclui a liberdade e responsabilidade do indivíduo (Rm 2.12; Mt 11.20-24).

Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.4-11, At 10.34). Desta maneira, não escolheria uns para salvação e outros para perdição, sem dar-lhes oportunidade de tomar uma decisão. O que leva o homem à perdição não é a falta de eleição, mas o pecado e a falha em não aceitar Jesus (Mc 16.16; Jo 3.18).

O pecador não é salvo por crer, ou seja, pelo seu ato, mas pela graça de Deus, por meio da fé (Ef 2.8,9). Os crentes foram vistos antecipadamente em Cristo quando Deus os escolheu. Eles estavam em Cristo porque aceitaram pela fé a oferta da salvação que Ele fez. Crer e se arrepender aceitando assim de Deus a graça salvadora.Romanos 11:22.

Soberania divina x Livre-arbítrio humano

A soberania divina e o livre-arbítrio humano não são conceitos mutuamente excludentes. O direito de escolha do homem não anula o controle de Deus, pelo contrário, exalta-o. É preciso ser muito mais poderoso para manter o controle num universo de múltiplas escolhas do que num universo de “cartas marcadas”, onde tudo segue uma ordem previamente estabelecida, sem possibilidade de mudanças.

Podemos ver esta ocorrência conjunta, do livre-arbítrio e da soberania, na morte de Cristo:

Deus determinou que Cristo morresse, antes da fundação do mundo (At 2.23)

Entretanto, Cristo afirma que se entregou (Jo 10.17,18)

Deus sabe tudo (Is 46.10, Sl 147.5)

Deus sabia que Jesus morreria (Ap 13.8, Jo 2.23)

Apesar disto, Jesus escolheu morrer.

A salvação é pela fé, não pelas obras (Ef 2.8,9). E Cristo morreu para garantir a salvação a todo aquele que nele crer (Lc 13.3, Jo 3.16-18, At 16.31; 17.30). Se não fosse assim, não fazia sentido a pregação do evangelho, como Cristo mandou fazer (Mc 16.15).

O homem tem o direito de escolha, dado por Deus. Assim, a criatura pode resistir ao chamado do Criador (Mt 23.37, At 7.51, Jo 1,11,12). Portanto, a salvação também tem uma pequena participação humana: aceitar a oferta de Deus - a Salvação em Cristo. O homem tem poder sobre sua própria vontade (1 Co 7.37). Assim, o Espírito Santo conduz a Cristo somente aqueles que o permitem.

Importância desta doutrina

Se toda a iniciativa da salvação é de Deus, então pode gloriar-se de ser salvo, mas temer Aquele que o salvou (Rm 11.20,21).

Se a salvação é oferecida a todos, desde que creiam e aceitem a Cristo, devemos pregar a Palavra de salvação a todos, a fim de salvar a muitos (1 Co 9.22). Somos como os leprosos que descobriram uma abundante benção que pode salvar a todos e não podemos ficar calados (2 Rs 7).



A NATUREZA DA SALVAÇÃO

- A salvação procede de Deus e não do Homem.
- Somente Jesus pode salvar o homem.
- A salvação é obtida pela graça de Deus e não por obras humanas.
- A salvação abrange espírito, alma e corpo.
- A salvação tem alcance eterno.
- O descuido da salvação trará males terríveis.
- A salvação nos vem pela fé.
- A Trindade Divina coopera com o pecador na sua salvação.
- A salvação é uma obra de Deus em beneficio do homem, e não uma obra do homem em favor de Deus.

Salvar significa: "Livrar do perigo" e Salvação é o ato de salvar (Boyer).

1) - A salvação procede de Deus para o homem (Rm 6:23).
2) - Só em Jesus Cristo há salvação,(At.4:12).
3) - A salvação é obtida pela Graça ou favor imerecido da parte de Deus e não por obras humanas (Ef.2:8-9).
4) - A salvação abrange o espírito, alma e corpo do homem (I Ts.5:23).
5) - A salvação tem alcance eterno (Hb.5:9).
6) - A salvação pode ser perdida (Jo.15:6, Cl.1:23, I Cor.15:2, Hb.2:3, Hb.3:14, Hb.10:38, I Jo.1:7).
7) - A salvação é operada pela fé em Cristo (Mc.16:16).

Podemos Ter A Certeza Da Nossa Salvação E Por Conseqüência A Vida Eterna?

Embora algumas denominações cristãs ensinam que a nossa salvação só será confirmada no dia da ressurreição (esses acreditam no sono da alma), a Bíblia nos mostra o contrário e nos garante a salvação, leiamos:

"Quem crê no Filho tem a vida eterna" (Jo.3:36).
"Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida"(Jo.5:24). "Peleja a boa peleja da fé, apodera-te da vida eterna, para a qual foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas" (I Tm.6:12).
"Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida"(I Jo.1:12)
"Tomai também o capacete da salvação..." (Ef.6:17).
"alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas" (I Pe.1:9).
Pelos textos apresentados podemos ter certeza que estando em Cristo (II Cor.5:17) a nossa salvação é garantida. Muitos servem a Deus sem essa certeza, mas quando passamos a entender a Palavra vivemos nessa convicção de que somos salvos por nosso Senhor. Aleluia!

As vinte doutrinas da salvação Pastor Ciro Sanches Zibordi

As (pelo menos) vinte doutrinas da salvação são as seguintes:

1) A doutrina do pecado (Rm 3.23; 5.12,20), pois o pecado é a causa da perdição da humanidade.
2) A doutrina da graça de Deus (Tt 2.11; 3.4), haja vista ser a graça a salvação quanto ao seu alcance.
3) A doutrina da expiação pelo sangue (Lv 17.11), uma vez que a expiação implica salvação quanto ao pecado.
4) A doutrina da redenção (Ef 1.7), que trata da salvação quanto ao pecador.
5) A doutrina da propiciação (Êx 32.30), que enfatiza a salvação como um ato benevolente de Deus.
6) A doutrina da fé salvífica (Ef 2.8), que trata do meio requerido por Deus para salvar o homem.
7) A doutrina do arrependimento (Mc 1.14,15), que está intimamente ligada à doutrina da fé salvífica.
8) A doutrina da confissão (Rm 10.9,10).
9) A doutrina do perdão dos pecados (Cl 3.13).
10) A doutrina da regeneração espiritual (1 Pe 1.3; Tt 3.5), que aborda o que ocorre dentro do pecador ao receber de Deus a salvação.
11) A doutrina da imputação da justiça de Deus (Gn 15.6; Rm 4.2-11; 5.13; 2 Co 5.19; Fm v.18; Tg 2.23).
12) A doutrina da adoção de filhos (Gl 4.5,6).
13) A doutrina da santificação do crente (1 Co 6.11; 2 Co 7.1), isto é, a santificação posicional, “em Cristo”, e também a progressiva, no tempo presente.
14) A doutrina da presciência de Deus (1 Pe 1.2).
15) A doutrina da eleição divina (1 Pe 1.2).
16) A doutrina da predestinação (Rm 8.29).
17) A doutrina da chamada para a salvação (Rm 8.30).
18) A doutrina da justificação pela fé (Rm 8.30), haja vista ser a justificação a nossa salvação vista na presença de Deus.
19) A doutrina do julgamento do crente (2 Co 5.10; Rm 14.10), também, e principalmente, relacionada com a Escatologia.
20) As doutrinas da glorificação dos salvos (Rm 8.30) e da salvação nas eras divinas futuras (Ef 2.7; 1 Tm 1.17; Jo 1.29).

A palavra soteriologia vem do vocábulo grego soteria e significa salvação, libertação de um perigo iminente, livramento do poder da maldição do pecado, restituição do homem à plena comunhão com Deus.

A salvação do ser humano é obtida pela graça, ou seja, é um dom gratuito e imerecido que o pecador recebe. Ef 2: 8-9.

Quando João 19: 30 diz: “está consumado”, que é a expressão grega tételestai, ele quer dizer quer tudo está pago. Isto representa a salvação para o cristão. Tudo foi comprado no calvário. Abrange cada fase de nossas necessidades e dura de eternidade a eternidade. Inclui a libertação do pecado no presente e a apresentação contra as invasões do pecado no futuro, Jd 1: 24-25; Tt 2: 11-13. Então, vejamos em detalhes suas fases: salvação: arrependimento, fé, conversão, regeneração, justificação, adoção e santificação.

CONCEITO DE SALVAÇÃO
Conceito de Salvação: [o vocábulo Gr. Soteria = cura, remédio, salvação, bem-estar + logia = ensino, estudo, doutrina, etc.]. Então SOTERIOLOGIA significa – estudo sistemático das verdades bíblicas acerca da salvação.

OS TRÊS TEMPOS DA SALVAÇÃO

I. O TEMPO PASSADO DA SALVAÇÃO

“A tua fé te salvou” (Lc. 7:50). “Pela graça fostes salvos por meio da fé” (Ef. 2:8). “... que nos salvou e chamou com uma santa vocação” (2 Tm. 1:9). “... salvou-nos segundo Sua misericórdia” (Tito 3:5).

Toda estas passagens e muitas outras como elas falam da salvação como uma obra terminada no passado. Este tempo de salvação coincide com a santificação passada do crente, como considerada no capítulo anterior. Ela tem que ver (1) com a alma; (2) com a remissão da penalidade do pecado, a remoção da culpa e mesmo a remoção da presença do pecado da alma. Neste sentido a salvação do crente está completa. Como dissemos da justificação, assim podemos dizer deste tempo da salvação: é um ato e não um processo: ocorre e se completa no momento em que o indivíduo crê; não admite graus nem estágios.

É sob este tempo de salvação que devemos classificar as passagens que falam do crente como possuindo vida eterna agora. Vide João 5:24, 6:47, 17:2,3; 1 João 3:13, 5:11,13. Isto quer dizer, simplesmente, como expresso em João 5:24, que o crente passou de sob todo perigo de condenação e do poder da segunda morte.

II. O TEMPO PRESENTE DA SALVAÇÃO
“A palavra da cruz é loucura para os que se perdem; mas, para nós que estamos salvos (marg., estamos sendo salvos) é o poder de Deus” (1 Cor. 1:18).

O particípio grego na passagem supra está no tempo presente e denota “aqueles sendo salvos, o ato... estando em progresso, não completado” (E. P. Gould).

É com referência ao tempo presente da salvação que Fil. 2:12 fala, quando diz: “Operai a vossa própria salvação com temor e tremor.” O sentido desta passagem é que os crentes filipenses tiveram de efetivar em suas vidas a nova vida que Deus implantara nos seus corações.

Outras passagens há nas quais a salvação não está mencionada , as quais, não obstantes, referem o processo presente de salvação, tais como Rom. 6:14; Gal. 2:19,20; 2 Cor. 3:18.

No tempo presente da salvação os crentes estão sendo salvos, através da obra do Espírito morador, do hábito e domínio do pecado. A salvação é assim equivalente à santificação progressiva: não tem que ver com a alma nem com o corpo, mas com a vida.

III. O TEMPO FUTURO DA SALVAÇÃO
Nas passagens seguintes a salvação é falada como algo ainda futuro: Rom. 5:9,10, 8:24, 13:11; 1 Cor. 5:5; Efe. 1:13,14; 1 Tess. 5:8; Heb. 10:36; 1 Ped. 1:5; 1 João 3:2,3.

Em Rom. 8:23 Paulo nos fala do que é, em geral esta salvação futura. É a redenção de nosso corpos”, o que ele quer dizer a aplicação da redenção ao corpo de crente. Isto terá lugar na ressurreição dos que dormem em Cristo (1 Cor. 15:52-56; 1 Tess. 4:16) e no rapto dos que estiverem vivos na vinda de Cristo no ar (1 Tes. 4:17). É só então que o espírito regenerado entrará em completa fruição da salvação. Assim lemos que o espírito é para ser salvo “no dia do Senhor Jesus” (1 Cor. 5:5). Este tempo de salvação tem que ver principalmente com o corpo e a presença do pecado no corpo.

É sob esta epígrafe que devemos classificar todas as passagens que tratam da vida eterna como de alguma coisa que o crente receberá no futuro. Vide Mat. 25:46; Mar. 10:30; Tito 1:2, 3:7. Temos assim a bela harmonia que existe entre todas as passagens que tocam o assunto da salvação. Não há conflito entre estas passagens, porque elas se referem a diferentes fases da salvação. Absurdo é e herético qualquer homem tirar um grupo das três, não importa que grupo ele tire, e procurar negar ou nulificar um ou outro, ou ambos, dos dois grupos restantes. O modo da verdade é tomar todos eles corretamente divididos.

Seja observado ao encerrar que a salvação em todos os seus tempos e fases é do Senhor. Paulo dá-nos o método de Deus no trabalho da salvação, do princípio ao fim em Fil. 1:6 e 2:13. Deus inicia a obra da salvação e a levará até sua consumação. E por toda a caminhada Ele opera em nós “tanto o querer como o fazer Seu bom prazer”. E mais, é tudo de graça pela fé. “Porque nEle se revela a justiça de Deus de fé em fé; como está escrito: O justo viverá pela fé.” (Rom. 1:17).

I. A PROVISÃO DA SALVAÇÃO.
As Sagradas Escrituras afirmam que Cristo é tanto o Autor como o Consumador da fé (Hb 12.2).

A designação de Autor refere-se à provisão da salvação mediante Jesus Cristo; e Consumador refere-se à aplicação desta salvação também mediante Cristo.

Vamos analisar as causas da provisão da salvação:

O PECADO DO HOMEM
Por causa da própria natureza caída, o homem, desde o seu nascimento até a sua morte, está em inimizade com Deus (Sl 51.5; Rm 7. 24).

O pecado é um estado mau da alma ou da personalidade. Desta forma, às escrituras apresenta o homem como um ser totalmente depravado, alienado da glória de Deus e destinado ao castigo divino (Rm 3. 23).

Deste modo, por si só, o homem não pode se salvar (Rm 7. 18). Sob a perspectiva divina, o homem é considerado alguém espiritualmente paralítico, aguardando o estender do braço salvador (Is 59. 16).

2. A GRAÇA DIVINA
No contexto da Doutrina da Salvação, a graça de Deus é abordada sob dois aspectos:

a) Como favor imerecido da parte de Deus, para com todos indistintamente (Jo 3. 16).

b) Como poder restringidor do pecado, operando na reconciliação do homem e sua santificação (Jo 1. 16; Rm 5. 20). A proporção da graça que o homem recebe depende exclusivamente da sua decisão, independentemente da vontade de Deus, já manifesta. Por esta razão, nos adverte o apóstolo Pedro (vejamos 2 Pe 3. 18).

3. A PROVISÃO DE CRISTO
Apesar de estar empenhado na nossa salvação e segurança, não é querer de Deus declarar-nos inocentes simplesmente. Devemos ter em mente o fato de que Deus é um Deus não só de amor, é um Deus também de justiça.

Portanto, para Deus declarar-nos inocentes independentemente da nossa conversão, seria uma ofensa a sua justiça. Seria um procedimento que entraria em choque com a sua santidade que declara que a alma que peca essa morrerá (Ez 18. 4, 20). Então, como poderia Deus manter a perfeição da sua justiça e ainda assim salvar pecadores? A resposta está no fato de que Deus não desculpa o nosso pecado, pelo contrário, Ele o remove completamente.

Vejamos o que nos dizem as Escrituras (Jo 1.29).

Assim como o cordeiro para o uso nos sacrifícios da antiga aliança devia ser um animal sem nenhum defeito, ou mancha, de igual modo Deus requeria um cordeiro substituto perfeito, capaz de oferecer um único sacrifício suficiente para salvar a tantos quantos aceitasse o seu sacrifício (Hb 9. 14).

4. O ALCANCE DA SALVAÇÃO
Observe a seguinte indagação: “Por quem Cristo morreu?”. Se a resposta for “Pelo mundo inteiro”, alguém dirá: “Porque então nem todas as pessoas são salvas?”.

Se a resposta for “Pelos eleitos”, outro articulará: “Deus é injusto, pois a salvação é limitada”.

A fim de equacionar esta questão, a Bíblia se nos oferece respostas:

a) A salvação é para o mundo inteiro (Hb 2. 9; 1 Jo 2.2).
b) A salvação é para os que crêem ( 1 Tm 4. 10; At 16. 31).
c) Alguns abandonarão a salvação. (2 Pe 2. 1).

II. O ASPECTO DIVINO DA SALVAÇÃO.
A salvação tem seu fundamento em Deus. Perguntas como: “Por que somos salvos” e “Como somos salvos”, só podem encontrar resposta verdadeira em algo fora do homem, em Deus. É este aspecto da salvação que vamos considerar aqui.


1. A PRESCIÊNCIA DE DEUS
“Presciência é o aspecto da onisciência relacionado com o fato de Deus conhecer todos os eventos e possibilidades futuros”. Este atributo divino não interfere nas decisões do homem, nem do seu livre arbítrio.

As ações do homem não são permitidas ou impedidas simplesmente porque são previamente conhecidas por Deus. Para uma melhor compreensão do assunto, você poderá ler as seguintes referências bíblicas: At 2.23; 26. 5; Rm 3. 25; 8. 29; 11. 2; 1 Pe 1. 2, 20; 2 Pe 3.17.

2. A ELEIÇÃO DIVINA Eleição é o ato de eleger, escolha. É o diploma divino com que é agraciado todo o que recebe a Cristo Jesus como seu único e suficiente salvador (Jo 3. 16). A eleição subentende que a pessoa, mediante o sacrifício de Cristo, já atendeu a todos os requisitos exigidos pela justiça de Deus quanto ao perdão de seus pecados.

2.1. CONSIDEARAÇÕES SOBRE A DOUTRINA DA ELEIÇÃO
Na explicação da eleição, é preciso levar em conta as duas verdades bíblicas, que é a da soberania de Deus e a da responsabilidade do homem na salvação.

a) A INICIATIVA DE DEUS NA SALVAÇÃO
Deus é quem toma a iniciativa na salvação das pessoas. A necessidade desta iniciativa vem do fato do homem estar morto espiritualmente e não poder operar a sua própria salvação (Ef 2. 1-3, 5, 6).

O pecador, sem a graça de Deus (1 Co 2. 14; 2 Co 4. 4; Ef 4. 18). Por isto, Deus toma a iniciativa na salvação do homem.

b) A RESPONSABILIDADE DO HOMEM

Não obstante a eleição, o homem ainda fica livre e responsável por suas decisões (Lc 9. 23; Ap 22. 17).

Deus trabalha no homem. A mente, as emoções, à vontade, a consciência do homem são trabalhadas (e não substituídas) por Deus, através do Espírito Santo e da Palavra, de maneira que o homem possa aceitar, ele mesmo, e com responsabilidade e vontade própria, a oferta de Deus.

No plano geral de Deus, a obra de Cristo visa a todos (Gn 12. 2; Mt 28. 19, 20; 1 Jo 2. 1, 2; Ef 3. 6; Tt 2. 11). Dentro desse plano geral vem a eleição; dentro da eleição está a liberdade e a responsabilidade do indivíduo (Rm 2. 12; Mt 11. 20-24).

A maior dificuldade em entender a eleição está no fator tempo. Daí a freqüência com que surge a seguinte pergunta: “Se a pessoa é eleita antes de lançados os fundamentos da terra, como, pois, a eleição pode ser baseada na fé em Cristo?”. Pedro responde esta pergunta, vejamos (1 Pe 1. 2). Baseado no seu conhecimento quanto à decisão que o crente tomaria, Deus o elegeu, antes mesmo de lançados os fundamentos da terra.

3. A PREDESTINAÇÃO
A doutrina da predestinação é uma das mais consoladoras doutrinas da Bíblia.

Sua essência repousa no fato de que Deus tem um plano geral e original para o mundo, que seus propósitos jamais serão frustrados.

3.1. DEFINIÇÃO DA PALAVRA “PREDESTINAÇÃO”

“Predestinação” – pré = antes + destinar = destino. Que é destinar com antecipação; escolher desde toda a eternidade, etc. Este termo é do ponto de vista literário.

Do ponto de vista divino, predestinação, segundo se depreende, assume um caráter de profundo significado e de infinito alcance. Tal expressão vem do grego “proo-rdzo”, que, literalmente, significa “assimilar de antemão”; A preposição grega “pro” faz essa palavra indicar uma atividade feita de antemão, etc. Para entender melhor a Doutrina da Predestinação vamos lê João 3.16.

a) A PREDESTINAÇÃO É UNIVERSAL.
Deus, em seu profundo e inigualável amor, predestinou todos os seres humanos à vida eterna (At 17. 30; Jo 3. 17). Ninguém foi predestinado ao lago de fogo que, conforme bem acentuou Jesus, fora preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25. 41).

b) MAS O FATO DE O HOMEM SER PREDESTINADO A VIDA ETERNA NÃO LHE GARANTE A BEM-AVENTURANÇA.

É necessário que o homem creia no evangelho (Rm 1. 16). Somente assim poderá ser havido por eleito (Jo 5. 24; Mc 16. 16; Jo 3. 18-21).

III. O ASPECTO HUMANO DA SALVAÇÃO Faz-se necessário abordarmos o aspecto humano da salvação. A salvação é um ato que parte de Deus em favor do homem, e não do homem em favor de Deus. Haja vista a impossibilidade do homem em agradar a Deus por si só houve a necessidade da iniciativa divina em prover a salvação independentemente dos méritos humanos. Porém, existem três atos de responsabilidade do homem, embora nestes também o pecador dependa da graça de Deus para a sua realização. Estes atos são tratados aqui numa ordem que tem sentido apenas lógico, e não cronológico, porque, na verdade, eles se realizam simultaneamente.



Elementos Operantes na Salvação

1. Arrependimento

Portanto arrependimento + fé = Conversão. Conversão envolve dois atos: primeiro, dar as costas ao eu e ao pecado, o que chamamos arrependimento, e o segundo ato da conversão é a pessoa crer em Deus.

O arrependimento envolve uma completa mudança de pensamento sobre o pecado e a percepção de necessidade de um salvador. O arrependimento leva o pecador a ficar tão contristado por causa do pecado, que ele aceita com alegria tudo o que Deus requer para uma vida de retidão. Os passos que levam o homem ao arrependimento, uma vez operando Deus são:

- Reconhecimento pelo pecado.
- Tristeza pelo pecado.
- Abandono do pecado.

O que o arrependimento é

- É saber que existe um só Deus Is 45:22
- É deixar todo embaraço e vaidade At 14:15
- É buscar as coisas de cima Col 3:2
- É ser nova criatura 2º Cor 5:17
- É deixar os ídolos 1ª Ts 1:9




2. Fé

Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que s não vêem. Hb 11:1.

Arrependimento é dizer não ao pecado, enquanto que a fé, como elemento da salvação é dizer sim a Deus. Este é o lado afirmativo da conversão. Enquanto o arrependimento enfatiza os nossos pecados a fé fixa os nossos olhos em Cristo o autor e consumador da fé. Hb 12:2.

OS TRÊS TIPOS DE FÉ

a. Fé natural

O homem é obra do Criador, tendo sido criado com responsabilidades naturais de relacionar-se com Deus. Mesmo ao homem perdido, Deus tem dado sabedoria natural. De igual modo tem dado a fé ou capacidade para acreditar na sua existência e nas coisas invisíveis. Com este tipo de fé, o homem pode crer acertada ou erradamente, coisas espirituais, mesmo sem obedecer ou seguir a Deus; ( Tiago 2:29). A definição primária da fé natural é a capacidade que todo homem tem de crer em um ser supremo. Isto pode ter fundamento nas palavras de Paulo aos Romanos capitulo primeiro versículos 19 e 20 que diz:

Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis. Rm. 1:19-20.

b. Fé comum

Aqui temos propriamente uma expressão Bíblica, quando Paulo escreve:

A Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum... (Tt. 1:4). Esta é a fé que opera para salvação (Jd. V.3).

Observe o seguinte a respeito deste tipo de fé:

- Vem pela pregação da Palavra de Deus e traz a pessoa à graça salvadora. (Rm. 10:17; Ef. 2:8).
- Mediante a oração no Espírito Santo, toma o caráter de fé santíssima e torna-se a firmeza do crente(Jd.1:20).
- É evidenciada praticamente pela submissão de Deus e pela prática das boas obras ou pela obediência a Deus.(Lc. 17:5-10).

c. Fé Dom do Espírito

Além da fé natural e fé comum, há também a fé que é dom do Espírito.

Em certo sentido, toda fé é dom de Deus, mas há a fé sobrenatural, pode partir do nível natural, exercer os limites do comum a todos os homens, tornar-se mais forte, mais poderosa, mediante as bênçãos recebidas, como respostas ás orações e chegar a culminância da definição bíblica. Fé é a certeza de coisas que se esperam.

- Sem fé é impossível agradar a Deus. Hb. 11:6
- Fé dada no Espírito. 1ª Cor. 12:9 e 2:4,5


A fé tem Dimensões Definidas:

A Bíblia fala de:

a. Fé pequena Mt. 14:31
b. Fé crescente 2ª Ts. 1:3
c. Fé como grão de mostarda Lc. 17:6
d. Fé grande Mat. 15:28

3 - Conversão

É a mudança de forma ou de natureza; mudança de mal para bom procedimento.
A palavra conversão literalmente significa vira-se pra a direção oposta.
Na bíblia esta palavra é usada para descrever a mudança total que ocorre na vida da pessoa que abandona o pecado e se volta para Cristo.
A conversão envolve dois atos, já comentei este assunto, mas vamos recapitular os dois atos.
O primeiro e dar as costas ao eu e ao pecado.Gl. 2:20, o segundo é crer em Deus, voltando-se a Ele e abraçando-o a vida eterna. At.16:31.
Se a pessoa não se chega a Deus, buscando-o, a conversão é incompleta, o simples fato de rejeitar o pecado, resulta somente numa reforma humana provisória e não em transformação divina e plena.
Converter-se é deixar de andar nos seus próprios caminhos e voltar-se para Deus.




4 - Justificação

È a solução do problema da posição do pecador diante da lei divina violada por ele. Especialmente, ela remove a culpa do homem perante a lei violada, e imputa a perfeição de Cristo na conta celestial do crente. O crente é então declarado justo diante de Deus. Como resultado desta transação, o crente passa a ter uma nova posição legal diante do Juiz, que é Deus, o qual pode agora aceitar o homem como justo aos seus olhos. Por justificação, entende-se o ato pelo qual Deus declara posicionalmente justa a pessoa que a ele se chega através da pessoa de Jesus Cristo.

Esta justificação envolve dois atos:

- O cancelamento da dívida do pecado na conta do pecador. (Col. 2:14).
- O lançamento da justiça de Cristo em seu lugar. (Is. 53:11).

Tornando mais claro:

Justificação não é aquilo que o homem é ou tem em si mesmo, mas aquilo que o próprio Cristo é ou faz na vida do crente. Isto é dito de forma mui clara no seguinte texto da carta de Paulo aos Romanos 4:25 ao 5:2.

Cristo foi entregue para morrer a fim de expiar os pecados do seu povo e ressuscitou para garantir a justificação dele.

Alguns aspectos da justiça em Romanos 4:

- A justiça é associada com imputação 11 vezes. (Rm. 4:3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 22, 23, 24)
- É associada 9 vezes com fé. (Rm. 4:3,5,9,13,14,16,20,22,24)
- Existe à parte das obras. (Rm. 4:2,5,6)
- Existe à parte da lei. (Rm. 4:13, 14,16).
- É segundo a graça. (Rm. 4:16).

Os versos de Romanos 5 de 1 ao 11, descrevem as bênçãos que acompanham a justificação:

- Paz Rm. 5:1
- Alegria Rm. 5:2
- Esperança Rm. 5:5

5- Regeneração

É a solução do problema do homem natural espiritualmente morto, e, portanto, incapaz de servir a Deus. O homem precisa mais do que uma nova posição legal; precisa de um no eu; um novo ser espiritual. Através da salvação, Deus cria um novo homem interior na vida do crente, revestindo-o de poder para servir a Deus, poder este que, a partir de então, é limitado somente pela própria vontade do crente.

Regenerar-se significa restaurar ( I Ped. 1:3 ).

Regenerador que ou aquele que regenera.

Deus nos salvou mediante o lavar regenerador ( Tt. 3:5 ). A regeneração é obra sobrenatural e instantânea de Deus qu

nos outorga nova vida ao pecador que aceite a Cristo como seu Salvador. Através desse milagre, ele é ressuscitado da morte (do pecado) para a vida (na justiça de Cristo).

Em palavras mais simples, esta nova vida é a natureza divina que passa a habitar no crente, mediante o poder do Espírito Santo. (Tt. 3:5. Jô 1:12, 13). Sem esta miraculosa transformação espiritual, o pecador arrependido permaneceria morto na sua natureza pecaminosa (Ef. 2,1-5), e incapaz de conhecer a Deus num relacionamento pessoal. (I Cor. 2:14).

UMA OBRA DE RESTAURAÇÃO.

- O vaso restaurado. Jr. 18:4
- Um povo na mão do Senhor. Jr. 18:6
- A regeneração na vida de Zaqueu, o publicano em Lc. 19:1-10. Regenerar - tornar a gerar; reproduzir (o que estava destruído), restaurar, reorganizar, melhorar, emendar, corrigir moralmente, formar-se de novo, vivificar-se, reabilitar-se.
- A regeneração (Mt. 19:28), refere-se a restauração do mundo.
- A restauração de todas as coisas, At. 3:21, compare com Ap. 21:1.

6 Adoção

É a solução do problema da separação ou alienação do homem da presença de Deus. Por causa da reconciliação efetuada por Cristo, o homem já não é um inimigo de Deus; pelo contrario, esta em comunhão tão estreita com Ele, que é adotado como filho . Note que a regeneração criou uma nova vida espiritual e que, através da adoção, esta nova criação recebe o privilegio de fazer parte da família real divina.

Humanamente falando, adoção é o processo pelo qual uma criança é trazida e aceita numa família, quando por natureza não tinha direito algum de pertencer aquela família. Esta transação legal traz como resultado, a criança tornar-se um filho: um novo membro da família, com plenos direitos sobre o patrimônio da família que a adotara. Adoção é o perfilhamento, aceitação legal como filho.

Assim sendo meu amado(a) que lê este simples estudo, mediante a adoção divina, os crentes não somente foram elevados a uma posição de participação na aristocracia do céu, como tornaram-se herdeiros do maior patrimônio do universo. Glória a Deus...

Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo? ( Romanos 8:17).

7 Santificação

É a solução para o problema da escravidão do homem pela sua própria natureza pecaminosa. Embora a regeneração comunique ao homem uma vida nova, ela não destrói sua velha natureza. O crente, portanto, tem duas naturezas. A sua continua inclinação para o pecado, que emana da natureza decaída, é contrabalançado pela obra do Espírito Santo que opera nele a libertação do pecado. Á medida que o crente vive vitoriosamente, subjugando a natureza pecaminosa mediante o poder do Espírito Santo, Deus o recompensará.

O alvo de viver uma vida santificada não é a perfeição plena, mais sim, a progressão. Se Deus quisesse que o crente, para conservar sua salvação, tivesse de cumprir seus padrões de perfeição, teria reduzido seus padrões ao nível da possibilidade humana. Ao invés disto, porem, Ele apresenta o alvo da santificação como sendo o aperfeiçoamento do caráter do cristão (Mat. 5:48).



Algumas passagens bíblica sobre santificação

• Oferecei agora os vossos membros para santificação. Rm. 6:19
• Tendes o vosso fruto para santificação. Rm. 6:22
• Cristo Jesus, o qual se nos tornou... Justiça e Santificação. 1ª Cor.1:30
• A vontade de Deus, a vossa santificação. 1ª Ts. 4:3
• Deus não nos chamou para impureza, e sim para santificação. 1ª Ts. 4:7

Deus nos escolheu desde o principio para a salvação, pela santificação do Espírito.

• Segui a paz com todos e a santificação. Hb. 12:14
• Santificação do Espírito. 1ª Pe 1:2

O Senhor diz na sua Palavra: ? E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 1ª Ts 5:23

GLORIFICAÇÃO
A salvação na vida do indivíduo opera-se em etapas diferentes. Ela tem um começo, um desenvolvimento e uma consumação. No começo da salvação destacamos o arrependimento, a fé, a conversão à união com Cristo, à regeneração e a justificação. Os três últimos são atos exclusivos de Deus na vida de quem se arrepende, crê e se converte a Cristo. No desenvolvimento da salvação temos a santificação. Na consumação, está a glorificação. É na glorificação que o crente pode experimentar a plenitude da salvação. Portanto, a salvação tem um tempo passado, outro presente e outro futuro. O conteúdo maior da experiência da salvação está no futuro (Rm 8. 24; 13. 11; 1 Pe 1. 3-5; 2. 1, 2; 1 Jo 3. 2).

2.1 O SIGNIFICADO DA GLORIFICAÇÃO
O termo glorificação aqui é empregado para designar tudo àquilo que está incluído na salvação futura, a partir da morte física, mas especialmente seguindo-se a volta de Cristo. Alguns textos ressaltam essa glória que será dos salvos (Rm 5. 2; 8. 18; 2 Co 4. 17; Cl 1. 27; 1 Pe 1. 4-9). As experiências de aflições do crente no mundo presente são amenizadas com a esperança de Glória no mundo vindouro.

2.2 ASPECTOS DA GLORIFICAÇÃO
Não sabemos tudo que está incluído na glorificação. Mas a Bíblia nos revela alguns aspectos dessa glória vindoura.

2.2.1. NOVO CORPO
Na ressurreição os crentes terão um novo corpo, corpo glorificado, isto é, adaptado as condições de existência do mundo vindouro (Lc 20. 35, 36; Rm 8. 23; 1 Co 15. 51ss; Fl 3. 21). Aquele corpo não estará mais sujeito as condições ou as leis desta criação, mas será corpo espiritual, quer dizer, regido por leis do espírito, da nova criação, tal qual o corpo ressurreto de Jesus.

2.2.2. NOVA COMUNHÃO COM DEUS
Novo céu e nova terra, nova Jerusalém, são expressões bíblicas que indicam uma nova habitação para os remidos do Senhor (Fl 3. 20; Hb 11. 16; 2 Pe 3. 13; Ap 21. 1-4). Se o pecado arruinou a morada de Deus com os homens aqui na terra, na redenção Deus proveu uma nova terra, nova morada, onde Deus estará com os homens.

2.2.3. NOVA COMUNHÃO COM DEUS
Nossa relação com o Pai e com o Filho neste mundo é pela fé. Estamos ausentes do Senhor (2 Co 5. 6).

Nossos privilégios de filhos de Deus são ainda precários (1 Jo 3. 2; Rm 8. 23, 26), mas na glorificação teremos uma aproximação perfeita com Deus e com Jesus Cristo (2 Co 5. 6-8; i Jo 3. 2; Ap 21. 3,4; 22.4). A promessa para o final é que veremos a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome (Ap 22. 4).

2.2.4. LIBERTAÇÃO PLENA DO PECADO
Na justificação o crente é libertado da culpa e do castigo do pecado; na regeneração e na santificação a libertação é do poder do pecado na vida; na glorificação a libertação é não só das conseqüências e do poder do pecado, mas também da presença do pecado, e de modo completo. O pecado não mais existirá na alma nem no mundo dos salvos e não mais interferirá na relação com Deus e com o próximo. Os salvos são normalmente perfeitos (Hb 12. 23; 2 Pe 1.4; Ap 21. 27). Uma nova sociedade surgirá dos remidos de Cristo. Desta forma, a salvação estará consumada.

Os oito elementos operantes na Salvação são:

1. Arrependimento
2. Fé
3. Conversão
4. Justificação
5. Regeneração
6. Adoção
7. Santificação
8. Glorificação


80 RAZÕES POR QUE O CRENTE NÃO PODE PERDER A SALVAÇÃO

01. Gênesis 7:16 - Sendo a arca um tipo de Cristo (IPe.3:20,21; Rm.3:6:4), o crente está seguro nele (Cl.3:3; Ap.3:7).

02. Efésios 4:30 - O crente está selado no Espirito Santo (Ef.1:13; 2Tm.2:19), e este selo é inviolável e irrevogável (Es.8:8; Dn.6:12).

03. II Coríntios 1:22 - O crente tem o penhor do Espirito Santo como garantia segura e inabalável (2Co.5:5).

04. Gálatas 3:15 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão (Gl.3:29), uma aliança irrevogável.

05. I Coríntios 11:25 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança incondicional, selada com sangue (Jr.34:18, 19; Gn.15:12-21), e não com sapato (Rt.4:7,8) ou com sal (Nm.18:19; Lv.2:13).

06. Gênesis 15:12 - Deus fez com o crente, na pessoa de Abraão, uma aliança unilateral (o rompimento da aliança só seria possível se Deus morresse).

07. Jeremias 31:31-33 - Mediante a nova aliança (com sangue), o temor do Senhor é insuflado no coração do crente (Jr.32:39,40) para que não se aparte de Deus (Hb.3:12;8:8-13; Ez.36:26,27).

08. Salmos 12:7 - O crente é guardado por Deus, do mal que há no mundo.

09. Salmos 17:8 - O crente é guardado por Deus como a menina dos Seus olhos.

10. Salmos 25:20 - A alma do crente é guardado por Deus (Sl.97:10).

11. Salmos 37:28 - O crente é preservado para sempre.

12. Salmos 12l:5-8 - O Senhor guarda o crente; guarda a sua alma de todo o mal; guarda a sua saída; guarda a sua entrada; e o guarda para sempre.

13. Salmos 145:20 - O Senhor guarda os crentes que O amam.

14. Jeremias 31:3 - O amor de Deus para com o crente é eterno.

15. Jó 5:19 - O crente é guardado do mal (Sl.91: Jo.17:9-26).

16. I João 5:18 - O crente é guardado do maligno (IITs.3:3; Jr.31:11).

17. Judas 24 - O crente é guardado para não tropeçar (ISm.2:9; Is.63:13).

18. João 11:9 - A fé do crente não lhe permite tropeçar (Rm.9:31-33).

19. Provérbios 10:25 - O crente tem perpétuo fundamento (IITm.2:19; ICo.3:11).

20. I Pedro 1:5 - O crente é guardado pela fé no poder de Deus. 21. Hebreus 12:2 - Jesus é o Autor da fé, e por isso, o crente não pode perdê-la (Fp.1:29; ICo.3:5; At.18:27; Gl.5:22; IITs.3:2).

22. Romanos 16:25 - O crente é guardado pelo poder de Deus (IITm.1:12; Jd.24).

23. Hebreus 6:17 - A salvação do crente se fundamenta em duas coisas imutáveis: a) a promessa (Js.21:45; At.13:32; IICo.1:20; Ef.3:6; Hb.9:14,15;10:23; IJo.2:25); b) o juramento (Hb.6:16). Só a promessa, sem o juramento já era em si mesma suficiente, mas Deus querendo mostrar a imutabilidade daquilo que Ele decretou, foi além da promessa, fazendo juramento. E Deus foi ainda mais além quando jurou pelo Seu próprio nome, porque não havia outro nome superior ao Seu (Hb.6:13,16; Jr.44:26;Nm.23:19).

24. Salmos 37:33 - O crente jamais será condenado (Sl.89:30-35; ICo.11:32).

25. Salmos 37:23,24 - Se o crente cair, não ficará prostrado (Sl.145:14; Pv.24:16; Jó 4:4; Rm.14:4;Mq.7:8).

26. Salmos 121:3 - O crente pode cair da graça (Gl.5:4), mas jamais cairá para a perdição (Sl.17:5;66:9).

27. Isaías 46:3,4 - O crente é conduzido por Deus até o fim (Sl.121:8).

28. I Coríntios 10:13 - A tentação não pode condenar o crente (Rm.6:14,18; IIPe.2:9).

29. João 4:14 - O crente jamais terá sede (Lc.16:24).

30. João 5:24 - O crente já passou da morte para a vida.

31. Romanos 6:8,9 - O crente já morreu com Cristo (IITm.2:11).

32. I Pedro 1:3,4 - O crente foi regenerado para uma viva esperança.

33. I Pedro 1:23 - O crente foi regenerado pela Palavra de Deus.

34. I João 3:9 - O crente foi regenerado pelo Espirito Santo (Jo.3:5; Tt.3:5).

35. João 6:37-40 - O crente jamais será lançado fora.

36. João 6:47 - O crente já possui a vida eterna (IJo.5:11-13; ITm.6:12).

37. João 10:28 - O crente não pode ser arrancado da mão do Filho.

38. João 10:29 - O crente não pode ser arrancado da mão do Pai.

39. Lucas 15:3-10 - Há alegria no céu por um pecador que se arrepende.

40. João 10:27 - O crente é conhecido do Senhor (Jo.10:14; 2Tm.2:19; ICo.8:3; Gl.4:9; Mt.7:21-23).

41. Mateus 28:20 - Jesus está com o crente todos os dias até o fim dos séculos.

42. Romanos 8:1 - Nenhuma condenação há para o crente (Rm.8:33,34).

43. Romanos 8:30 - Sendo justificado, o crente também será glorificado.

44. Romanos 8:28 - Todas as coisas cooperam para o bem do crente (Gn.50:20).

45. Romanos 8:35-39 - Nada poderá separar o crente do amor de Deus (Jo.13:1).

46. I Coríntios 3:15 - O crente infiel será salvo como pelo fogo (ICo.5:1-5;11:29-32).

47. I Coríntios 1:8 - O crente será confirmado até o fim (Rm.16:25; IITs.3:3).

48. Filipenses 1:6 - Deus mesmo terminará a obra no crente (Fp.2:13).

49. Colossenses 3:3 - A vida do crente está escondida com Cristo em Deus.

50. Efésios 5:27 - A igreja será sempre irrepreensível (IICo.11:2; ICo.12:26,27).

51. I Tessalonicenses 5:1-10 - O crente não será surpreendido na vinda do Senhor.

52. II Timóteo 2:13 - O crente infiel será salvo pela fidelidade de Deus (Rm.3:3).

53. Hebreus 13:5 - O crente jamais será abandonado por Deus.

54. I João 5:1 - O crente é nascido de Deus, e não pode "de nascer"

55. I Pedro 1:4 - O crente possui a natureza divina.

56. Romanos 8:9-11 - O crente é propriedade de Cristo (ICo.6:19,20).

57. I Tessalonicenses 5:23,24 - O crente é conservado irrepreensível.

58. I João 5:16 - O crente não pode pecar para a morte eterna (IJo.3:9;5:18).

59. I Coríntios 12:3 - O crente não pode blasfemar contra o Espírito Santo (Mt.12:32; Mc.9:39,40;Lc.11:23; IJo.5:10; Jo.3:33). 60. I João 2:19 - O crente é perseverante na fé (Mt.10:22;24:13; IIJo.9; Ap.13:10;14:12).

61. João 10:26 - O crente é ovelha e não porca lavada (2Pe.2:20-22).

62. João 13:10 - O crente já está limpo do seu pecado (Jo.15:3).

63. I Coríntios 1:30 - Cristo é a justiça do crente.

64. I Coríntios 1:30 - Cristo é a santificação do crente.

65. I Coríntios 1:30 - Cristo é a redenção do crente.

66. Salmos 25:20 - Deus é o refúgio do crente (Hb.6:18).

67. I João 2:22,23 - O crente não pode negar o filho (Mt.10:33; 2Tm.2:12).

68. Romanos 8:37 - O crente sempre será vencedor (Jo.16:33; Ap.2:7,11,17,26;3:5,12,21).

69. I João 5:4 - O crente vence o mundo.

70. I João 2:14 - O crente vence o diabo (IJo.4:4; Ap.12:11).

71. Romanos 6:14 - O crente vence o pecado (a carne).

72. Romanos 11:29 - O dom de Deus é irrevogável.

73. João 19:30 - Todo o pecado do crente está consumado.

74. Gálatas 3:13 - O crente foi resgatado para sempre da maldição da lei.

75. Apocalipse 5:9 - O crente foi comprado com sangue (ICo.6:20;7:23; IPe.1:18,19).

76. Salmos 90:17 - É Deus quem efetua a obra no crente (Jo.3:21; Ef.3:20; Is.26:12;64:4; Fp.2:13).

77. João 17:20 - Cristo intercedeu pelos crentes, e continua intercedendo (Hb.7:25; IJo.2:1; Rm.8:34).

78. Romanos 8:26,27 - O Espírito Santo intercede pelo crente.

79. II Coríntios 1:20 - Jesus é o "Amém" das promessas de Deus (Jo.6:47).

80. I Pedro 4:1 - O crente já cessou do pecado (Rm 6:14; IJo.3:9)

Apesar de termos assegurada a garantia da nossa salvação em Jesus devemos, no entanto entender que o único que poda lançar fora esta mesma salvação poderá ser cada um de nós através dos maus procedimentos aqui na terra.

A minha oração a Deus é que isto jamais aconteça, pois se a nossa esperança em Cristo fosse só nesta vida nós seríamos os mais miseráveis de todos os tempos (1Co15.20)

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus. Amém!


CRISTOLOGIA
A DOUTRINA DE CRISTO

Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor.

Nos estamos dando a continuidade a esta série de estudos bíblicos sobre a teologia sistemática; desta feita estamos apresentando o assunto mais envolvente possível que se refere a obra e pessoa de nosso Senhor Jesus vamos acompanhar:

I. SUA PREEXISTÊNCIA E ETERNIDADE
A preexistência de Cristo significa Sua existência antes da encarnação. A Escritura o ensina muito claramente. Mas, mais que isso, ela ensina também que Ele existiu desde toda a eternidade. As seguintes passagens estabelecem claramente a preexistência e eternidade do Senhor Jesus não como filho eterno, mas como Deus eterno:

"No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo 1.1).
"Eu desci do céu" (Jo 6.38).
"E agora, Pai, glorifica Tu a mim, tu mesmo, com a glória que eu tive contigo antes que o mundo existisse" (Jo 17.5).

II. SUA ENCARNAÇÃO
Este Deus Espirito Santo, preexistente e eterno fez-se carne, tomou sobre Si um corpo humano, habitou entre os homens e finalmente se deu como sacrifício pelos pecadores. Notemos:

1. O FATO DA ENCARNAÇÃO.
"E o Verbo se fez carne" (Jo 1.14).
"O qual... esvaziou-se, tomando a forma de servo, fazendo-se igual aos homens" (Fp 2.6,7).
"Ele disse... um corpo preparaste para mim." (Hb 10.5).

2. A NECESIDADE DA ENCARNAÇÃO.
(1) Foi preciso que Ele aturasse o sofrimento corporal se era para Ele sofrer como substituto do homem.

O sofrimento final dos pecadores no inferno será um sofrimento tanto do corpo como da alma (Mt 10.28). Logo, desde que foi para Jesus sofrer em lugar dos pecadores, necessário foi que Ele tivesse um corpo no qual sofresse.

(2) Foi preciso que Ele tivesse um corpo para que pudesse "em tudo ser tentado como nós somos", de maneira que, como sumo sacerdote, pudesse compadecer-se de nossas fraquezas" (Hb 4.15).

O anjo Gabriel não pôde simpatizar conosco quando somos tentados, porque ele nunca conheceu tentação na carne. Mas Cristo pode. "Naquilo que Ele mesmo sofreu sendo tentado, pode socorrer aos que são tentados" (Hb 2.18).

(3) Foi preciso que Ele tivesse provação na carne e rendesse perfeita obediência à Lei para que houvesse operado uma justiça que pudesse ser-nos imputada.

A justiça a nós imputada pela fé não é justiça como atributo pessoal atribuído a Deus, mas é a justiça operada por Cristo em nós na Sua vida terrena. É isto indicado porque a justiça a nós imputada descreve-se como sendo pela fé ou através da fé em Cristo (Rm 3.21,22; Fp 3.9).

(4) A encarnação foi também necessária ao seu ministério doscente, à Sua escolha dos doze apóstolos e fundação da igreja, à Sua fixação de um modelo para nós de perfeita obediência à vontade de Deus.

Estas coisas são coisas que Deus viu podiam ser mais bem cumpridas por um na carne. Portanto, o Cristo encarnado foi enviado a cumpri-las.

III. SUA DEIDADE
"E o Verbo era Deus" (Jo 1.1).
"Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30).
"O primeiro homem era da terra, terreno; o segundo é do céu" (1 Co 15.47).
"O qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação" (Cl 1.15).
"Sendo o resplendor de Sua glória e a própria imagem de Sua substância" (Hb 1.3).
"Chamarão o Seu nome Emanuel, que é, traduzido, Deus conosco" (Mt 1.23).

A noção dos modernistas que Jesus era divino somente no sentido que sustenta ser o homem divino não satisfaz essas passagens. O homem não é divino na sua condição natural. Após a regeneração tem ele uma natureza divina habitando nele, mas também retém a natureza humana pecaminosa. Não se diz nunca que o homem, mesmo depois da regeneração, é Deus, ou que Ele é o "resplendor de Sua glória".

Toda a discussão cristológica passa inevitavelmente pela resposta que se dá à pergunta do próprio Cristo, "Quem diz o povo ser o filho do Homem?" (Mt 16.13), e da crença na declaração bíblica "... e o verbo era Deus", (Jo 1.1).

Cristo foi para os seus contemporâneos, o que poderíamos chamar de um personagem controverso. Dificilmente duas pessoas pensavam e diziam a mesma coisa acerca dEle. Muitos daqueles que o viam comendo, diziam: "Ele é um glutão", (Mt 11:9). E eram esses mesmos que, ao saberem que ele se absterá de comer, diziam: "Este tem demônios". Muitos daqueles que testemunhavam a operação de seus milagres, diziam: "Ele engana o povo", ou "Ele opera sinais pelo poder de demônios".

Quanto ao seu ministério, aqueles que, o viam citando a Lei, diziam: "Este é Moisés". Aqueles que viam o seu zelo em despertar nos homens fé no verdadeiro Deus, Diziam: "Este é Elias". Aqueles que o viam chorando enquanto consolava os infelizes abandonados, diziam: "Este é Jeremias".

Aqueles que o viam pregar o arrependimento como condição única para o homem alcançar o perdão divino. Diziam: " Este é João Batista". Ninguém, contudo, exceto seus discípulos conhecia a verdadeira identidade do Messias.

A pergunta: "Mas vos... quem dizeis que ou sou? (Mt 16:15), respondeu o apóstolo Pedro:" "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo", (Mt 16:16). Face a esta inspirada e eloqüente resposta de Pedro, disse o Senhor Jesus Cristo: "Não foi a carne e sangue que te revelou, mas meu Pai que está nos céus". (Mt 16:17).

1. A importância de se estudar a doutrina de Cristo

Jesus Cristo é a figura central da história do mundo. Os impactos da pessoa de Cristo na história e cultura humanas: um divisor de datas na história do ocidente, uma civilização assim chamada “cristã”, guerras e conflitos em “nome de Cristo”, valores “cristãos”, a cruz como um símbolo universal de morte, etc.

Jesus Cristo deve ser a figura central na vida de todo indivíduo. Os impactos da pessoa de Cristo na vida dos crentes: interiores (salvação, perdão, regeneração, justificação, novos valores, etc.) e exteriores (mudança de atitudes).

Não existe cristianismo sem Cristo: não é uma religião, mas um modo de vida cuja proposta básica é “Cristo em vós, esperança da glória” (Col. 1:27). A maior diferença entre um cristão nominal e um cristão autêntico é que para este Jesus é uma realidade existencial. O cristianismo não é medido pelo seu efeito coletivo, mas pela presença de Jesus na vida do indivíduo.

Não existe comparação entre Jesus Cristo e os fundadores das outras grandes religiões. Confúcio, Buda, Maomé, todos morreram propondo ao homem um caminho para encontrarem a verdade ou para se tornarem a divindade, mas só Jesus diz “eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6), só Jesus se intitula o próprio Deus (João 10:30).

A base do cristianismo é a Palavra de Deus (Lucas 24:27 é o primeiro ato de proclamação e apresentação de Jesus com base na Palavra), onde Jesus é o tema central da mensagem transmitida pelos e para os homens:

a) pelos profetas (At 10:43, 3:21)
b) pelos apóstolos (At 5:42)
c) para os judeus (At 17:1-3)
d) para os samaritanos (At 8:5)
e) para os gentios (Gl. 1:15-16, Ef. 3:8)
f) para o homem de hoje (Mc 16:15, I Cor. 15:1-4)

III. Quem é Jesus Cristo
Jesus Cristo é o próprio Deus encarnado, é a imagem do Deus Espírito invisível que habita na luz inacessível e somente em Jesus Cristo podemos ver Deus. É a teofania de Deus que aparece no AT (Gn 18). Esvaziou-se da sua glória e se humilhou, tomando a forma de ser humano (Fp 2.6-11). O seu ministério terreno durou mais ou menos 3 anos e meio. Jesus ensinou a verdade de Deus por preceitos e por parábolas. Ele fez milagres, curando enfermos e endemoninhados, fazendo sempre o bem. Foi rejeitado pela maioria do povo e pelas autoridades, sendo submetido à morte de cruz. Foi sepultado, mas ressuscitou ao terceiro dia. Depois subiu ao céu, onde está para interceder pelos seus (Hb 7.25). E o salvo está unido com Cristo, que vive nele pelo seu Espírito (Rm 8.9-11; Gl 2.20; 4.6; Fp 1.19). Na sua segunda vinda Jesus Cristo julgará os vivos e os mortos (2Tm 4.1).

Heresias primitivas que contestam a humanidade de Jesus Cedo na vida da igreja surgiram pensamentos que procuravam negar a humanidade de Cristo.

Docetismo (dokeo = parecer): a divindade nunca poderia tornar-se realmente material, já que a matéria é inerentemente má, ao passo que Deus é puro (a carta de I João foi escrita basicamente para combater o docetismo (I João 1:1-2, 4:1-3).

Apolinarismo (Apolinário, bispo sírio do séc. IV): Jesus era humano somente fisicamente, mas sua alma era divina (uma leitura limitada de João 1:14, propondo que apenas o “verbo” é que se encarnara, o restante sendo divino; uma maneira de acomodar o problema da natureza dual de Jesus).

3.4. O nascimento virginal de Cristo

Doutrina muito debatida entre o final do séc. XIX e início do XX pelos fundamentalistas e modernistas.

Fundamentalistas consideravam uma crença essencial, baseada nos poucos relatos bíblicos existentes (Mt 1:18-25; Lc 1:26-38; Is 7:14).

Modernistas a rejeitavam, consideravam não essencial ou reinterpretavam de modo não literal com base nos seguintes argumentos:

a) o silêncio de Jesus sobre o assunto (Jesus fez silêncio sobre outras coisas também).

b) o silêncio de Marcos, João e Paulo (o propósito desses escritores bíblicos não era narrar as circunstâncias do nascimento de Jesus).

O duplo milagre da concepção virginal: Deus provê tanto o componente humano como a encarnação.

A relação entre a concepção virginal e a encarnação e impecabilidade de Cristo. Alguns teólogos argumentam que o nascimento virginal não era indispensável para a sua encarnação (criação direta, sem a necessidade ou apesar dos pais) e impecabilidade (o Espírito Santo santificaria qualquer influência pecaminosa transmitida pelo macho somente ou pela mulher).

Principais significados teológicos da doutrina do nascimento virginal:

a) afirmação da natureza sobrenatural da salvação, sem qualquer intervenção humana.
b) a salvação não depende de qualquer qualificação humana (a origem humilde de Maria).
c) prova da singularidade de Jesus.
d) evidência do poder e soberania de Deus sobre a natureza.

3.5. A impecabilidade de Cristo

O testemunho dos apóstolos: Hb. 4:15, 7:26, 9:14; Jo 6:69; I Pe 2:22; I Jo 3:5; II Cor. 5:21.
O testemunho do próprio Cristo: Jo 8.46.
O testemunho dos incrédulos: Mt 27:4, 19; Lc 23:41.
Jesus teria sido passível de pecar? Sua tentação foi genuína ou somente uma farsa? As tentações de Cristo foram reais, embora fossem insuficientes para vencê-lo. A natureza divina torna a pecabilidade impossível. O pecado não faz parte da natureza humana básica, mas sim da corrompida. Adão e Eva antes da queda e Jesus foram os únicos seres humanos puros.



3.6. As implicações teológicas da humanidade de Cristo.

A morte expiatória de Jesus tem valor para nós, pois foi um ato sacerdotal.

Pelo fato de ter experimentado a nossa natureza Jesus intercede por nós e nos ajuda em nossas fraquezas.

Em Cristo vemos representada a verdadeira humanidade. Não podemos medir a humanidade de Cristo pela nossa, mas sim a nossa pela de Jesus.

Pela dependência da graça de Deus é possível para o homem viver de acordo com o padrão divino.

4. A pessoa de Cristo: sua divindade

4.1. A autoconsciência de Jesus.

A divindade de Cristo é um dos tópicos doutrinários mais cruciais da nossa fé.

Jesus se considerava igual ao Pai e possuidor de fazer coisas que apenas Deus tem o direito de fazer.

Embora a maioria das referências que Jesus fez sobre sua divindade não fosse explícita e aberta, tanto seus discípulos como seus opositores a interpretaram corretamente. Jesus nunca disse literalmente “Sou Deus”, mas suas alegações seriam impróprias se feitas por alguém menos do que Deus.

A menção sobre os anjos e o reino (Mt. 13:41, João 18:36).
A prerrogativa de perdoar pecados (Mc 2:5-7).
A prerrogativa de julgar a terra (Mt. 25:31-32).
A prerrogativa de redefinir o valor do Sábado (Mc 2:27-28). Além de combater uma interpretação legalista da lei, Jesus aponta para o verdadeiro significado do Sábado.
A prerrogativa de estabelecer um ensino com a mesma autoridade das Escrituras (Mt. 5:21-22, 27-28).
Sua declaração e demonstração de poder sobre a morte (Jo 5:21, 11:25).

Sua declaração de pré-existência (Jo 8:58-59). O uso da fórmula “Eu sou” (Êx. 3:14), verbo que exprime a idéia de passado, presente e futuro ao mesmo tempo, indicando a natureza eterna e imutável de Deus.

Uso de figuras de linguagem que atestam sua divindade: “Eu sou ...”

a) o pão da vida (Jo 6:35)
b) a luz do mundo (Jo 8:12)
c) a porta das ovelhas (Jo 10:7)
d) o bom pastor (Jo 10:11)
e) a videira verdadeira (Jo 15:1)
f) a ressurreição e a vida (Jo 11:25)
g) o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6)

Sua identificação com o Pai (Jo 10:30, 14:7-9).

Sua auto-denominação de Filho de Deus (Mat. 16:15-16, 26:63-65; Jo 5:18, 19:7). Este nome é dado a Jesus 40 vezes na Bíblia, além de outras referências indiretas como “meu filho” e “seu filho”.


4.2. O testemunho dos escritores do Novo Testamento.

João (João 1:1).
Hebreus (1:1-3).
Paulo (Col. 1:15, 2:9; Fil. 2:5-11; II Cor. 5:10; 2 Tm. 4:1).

4.3. Associação a Jesus de afirmações relativas a Jeová.

Sl 45:6-7 ® Hb 1:8-9
Sl 102:24-27 ® Hb 1:10-12
Is 8:13-14 ® I Pe 2:8
Is 40:3-4 ® Mt 3:1-3
Jr 17:10 ® Ap 2:23

4.4. Os nomes divinos atribuídos a Jesus.

o Verbo (logos, Jo 1:1,14)

a) o princípio cósmico eterno que traz ordem ao universo (Heráclito séc. 6 a.C.).
b) este mesmo princípio cósmico permeia todas as coisas e provê o padrão de conduta para o homem racional (filósofos estóicos).
c) emanação divina que intermediou a criação do universo (Filo 20 a.C. – 42 d.C.).
d) a Palavv. 8:22-31, conceito paralelo ao de logos e Palavra de Deus).

f) o conceito joanino:

- personalidade
- pré-existência (Gên. 1:1; João 1:1, 8:58, 17:5
- divindade (João 1:1); a ausência do artigo definido antes da palavra “Deus” denota a similaridade de essência, porém preservando a distinção de personalidade)
- agente criador (João 1:3)
- encarnação (João 1:14); literalmente “tabernaculou”
- revelador (João 1:4, 14, 18): vida, luz, graça, verdade, glória, o Pai O Messias (christos = o ungido, João 1:41):

a) alguém ungido para realizar uma missão que envolve redenção, julgamento e representatividade do próprio Deus (Isaías. 45:1-7).
b) expectativa escatológica (Daniel. 9:25-26).
c) expectativa política (Isaías. 9:1-7; João 6:15, 12:13, 18:33-36, Mat. 16:20).
d) o objetivo dos evangelhos foi apresentar Jesus como o Messias (esse termo era usado como um título no NT exceto em João 1:17, 17:3).
e) a ênfase da igreja primitiva: Jesus é Senhor (Atos 11:20; Rom. 10:9).
f) quando o evangelho penetra o mundo helênico, christos passa a ser usado como nome próprio, sem as conotações religiosas do VT, e não como título (observar a mudança em Atos 2:36, 17:1-3, 18:5, Atos 28:31; Rom. 1:1; Col. 2:2; I João 1:3).

O SENHOR (KYRIOS)

a) o grego kyrios é a transliteração do tetragrama hebraico Yhwh (Javé ou Jeová); isto indica que Jesus é o próprio Deus no exercício de domínio de todas as coisas.
b) a designação mais freqüente de Jesus nas cartas de Paulo e na igreja gentílica.
c) o cerne da mensagem de Paulo (2 Cr. 4:5; I Cor. 12:3).
d) a relação entre confessar e viver o senhorio de Cristo (I Cr. 1:2; 2 Tm. 2:22).

O FILHO DO HOMEM

a) expressão atribuída por Jesus a si próprio, nunca pelos discípulos.
b) uso da expressão nos evangelhos sinóticos (Mt, Mc, Lc) aplica-se a três situações na vida de Jesus: ministério terreno, humilhação e morte, vinda gloriosa no futuro para inaugurar o reino de Deus.
c) os judeus aparentemente desconheciam o significado deste nome aplicado a um ser humano (João 9:35-36, 12:23, 34); provavelmente não havia conotação messiânica neste nome, mas sim uma alusão à própria divindade (Dan. 7:13-14).
d) significado: proclamação do caráter messiânico de Jesus e uma plena identificação com a humanidade culpada.

O FILHO DE DEUS

a) nos evangelhos sinóticos Jesus refere-se poucas vezes a Deus como Pai (aprox. 35 vezes) contra 106 em João; o propósito claro de João é tornar explícito o que os outros evangelistas deixam implícito; esta afirmação aparece em João desde o início (João 1:14, 32-34,49), ao passo que nos sinóticos os discípulos apreendem este conceito somente a partir da metade do ministério de Jesus (Mt 16:13-16).
b) João também destaca Jesus como o único Filho de Deus (Jo 1:18, 3:16,18); o significado desta ênfase é distinguir a natureza de relacionamento que Jesus tinha com o Pai da natureza dos relacionamentos com outros filhos de Deus (João 20:17).


c) Características desse relacionamento especial:

- amor (Jo 5:20, 10:17, 17:24)
- obras (Jo 5:17, 19, 10:32, 14:10)
- palavras (Jo 8:26, 28, 40, 14:24)
- conhecimento mútuo (Jo 6:46, 10:15, 17:25)
- domínio e honra (Jo 3:35, 5:23)
d) A missão do Filho:
- tornar os homens participantes da vida divina (Jo 5:21, 26, 3:36, 6:40, 10:10)
- dar a sua vida pelos pecados do mundo (Jo 10:11, 17-18, 1:29, Mc 10:45)
- exercer juízo (Jo 5:22)
4.5. Heresias que procuram negar a divindade de Cristo.

EBIONISMO (séc. II a V). Jesus era um homem comum que possuía dons incomuns, mas não era divino. Rejeição do nascimento virginal. O Cristo encarnou-se em Jesus somente por ocasião do batismo e afastou-se dele no final de sua vida. Esta doutrina pretendia resolver a questão da divindade de Jesus e a concepção monoteísta de Deus.

ARIANISMO (séc. III e IV). Jesus era um ser criado, apesar de ser o mais elevado dos seres, portanto não era divino e não tinha existência própria. Somente Deus o Pai é eterno e a origem de todas as coisas. Baseavam-se em textos bíblicos que sugeriam inferioridade ou imperfeição de Jesus em relação ao Pai (Jo 14:28, Marcos 13:32). Ário (256-336), bispo de Alexandria, foi o autor desta heresia que causou muita polêmica nos primeiros séculos da era cristã. O arianismo foi condenado no concílio de Nicéia (325) e Ário foi exilado, mas sua doutrina não morreu, continuando a gerar polêmica e causando divisão entre as igrejas cristãs. Finalmente foi banido pelo imperador Teodósio I (379). Uma variedade do arianismo subsiste até hoje através dos Testemunhas de Jeová.

CRISTOLOGIA FUNCIONAL. Doutrina moderna (séc. XX) que dá ênfase ao que Jesus fez e não no que Ele é, alegando ser este o destaque do NT. Esta doutrina, entretanto, despreza uma porção significativa de conceitos ontológicos (essência, natureza) sobre Jesus que são apresentados de modo explícito no NT.

4.6. Implicações da divindade de Cristo.

Podemos ter conhecimento real de Deus (Jo 14:9, Hb 1:1-2).

A redenção está à disposição de todos os homens, pois a morte de Cristo é suficiente para todos.

Deus e a humanidade, uma vez separados pelo pecado, foram religados por iniciativa do próprio Deus.

Cristo merece nosso louvor e adoração (Fl. 2:9-11).

IV. A sua Natureza

A. A Natureza Humana de Cristo

1. Ascendência Humana
1.1 Feito de Mulher (Gl.4:4; Mt.1:8).

1.2 Feito da Semente (esperma) de Davi:

a) Sem (Gn.9:27).

b) Abraão (Gn.12:1-3).

c) Isaque (Gn.26:2-5).

d) Jacó (Gn.28:13-15).

e) Judá (Gn.49:10).

f) Davi (2Sm.7:12-16).

2. Crescimento e Desenvolvimento Naturais:
2.1 Vigor Físico (Lc.2:52).

2.2 Faculdades Mentais (Lc.2:40).
3. Aparência Pessoal (Jo.4:9).
4. Natureza Humana Completa:
4.1 Corpo (Mt.26:12).

4.2 Alma (Mt.26:38).

4.3 Espírito (Lc.23:46).
5 Limitações Humanas:
5.1 Limitações Físicas:

a. Fadiga (Jo.4:6; Is.40:28).

b. Sono (Mt.8:24; Sl.121:4,5).

c. Fome (Mt.21:18).

d. Sede (Jo.19:28).

e. Sofrimento e Dor (Lc.22:44).

f. Sujeição à Morte (ICo.15:3).

5.2 Limitações Intelectuais:

a) Precisava Crescer em Conhecimento (Lc.2:52).

b) Precisava Adquirir Conhecimento pela Observação (Mc.11:13).

c) Possuía Conhecimento Limitado (Mc.13:32).

5.3 Limitações Morais (Hb.2:18; 4:15).

5.4 Limitações Espirituais:
a) Dependia das Orações (Mc.1:35).
b) Dependia do Espírito Santo (At.10:38; Mt.12:28).

6. Nomes Humanos:
a. Jesus (Mt.1:21).

b. Filho do Homem (Lc.19:10).

c. O Nazareno (At.2:22).

d. O Profeta (Mt.21:11).

e. O Carpinteiro (Mc.6:3).

f. O Homem (Jo.19:5; ITm.2:5).

7. Relação Humana com Deus:
a. Como Mediador e Sacerdote; Como representante da humanidade Jesus falava com Deus (Mc.15:34).

b. KENOSIS: Auto esvaziamento de Jesus Cristo, uma auto renúncia dos atributos divinos. Jesus pôs de lado a forma de Deus, mas ao fazê-lo não se despiu de Sua natureza divina; não houve auto extinção. Também o Ser divino não se tornou humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve a consciência de ser Deus (Jo.3:13). O propósito foi a redenção. Jesus deixou o uso independente do Seu poder para depender do Espírito Santo.

B. A Natureza Divina de Cristo

1. Nomes Divinos:

a. Deus (Jo.1:1; Jo.1:18 (ARA); Jo.20:28; Rm.9:5; Tt.2:13; Hb.1:8).
b. Filho de Deus (Mt.8:29;16:16;27:40; Mc.14:61,62; Jo.5:25;10:36;
c. Alfa e Ômega (Ap.1:8,17;22:13; Is.44:6).
d. O Santo (At.3:14; Is.41:14; Os.11:9).
e. Pai da Eternidade e Maravilhoso (Is.9:6; Jz.13:18).
f. Deus Forte (Is.9:6; Is.10:21).
g. Senhor da Glória (ICo.2:8; Tg.1:21; Sl.24:8-10).
h. Senhor (At.9:17;16:31; Lc.2:11; Rm.10:9; Fp.2:11).

O termo "Senhor" em grego é Kurios, e significa Chefe superior, Mestre, e como tal era empregado à pessoas humanas, aos imperadores de Roma. Entretanto eles eram considerados deuses, e somente à eles era permitido aplicar este título, no sentido de divindade (At.2:36; 2Co.4:5; Ef.4:5; 2Pe.2:1; Ap.19:16).

2. Pelo culto divino que Lhe é atribuído:

a. Somente Deus pode ser adorado (Mt.4:10).
b. Jesus aceitou e não impediu Sua adoração (Mt.14:33; Lc.5:8;24:52).
c. O Pai deseja que o Filho seja adorado (Hb.1:6; Jo.5:22,23; compare Is.45:21-23 com Fp.2:10,11).
d. A Igreja primitiva o adorou e orava Ele (At.7:59,60; 2Co.12:8-10).

3. Pelos ofícios divinos que Lhe foram atribuídos:

a. Criador (Jo.1:3; Hb.1:8-10; Cl.1:16).
b. Preservador (Cl.1:17).
c. Perdoador de pecados (Mc.2:5,7,11; Lc.7:49).
d. Jesus é Jeová Encarnado (Compare Is.40:3,4 com Jo.1:23; Is.8:13,14 com IPe.2:7,8 e At.4:11; IPe.2:6 com Is.28:16 e Sl.118:22; Nm.21:6,7 com ICo.10:9(ARA = Senhor; ARC = Cristo; no grego = Criston); Sl.102:22-27 com Hb.1:10-12; Is.60:19 com Lc.2:32; Zc.3:1,2).

4. Pela associação de Jesus, o Filho, com o nome de Deus Pai (2Co.13:14; ICo.12:4-6; ITs.3:11; Rm.1:7; Tg.1:1; 2Pe.1:1; Ap.7:10; Cl.2:2; Jo.17:3; Mt.28:19).

5. Atributos divinos Lhe são atribuídos:

5.1 Atributos de Natureza:

a) Onisciência (Jo.1:47-51;4:16-19,29;6:64;16:30;8:55; Jo.10:15;21:6,17; Mt.11:27;12:25;17:27; Cl.2:3).

b) Onipresença (Jo.3:13;14:23 Mt.18:20;28:20; Ef.1:23).

c) Onipotência (Mt.8:26,27;28:28; Hb.1:3; Ap.1:8).

d) Eternidade (Jo.8:58;17:5,24; Cl.1:17; Hb.1:8;13:8; Ap.1:8; Is.9:6; Mq.5:2).

e) Vida (Jo.10:17,18;11:25;14:6).

f) Imutabilidade (Hb.1:11;13:8; Sl.102:26,27).

g) Auto-Existência (Jo.1:1,2).

h) Espiritualidade (IICo.3:17,18).

5.2 Atributos Morais:

a) Santidade (At.3:14;4:27Jo.8:12; Lc.1:35; Hb.7:26; IJo.1:5; Ap.3:7;15:4; Dn.9:24).

b) Bondade (Jo.10:11,14; IPe.2:3; IICo.10:1).

c) Verdade (Mt.22:16; Jo.1:14;14:6; Ap.19:11;3:7; IJo.5:20).

6. Títulos dados igualmente a Deus Pai e a Jesus Cristo:

a. Deus: Deus Pai (Dt.4:39; 2Sm.7:22; I Rs.8:60; 2 Rs.19:15; I Cr.17:20; Sl.86:10; Is.45:6;46:9; Mc.12:32), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Jo.1:23 e 3:28; Sl.45:6,7 com Hb.1:8,9; Jo.1:1; Rm.9:5; Tt.2:13; IJo.5:20).

b. Único Deus Verdadeiro: Deus Pai (Jo.17:3), Jesus Cristo (IJo.5:20).

c. Deus Forte: Deus Pai (Ne.9:32), Jesus Cristo (Is.9:6).

d. Deus Salvador: Deus Pai (Is.45:15,21; Lc.1:47: Tt.3:4), Jesus Cristo (2Pe.1:1; Tt.2:13; Jd.25).

e. Jeová: Deus Pai (Ex.3:15), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Mt.3:3 e Jo.1:23).

f. Jeová dos Exércitos: (ICr.17:24; Sl.84:3; Is.51:15; Jr.32:18;46:18), Jesus Cristo (Compare Sl.24:10 e Is.6:1-5 com Jo.12:41; Is.54:5).

g. Senhor: Deus Pai (Mt.11:25;21:9;22:37; Mc.11:9;12:29; Rm.10:12; Ap.11:15), Jesus Cristo (Lc.2:11; Jo.20:28; At.10:36; ICo.2:8;8:6;12:3,5; Fp.2:11; Ef.4:5).

h. Único Senhor: Deus Pai (Mc.12:29; Dt.6:4), Jesus Cristo (ICo.8:6; Ef.4:5).

i. Jeová e Salvador, Senhor e Salvador: Deus Pai (Is.43:11;60:16; Os.13:4), Jesus Cristo (2Pe.1:11;2:20;3:18).

j. Salvador: Deus Pai (Is.43:3,11;60:16; ITm.1:1;2:3; Tt.1:3;2:10;3:4; Jd.25), Jesus Cristo (Lc.1:69;2:11; At.5:31; Ef.5:23; Fp.3:20; 2Tm.1:10; Tt.1:4;3:6).

l. Único Salvador: Deus Pai (Is.43:11; Os.13:4), Jesus Cristo (At.4:12; ITm.2:5,6).

m. Salvador de todos os homens e do mundo: Deus Pai (ITm.4:10), Jesus Cristo (IJo.4:14).
n. O Santo de Israel: Deus Pai (Sl.71:22;89:18; Is.1:4; Is.45:11), Jesus Cristo (Is.41:14;43:3;47:4;54:5).

o. Rei dos reis, Senhor dos senhores: Deus Pai (Dt.10:17; ITm.6:15,16), Jesus Cristo (Ap.17:14;19:16).

p. Eu Sou: Deus Pai (Ex.3:14), Jesus Cristo (Jo.8:58).

q. O Primeiro e O Último: Deus Pai (Is.41:4;44:6;48:12) Jesus Cristo (Ap.1:11,17;2:8;22:13).

r. O Esposo de Israel e da Igreja: Deus Pai (Is.54:5;62:5; Jr.3:14; Os.2:16), Jesus Cristo (Jo.3:9; IICo.11:2;; Ap.19:7;21:9).

s. O Pastor: Deus Pai (Sl.23:1), Jesus Cristo (Jo.10:11,14; Hb.13:20).

7. Obras atribuídas igualmente a Deus e a Jesus Cristo:

a. Criou o mundo e todas as coisas: Deus Pai (Ne.9:6; Sl.146:6; Is.44:24; Jr.27:5; At.14:15;17:24), Jesus Cristo (Sl.33:6; Jo.1:3,10; ICo.8:6; Ef.3:9; Cl.1:16; Hb.1:2,10).

b. Sustenta e preserva todas as coisas: Deus Pai (Sl.104:5-9; Jr.5:22;31:35), Jesus Cristo (Cl.1:17; Hb.1:3; Jd.1)

c. Ressuscitou Cristo: Deus Pai (At.2:24; Ef.1:20), Jesus Cristo (Jo.2:19;10:18).

d. Ressuscitou mortos: Deus Pai (Rm.4:17; ICo.6:14; 2Co.1:9;4:14), Jesus Cristo (Jo.5:21,28,29;6:39,40,44,54;11:25; Fp.3:20,21).

e. É o Autor da regeneração: Deus Pai (IJo.5:18), Jesus Cristo (IJo.2:29).

V. Os seus Ofícios

1. Profeta
a. Como Profeta Jesus pregou a salvação. Is 61. 1-2; Lc 4.17-19.

b. Como Profeta Jesus anunciou o reino. Mt 4.17

c. Como Profeta Jesus predisse o futuro. Mt 24 - 25

2. Sacerdote
Jesus Cristo é o eterno Grande Sacerdote, que se ofereceu a si mesmo como sacrifício perfeito a Deus a fim de tirar os pecados da humanidade. É por meio dele que Deus faz uma nova e perfeita aliança com o seu povo. E é por meio de Jesus Cristo que se consegue a salvação eterna. Hb 9. 11 - 27

3. Rei
a. Profetizado II Sm 7.12 - 16: "Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre." Preste atenção às palavras grifadas.

b. Cumprido. Lc 1. 30 - 33: "Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. C. Estabelecido. Dn 2.44; Ap 11.15; 12.10; 19.16; 20. 1-4; Sl 2. 4-9;

VI. A sua obra

1. Sua Morte.
a. Sua importância. ICo 15.3
b. Seu significado. 2Co 5.21

2. Sua Ressurreição
a. O fato. ICo 15.20
b. A evidência. Mt 28. 1-6
c. O significado. Rm 1.4

3. Sua Ascensão. At 1.9

VII. Os seus títulos.
Vejamos os nomes e atributos de Jesus são inerentes à Sua Divindade e missão:

• Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is 9.6)
• Porta e Pastor (Jo 10.10)

VII. Os seus títulos.

Vejamos os nomes e atributos de Jesus são inerentes à Sua Divindade e missão:

• Luz do mundo (Jo 8.12)
• Caminho, Verdade e Vida (Jo 14.6)
• Libertador (Jo 8.36)
• Videira Verdadeira (Jo 15.l)
• Ressurreição e Vida (Jo 11.25)
• Adão (1 Co 15.45)
• Advogado (1 Jo 2.1)
• Alfa e Ômega (Ap 1.8; 22.13)
• Amém (Ap 3.14)
• Apóstolo da nossa confissão (Hb 3.1)
• Autor da Salvação (Hb 2.10)
• Autor da Vida (At 3.15)
• Autor e Consumador da Fé (Hb 12.2)
• Bem-aventurado e único soberano (1 Tm 6.15)
• Braço do Senhor (Is 5.19; 53.1)
• Cabeça da Igreja (Ef 1,22)
• Chefe (Is 55.4)
• Consolação de Israel (Lc 2.25)
• Cordeiro de Deus (Jo 1.29)
• Criador (Jo 1.3)
• Cristo de Deus (Lc 9.20)
• Desejado de todas as nações (Ag 2.7)
• Deus bendito (Rm 9.5)
• Deus Unigênito (Jo 1.18)
• Deus (Is 40.3)
• Emanuel (Is 7.14)
• Eu Sou (Jo 8.58)
• Filho Amado (Mt 12.18)
• Filho de Davi (Mt 1.1)
• Filho de Deus (MT 2.15)
• Filho do Altíssimo (Lc 1.32)
• Filho do Homem (Mt 8.20)
• Filho do Deus Bendito (Mc 14.61)
• Glória do Senhor (Is 40.5)
• Grande Sumo Sacerdote (Hb 4.14)
• Guia (Mt 2.6)
• Herdeiro de todas as coisas (Hb 1.2)
• Homem de dores (Is 53.3)
• Imagem de Deus (2 Co 4.4)
• Jesus de Nazaré (Mt 21.11)
• Jesus (Mt 1.21)
• Juiz de Israel (Mq 5.1)
• Justiça nossa (Jr 23.6)
• Justo (At 7.52)
• Leão da Tribo de Judá (Ap 5.5)
• Legislador (Is 33.22)
• Mediador (1 Tm 2.5)
• Mensageiro da Aliança (Ml 3.1)
• Messias, o Ungido (Dn 9.25, Jo 1.41)
• Nazareno (Mt 2.23)
• Nossa Páscoa (1 Co 5.7)
• Pão da Vida (Jo 6.35)
• Pai Eterno (Is 9.6)
• Pastor e Bispo das Almas (1 Pe 2.25)
• Pedra Angular (Sl 118.22)
• Poderoso de Jacó ( Is 60.16)
• Poderoso Salvador (Lc 1.69)
• Precursor (Hb 6.20)
• Primogênito (Ap 1.5)
• Príncipe dos Pastores (1 Pe 5.4)
• Princípio da Criação de Deus (Ap 3.14)
• Profeta (Lc 24.19)
• Raiz de Davi (Ap 22.16)
• Redentor (Jó 19.25)
• Rei dos reis (1 Tm 6.15)
• Rei dos santos (Ap 15.3)
• Rei dos Judeus (Mt 2.2)
• Rei dos séculos (1 Tm 1.17)
• Rei (Zc 9.9)
• Renovo(Is 4.2)
• Resplandecente Estrela da Manhã (Ap 22.16)
• Rocha (1 Co 10.4)
• Rosa de Sarom (Ct 2.1)
• Santo de Deus (Mc 1.24)
• Santo de Israel(Is 41.14)
• Santo servo (At 4.27)
• Santo (At 3.14)
• Semente da mulher (Gn 3.15)
• Senhor da glória (1 Co 2.8)
• Senhor de todos (At 10.36)
• Senhor Deus (Is 26.4)
• Senhor dos senhores (1 Tm 6.15)
• Siló (Gn 49.10)
• Soberano dos reis (Ap 1.5)
• Sol da justiça (Ml 4.2)
• Sol nascente (Lc 1.78)
• Testemunha fiel (Ap 1.5)
• Testemunho (Is 55.4)
• Todo-Poderoso (Ap 1.8)
• Verbo de Deus (Ap 19.13)
• Verbo (Jo 1.1)
• Verdade (Jo 1.14)
• Doador do Espírito Santo (Mt 3.11)
• Primeiro e Último (Is 41.4)
• Fundamento da Igreja (Mt 16.18)
• Onipresente, Onipotente e Onisciente (Ef 1.20-23; Ap 1.8; Jo 21.17)
• Santificador (Hb 2.11)
• Mestre (Lc 21.15)
• Inspirador dos profetas (1 Pe 1.17)
• Supridor de Ministros à Igreja (Ef 4.11)
• Salvador (Tt 3.4-6)

Cada nome ou título atribuído a JESUS revela um dos aspectos de Sua natureza e caráter.

VIII. O seu sofrimento e morte

7.1. Importância

A morte de Cristo como a solução para o problema do pecado humano e como meio de trazer os homens à comunhão com Deus é uma das idéias centrais do NT (I Cor. 15: 1-3).

Conexão vital com a encarnação: Jesus nasceu para morrer; a encarnação visava a expiação (Heb. 2:14)

Destaques dados à morte de Cristo no NT:

a) mais de 175 citações no NT.
b) investigada pelos profetas do VT (I Ped. 1:10-11).
c) anunciada e confirmada pelo próprio Cristo (Mateus 16:21; Lucas 9: 28-31, 24:44-46); é possível que a incapacidade dos discípulos de entenderem a morte de Cristo seja resultado de uma expectativa da realização do reino messiânico terreno.
d) nos escritos de Paulo há mais de 30 referências à morte de Cristo (Rom. 5:6-8; II Cor. 5:14-15; Gál. 2:19-20; Efésios 5:25; Fil. 2:8; Col. 1:21-22; I Tes. 5:9-10; I Tim. 2:5-6); apenas em II Tess. e Filemon Paulo não faz referências diretas à morte de Cristo.
e) nos escritos de Pedro (I Pedro 1:18-19, 3:18).
f) nos escritos de João (I João 1:7; 3:16; Apoc.5:9).
g) na epístola aos Hebreus (Heb. 9:13-14, 13:12); a carta aos Hebreus baseia-se na morte de Cristo para desenvolver o seu tema principal: o valor do sacerdócio de Cristo e a perseverança dos crentes.

7.2. Tipos e predições da morte de Cristo no AT

Por meio de tipos e profecias diversas, a morte de Jesus é tratada em todo o AT.

Exemplos de tipos específicos sobre a morte e sacrifício de Jesus:

a) o sacerdócio de Arão (Êxodo 29:10-11; Heb. 10:11-12).
b) o sangue do sacrifício (Levítico 17:11; Heb. 9:13-14); uma exigência da santidade de Deus para a remissão dos pecados, que salienta a distância moral existente entre o Deus santo e o homem pecador.
c) o cordeiro pascal (Êxodo 12:3-11; Isaías 53:7; João 1:29; I Cor. 5:7).
d) a serpente no deserto (Núm. 21:4-9; João 3:14-15).

Exemplos de profecias sobre a morte de Jesus:

a) alusões à crucificação (Salmo 22:1, 6-8, 16-18; Zc. 12:10).
b) o servo sofredor (Isaías 52:13-53:12).
c) o atentado de Satanás (Gênesis 3:15).

7.3. A natureza da morte de Cristo

Não foi acidental (Mt. 26:2; Mc 9:31).

Cristo não morreu como mártir em defesa de uma causa nobre. Paulo, Tiago, Estevão e muitos outros foram mártires do cristianismo.

Foi pré-determinada (At 2:22-23; I Pedro 1:18-20; Ap 13:8). A expiação teve origem na eternidade; era um fato implícito no coração de Deus antes de tornar-se um fato na história do homem.
Foi voluntária (Jo 10: 17-18). Os judeus e os romanos foram apenas os instrumentos usados por Deus na execução da sua vontade, mas não os determinantes da morte de Cristo.

6.4. Alcance e abrangência da morte de Cristo

A morte de Cristo tem duplo aspecto: é universal e restrita.

É universal em sua abrangência e suficiência, mas é restrita em sua eficiência.

É suficiente para todos (Hb. 2:9; I Tm. 2:3-6; I Jo 2:2). É eficiente somente para a salvação de todos os que crêem (Jo 1:12, 3:16).

É eficiente para o juízo de todos os que permanecerem na incredulidade (João 3:17-18, 5:24).

7.5. Resultados da morte de Cristo

Em relação aos que crêem:

a) anulação potencial do poder do pecado (Hebreus 9:26; Rom. 6:6-7).
b) libertação do domínio espiritual das trevas (Col. 1:13).
c) libertação da maldição da lei (Gl. 3:10-13; Col. 2:14); todo obstáculo legal para a salvação do homem é removido; toda a acusação que a lei proferir contra o pecador fica totalmente satisfeita, libertando da maldição todos quantos confiam na lei e nas sua obras para sua justificação.
d) remoção da condenação (Rom. 8:33-34; João 5:24).
e) remoção das diversas barreiras existentes entre os homens (Gl. 3:28; Efésios 2:11-16).
f) oportunidade de filiação a Deus (Gl. 4:4-5; João 1:12).
g) oportunidade de reconciliação com Deus (Rom. 5:10-11).
h) perdão dos pecados (Efésios 1:7; I João 1:7).
i) base da justificação (Rom. 5:1,9).

Em relação ao domínio exercido por satanás:

a) foi retirado o seu poder sobre o mundo (João 12:31-33; I João 3:8).
b) foi retirado o seu poder sobre a morte (Hebreus 2:14).
c) principados e potestades são derrotados (Efésios 6:12; Col. 2:14-15).

Em relação ao universo físico:
a) libertação do cativeiro da corrupção, seja ele qual for (Rom. 8: 20-23).
b) há um efeito cósmico, de difícil entendimento, na obra redentora de Cristo.

. O contexto e a necessidade da expiação

A expiação é o ponto crucial da fé cristã, no qual se baseiam outras doutrinas importantes, tais como a salvação, o pecado, igreja, a escatologia.

A natureza de Deus é perfeita e completamente santa. Sendo contrário à natureza de Deus, o pecado é repulsivo a Ele (Mat. 5:48; I Pedro 1:15-16; Isaías 1:13). Deus é compelido a se afastar do pecado. É alérgico a ele.

A lei é a expressão da própria pessoa e vontade de Deus (Rom. 7:12). Sua própria natureza resulta na exigência de certas coisas e proibição de outras. Desobedecer a lei é atacar a própria natureza de Deus.

A violação da lei, quer por transgressão ou por omissão, é passível de punição (Gên. 2:15-17; Rom. 5:12, 6:23). Existe uma relação de causa e efeito entre o pecado e a punição. A punição é uma inevitabilidade e não uma possibilidade.

A condição humana é incapaz de fazer qualquer coisa para salvar a si mesma ou para livrar-se da pecaminosidade (Rom. 7:18-23).

A morte de Jesus tem valor suficiente para fazer expiação por toda a humanidade (I João 2:2).

A expiação é a expressão simultânea do amor e da ira de Deus (Rom. 5:8, 1:18; Num. 14:18). Amor e ira são parte da natureza divina, não havendo contradição ou incoerência nestes atributos. Deus em seu amor deseja a salvação do homem, mas também precisa manter-se fiel à sua própria natureza, sem negar a sua justiça. A ira é a reação de um Deus santo ao pecado. A expiação é necessária porque o homem sem Cristo está debaixo da ira e do juízo de Deus.

8. A obra de Cristo: sua ressurreição e ascensão

8.1. A importância da ressurreição e sua relação com o Antigo e Novo Testamento

A ressurreição de Cristo é um dos cernes doutrinários do Evangelho (I Cor. 15:3-4, 16-19).

A ressurreição era uma esperança dos judeus (Jó 19:25-27; João 11:23-24; Atos 24:14-15).

Profecias gerais sobre a ressurreição do corpo no AT (Salmo 49:15; Isaías 26:19; Daniel 12:2; Oséias 13:14). Poucas referências específicas sobre sua ressurreição de Cristo no Antigo Testamento (Salmos 16:8-11 e 110:1; Atos 2:24-32; 13:35-37).

A ressurreição ao terceiro dia (Lucas 24:44-46 ® Oséias 6:2; Mateus 12:40 ® Jonas 1:17).

Predições do próprio Cristo (Mateus 16:21, 17:23, 20:17-19; Marcos 9:30-32, 14:28; Lucas 9:22, 18:31-34; João 2:19-22).

Evidências neo-testamentárias da ressurreição de Cristo

O túmulo vazio:

a) a reação dos discípulos (Mateus 28:1-6; Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-8; João 20:1-10).
b) a reação dos judeus (Mt 28:11-15).

Ø As aparições de Jesus (At 1:1-3):

a) as Marias (Mt 28:1, 8-9; Mc 16:9; Jo 20:15-18). b) Pedro (Lc 24:34).
c) os dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24:13-15).
d) demais discípulos no cenáculo (Marcos 16:14; Jo 20:19).
e) os discípulos no Mar da Galiléia (Jo 21:1-14).
f) a toda igreja numa única oportunidade (I Co 15:6).
g) Tiago, Paulo e outros apóstolos (I Co 15:7-8).

A transformação na vida dos discípulos (comparar Mt 26:69-75 com At 2:14, 22-24, 5:27-32).

O testemunho do próprio Cristo (Ap 1:17-18).

Os resultados da ressurreição de Cristo

Cumprimento da promessa aos pais (At 13:30-34). Confirmação do senhorio de Cristo (Lc 24:3; Atos 2:36; Rom. 1:4).

Prova da nossa justificação (Rm 4:24-25).
Vida regenerada e de esperança (I Pe 1:3).
Ilustração da medida do poder de Deus (Ef 1:18-20).
Sujeição de todas as coisas a Jesus (Ef 1:20-23).
Garantia de que haverá um julgamento futuro (At 17:31; Jo 5:26-29).
Garantia d
nossa própria ressurreição (2 Cor. 4:14; I Tes. 4:13-16; I Cor. 15:19).

A NATUREZA DO CORPO RESSURRETO

Concepções sobre a vida após a morte:

a) gregos: imortalidade da alma sem ressurreição do corpo; dualismo entre alma e corpo (At 17:32).
b) judeus: ressurreição do mesmo corpo; unidade entre corpo e espírito (Lc 24:37).
c) igreja: ressurreição com um novo corpo espiritual transformado, glorioso e incorruptível, igual ao corpo de Jesus (I Cor. 15:35-58; 2 Cor. 5:1-4; Fil. 3:20-21).
O corpo físico de Jesus após a ressurreição tinha características tanto materiais quanto espirituais (Lc 24:36-43; Jo 20:19-20; 26-27).

O estado intermediários dos mortos:

a) no VT: “Sheol”, traduzido como sepultura, inferno, abismo, lugar tenebroso e inferior (Sl 49:15; Prov. 15:24; Ez. 26:20).
b) no NT: “Hades” traduzido como inferno ou prisão, um lugar com duas divisões: uma para os justos (seio de Abraão ou paraíso), e outra para os injustos (lugar de tormentos) Lc 16:22-23.
Cristo teria descido ao hades para proclamar o evangelho aos perdidos (I Pd 3:18-20).

8.5. A ascensão e exaltação de Cristo

A ressurreição e a ascensão de Cristo foram eventos separados no tempo, mas parte de um único processo: sua exaltação em glória (Ef 1:20-23).

Resultados da ascensão:

a) preparação do lugar da nossa futura habitação (Jo 14:2-3).
b) a descida do Espírito Santo (Jo 16:7).
c) a distribuição de dons espirituais aos crentes (Sl 68:18; Ef 4:7-8).

9. A obra de Cristo: seu ministério atual

Embora os aspectos passados da obra de Cristo sejam os mais conhecidos e ensinados, devemos ter em mente que Jesus está vivo e atuante hoje.

Após a sua ascensão Cristo está nos céus à direita de Deus (Mc 16:19; At 7:55-56; Rm 8:34; Col. 3:1; Heb. 1:3, 12:2).

O exercício da autoridade universal: Cristo recebeu autoridade plena da parte de Deus, que usou não só para criar o universo, mas também para mantê-lo sob sujeição (Mt. 28:18; Cl 1:16-17; Ef 1:20-21).

Cristo é o cabeça da Igreja, que é o seu corpo, a qual reúne os crentes de todas as épocas e de todos os lugares (Ef 1:22-23; Col. 1:18). A Igreja dá continuidade ao ministério de Cristo na terra (Mt 28:18-20; 2 Cor. 5:20; Jo 14:12).

Cristo intercede junto a Deus por aqueles que são seus (Jo 17:9, 20; Rm 8:34; Hb 7:25).

Cristo é nosso Advogado (parakletos) junto a Deus, cuja expiação teve eficácia eterna (I Jo 2:1; Jo 14:16,26; Ap 12:10; Jó 1:6-12).

. A segunda vinda de Cristo e a implantação de seu reinado eterno

Embora haja diferenças entre os teólogos mais ortodoxos quanto à natureza e seqüência dos eventos futuros, é ponto de aceitação geral que Cristo um dia retornará à terra (Atos 1:10-11) e que este dia marcará a intervenção final de Deus na história humana (Mt 24:3; 2 Pe 3:1-13).

No VT, a segunda vinda de Cristo é muitas vezes anunciada implicitamente no contexto da restauração final da nação de Israel, através do uso das expressões “dia do Senhor”, “naquele dia” ou “nos últimos dias” (Am 5:18; Jl 1:15, 3:18; Sf 3:11; Zc 14:9; Is 2:2-4, Os 3:5; Ml 3:1-2).

No NT, a encarnação ou primeira vinda de Cristo é vista como o cumprimento da esperança do AT e a sua segunda vinda como a consumação dessa esperança. O cumprimento e a consumação são duas partes de uma única obra redentora, com implicações passadas, presentes e futuras. As referências neo-testamentárias à segunda vinda de Cristo usam expressões correlatas às do VT: “dia do Senhor, dia do Senhor Jesus, dia de Cristo, aquele dia, último dia, etc (Mt 24:36; Jo 12:48; I Co 1:7-8; Fp 1-6, 2:16; I Tes. 5:2; Ts. 1:10; 2 Tm. 1:18; II Pe 3:10).

Circunstâncias da segunda vinda de Cristo:

a) será precedida de sinais (Mt 24:3-14, 32-33).
b) será visível e inconfundível (Mt 24:30; Apoc. 1:7).
c) será repentina e inesperada (Mt 24:27, 36-44, 25:13; Luc. 21:34; I Tes. 5:1-3).
d) ocorrerá mesmo contra a expectativa dos incrédulos (Tg 5:8; 2 Pe 3:4-10; Ap 22:20).


Finalidades da segunda vinda de Cristo:

a) manifestar sua glória e poder (2 Ts. 1:7; Tt 2:13; I Pe 4:13).
b) destruir o anticristo e a maldade (II Tes. 2:7-8).
c) ressuscitar os mortos (I Cor. 15:20-23; I Tes. 4:16-17).
d) transformar os crentes ainda vivos (I Cor. 15:51-52; Fil. 3:20-21; I João 3:2).
e) reunir os redimidos (Mt 24:30-31; II Tes. 2:1).
f) estabelecer o seu reino na terra (Ap 20:1-7, Isaías 11:1-10).
g) separar os justos dos injustos (Mateus 26:31-46).
h) distribuir o galardão aos santos, de acordo com pensamentos e obras (2 Cor. 5:10; I Co 3:12-15; I Co 4:5).
i) julgar os incrédulos (Ap 20:11-15).
j) destruir a atual ordem das coisas e estabelecer novos céus e nova terra (2 Pedro 3:7, 10-13; Ap 21-22).

Significados presentes da segunda vinda de Cristo:

a) exortação à vigilância (Mt. 24:42-44; I Tes. 5:4-6).
b) exortação à santidade (2 Pe 3:11-12; I João 3:2-3)
c) guardar-se do engano (2 Tes. 2:1-3).
d) o atraso na sua vinda é apenas aparente, revelando paciência e bondade (2 Pd 3: 9).

IX. SUA ASCENÇÃO

1. COMO PROFETIZADA.
Sl 68:18.

2. COMO ENSINADA POR JESUS MESMO. Jo 6:62.

3. COMO RECORDADA PELO ESCRITOR EVANGÉLICO. Mc 16:19.

4. COMO RECORDADA PELO HISTORIADOR INSPIRADO. At 1:9.

5. COMO DECLARADA PELOS APÓSTOLOS. At 3:21; Ef 1:20; 4:8; 1 Tm 3:16; Hb 4:14; 9:24.

6. COMO PROVADA POR SUA PRESENÇA À DESTRA DO PAI. At 7:56.

X. OS SEUS OFÍCIOS

1. PROFETAS. Det 18:15,18; Mt 21:11; Lc 24:19; Jo 6:14.

2. SACERDOTE Hb 3:1; 5:6; 6:20; 7:11,15-17, 20-28; 8:1,2,6.

3. REI Nm 24:17; Salmos 72:8,11; Isaías 9:6,7; 32:1; Jr 30:9; Ezequiel 37:24-25; Dn 7:13,14; Os 3:5; Mq 5:2; Zc 9:9; Mt 2:2,6; 19:28; 21:5; 28:18; Lucas 1:33; 19:27; 22:29,30; Jo 1:49; 12:13,15; 12:19.

Como profeta, Cristo ensinou a vontade de Deus. Como sacerdote, Ele ofereceu o Seu próprio sangue no templo celestial (Hb 9:11-14) e intercede pelos crentes (Hb 7:25). Como Rei, Ele possuiu todo poder (Mt 28:18) e rege agora um reino invisível e espiritual (Jo 18:36,37), e mais tarde regerá visivelmente a terra (Sl 66:4; 72:16-19; Is 2:2; Dn 7:13,14,18,22,27; Hb 10:13; Ap 15:4).

Meus amados irmãos foi um prazer muito grande o de poder compartilhar com os irmãos mais este estudo bíblico.

Falar de Jesus e sobre Ele é sempre motivo de grande satisfação, pois foi Ele quem, morreu na cruz do calvário para nos redimir da condenação do pecado.

Que cada um de nós possamos valorizar esse tamanho sofrimento; e é claro que de alguma forma precisamos carregar em nossos ombros resto de suas aflições.

Já existem algumas denominações antinomianistas que apregoam que já não resta mais sacrifício pelos pecados e que uma vez salvo, salvo para sempre; no entanto em Fp 3.8 O apóstolo Paulo reconheceu que ainda não havia alcançado a perfeição, mas prosseguia para alcançá-la.

Se desejamos entrar nos céus devemos seguir as pisadas do nosso Mestre Jesus pois Ele não precisava passar nada daquilo, mas se submeteu a tal vitupério.

Que Ele mesmo nos dê bastante força e graça para estar em pé diante do filho do homem que certamente virá nas nuvens dos céus para arrebatar a sua Igreja do qual devamos fazer parte ajudados pela força do seu poder.

Que a paz de Deus que excede a todo o entendimento possa guardar os nossos sentimentos e desejos até que Ele venha, amém!


TEOLOGIA A DOUTRINA DE DEUS

O vocábulo teologia vem de duas palavras gregas, theós e lógos, que significam Deus e estudo, respectivamente (ou seja, estudo de Deus). O termo indica o estudo das coisas relativas a Deus, fazendo-nos refletir sobre a natureza divina e suas obras, e até mesmo sobre o seu (de Deus) relacionamento com a criação.

O campo teológico é muito amplo e precisamos demarcar algumas áreas fundamentais para um estudo sério e legítimo. Para isso, usamos a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, como fonte única e fundamental ara conhecermos a Deus. Algumas perguntas devem ser formuladas, mas devemos ter o cuidado de não limitarmos Deus aos padrões referenciais que conhecemos. Portanto, o que precisamos saber sobre Deus nos é revelado em sua própria Palavra. Devemos, primeiramente, estudar sua natureza, depois, sim, seu relacionamento com sua criação.

I. DEFINIÇÕES DE DEUS:

Deus é eterno e infinito. Essas são as duas constantes em todas as principais definições sobre Deus escritas pela humanidade. Esse é o problema para definirmos Deus.

Ser eterno não quer dizer que é muito velho, que resiste ao tempo, mas algo que transcende o tempo. O mesmo para infinito, não é algo muito grande, mas ausência de espaço. São dois conceitos de difícil compreensão, pois nossa mente processa estímulos baseados no tempo e no espaço, essa é a nossa realidade. Estamos condicionados ao tempo e ao espaço, é quase impossível compreendermos algo que esteja acima do tempo e do espaço.

Apesar de não acreditar que conseguiremos compreender fielmente a essência de Deus, pois estamos condicionados ao tempo e ao espaço, acredito que podemos nos aproximar muito.

Assim a essência de Deus é: atemporal, universal, irrefutável e incondicional. Seu conceito se mantém válido ontem, hoje e amanhã. Tem valor tanto aqui, como no outro lado do mundo. Agir fundamentado por esse conceito não exige explicações, é justificável. Perceba que quando fazemos algo que reprovamos precisamos de diversas explicações para tentar justificar, nos eximir das culpas. É incondicional, pois é um princípio, um conceito que origina outros conceitos.

De todos os conceitos existentes o que melhor se encaixa nessas definições é o Ágape, amor incondicional.



D) Definições Bíblicas:

As expressões "Deus é Espírito" (Jo 4.24) "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e verdade"

e "Deus é Luz” (I Jo 1.5), são expressões da natureza essencial de Deus, enquanto que a expressão "Deus é amor" (I Jo 4.7) é expressão de Sua personalidade. (I Tm. 6.16)

Deus é a Palavra! ( Jo 1.1)

"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus"

Deus é amor! (1 Jo 4.8)

"Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade"

II. ESSÊNCIA OU NATUREZA DE DEUS:

Quando falamos em essência de Deus, queremos significar tudo o que é essencial ao Seu Ser como Deus, isto é, substância e atributos.

A) Substância de Deus:

1) Há duas substâncias: matéria e espírito.

2) Deus é uma substância simples:

B) Atributos de Deus:

Sua substância é Espírito e Seus atributos são as qualidades ou propriedades dessa substância. Atributos é a manifestação do Ser de Deus.

III. CLASSIFICAÇÃO DOS ATRIBUTOS:

A) Naturais e Morais:

Também chamados de "intransitivos e transitivos", "incomunicáveis e comunicáveis", "absolutos e relativos", "negativos e positivos" ou "imanentes e emanentes".

B) Atributos Naturais:

1) Vida: Deus tem vida; Ele ouve, vê, sente e age, portanto é um Ser vivo (Jo.10.10; Sl.94.9,l0; 2 Cr.16.9; At.14.15; I Ts.1.9). Quando a Bíblia fala do olho, do ouvido, da mão de Deus, fala metaforicamente. A isto se dá o nome de antropomorfismo. Deus é a vida (Jo.5.26; 14.26) e o princípio de vida (At.17.25,28).

2) Espiritualidade: Deus, sendo Espírito, é incorpóreo, invisível, sem substância material, sem partes ou paixões físicas e, portanto, é livre de todas as limitações temporais (Jo.4.24; Dt.4.15-19,23; Hb.12.9; Is.40.25; Lc.24.39; Cl1.15; I Tm1.17; 2Co.3.17)

3) Personalidade: Existência dotada de auto-consciência e auto-determinação (Ex.3.14; Is.46.11).

a) Volição ou vontade = querer (Is.46.10; Ap.4.11).

b) Razão ou intelecto = pensar (Is.14.24; Sl.92.5; Is.55.8).

c) Emoção ou sensibilidade = sentir (Gn.6.6, 1Rs.11.9, Dt.6.15; Pv.6.16; Tg.4.5)

4) Tri-Unidade:

a) Unidade de Ser: Há no Ser divino apenas uma essência indivisível. Deus é um em sua natureza constitucional. A palavra hebraica que significa um no sentido absoluto é yacheed(Gn.22:2), isto é, uma unidade numérica simples. Essa palavra é empregada para expressar a unidade da divindade. A unidade da divindade é ensinada nas palavras de Jesus: Eu e o Pai somos um. (Jo. 10.30). Jesus está falando da unidade da essência e de unidade de propósito. (Jo.17.11,21-23, I Jo.5.7)

b) Há três manifestações ou ofícios no Ser divino: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A palavra hebraica que significa um no sentido de único é echad que se refere a uma unidade composta em manifestações e atributos de um único Deus. Esta palavra é empregada para expressar a unidade da divindade. Esta palavra é usada em Dt.6.4; Gn.2:24 e Zc.14:9 (Veja também Dt.4:35;32:39; ICr.29:1; Is.43:10;44:6;45:5; IRs.8:60; Mc.10:9;12:29; ICo.8:5,6; ITm.2:5; Tg.2:19; Jo.17:3; Gl.3:20; Ef.4:6).

c) Elohim: Este nome está no plural e não concorda com o verbo no singular quando designativo de Deus (Gn.1:26;3:22; 11:6,7;20:13;48:15; Is.6:8). No Antigo testamento o nome de Deus é designado por vários nomes entre estes pode-se destacar: • El, Elohim e Elyon, o nome ‘El possivelmente é derivado de ‘ul e tem sentido de primeiro ou Senhor, Elohim (sing. Eloah) forma pluralística de Deus, tem sentido de plenitude de poder o Deus da criação, Elohim, é plural. Os hebreus pluralizavam os nomes para expressar grandeza ou majestade".  A própria Bíblia revela que a única maneira para se compreender a forma plural de Elohim é entender que ela expressa a majestade de Deus e não uma pluralidade na divindade.
 Elyon é derivado de ‘alah e tem sentido de elevado, designando Deus como exaltado. • ‘Adonai (derv. de dun (din) ou ‘adan) e tem sentido de Senhor, de julgar, de governar, revelando Deus como governante Todo-Poderoso. • Shaddai e ‘El-Shaddai (derv. de shadad) significando ser poderoso e indica que Deus tem todo poder no céu e na terra.  Yahweh e Yahweh Tsebhaoth- a forma como Deus se revelou neste nome superou as demais formas de revelação, em Yahweh Ele se revela como Deus de graça, este nome é tido como o mais sagrado entre os judeus devido a Levítico 24;16 “ Aquele que mencionar o nome de Yahweh será morto”, por esta razão substituíram-no nas Escrituras por ‘Adonai ou por ‘Elohim, com o tempo perdeu até a pronúncia correta do nome Yahweh por não ser pronunciado entre os judeus devido a essas substituição dos massoretas nas Escrituras. O acréscimo de Tsebhaoth em Yahweh divide opiniões, mas três opiniões destacam-se para definir a junção destes nomes: os exércitos de Israel, as estrelas, os anjos.
No Novo Testamento três nomes mais utilizados são Theos (Deus de todos), Kurios (Poderoso, Senhor) e Pater (Pai).

d) Não há distinção de Pessoas na Divindade: Deus é um (Único) e se apresenta em manifestações e ofícios diferentes, Pai, Filho e Espírito Santo são ofícios ou manifestações do único Deus. Algumas passagens mostram a divina se referindo à outra (Gn.19:24; Os.1:7; Zc.3:1,2; IITm.1:18; Sl.110:1; Hb.1:9).

5) Auto-Existência: Jerônimo disse: Deus é a origem de Si mesmo e a causa de Sua própria substância. Jerônimo estava errado, pois Deus não tem causa de existência, pois não criou a Si mesmo e não foi causado por outra coisa ou por Si mesmo; Ele nunca teve início. Ele é o Eterno EU SOU (Ex.3:14), portanto Deus é absolutamente independente de tudo fora de Si mesmo para a continuidade e perpetuidade de Seu Ser. Deus é a razão de sua própria existência (Jo.5:26; At.17:24-28; ITm.6:15,16).

6) Infinidade ou Perfeição: É o atributo pelo qual Deus é isento de toda e qualquer limitação em seu Ser e em seus atributos (Jó.11:7-10; Mt.5:48). A infinidade de Deus se contrasta com o mundo finito em sua relação tempo-espaço.

a) Eternidade: A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada eternidade. Deus é Eterno (Sl.90:2; 102:12,24-27; Sl.93:2; Ap.1:8; Dt.33:27; Hb.1:12). A eternidade de Deus não significa apenas duração prolongada, para frente e para traz, mas sim que Deus transcende a todas as limitações temporais (2Pe.3:8) existentes em sucessões de tempo. Deus preenche o tempo. Nossa vida se divide em passado, presente e futuro. mas não há essa divisão na vida de Deus. Ele é o Eterno EU SOU. Deus é elevado acima de todos os limites temporais e de toda a sucessão de momentos, e tem a totalidade de sua existência num único presente indivisível (Is.57:15).

b) Imensidão: A infinidade de Deus em relação ao espaço é denominada imensidão ou imensidade. Deus é imenso (Grande ou Majestoso; Jó.36:5,26; Jó.37:22,23; Jr.22:18; Sl.145:3). Imensidão é a perfeição de Deus pela qual Ele transcende (ultrapassa) todas as limitações espaciais e, contudo está presente em todos os pontos do espaço com todo o seu Ser PESSOAL (não é panteísmo). A imensidão de Deus é intensiva e não extensiva, isto é, não significa extensão ilimitada no espaço, como no panteísmo. A imensidão de Deus é transcendente no espaço (intramundano ou imanente = dentro do mundo - Sl.139:7-12; Jr.23:23,24) e fora do espaço (supramundano = acima do mundo; extramundano = além do mundo; emanente = fora do mundo - IRs.8:27; Is.57:15).

c) Onipresença: É quase sinônimo de imensidão: A imensidade denota a transcendência no espaço enquanto que a onipresença denota a imanência no espaço. Deus é imanente em todas as Suas criaturas e em toda a criação. A imanência não deve ser confundida com o panteísmo (tudo é Deus) ou com o deísmo que ensina que Deus está presente no mundo apenas com seu poder (per portentiam) e não com a essência e natureza de ser Ser (per essentiam et naturam) e que age sobre o mundo à distância. Deus ocupa o espaço repletivamente porque preenche todo o espaço e não está ausente em nenhuma parte dele, mas tampouco está mais presente numa parte que noutra (Sl.139:11,12). Deus ocupa o espaço variavelmente porque Ele não habita na terra do mesmo modo que habita no céu, nem nos animais como habita nos homens, nem nos ímpios como habita nos piedosos, nem na igreja como habita em Cristo (Is.66:1; At.17:27,28; Compare Ef.1:23 com Cl.2:9).

7) Imutabilidade: É o atributo pelo qual não encontramos nenhuma mudança em Deus, em sua natureza, em seus atributos e em seu conselho.

a) A "base" para a imutabilidade de Deus: É Sua simplicidade, eternidade, auto-existência e perfeição. Simplicidade porque sendo Deus uma substância simples, indivisível, sem mistura, não está sujeito a variação (Tg.1:17). Eternidade porque Deus não está sujeito às variações e circunstâncias do tempo, por isso Ele não muda (Sl.102:26,27; Hb.1:12 e 13:8). Auto-existência porque uma vez que Deus não é causado, mas existe em Si mesmo, então Ele tem que existir da forma como existe, portanto sempre o mesmo (Ex.3:14). E perfeição porque toda mudança tem que ser para melhor ou pior e sendo Deus absolutamente perfeito jamais poderá ser mais sábio, mais santo, mais justo, mais misericordioso, e nem menos. Por isso Deus é imutável como a rocha (Dt.32:4).

b) Imutabilidade não significa imobilidade: Nosso Deus é um Deus de ação (Is.43:13).

c) Imutabilidade implica em não arrependimento: Alguns versículos falam de Deus como se Ele se arrependesse (Ex.32:14, 2 Sm.24:16, Jr.18:8; Jl.2:13). Trata-se de antropomorfismo (Nm.23:19; Rm.11:29; 1Sm.15:29; Sl.110:4).

d) Imutabilidade de Deus em Sua natureza: Deus é perfeito em sua natureza por isso não muda nem para melhor nem para pior (Ml.3:6).

e) Imutabilidade de Deus em Seus atributos: Deus é imutável em suas promessas (IRs.8:56; IICo.1:20); em sua misericórdia (Sl.103:17; Is.54:10); em sua justiça (Ez.8:18); em seu amor (Gn.18:25,26).

f) Imutabilidade de Deus em Seu conselho: Deus planejou os fatos conforme a sua vontade e decretou que este plano seja concretizado. Nada poderá se opor à sua vontade. O próprio Deus jamais mudará de opinião, mas fará conforme seu plano predeterminado (Is.46:9,10; Sl.33:11; Hb.6:17).

8) Onisciência: Atributo pelo qual Deus, de maneira inteiramente única, conhece-se a Si próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples. O conhecimento de Deus tem suas características:

a) É arquétipo: Deus conhece o universo como ele existe em Sua própria idéia anterior à sua existência como realidade finita no tempo e no espaço; e este conhecimento não é obtido de fora, como o nosso (Rm.11:33,34).

b) É inato e imediato: Não resulta de observação ou de processo de raciocínio (Jó.37:16)

c) É simultâneo: Não é sucessivo, pois Deus conhece as coisas de uma vez em sua totalidade, e não de forma fragmentada uma após outra (Is.40:28).

d) É completo: Deus não conhece apenas parcialmente, mas plenamente consciente (Sl.147:5).

e) Conhecimento necessário: Conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de todas as coisas possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de sua onipotência. É chamado necessário porque não é determinado por uma ação da vontade divina. (Por exemplo: O conhecimento do mal é um conhecimento necessário porque não é da vontade de Deus que o mal lhe seja conhecido (Hc.1:13) Deus não pode nem quer ver o mal, mas o conhece, não por experiência, que envolve uma ação de Sua vontade, mas sim por simples inteligência, por ser ato do intelecto divino (veja IICo.5:21 onde o termo grego ginosko é usado).

f) Conhecimento livre: É aquele que Deus tem de todas as coisas reais, isto é, das coisas que existiram no passado, que existem no presente e existirão no futuro. É também chamado visionis, isto é, conhecimento de vista.

g) Presciência: Significa conhecimento prévio; conhecimento de antemão. Como Deus pode conhecer previamente as ações livres dos homens? Deus decretou todas as coisas, e as decretou com suas causas e condições na exata ordem em que ocorrem, portanto sua presciência de coisas contingentes (ISm.23:12; IIRs.13:19; Jr.38:17-20; Ez.3:6 e Mt.11:21) apóia em seu decreto. Deus não originou o mal, mas o conheceu nas ações livres do homem (conhecimento necessário), o decretou e preconheceu os homens. Portanto a ordem é: conhecimento necessário, decreto, presciência. A presciência de Deus é muito mais do que saber o que vai acontecer no futuro, e seu uso no N.T. é empregado como na LXX que inclui Sua escolha efetiva (Nm.16:5; Jz.9:6; Am.3:2).

h) Sabedoria: A sabedoria de Deus é a Sua inteligência como manifestada na adaptação de meios e fins. Deus sempre busca os melhores fins e os melhores meios possíveis para a consecução dos seus propósitos. H.B. Smith define a sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele produz os melhores resultados possíveis com os melhores meios possíveis

9) Onipotência: É o atributo pelo qual encontramos em Deus o poder ilimitado para fazer qualquer coisa que Ele queira. a) El-Shaddai: A onipotência de Deus se expressa no nome hebraico El-Shaddai traduzido por Todo-Poderoso (Gn.17:1; Ex.6:3; Jó.37:23 etc).

b) Em todas as coisas: A onipotência de Deus abrange todas as coisas (ICr.29:12), o domínio sobre a natureza (Sl.107:25-29; Na.1:5,6; Sl.33:6-9; Is.40:26; Mt.8:27; Jr.32:17; Rm.1:20), o domínio sobre a experiência humana (Sl.91:1; Dn.4:19-37; Ex.7:1-5; Tg.4:12-15; Pv.21:1; Jó.9:12; Mt.19:26; Lc.1:37), o domínio sobre as regiões celestiais (Dn.4:35; Hb.1:13,14; Jó.1:12; Jó 2:6).

c) Na criação, na providência e na redenção: Deus manifestou o seu poder na criação (Rm.4:17; Is.44:24), nas obras da providência (ICr.29:11,12) e na redenção (Rm.1:16; ICo.1:24).

10) Soberania ou Supremacia: Atributo pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas as coisas criadas, determinando-lhe o fim que desejar (Gn.14:19; Ne.9:6; Ex.18:11; Dt.10:14,17; ICr.29:11; 2Cr.20:6; Jr.27:5; At.17:24-26; Jd.4; Sl.22:28; 47:2,3,8; 50:10-12; 95:3-5; 135:5; 145:11-13; Ap.19:6).

a) Vontade ou Auto-determinação: A perfeição de Deus pela qual Ele, num ato sumamente simples, dirige-se à Si mesmo como o Sumo Bem (deleita-se em Si mesmo como tal) e às Suas criaturas por amor do Seu nome (Is.48:9,11,14; Ez.20:9,14,22,44; Ez.36:21-23).

A vontade de Deus recebe variadas classificações, pois à ela são aplicadas diferentes palavras hebraicas (chaphets, tsebhu, ratson) e gregas (boule, thelema).

Vontade Preceptiva: Na qual Deus estabeleceu preceitos morais para reger a vida de Suas criaturas racionais. Esta vontade pode ser desobedecida com freqüência (At.13:22; IJo.2:17; Dt.8:20).

Vontade Decretória: Pela qual Deus projeta ou decreta tudo o que virá a acontecer, quer pretenda realizá-lo causativamente, quer permita que venha a ocorrer por meio da livre ação de suas criaturas (At.2:23; Is.46:9-11). A vontade decretória é sempre obedecida.

A vontade decretória e a vontade preceptiva relacionam-se ao propósito em realizar algo.

Vontade de Eudokia: Na qual Deus deleita-se com prazer em realizar um fato e com desejo de ver alguma coisa feita. Esta vontade, embora não se relacione com o propósito de fazer algo, mas sim com o prazer de fazer algo, contudo corresponde àquilo que será realizado com certeza, tal como acontece com a vontade decretória (Sl.115:3; Is.44:28; Is.55:11).

Vontade de Eurestia: Na qual Deus deleita-se com prazer ao vê-la cumprida por Suas criaturas. Esta vontade abrange aquilo que a Deus apraz que Suas criaturas façam, mas que pode ser desobedecido, tal como acontece com a vontade preceptiva (Is.65:12).

A vontade de eudokia não se refere somente ao bem, e nela não está sempre presente o elemento de deleite (Mt.11:26). A vontade de eudokia e a vontade de eurestia relacionam-se ao prazer em realizar algo.

Vontade de Beneplacitum: Também chamada Vontade Secreta. Abrange todo o conselho secreto e oculto de Deus. Quando esta vontade nos é revelada, ela torna-se na Vontade do Signum ou Vontade Revelada.

A distinção entre a vontade de beneplacitum e a vontade de signum encontra-se em Deuteronomio.29:29.

A vontade secreta é mencionada em Sl.115:3; Dn.4:17,25,32,35; Rm.9:18,19; Rm.11:33,34; Ef.1:5,9,11, enquanto que a vontade revelada é mencionada em Mt.7:21; Mt.12:50; Jo.4:34; Jo.7:17; Rm.12:2). Esta vontade está mui perto de nós (Dt.30:14; Rm.10:8).

A vontade secreta de Deus pertence a todas as coisas que Ele quer efetuar ou permitir, tal como acontece na vontade decretória, sendo portanto, absolutamente fixa e irrevogável.

b) Liberdade: A perfeição de Deus no exercício de Sua vontade. Deus age necessária e livremente. Assim como há conhecimento necessário e conhecimento livre, há também uma voluntas necessária = vontade necessária e uma voluntas libera = vontade livre. Na vontade necessária Deus não está sob nenhuma compulsão, mas age de acordo com a lei do Seu Ser, pois Ele necessariamente quer a Si próprio e quer a Sua natureza santa. Deus necessariamente se ama a Si próprio e Suas perfeições.

C) Atributos Morais:

1) Santidade: É a perfeição de Deus, em virtude da qual Ele eternamente quer manter e mantém a Sua excelência moral, aborrece o pecado, e exige pureza moral em suas criaturas. Ser Santo vem do hebraico qadash que significa cortar ou separar. Neste sentido também o Novo testamento utiliza as palavras gregas hagiazo ehagios.

A santidade de Deus possui dois diferentes aspectos, podendo ser positiva ou negativa (Hb.1:9;Am.5:15; Rm.12:9).

a) Santidade Positiva: Expressa excelência moral de Deus na qual Ele é absolutamente perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e Seu caráter (IJo.1:5; Is.57:15; IPe.1:15,16; Hc.1:13). A santidade positiva é amor ao bem.

b) Santidade Negativa: Significa que Deus é inteiramente separado de tudo quanto é mal e de tudo quanto o aborrece (Lv.11:43-45; Dt.23:14; Jó.34:10; Pv.15:9,26; Is.59:1,2; Lc.20:26; Hc. 1:13; Pv.6:16-19; Dt.25:16; Sl.5:4-6). A santidade negativa é ódio ao mal.

Além de possuir dois aspectos a santidade de Deus possui também duas maneiras diferentes de manifestar-se:

c) Retidão: Também chamada justiça absoluta, é a retidão da natureza divina, em virtude da qual Ele é infinitamente Reto em Si mesmo (santidade legislativa). Sl.145:17; Jr.12:1; Jo.17:25; Sl.116:5; Ed.9:15.

d) Justiça: Também chamada justiça relativa, é a execução da retidão ou a expressão da justiça absoluta (santidade judicial). Strong a chama de santidade transitiva. A retidão é a fonte da Santidade de Deus, a justiça é a demonstração de Sua santidade.

e) Ira: Esta deve ser considerada como um aspecto negativo da santidade de Deus, pois em Sua ira Deus aborrece o pecado e odeia tudo quanto contraria Sua santidade (Dt.32:39-41; Rm.11:22; Sl.95:11; Dt.1:34-37; Sl.95:11). Podemos, então, dizer que a ira é a manifestação da santidade negativa de Deus (Rm.1:18; IITs.1:5-10; Rm.5:9 etc). A ira é também designada de severidade (Rm.11:22).

2) Bondade: É uma concepção genérica incluindo diversas variedades que se distinguem de acordo com os seus objetos. Bondade é perfeição absoluta e felicidade perfeita em Si mesmo (Mc.10:18; Lc.18:18,19; Sl.33:5; Sl.119:68; Sl.107:8; Na.1:7). A bondade implica na disposição de transmitir felicidade.

a) Benevolência: É a bondade de Deus para com Suas criaturas em geral. E‘ a perfeição de Deus que O leva a tratar benévola e generosamente todas as Suas criaturas (Sl.145:9,15,16; Sl.36:6;104:21; Mt.5:45;6:26; Lc.6:35; At.14:17). Thiessen define benevolência como a afeição que Deus sente e manifesta para com Suas criaturas sensíveis e racionais. Ela resulta do fato de que a criatura é obra Sua; Ele não pode odiar qualquer coisa que tenha feito (Jó.14:15) mas apenas àquilo que foi acrescentado à Sua obra, que é o pecado (Ec.7:29).

b) Beneficência: Enquanto que a benevolência é a bondade de Deus considerada em sua intenção ou disposição, a beneficência é a bondade em ação, quando seus atributos são conferidos.

c) Complacência: É a aprovação às boas ações ou disposições. É aquilo em Deus que aprova todas as Suas próprias perfeições como também aquilo que se conforma com Ele (Sl.35:27; Sl.51:6; Is.42:1; Mt.3:17; Hb.13:16).

d) Longanimidade ou Paciência: O hebraico emprega a palavra erek‘aph que significa grande de rosto e daí também lento para a ira. O grego emprega makrothymia que significa ira longe. Portanto longanimidade é o aspecto da bondade de Deus em virtude do qual Ele tolera os pecadores, a despeito de sua prolongada desobediência. A longanimidade revela-se no adiamento do merecido julgamento (Ex.34:6; Sl.86:15; Rm.2:4; Rm.9:22; IPe.3:20; IIPe.3:15)

e) Misericórdia: Também expressa pelos sinônimos compaixão, compassividade, piedade, benignidade, clemência e generosidade. No hebraico usa-se as palavras chesed e racham e no grego eleos. É a bondade de Deus demonstrada para com os que se acham na miséria ou na desgraça, independentemente dos seus méritos (Dt.5:10; Sl.57:10; Sl.86:5; ICr.16:34; IICr.7:6; Sl.116:5; Sl.136; Ed.3:11; Sl.145:9; Ez.18:23,32; Ex.33:11; Lc.6:35; Sl.143:12; Jó 6:14).

f) Graça: É a bondade de Deus exercida em prol da pessoa indigna. Portanto graça é o ato divino de conceder ao pecador toda a bondade de Deus a qual ele não merece receber (Ex.33:19).

Na misericórdia Deus suspende o sofrimento merecido, na graça Deus concede bênçãos não merecidas. Todo pecador merece ir para o inferno; assim Deus exerce Sua misericórdia livrando o pecador da condenação. Nenhum pecador merece ir para o paraíso; assim Deus exerce a Sua graça doando ao pecador o privilégio de ir gratuitamente para o paraíso.

g) Amor: A perfeição da natureza divina pela qual Ele é continuamente impelido a se comunicar. É, entretanto, não apenas um impulso emocional, mas uma afeição racional e voluntária, sendo fundamentada na verdade e santidade e no exercício da livre escolha. Este amor encontra seus objetos primários nas diversas Pessoas da Trindade. Assim, o universo e o homem são desnecessários para o exercício do amor de Deus. Amor é, portanto, a perfeição de Deus pela qual Ele é movido eternamente à Sua própria comunicação. Ele ama a Si mesmo, Suas virtudes, Sua obra e Seus dons.

3) Verdade: É a consonância daquilo que é asseverado com o que pensa a Pessoa que fez a asseveração. Neste sentido a verdade é um atributo exclusivamente divino, pois com freqüência os homens erram nos testemunhos que prestam, simplesmente por estarem equivocados a respeito dos fatos, ou então por pura incapacidade fracassam em promessas que fizeram com honestas intenções. Mas a onisciência de Deus impede que Ele chegue a cometer qualquer equívoco, e a Sua onipotência e imutabilidade asseguram o cumprimento de Suas intenções (Dt.32:4; Sl.119:142; Jo.8:26; Rm.3:4; Tt.1:2; Nm.23:19; Hb.6:18; Ap.3:7; Jo.17:3; IJo.5:20; Jr.10:10; Jo.3:33; ITs.1:9; Ap.6:10; Sl.31:5; Jr.5:3; Is.25:1). Ao exercê-la para com a criatura, a verdade de Deus é conhecida como sua veracidade e fidelidade.

a) Veracidade: Consiste nas declarações que Deus faz a respeito das coisas, conforme elas são, e se relaciona com o que Ele revelou sobre Si mesmo. A veracidade fundamenta-se na onisciência de Deus.

b) Fidelidade: Consiste no exato cumprimento de Suas promessas ou ameaças. A fidelidade fundamenta-se na Sua onipotência e imutabilidade (Dt.7:9; Sl.36:5; ICo.1:9; Hb.10:23; Dt.4:24; IITm.2:13; Sl.89:8; Lm.3:23; Sl.119:138; Sl.119:75; Sl.89:32,33; ITs.5:24; IPe.4:19; Hb.10:23).

OS NOMES DE DEUS

Alguns dos nomes de Deus dizem respeito a Ele como sujeito: Jeová, Senhor, Deus; outros são atribuídos como predicados que falam dEle ou a Ele, como: Santo, justo, bom, etc. Alguns nomes expressam a relação entre Deus e as criaturas: Criador, Sustentador, Governador, etc. Alguns nomes são comuns às três pessoas, como; Jeová, Deus, Pai, Espírito. E outros são nomes próprios usados para expressarem Sua obra e Seu caráter.

O nome de Deus é o que Ele é: representação do Seu caráter. Mas o Criador é tão grande que nome algum jamais será adequado à Sua grandeza. Se o céu dos céus não O pode conter, como pode um nome descrever o Criador? Portanto, a Bíblia contém vários nomes de Deus que O revelam em diferentes aspectos de Sua maravilhosa personalidade.

ELOÌM

Este é o primeiro nome de Deus encontrado nas Escrituras (Gênesis 1:1), e aqui o nome encontra-se em sua forma plural, mas o verbo continua no singular, indicando a pluralidade de grandeza ou majestade não de pessoas no seu Ser. Este nome denota a grandeza e o poder de Deus. Este nome encontra-se somente no relato da criação (Gênesis 1:1-2:4); é o Seu nome de criação. Eloím é sempre traduzido no português, como Deus em nossa Bíblia. No Antigo testamento o nome de Deus é designado por vários nomes entre estes pode-se destacar: • El, Elohim e Elyon, o nome ‘El possivelmente é derivado de ‘ul e tem sentido de primeiro ou Senhor, Elohim (sing. Eloah) forma pluralística de Deus, tem sentido de plenitude de poder o Deus da criação, Elohim, é plural. Os hebreus pluralizavam os nomes para expressar grandeza ou majestade".  A própria Bíblia revela que a única maneira para se compreender a forma plural de Elohim é entender que ela expressa a majestade de Deus e não uma pluralidade na divindade.
 Elyon é derivado de ‘alah e tem sentido de elevado, designando Deus como exaltado.  ‘Adonai (derv. de dun (din) ou ‘adan) e tem sentido de Senhor, de julgar, de governar, revelando Deus como governante Todo-Poderoso.  Shaddai e ‘El-Shaddai (derv. de shadad) significando ser poderoso e indica que Deus tem todo poder no céu e na terra.
Yahweh e Yahweh Tsebhaoth- a forma como Deus se revelou neste nome superou as demais formas de revelação, em Yahweh Ele se revela como Deus de graça, este nome é tido como o mais sagrado entre os judeus devido a Levítico 24;16 “ Aquele que mencionar o nome de Yahweh será morto”, por esta razão substituíram-no nas Escrituras por ‘Adonai ou por ‘Elohim, com o tempo perdeu até a pronúncia correta do nome Yahweh por não ser pronunciado entre os judeus devido a essas substituição dos massoretas nas Escrituras. O acréscimo de Tsebhaoth em Yahweh divide opiniões, mas três opiniões destacam-se para definir a junção destes nomes: os exércitos de Israel, as estrelas, os anjos.
No Novo Testamento três nomes mais utilizados são Theos (Deus de todos), Kurios (Poderoso, Senhor) e Pater (Pai). De acordo com a opinião mais ponderada entre os estudiosos, esta palavra é derivada duma raiz na língua árabe que significa "adorar". Esta opinião é fortalecida quando observamos que a mesma palavra é usada inapropriadamente para anjos, dos homens, e falsas divindades. No Salmo 8:5 a palavra anjos é eloím no texto original, e vemos que certas vezes os anjos são impropriamente louvados. No Salmo 82:1,6 eloím é traduzido deuses, e é usado para homens. Em Jeremias 10:10-12 temos o verdadeiro Deus (eloím) contrastado com os "deuses" (eloím) que não fizeram os céus nem a terra, implicando assim que ninguém, não ser Deus, é objeto próprio de adoração.

EL-SHADAI

Este nome composto é traduzido "Deus o Todo poderoso" (El é Deus e Shadai é Todo poderoso). O título El é Deus no singular, e significa forte ou poderoso. El é traduzido 250 vezes no Velho Testamento como Deus. Este título é geralmente associado com algum atributo ou perfeição de Deus, como; Deus Todo poderoso (Gênesis 17:3); Deus Eterno (Gênesis. 21:33); Deus zeloso (Êxodo 20:5); Deus vivo (Josué 3:10).

As leis da natureza não podiam produzir um Isaque, mas isto não era problema para o Deus da natureza. Não importa, se todas as coisas forem contra Deus; Ele é Todo-suficiente nele mesmo.




ADONAI

Este nome de Deus está no plural, denotando assim a pluralidade das pessoas na Divindade. É traduzido como Senhor em nossa Bíblia e denota uma relação de Senhor e escravo. Quando usado no possessivo, indica a posse e autoridade de Deus. A escravidão é uma bênção quando Deus é o Dono e Senhor. Nos dias de Abraão, a escravidão era uma relação entre homem e homem e não era um mal implacável. O escravo comprado tinha a proteção e os privilégios não gozados pelos empregados assalariados. O escravo comprado devia ser circuncidado e tinha permissão de participar da Páscoa. Êx 12.44.

YAHWEH JEOVÁ

Este é o mais famoso dentre os nomes de Deus e é predicado dele como um Ser necessário e auto-existente. O significado é: AQUELE QUE SEMPRE FOI, SEMPRE É E SEMPRE SERÁ. Temos assim traduzido em Apocalipse 1:4: "Daquele que é, e que era, e que há de vir".

OS TÍTULOS DE JEOVÁ

JEOVÁ-HOSENU, "Jeová nosso criador". Salmo 95:6.
JEOVÁ-JIRÉ, "Jeová proverá". Gênesis 22:14.
JEOVÁ-RAFÁ, "Jeová que te cura". Êxodo 15:26.
JEOVÁ-NISSI, "Jeová, minha bandeira". Êxodo 17:15.
JEOVÁ-M?KADDÉS, "Jeová que te santifica". Levítico 20:8.
JEOVÁ-ELOENU, "Jeová nosso Deus". Salmo 99:5 e 8.
JEOVÁ-ELOEKA, "Jeová teu Deus". Êxodo 20:2,5,7.
JEOVÁ-ELOAI, "Jeová meu Deus". Zacarias 14:5.
JEOVÁ-SHALOM, "Jeová envia paz". Juízes 6:24.
JEOVÁ-TSEBAOTE, "Jeová das hostes". 1 Samuel 1:3.
JEOVÁ-ROÍ, "Jeová é meu pastor". Salmo 23:1.
JEOVÁ-HELEIÓN, "Jeová o altíssimo". Salmo 7:17; 47:2.
JEOVÁ-TSIDKENU, "Jeová nossa justiça". Jeremias 23:6.
JEOVÁ-SHAMÁ, "Jeová está lá". Ezequiel 48:35.

OS NOMES DE DEUS NO NOVO TESTAMENTO

1. TEOS. No Novo Testamento grego este é geralmente o nome de Deus, e corresponde a Eloim no Velho Testamento hebraico. É usado para todas as três pessoas da Trindade, mas especialmente para Deus, o Pai.

2. PATER. Este nome corresponde ao Jeová do V. T., e denota a relação que temos com Deus através de Cristo. É usado para Deus duzentas e sessenta e cinco vezes e é sempre traduzido como Pai.

3. DÉSPOTES. (Déspota no português). Este título denota Deus em Sua soberania absoluta, e é semelhante a Adonai do V. T. Encontramos este nome apenas cinco vezes no N. T., Lucas 2:29; Atos 4:24; 2 Pedro 2:1; Judas 4; Apocalipse 6:10.

4. KÚRIOS. Este nome é encontrado centenas de vezes e traduzido como; Senhor (referendo a Jesus), senhor (referendo ao homem), Mestre (referendo a Jesus), mestre (referendo ao homem) e dono. Em citações do hebraico usa-se muitas vezes em lugar de Jeová. É um título do Senhor Jesus como mestre e dono.

5. CHRISTUS. Esta palavra significa o Ungido e é traduzida Cristo. Deriva-se da palavra "chrio" que significa ungir. É o nome oficial do Messias ou Salvador que era por muito tempo esperado. O N. T. utiliza este nome exclusivamente referindo-se a Jesus de Nazaré.

Destes nomes todos do Ser Supremo, aprendemos que Ele é o Ser eterno, imutável, auto-existente, auto-suficiente, todo-suficiente e é o supremo objeto de temor, confiança, adoração e obediência.

Muitas crentes e até obreiros não gostam de Teologia, pois é exatamente o estudo acerca de Deus e seus atributos. Em Oséias 6.3 diz "Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor" O conhecimento acerca do poder de Deus não é estático e sim de forma progressista.

Nós nunca o conhecemos na sua plenitude assim como ocorreu com Daniel, Jó, Abraão, Moisés e muitos outros em que a base de seus conhecimentos foram paulatinamente sendo desenvolvido na medida em que eles se aproximavam do Senhor.

Que cada um de nós possamos prosseguir em conhecer a Ele nesta compensação de forma figurada através da sua Palavra; já na eternidade o conheceremos plenamente (1Jo 3.1-2).
Deus têm nos abençoado.






HAMARTIOLOGIA
(A DOUTRINA DO PECADO)

1) CONCEITOS HISTÓRICOS E TEORIAS SOBRE A ORIGEM DO PECADO

São os mais diversos os conceitos que ao longo da história surgiram acerca do pecado. Irineu, bispo de Lyon, na Ásia Menor (130-208 d.C.), foi, talvez, o primeiro dos pais da Igreja Antiga, a assegurar que o pecado no mundo se originou na transgressão voluntária do homem no Éden. O conceito de Irineu logo tomou conta do pensamento e da teologia da Igreja, especialmente como arma no combate ao gnosticismo, pois este ensinava que o mal é inerente à matéria.

2) DO GNOSTICISMO A ORÍGENES

O gnosticismo ensinava que o contato da alma humana com a matéria era que a tornava imediatamente pecadora. Esta teoria naturalmente despojou o pecado do seu caráter voluntário como é apresentado na Bíblia. Orígenes (185-254 d.C.) sustentou este mesmo ponto de vista por meio de sua teoria chamada “preexistencismo”. Segundo ele, as almas dos homens pecaram voluntariamente em existência prévia, e, portanto, todas entraram no mundo numa condição pecaminosa. Este conceito de Orígenes sofreu forte oposição mesmo nos seus dias.

3) OS PAIS DA IGREJA GREGA

Em geral os pais da Igreja Grega dos séculos III e IV se mostraram inclinados a negar a relação direta entre o pecado de Adão e seus descendentes. Em contraposição, os pais da Igreja Latina ensinaram com bastante clareza que a presente condição pecaminosa do homem encontra sua explicação na primeira transgressão de Adão no Éden.

4) DE AGOSTINHO À REFORMA

O ensino da Igreja do Ocidente quanto à origem do pecado teve seu ponto mais elevado na pessoa de Agostinho. Ele insistiu no ensino de que em Adão toda a humanidade se acha culpada e maculada. Já os teólogos semipelagianos admitiam que a mancha do pecado, e não o pecado mesmo, é que era causada pelo relacionamento humanidade – Adão. Durante a Idade Média, o que se cria a respeito do assunto era uma mistura de agostinismo e pelagianismo. Os Reformadores, particularmente, comungaram do ensino de Agostinho.

5) DO RACIONALISMO A KARL BARTH

Sob a influência do racionalismo e da teoria evolucionista, a doutrina da queda do homem e de seus efeitos fatais sobre a raça humana, foi descartando-se gradualmente. Começou a se difundir a idéia de que, se realmente houve o que a Bíblia chama “queda” do homem, essa queda foi para o alto. A idéia do pecado odioso, aos olhos santos de Deus, foi substituída pelo mal, e este mal se aplicou de diferentes maneiras. Por exemplo, Emanuel Kant o considerou como parte inseparável do que há de mais profundo no ser humano, e que não se pode explicar. O evolucionismo chama esse “mal” de oposição das baixas inclinações ao desenvolvimento gradual da consciência moral. Karl Barth, teólogo suíço (1886-1968), fala da origem do pecado como um mistério da predestinação.

Em suma: O que muitas correntes da teologia racionalista erradamente ensinam é que Adão foi na verdade o primeiro pecador, porém sua desobediência não pode ser considerada como causa do pecado no mundo. O pecado do homem estaria relacionado alguma forma com a sua condição de criatura. A história do Paraíso nada mais proporciona ao homem do que a simples informação de que ele necessariamente não precisa ser pecador.

6) O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE A ORIGEM DO PECADO

Na Bíblia, o mau moral que assola o mundo, normalmente chamado pelos homens de fraqueza, equívoco, deslize, queda para o alto, se define claramente como pecado, fracasso, erro, iniqüidade, transgressão, contravenção e injustiça. A Bíblia apresenta o homem como transgressor por natureza. Mas, como adquiriu o homem essa natureza pecaminosa? O que a Bíblia nos diz acerca disso? Para termos respondidos estas indagações são interessantes e indispensáveis considerar o seguinte:

a) Deus Não é o Autor do Pecado
Evidentemente Deus, na sua onisciência, já vira a entrada do pecado no mundo, bem antes da criação do homem. Porém, deve-se ter o cuidado para que ao se fazer esta interpretação, não fazer de Deus a causa ou o autor do pecado. “Longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo-poderoso o cometer injustiça”.(Jó 34:10) Deus é santo e não há Nele nenhuma injustiça. “Ninguém ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta”. Deus odeia o pecado e como prova disto enviou a Jesus Cristo como provisão salvadora para o homem. Assim sendo, as Escrituras rechaçam todas aquelas idéias deterministas, segundo as quais Deus é autor e responsável pela entrada do pecado no mundo.

b) O Pecado Teve Origem no Mundo Angélico
Se quisermos conhecer a origem do pecado, teremos de ir além da queda do homem, descrita no capítulo 3 de Gênesis, e por a nossa atenção em algo que aconteceu no mundo dos anjos.

Deus criou os anjos dotados de perfeição, porém, Lúcifer e legiões deles se rebelaram contra Deus, pelo que caíram em terrível condenação. O tempo exato dessa queda não é dado a conhecer na Bíblia. Jesus fala acerca do Diabo dizendo ser ele homicida desde o princípio. O apóstolo João diz que o diabo desde o princípio. Pouco se diz a respeito do pecado que ocasionou a queda dos anjos; porém, quando Paulo adverte a Timóteo no sentido de que nenhum neófito seja designado bispo sobre a casa de Deus, diz o apóstolo porque: “...para não suceder que se ensoberbeça e caia na condenação do Diabo”. Daí se concluir que o pecado do Diabo foi a soberba e o desejo de sobrepujar a Deus.

c) Origem do Pecado na Raça Humana
“Portanto, assim como por um só homem entrou no pecado o mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. (Rm 5.12)

7) O CONCEITO DE PECADO NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO

O Antigo Testamento descreve o pecado nas seguintes esferas:
a) Na Esfera Moral - A palavra mais usada para o pecado significa “errar o alvo”.

- Errar o alvo: Dá idéia de, como um arqueiro que atira, mas erra, do mesmo modo, o pecador erra o alvo no final da vida. - Tortuosidade ou perversidade: o contrário da retidão; errar o caminho, como um viajante que sai do caminho certo. - Falta: ser achado em falta ao ser pesado na balança de Deus. - Mal: “violência” ou “infração”

b) Na Esfera da Conduta Fraternal

A palavra usada para determinar o pecado nesta esfera significa, violência ou conduta injuriosa (Gn 6.11; Ez. 7.23; Pv 16.29) ao excluir a restrição da lei, o homem maltrata e oprime seus semelhantes.

c) Na Esfera da Santidade

As palavras empregadas
eram: “profano”, “imundo”, “contaminado” e “transgressor”. Estes termos empregados nesta esfera implicam que o ofensor já usufruiu a relação com Deus. Entendemos que os Israelitas como povo escolhido, deveriam ser santos, pois pelas leis, em toda as atividades e esferas de suas vidas, estavam reguladas pela Lei da Santidade. E que fosse contrário a isso se tornava imundo, (Lv 11.24, 27, 31, 33, 39)

d) Na Esfera da Verdade
“Engano”, “Mentira”. As palavras que descrevem o pecado nesta esfera dão ênfase ao inútil e fraudulento elemento do pecado. Os pecadores falam e tratam falsamente (Salmos 58:3; Is 28.15; Êx 20.16; Sl 119.128).
O primeiro pecador foi um mentiroso (Jo 8.44); o primeiro pecado começou com uma mentira (Gn 3.4); e todo o pecado contém o elemento do engano (Hb 3.13).

e) Na Esfera da Sabedoria
Os homens se portam impiamente porque não pensam ou não querem pensar corretamente; não dirigem suas vidas de acordo com a vontade de Deus, seja por descuido ou por deliberada ignorância. O homem precisa crescer na sabedoria para firmeza e fundamento moral, o que de palavras de sabedoria, ensino, exortação, fora escrito para ele não esquecer; para não ser facilmente conduzido ao pecado. (Mt 7.26; Pv 7.7; 9.4)

8) NO NOVO TESTAMENTO

Palavras que expressam o Pecado no Antigo e Novo Testamento:

a) Errar o alvo i) Fermento
b) Tortuosidade j) Desordem
c) Perversidade k) Iniqüidade
d) Lepra l) Desobediência
e) Violência m) Queda
f) Profano n) Derrota
g) Imundo o) Impiedade
h) Transgressor p) Erro

. Errar o Alvo - que expressa a mesma idéia que a conhecida palavra do Antigo Testamento.

. Dívida (Mt 6.12) - O homem deve a Deus a guarda dos seus mandamentos; todo pecado cometido é contração de uma dívida. Incapaz de pagá-la, a única Esperança do homem é ser perdoado, ou obter remissão da dívida.

. Desordem - O pecado é iniqüidade (I Jo 3.4), o homem escolheu a sua própria vontade, isto é rebeldia.

. Transgressão - literalmente “ir além do limite” (Romanos 4:15). Os mandamentos de Deus são cercas, por assim dizer, que impedem ao homem entrar em território perigoso e dessa maneira sofrer o prejuízo para sua alma.

. Queda - Cair para um lado, (Ef 1.7). Pecar é cair de um padrão de conduta.

. Derrota - é o significado literal da palavra “queda” em Rm 11.12. Ao rejeitar a Cristo, a nação judaica sofreu uma derrota e perdeu o propósito de Deus.

. Impiedade - de uma palavra, sem adoração ou reverência, (Rm 1.18; 2 Tm 2.16). O homem ímpio é o que dá pouca ou nenhuma importância a Deus e as coisas sagradas, pois não há temor ou reverência, porque está sem Deus e não quer saber de Deus.

. Erro (Hb 9.7) - Descreve aqueles pecados cometidos como fruto da ignorância, e dessa maneira diferenciam daqueles pecados cometidos presunçosamente, apesar da luz esclarecedora. O homem que desafiadoramente decide fazer o mal incorre em maior grau de culpa do que aquele que apanhado em falta, a que foi levado por sua debilidade.

O pecado tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento é considerado uma “brecha” ou “rompimento” de relações entre o pecador e o Deus pessoal. É o desvio do pecado da vontade de Jeová, ou seja, a quebra da lei, sendo que Jeová é a própria lei.

9) TEORIAS ACERCA DO PECADO

a) A Teoria Pelagiana do Pecado
O “Pelagianismo’’ (do latim: “pelagianismus”), é a Doutrina fomentada por Pelágio, clérigo britânico do século IV. Entre outras coisas, ele negava o livre-arbítrio e a influência da graça divina. É semelhante ao “Determinismo”, que nega o livre-arbítrio e que o pecado é algo natural do homem.

b) A Teoria Católica Romana do Pecado

Pecado Capital - expressão com que a Igreja Católica romana designa diversos pecados: orgulho, ódio, inveja, impureza, gula, preguiça e a avareza.

c) A Teoria Evolucionista do Pecado
Baseada e fundamentada na Teoria de Darwin, o Evolucionismo considera o pecado como herança do animalismo primitivo do homem, ou seja, na fase evolutiva do homem, erros e falhas são comuns, até que um dia o homem chegará a ponto de perfeição.

d) O Ateísmo

Nega a Deus, nega também o pecado, porque estritamente falando, todo pecado é contra Deus, e se não há Deus, não há pecado.

e) O Determinismo
Essa teoria filosófica afirma ser o livre-arbítrio uma ilusão, e não uma realidade. Uma conseqüência prática do Determinismo é tratar o pecado como se fosse uma enfermidade por cuja causa o pecador merece pena, compaixão ou misericórdia (dó), ao invés de ser castigado.

f) O Hedonismo
O Hedonismo (do grego: “hedoné” e do latim: “hedonismus”; prazer), é a teoria que sustenta que o melhor ou mais proveitoso que existe na vida é a conquista do prazer e a fuga a dor. Eles desculpam o pecado com expressões como estas: “Errar é humano”; “o que é natural é belo e o que é belo é direito”.

A consciência testifica inequivocadamente da realidade do pecado. Todos sabem que são pecadores. Ninguém, que tenha idade de responsabilidade, tem vivido livre do senso de culpa pessoal e contaminação moral. O remorso da consciência, por causa do mal praticado, persegue a todos os filhos e filhas de Adão, ao passo que as conseqüências entristecedoras e terríveis do pecado são vistas através da deterioração e degeneração física, mental e moral da raça.

( Rm 1.18-28)

A doutrina do pecado é apresentada na Carta aos Romanos de modo muito realista e numa perspectiva de sua prática. O pensamento moderno tenta salvar o homem pecador oferecendo-lhe educação, religião e filosofia, visando com estes intentos moralistas tornar bom o homem mergu-lhado na lama do pecado. Entretanto, a realidade do pecado é outra. O homem é pecador e indesculpável diante de Deus. Nesta primeira parte do estudo da Carta aos Roma¬nos, Paulo, sob a unção do Espírito Santo, como um médico capaz, diagnostica o mal que condena o homem pecador, mas apresenta, também, o remédio divino contra esse mal chamado pecado.

Para que tenhamos uma visão mais ampla sobre esta doutrina precisamos conhecer a essência do pecado conforme a Bíblia a apresenta. Existem palavras no Antigo e no Novo Testamento que mostram as várias facetas do pecado. As línguas originais da Bíblia, o hebraico e o grego, dão-nos vários significados acerca do pecado. Fundamentalmente, pecado no hebraico é"chattath" e no grego é "hamartia" - palavras que dão a idéia do pecado como "um mal moral", mas que, essencialmente, significam antes "errar o alvo". Entende-se, então, que o homem foi criado com um alvo específico, mas ao pecar, perdeu esse alvo.

Portanto, nesta carta, a doutrina do pecado é apresentada numa teologia realista em que os aspectos negativos e positivos da Justiça de Deus são colocados de modo prático na vida do pecador.

A IRA DE DEUS (1.18)

- Que é a ira de Deus? - É a reação natural e automática da santidade de Deus contra o pecado. Não significa que Deus se torna raivoso e furioso, nem tampouco significa alguma paixão que o provoque, à semelhança dos homens. Na verdade, Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Vários textos comprovam essa declaração: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Outro texto diz: "Mas Deus provou o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5.8). Esses dois textos declaram que Deus ama o pecador.

1. A santidade de Deus é a expressão de sua ira

Portanto, quando a ira de Deus se manifesta, é na verdade a sua Santidade que se levanta como uma barreira contra o pecado. Não que corra o risco de Deus ser alcançado ou afetado pelo pecado, mas porque sua natureza eterna e santa tem autodefesa. Deus é santo! Ele não precisa ser santo. A santidade nEle é um estado eterno, imutável e inconfundível. Na história da libertação do povo judeu do Egito destaca-se o seu líder Moisés. Quando Deus o convocou no monte Horebe e mostrou-lhe sua glória, Moisés temeu voltar ao Egito. Temia não ser acreditado nem aceito pelo seu povo. Por isso fez uma prova de Deus perguntando-lhe: "Eis que quando vier aos filhos de Israel, e lhes disser: - ‘O Deus de vossos pais me enviou a vós‘, e eles me disseram: - ‘Qual é o seu nome?‘ que lhes direi? E disse Deus a Moisés: ‘Eu sou o que sou‘. Disse mais: ‘Assim dirás aos filhos de Israel: Eu sou me enviou a vós‘" (Êx 3.13,14). Nesta identificação do "EU SOU" conhecemos aquele que não foi, nem pretendia ser, mas que é para sem¬pre. Ele é santo, três vezes santo, e nunca deixará de ser santo.

Portanto, sua ira é a barreira contra o pecado. É a muralha que impede a manifestação do pecado na sua presença.

2. A manifestação da ira de Deus

"Porque do Céu se manifesta a ira de Deus" (1.18). A manifestação da ira procede do Céu. - Que Céu é esse? -Não se trata do espaço entre o homem e o infinito. A procedência da manifestação da ira aponta para um lugar não-físico, mas um lugar onde Deus habita. "Do Céu" (1.18) para fortalecer o fato de que essa ira divina vem de cima.

"...se manifesta" (1.18) - A palavra manifestar signi¬fica neste texto revelar; ou resplandecer. Trata-se de uma manifestação literal. Não é fictícia nem simbólica. Sua realidade é conhecida na experiência humana.

"Sobre toda a impiedade e injustiça" (1.18) - A ira de Deus "se manifesta" para quê? ou por quê? O texto é objetivo e aponta para duas razões específicas:

a "impiedade" e a "injustiça". Quando a ira de Deus se manifesta contra ou "sobre toda a impiedade", refere-se à irreligiosidade do homem pecador. Significa a negação daquilo que é inerente ao homem, isto é, sua crença em Deus. Esse fato é indiscutível e inevitável dentro do ser humano. É natural que a ira divina reaja quando o homem nega o fato de Deus em sua vida, e muito mais, quando o homem deixa a piedade, isto é, sua religiosidade e se lança contra o seu próprio Criador. Negar a Deus é querer torná-lo mentiroso e viver como se Ele não existisse.

O texto acrescenta outra palavra, que é a injustiça, a qual significa deixar de fazer o que é reto. É o desvio premeditado para o pecado. É sair da rota divina e tomar o caminho da injustiça. Então aprendemos que a ira de Deus manifesta-se pela pertinaz rejeição a Deus. É a rejeição da luz reveladora da verdade.

O texto continua e acusa os homens que cometem a injustiça e a impiedade, de "que detêm a verdade em in¬justiça" (1.18). A verdade e a injustiça são detidas por aqueles que recusam a verdade. "Deter a justiça" significa reter, estorvar, aprisionar ou impedir que a verdade venha à luz. "Deter a verdade" significa impedir que ela tenha livre acesso para desenvolver-se. Significa estorvar pelo espírito do erro. A verdade deve encontrar caminho aberto e espaço livre para desenvolver-se na vida dos homens. Portanto, a ira de Deus manifesta-se contra aqueles que estorvam ou obstruem o caminho da verdade.

A RECUSA DO HOMEM À VERDADE (1.19-21)

Nestes três versículos nos deparamos com o homem evitando a verdade e rejeitando-a.

1. O conhecimento de Deus revelado na vida do ho¬mem (vv 19,20)

"Portanto o que de Deus se pode conhecer" (1.19). Indica que o conhecimento acerca de Deus é revelado na própria vida do homem, na natureza e em toda a criação. Diz mais o texto: "neles se manifesta" (1.19). É um fato inevitável no homem. Está manifesto na sua vida esse conhecimento. Confirma ainda mais o texto: "Porque Deus lho manifestou" (1.19). Isto prova que o homem pode ne-gar ou rejeitar esse conhecimento, mas não evitá-lo. No versículo 20, o apóstolo Paulo apresenta o tipo de conhecimento que o homem não deve evitar, mas, se o faz, é porque prefere viver dissolutamente. Se o homem disser que não conhece a Deus porque não o pode ver, por isso não existe, ele se depara com as obras manifestas de Deus: "Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas" (3.20). Como negar o fato da criação diante dos nossos olhos? Todas as formas de ateísmos se diluem diante das obras do Deus invisível. O mesmo versículo 20 termina com esta expressão: "...para que eles fiquem inescusáveis". - Que argumento levantará o homem no Juízo Final? - Nenhum! Pois todos os homens são inescusáveis diante de Deus. A negação da verdade tornasse um pecado irremediável diante de Deus.

2. O pecador, não glorifica a Deus, mesmo tendo-o conhecido (v 21)

"Porque tendo conhecido a Deus, não o glorificamos como Deus" (1.21). Este versículo não deixa dúvida. Ele afirma que o homem conhece a Deus e não pode fugir desse fato, mas o acusa por não conhecê-lo, mesmo sabendo que Ele é o Deus verdadeiro. O ato de dar glória neste texto re¬fere-se a reconhecer as obras de Deus.

3. O pecador não lhe dá graças (v 21)

"...nem lhe deram graças" (1.21) - A gratidão resulta de um coração sincero, que não detêm a verdade, nem a rejeita. Dar graças significa oferecer ao Criador o pleito de reconhecimento, pelo que Ele é e faz.

"...antes em seus discursos se desvaneceram" (1.21) -Isto é, Deus acusa os homens, não só por negá-lo, mas por lutarem contra Ele "em seus discursos" inflamados pelo pecado.

4. O pecador é insensato (v .21)

"...e o seu coração insensato" (1.21) - Diz respeito à falta de senso. A sensatez torna o homem prudente; ele mede as conseqüências de qualquer ação. Porém, quando o homem permite que "seu coração" se torna insensato, está tomando o caminho da destruição e do juízo. A insensatez cega o homem no sentido espiritual. Por isso, o texto diz: "o seu coração insensato se obscureceu". Quando a loucu¬ra domina os sentimentos do homem, ele se torna cego, obscuro. Não pode ver, nem sentir e nem agir inteligente¬mente. O pecado obscurece a mente e o espírito do homem quando ele rejeita a verdade e a luz de Deus. A verdade traz à tona o que está escondido. A verdade é luz que reve¬la o escondido no obscurecimento espiritual. A verdade li¬berta o homem. O pecado escraviza e prende. A verdade capacita o homem a reconhecer a Deus como Senhor e Criador.

DESORDENS FÍSICAS, MORAIS E ESPIRITUAIS (1.22-24)

Trágicas desordens na vida do homem foram provoca¬das pelo seu pecado de rejeição a Deus. A experiência hu¬mana testemunha esse fato. Quando o homem rejeita toda possibilidade de reconciliação com Deus, fica entregue à mercê da própria sorte!

O apóstolo Paulo destaca três principais desordens na vida do pecador que rejeita a graça de Deus:

1. (1.23) - A primeira desordem acontece nas relações do homem para com Deus. Essa desordem conduz o homem à idolatria, e esta é o maior pecado de rebelião contra Deus. Essa desordem está expressa no versículo 23, que diz: "E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis". Essa desordem provoca a manifestação da ira de Deus, isto é, a santidade divina abomina toda a idolatria. Esse pecado de idolatria ofende, também, a autoridade e o poder de Deus. Sua autoridade é incontestável e imutável. Quando o homem, conhecendo a verdade, se utiliza da idolatria, quer ferir a autoridade divina e anulá-la na sua vida. - E como subsistirá o homem sem Deus? - Não poderá!

2. (1.24) - A segunda desordem acontece na vida física do próprio homem. É a perversão de sua própria natureza. O homem se torna escravo de seus próprios desejos, os quais estão sob o domínio da força do pecado. Essa desordem está no versículo 24. A primeira parte do texto diz: "Deus os entregou às concupiscências de seus corações". A palavra "corações" refere-se aos sentimentos dos homens. Quando os sentimentos estão sob a tutela do pecado, eles pecam contra o espírito e são capazes de escravizar o homem com correntes carnais, conforme está exposto nos versículos 28 a 32.

3. (1.24) - A terceira desordem acontece nas relações do homem com o seu próximo. Diz o texto do versículo 24 no seu final:"...a imundícia, para desonrarem seus corpos entre si". Essa desordem para com o próximo mostra a perversão do coração do homem. Nos dias atuais, essa desordem, que acontece muito especialmente no aspecto sexual, está se tornando comum e aceitável no seio da sociedade. Admite-se hoje, com facilidade o que chamam de 3º sexo. Mestres de pornografia lançam o que está em seus corações, toda a imundícia e a perversão da criação divina. Deus criou o sexo como bênção e para a perpetuação das espécies. Porém, o pecado é o desvio do alvo divino, e ele penetra no coração do homem, escravizando-o ao mais baixo grau. Essa desordem resulta da rejeição do homem a Deus. É escolha dele e jamais poderá culpar alguém pela sua rejeição. No Juízo Final não escaparão, pois serão condenados, conforme já está predito: "Ficarão de fora os cães, e os feiticeiros, e os que se prostituem e os homicidas, e os idolatras, e qualquer que ama e comete a mentira" (Ap 22.15).

4. Conseqüências da rejeição a Deus (1.24-28) - Esses versículos indicam as conseqüências do pecado do homem, e se expressam com as palavras textuais: "Deus os entregou".

a) Primeira conseqüência: "Deus os entregou à imundícia" (1.24). Significa que, dada a rejeição consciente dos pecadores, Deus os entregou às garras dos sentimentos pervertidos, para que fossem lavados e varridos por seus impulsos pecaminosos. A palavra imundícia relaciona-se com toda sorte de pecados impuros, antinaturais. A expressão "Deus os entregou" deve ser entendida como: Deus desistiu de lutar por eles; não que não pudesse, mas porque preferiram o pecado a Deus. Distorções morais resultam desse estado, e o homem fica entregue aos poderes destrutivos de sua natureza pecaminosa. É nesse estado que o homossexualismo, a pederastia, o lesbianismo e outras formas pervertidas da natureza agem livremente. Quantos milhões de pessoas são escravas da imundícia!

b) Segunda conseqüência - "Deus os entregou às paixões infames" (1.26). O texto diz: "Deus os entregou às paixões infames". O homem sem Deus torna-se vítima dos mais degradantes apetites e paixões. O Novo Testamento mostra, nas Epístolas Gerais e mesmo nos Evangelhos, que o ceder aos desejos impuros resulta em escravidão, e conduz a paixões ainda mais pervertidas. Quando o homem tem Deus na vida, ele pode dominar sobre os desejos da carne.

c) Terceira consequência - "Deus os entregou a um sentimento perverso" (1.28). Significa que Deus os deixou à mercê de seus próprios sentimentos. O texto aponta a ra¬zão que levou Deus a deixá-los entregues a um sentimento perverso: "E por haverem desprezado o conhecimento de Deus" - eis a razão. Numa tradução do Espanhol, o mes¬mo texto aclara melhor a razão que diz: "E como eles não aprovaram ter em conta a Deus, Deus os entregou a uma mente depravada". Ter uma "mente depravada" significa a perda da capacidade para discernir as diferenças entre "bem e mal".

A origem etimológica da palavra hamartiologia

A doutrina do pecado é identificada como Hamartiologia. Essa palavra deriva de dois termos da língua grega, língua do Novo Testamento: “hamartia” e “logos”, que significam juntas “estudo acerca do pecado”. O termo “hamartia” tem, na sua etimologia grega, o sentido de “errar o alvo”. Portanto, o estudo acerca do pecado, como ato, estado ou condição, sugere que o pecado é “um desvio do fim (ou modo) estabelecido por Deus”.

Na Teologia Cristã, a doutrina do pecado ganha espaço porque o cristianismo representa a possibilidade de redenção do estado pecaminoso do homem. Três grandiosas doutrinas bíblicas ganham espaço na vida do homem, as quais são: a Doutrina de Deus, a Doutrina do Pecado e a Doutrina da Redenção. Existe uma relação essencial entre essas três doutrinas de tal modo que é impossível tratar do pecado sem tratar da Redenção e, naturalmente, ao tratar sobre Redenção, inevitavelmente a relacionamos com a sua fonte, que é Deus.

A questão do mal é tratada na Bíblia a partir do relato do livro de Gênesis sobre a Queda do homem. Esse relato descreve o princípio da tentação do homem e a sua concessão ao pecado, trazendo maldição à sua vida pessoal e a toda a Terra.

O pecado é um tipo de mal, porque nem todo mal é pecado. Existem males físicos conseqüentes da entrada do pecado no mundo. Na esfera física, temos um tipo de mal que se manifesta nas doenças. Entretanto, na esfera ética, o mal tem um sentido moral. É nessa esfera moral que se manifesta o pecado. Os vários termos hebraicos e gregos das línguas originais da Bíblia, quando falam do pecado, apontam para o sentido ético, porque falam da prática do pecado, ou seja, dos atos pecaminosos.

O pecado é, de fato, uma ativa oposição a Deus, uma transgressão das suas leis, que o homem, por escolha própria (livre), resolveu fazer (Gn 3.1-6; Is 48.8; Rm 1.18-22; 1Jo 3.4).

O Que é Pecado Original?

É o pecado herdado da desobediência de Adão e Eva. O primeiro homem, como representante da raça humana, corrompeu toda a humanidade ao transgredir a lei de Deus. O Senhor Deus ordenou ao homem:

"De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás, pois no dia em que dela comeres, certamente morrerás"

A mulher, dando ouvidos à serpente, comeu do fruto da árvore proibida e cometeu o primeiro pecado da humanidade. "Como semente gera semente da mesma espécie", nós, sementes de Adão, herdamos a natureza pecaminosa. Assim, "por um só homem entrou o pecado no mundo / pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". (Gn 2.16-17; 3.1-6; Rm 3.23; 5.12). A esperança é que se

"pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um, muitos serão feitos justos". (Rm 5.19).

O Pecado Original

O pecado original não é um assunto que é proeminente na teologia moderna, pois é contrária a grande parte das modernas crenças arrogantes, e conseqüentemente, nenhum pregador oportunista ousará apresentá-lo à congregação em que ele serve, a fim de não ofender as sensibilidades mais delicadas de um membro. Contudo, tem sido uma das doutrinas mais fundamentais e importantes das Escrituras, pois é o alicerce de muitas outras. Se não existe o pecado original, o homem não herdou natureza pecadora nenhuma, não há necessidade nenhuma de redenção do pecado e não há necessidade de um Cristo crucificado. Também as igrejas não têm nenhum trabalho para fazer, e tornaram inúteis muitas convicções e práticas cristãs.

Mas as Escrituras não deixam espaço algum para alguém negar essa doutrina grande que é muito importante, pois uma das primeiras revelações é com relação ao pecado original, e todas as Escrituras presumem a verdade desse conceito.

O pecado original não é um assunto que é proeminente na teologia moderna, pois é contrária a grande parte das modernas crenças arrogantes, e conseqüentemente, nenhum pregador oportunista ousará apresentá-lo à congregação em que ele serve, a fim de não ofender as sensibilidades mais delicadas de um membro. Contudo, tem sido uma das doutrinas mais fundamentais e importantes das Escrituras, pois é o alicerce de muitas outras. Se não existe o pecado original, o homem não herdou natureza pecadora nenhuma, não há necessidade nenhuma de redenção do pecado e não há necessidade de um Cristo crucificado. Também as igrejas não têm nenhum trabalho para fazer, e tornaram inúteis muitas convicções e práticas cristãs. Mas as Escrituras não deixam espaço algum para alguém negar essa doutrina grande que é muito importante, pois uma das primeiras revelações é com relação ao pecado original, e todas as Escrituras presumem a verdade desse conceito, e, aliás, se baseia.

Não podemos dar ênfase demais ao fato de que a raça de Adão, desde a queda do homem, está sob a maldição e pena do pecado. Todo homem que não é cristão está hoje sob esta maldição e pena do pecado. Não precisamos a prova Bíblica para afirmar que o homem é um ser depravado. A história da raça comprova isso. Nossa experiência comprova isso. Não há homem algum no mundo que não saiba que as inclinações do homem natural são para o mal. É uma luta andar em direção contrária. A tendência natural é para com aquilo que é mau. Isso se aplica a toda a raça humana em todas as partes. Ao considerar os ensinos de Gênesis 3, percebemos várias coisas apresentadas que mostram que o homem de fato caiu no Éden e que ele assim se tornou uma criatura totalmente depravada. Portanto, ele possui uma natureza pecaminosa por causa de seu pecado original, e essa condição foi transmitida a todos os descendentes de Adão, que estavam nele — em sua semente — no momento de seu pecado, e tiveram parte nesse pecado com ele. Observamos em Gênesis 3 as coisas seguintes:

I. HÁ IMPOSIÇÃO DE RESTRIÇÕES.

É evidente que deve ter havido algum tipo de imposição legal em Adão desde o começo, pois não teria sido possível que ele pecasse de outra forma. As Escrituras declaram a necessidade da lei de constituir um ato ou atitude como iniqüidade (iniqüidade é a transgressão de lei): “Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade.” (1 Jo 3.4). E de novo: “Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há transgressão” (Rm 4.15). E ainda de novo: “Porque até a lei [a entrega da lei escrita no Sinai estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei. No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão…” (Rm 5.13-14).


II. HOUVE INCITAMENTO À REBELIÃO.

E satanás, usando a serpente como instrumento, foi o agente nessa tentação: “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (Gn 3.1). Que Satanás foi a força incitadora nessa tentação é inquestionável, pois uma referência em Ap 12.9 o menciona como “o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás” Essa astúcia da serpente é citada em outras passagens também: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia…” (2 Co 11.3). “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11). Tanto “astúcia” quanto “ciladas” indicam uma sabedoria que se usa para o mal, e esse sentido descreve com precisão o diabo, pois em sua criação ele foi uma das criaturas mais sábias, mas perverteu sua sabedoria para finalidades malignas com seu orgulho e ambição: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ez 28.17).

Mas observe como Satanás começou a enganar o homem, e causou a queda dele de seu estado de inocência. Primeiro, insinuou-se dúvida acerca do que Deus queria dizer: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (Gn 3.1ss). Essa é uma forma bem comum de tentação, pois se o diabo puder fazer com que o homem questione o sentido ou aplicação de um dos mandamentos de Deus, ele fez muito progresso em induzir o homem a desobedecer a esse mandamento. Também, Eva só soube desse mandamento através de Adão, pois Deus não havia falado com ela sobre o mandamento, mas com Adão (Gn 2.16 17), e assim ela não estava em posição para disputar o assunto com a serpente; o que ela devia ter feito era encaminhar o assunto a seu marido, quem era o cabeça e aquele que tinha de fazer qualquer decisão que se precisasse fazer.

III. A REVOLTA INDUZIDA.

Bem disse alguém: “O pecado é a declaração do homem da sua independência de Deus.” Na verdade, em análise final tudo se resume a isso. É simplesmente uma questão da teimosia e egocentrismo do homem, em vez de submissão à vontade de Deus e ao mandamento de Deus. Conforme já dissemos, todos os demônios do diabo não poderiam forçar o homem a pecar; o diabo de fato o incitou a pecar, mas foi uma transgressão voluntária do homem, pela qual apenas ele tem de dar contas no tribunal final diante de Deus.

IV. A INTERVENÇÃO DA REDENÇÃO.

Por seu pecado o homem mereceu a morte eterna, mas Deus em Sua graça e misericórdia planejou a redenção; isso e mais, Ele a supriu antes da fundação do mundo. A queda do homem não pegou Deus de surpresa, pois a provisão da redenção do homem foi feita antes que o homem chegasse a existir, e assim antes que surgisse a necessidade. Assim está escrito que Cristo é “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Não só isso, mas também está escrito que “…nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.4).

A provisão de Deus envolvendo redenção antedata a existência do homem, e também a sua necessidade, mas foi proclamada imediatamente quando surgiu a necessidade, pois a primeira promessa acerca do Redentor que viria se registra em Gn 3.15: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”

O Pecado na Vida do Crente -

Os filhos de Deus geralmente não caem nos grandes e bem-conhecidos pecados, mas, segundo a Palavra de Deus, há pecados que elas cometem freqüentemente. Estes pecados são como pequenas raposas que estragam a uva (nossas vidas), tornando-nos infrutíferos.

Mas quais são estes pecados?

Aqui estão alguns deles.

1.     Saber fazer o bem, mas não fazê-lo (Tg 4.17). Deus nos manda repetidamente, que devemos fazer bem a todos, principalmente aos domésticos da fé (Gálatas 6:9,10; Tt 2.14; Mt 25.34,35). O Senhor Jesus foi um exemplo para nós, neste aspecto. Nós lemos em At 10.38 que "Ele andou fazendo bem." Quão devagar nós estamos no obedecer deste mandamento!

2.     Não orar pelos próximos (falta de oração). I Sm 12.23. Nós freqüentemente oramos por nós mesmos, pelos membros de nossa família, pela nossa igreja, mas nos esquecemos de orar para os servos do Senhor, para os missionários, para as doentes, pelos reis e por todos que estão em autoridade, e também para muitos outros (Ef 6.17,18; I Tm 2. 1,2). Este é uma das "pequenas raposas". Nós devemos orar por todos.

3.     O pecado de fazer decisões e seguir o nosso caminho sem fé (Rm 14.23). Sim, qualquer coisa que não esteja de acordo com a Palavra de Deus, não é de fé (Is 8.20). Muitos Cristãos decidem e fazem coisas, sem olhar às Escrituras para conhecer o desejo de Deus. Outros estragam suas vidas, com jugos desiguais ou amizades inconvenientes (2 Co 6.14). É uma pena!

4.    O pecado de fazer acepção de pessoas, ou o de agradar aos homens mais de Deus(Tg 2.1-9; Gl 1.10). Este pecado é comum em muitas igrejas. Mais cargos ou posições são dadas aos ricos e educados, do que às pessoas espirituais que não são ricas ou educadas. Tenha cuidado de não fazer acepção de pessoas.

5.     O pecado de não ser generoso com Deus (Malaquias 3:8,10; Lucas 6:38). Este é um fato em que, o povo de Deus não ofertam o suficiente a Deus. No tempo do Velho Testamento os Israelitas davam dízimos e ofertas a Deus. Agora, nós não damos metade disto. Muitos roubam a Deus dizendo, "Nós não estamos no tempo da Lei." Se no Velho Testamento os santos davam dízimos, poderíamos dar menos? Leia Gn 14.20; 28.22; Mt 23.23. Oremos para que o Senhor livra-nos deste pecado e nos ensine a dar assim como Ele nos mandou a dar (II Coríntios 9:6).

6.    Não buscar primeiro o Reino de Deus (Mt 6.33). Somente temos tempo para as nossas próprias necessidades. Trabalhamos duro para ganharmos mais, algumas vezes deixando de lado as reuniões por isso, mas não temos tempo para o estudo da Palavra de Deus; para orar, para visitar e praticar o evangelho diante os não salvos. Este é outro pecado que tem arruinado muitas vidas.

7.     O pecado de mentir (Cl 3.9). Muitas vezes mentimos sem saber o que fizemos. Nós cantamos com vozes altas, "Mais de Cristo", mas não temos a consagração real. Nós cantamos "Tudo Entregarei", mas a oportunidade vem para ofertar e damos muito pouco. Nós pregamos, mas não vivemos a mesma mensagem. Que aprendemos a sermos fazedores da Palavra (Tg 1.22).

8.    O pecado de não amarmos os nossos irmãos como o Senhor nos mandou a amar (Jo 15.12; Tg 2.8, I Jo 3.16,18). O Senhor freqüentemente nos disse, "Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós." (Jo 13.34; 15.12). Muitas vezes amamos apenas de boca, mas não pelas ações. Alguns amam apenas aqueles que os amam ou que estão próximos a eles, mas não têm nenhum amor por aqueles que são diferentes a eles. Que aprendemos a amar nossos irmãos como nos amamos a nós mesmos.

Podem pensar muitos que, uma vez que uma pessoa se torna crente, ela nunca mais peca. É uma verdade que aquilo que é nascido no crente não pode pecar e nunca vai pecar (I Jo 3.9; 5.18). Esse que é nascido é a natureza divina no crente. A natureza divina no crente não pode pecar, mas o crente pode. O pecado que o crente tem é ligado a ele por ele viver no mundo (I Jo 2.16) e ter o pecado ainda nos seus membros (Rom 7:23). Enquanto o crente está na carne, terá o problema do pecado (Mt. 26.41; "... o espírito está pronto, mas a carne é fraca."). Se não tivesse a possibilidade do crente ser influenciado pelo pecado, Davi não teria orado: "Expurga-me tu dos que me são ocultos." (Sl 19.12; 119.133) e nem teria dito: "O meu pecado está sempre diante de mim" (Sl 51.3). Jesus também não teria orado ao Pai que "os livres do mal" (Jo 17.15). Paulo tinha uma luta constante que o provocou a lamentar: "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?"(Rom 7:24).

É fato bíblico que o crente peca (Pv. 20.9; Ec 7.20) pois ele é fraco pela carne (Jo 3.6, "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito."). Tanto a realidade da presença do pecado na vida do crente quanto a nova natureza é vista claramente na doutrina da santificação que envolve a correção de Deus (Hb 12:5-13). Se não houvesse pecado na vida do crente, nunca haveria a correção. Se alguém que se acha crente não conhece a mão pesada de Deus que corrige seus filhos, levando-os para serem "participantes da Sua santidade" (Hb 12.10), esse tal não tem razão nenhuma de se achar salvo.

Mesmo que haja a capacidade de pecar, o crente é responsável por não pecar (I Ped 1:15, "sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver"; I João 2:1; "estas coisas vos escrevo para que não pequeis"). A possibilidade de pecar nunca é razão de desculpar a ação do pecado, mas uma forte razão de vigiar (Mat. 26:41) para que não entreis em tentação.

É verdade que quem está salvo, e quem tem essa nova natureza feita por Deus em Cristo, tem uma luta com o pecado (Gal 5:17; "e estes opõem-se um ao outro"; Rom 7:23; "que batalha contra a lei do meu entendimento"). Antes de ser Cristão, o salvo não tinha forças nenhumas para dominar o pecado (Rom 8:8). Em Cristo, o Cristão, por Cristo, tem o que é necessário para dominar o pecado (Mat. 26:41; Fil. 4:13; I João 4:4).

Por causa da confusão que existe sobre este assunto e as dúvidas que Satanás pode trazer à mente do pecador e ao crente, seria proveitoso estudar o que acontece e o que não acontece quando o crente peca.

1. Salvação é pela graça - NUNCA é merecida (Rm. 11.6; Ef 2.8,9).

2. Salvação é por Cristo - NUNCA pelo homem (Jo 3.35,36; 14.6; Rm. 5.6,8).

Em resumo é bom lembrar que é fato que o crente peca. Somente precisamos considerar as vidas de Abraão, de Jacó, de Moisés e de Davi para entendermos que os crentes pecam.

A única solução é a confissão e o abandono do pecado (2 Crôn. 7.14,15; Sal 51.1-4; Pv. 28.13; I Jo 1.9).

O Poder para Ser Servo Fiel é Destruído Para se ser um servo fiel para a glória de Deus são necessários as Suas bênçãos. Ser um servo fiel não é fruto da carne. Na carne não habita bem algum (Rm. 7.18). Só as bênçãos de Deus em uma vida produzem fruto que convém ser visto publicamente (Gl 5.22). Mas quando há presença de pecado na vida, como podem as bênçãos de Deus ser esperadas? Não podemos servir a dois senhores (Mt. 6.24). Se servirmos ao pecado estamos contra o Senhor (Mt. 12.30; Rm. 6:12,16). Se atendermos à iniqüidade em nossos corações, O Senhor não nos ouvirá (Sl 66.18).

Devemos esperar o poder do Senhor em nossas vidas quando o Senhor não é agradado por nós? Devemos esperar força para obedecer quando estamos vivendo contra o Senhor? Se Deus não nos ouve, devemos estar seguros em nossas vidas espirituais? Sem tais bênçãos, sem a força de Deus e de Seu ouvido nos dando atenção, podemos realmente esperar poder ser um servo fiel?

O servo fiel tem algo para ministrar aos outros. Ele continuamente conhece a beneficência, o juízo e a justiça na terra. Ele conhece que o Senhor é O Senhor (Jr 9.23,24). Ele tem constantemente a alegria e o gozo no seu coração que a Palavra de Deus produz (Jr 15.16). Ele bebeu naquele dia da fonte da água, que salta para a vida eterna e por isso tem o poder de Deus na sua vida (Jo 4.14; At 1.8). Este crente tem um relacionamento vivo que emana do seu andar com Deus. Mas, se o servo está praticando pecado, se tem mãos sujas, se não tem comunhão viva com o Senhor, como é que ele vai ter algo para proclamar ou pregar? Como é que o crente vai ser um servo fiel quando o céu parece fechado (Sl 34.16), o espírito parece morto (Sl 32.3,4) e as suas experiências estão confusas? Esse servo de Deus tem problemas sérios com ele mesmo, com o seu Deus e, conseqüentemente, com o mundo.

A solução é confessar o pecado (Sl 32.5) e ter uma vida íntegra com o Senhor e Salvador Jesus Cristo. Por se dividir a adoração de Deus com o louvor do mundo, o poder de Deus na vida é destruído, então, uma vida reta para com Deus é o que deve ser procurada para remediar a situação (Sl 15.1-5). A possibilidade de o crente ter a glória de Deus na vida e ter o poder para ser um servo fiel somente é conhecida com atenção exclusiva à Palavra de Deus (Js 1.7,8). Tendo um coração restrito a Deus e limpo de pecado, ânimo e poder de ensinar aos outros é lhe dado. (Sl 51.10-13). Apenas quando o crente busca primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, é que tem o de que necessita tanto na sua vida terrena quanto na sua vida espiritual (Pv 2.1-9; Mt. 6.33).

O SEU TESTEMUNHO CRISTÃO É PREJUDICADO
I Tm 1.19; Tg 3.13-18

Conforme Mt 5.14, nós somos "a luz do mundo". Isso quer dizer que nós refletimos Cristo, que é a Luz (Jo 8.12), ao mundo através das nossas vidas. Verdadeiramente o que os outros sabem de Cristo é conhecido pelas testemunhas que somos (Tt 2.5; Tg 3.13-18; I Pe 3.1,2). Por isso somos chamados "a luz do mundo", a candeia no velador e a cidade edificada sobre um monte (Mt. 5.14-16). Quando o pecado faz parte das nossas vidas cotidianas, o brilho de Cristo é diminuído, ou seja, o nosso testemunho de Cristo é danificado. O pecado é igual a algo que está entre nós e uma estrela. O brilho de Cristo não é visto mais.

Nosso corpo individualmente é o templo do Espírito Santo (I Co 3.16,17; 6.19). O corpo somente pode manifestar o que está por dentro dele. Se tiver pecado praticado por dentro, uma vida suja vai ser manifesta e não mais a glória de Deus. Outro problema já é desencadeado com uma vida suja no mundo. Representamos mal o nosso Salvador ao mundo. Começamos por provocar confusão a todos ao redor de nós. Dizemos que somos Cristãos, mas vivemos em pecado. Dizemos que Cristo é poderoso para nos salvar dos pecados, mas vivemos caídos no pecado. Assim como um instrumento musical dando um som estranho, nós provocamos confusão (I Co 14.7,8). O mundo ouve o que dizemos, mas examina as nossas vidas diárias. O mundo pensa, por causa das nossas vidas, que Cristo é falho.

Nós, como membros de uma igreja verdadeira, coletivamente, somos feitos o corpo de Cristo (Ef 1.23). Se os membros da igreja estão com pecado não confessado e abandonado, como é que Cristo vai ser visto pelo mundo como santo na assembléia? O mundo não precisa de uma testemunha com testemunho danificado. O mundo precisa ver a palavra de Deus representada através de uma vida santa para saber o que realmente significa a nossa pregação verbal. Por causa do dano que uma vida pecaminosa faz de Cristo, a correção de Deus pode ser exercitada com dureza (I Tm 1.19,20; I Cor 11.30), mesmo que a alma seja salva (I Cor 3:15,16).

A solução de pecado na vida é arrependimento a Deus. Isso inclui tristeza e abandono completo do pecado. Uma vez que o pecado é abandonado, o poder de Deus deve ser procurado para poder vencer o mal e para poder viver em submissão à vontade de Deus (Sl 139.23,24). Isso é o que o Apóstolo Pedro fez tornando-se um servo fiel (Mt. 26:75; Jo 21.17,19).

Se o pecado for contra um irmão, um arrependimento para com aquele irmão convém para consertar o testemunho diante do mundo e ser perdoado por Deus (Jó 42.8; Mt. 5.23,24)

Se o pecado for público, convém um arrependimento público. Somente assim terá um testemunho público restaurado (Zaqueu, Lc1 9.8)

Para viver um testemunho depois de danificá-lo, cuide bem com a sua submissão à Palavra de Deus.

"Com que purificará o jovem o seu caminho?

Observando-o conforme a tua palavra." Sal 119.9.

A Sua Posição no Céu é Determinada (Hb 11.32-35)

Se alguém for para o céu, será somente pela graça de Deus (Rm 5.15; 9.15,16; 11:6; Ef 2.8,9). Essa graça é motivada pelo amor de Deus por Seus eleitos (Jer 31:3; Efés 2:4-7). Quando falamos do céu, devemos enfatizar que o importante é conhecer Jesus Cristo no coração (Jo 14.6; Atos 4.12; I Co 3.11; I Tm 2.5,6). Nenhum Cristão pode receber mais Cristo ou mais Espírito Santo do que qualquer outro Cristão. Os Cristãos podem ter responsabilidades diferenciadas e serem usados de forma variada durante o seu tempo na terra, mas todos os crentes em Jesus Cristo receberão o céu de igual forma.

Todavia, a Bíblia revela que existem posições no céu ( Mt. 19.30; I Co 3.12; 15.41,42; Hb 11.35, "uma melhor ressurreição) tanto quanto há no inferno (Mt. 10.15; Ap 20.13).

No céu, essas posições são entendidas pela diferenciação dos galardões. Os galardões podem ser ganhos ou perdidos. Os galardões são coroas. Existem coroas da justiça (2 Tm 4.8), da vida (Tg 1.12), da glória (I Pe 5.4; I Cor 9.25) e são para serem lançadas aos pés de quem está no trono (Ap 4.9-11). Também entendemos que os Cristãos terão as suas obras julgadas pelo julgamento diante de Cristo (Rm 14.10; 2 Co 5.10). Este julgamento não é o julgamento geral dos incrédulos, mas é o julgamento em que as obras feitas pelo Cristão em vida serão julgadas.

A posição no céu é determinada pelo serviço a Cristo durante a sua vida terrestre (Hb 11.26, 35). As obras determinam as coroas que temos e nossa posição no céu (I Co 3.11-15). As obras feitas na força da carne findam-se em palha, feno e madeira, e serão queimadas ou perdidas. Perdendo os galardões, a posição no céu é determinada. As obras feitas na força de Deus para a Sua glória em amor nos dão ouro, prata e pedras preciosas e os galardões permanecem.

Devemos ter cuidado para que ninguém tome a nossa coroa (2 Jo 8; Ap 3.11), tal perda será causa de choro (Ap 21.4). A perda das coroas, pela infidelidade do Cristão na vida terrena, confunde a muitos. Pela perda das coroas, muitos entendem a perda da salvação. Mas a salvação é pela obra de Cristo e por isso é segura eternamente. As coroas são ganhas pela operação da graça de Deus em nossa vida Cristã na terra e determinam a nossa posição no céu. Podemos perder as coroas (1 Cr 3.15; Apoc 3.11), mas nunca podemos perder Cristo ou o céu (Jo 10.27-29). O Cristão nunca será separado de Deus (Rm 8.35-39). A solução para não perder os galardoes é não andar pela carne na vida Cristã (Gl 2.20). Uma vida piedosa "para tudo é proveitosa" (I Tm 4.8), e é a maneira pela qual fazemos as boas obras (Ef 2.10; Tt 3.8). Vivendo no Espírito (Gl 5.16), aplicando-nos mais e mais para viver conforme a Palavra de Deus é viver segundo o poder de Deus em Cristo, Quem nos apresentará diante de Deus irrepreensíveis (Jd 24).

A Sua Vida Terá o Castigo de Deus (Hb 12.5-11) Castigo, para muitos, é uma palavra feia. No contexto bíblico, em referência a uma ação de Deus para com os seus, ou dos pais para com os seus filhos, é uma ação de amor. É amor tanto para com a pessoa corrigida quanto pelos princípios de justiça e santidade mantidos em alto respeito. O castigo aplicado por Deus, para com os Seus, jamais é uma ação de rancor, malícia, ódio ou outra manifestação que emana de uma falta de amor.

A condenação dos pecados precisa ser feita (Ez 18.20, "A alma que pecar, essa morrerá"). Os que não têm os seus nomes escritos no livro da vida, os que nunca foram regenerados para serem filhos de Deus por Jesus Cristo, terão os seus pecados castigados no tempo do porvir no lago de fogo (2 Tess 1:8-9; Ap 20.11-15). Os que já foram regenerados por Deus têm seus pecados já castigados em Cristo (Is 53.4-6; Rm 5.6-8; 2 Co 5.21). A condenação eterna dos seus pecados foi levada em Cristo (Rm 8.1). Mas, mesmo assim, estes têm a sua desobediência corrigida em vida (Heb 12.5,6).

Este castigo (repreensão) dos filhos de Deus é para correção, e é marca de que é filho de Deus (Hb 12.7,8). Estes açoites vêm do Senhor (I Cor 11.32) e vêm para o bem (Rm 8.28, "para o bem"; Hb 12.10, "para nosso proveito, para sermos participantes da sua Santidade."). Deus pode usar os outros para estender a Sua correção (Mt. 18.15-17 - a igreja; Nm. 21.6 - situações; Juízes 3.3, 4 - pessoas que não conhecem a verdade) mas sempre vêm com a Sua direção. O castigo do Senhor é com o intuito de revelar o Seu amor (Pv. 3.12; Apoc 3.19, "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo"), e de limpar os Seus para Ele (Ef 5.26,27; Hb 12.9,11).

TANTO MAIS SUJEIRA FAZ, MAIS "CORREÇÃO" LEVA A solução é andar reto conforme a Palavra de Deus. Quando pecares, confessa-o (I Jo 1.9) e volta a observar os princípios deixados de obedecer (Sl 119.9; Apoc 3.19, "sê pois zeloso, e arrepende-te).

A Sua Vida na Terra Pode Ser Encurtada (Jo 15.1-3) Brincar com Deus nunca foi saudável. Deus deve ser obedecido com temor e reverência (Ec 12.13). O homem que peca, seja filho de Deus ou não, conhecerá a mão pesada de Deus. O filho de Deus conhecerá o castigo para trazê-lo à correção (Hb 12.5,6). Quem não é filho de Deus não conhecerá a correção, mas conhecerá a punição eterna que leva à glória de Deus por Jesus Cristo (Fl. 2.10,11; Lc 16.27,28). Podemos procurar esconder as nossas ações de pecado pelas desculpas, boas intenções ou pela ignorância, mas Aquele que conhece os corações agirá com justiça e Ele não depende de nossas explicações. A correção de Deus para quem está em Cristo e insiste no pecado, pode resultar em morte precoce? (Jo 15.2), "Toda a vara em Mim, que não dá fruto, a tira"). A punição para quem não está em Cristo não é outra; "será lançado fora, como a vara, e secará; e a colhe e lança-a no fogo, e arde." (Jo 15.6). Em vez de brincar com pecado, devemos arrepender-nos dele e correr à misericórdia de Deus, que foi revelada em Cristo. Há casos bíblicos de morte de crentes que insistem no pecado. Em Efésios, onde Timóteo estava pastoreando (I Tm 1.3), Himeneu e Alexandre foram dois que não conservaram a fé e a boa consciência e fizeram naufrágio na fé. Eles foram entregues a Satanás "para que aprendam a não blasfemar" (I Tm 1.19,20; 2 Tm 2.16-19; II Tm 4.14). A instrução do Apóstolo Paulo para os crentes em Corinto, que insistiram no pecado, era para serem entregues a Satanás, não para a destruição da alma, mas, sim, do corpo (I Co 3.12-16; 5.1-5). Há o caso dos crentes que não procuraram o perdão para serem sérios na prática da sua confissão e foram afligidos com doenças e até alguns morreram (At 5.1-10; I Co 11.28-31).

Deus quer que Seu povo seja santo. Aquele que está oprimido pelo seu pecado e cansado dele, está instruído a tomar o jugo de Cristo e a aprender dEle (Mt. 11.28-30). "Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem?

Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem o engano.

“Aparta-te do mal, e faze o bem; procura a paz, e segue-a.” Sl 34.12-14

COMO TER A VITÓRIA DO PECADO

Por vivermos em um mundo onde o astuto Satanás é o príncipe das potestades do ar (Ef 2.2); por não temos que lutar contra a carne e o sangue (Ef 6.12); por termos um coração enganoso mais do que podemos conhecer (Jer 17.9) e pelos efeitos destrutivos que o pecado faz na vida do crente, (nos estudos acima) devemos ser perspicazes sempre.

Devemos ser atentos. Em toda hora temos que estar cuidadosos, pois o diabo não cessa de perturbar os retos caminhos do Senhor (Atos 13.10). Ele é como um leão faminto, buscando a quem possa tragar (I Pe 5.8) destruindo com mentiras e homicidas desde o começo (Jo 8.44). Quando deixamos de ser prudentes como devemos ( Mt. 10.16), ou quando cessamos de olhar e vigiar em oração (Mt. 26.41; Mc 13.33; I Ts 5.8; I Pedro 5.8), deixamos de sair pelo escape que Deus dá justamente para podermos suportar as tentações e ardis de Satanás (I Co 10.13). O Pedro deixou de ser atento em uma só ocasião e caiu na tentação de confiar na carne (Jo 13.37; 18.17,25-27). Esta única vez por não vigiar bem trouxe para ele um choro amargo naquela hora (Mt. 26.75) e um testemunho mau que dura até hoje. Por causa da natureza sutil, enganosa e destrutiva do pecado, não temos opção nenhuma para ter a vitória senão de sermos atentos em todo o tempo.

Devemos ser experientes também. Não devemos dar-nos o luxo de pensar que o que aconteceu uma vez não pode acontecer outra vez. Cada um de nós tem "o pecado que tão de perto nos rodeia" (Hb 12.1), ou seja, uma tentação que Satanás usa repetidas vezes em nossa vida para nos fazer presa dele. Talvez, pela graça de Deus, tenhamos a vitória em vários casos de tentação neste pecado, mas, para continuarmos a ter a vitória, devemos lembrar que Satanás não dorme, e somos aconselhados a não dormir também (Luc 21:34-36). O ato de Abraão mentir sobre a mulher várias vezes (Gên. 12:10-20 - 20:1-5,12,13) é prova que devemos ser experientes. Pedro negou não uma vez somente, mas três vezes (João 13:37; 18:17, 25-27). Cabe a nós reconhecer os sintomas e não sermos ingênuos. O que aconteceu a um outro, pode acontecer conosco também.

As tentações são humanas (I Cor 10.13). O que aflige nossos irmãos cristãos, pode nos afligir também (I Pedro 5.9). O que aflige os do mundo pode nos afligir também, pois temos corações enganosos e as mesmas paixões (Atos 14.14,15). Cristo instruiu os discípulos a lembrar-se "da mulher de Ló" (Lc 17.28-32) para que eles fossem prudentes. Paulo lembrou Timóteo de Himeneu e Alexandre (I Tm 1.19,20) para que retivesse a fé e a boa consciência, querendo que ele fosse experiente. Nós temos a Bíblia em nossas mãos e ela foi escrita para nosso ensino (Rm 15.4). Não há razão de sermos inexperientes. Podemos e devemos aprender com os problemas e com as situações anteriores que provocaram o pecado, tanto em nossas vidas quanto na vida dos outros. O escape da última vez pode ser o mesmo que precisamos em contínuo. Resistir devemos, mas não na carne. Temos que resistir firmes na fé, (I Pedro 5.6-9) sujeitando-nos melhor a Deus (Tg 4.7,8).

Se queremos mesmo ter a vitória sobre o pecado devemos ser santos. Devemos guardar os nossos corações (Pv. 4.23-26) porque dele procedem as fontes da vida. Os que observam a Palavra de Deus para praticá-la em suas vidas diárias são os que podem resistir nas tempestades que certamente virão na vida de cada um de nós (Mat. 7:24-27). Uma vida que tem a armadura de Deus é uma vida pronta para ter a vitória sobre as ciladas do diabo, (Efés. 6:11-18). A armadura de Deus é tida somente se está convertido e é ativada pelo uso (Efés. 6:18, "orando em todo o tempo"). Somente os que manejam bem a Palavra de Deus não precisam de se envergonhar (II Tim 2:15). Apenas os que estão chegados a Deus (Tiago 4:8) vão lembrar de lançar sobre Ele toda a ansiedade na hora de aperto (I Pedro 5:7). Sendo espiritual na hora da tentação podemos desviar-nos do mal, tiramo-nos do meio do mal, sustentar-nos na aflição e moderar as nossas reações para não complicarmos mais a situação.

Há perigo no pecado para qualquer pessoa, mas especialmente para o crente. Para vos afastares do pecado, chegai a Deus. Tendo feito tudo para resistir, sede firmes.

"Alegrai-vos na esperança
Sede pacientes na tribulação
Perseverai na oração" (Rm 12.12)

Tentado não cedas;ceder é pecar; melhor e mais nobre; será triunfar; coragem oh crente; domina o teu mal; Deus pode livrar-te; de queda fatal.


Antropologia
(Doutrina do Homem)

Texto base I João 2.9-22; Cap.3.7-12 e Eclesiastes 12.1-8

A antropologia estuda o homem na sua totalidade, como um ser fisiológico, psicológico, social, racional, emocional e histórico. Mas, pouco se pode dizer no aspecto metafísico, transcedente. Como somos além do corpo físico? Existe algo a mais no interior humano?  Se existe, o que é? Como é? Por que existe? Há aqueles que entendem que o ser é formado de apenas dois elementos, o físico e o espiritual. Sendo que o espiritual e o psicológico são a mesma coisa, ou seja, alma e espírito são expressões diferentes porém tratam de um mesmo assunto. Estes que assim entendem são chamados de dicotomistas. A dicotomia, portanto, afirma que não há diferença alguma entre o espírito e a alma humana. Examinando a Bíblia com essa perpectiva dicotômica não consigo compreender algumas quetões de suma importância, como a questão do novo nascimento, da salvação, do enchimento do Espírito, da luta entre a carne e o espírito, etc. O médico trata o corpo humano, o psicólogo da psique humana (da alma), mas secularmente quem trataria do espírito humano? A resposta para essa questão é bastante vaga, mas, muitos reponderiam que a religião deveria cuidar desse aspecto da vida humana.
O cristianismo, ao meu ver, dá a melhor resposta a alma sofrida e ao espírito com relacionamento rompido com O Criador. O livro de Romanos afirma que todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus. Esse rompimento com a Glória divina aconteceu no Jardim do Eden quando Adão e Eva decidiram ter uma vida independente do seu Criador. Não se contentaram em ser semelhante a Deus, mas almejaram ser deuses decidindo que preferiam escolher entre o bem e o mal a obedecer a Deus. As consequências desse ato trouxe muitas deformidades ao ser humano, no caráter, na integridade física, no relacionamento com o Criador, no relacionamento com o outro, e principalmente a morte espiritual imediata, pois separar-se do doador da vida significa associar-se à morte. Portanto, morte é a separação entre o espírito humano e o Espírito de Deus, pois, Deus é Espírito.
Comer da Árvore da Vida já não era mais possível, assim sobrou a Árvore da Morte como alimento, até que do alto fosse enviado o Pão da Vida, ou seja, a Árvore da Vida voltou aos homens. Mas, ainda é opcional. Só come desse Pão quem quiser. Não é obrigatório.
O Novo Nascimento acontece quando passamos a nos alimentar desse Pão da Vida. Nosso espírito que estava morto, separado, agora passa a estar religado (religare) a Deus por meio do Filho Jesus (Romanos 8.16).
Agora que decidimos por Cristo, o Espírito Santo nos constrangiu e nos trouxe ao arrependimento, somos novos seres espirituais, não nascido da carne, mas do espírito.
Ao receber Jesus em nossos corações, nós passamos a ser novas criaturas.
Algo acontece dentro de nós. Não entendemos, nem podemos ver ou perceber: É o novo nascimento. João 3. 6-8.
O Novo Nascimento acontece em nosso espírito.
Como esse novo nascimento não está na esfera da alma (razão, vontade e emoções), logo não podemos ter percepção do que acontece!

O que é a alma? Qual a diferença entre alma e espírito? O que é o ser humano? Vejamos:

PRIMEIRAMENTE VAMOS ENTENDER: O SER HUMANO NA SUA TOTALIDADE
Nós fomos criados por Deus à sua imagem e semelhança. Gn.1.26
Deus é uma trindade, e assim também nos fez. Com algumas importantes diferenças:
Deus é tri uno, ou seja, três pessoas distintas em um só Deus.
As pessoas não são três pessoas em uma, mas, sim de três elementos constitutivos:
O ser humano em sua constituição é formado por: (I Ts.5.23)
1 – Corpo; 2 – Alma e 3 – Espírito.
Jesus teve Corpo, Alma e Espírito – Hb.10.5; MT.26.38 e Lc.23.46.
Ou seja, duas partes imateriais, e uma parte material, visível, que é o nosso corpo.

I - O CORPO, TODOS JÁ CONHECEM, MAS VAMOS A ALGUNS DETALHES:
O corpo humano é a casa, morada da alma e do espírito. Templo do Espírito Santo (I Co.3.16,17).
Através do corpo é que experimentamos as sensações do mundo externo.
Através dos cinco sentidos nós somos conectados à nossa alma.
Isto pode ser BOM ou Mau. Depende do uso que se faz, e do padrão moral de cada um. O nosso padrão moral é Jesus.
Que são: Paladar; Visão; Audição; Olfato e Tato (Alguns alegam que há o sexto sentido, isto não é verdade) Mas, se fosse certamente não estaria no corpo, mas sim na alma.

1 - Visão: I Jo.2.16 (concupiscência dos olhos)
A Bíblia diz que a Visão é a janela da Alma no Corpo. Ec.12.3 - (Eva pecou pelos olhos)
A maioria dos pecados entram pelos olhos, principalmente os sexuais.
Por isso devemos vigiar nossos olhos (Sl.101.3). Pois, pela janela pode entrar o ladrão (Satanás).
Tipos de olhos: Altivos Pv 6.17. Malignos Pv 23.6. O olho mau Mt 6.23. Olhos que zombam de pai e mãe Pv 30.17. Olhos cheios de adultério 2 Pe 2.14.

2 - Paladar:
A Gula (glutonaria) é um pecado que se dá pouca importância, mas é muito sério. Gl.5.21 – Diz: que os que praticam a gula, não herdarão o Reino de Deus.

3 - Tato:
O tato desperta sensações de desejo, de cobiça, de frio, de calor, de dor, etc.
O desejo pode levar a uma cobiça desenfreada. Que descontrolada pode levar até ao estupro.
A união do tato com a visão é o caminho mais curto para o pecado. Por isso o toque é bom, mas pode ser muito pernicioso.

4 - Audição:
Os rapazes já sabem que as meninas gostam de ouvir elogios, de ouvir galanteios.
Isto é normal. Até na natureza os animais demonstram seus instintos reprodutivos, sexuais, através de cantos (pássaros), de plumagens (pavão), de masculinidade (guinús, os leões marinhos,etc)
Os humanos não são tão diferentes dos animais, pois necessitam reproduzir-se.
Também tem seus códigos de flerte:
O sorriso, o charme, o olhar, mas principalmente as palavras aos ouvidos podem provocar esses instintos de preservação da espécie.
Mas, também, podem ser usadas para enganar, para ludibriar.
O Maligno sabe muito bem utilizar este sensor para transtornar a alma e o espírito com músicas de procedência maligna, como: O Rock e Músicas sensuais que despertam o desejo.
O motoboy “Francisco de Assis” assassino do parque, disse a um repórter que sua estratégia era dizer o que as moças gostavam de ouvir.
Cuidado meninas. Tem mentiroso demais por aí. Vão tentar te enganar. “Te amo! Sou louco por você!”, mas o que ele quer é outra coisa.
A racionalidade do homem o torna ardiloso, velhaco, até mentiroso para conseguir seus intentos. Mas, responsabilidade não querem.

5 - Olfato:
De todos o menos requisitado. Mas, quem gosta de namorar alguém que cheira mal?
Os perfumes podem insinuar sensualidade, e despertar o desejo. Daí ao pecado é um pulo.
Os pecados de glutonaria e embriaguez são estimulados pelo o paladar e o olfato (Lc 21.34).

II - A ALMA - VEM DO HEBRAICO “NEPHESH” E DO GREGO “PSYCHE”.
Tudo que a alma conhece, os prazeres e toda dor, só são possíveis devido ao nosso corpo. O corpo passa à alma todos os estímulos, as sensações, todo prazer e até mesmo a dor.
O corpo é o agente externo da alma. Ele nos põe em contato com o mundo exterior.
A alma é a sede das nossas emoções, da razão e da vontade. Juntas formam a personalidade humana (a alma).
A Emoção - O coração é a sede das emoções. O coração é a oficina da alma, aBíblia quando falado coração, ela não se refere ao órgão musculo mais a consciência, mente ou entendimento do homem,Romanos,12:1-2.
A emoção milita contra a razão, quando esta é deixada sem controle.
A Bíblia ensina que os jovens devem ser MODERADOS.(Tt.2.6-8)
Nem toda emoção é maléfica. A alegria é uma boa emoção. O medo é uma boa emoção quando nos preserva a vida, mas quando ultrapassa os limites da razão se transforma em pânico, terror.
A emoção é bombardeada constantemente por agentes externos de Satanás, que querem escravizá-la. Um dos meios para isto são as drogas. As drogas submetem a emoção, e reduzem a vontade a mera geradora de satisfação.
A Vontade – O desejo (Gr. Epithumia), a cobiça é um impulso da vontade. A vontade pende para a emoção, pois é mais gostoso, dá mais prazer. A vontade do ser é sempre a satisfação.
Os sonhos atuam diretamente na vontade. Compelem a agir em busca de sua realização.
Porém, quem deve ser o carro chefe é a razão. O comando deve ser da razão, mas também deve-se dar ouvidos ao coração com cautela.
Muitos casamentos não dão certo porque são governados pelas emoções e vontade.
(Rm.7.15 – 8:16 Leia) Paulo está em luta contra aquilo que sua carne, seu corpo, tem fácil acesso, isto é o prazer que a sua alma já conhece. Veja que aqui a Alma de Paulo se associou a seu corpo para tramarem contra o seu espírito.
(Gálatas 5:17) Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.
A grande disputa de Satanás hoje é por sua alma.
A alma é imortal. O corpo é pó, e para o pó voltará (Ec.12.7).
Mais vale uma alma do que tudo o que há no mundo (Mc.8.36,37).
Quando o corpo perece a alma se retira. (I Re 17.21,22)
Emoção e instinto trabalham juntos no flerte para encontrar o par desejado. Mas, vc não é dirigido por instintos, mas sim pela razão, então cuidado.
Todos os sentimentos que existem já existiam antes da queda, até mesmo o ódio. Tanto que quando nos convertemos não adquirimos nenhum sentimento novo e também não perdemos.
O ódio em si não é um sentimento ruim. O pecado o distorceu e o conduziu para o mal.
O ódio seria aversão. O justo odeia a palavra mentirosa (Pv13.5).
A Razão – é a parte lógica do ser. A sobriedade, nitidez de raciocínio, a Lógica, e as Decisões da Vida deveriam ser orquestrados pela Razão.
O ser espiritual não deveria ser controlado por sua alma, mas por seu espírito. Porém, não sem a atuação da razão, emoção e vontade.

III - ESPÍRITO HUMANO – VEM DO HEBRAICO “RUACH” E DO GREGO “PNEUMA”.
Espírito é o fôlego da vida que Deus soprou no homem.
O espírito humano é de Deus, mas não é Deus no homem. (Isto é gnosticismo)
O espírito humano (na conversão) ganha vida diante de Deus, é o novo nascimento. (Rm.8.16)
É nessa dimensão que nós adoramos a Deus. (Jo.4.23,24).
O espírito nos conduz em santidade e retidão orientando a alma a tomar as decisões certas. (Sl43.5) O salmista diz que sua alma deveria esperar em Deus. É de lá que vem a solução, a orientação, das regiões celestiais. (Ef.1.3)
O espírito nos diferencia dos animais, pois os animais não podem se relacionar com Deus.
Mesmo a alma dos animais difere da alma dos homens, pois a razão, não está presente nos animais. Um animal não raciocina à semelhança do homem. Suas decisões são por instinto ou sugestão.
No espírito que temos experiências com Deus.
O falar em línguas estranhas acontece na esfera espiritual. Quem fala, na verdade, é o espírito humano e não o Espírito Santo (I Co.14.2,14,32).
Falar em línguas é para edificação pessoal, e não para edificação coletiva. Edificação coletiva é através da pregação, da profecia, do ensino.
Quando se profetiza, se prega, ou se ensina, o espírito humano recebe do Espírito Santo a revelação de Deus e o servo de Deus edifica a todos na Igreja.
O espírito humano tem duas faculdades: 1 – Consciência e 2 – Fé.
A fé não se alicerça na razão (alma), mas sim no espírito humano.
A consciência é tocada pelo espírito, se este estiver em sincronia com o Espírito Santo, mas pode ser cauterizada (Tt.1.15) se a alma tomar a direção do ser humano (I Tm.4.2). O coração humano é traiçoeiro. Jr.17:9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?
Como podemos ouvir a voz do Espírito Santo, assim também podemos ouvir espíritos enganadores(I Tm.4.1).
O espírito trava uma luta com a carne, para te conduzir (corpo,alma e espírito) a Cristo.

IV. A ORIGEM DO HOMEM

A partir do século XIX iniciaram-se movimentos científicos e filosóficos que questionavam o surgimento do homem. Até então se aceitava que o ser humano foi criado por Deus, mas, tendo na pessoa do inglês Charles Darwin o seu maior defensor, começou a surgir a teoria da Evolução das espécies.

Esta teoria diz que o ser humano é resultado de uma série de evoluções de uma “sopa” orgânica que se formou na terra, bilhões de anos atrás. Nesta “sopa” formou-se o primeiro ser unicelular. Daí em diante ele passou a ficar mais e mais complexo, passando de uma só célula para um ser pluricelular. Surgiram os peixes, depois os répteis, anfíbios, pássaros, mamíferos e por fim o homem das cavernas. Tudo isso num processo extremamente lento.

O que nenhum cientista conseguiu até hoje foi encontrar o “elo perdido”, ou seja, o animal de transição. Uma vez que um peixe virou um pássaro era de se esperar encontrar fósseis de um peixe com penas, ou de um pássaro com barbatanas e guelras.

Outra dificuldade para os evolucionistas transporem é que de acordo com a 2ª lei da Termodinâmica, tudo, literalmente tudo no Universo caminha para o caos. Se a teoria da Evolução fosse verdade, tudo deveria caminhar para a perfeição, para a complexidade.

A) Tipos de teorias evolucionistas:

Evolução ateísta -
Vê a geração espontânea como a causa original.

Evolução teísta -
Vê um poder divino como a causa original e a força diretriz.

Ambas podem incluir variações acidentais, seleção natural e transmissibilidade de características adquiridas.

B) Criacionismo:

A evidência da revelação bíblica -

a– Extensão da evidência. Embora a Bíblia não seja um livro de ciência, sempre que menciona um fato cientifico registra-o sem erro.

b– Autoridade da evidência. Tudo que a Bíblia apresenta como verdade tem autoridade divina.

Os fatos da evidência -

a– Bara’ é usado em Gn 1.1, 21, 27

b– A palavra dia é usada em relação ao nosso atual período de 24 horas, e é usada também para período mais longo de tempo.

c– A criação é apresentada como fato histórico em muitos lugares das Escrituras (Ex 20; Sl 8; Mt 19; Hb 4).

d– O começo do primeiro dia ocorre em Gn 1.3. O versículo 2 pode envolver um enorme período de tempo.

e– As eras geológicas podem ter ocorridos devido a uma catástrofe (relacionada ou não à queda de satanás) depois da criação inicial, ou podem ter sido causadas pelo dilúvio.

A teoria da seleção natural das espécies é contrária ao que ensina a Bíblia Sagrada.

Esta teoria diabólica que incorpora o pensamento panteísta (Deus é tudo em todos) é a negação do Deus criador de todas as coisas. "NO PRINCÍPIO CRIOU DEUS OS CÉUS E A TERRA". É assim que inicia o primeiro livro da Bíblia, Gênesis, escrito por Moisés.

Com a Sua palavra, Deus criou a luz, as águas, o firmamento, a parte seca (a terra), a relva e árvores frutíferas para "darem frutos segundo a sua espécie"; depois produziu os astros luminosos para iluminarem a terra; produziram os peixes e as aves, segundo suas espécies; produziu Deus os animais domésticos, répteis e animais selvagens conforme a sua espécie.

"Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os animais domésticos, sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra. Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se alma vivente.

Assim Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. Viu Deus que tudo o que tinha feito, e que era muito bom" (Gênesis 1 e 2).

"Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva" (1 Tm 2.13).

Como vimos, depois de fazer a terra e os céus, Deus criou as matas, as árvores frutíferas, os animais, e, enfim, o homem.

O sopro de Deus no homem formado do pó representa que a vida é um dom de Deus; que o homem foi criado para ser moralmente semelhante a Deus, como expressão do seu amor e glória; para ter permanente comunhão com Deus.

Portanto, não tem respaldo das Sagradas Escrituras a afirmação de que a alma humana encontrou morada primeiramente em animais, e que o homem é conseqüência de uma seleção natural das espécies.

O Senhor Jesus legitima o livro de Gênesis, ao dizer: "Não leste que no princípio o Criador os fez macho e fêmea"?

Como poderia a alma humana, nascida do sopro de Deus, haver se instalado no macaco, criado antes do homem? Por que então afirmar que espiritismo e cristianismo ensinam a mesma coisa? Proselitismo, engodo, mentira, hipocrisia ou leviandade? Moisés teria escrito uma asneira?

Mas como, se o espiritismo diz que Moisés foi a Primeira Revelação de Deus? Se as revelações de Deus não sabem o que afirmam ou mentem, a Terceira Revelação, o espiritismo, seria uma exceção?

V. A PARTE MATERIAL DO HOMEM (CORPO)

A) Sua criação:
(Gn 2.7 e 3.19)

B) Suas designações:
Corpo (Mt 6.22)
Carne (Gl 2.20)
Corpo de humilhação( Fp 3.21)
Vaso de barro( 2Co 4.7)
Templo do Espírito Santo (1Co 6.19)

C) Seu futuro:
Todos os homens serão ressuscitados dos mortos (Jo 5.28,29). Os não-redimidos serão ressuscitados para uma existência eterna no lago de fogo (Ap 20.12,15), e os remidos, no céu.

VI. A PARTE IMATERIAL DO HOMEM (ALMA E ESPÍRITO)

"Qual a diferença entre a alma e o espírito do homem?" Resposta: Qual a diferença entre a alma e o espírito? A palavra “espírito” se refere somente à faceta imaterial do homem.

A humanidade tem um espírito, mas nós não somos um espírito. Entretanto, segundo as Escrituras, somente os crentes, aqueles onde o Espírito Santo habita, são “espiritualmente vivos” (I Co 2.11; Hb 4.12; Tg 2.26). Os não-crentes são “espiritualmente mortos” (Ef 2.1-5; Cl 2.13).

Nos escritos de Paulo, o “espírito” era de central importância para a vida espiritual do crente (I Co 2.14; 3.1,15.45; Ef 1.3; 5.19; Cl 1.9; 3.16).

O espírito é o elemento no homem que dá a ele a capacidade de ter um relacionamento íntimo com Deus. Sempre que a palavra “espírito” é usada, se refere à parte imaterial do homem, incluindo sua alma.

A palavra “alma” se refere não apenas à parte imaterial do homem, mas também à parte material. O homem tem um espírito, mas é uma alma. Em seu mais básico significado, a palavra “alma” significa “vida”.

Entretanto, a Bíblia vai além de “vida”, estendendo-se a muitas áreas. Uma delas é o desejo do homem de pecar (Lc 12.26). O homem é mau por natureza, e como resultado, tem a alma contaminada. O princípio da vida é removido no momento da morte física (Gn 35.18; Jr 15.2).

A “alma”, como o “espírito”, é o centro de muitas experiências espirituais e emocionais (Jó 30.25; Salmos 43:5; Jr 13.17). Sempre que é usada a palavra “alma”, pode se referir à pessoa como um todo, viva após a morte.

A “alma” e o “espírito” são parecidos na maneira pela qual são usados na vida espiritual do crente. Eles são diferentes em sua identidade. A “alma” é a visão horizontal do homem com o mundo. O “espírito” é a visão vertical do homem com Deus.

É importante compreender que ambos se referem à parte imaterial do homem, mas somente o “espírito” se refere à caminhada do homem com Deus. A “alma” se refere à caminhada do homem no mundo, tanto material quanto imaterial.


A)    Sua origem:

Gn 2.7

B) Sua característica:

“Imagem e semelhança de Deus”. O estado original de Adão era de santidade recebida, mas não confirmada. Ele perdeu este estado com a queda, mas o homem ainda retém vestígios da imagem e semelhança de Deus. (1co 11.7; Tg 3.9)

C) A transmissão da parte imaterial do homem:

B)    Teoria da pré-existência.

As almas de todos os homens foram criadas por Deus no início do universo e são individualmente encerradas em corpos.

Criacionismo.

A alma do homem é criada por Deus quando seu corpo nasce.

Traducianismo.

A alma é transmitida por geração natural, tal como o corpo.

D) As facetas da parte imaterial do homem:

Alma.
A alma diz respeito à vida pessoal, ao indivíduo. Tem emoções (Jr 31.25) e guerreia contra as paixões da carne (1 Pe 2.11).

C)    Espírito. Este termo é relacionado aos aspectos mais elevados do homem (Rm 8.16). Todos os homens têm espírito (1 Co 2.11). O espírito também pode ser corrompido ( 2 Co 7.1). Embora haja distinção entre alma e espírito, ambos são facetas da parte imaterial do homem. Coração.

O coração é o conceito mais amplo de todas as facetas da parte imaterial do homem. E a sede da vida intelectual, emocional, volitiva e espiritual do homem (Hb 4.12; 4.7; Mt 22.37)

Consciência.

A consciência é uma testemunha interior que foi afetada pela Queda mas que, apesar disso, pode ser um guia seguro ocasionalmente (1Pe 2.19; Hb 10.22)

Mente.

A mente é aquela faceta imaterial do homem na qual está centralizado o entendimento. A mente foi afetada pela queda mas pode ser renovada em Cristo (Rm 12.2).

Carne.

Quando o termo carne significa natureza pecaminosa, refere-se também a um aspecto da natureza imaterial do homem. É completamente corrupta e não pode ser renovada, mas será erradicada na morte.

VII. A QUEDA DO HOMEM

A) Atitudes para com Gênesis 3:

O ponto de vista liberal.

Uma lenda, um quadro geral de religião e moral à luz de um período posterior.

O ponto de vista neo-ortodoxo.
Mito, história primitiva, supra-história ou “mito verdadeiro”. Os barthianos consideram o relato não histórico, mas sua realidade espiritual verdadeira; i.e., verdade sem fato (se isto for possível)

B) Prova:
A proibição de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal era, em última instância, uma prova de obediência à vontade revelada de Deus.

C) A queda:

Em primeiro lugar, satanás tentou fazer com que Eva duvidasse da bondade de Deus porque Ele lhes vedara acesso a uma árvore (Gn 3.1, “toda”).

Depois, satanás ofereceu a Eva um plano substituto, que permitia comer do fruto sem sofrer a penalidade (vv. 4,5).

Eva justificou antecipadamente seu ato de comer o fruto (v. 6).

Por fim, Eva comeu e Adão a seguiu.

D) As penalidades:
Sobre a serpente.
Gn 3.14
Sobre satanás. V.15

a– Inimizade entre as hostes do mal e a descendência da mulher.

b– satanás teria permissão de infligir a Cristo uma ferida dolorosa mas não fatal (calcanhar).

c– satanás receberia uma ferida fatal (cabeça). Sobre Eva e as mulheres. V. 16

a- Dor na concepção.

b– Submissão ao marido.
Sobre Adão e os homens. Vv.17-19

a– Maldição sobre o solo.

b– Cansaço e fadiga no trabalho.
Sobre a raça. Vv. 20-24


a– Comunhão com Deus quebrada.

b– Morte física.

c– Expulsão do Éden.

A ORIGEM DO HOMEM

A Bíblia ensina claramente a doutrina de uma criação especial, que significa que Deus fez cada criatura “segundo a sua espécie”. Ele criou as várias espécies e então as deixou para que se desenvolvessem e progredissem segundo a lei do seu ser. A distinção entre os homens e as criaturas inferiores implica na declaração de que “Deus criou o homem à Sua imagem”.

Em oposição à criação especial, surgiu a teoria da evolução que ensina que todas as formas de vida tivessem sua origem de uma só forma e que as espécies mais elevadas surgissem de uma forma inferior. Por exemplo, o que uma vez era caramujo, transformou-se em peixe; o que era peixe chegou a ser réptil; o que uma vez era réptil tornou-se pássaro, e (passando rapidamente) o que uma vez era macaco evoluiu e tornou-se ser humano. A teoria é a seguinte: em tempos muito remotos apareceram a matéria e a fôrça – mas como e quando a ciência não o sabe. Dentro da matéria e a fôrça surgiu uma célula viva – mas de onde ela surgiu também ninguém sabe. Nessa célula havia uma centelha de vida, da qual todas as coisas viventes, desde o vegetal até o homem, sendo este desenvolvimento controlado por leis inerentes. Essas leis, em conexão com o meio ambiente, explicam a origem das diversas espécies que têm existido e que existem, incluindo o homem. De maneira que, segundo essa teoria, tem havido uma ascensão gradual e constante desde as formas inferiores de vida às formas mais elevadas até chegar ao homem.

Que constitue uma espécie? Uma classe de plantas ou animais que tenham propriedades e características comuns, e que se possam propagar indefinitivamente sem mudarem essas características, constituem espécies. Uma espécie pode produzir uma VARIEDADE, isto é, uma ou mais plantas ou animais isolados possuindo uma peculiaridade acentuada que não seja comum à espécie em geral. Por exemplo, um tipo especial de cavalo de corrida pode ser produzido por processo especial, mas é sempre cavalo. Quando se produz uma variedade e essa se perpetua por muitas gerações temos uma RAÇA. De maneira que na espécie canina (cão) temos muitas raças que diferem consideravelmente uma das outra; porém, todas retêm certas características que as marcam como pertencentes à família dos cães. Ao lermos que Deus fez cada criatura segundo a sua espécie, não dizemos que Deus os fez incapazes de se desenvolverem em VARIEDADES novas; queremos dizer uma barreira entre elas, de maneira que, por exemplo, um cavalo não se deveria se desenvolver de maneira que se transformasse em animal que não seria cavalo.

Qual é a prova pela qual se conhece a distinção entre as espécies? A prova é esta: se os animais podem ser cruzados e se podem produzir uma descendência fértil por tempo indefinido, então são da mesma espécie; de outra maneira, não o são. Por exemplo, sabe-se que os cavalos e os jumentos são de diferentes espécies, pois embora sejam cruzados a égua e o jumento, produzem a mula. A mula não tem a capacidade de gerar outra mula ou seja a espécie de mula. Este fato constitue argumento contra a teoria da evolução, pois mostra claramente que Deus colocou uma barreira entre as espécies para que umas espécie não se transforme em outra.

Defina-se a ciência da seguinte maneira: “conhecimentos comprovados”. Será a evolução um fato comprovado? A teoria mais propagada da evolução é a de Darwin. Entretanto, poderíamos citar os nomes de muitos cientistas eminentes que declaram que a teoria de Darwin já caiu por falta de provas.

[...]

Há um abismo intransponível entre os irracionais e o homem – entre a forma mais elevada de animal e a forma inferior da vida humana. Nenhum animal usa ferramentas, acende fogo, emprega linguagem articulada ou tem capacidade de entender as coisas espirituais. Mas todas essas coisas encontram-se na forma inferior de vida humana. O macaco mais inteligente não passa de um irracional; mas o espécimen mais degradado do homem continua sempre um ser humano.

[...]

Os evolucionistas procuram unir o homem ao irracional, mas Jesus Cristo veio ao mundo para unir o homem a Deus. Ele tomou sobre Si a nossa natureza para poder glorificá-lo no seu destino celestial. “Mas todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu nome.” João 1.12. Aqueles que participam de Sua vida Divina chegam a ser membros de uma nova mais elevada raça – sim, filhos de Deus! Porém, essa nova raça (o “homem novo” Efés. 2.15), surgiu, não porque a natureza humana evoluísse até a Divina, mas porque a Divina penetrou na humana. E aqueles que são “participantes da natureza divina” (2 Pedro 1.4) João, o apóstolo diz: “Amados agora somos filhos de Deus”. (1 João 3.2).



PRINCÍPIOS DE HERMENÊUTICA

Texto Base: Lc. 24.27
DEFINIÇÃO:
    A palavra Hermenêutica provém da palavra grega “hermeneutike” que, por sua vez, se deriva do verbo hermeneuo, significando: a arte de interpretar os livros sagrados e os textos antigos. Segundo a história Platão, foi o primeiro a utilizar essa palavra. A hermenêutica forma parte da Teologia exegética, ou seja, a que trata da reta inteligência e interpretação das Escrituras.
    Hermenêutica bíblica é a disciplina da teologia exegética que ensina as regras para interpretar as Escrituras e a maneira de aplicá-las corretamente

A hermenêutica como ciência é:
a) Objetiva - Pois está fundada em fatos concretos, isto é na verdade bíblica;

b) Racional – Pois é constituída de conceitos, juízos e raciocínios, e não por sensações e imagens;

c) Analítica – Pois em virtude de abortar , um fato, processo ou situação de interpretação, ela decompõe o todo em partes componentes e relacionadas entre si. Isto quer dizer que a hermenêutica ao analisar um texto, disseca-os em partes a fim de que o todo seja compreendido;

d) Explicativa – Em virtude de ter como finalidade explicar os fatos em termos de leis, e as leis em termos de princípios, ela é tanto descritiva como prescritiva. Como descritiva explica o que é o texto (seu significado) enquanto prescritiva determina qual deve ser nosso comportamento mediante a interpretação fornecida – o que é o texto.

1)    4 REGRAS BÁSICAS NO ESTUDO CORRETO DA BÍBLIA
1.1.    OBSERVAÇÃO – que responde a pergunta: Que vejo? Aqui o estudante aborda o texto como um detetive. Nenhum pormenor é sem importância; nenhuma pedra fica sem ser virada, cada observação é cuidadosamente arrolada para a consideração e comparação posteriores.

1.2.    INTERPRETAÇÃO – que responde a pergunta o que significa? Aqui o intérprete bombardeia o texto com perguntas como: que significavam estes pormenores para as pessoas às quais foram dados? Porque o texto diz isto? “Qual a principal idéia que ele está procurando comunicar?

1.3.    CORRELAÇÃO – que responde a pergunta “como isto se relaciona com o resto da Bíblia?

1.4.    APLICAÇÃO – que responde a pergunta “que significa para mim?” Esta é a meta dos outros três passos. Um especialista nessa área disse-o sucintamente: “Observação e interpretação sem aplicação é aborto”.


2) OS PROBLEMAS DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA
2.1. O abismo cronológico - o tempo
2.2. O abismo cultural – o costume
2.3. O abismo lingüístico – a linguagem
2.4. O abismo geográfico – o lugar
2.5. O abismo literário – o estilo de escrever/ forma de escrever
2.6. O abismo sobrenatural – o divino

3) AS REGRAS DE INTERPRETAÇÃO SE DIVIDEM EM 4 CATEGORIAS:
3.1. Princípios gerais da Interpretação – São os que tratam da matéria global da interpretação. São universais em sua natureza, não se limitando as considerações específicas, incluídas estas nas outras três seções.
3.2. Princípios Gramaticais de Interpretação – São os que tratam do texto propriamente dito. Estabelecem as regras básicas para o entendimento das palavras e sentenças da passagem em estudo.
3.3. Princípios Históricos de Interpretação – São os que tratam do substrato ou contexto em que os livros da Bíblia foram escritos. As situações políticas, econômicas e culturais são importantes na consideração do aspecto histórico do seu estudo da Palavra de Deus.
3.4. Princípios Teológicos de Interpretação – São os que tratam da formação da doutrina cristã. São, por necessidade, regras “amplas”, pois a doutrina tem de levar em consideração tudo o que a Bíblia diz sobre o assunto.

4) O QUE É NECESSÁRIO PARA UM ESTUDO PROVEITOSO DA BÍBLIA
4.1. ser amante da verdade – I Ped. 2.1,2
4.2. ter um espírito respeitoso – Sl. 119; Is. 66.2; I Ts 2.13
4.3. ser paciente no estudo – At. 17.11
4.4. ler com oração, devagar, meditando na sua mensagem – Sl. 119.18
4.5. dependência do Espírito Santo – Jo. 16.13,14 (A Bíblia é a espada do Espírito Ef. 6.17)
4.6. conhecimento das línguas originais da Bíblia – (grego e hebraico).
Martinho Lutero costumava dizer que o estudo da Bíblia era, para ele, algo parecido com o processo de colher maçãs na própria árvore. Primeiro sacudia toda a macieira para que caíssem as maçãs maduras (estudo de toda a Bíblia). Depois sacudia na árvore e sacudia cada galho principal (cada livro). Em seguida sacudia um galho após o outro (capítulos), e daí passava a sacudir os galhos menores (versículos e orações gramaticais). No final, vasculhava debaixo de cada folha caída da macieira (estudo da palavra isolada), para ver se sob elas havia maçã escondida.
Que belo exemplo a ser seguido por nós crentes e amantes da Palavra de Deus, façamos isto e nosso estudo será proveitoso, e assim seremos levados a fonte de riqueza espirituais que só existe na Santa Bíblia. Não se desanime no estudo constante da Bíblia, Ela é a infalível e inerrante Palavra de Deus, nela não há falhas, se alguma falha for encontrada na Bíblia, sempre será pelo lado humano, tal como tradução mal feita, grafia inexata, interpretação forçadas, etc. Quando encontramos na Bíblia um trecho discrepante, não pensemos logo que é um erro. Nesse caso vamos refletir como Agostinho que disse: “Num caso desse, deve haver erro de copista, tradução mal feita do original, ou então sou eu mesmo que não consigo entender”.

5) O PROPÓSITO DA HERMENÊUTICA
A hermenêutica propõe-se a auxiliar o obreiro, e a qualquer estudante da Bíblia, a usar métodos de interpretações confiáveis, além de estabelecer os princípios fundamentais da exegese bíblica, como base para o estudo do texto na sua diversidade lingüística, cultural e histórica.

5.1. CORRELAÇÃO ENTRE HERMENÊUTICA, EXEGESE E EISEGESE

    A hermenêutica precede a exegese. Esta por sua vez vale-se dos princípios, regras e métodos hermenêuticos em suas conclusões e investigações;

    Exegese é a aplicação dos princípios hermenêuticos para chegar a um entendimento correto sobre o texto. É o estudo do sentido literal do texto. Refere-se a idéia de que o intérprete está derivando o seu entendimento do texto, em vez de incutir no texto o seu entendimento;

    Eisegese consiste em manipular o texto para dizer o que o texto não diz. Injeta em um texto, alguma coisa que o intérprete quer que esteja ali, mas que na verdade não faz parte do mesmo. Em última instância quem usa a eisegese força o texto mediante várias manipulações, fazendo com que uma passagem diga o que na verdade não se ache lá.
As funções da hermenêutica e da exegese bíblica são:
5.1.1. Traduzir o texto original, tornando-o compreensível em língua vernácula, sem sangrar o sentido primário;
5.1.2. Compreender o sentido do texto dentro de seu ambiente histórico-cultural e léxico-sintático;
5.1.3. Explicar o verdadeiro sentido do texto, em todas as dimensões possíveis (autor, audiência, condições sociais, religiosas etc);
5.1.4. Tornar a mensagem das Escrituras inteligível ao homem moderno;
5.1.5. Conduzir-nos a Cristo.

6) FORMAS PELAS QUAIS O INTERPRETE PRÁTICA A EISEGESE
6.1. Quando força o texto a dizer o que não diz;
6.2. Quando ignora o contexto sob pretexto ideológico;
6.3. Quando ignora a mensagem e o propósito principal do livro;
6.4. Quando não esclarece o texto à luz de outro
6.5. Quando põe a revelação acima da mensagem revelada.

7) A REGRA FUNDAMENTAL DA HERMENÊUTICA
A Bíblia explica a si mesma, ou seja a Bíblia interpreta a própria Bíblia:
a)    Pelo seu conteúdo e ensino geral;
b)    Pelo ensino geral de cada livro do escritor;
c)    Pelo conhecimento e leitura contínua do Santo Livro de Deus, sempre na dependência e inspiração do querido Espírito, que é o intérprete da Bíblia – vide Jo.14.26; 16.13; II Tm.3.14-17;
d)    Pelo conhecimento que temos dos seus ecritores.

8) PRINCIPAIS REGRAS DA HERMENÊUTICA
8.1. Os exemplos bíblicos só tem autoridade quando amparados por uma ordem.
Ao ler a Bíblica, fica evidente que você não está obrigado a seguir o exemplo de cada pessoa que protagoniza os acontecimentos nela citados. Até para seguir os melhores exemplos o crente deve ter discernimento espiritual. Tomemos por exemplo a pessoa do nosso Amado Mestre – segundo o costume oriental Jesus usava vestes longas e alparcas, normalmente andava a pé, quando dirigiu, foi montando num jumentinho. Nunca se casou, e nunca saiu dos limites de seu país (exceto na infância, quando seus pais fugiram para o Egito) logo não se deve espera que você imite Cristo nessas áreas. É necessário evitar os excessos. Logo exemplos tirados da vida de Jesus ou de seus seguidores, não apoiados por ordens, tem valor relativo.
- Um exemplo bíblico pode confirmar o que você pensa que o Senhor está induzindo você a fazer – se por exemplo você decide ficar solteiro, sentindo que Deus assim o quer, esse seu desejo tem apoio bíblico haja vista que Jesus nunca casou.
- Um exemplo bíblico pode ser rica fonte de aplicação à sua vida – se você ler Mc.1.35: “Tendo-se levantado alta madrugada, saiu (Jesus), e foi para um lugar deserto, e ali orava”.
Depois de refletir e orar, você chega a conclusão que Deus deseja que você ore todos os dias pela manhã, bem cedo. Essa aplicação trará benefícios a sua vida espiritual.
É de sua importância salientar que, você não pode querer que outras pessoas ajam como você, pois aí você estaria quebrando essa importante regra da hermenêutica, pois estaria tratando isso como se fosse uma ordem.
8.2. O propósito primário da Bíblia é mudar nossas vidas, não aumentar nosso conhecimento – II Tm.2.16,17
Necessário se faz dada não sermos espertos como o diabo, mas nos tornamos santos como o Senhor nosso Deus – I Ped. 1.15,16 lembremos que o diabo conhece muito bem a Bíblia, e é capaz de citá-la melhor que o mais erudito dos pregadores. Ele passaria com facilidade em qualquer faculdade de teologia, porém tal conhecimento não é de nenhum valor, haja vista o seu coração ser mau e perverso, jamais podendo obedecer a Deus. Primeiro o Senhor Jesus deseja nossa transformação e depois o conhecimento.
8.3. Interprete a experiência pessoal à luz da Bíblia e não a Bíblia à luz da experiência pessoal – Is.8.20
Com quanto nossas experiências se constituem na evidência do que o Senhor nosso Deus esteja fazendo em nosso favor, elas jamais devem tomar o lugar das Sagradas Escrituras, a palavra de Deus sempre teve a primazia, haja vista ser ela nossa regra de fé e conduta. Vide exemplo: II Cr.16.12: “Asa caiu dos pés ; contudo na sua enfermidade não recorreu ao Senhor, mas confiou nos médicos”. Imagine que você esteja doente, e sente em seu coração de não tomar mais remédios, e não procurar mais seu médico, crendo que Jesus vai te curar, dentro de poucos dias você sente que a doença se foi, de repente você depois de curado sobe no púlpito e com base na sua experiência começa a dizer para os irmãos que eles não devem mais tomar remédios e nem procurar os médicos, e cita a passagem em apreço esperando que os outros irmãos sigam o seu exemplo, você com certeza estará quebrando uma importante regra de interpretação da Bíblia. Por esta razão, devemos ter cuidado que a experiência intérprete as Escrituras, quando a interpretação das Escrituras é que deve moldar a nossa conduta e as nossas experiências.

8.4. É de todo necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase.
Dos exemplos que oferecemos a seguir, ver-se-á como varia segundo a frase, texto ou versículo, o significado de algumas palavras muito importantes, acentuando assim a importância desta regra. Exemplos: FÉ, SALVAÇÃO, SALVAR, GRAÇA.

- FÉ: a palavra fé, ordinariamente significa confiança; mas tem outras acepções.
- FÉ: significa base do perdão e justificação – Rm. 3.28,30; Gl.3.8;
- FÉ: como crença ou doutrina do evangelho – Gl.1.23; Cl.1.23; 3.2;

- SALVAÇÃO, SALVAR – essas palavras são usadas freqüentemente no sentido de salvação do pecado. Porém aparece nas Escrituras com outros significados:
a) At.7.25 – aqui tem o sentido de liberdade temporal;
b) Rm.13.11 – equivale a vinha de Cristo;
c) Hb.2.3. – significa toda revelação do evangelho;
d) Êx.14.13, 15.2. – significa livramento;
e) Tg.5.15. – significa cura da enfermidade.
- GRAÇA – favor não merecido, mais que Deus livremente nos concede – vide Ef.2.7,8
a) Graça como justificação – Tito3.7; Rm.3.24;
b) Graça com palavra do evangelho – At.14.3.;
c) Graça caminhada – II Co.12.9.
8.5. Trabalhe partindo da pressuposição que a Bíblia tem autoridade.
Ao procurar submeter-se ao que dizem as Escrituras, é importante entender que na Bíblia a autoridade é expressa de várias maneiras:

a) Uma pessoas age como quem tem autoridade, e a passagem explica se o ato é aprovado ou reprovado – vide Gn.3.4; II Sm.7.3. cf. com II Sm 7.4-17; At.15 cf com Gl.2.11.12;

b) Uma pessoa age com atitude de autoridade e a passagem não mostra nem aprovação nem reprovação – vide o caso de Abraão e Sara – Gn.12.10-20 – você terá de decidir se Abraão errou ou não com a atitude que ele tomou na referida passagem bíblica, e é precisamente este o interesse todo da interpretação da Bíblia.

8.6. É preciso o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e comum.

Exemplos:

a) Gn.6.12 – aqui carne significa pessoa e caminho significa costume, modo de proceder ou religião;
b) Lc.1.6,9 – Casa de Davi significa família ou descendência.
Devemos lembrar que o sentido usual e comum nem sempre equivale ao sentido literal, em outras palavras, o dever de tomar as palavras e frases em seu sentido comum e natural não significa que sempre devem ser tomadas ao “pé da letra”.

9) HEBRAÍSMOS
Por hebraísmo entendemos certas expressões e maneiras peculiares do idioma hebreu que ocorrem em nossas traduções da Bíblia, que originalmente foi escrita em hebraico e grego: Tendo conhecimento disso, nos será de grande auxílio na interpretação da Bíblia.
Exemplos:
a) Era costume dos hebreus chamar a uma pessoa filho da causa que de um modo especial a caracterizava, de modo que ao pacífico e bem disposto chamava filho da paz;ao iluminado e entendido filho da luz; aos desobedientes, filhos da desobediência – cf. Lc.10.6; Ef.2.2; 5..6-8. amar e aborrecer eram usados para expressar preferência de uma coisa a outra – Lc.14.26; Mt.10.37; Rm.9.13.
10) SIMBOLOS
Os símbolos na Bíblia são riquíssimos e variados, é muito importante termos conhecimento deles para uma correta interpretação da Bíblia. Vejamos:
1) Árvores – as altas os governantes – Ez.31.5-9; as baixas símbolos do povo comum – Ap.7.1; 8;
2) Céus abertos e portas e janelas do céu – benção e proteção de Deus para os seus servos fiéis, e também juízo para os infiéis – Gn28.17; Ml.3.10; Ap.4.1; 19.11;
3) Estrelas – os pastores, Jesus Cristo – Ap.2.28; 22.16;
4) Sol – Deus – Sl.84.11;
5) Mulher – a nação israelita – Ap.12.1;
6) Luz – o caminho do justo – Pv.4.18;
7) Braços – força e poder; braço estendido – símbolo de poder em exercício – Êx.6.6;
8) Mãos – atividades, poder, ajuda, comunhão;
9) Mão direita – Poder e autoridade, símbolo de honra e distinção, poder apoio e proteção – Êx.15.6;
10) Mãos abertas¬ –liberalidade;
11) Mãos levantadas contra outro – rebeldia – II Sm. 20.21;
12) Mãos limpas – alto puros e justos – I Tm.2.8;
13) Mãos sobre a cabeça de alguém – símbolo de transmissão de benção – Gn.48.14-20;
14) Pomba – (Tipologia) tipificação do Espírito Santo – Mt.3.16;
15) Pão – símbolo de Cristo – Jo.6.48;
16) Pés firmados na Rocha – estabilidade – Sl.40.2;
17) Pés colocados num lugar amplo – liberdade – Sl.31.8;
18) Pés mergulhados no sangue – vitória – Sl.68.23;
19) Pés mergulhados no azeite – abundância – Jó.29.6;
20) Pés escorregando – ceder a tentação – Jó.12.5; Sl.38.16;
21) Pés descalçados – luto – II Sm.15.30;
22) Lavar os pés – ato de hospitalidade e humildade – Gn.18.4; Jo.13.14,15;
23) Fogo – símbolo da palavra – Jr.23.29;
24) Azeite – a unção do Espírito Santo;
25) Chave – Autoridade – Ap.1.18;3.7.

ESCATOLOGIA
ESCATOLOGIA É O ESTUDO DAS COISAS OCULTAS OU ULTIMAS

Escatologia é o estudo das coisas ocultas, daquilo que está por "detrás das cortinas" dos acontecimentos futuros.
     Em Daniel 9:24-27 encontramos um anjo falando a Daniel sobre as 70 semanas designadas por Deus sobre o povo de Israel e sobre a santa cidade: Jerusalém.
     escatologia
(A doutrina das últimas coisas)

INTRODUÇÃO:
A escatologia Bíblica não é apenas abrangente; é amorosamente conclusiva. Percorre a história e descortina a eternidade. Revela-se, e é sempre mistério. Deus a engendrou nos profetas, fecundou-a nos evangelhos e epístolas, e deu-se a pleníssima luz no Apocalipse.
A igreja sempre se preocupou com a doutrina das últimas coisas. A história mostra que o cristianismo, desde a sua fundação, vem sendo caracterizado por um decisivo enfoque escatológico. E, hoje podemos dizer que a escatologia bíblica vive o seu ápice. Nunca os cristãos estudaram tanto as últimas coisas quanto nestes dias que se ultimam.

DEFININDO O TERMO ESCATOLOGIA
Do grego “escathos”, últimas coisas + “logia”, discurso racional. Significa para a igreja cristã o estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às ultimas coisas. Compreendida como um dos capítulos da dogmática cristã, a escatologia tem por objeto os seguintes temas: o estado intermediário, o arrebatamento da igreja, o tribunal de Cristo, as bodas do Cordeiro, a grande tribulação, a revelação de Cristo em glória, o julgamento das nações, o milênio, a última revolta de satanás e dos ímpios, a instauração do juízo final e o estabelecimento do estado eterno.

Apesar de ser bem vasta esta área das doutrinas fundamentais, no entanto neste sintético estudo estaremos abordando apenas a escatologia que é a doutrina das últimas coisas.

Muitos acontecimentos escatológicos estão contidos nestas setenta semanas de Daniel.  O anjo dividiu as setenta semanas em três períodos.  Vamos estudar os três períodos das setenta semanas.

1º período – sete semanas
2º período – sessenta e duas semanas
3º período – uma semana
      
As setenta semanas de anos, formando um total de 490 anos.  Destas setenta semanas, sessenta e nove semanas já aconteceram no meio do povo de Israel.  Resta apenas a última semana a se cumprir.  Isto acontecerá após o arrebatamento da igreja, pois, esta última semana é a semana da Grande Tribulação.

Vamos então por etapas:

1º período – Sete Semanas

       São os quarenta e nove anos que foram gastos na reconstrução de Jerusalém com os seus muros.  Desde a saída da ordem, disse o anjo a Daniel, até a conclusão da reconstrução, sete semanas, ou seja, 49 anos.

       Que ordem é esta?  Esta ordem foi dada pelo rei Ciro, o homem que Deus levantou para reconstruir Jerusalém.  E segundo a Bíblia, Ciro foi chamado de pastor e ungido de Deus.  Deus o constituiu ministro para este importante negócio.  Isaias 44:28, 45:1-14.  Deus falou a respeito de Ciro 200 anos aproximadamente, antes dele nascer.

       Com a derrota do império babilônico através de Dario, regente de Ciro, o império Medo-Persa tomou conta de todo o mundo e Ciro deu liberdade religiosa às nações que ao seu império ficaram submissas, e dentre essas nações, Israel foi beneficiada.  Entretanto, a Israel, não somente Ciro deu liberdade religiosa, mas também se compadeceu de uma Jerusalém destruída pelos imperadores que o antecederam e deu ordem para que toda Jerusalém com a casa de Deus e seus muros, fossem reconstruídos.  (Esdras 1:1-11, 3:7, 5:13, 6:3-4)  Depois dele, seus sucessores seguiram sua orientação, dentre eles o rei Artaxerxes.  Esdras 7:21-26

       O livro de Neemias também quase todo se dedica à reconstrução de Jerusalém com seus muros e seu templo.  Portanto, as sete primeiras semanas foram gastas na reconstrução de Jerusalém.

2º período – Setenta e Duas Semanas

       As últimas sessenta e duas semanas começaram exatamente depois da reconstrução de Jerusalém até o Calvário.  Sessenta e duas semanas de angústia e sofrimento.  Israel muito sofreu, perseguido pelos imperadores impiedosos e cruéis.  Principalmente nos 400 últimos anos, Israel muito sofreu porque teve o abandono de Deus.  Deus silenciou a respeito de Israel, não falando nem por sonho, nem por visões, nem por profetas.

       Foram quatrocentos anos de total silêncio, sem ouvir a voz de Deus.  Na época dos Macabeus então, o sofrimento foi crucial.

       No final das 62 semanas apareceu então o Messias.  E com a sua morte, foi concluído então este período igual a 434 anos.  Juntando com as outras sete semanas, ou seja, quarenta e nove anos, houve um total de sessenta e nove semanas ou 483 anos.

       Então, essas primeiras 69 semanas, foram exatamente da saída da ordem através do rei Ciro para reconstrução de Jerusalém, até a retirada do Messias.

       Estamos vivendo agora o intervalo da penúltima para a última semana.  Esta última semana está para acontecer logo após o arrebatamento da igreja.

       Do calvário para cá, Deus resolveu cancelar o programa com os judeus, metendo-o numa gaveta, a gaveta do tempo, e resolveu abrir um novo programa para um outro povo, e este povo somos nós os gentios.  Porque outrora éramos considerados publicanos, um povo desqualificado, mas pela misericórdia de Deus, por intermédio da morte vicária de Jesus Cristo, Deus olhou para o outro povo que não era o seu, isto é, os gentios (Romanos 11).

       Então os gentios por intermédio de Jesus Cristo, puderam ter acesso também a esta graça.

       A dispensação da graça então é destinada aos gentios.  Do calvário para cá um novo programa foi aberto.  Mas esta dispensação terá o seu término exatamente quando a igreja for arrebatada e isto já está para acontecer.  Antes que a última semana aconteça, Jesus virá buscar a sua igreja.

A SEGUNDA VINDA DE JESUS

       Acerca da segunda vinda de Jesus Cristo, a Bíblia nos fala 1.845 vezes, sendo, 1.527 vezes no Antigo Testamento, e 318 vezes no Novo Testamento.

       A segunda vinda de Jesus divide-se em duas fases:  fase invisível e fase visível.

       A fase invisível é o rapto ou arrebatamento da igreja.

       A fase visível é aquela em que Jesus virá já com a igreja, quando todo o olho O verá.  (Apocalipse 1:7 e Mateus 24:29-30)

3º período – Uma Semana

       De uma fase para outra, haverá um espaço de sete anos.  É justamente neste espaço, neste intervalo, entre a primeira fase e a segunda, que acontecerá a última semana que Deus mostrou a Daniel. Uma semana de sete anos, é o período da grande tribulação na terra.  A igreja estará em delícias eternas no céu.  Ali haverá três acontecimentos importantes:

A noiva será apresentada ao noivo.
O julgamento da igreja.
As bodas do Cordeiro.
       
Portanto aí estão as divisões da segunda vinda do nosso Senhor Jesus Cristo. Vamos estudar por partes:

FASE INVISÍVEL DA VINDA DE JESUS

O Arrebatamento

Disse Jesus:  “E quando estas coisas começarem a acontecer, levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.”  (Lucas 21:28).

       Que coisas são estas?  São exatamente os sinais que antecedem este grande dia, este grande evento, o arrebatamento.

       Israel por exemplo é um desses grandes sinais.  Jesus falou acerca disso em Lucas 21: 29-30.

"E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as árvores; Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as que perto está já o verão".   Lucas  21.29-30

       A figueira é uma árvore da Palestina, que quando começa a florescer, está anunciando o verão naquela região. Jesus comparou esta figueira a Israel, dizendo que Israel é esta figueira que está florescendo, anunciando o verão espiritual do arrebatamento.  Realmente, Israel começou a florescer do ano 70 para cá.  Foi disperso por todas as nações (Lucas 21: 20-24).

       Por mais de 1900 anos, Israel esteve longe de sua terra, de seus costumes, de sua comunidade, ficando totalmente uma nação despatriada.  Entretanto, Israel se manteve fiel aos seus princípios religiosos.  Acerca disto, Deus usou o profeta Ezequiel, mandando que ele profetizasse sobre aquele vale de ossos secos.  Quando Ezequiel profetizou, cada osso se ajuntou ao seu osso e sobre os ossos apareceram nervos, carnes e pele, formando corpos, e um grande exército ficou em pé, porém não entrou neles o espírito. (Ezequiel 37: 1-14).

       A partir de 14 de maio de 1948, quando a ONU reconheceu Israel como novo Estado naquela região do Oriente, Israel que era uma das mais antigas nações, agora é uma das mais novas.  Hoje Israel é uma potência os sentidos econômicos, sociais e militares.  No mundo da agricultura, Israel mostrou verdadeira capacidade.  Agora eles têm mais de 250 mil hectares de terras, onde outrora era um deserto.  Terras infrutíferas que agora são tão férteis, produzindo frutos, flores, legumes, os quais são exportados para toda a Ásia e para Europa.

      Israel está florescendo. Só falta entrar o espírito.  E este espírito entretanto, só entrará após o arrebatamento da igreja.  (Ezequiel 37:8-10).  O que prova que está por um fio a volta de Jesus.

       Israel já se prepara para viver a última semana.  Antes de esta semana chegar, a igreja subirá ao encontro de Deus.

       Um outro sinal é a união do continente europeu para receber o seu líder.  A Europa já está se unificando para fins comerciais, políticos, econômicos e por certo, religiosos.  Ali haverá  uma só moeda, uma só bandeira, sem fronteiras comerciais.  Sendo a Europa um dos continentes mais evoluídos do mundo, por certo os demais continentes imitarão seu exemplo no sentido global.

       Já temos o Mercosul, o Merconorte e os Tigres Asiáticos.  Um só homem tomará conta do mundo inteiro, e este líder é o anticristo.  Um homem superdotado em conhecimento, em administração e em outras áreas.  Por aí se vê que o anticristo se aproxima de maneira veloz para comandar esta última semana, a semana da Grande Tribulação.  Antes dele, viera Jesus para arrebatar os salvos.

       Além destes, temos outros sinais característicos como terremotos, maremotos, fome, guerras, rumores de guerra, pestilências, como o câncer, a AIDS que aí estão desafiando a ciência.  Vemos também a crise religiosa, e a frieza na fé, a iniqüidade se multiplicando e o amor se esfriando.  (Malaquias 24: 4-14)   Jesus está voltando para buscar a sua igreja, e quando a trombeta tocar, os mortos ressuscitarão primeiro.

A RESSURREIÇÃO

       A Bíblia nos fala de duas ressurreições (Daniel 12:2).

       A primeira se divide em três grupos:

O primeiro grupo já aconteceu na ressurreição de Cristo (Mateus 27: 51-53 – I Coríntios 15:23)

O segundo grupo ressuscitará no arrebatamento da igreja (I Tessalonicenses 4: 13-18 – I Coríntios 15: 51-53)

O terceiro grupo ressuscitará no fim da Grande Tribulação.  Serão aqueles que não adorarem a Besta (Apocalipse 20: 4-5).

       Estes três grupos compõem a primeira ressurreição.  Bem-aventurados os que fazem parte da primeira ressurreição.

       A segunda ressurreição entretanto, dar-se-á mil anos depois, perante o Trono Branco, quando os ressuscitados serão julgados e ditatorialmente condenados (Apocalipse 20:12)

    O arrebatamento então dar-se-á desta maneira: A trombeta de Deus tocando, as sepulturas dos cemitérios de todo o mundo se abrindo, os mares, o fogo, as matas darão os seus mortos.  Os mortos ressuscitados e os vivos transformados, todos juntos voaremos ao encontro do Senhor nos ares.  Será um momento inédito em toda história da humanidade.

       Você meu irmão em Cristo, prepare-se, vigie e cuide-se, porque o momento está chegando.  Não deixe o diabo te derrubar (Mateus 25: 13, 26:41 – Marcos 13:33-377 – I Coríntios 10:12).

      O momento está chegando, maranata, o Senhor vem breve.  A igreja voará ao encontro do Senhor nas nuvens e para sempre estaremos com Ele na glória celestial.
A GRANDE TRIBULAÇÃO

       Enquanto isso, começará na terra o período mais negro da história da humanidade, o período da grande tribulação.

     Quando isto acontecer, a trindade maligna tomará conta deste mundo e governará com vara de ferro.  A partir de então, para comprar e vender, será necessário ter o sinal da besta tanto na testa como na mão.  Serão dias trabalhosos, de muita angústia, quando o povo judeu sofrerá horrores nesta terra.  Além disto, um tributo muito alto estarão pagando pela  rejeição que fizeram a Jesus quando aqui na terra esteve.  Ele foi rejeitado pelos judeus, crucificado, morto, e agora a Grande Tribulação será o grande juízo de Deus sobre todo o mundo, em especial sobre aquele povo.  Em Apocalipse 13 encontramos a trindade maligna em ação.  A Bíblia diz que João viu a Besta que saiu do mar.  Este mar aqui fala das nações e esta Besta é um homem superdotado em conhecimento, em administração, e totalmente experimentado em todas as áreas.  Este homem terá uma inteligência incalculável.

       Entretanto, veja que a aparência desta esta era muito estanha.  João viu semelhanças nela de leopardo, de urso e de leão.  O que prova que este homem será forte como estes animais.  Com a força, a coragem e a destreza do leopardo, do urso e do leão, enfim, será muito forte.  A Besta tinha sete cabeças e dez chifres.  Os chifres falam de poder e o número sete fala de perfeição.  Portanto, o anticristo tentará imitar a Deus na perfeição e na inteligência, embora não conseguindo.

       Esta Besta tinha dez chifres, o que prova que dez nações estarão ajudando o anticristo a comandar o mundo.  Dez grandes nações, dez potências.  Aí se observa que esta Besta era tremenda, poderosíssima.

       Mais adiante, neste mesmo capítulo, encontramos uma outra Besta de porte menor, com dois chifres e com aparência de Cordeiro.  Se chifres falam de poder, esta Besta também terá poder em escala menor, e claro.  A aparência de cordeiro, está falando de mansidão.  Isto leva para o lado religioso, para o lado espiritual.  Nisto vemos que satanás, astuto como é, sabe que a política não pode estar divorciada da religião, pois o homem por natureza é um ser místico, religioso, e satanás explorará este lado, levantando um falso profeta que ensinará uma falsa religião, levando o mundo a adorar a Besta maior.  Ambas as Bestas farão maravilhas espantosas em toda a face da terra (II Tessalonicenses 2: 2-11).

       Toda a terra se maravilhará e se espantará, inclusive todos adorarão a esta Besta.  O Dragão que vemos aqui no capítulo 13, é o próprio satanás e as duas Bestas aqui são o anticristo e o falso profeta.

        A maior com seu poder político e econômico e a menor é o falso profeta comandando a falsa religião.  Os dias serão tão tremendos, que Jesus disse:

“Se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria.” (Mateus 24:22)

       Mas por causa dos escolhidos, em especial os judeus, serão abreviados aqueles dias. .

       Serão dias tenebrosos, o Espírito Santo como assistente aqui não estará mais, é claro que como Deus Ele estará porque é onipresente e está em toda parte.  Mas a nível pessoal como paracleto, não.  Pois terá subido com a igreja para a glória celestial.  Após o arrebatamento da igreja, a Bíblia será como um jornal qualquer, o tempo da graça terminará, a porá da salvação ela graça se fechará.

       O que acontecerá com você meu amado irmão, se não subires com Cristo no arrebatamento da Igreja?  Cuidado! 
Vigia para que não tenha que enfrentar o anticristo naqueles dias.

VEJA COMO SE DARÁ A SEQUÊNCIA DOS EVENTOS ESCATOLÓGICOS

1.     RAPTO DA IGREJA (ARREBATAMENTO)
2.     JULGAMENTO DA IGREJA NO TRIBUNAL DE CRISTO
3.     AS BODAS DO CORDEIRO
4.    RETIRADA DAQUELE QUE RESTRINGE O PECADO 5.        SURGIMENTO DO ANTICRISTO NO CENÁRIO MUNDIAL 6.        SURGIMENTO DO FALSO PROFETA
7.     O PACTO DE 7 ANOS DO ANTICRISTO COM ISRAEL
8.    OS JUÍZOS DO CÉU SOB OS SETE SELOS DE AP.6
9.    AS DUAS TESTEMUNHAS E SUA MISSÃO NOS 3 ½ ANOS
10.   144.000 JUDEUS SALVOS EM ISRAEL
11.   O ANTICRISTO NO BLOCO DE 10 NAÇÕES
12.   O BLOCO DE NAÇÕES DO NORTE – GOGUE E MAGOGUE
13.   A FALSA IGREJA MUNDIAL
14.   A PREGAÇÃO DO EVANGELHO DO REINO
15.   GOGUE E MAGOGUE INVADEM ISRAEL
16.   O ANTICRISTO ROMPERÁ O SEU ACORDO COM ISRAEL
17.   IGREJA FALSA MUNDIAL DESTRUIDA PELO ANTICRISTO
18.   OS JUDEUS SERÃO MARTIRIZADOS
19.   JUÍZOS SOBRE A TERRA SOBRE AS SETE TROMBETAS
20.  ISRAELITAS FIEIS FUGIRÃO PARA OS MONTES
21.   JUÍZOS SOBRE A TERRA SOB AS SETE TAÇAS
22.  A QUASE DESTRUIÇÃO DE ISRAEL
23.  EVENTOS GEOFÍSICOS
24.  JULGAMENTO DAS NAÇÕES VIVENTES
25.  DERROTA DO ANTICRISTO E DO FALSO PROFETA
26.  O REMANESCENTE JUDAICO
27.   SATANÁS APRISIONADO
28.  O REINO MILENAR DE CRISTO
29.  O FINAL DA CARREIRA DE SATANÁS
30.  O JUÍZO FINAL – ( JUÍZO DO GRANDE TRONO BRANCO )
31.   NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

Uma rápida análise de Mateus 24.1-14
Esses versículos falam de “guerras e rumores de guerras” (v. 6); “fomes e terremotos” (v. 7); tribulação, martírio, traição, ódio, falsos profetas e corrupção (vv. 9-12).

Apesar daquilo que alguns ensinam atualmente, os versículos de 4 - 14 só podem ser escatológicos e, por vários motivos, só podem estar se referindo aos acontecimentos da primeira metade da Tribulação. As condições descritas precisam ser entendidas como julgamentos divinos e não como desastres “naturais”, seguindo o padrão de revelação estabelecido no Velho Testamento. Jesus disse que “...tudo isto é o princípio das dores [literalmente, “dores de parto”] (v. 8). No Velho Testamento a palavra hebraica para “dores de parto” é usada pelos profetas para simbolizar as terríveis calamidades associadas ao Dia do Senhor (Is 21.3; Is 26.17-18; Is 66.7; Jr 4.31; Mq 4.10), particularmente ao “tempo da angústia de Jacó” (Jr 30.6-7), ao qual Jesus faz referência em Mateus 24.21, quando descreve a Grande Tribulação.

Muitos judeus, nos dias do Segundo Templo, esperavam um tempo de sofrimentos imediatamente antes do fim. A seita judaica de Qumran (os essênios – atribuía a essa angústia “dores, como de parto”.

Igualmente, o judaísmo rabínico cita as “dores de parto (em hebraico, chavalim) [relacionadas à vinda] do Messias” como uma série de convulsões globais que anteciparão a Era Messiânica. No Talmude, a lista dessas condições desastrosas (espirituais, morais, políticas, sociais e ecológicas – que caracterizam “a geração em que virá o Filho de Davi”, Sanhedrin 97a) em muito se assemelha à lista de Mateus 24.4-14.

Como o Novo Testamento indica que a Igreja não enfrentará o juízo preparado por Deus para o Dia do Senhor (1 Ts 5.9; Ap 3.10), os versículos de Mateus não podem estar descrevendo acontecimentos da Era da Igreja.

Em segundo lugar, Jesus declarou que esses acontecimentos não seriam “o final” do juízo, mas apenas “o princípio” (v. 8). As dores iniciais serão seguidas de dores mais intensas, no clímax do parto. Como a Tribulação não virá imediatamente após o Arrebatamento da Igreja, pois seu início está previsto para o começo da 70ª Semana de Daniel (Dn 9.27), os versículos de Mateus não podem estar descrevendo acontecimentos da Era da Igreja.

O maior argumento de que esses versículos se referem ao contexto da Tribulação surge na comparação dos mesmos (vv. 4-14) com os cinco primeiros selos de juízo em Apocalipse 6 (confira o Quadro 1).

Essas condições paralelas demonstram que, assim como os selos de Apocalipse 6 são seguidos pelo juízo mais intenso das trombetas e das taças, o “princípio das dores” descrito em Mateus 24.4-14 vem seguido das “dores de parto finais”, mais intensas, descritas em Mateus 24.15-26, que culminarão na vinda do Messias (vv. 27-31).

Além disso, o próprio Senhor Jesus fez referência à profecia da 70ª Semana de Daniel:

“Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê, entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes” (Mt 24.15-16).

Tanto Mateus quanto Marcos (Mc 13.14) apontam o texto de Daniel para esclarecimento da profecia feita no Monte das Oliveiras. Conclui-se que Jesus usa a profecia da 70ª Semana de Daniel como patamar para os eventos cronológicos apresentados em resposta às perguntas dos discípulos. Isso também acontece na seção de juízos do livro do Apocalipse (capítulos 4-19), onde Jesus, o Autor da visão recebida pelo apóstolo João (Ap 1.1), concede-a com divisões estruturalmente semelhantes à 70ª Semana de Daniel. Colocando os textos lado a lado (veja o Quadro 2), descobrimos que o “princípio das dores” de Mateus 24.4-14 se ajusta ao juízo dos selos de Apocalipse 4-6, aonde ambos (1) focalizam eventos terrenos; (2) cabem na primeira metade da 70ª Semana de Daniel (Dn 9.27a); e (3) culminam na profanação do Templo (o “abominável da desolação”) tanto em Mateus 24.15 quanto em Marcos 13.14, o ponto central da 70ª Semana de Daniel (Dn 9.27b).

Em seguida, os eventos intensificam-se e conduzem às dores de parto finais de Mateus 24.16-26, que (1) identificam-se com Apocalipse 7-19, (2) enfocam a dimensão celestial, e (3) culminam no surgimento do “sinal” celestial, que anuncia a vinda do Messias para julgar o mundo (Mt 24.27-31; Ap 19). Esses acontecimentos cabem na segunda metade da 70ª Semana de Daniel (Dn 9.27b), que termina na destruição do desolador do Templo (“o príncipe, que há de vir”, o Anticristo, Dn 9.26).

Se os versículos de Mateus 24.4-14 predizem sinais da futura Tribulação e tratam principalmente do povo judeu nesse período, seu cumprimento não pode estar no passado, especificamente, na queda de Jerusalém em 70 d.C. Ao comparar os eventos descritos nos versículos torna-se evidente que eles não se identificam com fatos históricos do primeiro século.

A passagem descreve guerras entre diferentes nações e reinos, não apenas entre uma única nação (Roma) e Israel, como aconteceu na Primeira Revolta do povo judeu contra Roma (66-74 d.C.).

As Escrituras também dizem que muitos se levantarão dizendo ser o Cristo (Messias). Mas não existe evidência histórica de alguém que se declarasse messias no primeiro século, até Simão Bar-Kokhba (135 d.C.), um único indivíduo.

Esses sinais também não devem ser usados pela Igreja “como sinais dos tempos”, apontando a aproximação da volta do Senhor. Muitos cristãos têm usado o aparente aumento de terremotos, apostasia na Igreja, e o declínio moral generalizado da sociedade como indicadores de estarmos rapidamente nos aproximando do Arrebatamento e dos últimos dias. Contudo, o Arrebatamento não será precedido por sinais; e como as dores de parto somente começarão quando Israel entrar no “tempo da angústia de Jacó” (e não sabemos quanto tempo isso levará depois do Arrebatamento), devemos usar de cautela ao tentar prever a aproximação de eventos escatológicos, baseando-nos na presença dessas condições na era presente.

Na Era da Igreja, essas condições gerais (apresentadas em 1 Tm 4.1-3; 2 Tm 3.1-9; 1 Jo 2.18; 1 Jo 4.1-3) servem de alerta quanto a estarmos “nos últimos dias”. Mas durante a Tribulação, as condições dos versículos 4-14 serão sinais específicos dos tempos finais, e os judeus convertidos poderão localizar-se dentro da 70ª Semana e perseverar até o final da Tribulação: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” – literalmente liberto do cárcere, quando da vinda do Messias (v. 13).

Serão esses sinais – especialmente o acontecimento descrito no versículo 15, “o abominável da desolação” – que permitirão aos santos da Tribulação perseverarem física e espiritualmente enquanto esperam a libertação prometida para o final da 70ª Semana de Daniel.

1.     UM PREÂMBULO DA MATÉRIA

“Escatologia” é vocábulo grego, e designa o estudo ou tratado dos eventos que estão para acontecer, quanto ao fim do mundo. Em resumo, é o estudo das últimas coisas. É a parte da Teologia que trata dos fins últimos do Universo: Céu, Terra, e tudo quanto neles há: o homem, os anjos, o diabo, os demônios, etc.

As Escrituras Sagradas nos descrevem o futuro com precisão. Sabemos disso porque ela já o fez várias vezes. Ela nunca falhou em suas previsões. Eis algumas dessas antevisões: O tempo que Israel habitaria no Egito (Gn 15:13); que José, filho de Jacó, seria um grande estadista (Gn 37:5-11); que Jesus nasceria de uma mulher (Gn 3:15) virgem (Is 7:14) em Belém (Mq 5:2), o que, como todos nós sabemos, cumpriu-se fielmente (Mt 2:4-6). Ela previu, cerca de 1000 anos antes do nascimento de Jesus, que este teria Suas mãos e pés transpassados (Sl 22:16), etc. E, como não ignoramos, todas estas profecias se cumpriram fielmente. Lembremo-nos que não sabemos tudo (1Co 13.9). Aliás, quando reconhecemos nossa ignorância, estamos sendo mais realistas do que humildes. Este conhecimento me levou a duas conclusões: 1ª) Não sou capaz de esgotar este assunto. Nem mesmo uma obra enciclopédica (o que não é o caso deste opúsculo), elaborada por teólogos mais capazes do que este autor, conteria todas as informações escatológicas, dando a última palavra sobre este tão importante assunto; 2ª) Já que não sabemos tudo, a avidez pelo saber deve nos impulsionar a constantes e diligentes estudos. Devemos madrugar em busca da sabedoria (Pv 8.17), para sermos mais úteis aos nossos ouvintes (Ec 12.9). Deus prometeu nos revelar coisas grandes e firmes (ou ocultas) se clamarmos a Ele (Jr 33.3). É Jesus quem abre o nosso entendimento para entendermos as Escrituras (Lc 24:45). E Ele o faz pelo Seu Espírito Santo (Pv 1:23). Oremos, pois, ao Senhor, suplicando Sua luz.

A curiosidade é inerente a todo ser humano. Quem não é curioso já morreu. É graças à curiosidade que nos é própria, que materializamos o sucesso tecnológico e científico que ora presenciamos. Quer através da Bíblia, quer não, é raro encontrarmos alguém que não gostaria de saber o que o futuro reserva à Humanidade. Espero que este dom natural, que nos é próprio, nos seja aguçado, na busca pelo saber do que Deus revelou nas páginas da Bíblia.

A prova de que Deus quer que saibamos o futuro da Igreja, de Israel, dos gentios, do diabo, dos anjos caídos, da Terra, etc., é o fato de Ele no-lo ter revelada nas páginas da Bíblia. E, se Deus o quer, então é bom, importante e necessário. Deus não quer que saibamos tudo, como, por exemplo, o dia e a hora da vinda de Jesus (Mt 24:36; At 2.7). Mas Ele quer, entre entras coisas, que saibamos que Jesus virá nos arrebatar ao Céu (Jo 14:1-3; 1Ts 4:13-18). Sim, Deus quis nos revelar o futuro, e o fez através do Livro de Sua autoria - a Bíblia. Urge, portanto, que a consultemos, estudemos e descubramos o que Ele nos revelou nas páginas de Seu compêndio.

Uma boa parte da Bíblia cuida do futuro da Terra, dos Céus (demais corpos celestes), do povo de Deus, etc. Logo, a fonte é farta. Estudemos, pois, este tema com afinco e perspicácia.

Sendo sempre fiel, além de provar que de fato é a Palavra de Deus, a Bíblia conquistou nossa confiança, por cujo motivo nos interessa saber o que ela tem a nos dizer sobre o futuro.

É esquisito viajar sem saber para onde se está indo, porque está se indo, bem como ignorando o que se fará ao chegar ao destino final. E, mais esquisito ainda, é nem querer saber. E tal é aquele que não quer saber de estudar Escatologia.

Todos nós, cristão bíblicos, temos algum conhecimento escatológico. Por exemplo, todos sabemos que: a) o nosso destino é a Pátria Celestial que Jesus preparou para nós, e que Ele um dia virá para nos arrebatar ao Céu; b) as almas dos mortos salvos estão no Paraíso; c) as almas dos que morreram perdidos estão no Inferno; d) todos os mortos serão ressuscitados; e) haverá o Juízo Final; etc. Saber estas coisas é ter algum conhecimento escatológico, ainda que rudimentarmente.

Embora a Escatologia trate especificamente da consumação do tempo e da história, ela não é apenas prospectiva, mas retrospectiva também. Tal se dá porque só quem conhece o passado pode entender o presente e prever o futuro. Se a Escatologia considera o futuro, então ela não pode menosprezar o presente, nem ignorar o passado. O porquê disso é que o presente é o futuro do passado. Muitas das antevisões do passado, previstas para um futuro tão distante, estão se cumprindo em nossos dias. Outras já se cumpriram há milênios. Isto prova que já é futuro. Aliás, quando não o foi? Sim, o passado já foi o futuro, do passado que o antecedeu, e o mesmo podemos dizer do presente. E este, por sua vez, será o passado do futuro. Não é exorbitante afirmarmos que a Escatologia, além de retrospectiva e prospectiva é, também, introspectiva. Se ao fecharmos nossos olhos e olharmos para dentro de nós mesmos, detectarmos que o nosso amor está esfriando, temos aí um forte indício de que a “epidemia” do egoísmo, prevista para os últimos dias, está tão presente que até já nos vitimou; o que pode indicar que estamos vivendo um momento escatológico que não pode passar por desapercebido.

1) Os eventos escatológicos em ordem cronológica;

2) Quem herdará a Terra?

3) O Universo será todo habitado?

4) Que faremos na eternidade?

5) As duas ressurreições.

6) Que pregam as diversas correntes escatológicas?

Se o exposto aqui é ou não ortodoxo segundo a Bíblia, vai depender do ponto de vista do leitor, é claro; mas ninguém poderá dizer que o pensamento aqui exarado não reflete uma posição escatológica defendida por inúmeros compêndios escatológicos, elaborados por teólogos reconhecidamente evangélicos.

II. CRONOLOGIA DOS EVENTOS ESCATOLÓGICOS

“BIBLIOGRAFIA

OLIVEIRA, João. O milênio. Rio de Janeiro: CPAD. 1980.

OLIVEIRA, Raimundo Ferreira de. As grandes doutrinas da Bíblia. Rio de Janeiro:

CPAD. 7 ed. 2003.
OLSON, N. Lawrence. O plano divino através dos séculos. Rio de Janeiro: CPAD, 8
ed. 1986.”

A Bíblia afirma que os principais acontecimentos escatológicos, se darão na seguinte ordem:
2.1. O arrebatamento da Igreja
Jesus virá outra vez e, então, nos levará para o Céu (Jo 14:1-3; 1Ts 4:16,17; 1Co 15.51,52; Hb 9.28, etc.);

2.2. A grande tribulação
(Mt 24:21,22). Uma das provas bíblicas de que a grande tribulação ocorrerá após o arrebatamento da Igreja, é o que consta de Ap 3:10b. Segundo esta referência, a Igreja será guardada da hora da tentação que está por vir, e não na hora. Sim, se haverá uma tribulação tal, qual nunca houve (Mt 24:21; Mc 13:19), e a Igreja não passará por ela (Ap 3:10), fica subentendido que seremos arrebatados antes.

2.3. A manifestação de Jesus em glória
É exatamente porque a Igreja não passará pela Grande Tribulação, que a Bíblia diz que quando Cristo voltar, nós desceremos com Ele (Cl 3:4; Jd 14; Zc 14:5). Nesse dia se concretizará o tão comentado Armagedom (Ap 16:13-16), que é o seguinte: Durante a Grande Tribulação, todas as nações do mundo (Zc 14:2a), sob a influência demoníaca (Ap 16:13-14), se aliarão ao Anticristo, e seus exércitos se congregarão no lugar que na língua hebraica se chama Armagedom (Ap 16:16), para guerrear contra os judeus (Zc 14:2a), os quais muito sofrerão (Zc 14:2b). Em meio a essa sangrenta batalha “aparecerá no céu o sinal” _ provavelmente algum sinal misterioso proveniente de Deus_ “do Filho do homem” (Mt 24.29,30). Por razões que nós desconhecemos, mas talvez por pensarem tratar-se duma manifestação inimiga, os referidos exércitos vão contra–atacar (Ap 19:19), mas serão derrotados, visto tratar-se da manifestação do invencível Filho de Deus, o qual descerá do Céu, trazendo consigo anjos (Mt 24:31) e também a Igreja previamente arrebatada (Ap 19:14 comparado com o versículo 8; Zc 14:5c; Jd 14), os matará (Ap 19:21a), e seus corpos servirão de alimento às aves de rapina (Ap 19:17, 18 e 21b). Eis o ARMAGEDOM.

A manifestação de Jesus em glória, da qual trata Mt 24:29-30, não pode ser confundida com o evento do qual trata Jo 14:3 e 1Ts 4.16,17. Estas duas últimas referências bíblicas cuidam do arrebatamento da Igreja, a qual, como já vimos, será antes da grande tribulação. Mas Mt 24:29,30 diz textualmente que é “depois da aflição daqueles dias” que aparecerá no céu o sinal do Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória. Tal se dá porque a segunda vinda de Jesus tem duas fases: na primeira Ele virá só para “os que o esperam para a salvação” (Hb 9.28), mas na segunda Ele aparecerá a todos (Mt 24.29,30; Ap 1:7; At 1:11);

2.4. O juízo das nações

No dia em que se concretizar o Armagedom, as nações serão julgadas (Mt 25:31-33). O que terá seu peso verificado na “balança”, será o tratamento que estas nações terão dispensado aos Judeus durante a Grande Tribulação (Mt 25:34-46). Veja o leitor que as pessoas que ouvirão o “vinde”, não são os “irmãos” de Jesus, e sim, pessoas que haviam usado de bondade para com os “irmãos” (Mt 25:40). Logo, as “ovelhas” e os “irmãos” são distintos, isto é, um não é o outro. Sim, o texto ora em lide, que é Mt 25:31-46, nos fala de três grupos distintos: os irmãos de Jesus, as ovelhas, e os bodes. As “ovelhas” não são “os irmãos”, já que ninguém pode ser recompensado por ter usado de bondade para consigo mesmo. Então, quem são eles? Resposta: Os irmãos são os judeus; as ovelhas são os gentios que usarão de bondade para com os judeus durante a grande tribulação; e os cabritos são os gentios que não serão benévolos para com os judeus, durante a grande tribulação.

Não confunda o Juízo das Nações com o Juízo Final. Este será após o Milênio, mas aquele, antes.

O leitor já deve ter percebido que o juízo das nações terá lugar após o Armagedom. Sim, imediatamente após o Armagedom, o Senhor Jesus Cristo congregará diante de Si as nações; apartará os homens uns dos outros, como o pastor aparta as ovelhas dos bodes; porá as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda; dirá às ovelhas que se acheguem a Ele, para receberem o reino que lhes está preparado desde a fundação do mundo, e dirá aos bodes para se apartarem dEle para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25:31-46).

Se nesse dia os “bodes” irão para o fogo eterno, é de se esperar que o Anticristo e o falso profeta também irão, pois eles “bodes” são (Ap 19:20). Nesse dia o diabo não será lançado no mesmo lugar em que serão precipitados os bodes, o anticristo e o falso profeta, mas sim, no mais profundo abismo existente no Seol (Is 14:14, 15; Ap 20:3 a; Lc 8.31; 16:26, etc.) onde não “passará” a eternidade, mas apenas mil anos (Ap 20:1-3,7). Veja o leitor que Is14:15 diz textualmente que o diabo será levado “ao Seol, ao mais profundo do abismo”. Esta profecia se cumprirá logo após o Armagedom;

2.5. O Milênio
Tão logo o Senhor: a) destrua os exércitos inimigos de Israel no Armagedom; b) julgue as nações; c) lance os “bodes”, a “besta” e o falso profeta no lago de fogo; d) e prenda o diabo por mil anos, convidará a Si as Suas ovelhas, a fim de que estas possuam por herança o Reino, iniciando-se assim o período áureo do Reino milenar de nosso Senhor. Isaías 11:6-9; e 65:20-25 tratam deste período. Eis mais algumas das muitas passagens bíblicas que tratam deste assunto: Zc 14:8-21; Dn 2:44; 7:13, 14,27; Ap 20:4-7; Mt 6:10, etc.;

2.6. O juízo final
Quando o Reino milenar terminar, Satanás será solto por um curto espaço de tempo (Ap 20:3) e a seguir lançado definitivamente no lago de fogo, onde encontrará os ímpios que foram lançados no fogo eterno quando do juízo das nações (Mt 25:41), entre os quais estarão o anticristo e o falso profeta (Ap 20:10), que lá foram lançados imediatamente após o Armagedom (Ap 19:20) e antes do Milênio (Ap 19:19, 20; 20:10);

Logo após o diabo ser lançado definitivamente no lago de fogo, virá o juízo final, quando então se dará a ressurreição de todos os mortos ímpios, os quais serão julgados e lançados no lago de fogo (Ap 20:11-13). É ao julgamento definitivo e geral dos ímpios que chamamos de Juízo Final;
2.7. A purificação da Terra.

À luz de 2 Pe 3:7, 10-13, o planeta Terra será purificado com fogo. Segundo o versículo 11 e também o Sl 102:25-27, este fogo não será simbólico, como o querem os testemunhas-de-jeová, mas sim, literal, visto que o vocábulo perecer, aparece nestes textos.

O que será do povo salvo, saído do Milênio, que aqui estiver residindo, quando Deus estiver expurgando a Terra? À página 96, do livro intitulado O Calendário da Profecia, o Pastor Antonio Gilberto responde a esta pergunta: “O mesmo Deus que preservou a sarça de se consumir (Ex 3:2), e tornou imunes ao fogo os três jovens hebreus (Dn 3:25), também pode preservar o povo salvo, saído do Milênio, e tudo mais que Ele quiser, durante esta expurgação final dos Céus e da Terra: ‘ Ponho as minhas palavras na tua boca, e te protejo com a sombra da minha mão, para que se estenda novos Céus, funde nova terra, e diga a Sião: Tu és o meu povo (Is 51:16)’ ”.

2.8. A descida da Nova Jerusalém
Imediatamente após a restauração dos céus e da Terra, a nossa Pátria Celestial (Fp 3.20), que nos foi preparada por Jesus (Jo 14:1-3), com a qual sonhavam os heróis da fé listados em Hebreus, capítulo 11 (queira ver os versículos 10, 13-16), virá definitivamente para cá (Ap 21.10). Este é o feliz estado eterno que tanto aspiramos! Que Deus nos ajude a herdarmos estas maravilhas!

A Nova Jerusalém será a eterna morada do povo de Deus do Antigo e do Novo Testamentos, mas o povo salvo saído do Milênio, herdará a Terra restaurada, a qual então será paradisíaca, como fora antes da entrada do pecado no mundo. Veremos isto no próximo tópico.

III.PERGUNTAS E RESPOSTAS NA ÁREA ESCATOLÓGICAS

Parece-me que quem não é curioso, já morreu. Com isso não quero dizer apenas que os não-curiosos vivem como se estivessem mortos, e sim, que a curiosidade faz parte da vida, sendo-nos, pois, tão comum, que não há, sequer, uma só pessoa que não seja curiosa. Queremos nos inteirar sobre tudo, inclusive, quanto ao futuro. E, posto que a Bíblia nos revela o que se reserva ao Universo e aos seus ocupantes, podemos satisfazer nossa curiosidade no Livro dos livros. Vejamos, então, o que a Bíblia tem a nos dizer sobre os seguintes pontos: a) quem residirá na Nova Terra; b) se a humanidade irá, ou não, ocupar outros corpos celestes além da Terra; e c) que fará, a Igreja, na eternidade.

3.1. Quem herdará a Nova Terra?
O leitor já deve ter percebido que no dia do arrebatamento da Igreja ficará alguém aqui na Terra, a saber, os que nesse dia não estiverem de posse do perdão de seus pecados. Dentre estes, muitos se converterão a Cristo e recusarão lutar contra os judeus sob as ordens do Anticristo. Destes, uma multidão incontável será morta por ordem da “Besta”. Estes mártires ressuscitarão na última etapa da Primeira Ressurreição. Apocalipse 7:9 a 17; 20:4-6 trata deste assunto. Veja que Ap 7:14 diz que a grande multidão veio da (e não de, como erroneamente consta de algumas de nossas Bíblias) Grande Tribulação. Esta, como já vimos, terá lugar após a Igreja do Senhor Jesus ser arrebatada ao Céu. Mas, nem todos os que recusarem guerrear contra os judeus morrerão na Grande

Tribulação. Muitos irão sobreviver. Estes são os que ouvirão o “VINDE” registrado em Mt 25:34. Estes, e seus filhos nascidos durante o Milânio, se forem fiéis (e muitos o serão) herdarão o planeta Terra (Mt 5:5; Sl 37:11, 29 ).

Resumindo, diremos que os que não subirem para o Céu no dia do arrebatamento da Igreja e se converterem durante a 70ª semana de anos de Daniel, e não morrerem nesse período (os que morrerem serão ressuscitados, reinarão com Cristo durante mil anos, mas não se casarão [Mt 22:23-30; Lc 20:27-36]), juntamente com seus filhos que nascerem durante e após o Milênio, se não cederem nem mesmo ante as provas, às quais serão submetidos depois do Reino Milenar (Ap 20:7-10), herdarão a Terra.

Uma das muitas provas de que realmente haverá nações no planeta Terra para sempre, é o fato de a Bíblia afirmar que quando a Nova Jerusalém descer do Céu, “... as nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra” (Ap 21.24) e que “... a ela trarão a glória e honra das nações” (Ap 21.26).


3.2 Que faremos na eternidade?
A Bíblia é clara ao afirmar que vamos servir a Deus (Ap 22:3), mas não nos dá muitos detalhes das atividades que por nós serão executadas na Cidade Celestial, a Nova Jerusalém. Contudo, à página 100 de O Calendário da Profecia supracitado, há uma afirmação que me parece respaldada pelas Escrituras:“ A Igreja, em estado de glória e felicidade eterna governará a Terra sob Cristo.” Compare esta afirmação com Ap 1:6; 5:10.

IV. COMO OCORRERÁ AS RESSURREIÇÕES

Como já vimos superficialmente, a Bíblia fala de duas ressurreições – a primeira e a segunda (Ap 20:4-6, 12-15). A primeira ressurreição será consumada mil anos antes da segunda; e só os que morreram salvos, participarão dela. As expressões: “ressurreição dos justos” (Lc 14.14) e “ressurreição dentre os mortos” (Lc 20:35; Fp 3.11) referem-se à primeira ressurreição. A primeira ressurreição se dará em três etapas; mas a segunda ressurreição ocorrerá de uma só vez. A primeira etapa da primeira ressurreição já se concretizou há quase dois mil anos, e as duas que restam se realizarão brevemente.

4.1. A primeira ressurreição.
O que a Bíblia chama de primeira ressurreição não se dá numa etapa única. Veremos isso abaixo.

4.1.1. A primeira etapa

Na primeira etapa da primeira ressurreição, só Jesus e mais um pequeno grupo ressuscitaram (At 26.23; Mt 27:52,53). Poderíamos chamar a primeira etapa de primeira e segunda etapas, visto que a Bíblia diz que Jesus é “o primeiro da ressurreição dos mortos” (At 26.23); e que os santos que ressurgiram dentre os mortos quando da ressurreição de Jesus, “saíram dos sepulcros, depois da ressurreição dEle” (Mt 27:52,53). Porém, para não destoarmos dos demais estudiosos deste tema, chamemos estas duas etapas de Primeira Etapa.

4.1.2. A segunda etapa
1Ts 4.16 diz: “ Porque o Senhor mesmo descerá do Céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo, ressuscitarão primeiro”. Esta ressurreição ocorrerá na primeira fase da segunda vinda de Jesus, no dia do arrebatamento da Igreja (1Co 15.51,52; 1Ts 4.13-17). Nesse dia, juntamente com os mortos previamente ressuscitados já transformados, subiremos ao Céu, ao encontro de Jesus.

4.1.3. A terceira etapa.

“ ... e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se completassem. Esta é a primeira ressurreição. Bem aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante os mil anos” (Ap 20.4-6).

A CHEGADA DA DA IGREJA NO CÉU

Enquanto a Grande Tribulação toma conta do mundo, a igreja estará em gozo perene no céu.  Estaremos a desfrutar de tudo que Deus reservou para os salvos na pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

       Conforme já mencionamos, com a chegada da igreja no céu, três coisas acontecerão:

01 – A noiva será apresentada ao noivo pelo Espírito Santo.  Recordo-me agora quando Eliezer, o mordomo de Abraão foi buscar uma noiva para Isaque.  Eliezer levou Rebeca através do deserto, chegou na terá de Canaã, apresentou Rebeca a Isaque que a recebeu com amor.  Que tipologia maravilhosa!  Abraão tipifica Deus o Pai, Eliezer Deus Espírito Santo, Isaque Deus o Filho Jesus Cristo, Rebeca a igreja, a noiva de Jesus (Gênesis 24).

       O Espírito Santo nosso Eliezer, está conduzindo através do deserto desta vida, a igreja de Jesus.  Mas brevemente esta Rebeca será apresentada a Isaque para viverem juntos para sempre.

02 – O julgamento da igreja no céu.  Após a apresentação, iremos para a sala do juízo e seremos julgados. Todos haveremos de comparecer perante o  tribunal de Cristo.  (II Coríntios 5:10)  Ali seremos julgados por tudo quanto houvermos feito, quer bem ou mal através do corpo.  Este mal aqui, não é um mal de pecado, se fosse pecado nem arrebatados seríamos.  Este mal é no tocante a obra do Senhor.  Tendo trabalhado de maneira displicente, ali passaremos vexames, pois o trabalho desaprovado por Deus, galardão não terá (I Coríntios 3: 10-15).  Aquele que construiu com ouro, prata ou pedras preciosas, este tal receberá galardão, porque o fogo não destruirá estas obras.  Mas aquele que construiu com madeira, feno ou palha, o tal sofrerá detrimento, entretanto, será salvo como que pelo fogo.

       Portanto, vejamos como estamos edificando sobre esta base que é Cristo.  O ouro, a prata e a pedra preciosa, falam exatamente da cooperação da Trindade Augusta e Eterna na nossa vida de obreiro aqui na terra.

       O ouro fala da realeza, da presença de Deus na vida do obreiro.  A prata fala da redenção em  Jesus por intermédio do seu sangue precioso.  As pedras preciosas falam do adorno do Espírito Santo e de sua participação na obra de Deus.

       Você obreiro que edifica com ouro, prata e pedras preciosas, está edificando com a cooperação da Trindade.  Entretanto, existem obreiros que estão edificando com madeira, feno e palha, ou seja, com filosofias da vaidade e leviandade humanas.  Destacando o seu “eu” em primeiro lugar, edificando com material totalmente destrutível.  O fogo vai destruir e o tal não receberá galardão.  Todavia será salvo como que pelo fogo. 

“Eis que cedo venho e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra”.  (Apocalipse 22:12).

       Nisto vemos que o nosso galardão será de acordo com o que trabalharmos.

       O que você tem feito para Deus meu amado irmão?  Porque está parado?  Trabalhe!  Os hospitais, as penitenciárias, os crentes fracos, os desviados, as almas perdidas esperam por nós.  Você que tinha antes aquela palavra de ânimo, de carinho, sabia buscar as almas para o reino de Deus, agora cruzou os braços, cuidado!...  Jesus está te chamando d volta para o trabalho.  Quando você subir no arrebatamento, será galardoado e eu espero que receba um grandioso galardão por todo o trabalho feito para Deus na terra.

03 – As bodas do Cordeiro.  Terminando ali julgamento, iremos para uma outra sala, a sala do banquete.  Tudo no céu é lindo, maravilhoso.  Estaremos deslizando sobre as ruas feitas de ouro puro.  Passaremos por corredores nunca vistos, veremos a árvore da vida, o trono do Cordeiro e o rio da vida.  Toda a glória celestial será contemplada por mim e por você.  Ali não haverá defeitos físicos, não existirão velhos, todos estaremos transformados na presença do Senhor nosso Deus.

       No momento do banquete das Bodas do Cordeiro assentar-se-ão naquela mesa Abraão, Isaque e Jacó.  Não somente estes patriarcas, as, ali teremos Jô, Davi, Isaias, Jeremias, Ezequiel, enfim, todos os profetas.  Encontraremos com Paulo, Pedro, Tiago, todos os apóstolos, patriarcas e profetas ali estarão.  Encontraremos também com outros irmãos que já partiram para a glória celestial como Gunnar Vingren, Daniel Berg, os fundadores das Assembléias de Deus no Brasil.  Ali estaremos com João Wesley, Jorge Muller, o grande ganhador de almas Moody, enfim, aquele teu parente que morreu em Cristo ali estará.  E na cabeceira da mesa estará o Cordeiro de Deus, aquele que tem as cicatrizes da cruz.  Isto não é esplêndido?  Você contemplar Jesus Cristo?  Agora não mais aquele homem totalmente aniquilado pelas chagas do calvário, mas o Filho de Deus em corpo de glória.

       E seremos semelhantes a Ele, porque assim como é O veremos (I João 3:2).  Aí dar-se-á  o grande casamento simbólico do cordeiro com a igreja (Apocalipse 19:7-9).

       E no final da Ceia das Bodas do cordeiro, estará terminando então o sétimo ano.  Aí Deus estará dando ouvidos à oração do povo de Israel que na terra clama.  Sim, porque na terra a Grande Tribulação chega ao seu final.   Os judeus já não suportando mais começam a clamar a Deus, despertados pelo Espírito do Senhor.  Em Zacarias 12:10 está escrito que Deus derramará um espírito de graça e súplica sobre todo o povo judeu.  Eles clamarão e o Senhor os ouvirá.  Neste momento então receberemos a ordem de descer com Jesus para defender os judeus.  (Apocalipse 19: 12-21).  João viu o Filho do Homem, descendo montado num cavalo branco com as roupas salpicadas de sangue e o nome escrito “a PALAVRA DE Deus”.

       Seguiam-no os exércitos celestiais vestidos de linho puro, fino e resplandecente, e estes exércitos também vinham montados a cavalo.  É claro que tudo isto aqui é figurativo.

       Vale a pena ressaltar que esta roupa de linho puro, fino e resplandecente equivale a do exército que vem seguindo Filho de Deus.   Ora, se as vestes são as mesmas, logo, é a igreja que está descendo com Jesus.

FASE INVISÍVEL DA VINDA DE JESUS

       Sete anos após o arrebatamento e confirmando a profecia de Zacarias 14:4-5 que diz:

“Eis que vem o Senhor com todos os seus santos”   Zacarias 14.4-5

      E também de Enoque em Judas 14 que diz: 

“Eis que vem o Senhor com milhares dos seus santos”   Judas 14

       Descerá a igreja com Jesus e aí se dará a segunda fase visível da Sua vinda.  Diz a Bíblia: 

Aparecerá no céu o sinal do Filho do  Homem e as potências dos céus serão abaladas.  (Mateus 24:29-30).

Aparecerá Jesus com poder e grande glória sobre as nuvens e todo o olho O verá. (Apocalipse 1:7)

       Neste momento a igreja descerá com Jesus e poremos os pés sobre o monte das Oliveiras.  (Zacarias 14:4-5)  É aqui que se dará a guerra do Armagedom.

GUERRA DO ARMAGEDOM (Julgamento das nações)

       Todos aqueles que perseguiram Israel durante a grande tribulação serão neste momento destruídos.  No momento em que descermos e pusermos os pés sobre o monte das Oliveiras, os judeus perguntarão a Jesus:  “Que feridas são estar nas tuas mãos?”  Ele responderá:

“São as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos.”  (Zacarias 13:16)

       É aí então que os judeus entenderão que aquele Messias é o mesmo Jesus que eles mataram há milênios atrás.  Diz a Bíblia que haverá um arrependimento nacional.  Chorarão como  nunca choraram, como na morte de um primogênito (Zacarias 12:10).  Neste momento então terá terminado a Grande Tribulação, os judeus serão socorridos pelo auxílio divino e se dará o julgamento das nações.  O monte das Oliveiras, onde poremos os pés, se apartará de um lado para outro e no seu meio aparecerá um gigantesco vale (Joel 3:2).  Aí o Senhor congregará todas as nações, fazendo-as descer ao vale de Josafá e ali Ele julgará as nações por causa de Israel  (Mateus 25:31-46).  Pondo então aqueles que maltrataram Israel a Sua esquerda e aqueles que defenderam Israel a Sua direita, dirá aos da direita:

“Vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.”

       E aos da esquerda dirá: 

“Apartai-vos de mim malditos para o fogo eterno preparado para o diabo e seus anjos”.

       Isto nos mostra que essas nações que perseguiram Israel desaparecerão do mapa a partir de então.  Aqueles que defenderam os judeus entrarão no milênio e participarão da glória celestial aqui na terra.  Estas nações que defenderam os judeus, não serão salvas para sempre.  Deus apenas lhes dará uma recompensa por terem defendido os judeus no período da Grande Tribulação.

O MILÊNIO
O Milênio - II Ped. 3:13.
No princípio Deus criou o homem imortal. Se bem que era uma imortalidade condicional, pois no Éden Deus colocou a árvore do conhecimento – ciência – do bem e do mal (Gên. 2:17) para certificar-Se da fidelidade do ser recém criado para com a Sua vontade – Lei . Porém o homem quebrou esta Lei e perdeu a sua imortalidade. Leia: Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. (Gên. 3:22 RA). Mas, mesmo punindo, Deus tinha um plano de salvação: Cristo, o Cordeiro de Deus... que tira o pecado do mundo (João 1:29). Porém, desde a queda do homem, o diabo tem estado na mais absoluta atividade e nunca esteve tão ativo como nos nossos dias. Crimes, assaltos, seqüestros relâmpagos, etc. Acidentes de carros, barcos, aviões ou trem sempre deixam inúmeras vítimas... Vítimas inocentes! As doenças estão cada vez mais mortais... As curas, cada vez mais distantes!E o homem continua brincando de ser Deus...

Mas as Escrituras Sagradas nos mostram que esta atividade satânica não se perpetuará para sempre. Haverá um fim para o pecado, para a morte e para o diabo... Mais especificamente haverá um período de mil anos – um milênio – em que Satanás estará totalmente “amarrado”; ficará impossibilitado de tentar, atormentar ou destruir qualquer dos filhos de Deus. Vejamos como e quando isto ocorrerá:

Em que duas ressurreições disse Cristo que os mortos ressuscitariam? João 5:28e29. Quando ressurgirão os mortos justos? I Tes. 4:16e17. Como chama a Bíblia a esta ressurreição? Apoc. 20:6. Que acontecerá aos justos que estiverem vivos quando Cristo vir, no princípio do milênio? I Tes. 4:17. Que diz a Bíblia, que indica que os justos mortos hão de ser ressuscitados no princípio do milênio? & Apoc. 20:4e6. Que efeito terá a segunda vinda de Cristo, sobre os ímpios que estiverem vivos? Jer. 25:31-33 (II Ped. 3:7, 10-13; o homem pecador não resiste perante a glória do Senhor – II Tes. 2:7e8). Como indica a Bíblia que a segunda vinda de Cristo não terá nenhum efeito sobre os ímpios mortos, naquela ocasião? Apoc. 20:5. O que acontecerá com Satanás no início do milênio? Apoc. 20:1-3. Visto que Satanás estará “preso”, o que ele não poderá fazer durante o milênio? Apoc. 20:3 Como não existirá mais ninguém para que Satanás possa tentar, ele estará “preso às circunstancias” numa terra deserta. Lev. 16:7-10, 22; cf. Jer. 4:23-27.

Onde estarão os santos durante o milênio? Apoc. 20:4, 6. Que descerá dos Céus após o milênio? Apoc. 21:2 cf. Zac. 14:4e5. Quando voltarão a viver os ímpios? Apoc. 20:5. Quando Satanás for solto que fará ele? Apoc. 20:7e8. Qual será o resultado desta tentativa satânica? Apoc. 20:9, 14e15.

Vamos recapitular os acontecimentos destes tempos: No princípio do milênio – Cristo volta, os justos são ressuscitados para irem de encontro com Ele, nas nuvens (I Tes. 4:16e17); os justos vivos serão transformados – veja que transformação não é trocar por outro corpo e sim que toda a marca do pecado será erradicada, para podermos olhar face a face, a Cristo (I Cor. 15:51e52); Morte dos ímpios vivos (II Tes. 2:7e8) e Satanás é “preso” por mil anos (Apoc. 20:2). Durante o milênio – Os santos reinam com Cristo nos céus e julgam os mortos – devemos ficar sabendo por que aqueles não foram salvos (Apoc. 20:4; I Cor. 6:2e3) e a terra estará “desolada” (Jer. 4:23-27).

Após o milênio: Cristo desce sobre o Monte das Oliveiras (Zac. 14:4e5); a Santa Cidade desce com os santos (Apoc. 21:2); Satanás é solto quando ressurgem os ímpios (Apoc. 20:7e8) e finalmente os ímpios – juntamente com a morte e o pecado – serão destruídos pelo fogo (Apoc. 20:9,15).
      
Naquele dia o Senhor será Rei sobre toda a terra.  Um só será o Senhor e um só será o Seu nome. (Zacarias 14:9)  A primeira medida que Jesus tomará será prender satanás no profundo do abismo (Apocalipse 20:1-2).  A Bíblia dá pelo menos quatro nomes aqui a satanás:  Dragão, Serpente, Diabo e Satanás.  Como Dragão ele mostra a sua força.  Como Serpente a sua astúcia.  A palavra Diabo vem do grego e significa acusador.  Satanás vem do hebraico e significa adversário.  Ele é tudo isso, causando perturbação às nações.  Daí a necessidade de estar preso para que haja paz no vale do Senhor.

       O sistema de governo no milênio será divino, não será monarquia, democracia, ditadura, mas será teocracia, ou seja, governo de Deus.  Este governo será infalível, inigualável, perfeito.  Jesus será Rei de toda a terra, regerá todas as nações do mundo.  Jerusalém será a capital mundial no milênio, todas as nações subirão para adorar o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores em Jerusalém, sob pena de severas punições se não forem.  (Zacarias 14:12-19).  Aí terá início a mais linda história da humanidade desde o Éden.  No mundo animal por exemplo, haverá algumas mudanças.  A ferocidade será extinta (Isaías 11:6-9).  O lobo estará junto com o cordeiro, o leão estará junto com o boi, o leopardo com o cabrito e as crianças poderão pegas nas serpentes.  Paz haverá também no mundo anima.  Alguns animais mudarão seus hábitos alimentares.  Os animais que são carnívoros se tornarão herbívoros.  Veja o caso do leão neste mesmo texto.  (Isaías 11:6-9)  Está escrito que o leão comerá palha com o boi e se tornará herbívoro.  Haverá mudança completa no mundo animal (Isaías 11:7).

       Entre os homens também haverá paz.  As nações não aprenderão mais a guerrear.  As suas armas de guerra serão transformadas em ferramentas de trabalho (Isaías 2:2-5).  Leia ainda mais sobre o milênio em Isaías 65:20-25.

       As praças de Jerusalém estarão cheias de meninos e velhos.  Os velhos aproveitando a hora de lazer e as crianças brincando em total tranquilidade.  (Zacarias 8: 4-5)
       Outro fato interessante que acontecerá no milênio será o mar morto tendo as suas águas saradas.  Do santuário de Jerusalém, do altar de Deus, sairão águas vivas que farão um grande rio e este rio penetrará no mar oriental.  Este mar oriental aqui é o Mar Morto.  As suas águas sararão e existirão ali peixes e os pescadores pescarão (Ezequiel 47:1-12).
       Zacarias também falou algo sobre isto no capítulo 14:8, dizendo que de Jerusalém sairão águas vivas e irão metade para o mar oriental, que é o Mar Morto, e metade para o mar ocidental, que é o Mar Mediterrâneo.  “E lá no Mar Morto, dará peixes como dá no Mar Grande”.  Este Mar Grande que Ezequiel fala, é exatamente o Mar Mediterrâneo.

O TRONO BRANCO
       As nações que vierem do milênio serão reconquistadas por satanás e irão de encontro a Jerusalém para tentar destruir o Arraial dos Santos, mas descerá fogo do céu e os derrotará.

       Neste momento, Satanás será lançado no lago que arde com fogo e enxofre, onde estarão a besta e o falso profeta (Apocalipse 20:10).

       Logo após o milênio, dar-se-á a segunda ressurreição.  Anteriormente falamos que a Bíblia nos fala de duas ressurreições.  A primeira é para salvação e a segunda para perdição.  A segunda acontece neste momento, após mil anos (Daniel 12:2).  Neste texto Daniel nos fala de duas ressurreições.  Os perdidos serão ressuscitados, agora para encarar o remendo Juiz.  João viu um grande e sublime trono, um Trono Branco.  E o que estava assentado sobre ele tinha uma aparência tão tremenda que dele fugiram os céus e a terra.  Diante dele todos foram julgados, grandes e pequenos, desde o mais nobre até o plebeu.  Todos foram julgados de acordo com o que estava escrito nos livros e ditatorialmente condenados.

       O livro da Vida foi aberto como uma prova de que o nome daquela gente não se achava ali.  O julgamento meu coro irmão em Cristo, é para que cada um receba maior ou menor punição.  Jesus comprova isto fazendo um discurso ao povo em Corazim e Betsaida: 

“Ai de ti Corazim, ai de ti Betsaida, naquele dia haverá menor rigor para os de Tiro e de Sidom do que para vós”.  (Mateus 11:21-22).

       Isto é um sinal de que o fogo do inferno viera com mais ou menos rigor de acordo com o que a criatura houver praticado na terra.  Quem mais pecou, mais calor terá.  Entretanto o calor será eterno (Apocalipse 20:10).  O julgamento tem esta finalidade específica, o rigor de cada pena e pra toda a eternidade.

       Terminando o julgamento terrível, todos aqueles que ali estavam serão lançados no lago que arde com fogo e enxofre.  A seguir, provavelmente naquele tempo, os anjos ali também serão julgados.  Aqueles anjos terríveis que se rebelaram contra Deus (II Pedro 2:4 – Judas 6)

Terminando tudo isto, o céu e a terra passarão com grande estrondo e os elementos ardendo se fundirão (II Pedro 3:12).

       Daí pra frente surgirão novos céus e nova erra, onde habitará a justiça (II Pedro 3:13 – Apocalipse 21:1-8 – Isaias 66:22).

       Começa aqui, propriamente dito, o dia de Deus que é a eternidade.  Então Jesus devolverá o reino ao Pai, segundo o que nos ensinou o Apóstolo Paulo.  (I Coríntios 15:24-28).  Uma nova era começa, uma eternidade de gozo, de paz e de alegria no Espírito Santo de Deus.  Neste tempo céus e terra hão de ser a mesma grei, ou seja, tudo a mesma coisa.

       A eternidade é definida por um escritor holandês da seguinte maneira:

A eternidade é semelhante a um pássaro que sai de sua terra de mil em mil anos, e de grão em grão ele está ordenado a aplainar a mais alta montanha do mundo.  Quando houver conseguido isto, terá passado apenas um minuto da eternidade. Que estes estudos escatológicos sirvam para edificação de tua fé.



PERGUNTAS E RESPOSTAS DA ESCATOLOGIA BÍBLICA:

01. Existe algum sentido escatológico na vida de Enoque?
R. Sim. Ele é um tipo da Igreja, que será arrebatada (Gn 5.18-24). Assim como Enoque foi trasladado antes do Dilúvio, a Igreja subirá pelo Arrebatamento, antes da Grande Tribulação (Ap 3.10).

02. Que relação existe entre a vida de Noé e a Escatologia?
R. Noé, que foi salvo do Dilúvio através da Arca, lembra a Igreja que tem sida salva do Mundo por Jesus Cristo. Jesus identificou os dias que precedem Sua Segunda Vinda como os dias de Noé. Leia Gn 7.23; 8.1,4 16,19; I Pe 3.20,21; Mt 24.37,39.

03. Por que Ló é um tipo do Arrebatamento? Porque foi tirado de Sodoma antes de sua destruição, Gn 19.22,24.

04. Existe algum texto em Gênesis que aponte para o reino Messiânico de Jesus?
R. Sim. Leia Gênesis 49.10.

05. Onde se encontram alusões ao reino Messiânico, em Levítico?
R. leia Levítico 26.5,10.

06. Podemos encontrar algum texto em Deuteronômio que diga respeito à Grande Tribulação?
R. Sim. Leia Dt 32.22,41,43.

07. Jó cria na ressurreição?
R. Sim, de acordo com Jó 19.25.

08. Existe alguma alusão nos salmos à Primeira ressurreição?
R. Sim. Leia Salmos 17.15.

09. Existe alguma alusão nos Salmos à Grande Tribulação?
R. Sim. Leia Salmos 75.8,10; 83.13,17.

10. Existe algum versículo em Cantares de Salomão que pode ser aplicado às Bodas do Cordeiro? R. Sim. Leia Cantares 2.10; 1.4; 6.10,12.

11. Qual o profeta do AT que se referiu primariamente à Grande Tribulação com um período específico de angústia? Daniel. Veja Dn 9.26,27. Confira com Ap 7.14.

12. Em quais livros proféticos encontramos alusões à primeira ressurreição?
R. Is 26.19; 25.8; Ez 37.12,14; Dn 12.2a; 12.13; Os 6.1; 13.14;

13. Qual o principal texto dos Evangelhos acerca do estado intermediário?
R. Leia Lucas 16.19-31).

14. A Primeira Ressurreição será um fato único? Não. Será um fato dividido em 3 fases: A ressurreição de Cristo, as primícias, com as pessoas mencionadas em Mt 27.52,53; a Igreja (1 Co 15.50-54); os poucos salvos que triunfarem na grande tribulação (Ap 11. 11,12; 20.4).

15. Alguns dizem que a vinda de Cristo é a conversão de uma pessoa a Cristo. Isto é verdade? Absolutamente, não. A conversão é a IDA A CRISTO. A volta de Cristo é a VINDA de Cristo.

16. Alguns afirmam que a vinda de Cristo é a morte física do crente. Que versículos poderíamos usar para combater tal teoria?
R. Hb 9.27,28; I Co 15.51; I Ts 4.16,17; Jo11.23; Fp 3.20, etc.

17. É verdade que a vinda de Jesus se dará em duas fases?
Sim. A primeira fase será a ocasião do arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.13-18); a segunda será a revelação pessoal de Cristo (Zc 14). Na primeira fase Ele recebe a Igreja; na segunda, ele desce com a Igreja.

18. É possível saber o dia da Segunda Vinda de Cristo?
R. Absolutamente não. Jesus disse que ninguém sabe. Mt 24.36.

19. Onde se lê que Jesus voltará REPENTINAMENTE ao Mundo?
Leia Mc 13.36; I Co 15.52.

20. Quando Jesus voltar, todos O estarão esperando?
Leia Mt 25.13; 24.44; Ap 16.15; I Ts 5.2.

21. Paulo se referiu alguma vez a Jesus como sendo o Juiz Universal? Sim. Leia Rm 2.16; I Co 4.5; II co 5.10; II Tm 4.1,8, etc.

22. Onde está escrito que Jesus voltará PESSOALMENTE COM A IGREJA a esta Terra?
R. Leia At 1.11; I Ts 4.16; Zc 14.3.

23. Onde se lê que Jesus voltará REPENTINAMENTE ao Mundo?
Leia Mc 13.36; I Co 15.52.

24. Mas, Jesus disse que nem o Filho sabia. Como podemos entender a onisciência de Cristo?
R. Quando Jesus declarou NEM O FILHO SABE Ele o fez para mostrar Sua perfeita humanidade. Para ser homem perfeito, Jesus teve de abrir mão temporariamente de Seus atributos. Logo depois da Sua Ressurreição Ele retomou esses atributos. Desde então, ele sabe com exatidão o tempo de Sua volta.

25. Qual o principal trabalho de Jesus no Céu, atualmente?
R. O de Sumo Sacerdote, Hb 4.14; 10.12,13; 9.26;

26. Por que devemos crer na volta de Cristo? Porque é uma doutrina fundamental nas Escrituras; porque Deus não mente; porque está mui próxima. É uma promessa que traz consolo 1Ts 4.13-18.

27. É lícito orar pela volta de Cristo?
Leia Mt 6.10; Ap 22.20; I Pe 4.7.

28. Quais os principais grupos de sinais da volta de Cristo? Sociais, naturais, políticos, religiosos, morais, científicos e eclesiológicos (Mt 24.4-8; Lc 21.5-11).

29. Quem será arrebatado no Dia da volta de Cristo? Os salvos, santos, fiéis, pacientes e vigilantes.I Ts 3.12,13; Hb 12.14; I Jo 3.2,3; Hb 10.25; Tg 5.8; Lc 21.36, etc.

30. Quais os principais textos que falam do ARREBATAMENTO da Igreja?
R. 1 Co 15.51 e 1 Ts 4.16-18. Mas nos Evangelhos e em Isaias também existem referências expressivas.

31. Em quantas etapas se consuma a nossa salvação?
R. Em 6: Justificação, Adoção, Regeneração, Santificação e Glorificação.

32. Qual das etapas acima se enquadra na Escatologia? A Glorificação 1 Co 15.52-55.

33. Qual o mais completo texto sobre o Tribunal de Cristo? I Co 3.11-15.

34. Qual será o próximo grande acontecimento para o Povo de Deus na Terra?
R. Sem dúvida alguma será o ARREBATAMENTO (1 Ts 4.13-18).

35. Existe algum versículo que fale simultaneamente sobre as duas vindas de Cristo a este mundo? R. Sim. Um exemplo clássico é Hebreus 9.27-28.

36. Para a Igreja, que acontecimento se seguirá ao Arrebatamento?
R. O Tribunal de Cristo e as bodas do Cordeiro (2 Co 5.10; Ap 19.7-9).

37. A trombeta de I Co 15.52 é a mesma sétima trombeta do Apocalipse 11. 15?
R. Certamente, não. Paulo fala da trombeta do arrebatamento, relacionada com a glória da Igreja. João se refere a uma trombeta de juízo, destinado aos ímpios.

38. A Bíblia relaciona a volta de Jesus com um "piscar de olhos" (1 Co 15.52). Quanto tempo dura um piscar de olhos? R. Segundo os engenheiros da GE, demora onze centésimos de segundo.

39. É realmente bíblica a doutrina do Tribunal de Cristo?
R. Sim. Todos os crentes em Jesus devem estar conscientes de que algum dia, após o Arrebatamento da Igreja, o Senhor Jesus Se reunirá com a Igreja a fim de promover o que as Escrituras chamam de TRIBUNAL DE CRISTO: um encontro para julgamento das nossas obras, praticadas aqui na Terra, e a conseqüente entrega dos galardões (1 Co 3.11-15).

40. Alguém será condenado no Tribunal de Cristo?
R. Não, absolutamente (2 Co 3.15). Será um Tribunal para recompensar os salvos, o julgamento de compensação será estabelecido sobre as obras que cada um tiver feito para Deus.

41. O Tribunal de Cristo será para recebermos a recompensa de nossa salvação?
R. Nosso direito de entrar no Céu foi obtido mediante o derramamento do sangue de Jesus na cruz do Calvário. Nosso galardão será alcançado mediante o resultado de nosso trabalho. A salvação é pela fé, Ef 2.8. O galardão, pelas obras, Ap 22.10.

42. Qual o mais completo texto sobre o Tribunal de Cristo? I Co 3.11-15.

43. Qual o significado espiritual do ouro, como elemento de julgamento, no Tribunal de Cristo? O ouro representa tudo que se relaciona com o Pai: a Pessoa, a Glória, o Poder, a Palavra e a realeza de Deus. Leia I Pe 4.10,11; Sl 19.10; Pv 8.10,19; Ml 3; Jó 22.23,25.

44. Que simboliza a prata? A prata simboliza tudo aquilo que se relaciona com o Filho, especialmente o seu sacrifício. No AT prata é o metal da redenção. Leia Ex 30.11,16; Lv 23.34.

45. Que simbolizam as pedras preciosas? As pedras preciosas simbolizam o que se relaciona com o Espírito Santo: operações, dons e fruto. Leia Cl 1.29; Rm 15.18; Ez 16.13; Gn 24.53; I Co 12.4,6.

46. Que simboliza a madeira? Madeira é, ao longo das Escrituras, um símbolo da fragilidade da natureza humana. Gl 6.3; Lc 6.32,34.

47. Que simboliza o feno (capim)? Isto fala das coisas secas, coisas que não se renovam Jr 23.28; Is 15.16.

48. Que simboliza a palha? Palha representa tudo àquilo que não possui estabilidade. Fala também da escravidão espiritual, Is 5.24; Na 1.10; Ex 5.7; Ef 4.14. é um material que lembra a fragilidade, a vaidade e a incapacidade humanas.

49. Que fogo é aquele mencionado no texto de I Co 3, relacionado com o Tribunal de Cristo? O fogo tem muitos significados e aplicações na Escritura. Aquele fogo de I Co 3 significa a glória pessoal do rosto de Cristo, como visto por João em Ap 1. Ao contemplar as nossas obras, em Sua presença, o fogo consumirá ou projetará o mérito da referida obra.

50. Devemos ter medo de comparecer no Tribunal de Cristo? Não. Se servirmos a Deus com sinceridade e fidelidade, teremos confiança de estarmos diante dEle, I Jo 2.28.

51. O Tribunal de Cristo será a mesma coisa que o Grande Trono Branco?
R. Não devemos confundir o Tribunal de Cristo com o Grande Trono Branco. O tribunal de Cristo será para os salvos. O trono branco para os inconversos. O tribunal de Cristo ocorrerá antes das Bodas do Cordeiro e antes do milênio. O julgamento do trono branco após o milênio e a última revolta de Satanás. Em ambos, o Juiz será Jesus, porque ele foi constituído pelo Pai Juiz dos vivos e dos mortos.

52. Quais as coroas mencionadas nas Escrituras, destinadas aos crentes vencedores?
R. Da vida, da justiça, de glória e a incorruptível, Tg 1.12; II Tm 4.8; I Pe 5.2,4; I Co 9.25,27.

53. Que acontecerá depois do Tribunal de Cristo?
R. Para a igreja, as Bodas do Cordeiro (Ap 19. 5-9), para o mundo a grande tribulação (Ap.6-19).

54. Quem participará das Bodas do Cordeiro?
R. A Igreja, na condição de NOIVA DE CRISTO Ap 19.7.

55. Que texto bíblico fala explicitamente da Igreja como NOIVA de Cristo?
R. 2 Corintios 11.2.

56. Quais os únicos livros do NT que não apresentam mensagens escatológicas?
R. Gálatas, Filemon, II e III João.

57. Onde Jesus é mencionado expressamente como NOIVO da Igreja? R. Efésios 5.22-33.

58. Que acontecerá depois das Bodas do Cordeiro?
R. Jesus Cristo descerá em glória com os santos (Ap 19.11-16; Jd vss 14,15).


59. Que significa a expressão DIA DO SENHOR?
R. Significa dia da Ira de Deus, da Ira do Cordeiro, grande tormenta ou grande tribulação. Paulo em Fp 1.6, designa o arrebatamento da Igreja como o Dia de Cristo. Em 2 Ts 2.2 Paulo nomeia a ira Divina (Dia do Senhor), que está prestes a abater sobre todo o mundo ímpio num período de 07 anos na Grande Tribulação (Dn 9.24-27). O AT fornece vários textos sobre este terrível dia (Leia Sf 1.14-18). Em suma o Dia do Senhor é a Grande Tribulação.

60. O que fará o Anticristo?
R. A Bíblia chama de Anticristo uma pessoa que receberá o poder de Satanás para ser um governante mundial durante a segunda metade dos 7 anos da grande tribulação (2 Ts 2.9-12; Ap 6;1,2; 13.1-10).

61. Qual será o fim do Anticristo?
R. Jesus o destruirá, em Sua revelação, 2 Ts 2.8.

62. Existe algum método ou estratégia estabelecido por Satanás referente à aparição do Anticristo? Sim. Será em 3 fases: a) o espírito do anticristo (1 Jo 4.3b); b) os precursores do anticristo (1Jo 4.1); 3: a manifestação pessoal do anticristo (2 Ts 2.3, 4, 8). Você pode se dar conta de que o diabo copiou isto do plano de deus para com Seu filho Jesus.

63. Quem dominará a Terra durante a Grande Tribulação?
R. A Trindade Satânica, composta de Dragão, Besta e Falso Profeta (Ap 16.13, 14).

64. Que outro nome tem a besta, nas Escrituras? R. Anticristo (1 Jo 2.18a) , iníquo, homem do pecado e filho da perdição (2 Ts 2.3, 8)

65. Algum tempo os judeus pregarão o Evangelho?
R. Alguns eruditos crêem que durante o período da Grande Tribulação 144.000 judeus andarão por várias partes do mundo pregando o Evangelho do reino, Ap 7.4-8; Mateus 24:14.

66. Onde está escrito que Jesus voltará PESSOALMENTE COM A IGREJA a esta Terra?
R. Leia At 1.11; I Ts 4.16; Zc 14.3.

67. Na fase de Sua revelação realmente Jesus descerá VISIVELMENTE?
R. Sim. Ap 1.7 e Mt 24.30

68. Em que parte do mundo Jesus descerá por ocasião de Sua revelação Pessoal?
R. No Monte das Oliveiras, em Jerusalém, Zc 14.4

69. Qual o homem nas Escrituras que emprestou o seu nome para Jesus?
R. Davi. Embora Jesus seja chamado por Paulo de último Adão, na verdade Ele é chamado de "meu servo Davi": Ez 37.24; Is 55.3,4; Jr 30.9; Os 3.5.

70. Onde está escrito que Jesus um dia reinará na casa de Jacó?
R. Em Lc 1.32,33: "O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai. E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim".

71. Quais os principais propósitos da volta de Cristo no arrebatamento e em sua revelação em glória?
1) Ressuscitar os que morreram em Cristo, I Ts 4.15;
2) Transformar e arrebatar os salvos que estiverem vivos, I Ts 4.16,17;
3) Galardoar os servos fiéis, Ap 22.12;
4) Tomar vingança contra os Seus inimigos, II Ts 1.7,10; Ap 19.21,22.
5) Julgar as nações vivas, Mt 25.31,46; Sl 67.4; 98.9.
6) Libertar a terra da maldição, At 3.20,21; Rm 8.21.
7) restabelecer o trono de Davi, Is 9.6,7; Jr 30.7,11.

72. Existem mais versículos que falam de Jesus como futuro rei?
R. Sim, leia Sl 72.7,8; Sl 2.8; Zc 14.9; Ap 11.15; Is 32.1.

73. De onde vem à palavra MILÊNIO?
R. Esta palavra se origina de dois vocábulos latinos mille (mil) e annum (ano). Ela significa literalmente um período de mil anos (Ap 20.2b, 4c, 5, 6c).

74. No período milenial, qual será a situação da sociedade?
R. O quinto nome ou título de Jesus em Is 9.6 é: PRÍNCIPE DA PAZ. No período milenial o Mundo experimentará o governo de Jesus, cuja principal característica será a paz. Haverá longevidade e a terra conhecerá a santidade e sossegará completamente. Leia Is 35:5, 6, 8, Zc 14.20,21

75. Qual a posição de Jerusalém durante o Milênio? Será a capital do Mundo Zc 14.16-21.
   
76. Que expressões bíblicas podem ser interpretadas como sinônimas do MILÊNIO?
R. O Milênio será a plenitude do reino dos céus na terra, Mt 5.10; Será a regeneração em sentido final, Mt 19.28; será o tempo da restauração de todas as coisas, At 3.19. Será o mundo do futuro, Hb 2.5.

77. Quem será o futuro JUIZ do Mundo? Jesus Cristo. Sl 96.12; Is 2.4; Mt 16.27; 25.31,46; Jo 5.22,23,27,30; At 10.42.

78. Paulo se referiu alguma vez a Jesus como sendo o Juiz Universal? Sim. Leia Rm 2.16; I Co 4.5; II co 5.10; II Tm 4.1,8, etc.

79. Qual a posição de Jerusalém durante o Milênio? Será a capital do Mundo Zc 14.16-21.

80. Algum dia Satanás será destruído? Não. A destruição de Satanás seria uma grande vitória para ele, que assim pararia de sofrer. Ele será preso durante o milênio (Ap 20.2) e depois será solto por um período para finalmente ser lançado no lago de fogo e enxofre, para todo o sempre (Ap 20.10).

81. Que significa a expressão GRANDE TRONO BRANCO? Refere-se ao JUÍZO FINAL, o ultimo julgamento da História, quando todos os mortos, grandes e pequenos, de todos os séculos da História se postarão diante do Senhor para serem julgados (Ap 20. 11-15).

82. Os salvos em Cristo serão julgados no Grande Trono Branco? Não, porquanto por sua salvação foram libertos de condenação (Rm 8.1) e já foram submetidos ao Tribunal de Cristo.

83. O Céu é um Lugar ou um estado de vida?
R. A Bíblia menciona exaustivamente que o Céu é um lugar. Um lugar santo, espiritual, perfeito, divino e eterno. Você deve estar pronto para viver lá com Cristo.

84. Em quais capítulos do NT, o Senhor nos revelou detalhes dos novos céus e nova terra?
R. Apocalipse capítulos 21 e 22. 1-5.

CONCLUSÃO
É claro que não foi possível abordar neste resumo, questões amplas dos assuntos relacionados à Escatologia Bíblica. Mesmo assim, busquei apresentar de forma cronológica sob as perspectivas da interpretação pré-tribulacionista, da escola futurista do Apocalipse e também das afirmações dispensacionais (corrente interpretativa que julgo estar em maior conformidade com as Escrituras).

Aprendi nas longas horas de estudo escatológico de que nunca sabemos o suficiente. O melhor de toda a assimilação profética ligada ao tempo do fim de que pudermos obter, é a de que vivenciamos momentos escatológicos e de que temos de estar seguros da salvação; pois Jesus vem breve!
Prepara-te.
Maranata!  O Senhor vem breve.
Amém!





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